Você está na página 1de 192

SEGURANÇA EM ÁREAS

CLASSIFICADAS
HORÁRIO DO CURSO

 Início: 8:00

 Café: 10:00 - 10:15

 Almoço: 12:00 - 13:00

 Café: 15:15 – 15:30

 Término: 17:00
LIGAÇÕES
TOALETES TELEFÔNICAS

INTERVALOS

QUESTIONÁRIO
DE AVALIAÇÃO
CERTIFICADOS
DE
PARTICIPAÇÃO
APRESENTAÇÃO DOS PARTICIPANTES

–Nome
–Diretoria/Unidade
–Posição na Organização
–Objetivo pretendido com o
curso
Em 2000, o INMETRO publicou uma
Portaria conhecida como de No. 176,
posteriormente substituída pela 83/06
e a partir de 05/2010, a Portaria No.
179/10:
“Fazendo compulsória a certificação
de equipamentos Ex”, ou seja,
obrigatórias, passando a ser
entendidas como leis e ficando
sujeitas às penalidades do Código
Civil.
COM ISSO, TODAS AS
NORMAS RELACIONADAS
COM ÁREAS
CLASSIFICADAS TAMBÉM
A CONDIÇÃO DE
COMPULSÓRIAS
ATMOSFERA
S
EXPLOSIVAS
SEGURANÇA EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
ATMOSFERA EXPLOSIVA

É uma mistura de substâncias


inflamáveis na forma de gases,
vapores, poeiras ou fibras com ar
(ou Oxigênio) e quando sob
condições atmosféricas, na
presença de uma fonte de ignição, a
combustão se propaga provocando
a explosão.
AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE
EXPLOSÃO
O empregador deve avaliar de forma global:
a) A probabilidade de ocorrência de atmosferas
explosivas, bem como a sua duração;
b) A probabilidade da presença de fontes de ignição,
incluindo descargas elétricas e a possibilidade de as
mesmas se tornarem ativas e causarem risco;
c) As descargas eletrostáticas provenientes dos
trabalhadores ou do ambiente de trabalho enquanto
portadores ou geradores de carga elétrica;
AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE
EXPLOSÃO
d) As instalações, as substâncias utilizadas, os
processos e as suas eventuais interações;
e) As áreas que estejam ou possam estar ligadas
através de aberturas àquelas onde se possam
formar atmosferas explosivas;
f) A amplitude das consequências previsíveis.
EXPLOSÃO
RÁPIDA E
VIOLENTA LIBERAÇÃO
DE ENERGIA ASSOCIADA
A EXPANSÃO DE
GASES. OCORRE
DESLOCAMENTO DO AR
GERANDO AUMENTO
DA PRESSÃO ATM
(SOBREPRESSÃO).
Ilustração de uma Reação Descontrolada

Energia Acumulada

Explosão

É a liberação de grandes quantidades de energia em


curtos intervalos de tempo. Origina-se em compostos
muito instáveis e em condições descontroladas.
POR SE TRATAR DE UM FENÔMENO
EXTREMAMENTE RÁPIDO E
INCONTROLÁVEL, AS MEDIDAS
EMERGENCIAIS DEVERÃO SER DE
CARÁTER PREVENTIVO, OU SEJA,
CONTROLE DAS CONDIÇÕES QUE
PODEM GERAR AUMENTO DE
TEMPERATURA (CALOR), CHOQUE
OU ATRITO.
Curva de
Explosividade
% Vol
MISTURA RICA
LSE

MISTURA EXPLOSIVA

100
LIE
MISTURA POBRE
0

t
Acidente em Espaço Confinado.wmv
BLEVE
"Boiling Liquid Expanding Vapor
Explosion"
EXPANSÃO EXPLOSIVA DE UM LÍQUIDO
AQUECIDO ACIMA DE SUA
TEMPERATURA DE EBULIÇÃO, O QUAL
PASSA BRUSCAMENTE
À FASE VAPOR DEVIDO
A RUPTURA DO
RECIPIENTE.
BLEVE
Boiling Liquid Expanding
Vapor Explosion
CAUSAS DO BLEVE

 EXPOSIÇÃO AO FOGO (MAIS COMUM)


 DANOS MECÂNICOS (CORROSÃO E IMPACTO)
 SUPERENCHIMENTO
 SUPERAQUECIMENTO
 FALHA MECÂNICA (STRESS)
 REAÇÕES DESCONTROLADAS
 EXPLOSÃO DA FASE VAPOR
O súbito decréscimo da pressão
resulta na violenta vaporização de
uma fração do líquido e na
formação de uma
nuvem de vapor e gotículas que
podem ultrapassar 200 vezes o
volume inicial,
o que é suficiente para gerar
ondas de pressão (deslocamento
do ar a alta
velocidade) e fragmentos.
..\..\..\CURSO NR 20\CURSO\01 BLEVE - veja o vídeo inteiro.mp4
TETRAEDRO DO FOGO
TRIÂNGULO DO FOGO
COMBUSTÃO E O TRIÂNGULO DO
FOGO

O TRIÂNGULO DO FOGO:
* Há fogo quando há COMBUSTÃO.
* Combustão nada mais é do que uma
reação química das mais elementares,
geralmente uma oxigenação.
* Para que se processe esta reação,
obrigatoriamente dois agentes químicos
devem estar presentes:
COMBUSTÍVEL E COMBURENTE
COMBUSTÃO E O TRIÂNGULO DO FOGO

* COMBUSTÍVEL
É tudo que é suscetível de entrar em combustão ( madeira,
papel, pano, estopa, tinta, alguns metais, etc.)

* COMBURENTE
É todo elemento que, associando-se quimicamente ao
combustível, é capaz de fazê-lo entrar em combustão( o oxigênio
é o principal comburente. Em casos especiais temos o cloro e
enxofre.)

* TEMPERATURA DE IGNIÇÃO
Além do combustível e do comburente, é necessária uma terceira
condição para que a combustão possa se processar. Esta
condição é a temperatura de ignição, que é a temperatura acima
da qual um combustível pode queimar.
QUANTO AO ESTADO FÍSICO:
Sólidos- (carvão, madeira, pólvora, etc.)
Líquidos- (gasolina, álcool, éter, óleo, etc.)
Gasosos- (metano, etano, etileno, etc.)

