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EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS

Prof. Marco Antônio dos Santos


AGENTES QUÍMICOS
Referências normativas que serão usadas no curso:
• NHO 07/2002: Calibração de bombas de amostragem
individual pelo método da bolha de sabão;
• NHO 08/2009: Coleta de material particulado sólido suspenso
no ar de ambientes de trabalho;
• NR 15/1978: Atividades e operações insalubres. Anexos 11, 12
e 13-A;
• NR 9/1994: Programa de prevenção de riscos ambientais;
• IN 01 de 20/12/1995: Avaliação das concentrações de
benzeno em ambientes de trabalho.
AGENTES QUÍMICOS

DEFINIÇÃO

Segundo a NR-9 MTE — Item 9.1.5.2, consideram-se agentes químicos as


substâncias, compostos ou produtos QUE POSSAM PENETRAR NO ORGANISMO
PELA VIA RESPIRATÓRIA, nas formas de POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, NEBLINAS,
GASES OU VAPORES, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter
contato ou ser ABSORVIDOS PELO ORGANISMO PELA PELE OU POR INGESTÃO.
AGENTES QUÍMICOS

INTRODUÇÃO
As diversas substâncias químicas existentes no ambiente de trabalho, estão presentes
na condição de MATÉRIA-PRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO, PRODUTO FINAL.
Os agentes químicos podem causar danos apenas quando atingem órgãos
sensíveis dos indivíduos numa concentração suficientemente alta e por um período
suficiente de tempo, assim, os danos dependem das propriedades físico-químicas das
substâncias tóxicas, das condições de exposição e da saúde do indivíduo.
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

• Estimar e monitorar a exposição dos trabalhadores durante a jornada de


trabalho e ao longo do tempo para registros e estudos epidemiológicos;
• Conhecer os níveis de concentração em locais ou zonas de trabalho,
incluindo os espaços confinados;
• Subsidiar projetos de implantação de medidas de controle e avaliar sua
eficácia;
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

• Verificar a conformidade dos ambientes de trabalho e das exposições


ocupacionais com os valores de referência estabelecidos na legislação;
• Diagnosticar fontes de contaminação dos locais de trabalho;
• Prevenir a exposição de trabalhadores a concentrações elevadas através
do monitoramento contínuo do ambiente de trabalho, EM TEMPO REAL,
utilizando instrumentos de leitura direta da concentração dotados de
alarmes pré-ajustados.
LIMITES DE TOLERÂNCIA

Limite de tolerância: É a concentração máxima, relacionada com a natureza e


o tempo de exposição ao agente químico, que não causará danos à saúde da
maioria dos trabalhadores expostos, durante a sua vida laboral.

NR-15 — Anexo 11 – Conceitos e aplicações:

Todos os LTs apresentados no Anexo 11 são para uma jornada de até 48 horas
semanais.

.
Tabela de Agentes Químicos

Fonte: NR 15
Tabela de Agentes Químicos
(continuação)

Fonte: NR 15
DETALHAMENTO DE CONCEITOS BÁSICOS EXISTENTES NA NR 15
ANEXO 11

• Absorção pela pele: Os agentes químicos podem ser absorvidos por via cutânea e,
portanto, exigem na sua manipulação o uso de luvas adequadas, além do EPI
necessário à eventual proteção de outras partes de corpo. Indicado na tabela para
cada substância.

• Asfixiante simples : Determina que nos ambientes de trabalho, em presença dessas


substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18% em volume. Indicado
na tabela na coluna relativa ao valor do limite de tolerância.
ASFIXIANTES

As substâncias químicas asfixiantes em geral impedem o uso do


oxigênio pelos organismos vivos, seus tecidos e células. Podem
diluir o oxigênio disponível a um nível abaixo daquele
necessário para a manutenção da vida. Um gás reativo, como
o hidrogênio, pode REAGIR COM O OXIGÊNIO TORNANDO-O
INATIVO. porém o perigo maior está relacionado a sua
capacidade explosiva. Algumas substâncias, como o monóxido
de carbono, podem inibir o transporte de oxigênio; outras, como
o ácido cianídrico, inibem a utilização de oxigênio.
ASFIXIANTES: DIÓXIDO DE CARBONO

Nas combustões completas, temos CO2 e água como produtos. Mas se não há oxigênio
suficiente, a queima é incompleta e temos a presença de monóxido.

O CO apresenta uma AFINIDADE QUÍMICA 250 VEZES MAIOR PELA HEMOGLOBINA que o O2
DIÓXIDO DE CARBONO:
Composição: Dióxido de carbono.
Principal aplicação: Essencial para a vida. Amplamente usado na indústria. Alimentos: bebidas
carbonatadas. Gaseificação de bebidas. Embalagens, congelamento e resfriamento.
Fabricação de metais: soldagem.
Principal efeito: Em elevadas concentrações pode causar asfixia. Os sintomas podem incluir perda
de conhecimento e motricidade. A vítima pode não ter percepção da asfixia. Concentrações baixas
de CO2 provocam aumento de frequência respiratória e dor de cabeça.
ASFIXIANTES: MONÓXIDO DE CARBONO

Composição: monóxido de carbono.


Principal aplicação: O monóxido de carbono é um gás utilizado como matéria-
prima na produção de produtos químicos que variam desde o ácido acético
até policarbonatos e intermediários de poliuretanos..
Principal efeito: Em elevadas concentrações pode causar asfixia. Os sintomas
podem incluir perda de conhecimento e motricidade. A vitima pode não ter
percepção da asfixia. Os sintomas podem ser: vertigens, dor de cabeça,
náuseas e perda de coordenação. Possibilidade de efeitos adversos
retardados.
ASFIXIANTES: GLP

Composição: Mistura de hidrocarbonetos contendo


predominantemente em proporções variáveis de propano e/ou
propeno e butanos e/ou butenos.
Principal aplicação: fonte de energia.
Principal efeito: A inalação do produto pode causar efeitos
narcóticos. Em elevadas concentrações, causa asfixia através da
redução da concentração de oxigênio no ar.
ASFIXIANTES: ACETILENO

Composição: Acetileno dissolvido.


Principal aplicação: fonte de energia.
Principal efeito: Em elevadas concentrações pode causar asfixia. Os sintomas
podem incluir perda de conhecimento e motricidade. A vitima pode não ter
percepção da asfixia. Em baixas concentrações pode ter efeitos narcotizantes.
Os sintomas podem ser: vertigens, dor de cabeça, náuseas e perda de
coordenação.
ASFIXIANTES: HÉLIO

Composição: Mistura de hidrocarbonetos contendo predominantemente em


proporções variáveis de propano e/ou propeno e butanos e/ou butenos.
Principal aplicação:Usado na área de soldagem com gás de proteção para o
arco de solda, evitando porosidade e oxidação excessiva. É usado em misturas
com neônio e argônio para tubos eletrônicos e fabricação de lâmpadas
especiais. Usado para enchimento de balões publicitários e também “bexigas”
de látex e alumínio muito utilizadas em festas.
Principal efeito: Asfixia.
LIMITES DE TOLERÂNCIA
Limite de tolerância valor teto: Representa uma concentração máxima que não pode
ser excedida em momento algum da jornada de trabalho. Indicado na tabela para cada
substância.

