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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EESC-USP

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

SEP 0279 – Processamento de Materiais II -


Usinagem

Aula 7 – Força e potência de usinagem – parte 2 –


processos com ferramenta de corte com geometria
não-definida

Prof. Eraldo Jannone da Silva


Tópico da aula EESC-USP

¡ Força e potência de usinagem


para processos com ferramentas
com geometria de corte não-
definida

2
1. Introdução 7 EESC-USP

¡ Alguns processos de usinagem realizados com


1. Introdução
ferramentas com geometria de corte não-definidaEESC-USP
Lapidação Brunimento

1. Introdução

Retificação de Afiação de ferramentas


Lapidação Brunimento
engrenagens

Ex. Retificação, brunimento, lapidação, etc.

Classificação dá-se pela possibilidade ou não da determinação


exata da forma, posição, ângulos e números de arestas Retificação
cortantes de Afiação
3 de ferram
engrenagens
Rebolo

2. Força e potência de retificação EESC-USP

Peça
¡ Importância da determinação dos esforços
de corte

Rebolo

Peça
Rebolo

Força Tangencial: gera o cavaco

Peça

Retificação tangencial plana Retificação tangencial cilíndrica externa

- para calcular a profundidade de corte deve-se


conhecer a velocidade de mergulho do rebolo e a 4
rpm da peça, todos esses parâmetros baseados
em uma volta apenas.
Peça
Rebolo
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Projeto de uma retificadora:


l Potência motriz do rebolo;
l Necessidades estruturais da
retificadora;
¡ Processo:
l Influência na qualidade dimensional e
geométrica do produto acabado;
l Rugosidade;
l Desgaste radial do rebolo;
l Tempo de retificação;
l Aporte térmico do processo;
5
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Impacto no ciclo de retificação

Modelo idealizado da operação de retificação


cilíndrica externa de mergulho

- Quanto mais rígido é o sistema, menor é a deformação Representação de um ciclo de retificação: avanço
teórico u1 e avanço real r(t)
6
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
l Energia envolvida muito maior que em outros
processos de usinagem;
l Maiores valores de energia eram obtidos
quando os parâmetros de usinagem eram
ajustados para reduzir hm;
l Dúvidas quanto a possibilidade da aplicação
dos modelos clássicos de formação do cavaco
residia na magnitude da energia de corte
específica (tipicamente em torno de 20 -60
J/mm3) acima da energia para fusão do ferro
(10.5 J/mm3)
7
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
($)$*+

!"##$%"&'$

!"#$

Figura 3.2 - Modelo de Piispanen para


formação de cavacos ("baralho de
cartas").
Mecanismo de formação de cavacos (Machado et al., 2009)
Formação periódica, ciclicamente para cada
lamela (recalque, ruptura e deslizamento)
Fases:
•Recalque Inicial:
•Deformação e ruptura:
•Deslizamento das lamelas
•Saída do cavaco 8
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
Efeito de escala: aparece devido à relação entre o
Torneamento raio de aresta da ferramenta e a espessura de corte ou
espessura do cavaco indeformado.

Força considerada constante responsável apenas


por deformar o material da peça, não
contribuindo na remoção de cavaco. Esta força é
chamada plowing force

Rodrigues (2005), Estudo da geometria de corte aplicadas em usinagem de altas velocidades de corte, Tese Doutorado, EESC-USP, 249p.
9
Capítulo 2 - Revisão da Literatura 72

grande e não pode ser negligenciada. Portanto, o aumento da energia específica,


representado pelo efeito de escala, traduz-se pelas grandes razões entre o raio de
aresta da ferramenta e a espessura de corte. Nestes casos, há pouco volume de cavaco

2. Força e potência de retificação


removido em relação à quantidade de deformação sofrida pela peça.
EESC-USP

A Figura 2.31 apresenta uma curva representativa do efeito de escala


Processo de retificação: Considerações
¡ o fresamento de um aço com resistência à tração de 870 MPa. Não
ocorrido durante
foram divulgadasenergéticas
pelo autor mais informaçõese efeito
sobre o processo dede escala:
usinagem e os
parâmetros de corte empregados.
Torneamento
Para grandes valores de espessura de corte, a
força de deformação plowing force resultante
que age na região de arredondamento da aresta
da ferramenta é proporcionalmente pequena em
relação à força de corte total.

