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DESENHO

TÉCNICO
TÉCNICO EM MECÂNICA

PROF. ADRIANO CÁSSIO BALDIM


adriano.baldim@ifsuldeminas.edu.br

PROEAD - 2021
Desenho Técnico I
Técnico em Mecânica
Revisão 6a

Três Corações, Janeiro de 2021


Instituto Federal do Sul de Minas Desenho Técnico Mecânico

Sumário
MATERIAL ................................................................................................................................................ 4

HISTORIA .................................................................................................................................................. 5

FIGURAS GEOMÉTRICAS ...................................................................................................................... 5

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ................................................................................................................. 7

TIPOS DE LINHAS.................................................................................................................................. 13

PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA ................................................................................................................. 16

UTILIZANDO AS FERRAMENTAS PARA DESENHO ...................................................................... 23

TRAÇADOS E CONCORDÂNCIA ........................................................................................................ 27

SISTEMAS DE COTAGEM .................................................................................................................... 32

ESCALAS ................................................................................................................................................. 34

SUPRESSÃO DE VISTAS ................................................................................................................... 36

TAMANHO DO PAPEL & FORMAS DE DOBRA ............................................................................... 40

CALIGRAFIA TÉCNICA ........................................................................................................................ 41

CORTES ................................................................................................................................................... 43

CORTE TOTAL ................................................................................................................................... 43

Hachuras............................................................................................................................................ 45

MAIS DE UM CORTE ......................................................................................................................... 46

CORTE COMPOSTO ........................................................................................................................... 47

MEIO CORTE ...................................................................................................................................... 49

OMISSÃO DE CORTE ........................................................................................................................ 57

VISTAS AUXILIARES ............................................................................................................................ 59

PROJEÇÃO COM ROTAÇÃO ................................................................................................................ 61

VISTAS ESPECIAIS ............................................................................................................................ 63

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TOLERÂNCIA DIMENSIONAL ............................................................................................................ 70

TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA .............................................................................................................. 79

ESTADO DE SUPERFÍCIE ..................................................................................................................... 81

REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS ..................................................................... 87

LEIAUTE / LAYOUT/LAY-OUT… INDUSTRIAL .............................................................................. 90

CONJUNTOS MECÂNICOS ................................................................................................................... 98

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 107

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MATERIAL
• Duas Lapiseiras (0,5-HB e 0,9-2B Extra Macia) ou
então, Dois lapis preto (HB e 4B) + apontador.

• Borracha macia,
Evitar esquadro
com os lados
chanfrados.

• Esquadro isósceles (45°) tamanho médio


• Esquadro escaleno (60°)tamanho médio

• Compasso escolar preferência de metal.

• Transferidor de grau,
Preferência que seja
Transparente.

• Fita adesiva crepe (durex


não pode) + uma pasta com
clip.

• Régua de 30 cm

• 01 Franela para limpeza da mesa

• 20 folhas de papel sufite tamanho A4. 05 folhas de papel reticulado (professor


fornece 1° cópia).

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HISTORIA
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 1)
Desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista que o criou. Já o desenho
técnico, deve transmitir com exatidão todas as características– normas técnicas (ABNT)

FIGURAS GEOMÉTRICAS
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 2)
FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS
Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no mesmo plano.
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Você já sabe que todos os pontos de uma
figura plana localizam-se no mesmo plano.
Quando uma figura geométrica tem pontos
situados em diferentes planos, temos um
sólido geométrico. Os sólidos geométricos
têm três dimensões: comprimento, largura
e altura.

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SOLIDOS DE REVOLUÇÃO
Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de
revolução, podem ser formados pela rotação de figuras
planas em torno de um eixo.

SOLIDO GEOMÉTRICO TRUNCADO


Quando um sólido geométrico é cortado
por um plano, resultam novas figuras
geométricas:

SOLIDOS GEOMÉTRICOS VAZADOS


Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas
são chamados sólidos geométricos vazados. Alguns
objetos da área da Mecânica são evidentes e
imediatos.

Abaixo está outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos. Observe, na ilustração
abaixo, como a retirada de formas geométricas de um modelo simples (bloco prismático) da origem a
outra forma mais complexa.

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PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 3)

Existem outros tipos de perspectivas como a cavaleira. Iremos estudar a


isométrica por ser a mais utilizada. A idéia de três dimensões: comprimento,
largura e altura no desenho precisa recorrer a um modo especial de representação
gráfica: a perspectiva isométrica que dá a idéia menos deformada do objeto. A
perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da
largura e da altura do objeto representado.

ÂNGULO
Ângulo é a figura geométrica formada
por duas semi-retas de mesma origem.

EIXOS ISOMÉTRICOS
O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi-retas
que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120°.
Traçando a perspectiva isométrica do prisma com eixos paralelos
1ª fase - Trace levemente, à mão livre, os eixos isométricos de uma caixa de fósforo.

2ª fase - A partir das marcas, trace linhas isométricas da face frontal do modelo.

3ª fase - Trace agora duas linhas isométricas da face superior do modelo.

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4ª fase - E, finalmente, trace a face lateral esquerda do modelo.

5ª fase (conclusão) - Apague os excessos das linhas reforce os contornos da figura.

PERSPECTIVA ISOM. COM MODELOS PARALELOS E OBLIQUOS


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 4)
O elemento oblíquo deste modelo chama-se chanfro. Traçado pela linha oblíqua.
1ª fase - Esboce a perspectiva isométrica da caixa de fósforo

2ª fase - Marque o chanfro na face da frente (linha oblíqua).

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3ª fase - Trace as linhas isométricas(paralelas) que determinam a largura do chanfro.

4ª fase - Complete o traçado do elemento.

5ª fase - Apagar as linhas de construção e reforçar as linhas de contorno do modelo.

EXERCÍCIOS
Desenhar no papel reticulado as figuras abaixo. Três por folha.

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PERSPECTIVA ISOM. DE MODELOS COM ELEM. DIVERSOS


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 5)
1ª fase - Trace os eixos isométricos abaixo.

2ª fase - Divida o quadrado auxiliar em quatro partes iguais.

3ª fase - Comece o traçado das linhas curvas, como mostra a ilustração.

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4ª fase - Complete o traçado das linhas curvas.

5ª fase (conclusão) - Apague as linhas de construção e reforce o contorno do círculo.

Você deve seguir os mesmos procedimentos para traçar a perspectiva isométrica do


círculo em outras posições, isto é, nas faces superior e lateral.

Perspectiva isométrica de elementos diversos


Obedeca à seqüência de 5 fases do traçado que você já conhece.

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EXERCÍCIOS
Desenhar no papel reticulado as figuras abaixo. Três por folha de papel reticulado.

