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As caracterizações técnicas dos diversos gases e vapores, as fontes dos gases e vapores, seus efeitos
sobre o organismo e as medidas de controle pertinentes, incluindo o programa de proteção respiratória.
PROPÓSITO
Haja vista o emprego habitual de processos industriais, máquinas e equipamentos que produzem gases
e vapores no dia a dia laboral, é de grande importância o estudo desses agentes com o objetivo de
determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e a respectiva concentração, estabelecendo, com isso,
as recomendações de controle dos riscos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta, uma calculadora científica, ou use a
calculadora de seu smartphone/computador, para a realização das tarefas em aula.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
Reconhecer as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória – notadamente, as
montagens para os gases e vapores
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Carregando conteúdo
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que são gases e vapores? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma atividade
do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional a ambos?
Para entendermos melhor, aprendermos a distinguir, e a como agir em um ambiente que apresente risco
por gases e vapores, tomaremos por base uma situação prática. Desse modo, analisaremos o case da
Serraria do Madiba a seguir:
Legalmente estabelecida na cidade de Lajes, Santa Catarina, a Serraria do Madiba dedica-se à
atividade de serraria com o desdobre da madeira.
Conforto térmico: Variável em função da temperatura ambiente, sendo que o ambiente tem carga
térmica significativa (calor radiante).
Equipamentos: Caldeira de vapor tipo flamotubular, reservatório de água (3.000 litros) e exaustor
de eliminação de fumaça/particulado e tubulação de vapor.
Entre os diversos setores na empresa, o que será avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de riscos
ocupacionais, é o setor de caldeiraria. Inicialmente, a avaliação se limitará a estes agentes químicos:
gases e vapores.
No setor de caldeiraria, o colaborador opera a caldeira de geração de vapor por meio de um painel de
comando, controlando a alimentação de água, a geração e a distribuição de vapor para as estufas de
secagem. Além do controle sobre o funcionamento da caldeira, ele liga e desliga motores e bombas,
assim como regula e anota suas pressões e temperaturas.
Realiza-se ainda o abastecimento manual da fornalha com lenha para manter estáveis a temperatura e o
nível de formação de vapor. É feita periodicamente a limpeza da caldeira, das grades e das grelhas da
fornalha, bem como a retirada da fuligem e das cinzas acumulados em seu interior.
O trabalho é feito em turnos de seis horas diárias. Cabe esclarecer que o controle e a dosagem dos
produtos químicos necessários ao tratamento água consumida na caldeira é realizado diariamente pelo
encarregado do almoxarifado com o acompanhamento do operador da caldeira.
Controle da caldeira.
Operação da caldeira.
Tratamento de água.
Cabe destacar também que são empregadas técnicas de proteção coletiva, como um exaustor eólico
sobre o teto da casa de caldeiras, a fim de remover a concentração de particulado (fuligem) e de gases
(CO e CO2), assim como a iluminação de emergência nesse ambiente.
Calçado impermeável.
Máscara semifacial descartável revestida com carvão ativado para os trabalhos de remoção de
cinzas, limpeza do porão da caldeira e tratamento de água das caldeiras.
Luvas de PVC/hexanol ou raspa de couro em todos os trabalhos que envolvam produtos químicos
(tratamento d'água).
Não foram detectadas situações insalubres nos trabalhos de análise e de avaliação de gases e
vapores, como aminas, hidrazinas, polímeros acrílicos e soda cáustica. Realizados a partir das Fichas
de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), esses trabalhos atendem aos requisitos estabelecidos em
duas normas regulamentares:
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
RESPOSTA
CONCEITOS INICIAIS
Neste tema, conheceremos os agentes de risco químicos (gases e vapores) existentes nos ambientes
de trabalho que, em função de sua natureza, concentração e tempo de exposição, são capazes de
causar danos à saúde do trabalhador. Realizaremos ainda um estudo detalhado desses agentes a partir
das recomendações da: NR 9 — Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos e da NR 15 — Atividades e operações insalubres.
VOCÊ SABIA
Para Peixoto e Ferreira (2013), o termo “gás” é reservado para as substâncias que ficam no estado
gasoso em condições normais de temperatura e pressão (CNTP), ou seja, temperatura de 273,15k e
760mmHg, equivalente à pressão no nível do mar (1 atm ou ≅ 105 Pa), não tendo qualquer forma e
ocupando o espaço disponível para eles.
Já os vapores são compostos no estado gasoso, os quais, sob as CNTP, ficam no estado líquido. Cabe
destacar que a pressão de vapor e a temperatura ambiente são fatores que influenciarão na sua
concentração no meio ambiente. Basta, portanto, que se aumente a pressão do sistema ou se reduza a
temperatura para haver uma liquefação, ou seja, a volta ao estado líquido.
Uma substância na fase gasosa com temperatura superior à temperatura crítica continua no estado
gasoso independentemente da pressão a que seja submetida. Por isso, o vapor se diferencia do gás por
se tratar de uma substância na fase gasosa a uma temperatura igual ou inferior à crítica.
Segundo NHO 2: análise qualitativa da fração volátil (vapores orgânicos) em colas, tintas e vernizes por
cromatográfica gasosa/detector de localização de chama (1999), deve-se observar as seguintes
definições:
~
FRAÇÃO VOLÁTIL
Porção da amostra que se encontra na fase de vapor ou gás acima de sua superfície.
SOLVENTE
De forma geral, é o componente que existe em maior proporção em uma solução ou dispersão
homogênea. Sua utilização tem como finalidade extrair, dissolver ou suspender materiais.