Limite de tolerância média ponderada: Representa a concentração média ponderada


existente durante a jornada de trabalho, isto é, podemos ter valores acima do fixado,
desde que sejam compensados por valores abaixo dele, acarretando uma média
ponderada igual ou inferior ao limite de tolerância.

OBS.: Essas oscilações para cima não podem ser indefinidas, devendo respeitar um
valor máximo que não pode ser ultrapassado. Este valor máximo é obtido por meio da
aplicação do fator de desvio, a seguir descrito.
VALOR MÁXIMO — LT x FD

• Representa o controle da dispersão das concentrações de curta duração durante


uma jornada típica de trabalho para as substâncias que só possuem valores de
referência do tipo média ponderada no tempo (MPT), ou seja, que não sejam valor
teto (TETO) ou curta duração (CD);

• Corresponde ao desvio máximo permitido da concentração em relação ao Valor de


referencia media ponderada de modo que esta média seja a mais representativa
possível da estimativa da exposição. Excursões acima do valor médio têm que ser
limitadas também como forma de prevenir efeitos agudos ainda desconhecidos para
a substância.

• Para efeito deste guia, os fatores de desvio (FD) estão apresentados na Tabela 1
TABELA 1 – FATORES DE DESVIO

VRATMPT (mg/m3)** FD

0 < VRAT ≤ 1 3

1 < VRAT ≤ 10 2

10 < VRAT ≤ 100 1,5

100 < VRAT ≤ 1000 1,25

> 1000 1,1

Fonte: Adaptação do Quadro n° 2 do Anexo n°11 da NR 15.


NR-15 ANEXO N° 12
LTs para poeiras minerais (Asbestos, Manganês e SIO2);
Não estabelece critérios para medições.

NR-15 ANEXO N° 13
Atividade com insalubridade caracterizada por laudo de inspeção. São casos que não
possuem LTs definidos nos demais anexos.

NR-15 ANEXO N° 13-A


Regulamentação do uso do benzeno Portaria n° 14 de 20 de dezembro de 1995 do
MTb.
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA

1. RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E OPERAÇÕES ENVOLVENDO


AGENTES QUÍMICOS, consideradas, insalubres em
decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
EXCLUAM-SE DESTA RELAÇÃO AS ATIVIDADES OU
OPERAÇÕES COM OS AGENTES QUÍMICOS CONSTANTES
DOS ANEXOS 11 E 12.
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA

HIDROCARBONETOS E OUTROS
COMPOSTOS DE CARBONO
(tolueno, Xileno)
Insalubridade de grau máximo:
Pintura a pistola com esmaltes,
tintas, vernizes e solventes
contendo hidrocarbonetos
aromáticos
Fonte:https://www.google.com/search?biw=1920&bih=920&tbm=isch&sa=1&ei=ACM
QXauEDLnE5OUPtdmL0AY&q=pintura+profissional+a+pistola&oq=pintura+profissional
+a+pistola&gs_l=img.3...14625.17398..20711...0.0..0.108.1314.4j9......0....1..gws-wiz-
img.......0i8i7i30j0i8i10i30.t7KONF84AJY#imgdii=YITqkAyyJQOipM:&imgrc=OeOZuww8_
3BSFM:
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA

O limite de tolerância no sentido original do conceito deixou de existir e


passou a ser o Valor de Referência Tecnológico (VRT), definido como a
concentração de Benzeno no ar atmosférico considerada exequível do ponto
de vista técnico.
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA

O limite de tolerância no sentido original do conceito deixou de existir e


passou a ser o Valor de Referência Tecnológico (VRT), definido como a
concentração de Benzeno no ar atmosférico considerada exequível do ponto
de vista técnico.
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA

CHUMBO
Insalubridade de grau máximo
Fabricação de compostos de chumbo, carbonato, arseniato, cromato mínio, litargírio e outros.
Fabricação de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de
compostos de chumbo.
Fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e baterias elétricas contendo compostos de chumbo.
Fabricação e emprego de chumbo tetraetila e chumbo tetrametila.
Fundição e laminação de chumbo, de zinco velho cobre e latão.
Limpeza, raspagem e reparação de tanques de mistura, armazenamento e demais trabalhos com gasolina
contendo chumbo tetraetila.
Pintura a pistola com pigmentos de compostos de chumbo em recintos limitados ou fechados.
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA

OPERAÇÕES DIVERSAS
Insalubridade de grau médio
Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos.
Álcalis/Bases são compostos capazes de se dissociar na água,
liberando íons, dos quais o único ânion é o hidróxido, OH-
(Svante Arrhenius).
Insalubridade de grau mínimo
Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande
exposição a poeiras.
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA
NR-15 ANEXO N° 13 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO

O limite de tolerância no sentido original do conceito deixou de existir e


passou a ser o Valor de Referência Tecnológico (VRT), definido como a
concentração de Benzeno no ar atmosférico considerada exequível do ponto
de vista técnico.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO

Os valores Limites de Concentração - LC a serem utilizados na IN n.º 01, para o


cálculo do Índice de Julgamento "I", são os VRT-MPT estabelecidos a seguir.

7. Os valores estabelecidos para os VRT-MPT são:


- 1,0 (um) ppm para as empresas abrangidas por este Anexo (com exceção
das empresas siderúrgicas, as produtoras de álcool anidro e aquelas que
deverão substituir o benzeno a partir de 1º.01.97).
- 2,5 (dois e meio) ppm para as empresas siderúrgicas
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO

A inclusão do controle obrigatório do Benzenismo nos trabalhadores em


atividades de produção, transporte, armazenagem, ou que utilizam ou
manipulam o produto Benzeno ou misturas líquidas contendo 1% ou mais de
volume de Benzeno.
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO

2.1. O presente Anexo não se aplica às atividades de armazenamento,


transporte, distribuição, venda e uso de combustíveis derivados de petróleo.

3. Fica proibida a utilização do benzeno, a partir de 01 de janeiro de 1997,


para qualquer emprego, exceto nas indústrias e laboratórios que:
a) o produzem;
b) o utilizem em processos de síntese química;
c) o empreguem em combustíveis derivados de petróleo;
d) o empreguem em trabalhos de análise ou investigação realizados em
laboratório, quando não for possível sua substituição.
Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno

As empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam


benzeno em suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais do
volume devem apresentar ao DSST o documento-base do PPEOB, juntamente
com as informações previstas no subitem 4.1. (Alterado pela Portaria SIT n.º
203, de 28 de janeiro de2011).
Limites de Tolerância Definidos pela ACGIH

Tipos de limites

✓ Limite de Exposição Tipo TWA (time weighted average)/ACGIH — (média


ponderada pelo tempo) — a concentração média ponderada pelo tempo
para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40 horas semanais, à qual a
maioria dos trabalhadores pode estar repetidamente exposta, dia após dia,
sem sofrer efeitos adversos à saúde.
Limites de Tolerância Definidos pela ACGIH

✓ Limite de Exposição Tipo Valor Teto (LE — TETO) — para este LE não são
permissíveis exposições acima do valor fixado em nenhum momento da
jornada de trabalho.