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TIPOS DE LINHAS
(https://youtu.be/BG3UR5mjn50)

Linha Denominação Emprego


A1-Contornos visíveis
A Contínua larga
A2-Arestas visíveis
B1-Linhas interseção imaginaria
B2-Linhas de cota
B3-Linas auxiliares
B4- Linhas de chamada
B Contínua estreita
B5-Linhas para hachuras
B6-Contorno de seção rebatida
na própria vista
B7-Linhas de centros curtas
C1-Linhas de rupturas curtas,
Contínua estreita
C limites de vistas ou cortes
mão livre
parciais
Continua estreita
D D1-Linhas de rupturas longas
ziguezague
E1-Contornos não visíveis
E
Tracejada larga E2-Arestas não visíveis

F1-Contornos não visíveis


F Tracejada estreita
F2-Arestas não visíveis
G Traço ponto estreita G1-Linhas de centro

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G2-Linhas de simetria
G3-Tragetórias
Traço ponto estreita,
H larga na extremidade H1-Planos de corte
e mudança direção
J1 – Superfícies com indicação
J Traço e ponto largo
especial
K1-Cont. peças adjacentes
K2-Posição lim. Peça móvel
Traço dois pontos K3-Linha centro gravidade
K
estreita K4-Cantos antes da deformação
K5-detalhes antes do plano de
corte

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EXERCÍCIO
Identifique o nome das linhas abaixo utilizando as linhas de chamada vistas acima.

A1 Contorno visível
B2
B3
B5
C1
E1
G1
A1

ORDEM DE PRIORIDADE DE LINHAS COINCIDENTES


Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados
os seguintes aspectos, em ordem de prioridade:
1. Arestas e contornos visíveis; 2. Arestas e contornos não visíveis;
3. Linhas de corte; 4. Linhas de centro;
5. Linhas de centro de gravidade; 6. Linhas de cota e auxiliar.
TERMINAÇÃO DAS LINHAS DE CHAMADAS
As linhas de chamadas devem terminar:
A. Sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota;
B. Com um ponto, se termina dentro do objeto representado;
C. Com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto representado.

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REPRESENTAÇÃO CORRETA DAS LINHAS


❖ As linhas de centro não devem
estender-se para os espaços entre
as vistas e também não devem
terminar em outra linha do
desenho.
❖ Quando existe um ângulo traços
longos devem-se interceptar e
definir o ângulo.

❖ Geralmente, as linhas tracejadas que


representam um detalhe não-visível devem tocar
uma linha externa sem interrupção.

PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 6)
OBSERVADOR
Qualquer objeto pode ser tomado como modelo: uma figura geométrica, um sólido
geométrico, uma peça de máquina: de frente, de cima e de lado.

DIEDRO
Um plano vertical e um plano horizontal que se cortam
perpendicularmente, dividem o espaço em quatro regiões chamadas
diedros. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro
(representa o contrário do que se fala). Entretanto, alguns países,
como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus
desenhos técnicos no 3º diedro (representa como se fala).

Projeção ortográfica no 1° diedro >>>>>>

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PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 7)
Exemplos de vista FRONTAL (VF) projetada no plano vertical (PV) no 1° diedro.

Exemplos de vista de CIMA (VC) projetada no plano horizontal (PH)

Exemplos de vista de Lateral (VL) projetada no plano


lateral (PL)

PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA COM ELEMENTOS PARALELOS E OBLIQUOS


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 8)

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PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA COM ELEMENTOS CIRCULARES


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 9)

EXERCÍCIOS
Complete as projeções ortográficas dos modelos abaixo dentro dos quadrados abaixo.

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PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA E A PERSPECTIVA


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 10)
Desenhe em papel reticulado as perspectivas das projeções ortográficas abaixo.

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Desenhe a mão livre a vista que está faltando e construa a perspectiva ao lado.

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VISTA LATERAL DIREITA


Nos casos em que o maior número
de detalhes estiver colocado no
lado direito da peça, usamos a
vista lateral direita, projetando-a à
esquerda da elevação.
Em certos casos porém, há
necessidade de se usar duas laterais
para melhor esclarecimento de
detalhes importantes, as linhas tracejadas desnecessárias podem ser omitidas.

UTILIZANDO AS FERRAMENTAS PARA DESENHO


Antes de utilizar qualquer instrumento é necessário prender a folha na mesa. Para isso
basta limpar a mesa com um pano macio. Em seguida fixar o papel utilizando a fita crepe
(não utilizar durex).
1. Deslize a régua paralela até a base da
mesa, observe se a régua permanece
encostada nas 2 bases pretas
(alinhamento) para formar a linha
horizontal. Se não ficar encostada, vá
para frente da mesa e ajuste as cordas
da régua.
2. Coloque a folha de papel embaixo da
régua paralela;
3. Nivelar a borda inferior da folha,
com esquadro;
4. Fixe a folha com pedaços de fita
crepe. Seguir sequência abaixo.

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UTIZANDO OS ESQUADROS
Sempre mantenha fixo um dos esquadros e o outro desliza sobre o esquadro fixo.
Conforme figuras abaixo. Possibilidades de traçar ângulos com os esquadros

Como traçar paralelas com os esquadros

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EXERCÍCIOS
Seguir as linhas abaixo com esquadro
1) Utilizando os esquadros, faça igual abaixo.

3) Trace os ângulos solicitados abaixo com os esquadros. Trace 5 linhas paralelas.

UTILIZANDO O TRANSFERIDOR DE ÂNGULO


O transferidor é um instrumento que permite a construção ou a medição de ângulos com
determinada grandeza graus sendo representada pelo símbolo °. Ex. 180°, 360°, 45° .....

EXERCÍCIO
Trace os ângulos abaixo utilizando o transferidor.

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UTILIZANDO O COMPASSO
Usa-se o compasso para traçar circunferências e transportar medidas.

EXERCÍCIOS
1) Complete com o compasso os desenhos abaixo, utilizando os centros indicados

CONSTRUÇÃO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA CIRCULAR COM FERRAMENTAS.

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Para construir uma perspectiva isométrica circular basta seguir os 4 passos abaixo.

EXERCÍCIOS –
Em uma folha de papel A4 em branco, construa as perspectivas abaixo utilizando
compasso e esquadro. Faça 2 desenhos por folha A4.
1. Desenhar com lápis duro, linha fina, mão leve.
2. Contorne com lápis macio, aperte o lápis na folha para uma linha grossa.
3. Coloque as medidas com lápis duro, linha fina, mão leve.

Figura 1- https://youtu.be/rhANjwCHdzk Figura 2- https://youtu.be/FyWQ5dM6s94

TRAÇADOS E CONCORDÂNCIA
CONDUZIR A PARALELA A UMA DADA RETA AB, A UM PONTO P

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DIVIDIR UMA RETA AO MEIO

CONCORDAR 2 RETAS PARALELAS

DIVIDIR UM ARCO AO MEIO

TRAÇAR UMA PERPENDICULAR NA EXTREMIDADE

TRAÇAR UMA PERPENDICULAR A PARTIR DE UM PONTO

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TRAÇAR A BISSETRIZ DE UM ÂNGULO DADO.