QUANTO A VOLATILIDADE:
Voláteis
São aqueles que, à temperatura ambiente, são
capazes de se inflamar( álcool, éter, benzina, etc.)
Não Voláteis
São aqueles que, para desprenderem vapores
capazes de se inflamar, necessitam aquecimento
acima da temperatura ambiente( óleo combustível,
óleo lubrificante, etc.)
COMBURENTE
•Na maioria das reações que geram a
combustão, o comburente encontrado
normalmente é o oxigênio.
•A percentagem de oxigênio existente
no ar atmosférico é de
aproximadamente 21%.
•Sempre que a percentagem de
oxigênio cair abaixo de 16%, o mesmo
já não alimentará mais a combustão.
COMBURENTE

Sempre que nós conseguirmos manter


uma percentagem de oxigênio abaixo
de 16% em determinado local,
estaremos afastando um dos lados do
triângulo do fogo, e consequentemente
extinguindo o mesmo. A este método
de extinção do fogo é dado o nome de
ABAFAMENTO.
O QUE É RISCO E O QUE É
PERIGO?
O QUE É RISCO E O QUE É
PERIGO?
PERIGO RISCO
Situação ou fonte Combinação da
potencial de dano em probabilidade e
termos de acidentes gravidade
pessoais, doenças,
(Conseqüência)
danos materiais e ao
meio ambiente de de um
trabalho, ou a determinado
combinação dos evento (perigo)
mesmos ocorrer.
Ruiva, Morena ou Loira?
CONCEITO DE DIVISÃO DE
ZONAS
GASES E VAPORES
GASES E VAPORES
Gases e vapores fazem parte do
grupo de contaminantes da
atmosfera industrial, produzidos
em grande quantidade pela
indústria moderna. Estas
substâncias são chamadas
poluentes do ar, pois são
estranhas à sua composição, quer
qualitativa quer quantitativa.
Gases
São substâncias que se
encontram no estado gasoso,
por exemplo - cloro,
flúor, óxido de carbono e
dióxido de enxofre, entre
outros.
Vapores
São todas as substâncias que, nas
condições de pressão e temperaturas
normais, não se encontram no estado
gasoso mas que podem passar
para ele se as condições de pressão e
temperatura variarem. Por exemplo -
álcoois, acetonas, ácidos e solventes
orgânicos.
Qual a diferença entre equipamento à prova de expl
osão e equipamento intrinsecamente seguro?

Equipamentos classificados como à prova de


explosão são aqueles construídos com um invólucro
capaz de suportar uma pressão de explosão interna
sem se romper, não permitindo que a explosão se
propague para o meio externo.
Já um equipamento classificado como
intrinsecamente seguro não é capaz de liberar
energia elétrica (faísca) ou térmica (calor)
suficientes causar a ignição de uma atmosfera
explosiva.
GRUPOS DE PERICULOSIDADE
DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE PROTEÇÃO
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

Em área classificada, além das medidas


preventivas de controle do risco elétrico, a
segurança da instalação elétrica e do
profissional deve ser garantida com base em
técnicas de análise de risco. Esta
recomendação aparentemente óbvia, não é
cumprida pela maioria das empresas com
áreas classificadas.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

A NR 10, entretanto, publicada em dezembro de


2004, está mudando este cenário. A norma
ratifica o compromisso das empresas em
normalizar sua situação elétrica, estimula a
regularização de equipamentos de áreas
classificadas e força as empresas a se
preocuparem mais com a segurança dos seus
funcionários, patrimônio e meio ambiente.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

O objetivo da norma regulamentadora é


estabelecer os requisitos e as condições
mínimas com o intuito de implementar
medidas de controle e sistemas preventivos,
para garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços
com eletricidade.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
O primeiro passo para uma instalação com
ambientes potencialmente explosivos é obter
a sua classificação de acordo com a zona de
risco, avaliada conforme a  ABNT NBR IEC
60079-10.
(IEC: International Electrotechnical Commission)
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
As instalações que possuem líquidos, gases ou poeiras
inflamáveis devem passar por essa análise e por
envolver matérias-primas, produtos finais, fases
intermediárias e condições específicas das várias
fases dos processos, deve ser executado por uma
equipe técnica multiprofissional devidamente
treinada em Instalações Elétricas em Atmosferas
Explosivas.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
Para cada zona de risco há um tipo específico de
proteção. Instalações com poeira inflamável
são classificadas como zonas 20, 21 ou 22.
Áreas com líquidos ou gases inflamáveis, em
contrapartida, são qualificadas como zonas 0,
1 ou 2.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

A zona 0, por exemplo, só permite equipamentos com


segurança intrínseca (Ex-ia), ou seja, níveis baixos de
potência; já para a zona 1 há vários tipos de proteção,
como segurança intrínseca (Ex-ib), à  prova de
explosão (Ex-d), segurança aumentada (Ex-e),
pressurizados (Ex-p), encapsulados (Ex-m), imersos
em óleo (Ex-o) ou areia (Ex-q). A última zona é a 2,
que aceita a proteção exigida pela zona 1, além de
equipamentos não acendíveis (Ex-n).
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

Atualizada e em vigor, a NR 10 regulamenta a


segurança em instalações e serviços em
eletricidade. Seu texto é bem claro em relação às
áreas classificadas e atmosferas explosivas e
trouxe uma cobrança maior para as empresas do
setor, principalmente no que diz respeito ao
treinamento de segurança e à criação de
prontuários e relatórios de inspeções.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