✓ Na ACGIH, o conceito correspondente é o do limite de exposição Ceiling —


TLV — C (Limite de Exposição Valor Teto) – é a concentração que não pode
ser excedida durante nenhum momento da exposição do trabalhador.
Limites de Tolerância Definidos pela ACGIH

✓ Limite de Exposição tipo STEL — Limite de Exposição suplementar, tipo


média ponderada no tempo, associado a um LE — MP tipo TWA — ACGIH
— com as características que seguem:

- A base de tempo do STEL é de 15 minutos.


Limites de Tolerância Definidos pela ACGIH

✓ Limite de Exposição – Exposição de Curta Duração (TLV — STEL): É a


concentração a que os trabalhadores podem estar expostos continuamente por
um período curto sem sofrer:
1) irritação;
2) lesão tissular crônica ou irreversível;
3) narcose em grau suficiente para aumentar a predisposição a acidentes,
impedir auto-salvamento ou reduzir significativamente a eficiência no
trabalho, cuidando-se para que o limite de exposição – média ponderada
(TLV—TWA) não seja ultrapassado.
Um STEL é definido como uma exposição média ponderada pelo tempo
durante 15 minutos, que não pode ser excedida em nenhum momento da
jornada de trabalho, mesmo que a concentração média ponderada para 8
horas esteja dentro dos limites de exposição – média ponderada. Exposições
acima do TLV–TWA, mas abaixo do STEL, não podem ter duração superior a 15
minutos, nem se repetir mais de 4 vezes ao dia. Deve existir um intervalo
mínimo de 60 minutos entre as exposições sucessivas nessa faixa.
Os valores de concentração das exposições do trabalhador acima
do TLV-TWA podem exceder três vezes este valor por um período
total máximo de 30 minutos durante toda a jornada de trabalho
diária, porém, em hipótese alguma, podem exceder cinco vezes o
TLV–TWA, garantindo-se, entretanto, que o TLV-TWA adotado
não seja ultrapassado.
MISTURAS – EFEITO COMBINADO OU ADITIVO

Conforme orientação da ACGIH (2012), quando duas ou mais substâncias químicas que
estão presentes no ar apresentam EFEITO TOXICOLÓGICO SOBRE O MESMO ÓRGÃO
OU SISTEMA ORGÂNICO HUMANO, os seus efeitos combinados devem ser
considerados prioritariamente em relação aos efeitos individuais. Na ausência de
informações contrárias, os efeitos de diferentes fatores de riscos devem ser
considerados aditivos;

Na prática, isto pode ser feito somando-se o produto da razão entre a concentração
medida – seja ela uma média ponderada de 8 horas, uma média ponderada de 15
minutos ou uma medição instantânea – e o valor de referencia correspondente. O
resultado da soma das frações deve ser, no máximo, igual à unidade (1,0).
MISTURAS – EFEITO COMBINADO OU ADITIVO

O valor de referencia da mistura será considerado excedido quando o


resultado da soma na equação acima for superior a 1,0.
MISTURAS – EFEITO COMBINADO OU ADITIVO

EXERCÍCIO

O ar contém as seguintes concentrações de solventes orgânicos:

• 400 ppm de Solvente A (TLV, 500 ppm);


• 150 ppm Solvente B (TLV, 200 ppm);
• 100 ppm do Sovente C (TLV, 200 ppm).

O limite de exposição (TLV ) foi excedido?


CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS

GASES
É a denominação dada às substâncias que, em condições normais de
temperatura e pressão (25ºC e 760mmHg), estão no estado gasoso.
Ex.: Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio.

VAPORES
É a fase gasosa deu ma substância que, a 25ºC e 760mmHg, é líquida ou
sólida.
Ex: vapores de água, vapores de gasolina.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS

DIFERENÇA ENTRE GASES E VAPORES


A principal diferença entre gases e vapores é a concentração que de cada
qual que deve existir no ambiente. Para a higiene do trabalho, as
concentrações que interessam são pequenas, situando-se, normalmente,
abaixo da concentração de saturação,não se torna necessário distinguir
os gases dos vapores, sendo os dois estudados de uma só vez.
CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DOS GASES E VAPORES

Os gases e vapores podem ser classificados segundo a sua ação sobre o


organismo humano. Assim, podem ser divididos em três grupos:

A. irritantes
B. anestésicos
C. asfixiantes
A. GASES E VAPORES IRRITANTES

Os modos de ação dos gases e vapores irritantes são determinados,


principalmente, pela sua solubilidade:

• Ácidos fortes: ácido clorídrico ou muriático, ácido sulfúrico.


• Álcalis fortes: amônia e soda cáustica.
• Formaldeído
A. GASES E VAPORES IRRITANTES

IRRITANTES SOBRE OS PULMÕES

São os gases que têm uma baixa solubilidade na água, podendo, portanto,
alcançar os alvéolos pulmonares, e produzindo ação irritante intensa. Pertencem
ao grupo: Ozona, gases nitrosos (principalmente NO2 e sua forma dímera N2O4). Tais
gases são produzidos no arco elétrico (solda elétrica), por combustão de nitratos,
no uso de explosivos e no uso industrial de ácido nítrico, Fosfogênio: gás incolor,
originado da decomposição térmica de tetracloreto de carbono e outros derivados
halogenados.
A. GASES E VAPORES IRRITANTES

IRRITANTES ATÍPICOS

Estas substâncias, apesar de sua baixa solubilidade, possuem ação irritante sobre as
vias respiratórias superiores. Isto serve de advertência ao pessoal exposto, fazendo
com que as pessoas se afastem imediatamente do local. Por isto, raras vezes, estas
substâncias são inaladas em quantidade suficiente para produzir irritação pulmonar.
Grupo: Acroleína ou Aldeído acrílico (gás liberado por motores diesel), gases
lacrimogêneos.
GASES E VAPORES ANESTÉSICOS

Os gases e vapores anestésicos, também denominados narcóticos, incluem uma


grande quantidade de compostos de amplo uso industrial e doméstico. A maioria dos
solventes orgânicos pertencem a este grupo. Uma propriedade comum a todos eles
é o efeito anestésico, devido à ação depressiva sobre o sistema nervoso central. O
efeito aparece em exposições a altas concentrações, num período de curta duração.
No entanto, exposições repetidas e prolongadas a baixas concentrações, caso típico da
exposição industrial, acarretam intoxicações sistêmicas, afetam os diversos sistemas do
corpo.
GASES E VAPORES ANESTÉSICOS

• Anestésicos primários : hidrocarbonetos alifáticos (butano, propano,


etano, etc.) ésteres, aldeídos, cetonas.