Para pequenos valores de espessura de corte, a


força de deformação plowing force resultante
que age na região de arredondamento da aresta
da ferramenta é proporcionalmente grande e
não pode ser negligenciada. Portanto, o aumento
da energia específica traduz-se pelas grande
razão entre raio de aresta de ferramenta e
espessura de corte. Neste caso, há pouco volume
de cavaco removido em relação à quantidade de
deformação sofrida pela peça.
Figura 2.31 - Efeito da espessura de corte na energia específica.
Fonte: Modificado de Boothroyd e Knight (1989).

Rodrigues (2005), Estudo da geometria de corte aplicadas em usinagem de altas velocidades de corte, Tese Doutorado, EESC-USP, 249p.
10
Shaw (1995) complementa o raciocínio sobre a teoria do efeito de escala
considerando aspectos metalúrgicos em processos de retificação. Segundo o
pesquisador, a força resultante entre a partícula abrasiva e o material da peça
determina o tamanho da zona de deformação elasto-plástica na peça, assim como a
orientação em que ela se estabelece, na mesma direção da força resultante. Esse
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
Retificação

Fonte: Marinescu, 2009


Fonte: Klocke, 2009 11
the constant rolling of the grains produces a fine material removal as a result of
workpiece fatigue [MART75]. Since the space between the lap tool and the work-
piece determines the sequence of the cutting edge engagement, this is essentially a
case of a space-bound operating principle. Depending on the process parameters it
can change into a force-bound principle.
We succeed to a third working principle if the tool is pressed against the work-
piece with increased force, but constant surface pressure. The grain can no longer
roll in these conditions. The cutting edges make fine scratch marks in the machin-
ing location. Since the grain is pressed against the surface of the workpiece with
limited force due to the constant surface pressure, cutting edge engagement is

2. Força e potência de retificação


force-bound.
In the case of some grinding, honing and free abrasive grinding operations with
bonded grains, cutting edge engagement is also force-bound. It is hereby often the EESC-USP
case that the grain remains relatively fixed and penetrates into the workpiece at a
¡ Processo de retificação: Considerações
predetermined path by the relative movement between the tool and the workpiece
(Fig. 2.6). Cutting edge engagement is thereby conditionally track-bound. This
energéticas e efeito de escala:
working principle can be found with most machining methods with geometrically
undefined cutting edges. It is based on the following observation on the engage-
ment of individual grits. • Relação entre espessura
Retificação
grinding wheel de corte e o raio de
Fn,S
curvatura de um ponto de
grit path Ft,S
corte é muito pequena;
bond vs
• Modelo de formação de
cavaco proposto por
Merchant para o corte
grit
chip
ortogonal torna-se
bulging (cutting edge)
inapropriado;
Tµ hcu • O ângulo de saída efetivo
workpiece passa a ser tão negativo
I II III
que o material removido
elastic elastic and elastic and plastic pode ser classificado mais
deformation plastic deformation and
deformation chip formation precisamente como o
Fig. 2-6. Zones of elastic and plastic deformation in chip removal ocorrido em um processo
Fonte: Klocke, 2009
de extrusão. 12
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
Retificação l heq= (p.dw.vf)/vs (retificação cilíndrica)
l heq= (a.vw)/vs(retificação plana)

a
vs vw
heq

heq
13
Fonte: Shaw, 1996

Espessura equivalente de corte: espessura de material que é removida com a mesma velocidade de corte
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
Retificação l heq= (p.dw.vf)/vs (retificação cilíndrica)
l heq= (a.vw)/vs(retificação plana) dw -> diâmetro
vf -> velocidade de avanço
vw -> velocidade de mergulho/periférica
vs a -> arco de contato
vs-> velocidade de corte

heq

a
vw
lc

14
Fonte: Shaw, 1996
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Espessura equivalente de corte

15
Fonte: Snoyes et. al, 1974
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações energéticas e


efeito de escala:
¡ Comprimento de contato (lc)
vf p .d wv f
a= =
nw vw

a=2-20 µm (cilíndrica)
a=10-50 µm (plana)

vs/vw=50-100(cilíndrica)
vs/vw=100-200 µm (plana)

AB<AC (externa)
Fonte: Oliveira, 1989

16
Fonte: Shaw, 1996
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações energéticas e


efeito de escala:
¡ Comprimento de contato (lc)