SOLVENTE ORGÂNICO
Nome genérico para um grupo de produtos químicos ou de misturas que é líquido em faixa de
temperatura de 0º a 250ºC. Eles são voláteis e relativamente inertes quimicamente.
Sua utilização industrial tem como finalidade extrair, dissolver ou suspender materiais não solúveis em
água (gorduras, lipídios, resinas, polímeros etc.). Geralmente, tais produtos pertencem aos grupos de
Substâncias químicas alifáticas.
Álcoois.
Glicóis.
Cetonas.
Ésteres.
VAPORES ORGÂNICOS
GASES OU VAPORES ÁCIDOS
GASES OU VAPORES ALCALINOS
GASES E VAPORES ESPECIAIS
VAPORES ORGÂNICOS
ATENÇÃO
Como vimos, os gases e vapores ainda possuem uma classificação fisiológica, ou seja, de acordo com
os efeitos causados no organismo:
Irritantes
Sensibilizantes
Anestésicos
Asfixiantes
Sistêmicos
Alergênicos
Cancerígenos
Mutagênicos
Teratogênicos
IRRITANTES
Produzem irritação nos tecidos com os quais tem contato: pele, conjuntiva ocular e as vias respiratórias.
Seu modo de ação depende da solubilidade:
Pouco solúveis – O efeito maior é nos pulmões, pois é lá que a substância vai solubilizar-se.
IRRITANTES PRIMÁRIOS
Sua ação se dá sobre:
As vias respiratórias superiores (ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica).
Os brônquios (cloro).
Os pulmões (ozona, gases nitrosos – solda elétrica, uso de explosivos e no uso industrial de ácido
nítrico).
IRRITANTES SECUNDÁRIOS
Apesar de possuírem efeito irritante, eles têm uma ação tóxica generalizada (gás sulfídrico H2 S).
ANESTÉSICOS
Eles são substâncias introduzidas através da via respiratória. Ao alcançarem os pulmões, os anestésicos
são transferidos para o sangue, que fará a distribuição por todo o organismo.
De ação sobre o sistema nervosos (ésteres de ácidos orgânicos, álcoois metílico e etílico).
ASFIXIANTES
SIMPLES
QUÍMICOS
SIMPLES
Sua atuação é fora do organismo, isto é, sua presença na atmosfera provoca o deslocamento do
oxigênio (metano).
As substâncias asfixiantes simples não possuem limite de tolerância, pois o fator limitante é o oxigênio
disponível (deslocam o oxigênio do ar). Deve ser avaliada a quantidade de oxigênio no ar, sendo 18% o
valor mínimo permissível (acetileno, argônio, etano).
QUÍMICOS
Coleta de ar total.
Separação dos contaminantes gasosos.
Retenção (adsorção ou absorção).
Condensação.
Os instrumentos para a amostragem dos agentes químicos podem ser divididos em dois grupos:
Amostradores ativos
Amostradores passivos
No grupo dos amostradores ativos, estão todos os dispositivos que succionam determinado volume de
ar, fazendo-o passar através de um suporte de retenção, para reter o agente. Já os passivos utilizam
apenas a difusão molecular, ou seja, dispensam o emprego de dispositivos de sucção.
Os amostradores podem ser de leitura direta, quando fornecem a concentração do contaminante por
leitura direta em superfícies graduadas (ou display de equipamentos), ou indireta, retendo o
contaminante para posterior análise em laboratório. A seguir, ambos serão detalhados.
ATENÇÃO
A coleta de ar total é utilizada para a amostragem de gases que são de difícil retenção em outros meios
de coleta. A coleta é realizada por meio de bolsas ou bags, onde quantidade determinada de ar
contendo o contaminante é coletada. Tal coleta normalmente se realiza por intermédio de uma bomba de
amostragem motorizada. Já a concentração é obtida com base na massa de contaminante encontrada
na análise de laboratório e no volume de ar coletado.
LEITURA DIRETA
TUBOS COLORIMÉTRICOS
A extensão da mudança de cor é indicada na escala de concentração marcada no tubo. Esse processo
tem como vantagens a facilidade de operação, o baixo custo e a possibilidade do registro dos picos de
concentrações. Sua desvantagem está na baixa precisão (erros de até 30%).
Tubos colorimétricos.
O sensor é uma célula eletroquímica na qual, em geral, ocorre uma reação (oxidação catalítica) de gás
ou vapor a ser determinado.
Medidores eletrônicos de gases e vapores.
LEITURA INDIRETA
Essa bomba força o ar a passar pelo interior do tubo, ficando o contaminante retido. Os tubos de carvão
ativo são mais indicados para a amostragem de vapores orgânicos em geral; os de sílica gel, para os
gases ácidos em geral.
Tubos adsorventes.
IMPINGER
O impinger é conectado a uma bomba de aspiração por meio de uma mangueira flexível. A bomba força
a passagem de determinado volume de ar pela solução, a qual, por sua vez, retém ou reage com o
contaminante, absorvendo-o.
Impinger – amostrador com líquido absorvente.
Esse amostrador é fixado na lapela do trabalhador, e a retenção do contaminante ocorre por adsorção
em função da difusão. Ao final da jornada de trabalho (amostragem), o monitor é retirado e enviado para
a análise do conteúdo.
Amostrador passivo.
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
Por conta disso, é possível consultar no anexo XI da NR 15 a concentração desses compostos químicos
dispersos no ar do meio ambiente e o tempo máximo de exposição ao qual um ser humano pode se
expor a esses agentes. Tanto o limite de concentração quanto o de tempo são chamados de limites de
tolerância. Acima deles, o ambiente é considerado insalubre.
