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INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

ESGOTO
NBR 8160

PROF. CINTHIA WAMBIER ADIMARI


EMAIL: cinthia. adimari@ifsc.edu.br
DEFINIÇÃO

Conjunto de tubulações, conexões e aparelhos destina dos a permitir o


escoamento dos despejos ( águas residuárias) de uma edificação.

Os despejos denominam-se:

● Águas imundas: composto de águas , material fecal e urina.

● Águas servidas: proveniente da lavagem e limpeza .

● Àguas residuárias Industriais:proveniente de processos industriais:

● Àguas residuárias domésticas: Despejo comum das atividades


humanas.
COMPONENTES DO SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO
SANITÁRIO

 APARELHOS SANITÁRIOS  COLUNA DE VENTILAÇÃO


 RAMAL DE DESCARGA  CAIXA DE INSPEÇÃO OU DE
 DESCONECTORES PASSAGEM
 RALOS SECOS  CAIXA DE GORDURA
 RAMAL DE ESGOTO  SUBCOLETOR
 RAMAL DE VENTILAÇÃO  COLETOR PREDIAL
 TUBO DE QUEDA  COLETOR PÚBLICO
APARELHOS SANITÁRIOS
Aparelhos destinados ao uso de água ou a receber dejetos ou águas
servidas
RAMAL DE DESCARGA

Tubulação que recebe


diretamente o esgoto do
aparelho sanitário.
DESCONECTORES
 Dispositivo provido de fecho
hídrico destinado a vedar a
passagem dos gases( sifões,
ralos sifonados e caixas
sifonadas)
FECHO HIDRICO: é uma lâmina
de água que devido a curva
projetada na peça não escorre
totalmente, ou seja, essa água
impede cheiro e odores não
voltem e invadam o ambiente
Caixa sifonada: recebe águas
de lavagens de pisos e efluentes
de aparelhos sanitários, exceto
de bacias sanitárias.
Provida de fecho hídrico.
RALO SECO

 Dispositivo desprovido de fecho hídrico, utilizado na captação da


água das calçadas e chuveiros
RAMAL DE ESGOTO

Quando dois ou mais


ramais de descarga se
encontram formando uma
única tubulação.
TUBO DE QUEDA

Em edificações com 2 ou
mais pavimentos a
tubulações horizontais, são
direcionadas para uma
tubulação vertical,
denominada tubo de queda.
TUBO DE QUEDA
Tubulação Vertical, existente em
edificações de dois ou mais
pavimentos, para coletar os
efluentes provenientes dos
ramais de esgoto e ramais de
descarga.
RAMAL DE VENTILAÇÃO

Interliga o desconector ( caixa


sifonada) ou ramal de descarga,
de um ou mais aparelhos a uma
coluna de ventilação.
COLUNA DE VENTILAÇÃO

Tubulação vertical, destinada a


receber os gases provenientes
da decomposição da matéria
orgânica.
VENTILAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
Ventilação Primária:
proporcionada pelo ar
que escoa pelo núcleo
do tubo de queda, o qual
é prolongado até a
atmosfera.

Ventilação Secundária:
Ventilação proporcionada
pelo ar que escoa pelo
interior da coluna de
ventilação.
CAIXA DE INSPEÇÃO OU DE PASSAGEM
 São pontos de acesso que
permite a inspeção, a
limpeza e a desobstrução
da tubulação.
 Elas devem estar
localizadas no projeto
sempre que houver
mudança de direção ou
declividade da tubulação, a
distância entre elas não
deve ser superior a 15 m.
 Elas pode ser pré
fabricadas, de pvc, pré
moldadas ou moldada em
loco
CAIXA DE INSPEÇÃO OU DE PASSAGEM