DIVIDIR O ÂNGULO EM 4 PARTES IGUAIS

DIVIDIR A CIRCUNFERÊNCIA EM TRÊS PARTES IGUAIS

DIVIDIR A CIRCUNFERÊNCIA EM 6 PARTES IGUAIS E CONSTRUIR O PENTÁGONO

DIVIDIR A CIRCUNFERÊNCIA EM 7 PARTES, VALE PARA QUANTAS PARTES QUISER.

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CONSTRUIR UM QUADRADO

CONCORDAR DUAS RETAS DE ÂNGULO OBTUSO POR UM ARCO

CONCORDAR DUAS RETAS DE ÂNGULO AGUDO POR UM ARCO

CONCORDAR DUAS RETAS PERPENDICULARES

CONCORDAR DUAS RETAS A PARTIR DE UM PONTO P

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CONCORDAR INTERNA

CONCORDAR EXTERNA

CONCORDAR UMA RETA E UMA CIRCUNFERÊNCIA

TRAÇAR POR UM PONTO P SOBRE O CÍRCULO, UMA TANGENTE AO CÍRCULO

TRAÇAR POR UM PONTO P FORA DO CÍRCULO, UMA TANGENTE AO CÍRCULO

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TANGENTE EXTERNA A DUAS CIRCUNFERÊNCIAS

CONCORDAR UM ARCO DE RAIO r COM UMA RETA AB E UM ARCO R

CONCORDAR UM ARCO COM OUTRO ARCO

SISTEMAS DE COTAGEM
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 21 e 22)
Indicar os algarismos em posição horizontal sobre a cota (linha com a seta).

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Toda medida é expressa em milímetro, para outras, o símbolo é escrito ao lado.


A linha de chamada não encosta na peça. A linha de centro pode ser usada com
chamada.

Cotagem de arcos, furos e esferas. Cantos chanfros e ângulos.

No
elem
ento abaixo que é o rasgo utilizaremos as cotas de tamanho e localização.

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No próximo desenho a localização do furo é definida pelo eixo de simetria.

EXERCÍCIO
Ao desenho acima: Qual a localização do furo_____? Dimensão do topo da peça_____?

Coloque as cotas
na figura

ESCALAS
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 23)
MO = MEDIDA REAL DO OBJETO;
MD = MEDIDA DO DESENHO.
Escalas recomendadas pela ABNT:
Escalas de Ampliação - 2:1 5:1 10:1 20:1 50:1
Escalas de Redução - 1:2 1:5 1:10 1:50 1:100 1:200 1:500 1:1000

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Unidade de Medida mm
M0 = 15 - Indicado na Cota
MD = 30 - Indicado na Escala de Medição.
MD > MO Escala de Ampliação
Escala 2:1

MD < MO Escala de Redução


MD = 30 - Indicado na Escala de Medição.
MO = 60 - Indicado na Cota
Escala 1:2

MD = 30 - Indicado na Escala de Medição.


MD = MO Escala Natural
MO = 30 - Indicado na Cota
Unidade de Medida mm
Escala 1:1

EXERCÍCIO
Dado o quadro abaixo, complete a coluna referente com a dimensão do desenho.
ESCALAS DIMENSÃO DA PEÇA DIMENSÃO DO DESENHO
1:1 42
5:1 6
2:1 8
1:10 100
1:5 60
Medir com a régua e cotar a figura abaixo, observando a escala indicada de 1:2.

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EXERCÍCIO
Desenhe as peças abaixo em 3 vistas dentro da folha A4 com margem e legenda.
Utilizando a concordância: “concordar interna” e “concordar duas retas de um
ângulo agudo por um arco” da página 29 dessa apostila.

Concordância interna – pag. 31 Concordar 2 retas de ângulos agudos por um arco - pag. 30

SUPRESSÃO DE VISTAS
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 24)
Podemos “economizar” a representação de vistas sem qualquer prejuízo no desenho.

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SUPRESSÃO COM VISTA ÚNICA

A palavra ESP que significa


espessura foi inserida para
eliminar uma vista.

Linhas cruzadas diagonais


Indicam a representação de espigas de seção quadrada

Superfície plana cilindrica

Sinais indicativos de perfilados

Desenho de uma
estrutura metálica

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EXERCÍCIO
Escreva as cotas indicativas na perspectiva e o símbolo indicativo da superfície plana.

SUPRESSÃO DE VISTAS EM PEÇAS COMPOSTAS


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 25)
As peças cilíndricas, ou que contêm partes cilíndricas, também podem ser representadas
com supressão de uma ou duas vistas, desde que se utilizem alguns símbolos adequados.

SUPRESSÃO DE VISTAS EM PEÇAS SIMÉTRICAS

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EXERCÍCIOS
Coloque as dimensões das duas vistas em uma única vista utilize a simbologia.

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TAMANHO DO PAPEL & FORMAS DE DOBRA


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 33)
O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (ver Tabela abaixo).
Formatos da série B (caso dos envelopes).

DESIGNAÇÃO DIMENSÕES(mm)
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297

POSIÇÕES USUAIS
Posição Vertical MARGENS DO PAPEL
MARGEM LARGURA
FORMATO
Esquerda Direita DA LINHA
A0 25 10 1.4
A1 25 10 1.0
A2 25 7 0.7
A3 25 7 0.5
A4 25 7 0.5
Posição horizontal

ESPAÇO PARA DESENHO


Espaço utilizado pelo desenhista para representação da peça.

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ESPAÇO PARA TEXTO


O espaço para texto é destinado para informações que não puderam ser colocadas no
espaço para desenho, tipo:
❖ Explanação
Símbolos especiais, designação, abreviaturas e tipos de dimensões.
❖ Instrução
Acabamento superficial para a(s) peça(s) que não está (ao) especificadas no desenho;
material (tipo de liga, código e componentes químicos); quantidade(s); e até informações
sobre o funcionamento do equipamento e as suas características, como: faixas de rotação,
pressões e temperaturas.
❖ Referências
Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos.
❖ Localização da planta de situação
Planta esquemática com marcação da área construída.
❖ Tabua de revisão
Número ou letra que determina a seqüência da revisão, quem revisou, aprovação e data.
LEGENDA
A legenda deve ficar no canto inferior direito conforme tabela abaixo.

FORMATOS L H
A0 e A1 175 Fica a critério da empresa geralmente de 35 a 50mm
A2, A3 e A4 178

CALIGRAFIA TÉCNICA
Esta norma considera o conjunto de características envolvidas na escrita técnica
destinada aos desenhos técnicos. Os tipos de letras e algarismos usados em cotas,
legendas e anotações devem ser bem legíveis, de rápida execução e proporcionais ao
desenho, podendo ser verticais ou inclinados, executados a mão livre.