Observe que o quadro a seguir reproduz parcialmente o anexo XI da NR 15. Podemos ver nele:
Concentrações por parte por milhão (ppm) e por mg/m³ às quais um ser humano pode ficar
exposto (até 48 h/semana).
Grau de insalubridade do ambiente para cada composto (acima de cada concentração detalhada
na quarta coluna).
Até 48
Absorção horas / Grau de insalubridade a
Composto Valor
também p/ semana ser considerado no caso
químico teto
pele ( ppm | de sua caracterização
mg /m
3
)
Asfixiante
Acetileno -
simples
Ácido
+ 4 - 5,5 Máximo
clorídrico
Álcool n
+ + 40 - 115 Máximo
butílico
Álcool
+ 156 - 200 Máximo
metílico
Cloreto de
+ 156 - 398 Máximo
vinila
Na coluna Absorção também pela pele, por sua vez, estão assinalados os agentes químicos que
podem ser absorvidos por via cutânea. Eles, portanto, exigem o uso de luvas adequadas em sua
manipulação, além do EPI necessário para a proteção de outras partes do corpo.
SAIBA MAIS
A avaliação das concentrações dos agentes químicos por meio de métodos de amostragem instantânea,
de leitura direta ou não, deve ser feita em pelo menos 10 amostragens para cada ponto ao nível
respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens, é preciso haver um intervalo de, no
mínimo, 20 minutos.
Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não pode ultrapassar os valores
obtidos na equação a seguir sob pena de ser considerada uma situação de risco grave e iminente:
Em que:
LT
FD
( ppm | mg /m3 )
0a1 3
1 a 10 2
10 a 100 1,5
100 a 1000 1,25
Acima de 1000 1,1
Quadro 2: Fator de desvio.
Adaptado de: Anexo XI, NR 15.
O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações
ultrapassar os valores fixados no quadro 1. Para os agentes químicos com Valor teto assinalado nesse
quadro, o limite de tolerância será considerado excedido quando qualquer uma das concentrações
obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados nele.
ATENÇÃO
Os limites de tolerância fixados no quadro 1 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 horas por
semana. Quando elas excederem tal período, será necessário cumprir o disposto no artigo 60 da CLT.
O CRITÉRIO DA ACGIH
A ACGIH substituiu o “fator de desvio” pelo threshold limit values - short term exposure limit (TLV-STEL),
que, em português, significa limite de exposição de curta duração. O TLV-STEL é a concentração a que
os trabalhadores podem ficar expostos continuamente por curto período sem sofrerem alterações
orgânicas significativas (irritação, lesão crônica ou irreversível e narcose).
O TLV-TWA diário não deve ser excedido.
O STEL (média da exposição em cada período de 15 minutos) não pode ser excedido.
Para os agentes que não possuem “Valor teto” e quando o TLV-STEL não está estabelecido, a ACGIH,
desde 1999, vem recomendando como valor máximo de exposição:
Três vezes o valor do TLV-TWA por período total máximo de 30 minutos em uma jornada de trabalho
diária.
EXEMPLO 1
10
20
25
20
15
10
20
10
20
25
Utilizando a metodologia da NR 15, defina a situação de insalubridade ou não para um trabalhador que
opera 48 horas semanais no ambiente.
( 10+20+25+20+ 15+10+20+10+20+25 )
= 17,5
10
Vm = LT . FD
Como nenhuma das 10 concentrações observadas superou o valor máximo, e como a média ficou
abaixo do LT, o ambiente não é considerado insalubre!
EXEMPLO 2
2 860
3 800
4 740
5 700
6 750
7 800
8 450
9 800
10 300
Tomando como referência o anexo XI da NR 15, defina se o limite de tolerância foi ultrapassado no
quadro 1. Considere o LT do etanol de 780ppm.
( 820+860+800+740+ 700+750+800+450+800+300 )
= 702
10
Como nenhuma das 10 concentrações observadas superou o valor máximo e como a média ficou abaixo
do LT, o ambiente não é considerado insalubre!
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que são gases e vapores? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma atividade
do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional a ambos?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomaremos por base uma situação prática. Desse modo,
analisaremos o case da Serraria do Madiba a seguir:
Conforto térmico: Variável em função da temperatura ambiente, sendo que o ambiente tem carga
térmica significativa (calor radiante).
Equipamentos: Caldeira de vapor tipo flamotubular, reservatório de água (3.000 litros) e exaustor
de eliminação de fumaça/particulado e tubulação de vapor.
Entre os diversos setores na empresa, o que será avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de riscos
ocupacionais, é o setor de caldeiraria. Inicialmente, a avaliação se limitará a estes agentes químicos:
gases e vapores.
No setor de caldeiraria, o colaborador opera a caldeira de geração de vapor por meio de um painel de
comando, controlando a alimentação de água, a geração e a distribuição de vapor para as estufas de
secagem. Além do controle sobre o funcionamento da caldeira, ele liga e desliga motores e bombas,
assim como regula e anota suas pressões e temperaturas.
Realiza-se ainda o abastecimento manual da fornalha com lenha para manter estáveis a temperatura e o
nível de formação de vapor. É feita periodicamente a limpeza da caldeira, das grades e das grelhas da
fornalha, bem como a retirada da fuligem e das cinzas acumulados em seu interior.