A norma exige treinamentos específicos para quem


trabalha nesse segmento, e a indústria deverá
seguir a norma técnica para instalações elétricas
ABNT NBR IEC 60079-14  – para instalações
elétricas em áreas classificadas – e ter todos os
riscos mapeados, ou seja, plantas de classificação
de áreas atualizadas.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
Determina a norma: “os estabelecimentos com
carga instalada superior a 75kW devem, além
do disposto no subitem 10.2.3, constituir e
manter o Prontuário de Instalações Elétricas,
de forma a organizar o memorial, contendo
no mínimo: (...)
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

d) documentação comprobatória da
qualificação, habilitação,
capacitação, autorização dos
profissionais e dos treinamentos
realizados; (...)
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
f) certificações das instalações, dos equipamentos e materiais
elétricos em áreas classificadas; (...)”.
Aqui verificamos a harmonização da NR 10 com a Portaria
Inmetro nº83/06, ao exigir que os certificados de
conformidade dos equipamentos elétricos destinados ao uso
em áreas classificadas sejam incluídos no Prontuário de
Instalações Elétricas, juntamente com o treinamento dos
profissionais autorizados a executar serviços em áreas
classificadas.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
Esta exigência tem como objetivo, manter esses
documentos sempre à mão do usuário,  e evita que,
por descuido, ele seja descartado com a embalagem
do produto. Além disso, facilita bastante o trabalho
dos fiscais dos organismos governamentais, ao
concentrar num único documento – o prontuário –
todas as informações relevantes para a segurança
dos profissionais
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
A importância do treinamento para
funcionários também é destaque nesta
versão: “Os trabalhos em áreas
classificadas devem ser precedidos de
treinamento especifico de acordo com
risco envolvido (10.8.8.4).”
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
A norma confirma ainda a compulsoriedade da
certificação para todos os equipamentos para
áreas explosivas, de acordo com a Portaria do
Inmetro nº 83/06, e atenta para a segurança
da instalação, na medida em que exige a
adoção de dispositivos complementares de
proteção.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
Para serviços seguros em áreas classificadas, a
norma estabelece que deve ser eliminada a
possibilidade de centelhas durante a execução
dos serviços ou a presença de produtos
inflamáveis para que os serviços nessas
instalações sejam realizados.
Exemplo de marcação de equipamentos de
segurança intrínseca:
No invólucro do equipamento, devem
obrigatoriamente conter as marcações fornecidas
no relatório de conformidade expedido pelo órgão
competente, o tipo de proteção, categorias,
classes, o logotipo que identifica o equipamento
de segurança intrínseca e uma identificação
visível para identificação dos lados SI e NSI (às
vezes feita por cores : azul = lado SI e cinza =
lado NSI).
A seguir está apresentado um exemplo típico de
marcação de equipamento associado:
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
• 10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser
utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas
elétricas compatíveis com a instalação elétrica
existente, preservando-se as características de
proteção e respeitando-se as recomendações do
fabricante e as influências externas.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
A intenção neste item é determinar o uso de equipamentos,
dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a
instalação existente e certificar se as mesmas preservam as
características dos elementos de proteção implantados na
instalação, respeitadas as especificações e recomendações do
fabricante e as possíveis influencias externas em que serão
instalados ou utilizados, tais como presença de água, poeira,
temperaturas elevadas, radiações, vibrações, etc
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.6.3. Os serviços em instalações energizadas,
ou em suas proximidades, devem ser
suspensos de imediato na iminência de
ocorrência que possa colocar os
trabalhadores em perigo.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  A intenção neste item é após uma análise e um juízo crítico dos
trabalhadores, que para isso foram devidamente instruídos
no processo de autorização para trabalhos com eletricidade,
tenham a iniciativa, diante de um fator adverso iminente que
possa expor a risco os trabalhadores, suspenda de imediato, o
andamento normal dos trabalhos. Incluindo como ocorrência
de perigo, a liberação de acesso a pessoas não autorizadas;
alterações no nível de iluminamento, intempéries, atmosferas
nocivas que possam influenciar a segurança,  entre outros
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.6.5 O responsável pela execução do serviço
deve suspender as atividades quando
constatar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  Este item trata de indicar a quem deve caber a
responsabilidade pela suspensão dos trabalhos,
considerados em 10.6.3. Fica implícito que sempre
que houver um trabalho com instalações elétricas,
haverá um responsável por sua realização e também
por sua suspensão, quando da ocorrência de uma
condição não prevista e quando sua eliminação ou
neutralização imediata não seja possível.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.9.1 As áreas onde houver instalações ou
equipamentos elétricos devem ser dotadas
de proteção contra incêndio e explosão,
conforme dispõe a NR-23 – Proteção Contra
Incêndios.
 
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  O convívio das instalações elétricas com áreas sujeitas
a incêndio ou explosões (áreas classificadas) só é
possível com instalações apropriadas com base em
normas específicas e que pressupõe uma prévia
classificação de áreas, que indicará quais as técnicas
e categorias de equipamentos recomendáveis.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.9.2 Materiais, peças, dispositivos,
equipamentos e sistemas destinados à
aplicação em instalações elétricas de
ambientes com atmosferas potencialmente
explosivas devem ser avaliados quanto à sua
conformidade no âmbito do Sistema
Brasileiro de Certificação.
 
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  Determina que os materiais, equipamentos e dispositivos elétricos 
utilizados em áreas classificadas têm obrigatoriedade de certificação, já
exigida na Portaria No. 176 de 17.7.2000. (Substituída pela No. 83/06 e
à partir de 05/2010, entra em vigor a de No. 179/10)
Respeitando a regulamentação os equipamentos e dispositivos elétricos
destinados a áreas classificadas, adquiridos antes da data da publicação
dessa portaria, estão isentos de certificação nos moldes regulamentados,
contudo deverão comprovar que são seguros, mediante apresentação de
certificados estrangeiros, laudos IEE, declarações de fabricantes ou
declarações de profissionais legalmente habilitados, juntados ao
prontuário.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas
ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou
explosões, devem ser adotados dispositivos de
proteção complementar, tais como alarme e
seccionamento automático, para prevenir
sobretensões, sobrecorrentes, falhas de
isolamento, aquecimentos ou outras condições
anormais de operação.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  As áreas classificadas, assim como outras com
elevado risco de incêndio, não suportam a
ocorrência de situações toleráveis em outras
instalações elétricas e por isso necessitam de
medidas adicionais de prevenção contra o
sobreaquecimento de superfícies, o
surgimento de arco elétrico devido a
sobretensão, inerente até mesmo à operação
normal de dispositivos de manobra e de
proteção.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas
áreas classificadas somente poderão ser
realizados mediante permissão para o
trabalho com liberação formalizada,
conforme estabelece o item 10.5, ou
supressão do agente de risco que determina
a classificação da área.
 