AB>AC (interna)

lc= 0.1 to 10 mm

17
Fonte: Shaw, 1996
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações energéticas


e efeito de escala:

¡ Diâmetro equivalente de corte (de)

Ds: diâmetro da peça


Dw: diâmetro do rebolo

Grau de conformidade rebolo-peça

Fonte: Oliveira, 1989 18


2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
Retificação l heq= (p.dw.vf)/vs (retificação cilíndrica)
l heq= (a.vw)/vs(retificação plana)

vw
a
vs heq

vs
vw
ds
a
C
heq
hcu

19
Fonte: Shaw, 1996
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Processo de retificação: Considerações


energéticas e efeito de escala:
¡ Energia de retificação
específica (u):
Ft: força tangencial
Vs: velocidade de corte
P= Ft (vs ±vw) Vw: velocidade rebolo
Qw: taxa de remoção de material

P= Ft vs

[J/mm3]

[mm3/s]

Uch: energia para formação do cavaco


u = uch + upl + usl Upl: energia para sulcamento
Usl: energia de atrito ou deslizamento

Aço rápido HSS T5


uch= 13,8 J/mm3
20
Aço ferramenta A6 = 69 W.s/mm3
Fonte: Shaw, 1996 https://www.azom.com/article.aspx?ArticleID=6222
ficação como um parâmetro de entrada do processo, sendo que
2.4.1.
suas pesquisas Oforam
modelo de Hahn
baseadas em e Lindsay
retificadoras do tipo "força

controlada". Ele demonstrou experimentalmente que a força noE


Em 1971, Hahn (11] (12] (13] publicou uma série
mal é proporcional a taxa específica de remoção de metal Z~,
de trabalhos onde o processo de retificação foi tratado, de~

de as suas relações
Z~ =básicas,
Aw (F~ através
- Fno).
de estudos que envolv~
(2.10)

ram a força de corte. Hahn considerou a força normal de reti


2. Força e potência de retificação
ficação
onde acomo um parâmetro
constante de entrada
de proporcionalidade doAwprocesso,
(lambda) sendo a foEque
entre EESC-USP

suasça pesquisas
e a taxa deforam
remoção é chamada
baseadas de parâmetro
em retificadoras de do
remoção
tipo de
"força
¡
material,
Modelamento
que será visto
das forças
com mais detalhe
de retificação
adiante. A grandeza
controlada". Ele demonstrou experimentalmente que a força noE
l
F~o representa Modelo
a força de
atéHahn e Lindsay,
onde não ocorre (1971)
remoção de cavaco e
mal é proporcional a taxa específica de remoção de metal Z~,
sim atrito e riscamento do material. A Figura 2.17 mostra as

três fases distintas do início do corte na retificação sobfoE


Z~ = Aw . (F~ - Fno) (2.10)
ça controlada onde se observa melhor o significado de F~o.

onde a constante
E
-~
03

e '
Retificação
de proporcionalidade
AISI 4150 - 53-55 HRC
- I D = 53 1 mm- rebolo A80IL8V
ça e a taxa de remoção é chamada de parâmetro
V = 2 7 m/s - Vs = 39,1 m/s
W '
interna de mergulho
Aw (lambda)e entre a foE

de remoção
Z’w= Q’w (taxa de
remoção
de de material
específica)
~
material, oo Oque

F~o representa
,
~
será
.- visto
de
reqloo
com

a força
.-mais
r eq 100 detalhe adiante.
8 .-

até r i onde
A grandeza
de
não ocorre
-ti regloo
remoção
de -
de cavaco e
~ otri to scomento corte

sim atrito ~ 0,1e riscamento do material. A Figura 2.17 mostra as


e_e
8 I
três fases distintas e do início
e do corte11 na retificação sobfoE
o 1 2 Fno 3
ça controlada onde se observa melhor o significado de F~o.
Forço Normol (N/mm)
Figura 2.17 - As três fases da retificação (11].