O trabalho é feito em turnos de seis horas diárias. Cabe esclarecer que o controle e a dosagem dos
produtos químicos necessários ao tratamento da água consumida na caldeira é realizado diariamente
pelo encarregado do almoxarifado com o acompanhamento do operador da caldeira.
Controle da caldeira.
Operação da caldeira.
Tratamento de água.
Cabe destacar também que são empregadas técnicas de proteção coletiva, como um exaustor eólico
sobre o teto da casa de caldeiras, a fim de remover a concentração de particulado (fuligem) e de gases
(CO e CO2), assim como a iluminação de emergência nesse ambiente.
Calçado impermeável.
Máscara semifacial descartável revestida com carvão ativado para os trabalhos de remoção de
cinzas, limpeza do porão da caldeira e tratamento de água das caldeiras.
Luvas de PVC/hexanol ou raspa de couro em todos os trabalhos que envolvam produtos químicos
(tratamento d'água).
Não foram detectadas situações insalubres nos trabalhos de análise e de avaliação de gases e
vapores, como aminas, hidrazinas, polímeros acrílicos e soda cáustica. Realizados a partir das Fichas
de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), esses trabalhos atendem aos requisitos estabelecidos em
duas normas regulamentares:
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
RESPOSTA
Sim. Na lista de EPI, existe a previsão, por exemplo, de óculos de proteção e de luvas de PVC para a
manipulação de produtos químicos e o tratamento d'água, além dos respiradores.
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO
Veremos agora alguns aspectos de caráter informativo relativos ao tema, conforme dispõe o anexo 6 do
PPR da Fundacentro (2016):
VOCÊ SABIA
A pressão de uma mistura de gases em um ambiente se deve à pressão exercida por cada um dos seus
componentes. A contribuição de cada componente é denominada pressão parcial.
Essa pressão é calculada dividindo a porcentagem do gás (em volume) por 100 e multiplicando o
resultado pela pressão da mistura. Assim, para o oxigênio, obtém-se o seguinte:
O2
ppO2 = (%
100
)× (press ã o da mistura gasosa)
Como primeira consideração, podemos afirmar que a pressão parcial decresce com o aumento da
altitude por conta da redução da pressão atmosférica. Cabe observar que, para trabalhos em grandes
altitudes, recomenda-se a aclimatação completa de quatro semanas de permanência em ambientes com
ppO2 diferente da normal.
Como as pessoas não aclimatadas vão executar trabalhos em condições de ppO2 menor do que
daquele onde vivem, elas sentirão, em virtude disso, uma fadiga excessiva. É esperado um aumento da
frequência respiratória, dos batimentos cardíacos e possivelmente de outros sintomas de fadiga, os
quais, por sua vez, geralmente não são percebidos em trabalhos realizados sob condições normais.
ATENÇÃO
Qualquer que seja a causa da redução da pressão parcial, o efeito da deficiência de oxigênio no
organismo é o mesmo, pois o responsável pelo transporte do oxigênio do ar contido nos alvéolos para a
hemoglobina é o valor da ppO2 alveolar, e não a porcentagem de oxigênio nos alvéolos pulmonares.
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO IPVS E NÃO IPVS
Essa condição pode ser calculada levando os valores 12,5% e 760mmHg à equação anterior.
Ou seja:
12,5
ppO2 = ( ) × 760 = 95 mmHg
100
SAIBA MAIS
A razão para classificar um ambiente com até 12,5% O2 no nível do mar como IPVS é que, nessas
condições, a ppO2 nos alvéolos pulmonares é de 48mmHg, enquanto a ppO2 = 40mmHg. Em tal
situação, a hemoglobina no sangue alveolar está 83% saturada de oxigênio. Quando a saturação na
hemoglobina atinge esse valor, tornam-se evidentes os sintomas da deficiência de oxigênio, sendo então
necessária a utilização de uma proteção.
Ainda conforme a Fundacentro (2016), a deficiência de oxigênio será considerada não IPVS quando a
porcentagem de O2 for maior que 12,5% no nível do mar ou se a ppO2 estiver acima de 95mmHg, pois,
nessa condição, os efeitos no organismo são reversíveis.
Nos respiradores purificadores de ar com pressão negativa (não motorizados), uma redução do volume
morto da peça facial ou o uso de uma mascarilha interna nas peças faciais inteiras pode diminuir esse
efeito. Já nos respiradores de linha de ar comprimido, o efeito só se torna significativo para os de
demanda sem pressão positiva ou com pressão positiva, e não para os de fluxo contínuo, ocorrendo
exclusivamente quando a pressão ambiente é a causa da redução da ppO2
CLASSIFICAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E
LIMITAÇÕES DOS RESPIRADORES
Apontaremos adiante alguns aspectos relativos ao tema, de caráter informativo, segundo o anexo 6 do
PPR da Fundacentro (2016):
RESPIRADORES PURIFICADORES
FUNCIONAMENTO
Alguns modelos possuem válvula de inalação e/ou exalação, que serve para o direcionamento do
fluxo de ar de acordo com o ciclo respiratório. A de exalação objetiva permite que a saída do ar
expirado, quente e úmido para o meio ambiente. Já na fase de inspiração, a de exalação permanece
fechada, dirigindo o ar que será inalado pelo filtro. Fechada durante a fase de expiração, a válvula de
inalação impede que o ar saturado de umidade proveniente da expiração atinja o elemento filtrante e o
danifique.
SAIBA MAIS
Nesse tipo de respirador, a cobertura das vias respiratórias pode ser com ou sem vedação facial.