• Anestésicos de efeito sobre as vísceras: hidrocarbonetos clorados:


tetracloreto de carbono, tricloroetileno e percloroetileno.
GASES E VAPORES ANESTÉSICOS

• Anestésicos de ação sobre o sistema formador do sangue : as


substâncias classificadas neste grupo são principalmente os
hidrocarbonetos aromáticos, como benzeno, tolueno , xileno.

• Anestésicos de ação sobre o sistema nervoso : neste grupo encontram-se


os álcoois ( metílico, etílico), ésteres de ácidos orgânicos, dissulfeto de
carbono.
UNIDADES DE MEDIDA
CONCENTRAÇÃO

Corresponde à quantidade total de agente químico por unidade de volume de


ar.

É expressa como massa por unidade de volume (mg/ m³) ou volume por
unidade de volume (ml/m³ ou ppm).

A unidade mg/m³ pode ser utilizada tanto para gases e vapores como para
substâncias na forma de partículas. Já a unidade ppm, em volume, só pode ser
empregada para gases e vapores.
UNIDADES DE MEDIDA

CONCENTRAÇÃO (continuação)

Entretanto, tem sido comum encontrar a unidade mg/m³ aplicada aos valores
de referência (LT) das substâncias na forma de partículas e a unidade ppm
para gases e vapores.
UNIDADES DE MEDIDA

CONVERSÃO DE FÓRMULAS
2.6 UNIDADES DE MEDIDA

CONVERSÃO DE FÓRMULAS

Exemplo
1. Transformar 10 ppm de Benzeno (C6H6) em mg/m³.
Dados os pesos atômicos: C= 12 ; H= 1

Peso Molecular (PM) do (C6H6) = 12 x 6 + 6 x 1= 78


10 𝑥78
mg/m³ = = 31,9 mg/m³
24,45
2.6 UNIDADES DE MEDIDA

CONVERSÃO DE FÓRMULAS

Exemplo

2. Transformar 130 mg/m³ de CO2 para ppm.


EXEMPLO DE CÁLCULO DE FR SEMANAL PELO MODELO BRIEF & SCALA

Substância: n-Hexano; sem limite de tolerância estabelecido na NR 15, Anexo


11.

SEGUINDO ORIENTAÇÃO DA NR 9, na ausência de limites na NR 15, recorre-se


ao TLV®-TWA (Time Weighted Average) da ACGIH, que, no TLVs® and BEIs® de
2015, era 50 ppm, 8h/dia e 40h/semana. Para adequá-lo ao padrão de tempo
dos limites de tolerância do Anexo 11/NR 15 (até 48 horas semanais), é
necessário aplicar o FR para o TLV®-TWA da ACGIH.
EXEMPLO DE CÁLCULO DE FR SEMANAL PELO MODELO BRIEF & SCALA

CALCULANDO O FR PARA JORNADA DE 44 H SEMANAIS

FR jornada semanal = 40 x 168 – 44 = 0,88


44 128

O limite de tolerância a ser adotado no Brasil será:

LT-MPT reduzido = TLV®-TWA x 0,88 = 50 x 0,88 = 44 ppm


NHO 08 - COLETA DE MATERIAL PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES
DE TRABALHO

DEFINIÇÕES E CONCEITOS

• Aerodispersóide – termo que aplica-se a uma dispersão de sólidos ou


líquidos no ar, na forma de partículas de tamanho reduzido geradas e
projetadas no ambiente de trabalho mediante diversos processos
industriais, e que pode se manter em suspensão por um longo tempo,
permitindo a inalação do contaminante pelos expostos.

• Poeiras - são partículas sólidas produzidas pelo rompimento mecânico de


sólidos, como ocorre em processos de moagem, atrito, impacto etc.
NHO 08 - COLETA DE MATERIAL PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES
DE TRABALHO

DEFINIÇÕES E CONCEITOS
• Fibras - são partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica de sólidos,
que se diferenciam das poeiras porque têm forma alongada, com um
comprimento de 3 a 5 vezes superior ao seu diâmetro.
Exemplos:
- Animal: lã, seda, pelo de camelo
- Vegetal: algodão, linho e cânhamo
- Mineral: asbestos, vidros e cerâmicas
NHO 08 - COLETA DE MATERIAL PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES
DE TRABALHO

DEFINIÇÕES E CONCEITOS

• Fumos - são partículas sólidas produzidas por condensação ou oxidação de


vapores de substâncias sólidas em condições normais, como por exemplo: fumos de
soldagem, fumos presentes em fundições, processos de spray metálico a quente.
NHO 08 - COLETA DE MATERIAL PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES
DE TRABALHO

DEFINIÇÕES E CONCEITOS

• Névoas - são partículas líquidas produzidas por ruptura mecânica de


líquidos, como, por exemplo.

• Neblinas - são partículas líquidas produzidas por condensação de vapores


de substâncias que são liquidas à temperatura normal.
CLASSIFICAÇÃO DOS AERODISPERSÓIDES

As partículas dos aerossóis possuem forma e tamanho variados

Quanto ao tamanho das partículas, os aerodispersóides podem ser


classificados pelo diâmetro aerodinâmico.

Diâmetro Aerodinâmico Equivalente: define-se como o diâmetro de uma


esfera hipotética de densidade unitária (1g/cm3), a qual tem a mesma
velocidade terminal de sedimentação da partícula no ar, independente do seu
tamanho geométrico, forma e densidade real.
DEFINIÇÕES TÉCNICAS DE PARTICULADOS

• Particulado Inalável: É a fração de material particulado suspenso no ar,


constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 100
micrometros, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no
trato respiratório durante a inalação. É apropriada para avaliação do risco
ocupacional associado com os materiais suspensos no ar que exercem
efeito adverso quando depositados no trato respiratório como um todo;
DEFINIÇÕES TÉCNICAS DE PARTICULADOS

• Particulado Toráxico: a fração de material particulado suspenso no ar,


constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 25
micrometros, capaz de passar pela laringe e entrar pelas vias aéreas
superiores e penetrar nas vias aéreas dos pulmões. É apropriada para
avaliação do risco ocupacional associado com os materiais suspensos no ar
que exercem efeito adverso quando depositados nas regiões
traqueobronquial e de troca de gases;
DEFINIÇÕES TÉCNICAS DE PARTICULADOS

• Particulado respirável: a fração de material particulado suspenso no ar,


constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 10
micrometros, capaz de além dos broquíolos terminais e se depositar na
região de troca de gases dos pulmões, causando efeito adverso neste local.
DEFINIÇÕES TÉCNICAS DE PARTICULADOS