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A caligrafia técnica pode ser vertical ou inclinada de 15°.

EXERCÍCIO
Traçar as linhas auxiliares em uma folha sufite e escrever o texto abaixo considerando
para altura máxima da letra “h” em 10 mm e em 5 mm da tabela acima.

DOBRAMENTO
No dobramento deve-se colocar um pedaço de fita crepe sobre o papel antes de furar
para guardar na pasta. Isso evita que o papel rasgue durante a utilização do desenho. O
tipo de dobramento para cada tipo de tamanho do papel está a seguir.

https://youtu.be/iJUs1yhky9Y

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CORTES
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 11)
CORTE TOTAL
Os “cortes” são utilizados em desenhos de peças e conjuntos para facilitar a
interpretação de detalhes. Vimos que as vistas 3 vistas apresentam detalhes internos com
linhas tracejadas, indicando os
contornos e arestas não visíveis. Se
empregarmos o corte, tais detalhes
internos passarão a ficar visíveis.
Imaginemos que uma peça seja cortada
no sentido longitudinal vertical e a
parte da frente seja retirada.

Observação: o corte é imaginário. A


parte hachurada na projeção corresponde à
parte da peça que foi atingida pelo corte. A
indicação do local é representada na vista
lateral esquerda.

A seguir temos outro exemplo em que a peça foi cortada


por um plano longitudinal horizontal, e a parte de cima
foi retirada. Na representação teremos a vista superior em
corte. Quando o corte é imaginado na vista superior, a
indicação do local por onde passa o plano de corte pode
representa-lo na vista frontal ou na vista lateral esquerda.

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EXERCÍCIO
Observe o modelo representado à direita, com
corte e a) faça hachuras nas partes maciças,
na vista representada em corte; b) escreva o
nome da lista em que o corte aparece
indicado; c) escreva o nome do plano de corte
que secionou(cortou)

Imaginemos agora no modelo a direita, que a


peça seja cortada no sentido transversal. Na
representação, teremos a vista lateral em
corte.

EXERCÍCIO
Observe o modelo cortado abaixo, e: a) indique, na
vista superior, o plano de corte; b) faça o hachurado
das partes maciças, na vista em que o corte deve ser
representado; c) escreva o nome do corte AA.

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Hachuras
As Hachuras são utilizadas para demonstrar as partes maciças de peças
seccionadas e são formadas por linhas estreitas inclinadas e paralelas entre si, veja os
exemplos conforme NBR 12.298 .

Quando a área a ser hachurada for muito grande (A), pode-se concentrar o hachurado
próximo à vizinhança do contorno, deixando a parte central em branco. As hachuras
devem ser interrompidas (B) quando da necessidade de se inscrever na área hachurada.
Peças muito finas a seção pode ser enegrecida (C). As Hachuras em peças diferentes
devem ser feitas em direções opostas (D) mantendo 45° de inclinação.

EXERCÍCIOS
Desenhe no papel A4, margem e legenda em corte total, hachurar parte maciça.

Suporte oblongo
Ferro fundido
Cantoneira
Escala 1:1
Aço
Escala 2:1
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MAIS DE UM CORTE
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 12)
Dependendo da complexidade da peça, mais de um corte são necessários para
representar o modelo. O modelo abaixo visto de frente, secionado por um plano de corte
longitudinal vertical. Também, visto de lado secionado por um plano de corte transversal.

Vejam na figura a esquerda como ficam as vistas


ortográficas desse modelo, com dois cortes
representados ao mesmo tempo.

Exercício
Analise as vistas abaixo e responda: a) quais as
vistas representadas em corte? b) em que vista os
cortes são indicados? c) qual o nome do corte
originado pelo plano de corte transversal? d) qual o
nome do corte originado pelo plano de corte longitudinal horizontal?

a) c)
b) d)

Conversão de vistas ortográficas em perspectiva isométrica


Quando uma pessoa sabe interpretar corretamente as vistas em corte, ela consegue
formar a ideia global do modelo. Assim, a representação da perspectiva isométrica se dá
a partir das vistas ortográficas em corte.

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Exercício, desenhe a perspectiva no papel reticulado

CORTE COMPOSTO
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 13)
O Tipo de corte usado para mostrar elementos internos fora de alinhamento é o
corte composto, ou corte em desvio. Marque os planos nos exemplos abaixo.

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EXERCÍCIOS
Represente as três vistas da peça a
direita, respeitando o corte. Observe a
linha de corte que já está no desenho.
Nome: Bloco. Material: Aço. ESC: 1:1

Corte Composto por planos concorrentes


Para representar os elementos na vista frontal, você deve imaginar que um dos
planos (P1 e P2) de corte concorrentes sofreram um movimento de rotação.

Corte Composto por planos sucessivos


A linha traço e ponto indica o local por onde passam os planos de corte, é formada
por traços largos nas extremidades e no encontro de dois planos sucessivos.

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EXERCÍCIOS
Represente a indicação dos planos de corte hachurando as partes maciças atingidas
pelos cortes. Escreva o nome do corte, no local apropriado.

MEIO CORTE
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 14)
É aplicado somente a modelos simétricos (iguais) longitudinal e transversal.
O modelo a direita não apresenta simetria. Assim, não aceita o meio corte.

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A linha traço ponto estreita que divide a vista frontal ao meio é a linha
de simetria. Uma metade da vista frontal é exatamente igual à outra. O centro dos furos
que não foram atingidos pelos cortes devem ser representados. Quando o modelo é
representado em meio corte não é necessário indicar os planos de corte.

O meio corte pode ser


representado em qualquer vista do
desenho. Sempre que a linha de
corte for vertical, a parte
representada deve ficar a
esquerda, conforme NBR10067.

Para linha de corte estiver na posição


horizontal, à metade em corte deve ser
representada abaixo.

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EXERCÍCIOS vídeo de peça similar para auxílio - https://youtu.be/cj6WObgcuv0

Desenhe em folha A4 com margem e legenda o desenho abaixo.

Nome: Mancal. Material: Ferro


fundido. Escala 1:1

Exercício - Complete a 2° coluna com corte total e a 3° coluna com meio corte.

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CORTE PARCIAL
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 15)
Quando há elementos internos estão
em partes determinadas da peça, não é
necessário imaginar cortes que
atravessem toda a extensão da peça.
Assim o corte precisa atingir somente
elementos que se deseja destacar.

Outra maneira de representar o corte parcial utilizando outra


linha, ruptura longa. Outros exemplos seguem abaixo.

EXERCÍCIOS
Analise a perspectiva isométrica e represente, nas vistas ortográficas os cortes parciais.

Exercício - Desenhe em folha A4 com margem e legenda a vista frontal com corte
abaixo.