PRINCIPAIS COMPONENTES
Dependendo do tipo do respirador, as coberturas das vias respiratórias cobrem diferentes partes do
corpo do usuário:
Pontuamos ainda que os filtros para partículas são classificados em P1, P2 e P3 e as peças semifaciais
filtrantes, em PFF1, PFF2 e PFF3, conforme a satisfação dos requisitos de penetração do aerossol de
ensaio e de resistência à respiração especificados. Finalmente, verificamos que eles são subdivididos de
acordo com sua capacidade de remover partículas sólidas e líquidas à base de água, por exemplo P2
(S), de óleo ou de outro líquido diferente de água, como é o caso do P3 (SL).
SAIBA MAIS
Os filtros químicos removem gases/vapores do ar contaminado que passa através de uma camada de
grãos contidos em seu interior. A captura deles ocorre por vários mecanismos, dependendo da natureza
química do contaminante gasoso e do tipo de recheio do filtro. Filtros químicos são oferecidos para
proteção contra um tipo ou mais de um tipo de contaminante.
Como abordamos, de acordo com a quantidade de contaminante que eles retêm, os filtros químicos
podem pertencer a quatro classes:
Classe 1.
Classe 2.
Classe 3.
Contaminante.
ATENÇÃO
Certos tipos de gases (por exemplo, vapores orgânicos) coletados pelo filtro químico poderão migrar por
meio do recheio durante sua guarda, o que levará à saturação dele mais cedo do que o esperado
quando o filtro for usado da próxima vez. Quando ele não possuir indicador de vida útil, o usuário deverá
procurar uma orientação do fabricante sobre o tipo e a classe do filtro a ser usado, assim como sobre a
provável duração dele nas condições em que seja utilizado.
VOCÊ SABIA
Alguns fabricantes oferecem aplicativos para a avaliação do tempo de vida útil em uso do filtro químico
para dado contaminante gasoso sob condições de uso especificadas.
Os filtros combinados removem simultaneamente partículas e gases/vapores. O filtro para partículas
pode estar, de alguma forma, incorporado ou separado do filtro químico.
Quando essa montagem não ocorre, ou seja, o filtro combinado é resultante da junção de filtros
separados, é possível haver a substituição apenas do filtro que necessita de troca, já que o tempo de
vida útil do filtro para partículas e do químico pode não ser o mesmo.
RESPIRADORES DE ADUÇÃO
FUNCIONAMENTO
Nas máscaras autônomas, o ar/gás respirável provém de um cilindro com válvula ou é gerado,
durante o uso, por uma reação química no dispositivo que constitui parte do respirador. Esses
componentes são transportados junto ao corpo do usuário como uma mochila, proporcionando
total mobilidade.
Em outros tipos de respiradores de adução de ar, a fonte de ar/gás respirável não faz parte do
respirador nem é transportado próximo ao corpo do usuário. Nesse caso, o ar/gás respirável pode
provir de um compressor localizado fora da área contaminada, da bateria de cilindros de alta
pressão ou de uma área não contaminada, forçado por um soprador ou pela ação pulmonar do
próprio usuário.
DICA
O respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para fuga é uma combinação das duas
maneiras anteriores. Nele, o cilindro transportado próximo do corpo do usuário somente é utilizado
durante a fuga da área contaminada.
COMPONENTES PRINCIPAIS
As coberturas das vias respiratórias usadas nos respiradores de adução de ar já foram apresentadas.
Para a Fundacentro (2016), o sistema de fornecimento do ar/gás respirável é a parte do respirador que
liga a cobertura das vias respiratórias com a fonte de ar/gás respirável. Esse sistema de fornecimento
transporta o ar/gás respirável e regula a sua vazão. São elementos típicos de tal sistema os seguintes
itens:
VÁLVULA GERAL
Permite ou impede que o ar/gás entre no sistema de fornecimento.
REDUTOR DE PRESSÃO
Reduz a pressão alta para pressão média ou para níveis de pressão adequados ao usuário. No caso de
uma redução para a média, uma regulagem adicional é obtida por uma válvula de demanda.
VÁLVULA DE DEMANDA
Quando inala, o usuário aciona a abertura da válvula para permitir a passagem do ar/gás respirável
necessário. A exalação dele interrompe o fluxo. Durante a inalação, a pressão dentro da cobertura das
vias respiratórias é negativa, isto é, mantém-se abaixo da pressão atmosférica local.
VÁLVULAS DE RETENÇÃO
No sistema de fornecimento de ar/gás respirável dos respiradores de circuito fechado que operam por
reações químicas, estas válvulas orientam o fluxo do gás exalado e inalado por meio do respirador com
a finalidade de regeneração.
VÁLVULAS DE ALÍVIO
São usadas para evitar a ocorrência de sobrepressão dentro do sistema de fornecimento de ar/gás
respirável.
ELEMENTOS DE TRANSPORTE
Fornecem o ar/gás respirável da fonte para a cobertura das vias respiratórias e previnem a entrada de
substâncias perigosas no sistema de fornecimento. As mangueiras e bolsas de compensação
respiratória são exemplos de elementos de transporte em um sistema de fornecimento.
Compressor.
Oxigênio químico (o gás carbônico gerado pelo usuário, presente no gás exalado, participa de uma
reação química na qual o oxigênio é gerado, permitindo que a mistura seja reaproveitada).
Sistema de ar natural (diretamente de ambiente não contaminado por ação pulmonar ou de uma
ventoinha).
o gás exalado é purificado, sendo que o dióxido de carbono é removido ou transformado por reagente
químico, enquanto o oxigênio consumido é reposto.
ambos podem ser empregados em situações em que a máscara autônoma, sozinha, não teria
autonomia de tempo suficiente.