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  A permissão para o trabalho em áreas classificadas
fica obrigatória e exige a liberação documentada e
formalizada, mediante aplicação dos conceitos e
princípios de desenergização.  Alternativamente, a
liberação para o trabalho nessas áreas poderá ser
formalizada mediante a eliminação da substância
inflamável ou explosiva que originou a classificação
de áreas.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus
membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação
prévia, estudar e planejar as atividades e ações a
serem desenvolvidas no local, a fim de atender aos
princípios técnicos básicos e às melhores técnicas
de segurança aplicáveis ao serviço.
 
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  Refere-se ao levantamento e exame preliminar de
segurança, realizado no local do serviço com a
participação do superior e trabalhador da equipe,
considerando a ordem de serviço, os procedimentos
de trabalho com instruções de segurança, os
equipamentos, ferramentais, condições ambientais,
mediante a participação de todos os envolvidos.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  É de grande utilidade para a identificação e
antecipação dos eventos  indesejáveis e acidentes,
não passíveis de previsão nas análises de risco
realizadas e não considerados nos procedimentos
elaborados, em função de situações específicas, das
condições ambientais ou circunstâncias daquele
serviço, que poderá fugir à sua normalidade ou
previsibilidade de ocorrência nas ações anteriores.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

10.13.1 As responsabilidades quanto


ao cumprimento desta NR são
solidárias a todos os contratantes
e contratados envolvidos.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  Sempre que uma ou mais empresas, individuais ou coletivas e
com personalidades jurídicas próprias, estiverem sob o
comando ou controle, ou ainda, prestarem serviços sob
administração ou contrato a outra empresa, serão, para
efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras,
solidariamente responsáveis à empresa principal, ou
contratante, e as demais empresas subordinadas,
contratadas. São equiparados a empresa os profissionais
liberais, os trabalhadores autônomos e avulsos.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes
manter os trabalhadores informados sobre
os riscos a que estão expostos, instruindo-os
quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  Determina o dever de informar dos contratantes
(tomador de mão de obra) e, em contrapartida,
garantir o direito de informação e do saber do
trabalhador, sobre os riscos e possíveis perigos à
segurança e à saúde, elétricos e não elétricos, que
serão expostos no desenvolvimento das atividades
contratadas ou designadas (sinalização de área
classificada)
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

10.13.4 Cabe aos trabalhadores:


a) zelar pela sua segurança e
saúde e as de terceiros que
possam ser afetados por suas
ações ou omissões no trabalho;
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  Os autorizados a trabalhar com instalações
elétricas devem ter atenção em suas ações ou
omissões que impliquem negligenciam
imprudência ou imperícia, zelando tanto pela
sua segurança e saúde como pela de outras
pessoas que possam ser afetadas, podendo
ter de responder civil e criminalmente.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
b) responsabilizar-se junto com a empresa
pelo cumprimento das disposições legais
e regulamentares, inclusive os
procedimentos internos de segurança e
saúde; 
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS

  É um compromisso legalmente obrigatório que


integra os trabalhadores e os empregadores
no sentido de se responsabilizarem
solidariamente  por cumprir as normas e
regulamentos estabelecidos, elaborar e
manter os procedimentos, planos e demais
medidas internas de segurança e saúde.
 
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
c) comunicar, de imediato, ao responsável
pela execução do serviço às situações
que considerar risco para sua segurança
e saúde e as de terceiros.
A NR 10 E ÁREAS CLASSIFICADAS
  O ato de comunicar de imediato ao
responsável pelos serviços, além de
responsabilizar e envolver o superior,
promove a análise da realidade existente,
possibilitando orientações e esclarecimento
de dúvidas e pontos controversos.
A CERTIFICAÇÃO DE
CONFORMIDADE É O ATO DE
ATESTAR QUE UM PRODUTO OU
SERVIÇO ESTÁ CONFORME UMA
DETERMINADA NORMA OU
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA,
ATRAVÉS DE ENSAIOS E/OU
VERIFICAÇÕES BASEADOS EM
MÉTODOS TAMBÉM
NORMALIZADOS.
SINMETRO
(Sistema Nacional de metrologia,
Normalização e qualidade industrial)

INMETRO (Instituto
CONMETRO (Conselho
Nacional de
Nacional de metrologia,
Normalização e
metrologia,
qualidade Industrial) Normalização e
qualidade Industrial)

ORGANISMO DE
COMITÊ ORGANISMO DE
INSPEÇÃO
BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO
(AGENTES DE
CERTIFICAÇÃO CREDENCIADO
iNSPEÇÃO)
O que é eletricidade estática?

125
Eletricidade Estática
Qualquer pessoa, mesmo completamente leiga com os
fenômenos físicos, já deve ter percebido que, ao ligar um
aparelho de TV, os pêlos do braço ficam arrepiados caso os
aproximem da tela. Outros devem ter notado que, ao
despirem uma blusa de nylon em um ambiente escuro após
tê-la usado durante algumas horas, são produzidas faíscas.
Ou já devem ter notado que as hélices dos ventiladores são
normalmente sujas, resíduos nelas aderidas, por eletricidade
estática (Lei da atração e repulsão).

126
Eletricidade Estática
Isto nada mais é que DESCARGA ELETROSTÁTICA,
uma constatação que poderá tornar-se
DESASTROSA em ambientes industriais
principalmente em atmosferas explosivas, em
áreas onde utiliza-se materiais ou solventes
inflamáveis, e/ou mesmo em áreas de produção
eletrônica com componentes ultra sensíveis a
cargas estáticas.

127
Eletricidade Estática

A carga elétrica produz-se pelo


movimento ou fricção entre dois
corpos isolados ou parcialmente
isolados.
A possibilidade da carga existir é maior
quando os dois corpos são diferentes.

128
Eletricidade Estática

UMIDADE RELATIVA DO AR
É desejável ambiente com umidade relativa
do ar acima de 45%, pois ajuda a dissipar as
cargas eletrostáticas, mantendo úmida a
superfície e, consequentemente, a
condutividade da superfície é aumentada.