 Forma prismática de base


quadrada ou retangula com
lado interno mínimo de 60.
 Cilíndrica com diâmetro
interno mínimo de 60 cm.
 A tampa deve ser facilmente
removível, com perfeita
vedação.
 O fundo deve permitir
rápido escoamento e evitar
a formação de depósito de
resíduos.
CAIXA DE INSPEÇÃO OU DE PASSAGEM
 São pontos de acesso que
permite a inspeção, a
limpeza e a desobstrução
da tubulação.
 Elas devem estar
localizadas no projeto
sempre que houver
mudança de direção ou
declividade da tubulação, a
distância entre elas não
deve ser superior a 15 m.
 Elas pode ser pré
fabricadas, de pvc, pré
moldadas ou moldada em
loco
CAIXA DE GORDURA
 Caixa destinada a conter na sua parte superior as camadas de gordura,
graxas e óleos contidos no sistema, que devem ser removidos
periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente
pela rede, obstruindo a mesma.
 Podem ser, moldadas em loco ou adquiridas pronta\ no mercado.
 Em caso de edificações com mais de 1 pavimento, seus resíduos
devem ser eliminados em tubo de queda específico.
CAIXA DE GORDURA
 Corte esquemático
COLETOR PREDIAL E SUBCOLETORES
Subcoletores:
Tubulação que recebe
os efluentes dos tubos
de queda ( edificações
com 2 ou mais
pavimentos) ou ramis
de esgoto.

Coletor Predial:
Conduz o esgoto até a
rede públicao ao
sistema de esgoto
individual.
COLETOR PÚBLICO

Pertencente a rede
pública de esgoto
sanitário, destinada a
receber e conduzir os
efluentes dos coletores
prediais.
CONEXÕES DE ESGOTO
CONEXÕES DE ESGOTO
CONEXÕES DE ESGOTO
CONEXÕES DE ESGOTO
ADESIVOS
TRAÇADO DE ESGOTO
 EXEMPLO TRAÇADO
EXERCICIO 1
 EXEMPLO TRAÇADO
EXERCICIO 1
 EXEMPLO TRAÇADO
DIMENSIONAMENTO

 UNIDADE HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO:


Fator numérico que representa a contribuição considerada em função
da utilização habitual e cada tipo de aparelho sanitário.
DIMENSIONAMENTO RAMAIS DE DESCARGA
DIMEMENSIONAMENTO
DIMENSIONAMENTO RAMAIS DE ESGOTO
DIMENSIONAMENTO RAMAIS DE VENTILAÇÃO
DIMENSIONAMENTO COLUNA DE VENTILAÇÃO
TUBO DE VENTILAÇÃO
TUBO DE VENTILAÇÃO
DIMENSIONAMENTO COLETORES E COLETOR PREDIAL
EXEMPLOS TRAÇADO BANHEIRO
EXEMPLOS TRAÇADO BANHEIRO
DIMENSIONAMENTO CAIXA DE GORDURA

CAIXA DE GORDURA
PEQUENA(CGP)
 Atende 1 pia de cozinha
 Diâmetro interno 30 cm
 Parte submersa do septo 20
cm
 Capacidade de retenção 18
litros
 Diâmetro da tubulação de
saída 75 mm
DIMENSIONAMENTO CAIXA DE GORDURA

CAIXA DE GORDURA
SIMPLES(CGS):

 Atende até duas cozinhas;


 Diâmetro interno 40 cm;
 Capacidade de retenção
31L;
 Diâmetro da tubulação de
saída 75 mm
 Parte submersa do septo 20
cm
DIMENSIONAMENTO CAIXA DE GORDURA

 CAIXA DE GORDURA
dupla(CGD):

 diâmetro interno: 0,60 m;


 parte submersa do septo: 0,35
m
 capacidade de retenção: 120 L;
 diâmetro nominal da tubulação
de saída: DN 100
 Atende de 3 a 12 cozinhas.
DIMENSIONAMENTO CAIXA DE GORDURA
 CAIXA DE GORDURA
ESPECIAL(CGE):

 prismática de base retangular


 distância mínima entre o septo e a
saída: 0,20 m;
 volume da câmara de retenção de
gordura obtido pela fórmula
V = 2 N + 20
N é o número de pessoas
servidas pelas cozinhas
V é o volume, em litros;
 altura molhada: 0,60 m;
 parte submersa do septo: 0,40 m
 diâmetro nominal mínimo da tubulação
de saída: DN 100
SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMICILIAR
NBR 7229/199
TANQUE SÉPTICO OU FOSSA SÉPTICA

