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TATICIDADE:
Orientação molecular e anisotropia
É a forma com que as unidade repetitivas se
A anisotropia é a diferença de propriedades
dispõem em uma cadeia polimérica.
em função da direção que tais característica
são analisadas. A isotropia independe da
Estrutura isotática: Grupos substituintes
direção, sendo sempre a mesma.
arranjados predominantemente em uma lado
planar da cadeia.
A orientação molecular gerada durante o
processamento do polímero gera uma Estrutura sindiotática: Grupos substituintes
anisotropia de propriedades, especialmente dispostos de forma alternada em relação ao
no comportamento mecânico. plano da cadeia principal.
Conformação molecular:
As cadeias poliméricas podem assumir
diferentes conformações - arranjos
moleculares espaciais que podem ser
alterados por rotações em ligações
covalentes simples.
De acordo com a temperatura, as fases Massa molar: Para polímeros com baixa
amorfas adquirem diferentes comportamentos. massas molares, fora do usual, a Tg aumenta
progressivamente até um limite onde o
Em temperaturas baixas, as moléculas aumento da massa não interfere mais na
poliméricas não têm mobilidade suficiente para temperatura.
rotacionar (energia interna insuficiente para
romper as barreiras de energia). Aditivo: O favorecimento da movimentação
das cadeias diminui a barreira de energia para
Temperatura de transição vítrea (Tg) é uma rotação molecular e também a Tg. O uso de
temperatura determinada, ou faixa de plastificantes diminui a Tg (reduz as interações
temperaturas, na qual a energia interna supera intermoleculares), enquanto agentes de
a energia de rotação e as moléculas ganham reticulação aumentam a Tg (presença de
mobilidade. ligações cruzadas).
Tg - polímero reticulado
Tgo - Polímero não reticulado
Mc - massa molar entre as reticulações
Temperatura
Uso mais
Polímero de transição Ramificações Consequências
comum
vítrea
Volume elevado e
PP maior dificuldade Plástico dúctil
~(-10°C) Grupo de metil
(semicristalino) na movimentação (borrachoso)
molecular
Plástico rígido e
Muita dificuldade
PS (amorfo) ~(100°C) Grupo aromático transparente
em rotacionar
(vítreo)
Grande aumento
PVC na densidade de
(policloreto de ~(80 °C) Um grupo de cloro energia coesiva -
vinila) por causa das
ligações dipolo
Simetria dos
PVDC cloros, gerando
Dois grupos de
(policloreto de ~(-15°C) efeitos repulsivos -
cloro
vinilideno) e diminuindo a
energia coesiva
CAP 3: ESTADOS FÍSICOS E TRANSIÇÕES
Transição em polímeros amorfos: Temperatura de fluxo (Tf):
1) ESTADO VÍTREO E TRANSIÇÃO VÍTREA: Após uma certa temperatura, o polímero deixa
Movimento vibracional dos átomos sem de ter um comportamento borrachoso e passa a
movimento dos segmentos ou da cadeia. ter um comportamento líquido altamente
viscoso, (fluidoviscoso).
As regiões amorfas não têm mobilidade
suficiente para superar a barreira de energia É a temperatura na qual o polímero passa a se
para rotações moleculares, permanecendo em comportar como um fluidoviscoso, e depende
um estado ‘congelado’. dos tamanhos moleculares (massa molar).
Nos semicristalinos, o empacotamento molecular Entre Tg e Tm, tem-se o melhor balanço das
é maior, o que aproxima os segmentos e propriedades do material, entre a rigidez e a
aumenta a intensidade das forças tenacidade e dependendem do grau de
intermoleculares, resultando que Tm é sempre cristalinidade do polímero, sendo que o
maior que Tg. grau de dureza, o módulo elástico e a
resistência à tração aumenta com esse
Polímeros mais polares e com grupos mais parâmetro, enquanto a tenacidade diminui.
volumosos têm uma Tm mais elevada do que
aqueles com baixa polaridade e maior Acima de Tm os cristais são destruídos e o
flexibilidade na cadeia. polímero se comporta como na fase amorfa
(borrachoso e fluidoviscoso).
Possui influência apenas da polaridade e da
rigidez dos grupos químicos presentes. Tm é a temperatura máxima de uso,
enquanto a faixa de temperaturas entre Tf e
T(dec) é a janela de processamento.
Conforme se diminui a energia cinética, esse movimento molecular também decresce e há uma
redução da distância dos grupos químicos e as forças intermoleculares aumentam, chegando a um
arranjo uniforme.
Cristalinidade e cristalizabilidade:
A cristalização ocorre por meio da formação de
um núcleo sólido no meio líquido, e a posterior
difusão dos segmentos moleculares para se
alinharem com os núcleo, formando os cristais.
Quanto mais cristalino maior o empacotamento Uma cristalinidade menor resulta em uma
molecular e mais rígido, resistente é o material. mterial resistente ao impacto e com módulo
Quanto mais amorfo, maior é a capacidade de elástico menor, e a presença de unidade
deformar e resistir a impactos.
flexíveis (comonômeros) reduz a Tg e a Tm.
Tem-se também os cristalitos, que são Um polímero jamais seria totalmente cristalino
pequenos cristais que representam as regiões pois, conforme a cristalização avança, as
ordenadas, e a sua dimensão na direção da macromoléculas das regiões amorfas, sob
cadeia é sempre considerada muito pequena se tensão, impediriam a continuidade da
comparada com a molécula estendida, de modo cristalização.
que a continuidade da estrutura ocorre pela
participação de uma mesma molécula em mais 2) CÉLULAS CRISTALOGRÁFICAS:
de um cristalito. As células unitárias representam a estrutura
cristalográfica de um material que possui
As moléculas atadoras mantêm os cristais ordem a longas distâncias.
presos entre si e são importantes para o
desempenho mecânico dos polímeros. Uma molécula polimérica pode participar de
muitas células consecutivas e com formas
1) TEORIA DA MICELA FRANJADA: cristalográficas distintas, além de regiões
Explica a coexistência de regiões amorfas e amorfas.
cristais poliméricos, além do padrão difuso da
difração dos raios-X, que são caracterizados Cadeias lineares com substituintes laterais não
por um grande alargamento de linha (cristais cristalizam na conformação zig-zag, mas sim
pequenos e imperfeitos) e pela difração difusa na helicoidal, acomodando melhor os átomos
(regiões amorfas). no cristal.