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SEÇÃO E ENCURTAMENTO
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 16)
Muitas vezes o corte não é o recurso mais adequado para mostrar as partes internas da
peça. Neste caso, usamos a representação por seção conforme norma NBR 10067. A
seção mostra apenas a parte cortada da peça sem os outros elementos. Abaixo a
diferença entre corte total e seção.

Outra forma de representar.

Seções sucessivas fora da vista


No desenho técnico, as seções sucessivas também podem ser representadas
próximas da vista e ligadas por uma linha traço ponto, ou em posições diferentes mas
identificadas pelo nome. Abaixo estão mais exemplos de
representação de seção.

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Seção dentro da vista


Pode ser representada dentro da
vista desde que não prejudique a
interpretação.

EXERCÍCIO
Observe a perspectiva em corte e
represente na vista ortográfica, a seção
correspondente.

Seção interrompendo a vista


A interrupção é feita por uma linha de ruptura curta. Não vem a indicativa de seção e
linha de corte.

Exercício - Desenhe a vista faltante abaixo.

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Seção enegrecida
Quando a área da seção tem muito pouca espessura, ao invés de se representarem
as hachuras, o local é enegrecido.

Encurtamento
O encurtamento só pode
ser representado no caso de
peças que contém partes
longas e de forma constante.
Mesmo cortando a cotagem
considera como se a peça
estivesse inteira.

Seção com encurtamento


É comum representações de
encurtamentos e seções
juntas.

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Formas de ruptura
Rupturas são representações convencionais utilizadas para o desenho de peças que,
devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor aproveitamento de
espaço no desenho. De acordo com a sua forma, obedecem às convenções abaixo.

A representação
de ruptura é
empregada quando, na
parte que se imagina
retirada, não houver
detalhes que
necessitem ser
mostrados.

Cotagem com encurtamento


Embora uma parte da peça tenha
sido suprimida do desenho, a cotagem é
indicada como se a peça estivesse inteira.

Cotagem com
seção

EXERCÍCIOS
Desenhar a
projeção
ortográfica abaixo,
representando a
seção na vista
frontal. Escala 1:1.
Nome: Eixo.
Material: Aço
1040.

Muito parecido
com exemplo
da página 53

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OMISSÃO DE CORTE
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 17)
Qual dos das duas perspectivas a direita representa a vista hachurada da esquerda? Difícil
saber né?

Ainda abaixo as perspectivas com ou ser nervura parecem ter a mesma vista com corte
hachurado?

A escora da esquerda é sólida, já a escora da direita tem uma nervura no meio. Imagine
as duas peças cortadas longitudinalmente vertical. A peça da direita que tem a nervura
deve ser representada com omissão de corte. Neste caso a nervura é representada sem
hachuras.

Abaixo, a vista de frente


representa o corte onde a
nervura atingida longitudinal
é representada pela omissão
de corte. A nervura
transversal é representada
pela hachura normalmente.

Por outro lado segundo a


NBR 10.067 somente alguns
elementos devem ser representados
com omissão. Entre eles estão às
nervuras, orelhas, braços de polias,
dentre e braços de engrenagens.

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Nos desenhos de conjuntos, os elementos não são cortados quando atingidos pelo corte .

EXERCÍCIOS
Desenhe a vista frontal da peça a
esquerda com omissão de corte. Nome:
Mancal. Material: Aço 1020. Analisar a
escala para papel A4.

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VISTAS AUXILIARES
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 18)
Existem peças que têm uma ou mais faces oblíquas em relação aos planos de projeção. O
plano de projeção a paralelo à face oblíqua A é um plano de projeção auxiliar. No plano
de projeção auxiliar a face A aparece representada em verdadeira grandeza.

Para que as partes e elementos


oblíquos da peça possam ser
representados sem deformação
temos que imaginar um plano de
projeção paralelo à face oblíqua,
como mostra a ilustração a seguir.

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EXERCÍCIO
Observe o desenho em perspectiva abaixo e complete o traçado da vista auxiliar.

Exercício - Desenhe a figura abaixo


utilizando papel A4 com margem e legenda.
Avalie qual a melhor escala para representar
a peça abaixo dentro das margens da folha
A4.

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PROJEÇÃO COM ROTAÇÃO


(Telecurso 2000 desenho técnico aula 19)
Apenas as peças com partes oblíquas associadas a um eixo de rotação. Observe o
segmento AB na vista frontal e superior, está em verdadeira grandeza.

O furo C na projeção com rotação (a direita) está em verdeira Grandeza.

Projeção sem rotação Projeção com rotação

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Projeção sem rotação Projeção com rotação

Repare que, na projeção sem rotação a nervura C e o furo D não foram representados?

EXERCÍCIOS
Desenhe em folha A4 com margem e legenda, as vistas da perspectiva. Nome: Braço
Mecânico. Material: Aço.

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VISTAS ESPECIAIS
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 20)
Muitas vezes dependendo das características da peça nem as vistas auxiliares, nem
a projeção com rotação permitem mostrar com clareza todos os elementos que se quer
analisar. As faces da peça abaixo estão paralela aos planos de projeção (vista lateral
esquerda). Apesar disso a interpretação de seus elementos ainda fica bastante
prejudicada. Assim, vamos chamar de (A) a posição da qual o observador vê a parte
interna lateral direita

Exercício - Agora, vendo a parte interna lateral esquerda chamada de B. Na figura 2


temos a projeção da vista de A e vista de B que juntas formam as vistas especiais.

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Observe as diferenças agora abaixo, nas representações da mesma peça em projeção


ortográfica (ao meio) e seguida em vistas especiais (a direita).

EXERCÍCIOS
Desenhe as vistas especiais.
Nome: Mancal.
Material: ferro fundido.

Vistas localizadas
São utilizadas para realçar somente um elemento da peça
A peça na Figura A é muito simples que não seria necessário três vistas para representá-
la. Assim, a Figura B vem para representá-la em duas vistas. Por outro lado, ainda não
dá para formar uma ideia exata do rasgo da chaveta. Imaginamos somente o rasgo da
chaveta visto de forma superior na Figura C.

Figura A Figura B Figura C

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Meia vista
Apenas a metade da vista é representada. A linha
de simetria pode também ser representada sem os dois
traços curtos e paralelos nas extremidades como no
desenho abaixo. Mas, observe que, neste caso, as arestas
ou linhas de contorno passam além da
linha de simetria.

Outras formas de representar.

COTAGEM ESPECIAIS
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 26)
Peças apresentam partes arredondadas, partes esféricas, elementos repetitivos, elementos
oblíquos, ou então muito pequenos.
Cotagem de elementos em arcos de circunferência
Observe, a seguir, situações em que os raios de arcos de circunferência são muito
pequenos ou então muito grandes.