Fonte: Shaw,
- I 1996
E
-~
e
03

'
Retificação
53-55 HRC
AISI 4150
D = 53 1 mm- rebolo A80IL8V

VW = 2 ' 7 m/s - Vs = 39,1 m/s


-
interna de mergulho

~ e 21

o
o O,
~ de
.-
reqloo de
.-
r eq 100
-ti 8 .-
regloo
de -
~ otri to r i scomento corte
perficial e a potência de corte para um material ETG (AISI

52100) submetido a um rebolo A30K8V. Observa-se na figura a

boa relação linear entre a força e volume de remoção do cav~

co Zw.
A partir destas pesquisas Hahn e principalmente

o seu parceiro Lindsay passaram a estudar o parâmetro Aw com

o objetivo de conhecer quais as influências que as variáveis

2. Força- e potência de retificação do processo

etc.) poderiam
(tipo

lhe
de rebolo,

causar.
geometria,

O objetivo
I

final
velocidades,

destes
fluidos,

estudos s~
42
-
EESC-USP

¡ Modelamento
ria
das forças
prever, a ad
partir
dedas
retificação
= profundidade com que
condições de ocorte,
dressador
o valor penetra
de

Aw. Estes resultados são


no muito
rebolo úteis
(mm) quando se trata a força
l Modelo decomo
Hahn e Lindsay,
parâmetro de Sd
saída,
(1971)
-= passo
pois deconhecendo-se
dressagem o valor
(mm) de Aw e
j 41
calculando = diâmetro
Zw fica d determinada médio
a forçado normal
grão abrasivo
de retificação
(mm)

quando a força Volb=


crítica 1,33Hconhecida.
for + 2,2S - 8
Retifica interna de mergulho
AISI 52100 - 60-62 HRC
V = 1 25 m/s - V = 60 m/s onde: H é a dureza do rebolo (H,I,J,K,L,etc)
w' S
= Z /A
D = 736,6 mm- , , I
-
300
e
A =0.6 15nvn3/s. N.
reboln
/'
W
A30K8V
F - F (2.11)
.::

OIE W
n no o valor
w w de H é 0,1,2,3 respectivamente
E
o
10
-
E
S é o número da estrutura do rebolo:
~ '"

~
E - 4,6,etc.
-3 1,0
Z’w= Q’w (taxa de
.,
o
~
..

Y
.. 200 o:

remoção de material
'"
Rugosidode
..o o '".,
Nessa mesma direção Lindsay [27], em 1984, apr~
..
~o ~ Fno
'" ,. .-
.;
'"o
~
- específica)
I .' +- ~ sentou uma nova formulação para Aw muito semelhante à de seu
1 o "
N
. I Q. o: "-"
I . 15 0.5
.. tOO ',< doutoramento, ou seja,
N
~:~ I / ' ~_.."
KW tO
1
t::_._:
~ .
./.
As =0.01
~
2m"r/s. N 5
f\.w = 94,383.
( ~s )
V 3/19
(1 + ~
Sd
) Sd
11
/19 Vs
(~) (2 . 13)
431 51 27 / N s obs: não cai na prova
I o 0-0- li
O
De 1304 (Volb) °,47 d 138 (HRC) 19 .

O 500 1000
Forço Normol (NI

Figura 2.18 - Resultados de Hahn. onde o valor de Volb agora é calculado a partir de valores de

HI e SI, os quais foram ajustados de acordo com as expressões 22


Fonte: Shaw, 1996
Ainda em 1971, Hahn e Lindsay [12] apresentaram
da Tabela 2.2. A mudança é justificada por novos dados forn~
uma expressão, desenvolvida por Lindsay em seu doutoramento,

capaz de calcular o valor de Aw para materiais ETG a partir Volb = 1.33RI + 2.2S' - 8

das características do processo. As características consider~ TAMANHO


DO GRÃo SI R'
- t -

2. Força e potência de retificação


44

Para os materiais DTG eles não elaboraram uma EESC-USP

expressão que fosse capaz de predizer o valor de Aw. Neste c~


¡ Modelamento
so os valores
das forças deexperimentalmente
de Aw foram determinados
retificação
(Fi

l Modelo de Hahn e Lindsay, (1971)


gura 2.20).

T - 16 s=

M - 2 s=

René 41 Vs=

Incone l X Vs-

5 VS - 60 mI.
M - 4
V. - 20 m/a
Vs - T8 m/s
M - 60 Vs - 55 m/S

René 80 Vs - ea m/s
8620 Rc 60 FoFo

O 0.3 0.6 0.9 1.2 1.6


l\wPc râme t ro de remoç;ão Crrm3/N. S)

Figura 2.20 - Aw para materiais DTG


23
[12].