• Particulado Total: é toda poeira em suspensão existente no ambiente de


trabalho: são as poeiras respiráveis e não respiráveis. A coleta de
particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação
específica para coleta de particulado inalável, torácico ou respirável.
DEFINIÇÕES TÉCNICAS DE PARTICULADOS
• Partículas não especificadas de outra maneira (PNOS): Partículas para as
quais AINDA NÃO HÁ DADOS SUFICIENTES PARA DEMONSTRAR EFEITOS À
SAÚDE em concentrações geralmente encontradas no ar dos locais de
trabalho. Essa definição se refere às PARTÍCULAS QUE NÃO TENHAM UM
LIMITE DE EXPOSIÇÃO ESTABELECIDO; que sejam INSOLÚVEIS OU
FRACAMENTE SOLÚVEIS EM ÁGUA ou nos fluidos aquosos dos pulmões;
NÃO SEJAM CITOTÓXICAS, GENOTÓXICAS ou QUIMICAMENTE REATIVAS
COM O TECIDO PULMONAR; NÃO EMITAM RADIAÇÃO IONIZANTE;
causem imuno sensibilização ou outros efeitos tóxicos que não a
inflamação ou a deposição excessiva
DEFINIÇÕES TÉCNICAS DE PARTICULADOS

O tempo de permanência dos aerodispersóides no ar depende


basicamente do TAMANHO, PESO ESPECÍFICO E VELOCIDADE de
movimentação do ar.
DEFINIÇÕES TÉCNICAS DE PARTICULADOS

Observa-se, portanto, que o conceito de poeira respirável


é baseado na sua capacidade de penetração no trato
respiratório. Nas avaliações para verificação do dano à
saúde, as amostragens de poeira respirável são
recomendáveis, pois representam aquelas partículas que
penetram nos pulmões. A Norma Brasileira estabelece a
atividade como insalubre quando quaisquer dos limites
de tolerância (poeira total ou respirável) forem
ultrapassados.
INFRA-ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS E MEIOS DE COLETA

1- Aparelhos de leitura direta

São aqueles que fornecem, imediatamente, no próprio local de trabalho que


está sendo analisado, a concentração do contaminante. Podem ser
equipamentos para a um ou mais contaminantes, geralmente com células ou
sensores eletroquímicos convenientes; podem também ser usados tubos
detectores reativos ou colorimétricos, com bombas acopladas (bomba
universal, para todos os tubos).
INFRA-ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS E MEIOS DE COLETA

INSTRUMENTOS UTILIZADOS

1- Aparelhos de leitura direta


• Detectores de gases:
detecta de 1 a 7 gases e
vapores tóxicos e
inflamáveis, assim como
oxigênio.

Fonte: Internet
Fonte: Arquivo Pessoal
TRAGÉDIAS PELO MUNDO OCASIONADAS POR
VAZAMENTOS DE GASES
1978 – Manfredonia, Itália: Vazamento de Amônia de uma fábrica de produtos
químicos – 10 mil retirados;

1984 – Bhopal, Índia: Vazamento de pesticida de fábrica. 2500 mortos,


milhares de feridos, 200 mil retirados;

1988 – Mar do Norte: Explosão da plataforma Piper Alfa, mais de 100 mortos;

1996 – Osasco, Brasil: Explosão de um Shopping Center, mais de 40 mortos e


200 feridos.
AVALIAÇÃO DE GÁS
PARA AVALIAÇÃO DE UM GÁS, LEVA-SE EM CONSIDERAÇÃO:
• a concentração do gás (RISCO IMEDIATO)
• o tempo de exposição ( EFEITO ACUMULATIVO)

Pode-se CONFIGURAR UM EQUIPAMENTO DETECÇÃO DE GASES COM PELO


MENOS 3 ALARMES:
• 1º Limite instantâneo – Alarme determinado quando a concentração alcança
o 1º limite configurado.
• TWA (Time Weighted Average) – Concentração média ponderada admitida
exposição ao gás durante 8 horas consecutivas, sem causar danos à saúde.
• STEL (Short Term Exposure Limit) – Concentração máxima admitida para a
exposição ao gás durante 15 minutos consecutivos, sem causar danos a saúde.
AVALIAÇÃO DE GÁS

INFLAMÁVEIS
Gases líquidos e inflamáveis são substâncias que misturadas ao ar e que
quando recebem uma quantidade de calor apropriado entram em combustão.
Para que ocorra tal processo, são necessárias 3 condições:
- Presença de gás em quantidade suficiente;
- A presença de ar em quantidade suficiente;
- A presença de uma fonte de ignição;
LIMITE INFLAMÁVEL
• Gases inflamáveis são detectados através do percentual do Limite Inferior
de Explosividade, usualmente conhecido pelas siglas %LIE ou %LEL. Cada
gás possui o seu próprio LIE, dado pela sua CONCENTRAÇÃO IDEAL DA
MISTURA ar + combustível + fonte de ignição.

• Por exemplo, o gás Metano – CH4, cujo LIE é de 5% v/v, ou seja, NUM
AMBIENTE COM 100% DE AR atmosférico, BASTA 5% DE METANO para
que haja uma explosão.

Exemplos de gases inflamáveis e seus respectivos LIE:


LIMITE INFLAMÁVEL

“POBRE”
É SEMPRE RECOMENDÁVEL QUE OS ALARMES se iniciem a uma
concentração de 10% do valor de LEL, seguido de um alarme com 25% do
LEL, de modo que atinja uma margem de segurança adequada.
ERROS CLASSICOS DE CALIBRAÇÃO:

Medindo HEXANO com Instrumento calibrado para METANO

Um detector de explosividade tem sua escala variando de 0 a


100% do L.I.I., com calibração em um determinado gás
inflamável, mais comumente o metano (CH4), que tem seu
L.I.I. igual a 5% v/v. Então quando um equipamento desses
mostra, no visor, 50%, significa que há, na atmosfera, 2,5% de
CH4 v/v.
Fonte: Foto internet MSA do Brasil
Dentre os mais conhecidos estão os indicadores colorimétricos, ou
tubos detectores colorimétricos. Eles são descartáveis.

Consiste fundamentalmente em se passar uma quantidade


conhecida de ar por um reagente, que sofrerá alteração de cor na
presença do contaminante.

A leitura através do uso de tubos colorimétricos de CO é uma das


mais antigas e confiáveis técnicas de medição. Seu
funcionamento é básico, a concentração de CO é lida no tubo da
mesma forma que se lê a temperatura em um termômetro de
vidro.