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Cotagem em espaços reduzidos

Cotagem em pequenos diâmetros

Cotagem de elementos esféricos

Cotagem de elementos espaçados igualmente


Ao invés de cotar furo a furo, colocando 5 cotas, cotamos apenas a distância do centro do
primeiro furo ao centro do último furo, que corresponde a 60 mm. Este valor vem
indicado entre parênteses: (60). Antes dos parênteses foi indicado 5x12 que significa

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cinco vezes a distância de 12 mm. Esta é a distância constante dos 5 espaços existentes
entre os 6 furos.

Na figura abaixo, apenas dois furos foram representados. Mas, as notações sobre a linha
de chamada indicam que a peça tem 6 furos de 5 mm de diâmetro, distanciados entre si
de 60º. A cota entre parênteses: (360º) corresponde à soma dos ângulos entre os 6 furos.

Cotagem com encurtamento


Embora uma parte da peça tenha sido suprimida do desenho, a cotagem é
indicada como se a peça estivesse inteira.

Cotagem com seção

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Cotagem de peças com partes oblíquas


Neste exemplo, a relação de inclinação é de 1:5, que se lê: um por cinco. Esta relação
indica que a cada 5 mm do comprimento da peça, a altura foi diminuída em 1 mm.

Cotagem de peças com partes cônicas


Ângulo de inclinação

EXERCÍCIOS
Coloque as cotas da vista sobre as perspectivas.

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SISTEMAS DE COTAGEM
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 27)
A cotagem do desenho técnico deve tornar desnecessária a realização de cálculos para
descobrir medidas indispensáveis para a execução da peça.
Cotagem em cadeia ou série

Cotagem aditiva

Cotagem por referência

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Cotagem por coordenada

EXERCÍCIO
Analise o desenho abaixo e escreva os pares de cotas que determinam a localização.

TOLERÂNCIA DIMENSIONAL
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 28)
Afastamentos
Existem variações ou desvios das cotas
indicadas no desenho. Por outro lado é
necessário que as peças sejam
intercambiáveis (possam ser substituídas
entre si, sem que haja necessidade de algum
reparo). Esses desvios aceitáveis caracterizam
o que chamamos de tolerância dimensional.
As cotas são chamadas dimensões nominais.
Os afastamentos, permitem a execução da
peça sem prejuízo para seu funcionamento e
intercambiabilidade. Abaixo está um
exemplo.

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• Dimensão nominal = 20 mm
• Afastamento superior = +0,28mm (vinte e oito centésimos de milímetro)
• Afastamento inferior = +0,18mm (dezoito centésimos de milímetro)
• Dimensão máxima = 20 mm+0,28mm = 20,28mm --limite máximo
• Dimensão mínima = 20 mm+0,18mm = 20,18mm --limite mínimo. Depois de
executado, o diâmetro da peça pode ter qualquer valor entre os limites máximo e
mínimo.
EXERCÍCIO
Determine o afastamento superior______________
Afastamento inferior______________
Dimensão máxima_____________
Dimensão mínima____________

Até agora foi observado afastamentos


positivos. Existem casos em que os afastamentos
são negativos. Observe a peça abaixo.
• Dimensão nominal = 16 mm
• Afastamento superior _______________
• Afastamento inferior = _______________
• Dimensão máxima = ______________
• Dimensão mínima = _______________

EXERCÍCIO
Dimensão nominal_________
Afastamento superior____________
Afastamento inferior_____________
Dimensão máxima e mínima _______e ______

Tolerância
Tolerância é a variação entre a dimensão máxima e a dimensão mínima. Para
obtê-la, calculamos a diferença entre uma e outra dimensão. Acompanhe o
cálculo da tolerância, no próximo exemplo:

A tolerância é 0,13 (treze centésimos de milímetro)

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EXERCÍCIO
Calcule a tolerância indicada no desenho.
Graficamente a tolerância segue conforme
abaixo. Onde T é o campo de tolerância. Neste
campo estão os valores entre os limites máximo e mínimo. Qualquer afastamento está
dentro do campo de tolerância.

Ajuste com folga


Se o eixo se encaixa no furo de modo
a deslizar ou girar livremente, temos um
ajuste com folga F. Quando o afastamento
superior do eixo é menor ou igual ao
afastamento inferior do furo, temos um
ajuste com folga.
Com interferência
Neste tipo de ajuste o afastamento
superior do furo é menor ou igual ao
afastamento inferior do eixo.
Ajuste incerto
É o ajuste intermediário entre o ajuste
com folga e o ajuste com interferência. Neste
caso, o afastamento superior do eixo é maior
que o afastamento inferior do furo, e o
afastamento superior do furo é maior que o
afastamento inferior do eixo. Este nome está

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ligado ao fato de que não sabemos, de antemão, se as peças acopladas vão ser ajustadas
com folga ou com interferência. Isso vai depender das dimensões efetivas do eixo e do
furo.
A tolerância pode ser representada por afastamentos ou pela norma ISO adotada
pela ABNT. NBR 6158. Ele estabelece uma série de tolerâncias fundamentais que
determinam a precisão da peça, ou seja, a qualidade de trabalho, uma exigência que varia
de peça para peça, de uma máquina para outra. As letras da tabela de tolerâncias
representam a tolerância do furo/eixo base e o numeral indicado ao lado indica a
qualidade da mecânica (IT) referente a tabela de tolerâncias (H6, H7...).

Mecânica extra precisa. Caso dos calibradores, instrumentos de alta precisão.


Mecânica corrente. Peças que funcionam acopladas a outras têm, em geral.
Mecânica grosseira. Correspondem às maiores tolerâncias de fabricação. Essas
qualidades são aceitáveis para peças isoladas, que não requerem grande precisão.

Assim os campos de tolerância para furos são identificados por letras


MAIÚSCULAS e dos eixos por letras minúsculas .
Sistema FURO-BASE
A linha zero, que você vê representada no desenho, serve para indicar a dimensão
nominal e fixar a origem dos afastamentos. Este sistema de ajuste, em que os valores de
tolerância dos furos são fixos, e dos eixos variam, é chamado de sistema furo-base.

Vejam quais são os sistemas furo-base recomendados pela ABNT a seguir:

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A letra H representa a tolerância do furo base e o numeral indicado ao lado indica a


qualidade da mecânica (IT).
A unidade de medida adotada no sistema ABNT/ISO é o micrometro, também
chamado de mícron. Um mícron vale um milésimo de milímetro: 1µm =0,001 mm.
Nas tabelas de ajustes os valores são
expressos em mícron. Observe a tabela
do sistema Furo-Base.
O diâmetro interno do furo representado
neste desenho é 40 H7. A primeira
medida situa-se no grupo de dimensão
nominal entre 30 e 40, na 9° linha da
tabela FURO-BASE. Portanto, a dimensão máxima do furo é: 40 mm + 0,025 mm =
40,025 mm, e a dimensão mínima é 40 mm, porque o afastamento inferior é sempre 0
no sistema furo-base.