Fonte: Shaw, 1996

A contribuição de Hahn e Lindsay no cálculo da

força normal de corte para materiais ETG pode ser resumida na

equação (2.13), que substituída em (2.11) resulta em:


O 0.3 0.6 0.9 1.2 1.6
l\wPc râme t ro de remoç;ão Crrm3/N. S)

Figura 2.20 - Aw para materiais DTG [12].

- A contribuição de Hahn e Lindsay no cálculo da

2. Força e potência de retificação


t -
44
força normal de corte para materiais ETG pode ser resumida na
EESC-USP
Para os materiais DTG eles não elaboraram uma
equação (2.13), que substituída em (2.11) resulta em:
expressão
¡ Modelamento das forças de retificação
que fosse capaz de predizer o valor de Aw. Neste c~

so os valores de Aw foram determinados experimentalmente (Fi

gura 2.20).
l Modelo
F~ de Hahn e Lindsay, (1971)
=+F~o
Z' . De4-3/304. (Volb)O,4-7.
(HRc)27n9 d5/36.
(N) (2.14)
- 94,383 . (~V )3h9 . ( 1 +~s. ) sd 11/19 . Vs
T - 16 s= s d I 45

IM - 2 s= Mas Z' =a .VWI KH =~


Aw e ainda h eq = a . ~
Vs I
então a equação (2.14) fica:
René 41 Vs=

Incone l X Vs-
Fn =h . KH + Fn o (2.15)
5 VS - 60 mI. eq
M - 4
V. - 20 m/a
Vs - T8 m/s onde:
M - 60 Vs - 55 ""m/S
KHparcela de remoção deaqui
é definida como a constante de Hahn que
René 80 Vs - ea m/s cavaco proporcional
8620 Rc 60 FoFo espessura de corte
depende das velocidades da peça
parcelaeelástica
rebolo,
constantedos diâmetros da p~
equivalente gerada pelo atrito e
O 0.3 0.6 0.9 1.2 1.6
ça e do rebolo (De), do tipo riscamento
de rebolo, da condição
do material. de dress~
l\wPc râme t ro de remoç;ão Crrm3/N. S)

Figura 2.20 - Aw para materiais DTG [12].


gem e da dureza da peça-obra.
Observa-se,portanto,na expressão (2.15) que a
24
Fonte: Shaw, 1996
A contribuição de Hahn e Lindsay no cálculo da

força normal de corte para materiais ETG pode


força total
ser resumida na
de retificação formulada por Hahn é formada pela
equação (2.13), que substituída em (2.11) resulta
somaem:de duas parcelas a saber:

F~ =+F~o
Z' . De4-3/304. (Volb)O,4-7. d5/36. (HRc)27n9
(N) (2.14) - a parcela de remoção de cavaco proporcional a
)3h9 ( 1 +~
2. Força e potência de retificação EESC-USP

¡ Mecanismo de remoção do cavaco – geometria indefinida


(retificação)

25
to da proporcional idade entre a força e o volume de remoção

por unidade de tempo. A relação entre as constantes de Hahn e

Tlusty é dada por

KH = ~V = 2A (2.17)
Aw

!-~?ff

2. Força e potência de retificação


" .,t,,1~
i,~)'
:

ti,
EESC-USP
2.4.3. Formulações de Malkin

¡ Modelamento
Malkin [28] fez das forças
um estudo a respeitode da
retificação
potêg

cia total
l Modelo
de retificação
de Malkin
por unidade de largura PI. Definiu-a

corno sendo a soma de três parcelas:

pI = PCh + PpL + PSL (Kw/mm) (2.18)

onde:
PCh = Potência devido à formação de cavaco,

PpL = potência de riscamento, e

PSL = potência de atrito entre peça e rebolo.

