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Manutenção Mecânica
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidentee da Confeder
President Confederação
ação Nacional da Indústria
Alcantaro Corrêa
Presidentee da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
President
Alcantaro Corrêa
Presidentee da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
President
Manutenção Mecânica
Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consenmento do editor. Material em conformidade com a nova ortograa da língua portuguesa.
Ficha catalográfica elaborada por Kátia Regina Bento dos Santos - CRB 14/693 - Biblioteca do SENAI/SC
Florianópolis.
B392m
Bechtold, Maurício José
Manutenção mecânica / Maurício José Bechtold – Florianópolis : SENAI/SC,
2010.
Inclui bibliografias.
CDU 62-7
Com acesso livre a uma eciente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro prossional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualicados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.
Competências
Conhecimentos
▪ Manutenção (denição, pos, aplicação e planos de manutenção), lubricação,
técnicas de montagem e desmontagem de acessórios e equipamentos, ferramen-
tas e disposivos para a execução da manutenção, técnicas de recuperação de
peças, manutenção de sistemas hidráulicos e pneumácos
Habilidades
▪ Ler, interpretar e aplicar manuais, catálogos e tabelas técnicas;
▪ Elaborar planos de manutenção e lubricação;
▪ Denir e aplicar as técnicas de manutenção;
▪ Aplicar normas técnicas de saúde, segurança e meio ambiente;
▪ Aplicar planilhas de custo de manutenção, considerando a relação custo-bene -
cio;
▪ Ulizar recursos informazados para planejamento da manutenção;
▪ Executar os planos de manutenção e lubricação de máquinas e equipamentos;
▪Diagnoscar problemas relacionados ao funcionamento de máquinas e equipa-
mentos em geral;
▪ Coletar dados especícos para o planejamento e a execução da manutenção de
sistemas mecânicos;
▪ Elaborar lista de componentes (check list ) mecânicos para a manutenção;
▪ Elaborar relatórios de avidades de manutenção;
▪ Idencar, selecionar e substuir elementos de máquinas;
▪ Ulizar ferramentas de coleta e controle de dados no equipamento.
Atudes
▪ Assiduidade;
▪ Proavidade;
▪ Relacionamento interpessoal;
▪ Trabalho em equipe;
MANUTENÇÃO MECÂNICA 9
▪ Cumprimento de prazos;
▪ Zelo com os equipamentos;
▪ Adoção de normas técnicas, de saúde e segurança do trabalho;
▪ Responsabilidade ambiental.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 11
Unidade de
estudo 1
Seções de estudo
Seção 1 – Introdução
Seção 2 – Um breve histórico
Seção 3 – Evolução da manutenção
Seção 4 – Manutenção estratégica
Seção 5 – Produtos da manutenção
Seção 6 – Gestão estratégica da manu-
tenção
Introdução à Manutenção
SEÇÃO 1
Introdução
Os últimos 25 anos têm se ca - Há, aproximadamente 10 anos,
racterizado pela globalização da eu trabalho em uma empresa de Omização: No sendo de
economia com a queda constante injeção de plásticos e uma das redução.
das barreiras econômicas e co- máquinas produzia baldes de 8
merciais. Dessa forma, a busca litros de capacidade. Baldes são
da qualidade total de serviços e os produtos mais simples de se-
produtos, bem como a crescen- rem produzidos em injeção, pois
te preocupação com os aspec- a fabricação de moldes é relativa-
tos ambientais, passou a ser uma mente barata e simples. Pois bem,
constante nas empresas. Sendo para que eu venha a manter meus
assim, a grande questão que vem clientes e conquistar outros pre-
tomando corpo nas organizações cisarei retirar o máximo de rendi-
é denir o papel da manutenção mento de minhas máquinas para
no contexto da competitividade oferecer baldes “bons, bonitos e
das organizações no mercado em baratos”.