Observe novamente a 9ª linha da tabela Furo-Base, na direção do eixo g6. A


dimensão máxima é 40 mm – 0,009 = 39,991mm, e a dimensão mínima é 40 mm –
0,025mm = 39,975mm. Responda: qual o ajuste? ___________________

Sistema EIXO-BASE
A representação é semelhante a anterior, agora
os valores de tolerância dos eixos são fixos, e
dos furos variam, é chamado de sistema eixo-
base. A dimensão nominal do eixo é igual à
dimensão nominal do furo: 70 mm. A
tolerância do furo é J7 e a tolerância do eixo
é h6. O h6 indica que se trata de um ajuste no

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sistema eixo-base. No exemplo, a dimensão 70 encontra-se no grupo entre 65 e 80 (12ª


linha). A seguir, basta localizar os valores dos afastamentos correspondentes ao eixo h6 e
ao furo J7.

Responda: qual o ajuste? ___________________


EXERCÍCIOS
Afastamento superior furo

Afastamento inferior do furo

Afastamento superior do eixo

Afastamento inferior do eixo

Tolerância do eixo

Tolerância do furo

Tipo de ajuste presente

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TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 29)
Se a indicação tem como referência eixos ou planos de simetria, a seta de
indicação ou o triângulo de referência devem ser colocados sobre a linha de cota.

As tolerâncias de forma vêm indicadas no desenho técnico para elementos


isolados, como por exemplo, uma superfície ou uma linha.

As tolerâncias de posição limitam os afastamentos da posição mútua de dois ou mais


elementos por razões funcionais. Geralmente um deles é usado como referência para a
indicação das tolerâncias, se necessário, indica-se uma tolerância de forma.

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Formas de representação

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EXERCÍCIOS
No desenho técnico abaixo, preencha o quadro de tolerância sabendo que a
tolerância aplicada é de cilindricidade e o valor da tolerância é de dois centésimos de
milímetro.

Qual tolerância geométrica


devemos inserir no desenho
abaixo para que a peça da
esquerda nunca fique igual à
peça da direita.

ESTADO DE SUPERFÍCIE
(Telecurso 2000 desenho técnico aula 30)
Mesmo superfícies executadas dentro dos padrões de tolerância geométrica
determinados, apresentam um conjunto de irregularidades microgeométricas que
constituem a rugosidade da peça ou textura primária, medida é 1 m = 0,001 mm.

Medição da rugosidade
É recomendado pela
norma ISO que os rugosímetros
devam medir 5 comprimentos
de amostragem e devem indicar
o valor médio.

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No Brasil, pelas Normas ABNT NBR 6405 e NBR 8404, é adotado o sistema M
(linha média) para medição da rugosidade. O desvio médio aritmético - Ra (CLA) é a
média dos valores absolutos das ordenadas do perfil efetivo em relação à linha média X,
num comprimento (L) da amostragem. Ra (roughness average) significa rugosidade
média; CLA (center line average) significa centro da linha média.
Classificação da rugosidade
Indicação da rugosidade – NBR 8404

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Disposição das indicações no símbolo


a = valor da rugosidade Ra, um µm, ou classe de
rugosidade N1 até N12
b = método de fabricação, tratamento ou revestimento
c = comprimento de amostra, em mm
d = direção de estrias
e = sobremetal para usinagem, em mm
f = outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses). Rt =
rugosidade total distancia pico mais alto e vale mais fundo.

Posição da simbologia na peça

Neste exemplo N9 é a classe de


rugosidade predominante. Uma
as superfícies de revolução
deve apresentar a classe N8 e a
superfície do furo longitudinal
de revolução deve apresentar a classe N6.

O símbolo √ pode ser representado dentro dos


parênteses para substituir as indicações específicas
de classes de rugosidade. No exemplo anterior onde

aparece pode ser substituída


por .

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Indicação de tratamento
O processo de tratamento pode vir indicado nos desenhos técnicos de duas
maneiras. Uma delas você já conhece: a indicação é feita sobre a linha horizontal do
símbolo de rugosidade. Outra forma consiste em indicar o tratamento sobre uma linha de
chamada ligada à superfície à qual deve ser aplicado o tratamento.

Indicação do estado de superfície – NBR 4287

Exemplos:
Se houver mais superfícies com diferentes acabamentos, os sinais correspondentes serão
colocados nas respectivas superfícies e também indicados entre parênteses, ao lado do
sinal em destaque.

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Direção de estrias da peça usinada

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Recartilhar
Recartilhar é uma operação mecânica executada por uma ferramenta chamada
recartilha. por meio de pressão na superfície do material forma sulcos paralelos ou
cruzados. O recartilhado permite, melhor aderência manual e evita o deslizamento da
mão Como o tipo de recartilhado já aparece no desenho, indica-se apenas o passo.
Abaixo estão alguns exemplos.
PASSO

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EXERCÍCIOS
Desenhe em escala 2:1 uma vista do punção.
Observação:
Faça a cotagem e indique os acabamentos.
Acabamento geral = N10
Superfície de ∅12 = recartilhado oblíquo
cruzado P1
Ponta de 60° = temperado
1 grau tem 60 minutos. 1°60’
Trinta minutos 0°30’ equivale à metade do grau

REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS


Roscas, parafusos, porcas, rebites, arruelas, molas, engrenagens, soldagem e
rolamentos. Consultar o referencial bibliográfico desta apostila: Provenza, Francesco.
Desenhista De Máquinas. São Paulo: F. Provenza, 2010.

EXERCÍCIOS DE PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA COM ESQUADRO E COMPASSO


Construa as projeções ortográficas. Não esqueçam de utilizar papel com margem e
legenda. Escolha um nome para cada peça abaixo. Analise qual a melhor escala para
representar a peça dentro das margens da folha A4.

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EXERCÍCIOS DE PERSP. ISOMÉT. COM FERRAMENTAS


Construa as perspectivas isométricas Não esqueçam de utilizar papel com margem e
legenda. Escolha um nome para cada peça abaixo. Analise qual a melhor escala para a
peça caber dentro das margens da folha A4.

ESC 2:1

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LEIAUTE / LAYOUT/LAY-OUT… INDUSTRIAL


(Telecurso 2000 Organização do trabalho aula 3)
A idéia básica da simplificação do trabalho é a de eliminar tudo aquilo que não agrega
valor ao produto, ou seja, tudo aquilo que não melhora ou não transforma o produto e
que aumenta custos. A melhor forma de reduzir o transporte entre dois postos de trabalho
é a de aproximar os dois postos, o máximo possível. A NR 12 diz, resumidamente:
Para partes não móveis a distância deve ser entre 0,60 e 0,80m.

Lembramos, ainda, que a mesma norma indica que as vias principais de circulação para
pessoas e materiais devem possuir largura mínima de 1,20m.