Para este caso, são utilizadas bombas aspiradoras manuais, que


podem ser tanto do tipo fole ou do tipo pistão.
Atenção: sempre utilizar bombas do mesmo fabricante do tubo.
INFRA-ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS E MEIOS DE COLETA

2 - Amostragem utilizando BOMBA GRAVIMÉTRICA e meio de retenção adequado

TUBOS SÓLIDOS

Método de amostragem no qual passa-se um volume de ar contaminado conhecido,


utilizando uma bomba gravimétrica calibrada em vazões adequadas. O amostrador
gravimétrico ou bomba de amostragem consiste numa bomba de uso individual com
capacete de vazão de 1 a 5 litros/min, alimentada por baterias de níquel-cádmio
recarregáveis.
BOMBA GRAVIMÉTRICA E MEIO DE RETENÇÃO ADEQUADO

Fonte:https://www.google.com/search?q=bomba+de+amostragem+com+tubo+d
e+carv%C3%A3o&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjvwobjzYDjAhU0
CrkGHbTlAXsQ_AUIECgB&biw=1920&bih=920#imgrc=t-pn6N_jg5mNeM:
INFRA-ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS E MEIOS DE COLETA

A bomba deve possuir um SISTEMA AUTOMÁTICO DE


CONTROLE DE VAZÃO com capacidade para mantê-la
constate, dentro de um intervalo de ±5%, durante o tempo
de coleta.
INFRA-ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS E MEIOS DE COLETA

O ar passa por um tubo contendo um sólido poroso,


geralmente carvão ativado ou sílica gel, na superfície do qual
os gases e vapores são absorvidos. O tubo de carvão ou a sílica
gel devem ser adequadamente escolhidos conforme o tipo da
substância a ser coletada e posterior análise em laboratório.
INFRA-ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS E MEIOS DE COLETA

Apenas para exemplificar: O TUBO DE CARVÃO ATIVADO é


utilizado para coleta de determinados vapores orgânicos
(benzeno, tolueno, xileno, tricloroetileno, acetona, etc.) e o
tubo de sílica gel, para anilina, diclorobenzidina, etc.
INFRA-ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS E MEIOS DE COLETA

3- Amostragem utilizando bomba gravimétrica e meio de retenção


adequado

FILTROS DE PVC, ÉSTER CELULOSE OU FIBRA DE VIDRO

Utilizando-se uma bomba gravimétrica devidamente calibrada, faz-se


passar um volume de ar conhecido por filtros específicos: PVC, éster
celulose ou fibra de vidro. No laboratório, o filtro com o contaminante
passará por análise química especifica.
Fonte: NR-15
SISTEMAS FILTRANTES
FILTROS, PORTA-FILTROS E SUPORTES

FILTROS
O filtro utilizado na coleta de poeira contendo sílica livre é de PVC, 5 um de
poro e 37 mm de diâmetro, que permite a captura de partículas importantes
do ponto de vista de retenção no tecido pulmonar (0,5 a 10 um). O material
filtrante (PVC) é o mais indicado para coleta deste tipo de poeira, pois possui
alta eficiência de coleta, não é higroscópico e não interfere no método de
análise química da sílica livre, já que o teor de cinzas , após a calcinação, é
muito pequeno.
SISTEMAS FILTRANTES

Para coleta de poeiras metálicas e/ou fumos metálicos, utiliza-se como


sistema filtrante, filtro de éster celulose tipo AA(nitrato acetato de
celulose), 0,8 um de poro e 37mm de diâmetro. Este filtro é o mais indicado
por não interferir no método de análise por absorção atômica, devido à
pureza(baixos traços de metais), fácil solubilização e alta eficiência de coleta.

Para a coleta de asbestos utiliza-se também filtro de éster celulose, 0,8


um de porosidade, 25mm de diâmetro, recomendando-se que o filtro seja
quadriculado para facilitar a posterior contagem de fibras.
SISTEMAS FILTRANTES
PORTA-FILTROS
Os porta-filtros ou cassetes são constituídos de poliestireno, podendo possuir
duas ou três peças, que deverão sempre ser vedadas, após preparação dos
filtros, com bandas de celulose ou teflon, de modo a evitar
contaminações, umidade, etc.
SUPORTE
São placas de prata ou papelão de 25 ou 37mm de diâmetro, utilizadas para
apoiar os filtros dentro do cassete. Deverão ser descartadas após cada
coleta, no caso de utilização do tipo de papelão, de modo a evitar
contaminação nas amostras.
SEPARADOR DE PARTÍCULAS
•Separador de partículas – Componente do dispositivo de coleta utilizado
para separar partículas dentro de uma faixa de tamanhos pré-
determinada.
Para esta separação é utilizado um miniciclone com a função de seleciona
as partículas de acordo com suas dimensões, isto é, as partículas maiores
que 10 m não passam pelo filtro. Essa separação obedece à curva de
penetração das partículas no trato respiratório, conforme tabela que segue.
O mais utilizado é o ciclone de nylon de 10 mm de diâmetro.
SEPARADOR DE PARTÍCULAS

Componente do dispositivo de coleta utilizado para separar


partículas dentro de uma faixa de tamanhos pré-determinada.
Para esta separação é utilizado um miniciclone com a função de seleciona as
partículas de acordo com suas dimensões, isto é, as partículas maiores que
10 m não passam pelo filtro. Essa separação obedece à curva de penetração
das partículas no trato respiratório, conforme tabela que segue.
O mais utilizado é o ciclone de nylon de 10 mm de diâmetro.
SEPARADOR DE PARTÍCULAS

Fonte: NR-15
Fonte: NR-15
MONITORES PASSIVOS
Os monitores passivos ou, como são chamados no
comércio especializado nos Estados Unidos, Organic
Vapor Monitors, são dispositivos de coleta de amostras
de gases e vapores que se fundamentam no
fenômeno de Difusão — Adsorção, sem usar bombas
de sucção ou outro mecanismo que forneça a
passagem forçada de ar.

Para a análise química são empregados os métodos


do NIOSH com modificações e as condições de
amostragem foram estabelecidas pela 3M. Fonte: Foto Internet
BOMBA GRAVIMÉTRICA

5- AMOSTRAGEM UTILIZANDO BOMBA GRAVIMÉTRICA E MEIO DE


RETENÇÃO ADEQUADO - IMPINGER

Consiste em passar um volume de ar conhecido, utilizando-se uma


bomba gravimétrica, em um líquido absorvente específico para cada tipo de
contaminante a ser coletado. Por exemplo, para coleta de ácido sulfúrico,
emprega-se água como substância absorvente, para amônia, emprega-se
uma solução de H2SO4.
BOMBA GRAVIMÉTRICA
5. Amostragem utilizando bomba gravimétrica e meio de retenção
adequado - Impinger
Consiste em passar um volume de ar
conhecido, utilizando—se uma bomba
gravimétrica, em um líquido absorvente
específico para cada tipo de
contaminante a ser coletado. Por
exemplo, para coleta de ácido sulfúrico,
emprega-se água como substância
absorvente, para amônia, emprega-se
uma solução de H2SO4. Fonte: skc.com
GRUPO SIMILAR DE EXPOSIÇÃO (GSE) OU GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO (GHE)

Grupo de trabalhadores que experimentam situações de exposição semelhantes, de


forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador
desse grupo seja REPRESENTATIVO DA EXPOSIÇÃO DOS DEMAIS TRABALHADORES.
Isso, no entanto, não significa que o resultado de concentração obtido no trabalhador
escolhido ao acaso seria o mesmo obtido nos demais trabalhadores do grupo, pois
existe uma variabilidade das concentrações dentro do próprio grupo em uma mesma
jornada de trabalho e em jornadas diferentes.
NÍVEL DE AÇÃO