129
Eletricidade
Estática
As cargas eletrostáticas podem ser
armazenadas em muitos lugares, POR
EXEMPLO, em roupas sintéticas,
maquinários em movimento, objetos
que recebam uma corrente de ar,
recipientes plásticos e P E S S O A S.

CURSO\Gasolinera.WMV

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 130


Eletricidade Estática
O que é eletricidade estática?
Eletricidade estática é complexa e muitas vezes não é
muito bem compreendida ou apreciada. Sempre que
materiais diferentes estão em contato (como por
exemplo líquidos dentro de uma tubulação) podem se
formar cargas elétricas.
O contato e a separação repetidos (como andar sobre um
carpete) pode fazer com que estas cargas cresçam ao
ponto de produzir uma centelha. Esta centelha pode
ser tão poderosa a ponto de causar a ignição de um
determinado vapor.
131
Eletricidade Estática

Uma pessoa andando por um carpete, por exemplo,


pode acumular até 35.000 volts de eletricidade
estática, dependendo da umidade do ar (quando
mais seco, mais eletricidade estática é gerada).
Normalmente as pessoas não são eletrocutadas por
essa voltagem devido à baixa densidade da carga,
que gera correntes inofensivas de poucos
microamperes.

132
Eletricidade Estática
A principal prevenção para os problemas de
eletricidade estática é ligar as diversas peças
do equipamento de forma coletiva e aterrar
todo o sistema. Entretanto, é importante
observar que alguns materiais (como por
exemplo gasolina, tolueno ou pellets plásticos)
permanecerão carregados por um período de
tempo, ainda que estejam num recipiente
metálico e aterrado.

133
Eletricidade Estática
Quais os danos causados às pessoas?

IMEDIATO - Choques desagradáveis


A CURTO PRAZO - Dores de cabeça, náuseas, vômitos
A MÉDIO PRAZO - Tonturas, perdas de memória,
deficiência fonética
A LONGO PRAZO - Danos irreversíveis em todo sistema
neuro-vegetativo da pessoa
Proporcional a duração e tempo de contato.

134
Eletricidade Estática
Quais os danos causados aos maquinários e ambientes?

EM MAQUINÁRIOS EM MOVIMENTO
Super aquecimento (atração de pó ou fuligem de poluição)
Atrair ou repelir materiais
EM AMBIENTES INFLAMÁVEIS
Incêndios ou explosões
EM AMBIENTES ESPECIAIS, POR EXEMPLO, HOSPITAIS,
EMBALAGENS DE ALIMENTOS, MEDICAMENTOS,
VACINAS, ETC...
Atração e retenção de pó, resíduos, microorganismos,
fungos, etc...
135
Eletricidade Estática
Uma centelha eletrostática causará sempre
um incêndio ou uma explosão?
Não. Além da fonte de ignição
eletrostática, as outras duas pernas do
“triângulo do fogo” devem estar
presentes. Se o vaso for inerte ou se a
concentração de combustível estiver
abaixo ou acima do limite de
inflamabilidade, a centelha não causará
uma explosão.

136
Eletricidade Estática
Uma centelha eletrostática causará sempre
um incêndio ou uma explosão?

Quase todos os tipos de centelhas eletrostáticas


são energéticas o suficiente para iniciar a ignição
da maioria dos gases e vapores comuns
inflamáveis. Ao passo que as poeiras explosivas
são mais difíceis de entrar em ignição, descargas
eletrostáticas comuns podem iniciar a ignição de
muitos pós.

137
Nós temos sempre líquidos
fluindo através de tubulações.
Eletricidade
Por que a eletricidade estática
não é um problema sempre?
Estática
• Em muitos casos, quando lidamos com sistemas de
tubulação fechados, as descargas eletrostáticas não são
uma preocupação ou porque não existe oxigênio
presente ou porque as concentrações de combustíveis
não estão dentro de uma amplitude passível de
explosão. Em qualquer momento quando a velocidade
de um fluido isolante (a maioria dos hidrocarbonetos)
numa tubulação for maior do que 3 pés/segundo, ou o
fluido for agitado, filtrado, pulverizado ou permitido
cair livremente e fazer esguichos. num vaso, as cargas
podem se acumular.
138
Nós temos sempre líquidos
fluindo através de tubulações.
Eletricidade
Por que a eletricidade estática
não é um problema sempre?
Estática
• Quando um fluido carregado permanece em repouso
dentro de um tanque condutor aterrado, a carga se
dissipará ao longo do tempo, porém centelhas podem
ocorrer antes do relaxamento da carga. Os tubos
pescadores, os quais alcançam a área próxima aos
fundos dos vasos, foram recomendados para a
estocagem de líquidos inflamáveis, para minimizar a
carga devido aos esguichos. Entretanto é importante
observar que a utilização de um tubo pescador não
elimina a possibilidade da formação de carga
eletrostática.

139
O que eu posso fazer para minimizar as possibilidades de ganhar uma
centelha estática durante a realização de alguma tarefa?

Ao transferir líquidos inflamáveis para


recipientes, utilize um ou mais dos seguintes
métodos listados abaixo:
Para recipientes plásticos com capacidade
acima de 5 galões, minimize os esguichos
estendendo um tubo pescador até o fundo do
recipiente.
Se possível execute a operação utilizando gás
inerte.

140
O que eu posso fazer para minimizar as possibilidades de ganhar uma
centelha estática durante a realização de alguma tarefa?

Certifique-se de que os recipientes condutores, ou


quaisquer outros equipamentos condutores
utilizados para encher o recipiente (por exemplo
um funil) e a tubulação de enchimento estejam
aterradas ou pelo menos ligadas. Os fios terra
devem ser utilizados exceto quando existe um
contato natural metal-para-metal, tal como um
funil repousando num recipiente aterrado. Os
recipientes não condutores menores do que 5
galões não precisam de fios terra inseridos no
fluido.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 141


O que eu posso fazer para minimizar as possibilidades de ganhar uma
centelha estática durante a realização de alguma tarefa?