Circulação

Na melhoria de um arranjo físico, a primeira coisa a fazer é observar o local em estudo e


fazer um desenho em planta, a mão livre, relativamente simples, mas com detalhes

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importantes. Anotar, também, o caminho que o produto percorre, Consiga uma trena e
faça medidas dos contornos do local, distâncias entre máquinas.

1º Passo: desenho (planta) do local – retrato da realidade no momento - leiaute


Poderá ser feito até a mão livre ou, se alguns desejarem e souberem, em escala de 1:50.
A observação começa:

• Materiais: produto semi-acabado; acabado ou matéria-prima.


• Postos de trabalho.
• Equipamentos: pontes rolantes, esteiras transportadoras etc.
• Pessoal: posição de trabalho.
• Transportes: circulação de pessoas, materiais e equipamentos.
• Armazenamento de materiais.
• Características do edifício: andar, dimensões etc.
• Instalações: elétrica; pneumática, vapor, hidráulica etc.
• Fluxo de circulação: sequência da movimentação do produto, indicado por flecha.
2º Passo: elaboração do novo leiaute
No segundo passo, devemos procurar uma utilização adequada do espaço disponível.
• Evitar cruzamentos de materiais e produtos. Eliminar riscos de acidentes.

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• Pela eliminação ou redução de transportes aproximando os postos de trabalho


obedecendo-se NR 12. Facilitar a circulação de homens, materiais e produtos.
• Há máquinas pesadas, difíceis de serem removidas, como as que exigem fundações
especiais, grandes prensas e as montagens especiais, como grandes fornos, que
devem ser preservados em seus locais. Apresentar o novo leiaute aos trabalhadores
que vão utilizá-lo, para aprovação.

1. Os tornos e fresadoras foram posicionados a 35” em relação à parede para


facilitar a iluminação natural vinda das janelas.
2. A distância entre as partes móveis mantidas com um mínimo de 1,30 m e
as demais distâncias entre os postos de trabalho foram mantidas num
mínimo de 0,80 m.
3. Foram feitas faixas de circulação que não havia no leiaute anterior.
4. Para os “containers”, foram feitos cavaletes com altura de 0,80 m para o
trabalhador não ter de se curvar. A proximidade dos “containers” permite
o trabalhador alcança-los só com o movimento dos braços.
5. A distância média anterior mantida para movimentação era de 29,50m
e a atual, de 15,40m. Portanto, houve uma redução de 14,10m sobra espaço
para a colocação de mais postos de trabalho.

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3º Passo: implantação do novo leiaute


Para implantar o novo leiaute é necessária a autorização dos superiores, após explicar-
lhes o que deve ser feito, isto é, as mudanças necessárias e suas vantagens em relação ao
leiaute existente.
TIPOS DE ARRANJO FÍSICO
Arranjo físico por produto
O produto se move e as máquinas estão fixas. Ex.: Linha de produção de carros.
Arranjo físico por processo
Quando pretende fabricar diferentes produtos em uma mesma máquina. Ex.: abaixo.
Quando se fabricam bolsas

Quando se fabricam sapatos

Arranjo físico fixo


É usado quando o produto fica fixo
enquanto os trabalhadores, as máquinas,
os equipamentos e as matérias-primas
se movimentam. Ex.: Navios.

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EXERCÍCIO – em Grupo.
Esboce uma proposta de arranjo físico para a diretoria da empresa. Considere os 18
movimentos como corretos. Apenas proponha um novo arranjo físico, justificando a sua
resposta:

DEPARTAMENTO DE RECEBIMENTO

1) A mercadoria pedida dá entrada no departamento de recebimento. Carolina,


recepcionista do andar, recebe a mercadoria.
2) A recepcionista do andar leva a mercadoria até o balcão.
3) César, balconista, recebe a mercadoria e leva-a ao conferente, digita e identifica o
pedido e confere a mercadoria com o pedido.
4) A mercadoria, juntamente com a nota fiscal, é enviada ao funcionário Luís, que
confere e assina o canhoto da NF.
5) A mercadoria e a NF são enviadas à funcionária Andréa, que verifica a soma da
NF.
6) A mercadoria e a NF são entregues à funcionária Adriana, que confere os valores
da nota com o pedido. Abre o arquivo correspondente e transmite os dados à
unidade competente.
7) Toda a documentação é levada ao gerente, que redige a autorização de pagamento.
8) A autorização de pagamento é encaminhada ao funcionário que faz a
correspondente digitação, imprime e passa ao assistente.
9) O assistente lê e verifica. Quando não há erros, a autorização é levada ao gerente.
10) O gerente recebe a autorização, confere e assina. Manda então a autorização com
os dados necessários para a funcionária Amanda.
11) A funcionária Amanda recebe, digita um formulário de autorização de pagamento
e envia para a supervisora Alessandra, juntamente com a autorização assinada pelo
gerente.
12) A supervisora Alessandra recebe, confere e assina o formulário e a autorização,
enviando-os para Vânia, auxiliar de escritório.
13) Vânia recebe o formulário e a autorização, carimba as cópias e o original e leva
com a mercadoria para César, o conferente.
14) César separa duas vias, grampeia e leva para o arquivista todas as vias, autorização
e mercadoria.
15) Juarez, o arquivista, recebe e separa as cópias grampeadas. Grampeia uma cópia na
mercadoria.
16) É feito o arquivamento físico de duas cópias.
17) As outras duas cópias e a autorização são enviadas à recepcionista do andar,
juntamente com a mercadoria.
18) Adriana, então, encaminha as cópias e a autorização à tesouraria e a mercadoria ao
almoxarifado.

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CONJUNTOS MECÂNICOS
(Telecurso 2000 elementos de máquinas aula 23 – 24 – 25 – 49 – 50 – 51 – 52 – 53 –
54 - 55)

Abaixo está um exemplo:


Desenho definitivo de
conjunto ou de montagem é o
nome dado à representação,
feita em desenho rigoroso, das
peças justapostas, ou seja,
montadas nas posições de
funcionamento no conjunto
mecânico.

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Desenho definitivo de detalhes é o nome dado às representações, em separado,


feitas em desenho rigoroso, de cada uma das peças que formam o conjunto mecânico.

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EXERCÍCIOS
Faça o desenho de conjunto do dispositivo para furar anéis e do paralelo V regulável.

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REFERÊNCIAS
MANFÉ, G.; POZZA, R.; SCARATO, G. Desenho técnico mecânico Vol. I, II e III. São
Paulo: Editora Hemus, 2004.

Provenza, Francesco. Desenhista De Máquinas. São Paulo: F. Provenza, 2010.

Fundação Roberto Marinho. Livro profissionalizante de mecânica. São Paulo: Editora


Telecurso-Singular, 2007.

CRUZ, M. D. Desenho técnico para mecânica: conceitos, leitura e interpretação. São


Paulo: Érica, 2010.

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