Cada urna das parcelas definidas através das seguintes equ~

çoes:

PCH = 13,8 Vw. a (Kw/rnrn) (2.18a)

26
Fonte: Shaw, 1996

-, ~
corno sendo a soma de três parcelas:
- -
- 47 -
- l -
l 47
47
pI = PCh + PpL + PSL
l
(Kw/mm) (2.18)

PpL = 1,0 X 10-3 Vs (Kw/mm) (2.18b)


PpL==1,0
PpL 10-3 VsVs
1,0X X10-3 (Kw/mm)
(Kw/mm) (2.18b)
(2.18b)
onde:
PSL = (C1 + C2V V = de)
PSL = (C1 + C2PCh
PSL = (C1 + C2 Vs de)
de) ~~
del/2.
Potência
~
del/2.
del/2.
al/2 . ..
al/2
devido
al/2
As à
(Kw/mm)
As (Kw/mm)
As (Kw/mm)
(2.18c) de
formação
(2.18c)
(2.18c)
cavaco,
s
PpL s= potência de riscamento, e

2. Força e potência de retificação onde,


onde,
onde,
PSL = potência de atrito entre peça e rebolo.
EESC-USP
- C1 urna
e C2 -
Cada
C1 das são constantes
parcelas de combinação
definidas através rebolo-peç~
das seguintes equ~
C1e e C2C2 são constantes dedecombinação
sãoconstantes combinaçãorebolo-peç~
rebolo-peç~
47
Forças de riscamento (sulcamento) e dosdos
l

¡ -
As é a área real de contato
çoes:
As é a área real de contato
As é a área real de contato
grãos (somatório
dosgrãos
(somatório
grãos (somatório -
PpL =
formação do cavaco
- das áreas
das X 10-3dedeVs
1,0áreas contato (Kw/mm)
contato
de cada grão). (2.18b)
dedecada 47
cada grão).
l

das áreas de contato grão). 47


PCH = 13,8 Vw. a
l

(Kw/rnrn) (2.18a)
A expressão (2.18a) é ébaseada
baseada nana constante
constante da
~= PpL
A expressão
PpL
A expressão
(2.18a)
1,0 Vs
X 10-3é baseada
(2.18a) (Kw/mm)
na constante da
(2.18b)
da
Rebolos 32A (30, 46, 80, 120) (G, I, K) 8VBE
Peça: AISI 1095 HR
PSL
energia específica
=
específica
(C1 + C2 V =
de) . (13,8
1,0 X 10-3 Vs
del/2. (Kw/mm)
(2.18c)
al/2 As (Kw/mm) (2.18b)
energia
energia específica dede formação
s
deformação
de cavaco
formação dedecavaco
J/mm3) que,
cavaco (13,8 (13,8 J/mm3)
J/mm3) que, que, s~s~
s~