Encha o recipiente
vagarosamente: a estática
aumenta à medida que a
velocidade aumenta

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 142


O que eu posso fazer para minimizar as possibilidades de ganhar uma
centelha estática durante a realização de alguma tarefa?

 Se possível utilize recipientes


pequenos. Os recipientes não
condutores com capacidade igual
ou superior a 5 galões podem
exigir precauções especiais.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 143


O que eu posso fazer para minimizar as possibilidades de ganhar uma
centelha estática durante a realização de alguma tarefa?

 Minimize a filtragem …a filtragem pode


fazer com que alguns fluidos se tornem
altamente carregados. Quando
imprescindível, a filtragem deve ser feita
num ponto mais acima possível do local
de amostragem, sendo que uma
tubulação condutora deve ser utilizada
abaixo do ponto de filtragem.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 144


O que eu posso fazer para minimizar as possibilidades de
ganhar uma centelha estática durante a realização de alguma
tarefa?

 As medições ou amostragens através


de uma abertura no teto devem ser
evitadas quando as concentrações de
oxigênio e de vapor no espaço livre
acima do líquido estejam dentro dos
limites de inflamabilidade.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 145


O que significa aterramento e
ligação?
O aterramento fornece uma continuidade elétrica
entre um objeto condutor e a terra,
consequentemente evitando a construção de
cargas elétricas. A ligação fornece uma
continuidade elétrica entre dois objetos
condutores.
A ligação assegurará que não existe diferença de
potencial entre os dois objetos, mas a menos que
um dos objetos também esteja aterrado, pode
haver uma diferença de potencial entre os objetos
e a terra.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 146


Se o balde que eu estou usando para
pegar líquido combustível for aterrado,
eu também tenho que me aterrar?

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 147


Sim, você tem que se aterrar também,
mas em algumas circunstâncias você
pode não precisar usar uma cinta de
aterramento. Se você não precisa
usar luvas de borracha durante a
coleta da amostra, o contato das suas
mãos nuas com o recipiente
condutor e aterrado fornecerá o
aterramento adequado.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 148


Quando for preciso usar luvas de borracha,
provavelmente você não estará aterrado
através do balde, logo é necessário fazer
um aterramento independente. Se você
não estiver em contato contínuo com o
objeto aterrado durante o processo de
amostragem, certifique de que você
esteja aterrado antes de tocar no balde ou
na tubulação próxima ao balde, quando
vapores inflamáveis estiverem
potencialmente presentes
Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 149
Do ponto de vista estático, faz diferença se o meu balde for de
metal ou de plástico?

Embora nós tenhamos tido incêndios em


recipientes metálicos e plásticos, iniciados
por uma centelha estática, os recipientes
metálicos são preferidos porque eles podem
ser aterrados. O exterior dos recipientes
plásticos pode se tornar carregado durante o
manuseio, o que pode resultar na ocorrência
de uma centelha partindo do recipiente
plástico para a tubulação adjacente.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 150


Do ponto de vista estático, faz diferença se o meu balde for de
metal ou de plástico?

Quanto maior for o recipiente não


condutor, maior será a probabilidade do
problema ocorrer. As práticas
recomendadas pelo NFPA sobre
eletricidade estática não sugerem
precauções especiais, a menos que a
capacidade do recipiente não condutor
seja equivalente ou maior do que 5
galões.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 151


O uso de luvas elimina o potencial do surgimento de
centelhas?

Ao passo que o uso de qualquer tipo de luva reduza


o potencial para uma centelha eletrostática, este
procedimento não elimina a possibilidade. A
maioria das luvas de borracha evitarão uma
descarga do tipo capacitora do corpo. Embora os
dedos e as mãos sejam as partes do corpo que
terão maior probabilidade de contactar uma
tubulação ou um aço estrutural durante o
procedimento de amostra, pode ocorrer uma
descarga a partir de qualquer parte do corpo
humano.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 152


MEDIDAS PREVENTIVAS, A SEREM ADOTADAS EM
AMBIENTES SUJEITOS A DESCARGARGA ELETROSTÁTICA

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
Evite-se sacos plásticos, isopor, caixas plásticas e
contato de mão além de outros tipos de materiais
não condutivos no ambiente de trabalho. Caixas de
metal, plásticos antiestáticos e armários de aço
ligados ao terra através de resistor de 1M ohm
deverá ser usadas para transportar ou armazenar
peças ou subconjuntos durante a fase de
montagem. Os carros para transportes deverá ser
aterrados por meio de cabo quando em repouso e
através de uma malha quando em movimento.

Eng. de Seg. Luiz Cláudio Rocha 153


Espaço Confinado ?
O que é um
espaço confinado ?
É um espaço que têm qualquer uma
das seguintes características:
 aberturas limitadas para
entrada e saída;

 ventilação natural
desfavorável;

 não é projetado para ocupação


contínua de trabalhadores.
NR 33
33.2 Das Responsabilidades
33.2.1 Cabe ao Empregador:
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo
cumprimento desta norma;

b) identificar os espaços confinados existentes no


estabelecimento;

c) identificar os riscos específicos de cada espaço


confinado;

d) implementar a gestão em segurança e saúde no


trabalho em espaços confinados, por medidas
técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e
de emergência e salvamento, de forma a garantir
permanentemente ambientes com condições
adequadas de trabalho;
33.2 Das Responsabilidades
33.2.1 Cabe ao Empregador:
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre
os riscos, as medidas de controle, de emergência e
salvamento em espaços confinados;

f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra


após a emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e
Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta NR;

g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os


riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a
capacitação de seus trabalhadores;
33.2 Das Responsabilidades
33.2.1 Cabe ao Empregador:

h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e


saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os
meios e condições para que eles possam atuar em
conformidade com esta NR;

i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de


suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo
ao imediato abandono do local;
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de
controle antes de cada acesso aos espaços confinados.
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores:

a) colaborar com a empresa no cumprimento da NR-


33;

b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos


fornecidos pela empresa;

c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as


situações de risco para sua segurança e saúde ou
de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos


nos treinamentos com relação aos espaços
confinados.
33.3.4.5 Cabe ao Supervisor de
Entrada:
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das
atividades;

b) executar os testes, conferir os equipamentos e os


procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho;