 TANQUE SÉPTICO OU FOSSA SÉPTICA

 Utilizada em locais desprovidos da rede


pública de esgoto.
 Separar e transformar a matéria sólida contida
no esgoto, atenuando a agressividade do
esgoto
 Podem ser cilíndricos ou prismáticos-
retangulares.
 Caixa impermeável;
 Bactérias anaeróbias;
 Altura mínima deve ser de 120cm.
 o efluente que sai da fossa deve ter uma
destinação que não contamine a água de
poço, plantações de verduras e etc.
TANQUE SÉPTICO OU FOSSA SÉPTICA

 TANQUE SÉPTICO OU FOSSA SÉPTICA


AFASTAMENTOS

 15 metros de poços de abastecimento de


água e de corpos de água de qualquer
natureza
 1,5 metros de construções, limites de terreno
e ramal predial de água;
 3 metros de árvores e de qualquer ponto da
Rede Pública de Abastecimento de Água.
 As água servidas não precisam passar pela
fossa séptica.
DIMENSIONAMENTO

 O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
V = 1000 + N (CT + K Lf)
 Onde:
V= volume útil em litros
N= número de pessoas ou unidade de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x
dia( tabela 1)
T = período de detenção, em dias (tabela 2)
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de
acumulação de lodo fresco.( tabela 3)
 Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x
dia( tabela 1)
DIMENSIONAMENTO

 TANQUE SÉPTICO
OU FOSSA SÉPTICA

DIMENSIONAMENTO
 Tabela 1 Contribuição
diária de esgoto (C)
e de lodo fresco (Lf)
por tipo de prédio e
de ocupante
DIMENSIONAMENTO

 TANQUE SÉPTICO OU FOSSA


SÉPTICA

DIMENSIONAMENTO
 Tabela 2: Período de detenção
(T) dos despejos, por faixa de
contribuição diária
 Contribuição total= taxa de
contribuição X o numero de
pessoas
DIMENSIONAMENTO

 TANQUE SÉPTICO OU FOSSA


SÉPTICA

DIMENSIONAMENTO
 Tabela 3 Taxa de acumulação
total de lodo (K), em dias, por
intervalo entre limpezas e
temperaturas do mês mais frio
EXEMPLO
 DIMENSIONAR A FOSSA SÉPTICA PARA UMA RESIDÊNCIA DE 2 QUARTOS

A) Adotar duas pessoas por quarto e colocar sempre 1 pessoa a mais


- residencia com 5 pessoas
- utilizar a formula-V = 1000 + N (C .T + K . Lf)
- V = volume
- N= numero de pessoas-=5
- C= contribuição do esgoto- tabela 1= 130
- T= Periodo de detenção em dias- tabela 2- =1
- K= taxa de acumulação de iodo digerido em dias, equivalente o tempo de
acumulação do iodo fresco- tabela 3 = 94
-Lf- contribuição de iodo fresco em litros/ pessoa por dia- tabela 1= 1
V = 1000 + 5 (130.1 + 94.1)
v= 2.120 LITROS= 2,12 m3
EXEMPLO

 Dimensões da fossa séptica


A tabela 4 determina a largura
e o comprimento apartir da
altura

EXEMPLO
Volume = 2,12 m³
V= AXH
2,12= AX1,20
A= 2,12/120
‘A= 1,77M2
Adotamos a largura de 0,80m
– Area = largura x comprimento
– 1,77= 0,80Xcomprimento
- comprimento= 2,21

Obedecer :
2>= comprimento/largura <=4
Comprimento /largura(2,21/0,8)= 2,776
Portanto
2>= 2,775<=4

Medidas da fossa
altura = da fossa será 1,20 m
Largura= 0,80 m
Comprimento= 2,775m
OBSERVAÇÕES GERAIS

OBSERVAÇÕES GERAIS FOSSA

● É vedado o lançamento das águas pluviais na fossa séptica.


● A face inferior da laje de cobertura deve ter 30cm de altura em relação ao nível da água no
interior da fossa séptica (volume destinado à escuma).
● O esgoto das pias de cozinha deve passar por caixa de gordura antes de entrar na fossa
séptica ou sumidouro.

● Recomenda-se que somente devem ser direcionadas a fossa séptica, as águas imundas
(com excrementos).