gundo Malkin,
Malkin, "é válida para para a aretificação
retificação dede aços dedevárias várias
gundo
gundo Malkin, "é"é válida PSL =para
válida (C1 +a C2 retificação
PSL = (C1 s+ C2
~
V de) del/2.
V de aços
de) ~ .
al/2açosAs (Kw/mm)
del/2.
de várias(2.18c)
al/2 .
As (Kw/mm) (2.18c)
onde, composições bemcomo
como os tratados termicamente". termicamente".
composições
composições bem bem comoosostratados tratados s
termicamente". SeSe a equação
Sea a equaçãoequação
C1 edividida
(2.18a) forfor C2 são pela velocidadede combinação
periférica rebolo-peç~-,rebolo, ~
(2.18a)
(2.18a) for dividida
dividida pelaconstantes
pela velocidade
velocidade periféricaperiférica dododorebolo,
rebolo, o~o~
o~
onde,
tém-seaforça
tém-seaforça As onde,
é atangencial
área
tangencial real de
de retificação
contato
dederetificação dos devida
grãos
devida à formação
(somatório de
tém-seaforça tangencial retificação devida à àformaçãoformação dede
cavaco. Adotando-se
Adotando-se
C1
uma
e C2
relação
são de
constantes
retificação
de combinação rebolo-peç~
cavaco. das áreas de uma contatoC1 e dede
relação C2
cada constantesp p entre
sãogrão).
retificação entre
de força rebolo-peç~
combinação
força
cavaco. Adotando-se uma relação de retificação p entre força
As é a área real de contato dos grãos (somatório
tangencial
tangencial e normal
e normal (p=
(p= Ft/F~) Ft/F~) chega-se
As é achega-se a:
área reala: de contato dos grãos (somatório
tangencial A expressão
e normal (p=
(2.18a)Ft/F~) chega-se naa: constante
é baseada da
das áreas de contato de cada grão).
das áreas de contato de cada grão).
energia específica
FIFI = 13,8. a a ~~
de formação de cavaco (13,8 J/mm3) que,
(N/mm) (2.19)
s~
(uch), 13,8 J/mm3
nFIn= =13,8.
13,8.p a VsVs
A pexpressão ~ (2.18a)
(N/mm)
(N/mm)
é baseada na
(2.19)
(2.19)
constante da
gundo Malkin, "é válidan para p a A retificação
expressão
Vs de aços é baseada
(2.18a) de várias na constante da
composições energia
bem como específica
os tratados de formação de cavacoSe a(13,8equação
J/mm3) que, s~
energia específica termicamente".
de formação de cavaco (13,8 J/mm3) que, s~
FnF I - -h heq
I n 13,8
13,8
eq
F I - h"éeq válida
. . (N/mm)
(N/mm)
13,8 para a retificação (2.20)
(2.20)
for divididagundon
gundo Malkin, de aços (2.20)
de várias
(2.18a) pelaMalkin, .
velocidade
"ép pválida para (N/mm)
periférica do rebolo,
a retificação o~ aços
de de várias
p Fonte: Oliveira (1989)
tém-seaforça composições
tangencial bem
composições de comobemoscomo
retificação tratados
os devida termicamente".
tratados termicamente".Se
à formação de a Se equação
a equação
Figura 1.4 – Energia específica de retificação versus taxa de remoção volumétrica, numa operação de retificação plana (Malkin, 1989)
cavaco. (2.18a) (2.18a)
Adotando-se for
A
uma
expressão obtida
A Aexpressão
dividida
expressão
relação
obtida tem
pela
obtida
tem a amesma
velocidade
tem a
de retificação
for dividida pela
mesmaforma
mesma
velocidade
forma das
pperiférica
forma
entre
das expre~
das
força
periférica
expre~
do expre~
rebolo, o~ 27 o~
do rebolo,
sões (2.15)
sões (2.15) e e (2.16),
(2.16), ouou seja,
seja, o oproduto
produto dede uma uma constante
constante dodo
sões e
tangencial tém-seaforça
(2.15) e (2.16),
normaltém-seaforça tangencial
(p= Ft/F~) ou seja, de
chega-se
tangencial retificação
o produto de umadevida
a:de retificação à formação
constante
devida à do de
formação de
processo
processo pela espessura
pela
cavaco. espessura h h uma relação
Adotando-se de retificação
processo pelacavaco.
espessura h eq de retificaçãop entrep entre força
. .

eq
Adotando-se
eq uma relação
.
força
tangencial Com
= Com
Com
relação
erelação
FI tangencial
13,8. a e normal
normal
relação ~às parcelas
às(p= parcelas
(N/mm)de
Ft/F~)
às parcelas
(p= Ft/F~)
deriscamento
riscamento
chega-se
de riscamentoa:
chega-se
e e atrito,
(2.19) atrito,
e atrito,
a:
n p Vs
que
que juntamente
juntamente são são consideradas
consideradas constantes
constantes por por Hahn,Malkin
Hahn,Malkin faz faz
Malkin, neste sentido, ficou numa posição ig
J se observa 53 mínimo
um aumento de p com o acréscimo dos parâ
termediária pois dividiu a parcela elástica em atrito e ri~
tros cinemáticos (acréscimo de Z). Outra observação importa
ETG (aproximadamente três vezes). Neste caso a simplificação
camento, adotando o riscamento como
te uma constante.
a respeito da Figura 2.23, é que os valores de p estão
de Hahn passa a proporcionar diferenças maiores em relação
Poucos autores se preocuparam com a componente
ao modelo de Lichun. Este foi provavelmente um dos
fi motivos p P
tangencial da força de corte. Lichun 0,58 [26] apresentou
06-- I'~
0,58
result~ 1 D
~
1045
pelos quais Hahn não equacionou Aw para materiais o~DTG. - I-.,-~ 0,4 0,4