c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam


disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;

d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando


necessário;

e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos


serviços.
33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar
as funções:
a) manter continuamente a contagem precisa do número de
trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que
todos saiam ao término da atividade;

b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em


contato permanente com os trabalhadores autorizados;

c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de


salvamento, pública ou privada, quando necessário;

d) operar os movimentadores de pessoas;

e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer


algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição
proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder
desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por
outro Vigia.
EMERGÊNCIA
EMERGÊNCIA
É UM EVENTO REPENTINO;
MUDANDO A ROTINA;
 PREJUDICANDO A
COMPETITIVIDADE;
NECESSITANDO DE RESPOSTA
IMEDIATA
EMERGÊNCIA
PASSOS PARA CRIAR UM PLANO DE EMERGÊNCIA:
1. QUANTIFICAR SUAS NECESSIDADES E
PRIORIDADES PARA DIFERENTES TIPOS DE
EMERGÊNCIAS QUE PODEM OCORRER;
2. DESENVOLVER UM PROCEDIMENTO ESCRITO
COM OBJETIVOS E LIMITAÇÕES;
3. DETERMINAR A ABRANGÊNCIA DA RESPOSTA
PARA CADA TIPO DE EMERGÊNCIA;
4. PROMOVER TREINAMENTO PRÁTICO E TEÓRICO;
5. TESTAR E AUDITAR O PLANO PARA VERIFICAR
SUA EFICÁCIA
EMERGÊNCIA
RESPOSTAS PARA CADA TIPO DE EMERGÊNCIA:

CENÁRIOS
RESPONSABILIDADE CIVIL
E CRIMINAL
NO ACIDENTE DE
TRABALHO

167
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL
• Princípio Geral do Direito:

 AQUELE QUE, POR AÇÃO OU OMISSÃO


VOLUNTÁRIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA
VIOLAR DIREITO, OU CAUSAR PREJUÍZO A
OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARAR O
DANO

168
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL

Pressupostos da Responsabilidade
Civil
Ação ou omissão do agente
Culpa do agente
Relação de causalidade
Dano experimentado pela vítima

169
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL

• Responsabilidade Objetiva
 A atitude culposa ou dolosa do agente
causador é de menor relevância, pois,
desde que exista a relação de
causalidade entre o dano
experimentado pela vítima e o ato do
agente, surge o dever de indenizar.
 Aquele que, através de sua atividade,
cria um risco de dano para terceiros,
deve ser obrigado a repará-lo

170
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL
Responsabilidade por Fato de Terceiro
É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo
do empregado ou preposto

Se o patrão se utiliza do empregado


para, com sua atividade, auferir lucros, é
notória a existência de um risco que,
advindo da atividade laboral deste, surja
um dano para si ou para outrem.
171
Base Legal de Responsabilidade por Acidente de
Trabalho
 Na esfera constitucional :
CF/88 Art.º 7, XXII e XXVIII

 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
 XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;
 XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

172
Base Legal de Responsabilidade por Acidente de
Trabalho
 Na esfera trabalhista:
Art.º 157 da CLT

Art. 157. Cabe às empresas:


I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança
e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de
serviço, quanto às precauções a tomar no sentido
de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam
determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela
autoridade competente. 173
Base Legal de Responsabilidade por Acidente de
Trabalho
Na esfera jurisprudencial
Súmula 229 do STF
A indenização acidentária não exclui a do direito
comum, em caso de dolo ou culpa da empresa em
caso do acidente de trabalho ocorrer pela não
observância de legislação específica de segurança
e saúde no trabalho
“Cabe à empresa provar que cumpria as normas de
segurança e saúde do trabalhador”
“ O empregador é responsável civilmente pelos atos de seus
prepostos, empregados e serviçais”

174
Responsabilidade por Acidente de Trabalho
•A responsabilidade civil da empresa ficará caracterizada
desde que exista relação causal perfeita do evento com uma
das seguintes condições:
 Descumprimento da legislação de Segurança e saúde do
trabalho;
 Inexistência de ordens de serviço e instruções de segurança
e saúde no trabalho;
 Atos de negligência, imprudência ou imperícia, inclusive de
seus prepostos, chefes, encarregados e empregados.
 Desobediência às determinações técnicas do MTE.
 Condições Inseguras reincidentes;
Permissão de trabalho proibido por lei.
175
Responsabilidade por Acidente de Trabalho

 O INSS arcará com o seguro obrigatório, todavia, poderá via


AÇÃO REGRESSIVA, cobrar da empresa, o ônus que teve que
arcar em decorrência do acidentes de trabalho (Art..º 19 da
Lei 8.213/91)
 A ação de indenização civil pode ser proposta pela vítima ou
por seus dependentes ou beneficiários.
 O valor da indenização será apurado de acordo com os
seguintes requisitos:
 Extensão do dano (inclusive moral)
 Grau de culpa
 Capacidade de prestação do responsável
 Aparelhos de prótese, sua conservação e substituição
 Danos psíquicos
 Reabilitação profissional
176
Responsabilidade por Acidente de Trabalho

•Prescrição • Ação Civil Pública

A indenização É um instrumento legal


decorrente de utilizável para se fazer
responsabilidade civil, cumprir o comando
distinta da ação de legal. Pode ser
acidente de trabalho, iniciada pelo M.
esta de caráter Público ou a pedido
alimentar, prescreve em de sindicatos ou
10 anos, a contar do ato instituições
lesivo representativas

177
Responsabilidade por Acidente de Trabalho

 Quanto às empreiteiras
“Quem cria o risco tem o dever de evitar que o dano
aconteça”
 Os acordos com terceiros devem ser contratados
com plena definição das responsabilidades de cada
qual.
A responsabilidade é solidária
(Art..º 1518 C. Civil)