De acordo com a NR 9, “[...] considera-se nível de ação (NA), o valor acima


do qual DEVEM SER INICIADAS AÇÕES PREVENTIVAS de forma a
minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais
ultrapassem os limites de exposição […]”. Para os agentes químicos, o
nível de ação é definido na NR 9 como sendo o valor correspondente à
metade do limite de exposição ocupacional.
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA -METODOS NIOSH - NIOSH POCKET
GUIDE TO CHEMICAL HAZARDS
Para Consulta aos métodos niosh em português:
https://www.sgsgroup.com.br/~/media/Local/Brazil/Documents/Technical%20Documents/Technical%20Guideli
nes%20and%20Policies/SGSOIL4709SAMBRENVFD10042013VxxResumoMet.pdf

MONÓXIDO DE CARBONO
(Nº CAS 630-08-0)
- MORFOLINA (Nº CAS 110-91-8)
- Método NIOSH S150 - Cromatografia de Gás com Detector de Ionização de
Chama
- Amostrador: Tubo de Sílica Gel de 150/75 mg referência SKC 226-10
- Vazão de amostragem: 0,2 L/min
- Volume de amostragem: mínimo de 3 e máximo de 20 L
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA -METODOS NIOSH - NIOSH POCKET GUIDE TO
CHEMICAL HAZARDS

MONÓXIDO DE CARBONO (Nº CAS 630-08-0)


(Continuação...)

- Tempo de amostragem: TWA 8 horas


- Branco de Campos recomendados: 10% do número de amostras
- Condicionamento para transporte: não estabelecido
- Estabilidade: não estabelecida
- Valor da análise (amostrador incluso): CONSULTAR
- Limite de quantificação: 5µg
Parte 1

Fonte: NIOSH
Manual of
Analytical
Methods
(NMAM), Fourth
Edition
Parte 2

Fonte: NIOSH Manual of Analytical Methods (NMAM), Fourth Edition


Fonte: NIOSH
Manual of
Analytical
Methods
(NMAM), Fourth
Edition
Fonte: NIOSH Manual of Analytical Methods (NMAM), Fourth Edition
Fonte: NIOSH Manual of Analytical Methods (NMAM), Fourth Edition
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

• TEMPO DE COLETA
O tempo de duração da coleta de cada amostra de ar deve SER O NECESSÁRIO PARA
AMOSTRAR UM VOLUME DE AR ADEQUADO E OBTER UMA QUANTIDADE SUFICIENTE
DE MATERIAL PARTICULADO PARA A ANÁLISE.

• NÚMERO E TIPO DE AMOSTRAS, SEGUNDO O PERÍODO DE COLETA


O número de amostras a serem coletadas está relacionado com o dispositivo de coleta
a ser utilizado e a capacidade de retenção do filtro de membrana, e varia com o tipo de
amostra.
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

TIPOS DE AMOSTRAGENS

A) Amostras de curta duração (“instantâneas”) — Corresponde ao processo de


obtenção de uma amostra de ar REPRESENTATIVA DE UM INSTANTE DE MODO A
CARACTERIZAR O PICO DE CONCENTRAÇÃO. Nestes casos, a duração da coleta deve
ser de no máximo 5 minutos.

É a estratégia de AMOSTRAGEM APROPRIADA para avaliações de exposições de curta


duração a substâncias com VALORES DE REFERÊNCIA DE CURTA DURAÇÃO, TETO ou
Valor máximo permissível. As coletas de amostras ou medições de concentração com
instrumentos de leitura direta devem ser realizadas sempre nos períodos de provável
maior exposição dentro da jornada de trabalho.
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

De acordo com a NR-15, anexo11, a avaliação das concentrações dos agentes


químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou
não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto -
em nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá
haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos.

𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + ⋯ + 𝐶10
10

C = Concentração da Amostra
AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS
VANTAGENS

• Registro das CONCENTRAÇÕES MAIS ALTAS E MAIS BAIXAS durante a jornada de


trabalho, quando podem ser registrados os momentos de máximos e mínimos de
exposição;

• CÁLCULO DA CONCENTRAÇÃO MÉDIA, por meio da média estatística das


amostragens instantâneas (para adequado uso estatístico, as amostras devem ser
aleatórias.
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

B) Amostragem contínua — é realizada em período de tempo que varia de frações de hora até uma
jornada de trabalho, com uma ou mais amostras.

VANTAGENS
Fornece como resultado a média ponderada das condições existentes no período de
avaliação no ambiente.
DESVANTAGENS

NÃO HÁ REGISTRO DAS VARIAÇÕES DA CONCENTRAÇÃO DURANTE O PERÍODO, o que


impossibilita a determinação das máximas concentrações, não podendo ser verificado se o valor máximo
ou valor teto foi ultrapassado.
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

b1) Amostra única de período completo:


Uma única amostra de ar é coletada continuamente, cobrindo um período de coleta correspondente à jornada
diária de trabalho.

b2) Amostras consecutivas de período completo:


Várias amostras de ar são coletadas, sendo que o período de coleta deverá corresponder à jornada diária de
trabalho.

b3) Amostras de período parcial:


Uma única amostra de ar é coletada continuamente ou várias amostras são coletadas com iguais ou diferentes
tempos de coleta.
O período total de coleta deverá corresponder a, pelo menos, 70% da jornada diária de trabalho .
Continuação...
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
Etapas para a avaliação de aerodispersóides.
1ª ETAPA: LABORATÓRIO PARA ANÁLISE DAS AMOSTRAS
Nesta etapa, O AMOSTRADOR É PREPARADO NO LABORATÓRIO.

Antes de iniciar a coleta das amostras, deve-se consultar o laboratório que


realizará a análise sobre: os métodos analíticos utilizados, o fornecimento de
dispositivos e filtros para a coleta, prazo de validade dos filtros,
acondicionamento e transporte das amostras, entre outros;
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

O laboratório deve utilizar métodos analíticos específicos para a determinação


da concentração de material particulado em ambientes de trabalho. Podem
ser utilizados métodos desenvolvidos ou sugeridos por organismos nacionais e
internacionais de referência na área de higiene ocupacional.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

Solicitar, ainda, ao laboratório:


a) os parâmetros de validação dos métodos, tais como: precisão, exatidão,
LIMITE DE DETECÇÃO, limite de quantificação, sensibilidade e POSSÍVEIS
INTERFERENTES;
b) os dados de desempenho do laboratório em programas de garantia da
qualidade, intra e interlaboratorial;
c) que os resultados sejam expressos nas unidades adequadas para a
realização de cálculos de concentração e comparação com os limites de
exposição ocupacional (LEOs) vigentes.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
2ª ETAPA : AMOSTRAGEM DE CAMPO
2.1 Calibração de Bombas:

A NHO 07 — Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método


da Bolha de Sabão determina os procedimentos de calibração.