2. Força e potência de retificação


dos onde a relação

ra
Malkin,
várias
neste
condições
sentido,
p entre

de corte
ficou
= Ft/F~) 'GCr15
Ft e F~ , (p ~WI8Cr4V
numa
que
é medida
posição
0,2
determinam
p~
---C:;;18Cr4V
ig
o volume de
0,2
remQ
0,2
~
EESC-USP
/""-:

termediária pois dividiu a parcela elástica em atrito e ri~


o o o

Relação entre as componentes normal e


o -L I.L 1 L o 0,4 o.a 1,- o 0.001 0,002 0,003 0,
ção de cavaco. 7$ 5õ 36 25" -L I/ml8
camento, ¡adotando o riscamentoA Figura 2.23 constante.
apresenta tais resultados onde Vw m'l a m
como uma Vs

tangencial
se observa
Poucos autores dase força
um mínimo aumento de
preocuparam retificação
de com
p com o acréscimo
a componente dos parâm~
Figura 2.23 - Comportamento da relação p [26].
tangencial da força
tros de corte.
cinemáticos Lichun
(acréscimo [26] deapresentou
Z). Outra result~
observação importag
dos onde a relação Ft e F~ (p = Ft/F~)
te a respeitop entre
da Figura 2.23, é quepreéosmedida
na valores
faixa
p~
de de
0,2p aestão
0,59, se~
estes valores limites são fixado
ra várias condições de corte que determinam o volume de remQ
por Lichun através de uma análise a respeito dos coeficieg

ção de cavaco. fi A Figura 2.23 apresenta p tais resultados P onde dos materiais
tes de atrito e ensaios práticos. Portanto,
0,58 0,58 ~
06-- D I'~ 1 1045
se observa um mínimo aumento de p com o acréscimo de-se
dos concluir
parâm~ que a força normal pode ser de 1,7 a 5 ve
o~
,
- I-.,-~
'GCr15
0,4 0,4

tros cinemáticos (acréscimo


~WI8Cr4V de Z). Outra observação maior importag
---C:;;18Cr4V que a força
~ tangencial
/""-: de retificação.
0,2 0,2 0,2
te a respeito da Figura 2.23, é que os valores de p estão se~

o o o
o -L I.L 1 L o 0,4 o.a 1,- o 0.001 0,002 0,003 0,004
7$ 5õ 36 25" -L I/ml8 Vw m'l a mm
fi p P
0,58 0,58 Vs ~
06-- D I'~ 1 1045
-
o~
,
~WI8Cr4V
I-.,-~
'GCr15 Figura 2.23
0,4
-
---C:;;18Cr4V
0,4
Comportamento da relação
~ /""-:
p [26].
0,2 0,2 0,2
Fonte: Oliveira (1989)
28
o o o
o -L
7$
pre36 na
I.L
5õ 1 faixa
L
25" -L I/ml8
deo 0,20,4 a o.a0,59, 1,- estes
Vw m'l
o 0.001 valores limites
0,002 0,003 0,004
a mm
são fixados
Vs
por Lichun através de uma análise a respeito dos coeficieg
Figura 2.23
tes de atrito
- Comportamento da relação
dos materiais
p [26].
e ensaios práticos. Portanto, PQ
2. Retificação - Força e potência EESC-USP

¡ Exercício retificação

Deseja-se retificar o diâmetro externo de uma peça de aço 1045 em mergulho utilizando-se um rebolo convencional
de óxido de alumínio. O rebolo tem diâmetro externo (ds) de 450 mm, e velocidade de corte (vs) de 30 m/s. A peça
tem diâmetro (dw) de 80 mm e velocidade de periférica (vw) de 0,5 m/s. A largura de retificação (b) é de 20 mm. A
profunidade de corte (a) é de 0,01 mm. Calcule a potência de retificação necessária para a realização da operação.

29
2. Retificação - Força e potência EESC-USP

○ Consideraremos as componentes de atrito, sulavento (plowing) e


formação do cavaco no cálculo da potência de retificação
Rebolos 32A (30, 46, 80, 120) (G , I, K) 8VBE
Peça: AISI 1095 HR

a [mm], vw [m/s] formação cavaco


(9)

vs [m/s] sulcamento (10)

a [mm], vs [m/s], vw [m/s], de [m] (11)

C1= 7, 55 x 10-3; C2=2,10x103; A=1 (aço e área efetiva do rebolo) atrito

P'=P'CH+P'PL+P'SL [KW/mm] Potência de retificação por unidade de largura retificada (12)

(uch), 13,8 J/mm3 P=P’.b [KW] (13) Potência de retificação [1 W = 1 J/s]

Diâmetro equivalente
Energia de
(14) retificação
Figura 1.4 – Energia específica de retificação versus taxa de remoção volumétrica, numa operação de retificação plana (Malkin, 1989) (15) específica (16)
30
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