RESPIRADOR DE LINHA DE AR COMPRIMIDO DE FLUXO
CONTÍNUO
pressão ligeiramente positiva, capuz e capacete com, no mínimo, 170L/min, e peça facial com, no
mínimo, 120L/min.
com peça semifacial ou facial inteira, a válvula de demanda libera o fluxo de ar somente durante a
inalação.
com peças semifaciais ou faciais inteiras, o ar exalado sai para o ambiente através da válvula de
exalação; mesmo durante a inalação, um mecanismo garante a pressão positiva.
RESPIRADORES DE AR NATURAL
a peça facial inteira e a traqueia são conectadas a uma mangueira de ar de comprimento limitado a 23
metros; o ar é conduzido por depressão oriunda da inalação e liberado pela válvula de exalação.
ROUPAS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
proporcionam simultaneamente proteção da pele e das vias respiratórias em quatro níveis de proteção.
LIMITAÇÕES
Máscaras autônomas.
Desse modo, eles só podem ser utilizados em ambientes não deficientes de oxigênio (ambientes abertos
com teor de oxigênio acima de 18%). Esses respiradores não devem ser usados:
Em atmosferas IPVS.
A Fundacentro (2016) ainda atesta que o uso de respiradores com filtros químicos em uma atmosfera
com contaminantes com fracas propriedades de alerta (o limiar de odor, sabor ou irritação é maior que o
limite de exposição) exige a utilização de filtros com indicador de fim de vida útil ou a adoção de troca
programada, a qual, por sua vez, considera a vida útil do sorbente.
ATENÇÃO
Mesmo para substâncias com limiar de odor abaixo do limite de exposição, é recomendável que a troca
do filtro químico seja feita com determinada frequência, isto é, seja programada, e não somente quando
o usuário perceber a passagem do contaminante pelo filtro.
Seis meses após abertura da embalagem original com pouco ou nenhum uso.
Troca programada.
A máxima concentração de uso dos respiradores purificadores de ar com filtros químicos em situações
rotineiras para dado gás ou vapor precisa ser a menor destes três valores:
Produto do fator de proteção atribuído (FPa) ao respirador utilizado pelo limite de exposição do
contaminante.
No tocante aos respiradores com filtros mecânicos, é recomendável que a troca dos filtros para
partículas seja programada, e não quando o usuário perceber, por exemplo, um aumento excessivo da
resistência à respiração. No caso dos respiradores purificadores de ar motorizados, o filtro para
partículas terá de ser substituído quando a vazão de ar não satisfizer mais os requisitos especificados
pelo fabricante.
A máxima concentração de uso dos respiradores purificadores de ar com filtros químicos em situações
rotineiras para dado contaminante particulado tem de ser o menor destes dois valores:
RESPIRADORES DE ADUÇÃO
Deve-se ter em mente que, para algumas substâncias, além do uso dos respiradores de adução de ar, é
necessário utilizar roupas especiais com a finalidade de proteger a pele do usuário contra a irritação ou
a absorção pela pele. A Fundacentro (2016) ressalta que, para alguns respiradores de adução, uma das
limitações é a capacidade da fonte de ar/gás respirável. A sua autonomia, portanto, deve ser calculada
antecipadamente conforme a avaliação do risco.
Uma sequência de taxa de trabalho específica tem de ser determinada, e isso dependerá do perfil do
trabalho esperado. Respiradores do tipo fluxo contínuo, alimentados por um compressor ou um cilindro
de ar/gás pressurizado, são, na maioria das vezes, equipados com válvulas de fluxo ajustáveis, que
poderão aumentar o fluxo durante períodos de trabalho mais pesado para garantir ar disponível
suficiente para a correta operação.
MÁSCARAS AUTÔNOMAS
Peso.
Volume do equipamento.
Autonomia.
Uso seguro.
A máscara autônoma de circuito fechado, por exemplo, geralmente é indicada para serviços acima de 1
hora, enquanto a de circuito aberto serve para trabalhos de 1 hora ou menos.
Segundo a Fundacentro (2016), estes respiradores têm sua utilização limitada a trabalhos em locais nos
quais a fuga do usuário em uma emergência possa se dar sem oferecer riscos à vida dele caso não haja
o uso do respirador, uma vez que pode ocorrer uma interrupção no suprimento de ar.
A movimentação do usuário, afinal, fica limitada pela mangueira; além disso, ele deve retornar até a
atmosfera segura seguindo a mesma rota de entrada. A mangueira de suprimento de ar, com
comprimento máximo de 90 metros, ainda está sujeita a danos, podendo enroscar ou estrangulá-lo.
SAIBA MAIS
A Fundacentro (2016) também aponta que o emprego dos respiradores de linha de ar comprimido de
demanda com pressão positiva e peça facial inteira, combinado com o cilindro auxiliar para escape
transportado junto ao corpo do usuário, é indicado para a entrada ou a saída em ambientes com
condições IPVS.
Quando a autonomia do cilindro é de até 15 minutos, o respirador pode ser usado somente para fuga.
Se esse tempo for maior, o respirador poderá ser empregado para entrar na área perigosa desde que,
nessa entrada, não seja consumido mais do que 20% do volume de ar do cilindro.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe o que são gases e vapores? Conseguiria identificar uma aplicação prática em uma atividade
do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional a ambos?