2.1.1 Procedimento de Calibração

É importante observarmos que o dispositivo de coleta seja colocado no


sistema da mesma forma como será usado durante a coleta no ambiente de
trabalho.
Fonte:http://fasteronline.com.br/calibra_de_vazao/calibrad
or-de-vazao-para-bombas-de-amostragem-chek-mate/
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
• Ajustar previamente a bomba de amostragem para a vazão requerida.
• Acoplar a bomba à bureta de precisão por meio da mangueira.
• Calcular o tempo que a bolha deve levar para percorrer a bureta de 1000 ml, por meio
da expressão:

𝑸×𝟔𝟎
T= 𝒗

em que: Q = vazão requerida, em litros por minuto (l/min) V = volume da bureta, em litros
(l) T = tempo, em segundos (s)

• A bomba deve ser calibrada antes de cada coleta e após a realização da coleta.
Para avaliações de poeira respirável (utilizando-se o ciclone), a vazão
requerida, segundo o método NIOSH 0600, é de 1,7 l/min. Para avaliações de
poeiras totais segundo o método NIOSH 0500, a vazão é de 1 l/min a 2 l/ min,
e para avaliações de fumos metálicos conforme método OSHA-ID 121—
Espectrofotometria de Absorção Atômica, a vazão é de 1 l/min a 4 l/min.

Quanto à avaliação de outros contaminantes não citados aqui, sugere-se a


consulta aos métodos do NIOSH e/ou ao laboratório que fará as análises.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

• Montar o sistema de coleta acoplando o dispositivo de coleta à bomba de


amostragem por meio da mangueira;

• Instalar o sistema de coleta no trabalhador ou posicioná-lo por meio de um


tripé no local de trabalho a ser avaliado;

• Ligar a bomba de amostragem e verificar se a entrada de ar do dispositivo


de coleta esta livre;
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

• Anotar: data, horário do início da coleta, código do filtro, número da


bomba de amostragem e demais dados, em um formulário de registro;

• Acompanhar e observar o processo e as atividades de trabalho, assim


como as ocorrências que podem interferir nos resultados durante o
período de coleta;

• Desligar a bomba de amostragem após concluído o período de coleta e


anotar o horário;
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

• Desconectar, cuidadosamente, a mangueira da bomba de amostragem e,


posteriormente, do dispositivo de coleta;

• Retirar o porta-filtro do sistema de coleta, tampar o orifício de entrada do ar e, em


seguida, o de saída do ar com os plugues adequados. Guardar o porta-filtro com a
face amostrada voltada para cima, em caixa apropriada para transporte, de maneira
a evitar o desprendimento do material coletado, conforme ilustrado no Anexo H;

• Transportar a bomba de amostragem para local adequado e verificar a variação da


vazão, considerando para análise somente as amostras coletadas com bombas que
apresentaram variação de vazão (DQ) inferior a 5%, conforme descrito na NHO-07.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
3ª ETAPA: CÁLCULOS:
3.1 Cálculo do volume de ar amostrado:
O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a
seguinte expressão:

Onde :

V = volume de ar amostrado, em m³
Qm = vazão média, em L/min
t = tempo total de coleta, em minutos
NOTA: Calcular a vazão média (Qm) conforme descrito na NHO-07.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
3.2 Cálculo da concentração da amostra:

A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada


amostra, de acordo com a seguinte expressão:

Onde:
C = concentração da amostra, em mg/m³
m = massa da amostra, em mg
V = volume de ar amostrado, em m³
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

3.3 Cálculo da concentração média ponderada pelo tempo:


Os resultados de concentração de material particulado de cada amostra são utilizados para o cálculo da concentração média
ponderada pelo tempo para a jornada de trabalho, conforme a
seguinte expressão::

Onde:
CMPT = concentração média ponderada pelo tempo
Cn = concentração de material particulado obtida na amostra n
tn = tempo de coleta da amostra n
tt = tempo total de coleta = t1+t2+...tn
NOTA: No caso de amostra única, o tempo total de coleta é igual ao período de coleta. Portanto, a concentração de
material particulado dessa amostra já é a concentração média ponderada pelo tempo para a jornada de trabalho.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

3.4 Cálculo do Limite de Tolerância


Poeira total:

Poeira respirável:
EXEMPLO
Numa amostragem de poeira foram obtidos os seguintes dados:

- Peso inicial (Pi) = 12,0 mg


- Peso final (Pf) = 13,0 mg
- Vazão inicial = 1,70 l/min
- Vazão final = 1,60 l/min
- Tempo inicial = 12:00h
- Tempo final = 17:00 h
- % SiO2 = 4%
- Amostragem de poeira respirável (ciclone)

Pergunta-se: O limite de tolerância foi superado?


REFERÊNCIAS
• AMERICAN MUTUAL INSURANCE ALLIANCE. Manual de Solventes
Orgânicos Industriais. Rio de Janeiro: Fundacentro, 1974.
• AMARAL, Lenio Sérvio. Aerodispersoides. In: Saliba, Tuffi Messias [et
al.] Higiene do trabalho e programa de prevenção de riscos
ambientais (PPRA). 2 ed. São Paulo: LTr, 1998.
• ANJOS, Alcinéa Meigikos Santos. O tamanho das partículas de poeira
suspensas no ar dos ambientes de trabalho. São Paulo: Spel, 2001.
• ACGIH. TLVs® e BEIs®: baseados na documentação dos limites de
exposição ocupacional (TLVs®) para substâncias químicas e agentes
físicos & índices biológicos de exposição (BEIs®). Tradução ABHO. São
Paulo: ABHO, 2008.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 9: programa de prevenção
de riscos ambientais. Disponível em:
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09_a
t.pdf>. Acesso em: 5fev. 2011.

• NR 15: atividades e operações insalubres. Disponível em:


<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15.as
p>. Acesso em: 5 Jan. 2011.

• CARRIL, José Luiz Montserrat Alonso; et al. Manual de higiene industrial.


Madrid: Mapfre. (Curso de Higiene Industrial). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS.
• SALGADO, Paulo Eduardo Toledo; et al. Noções gerais de toxicologia
ocupacional. São Paulo: De Paula Guimarães, 1989.
REFERÊNCIAS

• TUFFI, Messias Saliba et al. Higiene do trabalho e PPRA. São Paulo: Ltr,
1997.

• GANA SOTO, José Manuel Osvaldo. Limites de tolerância – agentes


químicos. In: __ Riscos químicos. São Paulo. FUNDACENTRO, 1989.

• LEIDEL, N. A.; BUSH, K.A.; LYNCH, J. R. Occupational exposure


sampling strategy manual. Cincinnati: NIOSH, 1977. 132 p.

• NIOSH. NIOSH manual of analytical methods (NMAM). Disponível


em <http://www.cdc.gov/NIOSH/NMAM/>. Acesso em: 5 jan. 2011.
REFERÊNCIAS
• NBR 14.725/2001 — FISPQ — Ficha de Informação Segurança de
Produtos Químicos.

• NHO 04 — Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho.


Fundacentro, 2001.

• NHO 07 — Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo


Método da Bolha de Sabão. Fundacentro, 2002.

• NHO 08 — Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados
Sobre Filtros e Membranas. Fundacentro, 2008.

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