●As águas da lavanderia e cozinha devem ser desviadas da fossa, pois, os detergentes e
sabões contidos nestas águas servidas eliminam parte das bactérias dificultando o processo de
digestão que ocorre no interior das fossas.
FILTRO ANAERÓBICO
NBR 13969:1997

● Leito filtrante >= 120 cm


● Material filtrante: –
Material de granulometria
uniforme entre 4 e 7 cm
ou; – Brita nº 4.
● Profundidade útil = 180
cm
● Ø mín = 95 cm
● Largura mín = 85 cm
● Saída = 10 cm abaixo
do nível da fossa séptica
FILTRO ANAERÓBICO
● NBR 13969:1997
DIMENSIONAMENTO
 V = 1,6 NCT
– V = volume útil em
litros
–N = número de
contribuintes –5
pessoas
–C= contribuição de
despejos, em litros x
habitantes/dia-
TABELA 1- 130 ● V = 1,6 NCT
– T = tempo de V= 1,6X5X130X1,17
detenção hidráulica, V=1216,8 LITROS- 1,2168 M3
em dias- TABELA 5 ao
lado: = 1,17
FILTRO ANAERÓBICO
NBR 13969:1997
Volume = 1,2168 m3
– AREA (seção) = VOLUME/ALTURA
ALTURA= 1,80 M
– A= 1,2168 m³ / 1,8 m =0,676 m²

Filtro cilindrico
– A = π x r²
– 0,676 =3,14x r²
– r = 0,47 m

82CM
94cm
SUMIDOURO
NBR 13969:1997
● Permitir a infiltração da parte líquida dos esgotos no solo;

● Paredes devem ser vazadas e o fundo permeável;

● O tamanho vai depender do número de pessoas e da capacidade de infiltração do


terreno;

● Terrenos arenosos têm boa capacidade de infiltração e terrenos argilosos não;

● Podem ser construídos em alvenaria de tijolo comum, furado ou anéis de concreto;

● A laje de cobertura deve ser de concreto armado dotado de abertura de inspeção. As


paredes não devem ser revestidas e o fundo será na própria terra batida, tendo apenas
uma camada de brita n°. 04 variando entre 50 e 70 centímetros de altura;

● Conforme necessidade deve ser construída mais de um sumidouro com distância


equivalente a 3x o diâmetro interno do sumidouro, não sendo inferior a 6 metros.
DESENHOS ESQUEMÁTICOS
PLANTA E CORTE
NBR 13969:1997
PLANTA CORTE
DIMENSIONAMENTO

 A=V/CI
-A= ÁREA DE INFILTRAÇÃO
-V=VOLUME DE CONTRIBUIÇÃO DIÁRIA= TABELA 1x NUMERO DE PESSOAS
-CI = COEFICIENTE DE INFILTRAÇÃO= TABELA 6 ABAIXO

SOLO
CANOINHAS
DIMENSIONAMENTO

 A=V/CI
V= 130x5 PESSOAS= 650LITROS POR DIA
CI= TABELA 6- TERRENO CANOINHAS ARGILAS ARENOSAS E/OU SILTOSAS=50
 A= 650/50
 A=13
 A=ÁREA DE INFILTRAÇÃO= SOMATÓRIA DA ÁREA DO DUNDO MAIS A SOMATÓRIA DA
ÁREA DOS LADOS

SUMIDOURO RETANGULAR
 Adotamos a largura de 1,5 m e o comprimento de 2 metros
 Sabemos que a area de infiltração é 13
a-
13= 3+ 2( 1,5H)+ 2 (2H)
15 = 7H
H= 2,14 M
DIMENSIONAMENTO

 A=V/CI
V= 130x5 PESSOAS= 650LITROS POR DIA
CI= TABELA 6- TERRENO CANOINHAS ARGILAS ARENOSAS E/OU SILTOSAS=50
 A= 650/50
 A=13
 A=ÁREA DE INFILTRAÇÃO= SOMATÓRIA DA ÁREA DO DUNDO MAIS A SOMATÓRIA DA
ÁREA DOS LADOS

SUMIDOURO CILINDRICO

 Sabemos que a area de infiltração é 13


adotamos o raio 1,2
13= 4,52+ 7,54h
8,48= 7,54h
 H= 1,13 m
AFASTAMENTOS FOSSA E
SUMIDOURO

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