Para entendermos melhor, aprendermos a distinguir, e a como agir em um ambiente que apresente risco
por gases e vapores, tomaremos por base uma situação prática. Desse modo, analisaremos o case da
Serraria do Madiba a seguir:
Conforto térmico: Variável em função da temperatura ambiente, sendo que o ambiente tem carga
térmica significativa (calor radiante).
Equipamentos: Caldeira de vapor tipo flamotubular, reservatório de água (3.000 litros) e exaustor
de eliminação de fumaça/particulado e tubulação de vapor.
Entre os diversos setores na empresa, o que será avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de riscos
ocupacionais, é o setor de caldeiraria. Inicialmente, a avaliação se limitará a estes agentes químicos:
gases e vapores.
No setor de caldeiraria, o colaborador opera a caldeira de geração de vapor por meio de um painel de
comando, controlando a alimentação de água, a geração e a distribuição de vapor para as estufas de
secagem. Além do controle sobre o funcionamento da caldeira, ele liga e desliga motores e bombas,
assim como regula e anota suas pressões e temperaturas.
Realiza-se ainda o abastecimento manual da fornalha com lenha para manter estáveis a temperatura e o
nível de formação de vapor. É feita periodicamente a limpeza da caldeira, das grades e das grelhas da
fornalha, bem como a retirada da fuligem e das cinzas acumulados em seu interior.
O trabalho é feito em turnos de seis horas diárias. Cabe esclarecer que o controle e a dosagem dos
produtos químicos necessários ao tratamento água consumida na caldeira é realizado diariamente pelo
encarregado do almoxarifado com o acompanhamento do operador da caldeira.
Controle da caldeira.
Operação da caldeira.
Tratamento de água.
Cabe destacar também que são empregadas técnicas de proteção coletiva, como um exaustor eólico
sobre o teto da casa de caldeiras, a fim de remover a concentração de particulado (fuligem) e de gases
(CO e CO2), assim como a iluminação de emergência nesse ambiente.
Calçado impermeável.
Máscara semifacial descartável revestida com carvão ativado para os trabalhos de remoção de
cinzas, limpeza do porão da caldeira e tratamento de água das caldeiras.
Luvas de PVC/hexanol ou raspa de couro em todos os trabalhos que envolvam produtos químicos
(tratamento d'água).
Não foram detectadas situações insalubres nos trabalhos de análise e de avaliação de gases e
vapores, como aminas, hidrazinas, polímeros acrílicos e soda cáustica. Realizados a partir das Fichas
de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), esses trabalhos atendem aos requisitos estabelecidos em
duas normas regulamentares:
RESPOSTA
Sim. Na lista de EPIs, existe a previsão de respiradores (EPR) a serem empregados no tratamento d'água.
O QUE SIGNIFICA PPR?
Segundo a Fundacentro (2016), o PPR precisa abordar, pelo menos, os seguintes aspectos:
Abrangência.
Seleção do respirador.
Treinamento.
Ensaio de vedação.
Guarda e estocagem.
Revisão do programa.
Arquivamento de registros.
ATENÇÃO
A maior parte desses elementos deve ser detalhada na forma de procedimentos operacionais escritos.
A Fundacentro (2016) ainda acrescenta que os procedimentos operacionais para uso rotineiro
precisam ser escritos, incluindo, no mínimo, os seguintes itens:
Seleção dos respiradores para cada operação em que seu uso seja considerado necessário.
Monitoramento do uso.
Monitoramento do risco.
ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA
O empregador deve atribuir a uma só pessoa a responsabilidade e a autoridade pelo programa. Já o
administrador precisa ser qualificado por treinamento ou possuir experiência compatível com a
complexidade dele para implementar e administrar de modo apropriado o programa, bem como
conhecer e estar atualizado no que se refere às publicações e aos regulamentos legais vigentes.
Preparação dos procedimentos operacionais escritos para uso correto dos respiradores em
situações de rotina e de emergência.
Seleção do respirador apropriado que proporcione proteção adequada para cada contaminante
presente ou potencialmente presente.
Os tipos de respiradores para uso rotineiro e de emergência que o trabalhador deve utilizar.
As atividades típicas no trabalho, as condições ambientais, a frequência e a duração das atividades que
exigem o uso do respirador.
As substâncias para as quais o respirador tem de ser usado, incluindo a exposição provável a uma
atmosfera com deficiência de oxigênio.
Dependendo do tipo de respirador, o exame médico precisa incluir a avaliação da função pulmonar, do
sistema musculoesquelético, dos problemas cardiovasculares e de outros quesitos. Se houver um
histórico cardíaco ou de doença pulmonar severa, isso deverá ser considerado pelo profissional da
saúde como uma limitação potencial ao uso do respirador.
VOCÊ SABIA
Por razões psicológicas ou neurológicas, alguns candidatos podem ser inaptos ao uso de um respirador,
por exemplo, aqueles que sofrem de claustrofobia, sensação de isolamento, epilepsia, ataxia e tremores.
Cabe lembrar que restrições podem ser superadas com treinamento e aclimatação.
RISCOS RESPIRATÓRIOS
Uma avaliação dos riscos respiratórios, que é essencial para o processo de seleção e uso do respirador
adequado, precisa ser realizada por pessoal competente. Ela inclui três etapas de avaliação:
Da adequação do respirador à exposição.
Da adequação do respirador à tarefa, ao usuário e ao ambiente de trabalho.
CONTAMINANTES PARTICULADOS
Pneumoconiose, fibrose, bronquite, asma, câncer, febre, efeitos sistêmicos, irritação, mutação genética
e alteração genética.
PRINCIPAIS FATORES
Apontaremos agora os principais fatores que influem na seleção do respirador:
Características da substância.