178
RESPONSABILIDADE CRIMINAL POR ACIDENTE DE
TRABALHO

 Responsabilidade Penal
Responde por ela, muito mais o técnico do que a própria empresa. A
responsabilidade criminal é individual: não se transfere, nem pode
ser assumida pelo patrão. O causador do acidente fica sujeito a:
 Lesão Corporal de Natureza Grave (aquela que afaste o indivíduo por
mais de 30 dias de suas atividades normais) ou Incapacidade
Permanente para o Trabalho:
 Pena de detenção de 2 meses a 1 ano
 Se resultar a morte do trabalhador:
 Pena de detenção de 1 a 3 anos
 Se foi resultante de inobservância de regra técnica da profissão:
 A pena será aumentada de um terço
179
RESPONSABILIDADE CRIMINAL POR ACIDENTE DE
TRABALHO

• “Expor a vida ou a saúde de outrem a


perigo direto e iminente”
 Pena: Detenção de 3 meses a 1 ano
“ Permite a instauração de processo
criminal, mesmo sem ocorrer
qualquer acidente, bastando que haja
situação de grave e iminente risco à
saúde e à vida do trabalhador”
180
RESPONSABILIDADE CRIMINAL POR
ACIDENTE DE TRABALHO

 PROCEDIMENTO CRIMINAL
 Em caso de morte: Obrigatório o inquérito
policial
 Nos demais casos:
 de ofício
 por requisição da autoridade judiciária ou MP.
 A requerimento do ofendido ou seus familiares
 qualquer pessoa do povo pode promover a
iniciativa do MP.

181
PRIMEIROS SOCORROS

• O QUE É? São os primeiros atendimentos


prestados á uma vítima de acidente, com os
recursos disponíveis no momento.

• QUAL A IMPORTÂNCIA? Amenizar o trauma do


acidentado, evitando o agravamento das lesões
e, até mesmo, a morte.
COMO AGIR!
AGIR
• OBTER O CONSENTIMENTO DA VÍTIMA SE CONSCIENTE
• DEIXAR A VÍTIMA CALMA E EM REPOUSO
• AGIR COM CALMA PORÉM COM RAPIDEZ
• NÃO TENTAR FAZER UMA PESSOA DESMAIADA TOMAR ÁGUA OU
OUTROS LÍQUIDOS
• MUDAR A POSIÇÃO DO ACIDENTADO APENAS SE RECEBER
AUTORIZAÇÃO DE UM MÉDICO OU PESSOA ENTENDIDA
• CHAMAR O SOCORRO ESPECIALIZADO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
(SBV - SUPORTE BÁSICO À VIDA)
•VIAS AÉREAS ABERTAS ? (VER SE FALA OU ESTÁ
CONSCIENTE)

•RESPIRANDO ? (OLHE SE O PEITO SOBE E DESCE, SINTA A


SUA RESPIRAÇÃO
E ESCUTE SE O AR ESTÁ SAINDO)

•TEM PULSO? (VER SE O CORAÇÃO DA VÍTIMA ESTÁ


BATENDO - CARÓTIDA)

•HEMORRAGIA (VEJA SE A VÍTIMA ESTÁ TENDO


SANGRAMENTO SEVERO)

•PROTEÇÃO DA COLUNA (EVITAR MOVIMENTOS BRUSCOS -


COLAR, MACA)
RCP
RESSUSCITAÇÃO CARDIO PULMONAR
(RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA + COMPRESSÕES NO PEITO)
ATENÇÃO
• NÃO PARE DE FAZER A RCP ATÉ TER CERTEZA DA RECUPERAÇÃO OU ATÉ
A CHEGADA DE PROFISSIONAIS.
• QUINZE COMPRESSÕES PARA DOIS SOPROS.
• MANTENHA OS DEDOS LONGE DO PEITO DA VÍTIMA.
• MANTENHA OS COTOVELOS ESTENDIDOS.
• FAÇA A HIPERESTENSÃO DO PESCOÇO CORRETAMENTE.
• NÃO ESQUEÇA DE PRENDER O NARIZ DA VÍTIMA.
• OBSERVE A ELEVAÇÃO DO PEITO DA VÍTIMA.
• OBSERVE SE O CORAÇÃO VOLTOU A BATER (CARÓTIDA).
• SEMPRE COMPRIMIR O PEITO COM A BASE DA MÃO.
• ATENÇÃO AO RITMO E CADÊNCIA: 101, 102, 103...
RECAPITULANDO - ISSO PODE SALVAR UMA
VIDA
SE VÍTIMA INCONSCIENTE:

•PEDIR PARA CHAMAR A AMBULÂNCIA

•POSICIONAR A VÍTIMA (ATENÇÃO A COLUNA)

•ABRIR AS VIAS AÉREAS

•OLHAR OUVIR E SENTIR SE HÁ RESPIRAÇÃO

•APLICAR DOIS SOPROS

•VERIFICAR PULSO (CARÓTIDA)

•INICIAR COMPRESSÕES
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS
AÉREAS
CONSCIENTE
•FAÇA CINCO COMPRESSÕES ABDOMINAIS
(MANOBRA DE HEIMLICH) EM PÉ

INCONSCIENTE
•FAÇA CINCO COMPRESSÕES ABDOMINAIS
(MANOBRA DE HEIMLICH) DEITADO

•VEJA SE HÁ OBJETOS NA GARGANTA DA VÍTIMA


HEMORRAGIA
• Procedimentos imediatos Serão:
• Compressão local e/ou elevação do
membro atingido.
• Compressão das artérias no
membro atingido.
Obs.: em caso de hemorragia
intensa, manter a vítima aquecida
para evitar o choque hemorrágico
(hipovolêmico).
ENVENENAMENTO POR GASES
TÓXICOS

•RETIRAR A VÍTIMA DO LOCAL IMEDIATAMENTE

•ENCAMINHAR AO SERVIÇO MÉDICO


QUEIMADURAS
Química, térmica, elétrica (atenção a parada
cárdio respiratória)/outros.
Procedimentos: remover a vítima da área de
exposição, não romper as bolhas, não retirar a
pele queimada, não usar líquidos, pomadas
ou outros produtos; Lavar com água em
abundância, proteger os ferimentos,
encaminhar para tratamento.
Evitar o choque hipovolêmico.
FRATURAS / LUXAÇÕES
• FRATURA: Imobilizar o membro atingido.
• FRATURA EXPOSTA: Proteger o ferimento e
imobilizar as articulações inferior e superior à
fratura.

Você também pode gostar