que atuam. Neste sentido, os cronogramas de
A manutenção, direta ou indire- fabricação e de entrega dos meus
tamente, faz parte desse contex- produtos devem ser cumpridos
to, principalmente porque não se de forma perfeita não sendo per-
permite mais a existência de uma mitido, neste tipo de mercado,
organização competitiva sem que qualquer falha, principalmente
seja otimizada a disponibilida- de perda de prazo de entrega.
de de máquinas, a maximização Pergunta: com toda essa pressão,
da lucratividade, a satisfação dos máquina produzindo no máximo
clientes e a conabilidade dos de sua capacidade, otimização
produtos traduzidas no conceito de tempo de produção, é aceitável
dos seis sigma (ou defeito zero). eu não ter implantado na empresa
um programa de manutenção pe-
riódica de minhas máquinas e que
Saiba Mais eu sempre esteja somente focado
em tirar “110%” do rendimento
Saiba o que signica o concei- delas?
to Seis Sigma acessando o link
abaixo. Vamos! Acesse logo!
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br/norma-seis-sigma.php
MANUTENÇÃO MECÂNICA 13
Não existe pensamento mais er- vos baseados nesses sistemas de
rado e que dê mais prejuízo que
SEÇÃO 2 produção, aproveitou a oportuni-
esse. Máquinas se desgastam Um breve histórico dade para adotar, pelos recursos
com o tempo, peças sofrem de - escassos disponíveis, programas
sajustes periódicos e máquinas “Manutenção é isto: quando tudo efetivos de manutenção com o
não são “seres” inanimados que vai bem, objetivo de prolongar ao máximo
cam livres de cargas dinâmicas. ninguém lembra que existe. a utilização de seus equipamentos,
Se eu não tiver um bom progra - Quando algo vai mal, dizem que dentro de padrões cada vez mais
ma de manutenção, os prejuízos não existe. exigentes de produção.
serão inevitáveis, pois máquinas
com defeitos ou quebradas são Quando é para gastar, acha-se que
não é preciso que exista. Essa visão parte do pressuposto
as causadoras da diminuição ou
Porém, quando realmente não principal de que máquina parada
interrupção da produção, o que
gera atrasos das entregas e per- existe, todos concordam que de- por quebras imprevistas é prejuízo
das nanceiras. Além disso, se as veria existir.” completo no processo produvo,
máquinas não operam de forma podendo levar, em alguns casos, à
ajustada aumentam os custos de falência de algumas empresas.
A manutenção que conhecemos
produção, pois gastam mais ener- hoje se iniciou com o surgimento
gia e recursos e os produtos têm dos primeiros relógios mecânicos, Imagine se um alto-forno de uma
grandes possibilidades de apre- por volta do século XVI. Antes empresa siderúrgica, por falta de
sentar defeitos de fabricação. disto era despercebida. Com a manutenção em seus sistemas,
Tudo isso junto gera a insatisfação criação dos primeiros relógios, foi apresentar uma ssura, mínima
dos clientes e a consequente per- criado um plano de manutenção que seja, que obrigue a empresa
da de mercado que em situações para essas máquinas, chamado de a interromper seu processo pro-
extremas pode levar a empresa à programa de revisões, que garan- dutivo. Só para constar: para des-
falência. tisse o perfeito funcionamento ligar um alto-forno é necessária
Sendo assim, para evitar esse m dos relógios. uma semana de operações e para
desastroso, é condição obrigatória Com o surgimento das máquinas, religá-lo e colocá-lo em funciona-
estabelecer e manter um rigoroso principalmente durante a Revo- mento pleno são necessárias mais
programa de manutenção preven- lução Industrial, tornou-se cada duas semanas de operação.
tiva para garantir que os produtos vez mais necessário seu uso, tanto Com o passar dos anos, a comple-
da empresa sejam produzidos na para garantir o seu funcionamen- xidade de máquinas e equipamen-
quantidade correta e com a qua- to, como também para prevenir tos fez do setor de manutenção
lidade requerida pelo mercado possíveis quebras. um forte aliado do setor produti-
sempre prevendo a maximização Durante a Segunda Guerra Mun- vo, no qual cada minuto é trans-
da vida útil de minhas máquinas e dial o monitoramento no proces- formado em dinheiro, precisando
equipamentos. so produtivo tornou-se quase que cada vez mais de uma atuação
Todos esses aspectos mostram totalitário por necessidade de um rápida e ecaz do setor de manu -
a importância que se deve dar à perfeito funcionamento de armas tenção.