REQUISITOS
Vejamos agora os requisitos da Fundacentro (2016) para se garantir o efetivo FPa ao respirador:
O tamanho da peça facial precisa ser o correto, sendo comprovado pelo teste correspondente.
O respirador tem de estar colocado corretamente no rosto e ser comprovado pelos testes
correspondentes.
O fator de proteção efetivo (FPe) pode ser mensurado em função da omissão de uso na área
contaminada:
T
FPe =
[(Tu / FPa) + To]
Em que:
Características faciais.
Pelos faciais.
Visão.
Conforto.
SAIBA MAIS
Na seleção do respirador, deve-se levar em conta a localização da área de risco em relação às áreas
seguras que tenham ar respirável. Isso permite a seu usuário planejar a fuga na ocorrência de uma
emergência, a entrada de pessoas para a realização dos serviços de manutenção ou reparos ou as
operações de resgate.
Listaremos, por fim, as principais etapas para a identificação do risco para o caso de uso rotineiro
do respirador:
Determinar qual contaminante está ou pode estar no ambiente.
Verificar se há limites de exposição (LT, TLV-TWA, Teto, IPVS) ou estimativa da toxicidade do agente.
VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO
realizado pelo usuário toda vez que instalar o respirador para garantir que ele está ajustado
corretamente à face (teste de pressão negativa e teste de pressão positiva).
ENSAIOS DE VEDAÇÃO
objetiva selecionar o tamanho e o formato do EPR adequados ao rosto de cada usuário. Emprega-se,
por exemplo, sacarina ou bitrex para verificar se o usuário percebe a sua presença no interior do EPR.
Tal ensaio deverá ser repetido anualmente e refeito cada vez que houver mudança de modelo e/ou de
tamanho do EPR.
Ensaio de vedação qualitativo.
Se há vazamentos, isso significa que o respirador está mal colocado ou que seu tamanho é inadequado.
A vedação, por outro lado, será considerada satisfatória quando o usuário sentir uma ligeira pressão
dentro da PFF e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação com o rosto.
Teste de pressão positiva.
Já para a verificação de vedação pelo teste de pressão negativa, o usuário deve inicialmente
bloquear o(s) filtro(s) com a palma da mão, colocar um selo ou estrangular a traqueia. Em seguida, ele
tem de inalar suavemente e segurar a respiração. Caso a peça facial se acople ao rosto, a vedação
estará satisfatória.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos neste conteúdo que os gases e vapores estão diariamente presentes no meio ambiente.
Observamos, todavia, que as concentrações de certos compostos químicos são muito mais danosos ao
ser humano do que outras.
Pontuamos ainda que, se alguém passar mais de 48 horas por semana exposto a determinadas
concentrações de compostos químicos gasosos, o meio em que tal indivíduo se encontra passa a ser
considerado insalubre. Em casos assim, adicionais de insalubridade devem ser pagos aos trabalhadores
que frequentem tal ambiente.
Por fim, frisamos que certas doenças são o resultado da errônea exposição do trabalhador a ambientes
insalubres. Por conta disso, alguns equipamentos de proteção são necessários e indispensáveis para
manter o ser humano a salvo desses locais atmosfericamente hostis.
PODCAST
Confira o conteúdo preparado especialmente para enriquecer o seu conhecimento!
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH). Limites de
exposição ocupacional (TLVsR) para substâncias químicas e agentes físicos e índices biológicos
de exposição (BEIsR). Tradução: Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO). São
Paulo: ABHO, 2021.
ARAUJO, G. M. de. Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. 8. ed. Rio de Janeiro: GVC,
2013.
BRASIL. Cartilha de proteção respiratória contra agentes biológicos para trabalhadores de saúde.
Brasília: Anvisa, 2009.
BRASIL. NHO-2: análise qualitativa da fração volátil (vapores orgânicos) em colas, tintas e vernizes por
cromatográfica gasosa/detector de localização de chama. São Paulo: Fundacentro, 1999.
COSTA, P. Segurança do trabalho II. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio
Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.
PEIXOTO, H.; FERREIRA, L. Higiene ocupacional III. Santa Maria: Universidade Federal de Santa
Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.
SALIBA, T. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle dos riscos
ambientais. 1. ed. São Paulo: LTR, 2005.
VIEIRA, S. I. Manual de saúde e segurança no trabalho. 2. ed. atual. São Paulo: LTR, 2008.
EXPLORE+
Para compreender um pouco mais sobre os equipamentos a fim de proteger as vias respiratórias,
assista a estes vídeos no YouTube:
3M BRASIL. 3M ensaio de vedação Fit Test. Publicado em: 17 jan. 2010. Consultado na internet
em: 4 ago. 2021.
CRIFFER TV. Flex - sensor X-05 - monóxido de carbono (CO). Publicado em: 30 abr. 2020.
Consultado na internet em: 4 ago. 2021.
FUNDACENTRO. EPI – proteção respiratória. Publicado em: 27 jun. 2013. Consultado na internet
em: 4 ago. 2021. Consultado na internet em: 4 ago. 2021.
GAS DETECTION. Uniphos ASP-40 vs. RAE Systems LP-1200. Publicado em: 3 jan. 2014.
Consultado na internet em: 4 ago. 2021.
LEANDRO MAGALHÃES - ANALYTICS BRASIL. Amostragem passiva com amostrador
OVM3500 e OVM3520. Publicado em: 18 jun. 2018. Consultado na internet em: 4 ago. 2021.
CONTEUDISTA
LUCIO VILLARINHO ROSA