manutenção de minhas máqui- e munições durante as batalhas. Com a evolução das tecnologias
nas, equipamentos, ferramentas e Para isso acontecer as máquinas empregadas nas máquinas, a ma-
pessoal. Sim, pessoal! Porque não deviam estar bem reguladas e mo- nutenção também evoluiu, a qual
adianta nada eu ter o melhor pro- nitoradas. se refere ao: gerenciamento, fer-
grama de manutenção sem levar Já no princípio da reconstrução ramental e instrumental.
em conta que, para realizar esse pós-guerra, Inglaterra, Alemanha, Vejamos, a seguir, um pouco so-
programa de manutenção de for- Itália e, principalmente, Japão bre essa evolução histórica.
ma adequada, eu preciso ter pes- alicerçaram seu desempenho in-
soal capacitado e treinado, tanto dustrial nas bases da engenharia e
para a execução da manutenção, da manutenção. Destaque funda-
quanto para a operação das má- mental para o Japão que, por estar
quinas. sob o domínio dos Estados Uni-
dos e ter seus processos produti-
manutenção baseada em
Evolução da manuten- mundial às mudanças, tanto na
▪
períodos;
ção área gerencial como também na
▪ manutenção planejada;
comportamental. Nas indústrias,
Desde a década de 1930, a evo - começou-se a usar ferramentas de ▪ manutenção baseada em con-
lução da manutenção pode ser gerenciamento, como just in time dição;
dividida em três gerações. Não e kanban , que pregavam a dou- ▪ manutenção proativa ou de-
se pode necessariamente armar trina do estoque zero. As horas tectiva.
que cada uma delas teve início e que as máquinas cavam paradas
m bem denidos visto que, em para manutenção começaram a Discorreremos, agora, sobre cada
alguns casos, pode-se armar que prejudicar a produtividade, mui- uma das fases descritas. Acompa-
muitas empresas ainda estão de- tas aguardavam longos períodos nhe!
sempenhando suas funções sob paradas à espera das peças de
a ótica de uma ou outra geração, reposição. A partir dessas situa-
ou ainda num misto entre elas. ções começou no setor de manu- Operação até a falha
Porém, de modo geral, pode-se tenção uma revolução no modo
de pensar dos responsáveis pela O equipamento é posto em opera-
descrevê-las da seguinte forma: ção não tendo sobre ele nenhum
manutenção: a partir de dados co-
letados pela manutenção forma- acompanhamento com o objetivo
Divisão das gerações ram-se bancos de dados referen- de manter suas condições opera-
tes a cada máquina e equipamento cionais que preservem ou aumen-
por períodos
com o intuito de prever a próxi- tem a sua vida útil.
Primeira Geração (antes da Se- ma quebra e se antecipar a ela. A É o quebra-conserta. Esse mode-
gunda Guerra Mundial): Caracte- palavra análise então começou a lo de manutenção durou, como
rizou-se pela pouca utilização das circular no meio da manutenção estratégia única, até o m da dé-
máquinas, pelo seu superdimen- através da análise de vibrações, cada de 1940, e as ocorrências de
sionamento e pela simplicidade análise de ruído, análise de óleos falhas nos equipamentos cavam
dessas máquinas. A manutenção e lubricação (ferrógrafo), entre sujeitas a impactar o processo
era efetuada basicamente no siste- outras. Também a preocupação produtivo.
ma quebra-conserta (manutenção com o meio ambiente ca cada Nesse período, o grau de meca-
corretiva). vez mais evidente. nização não era alto e as quebras
Segunda Geração (depois da Se- então não causavam impactos
gunda Guerra Mundial até a déca- relevantes na produção. Da mes-
da de 1960): Caracterizou-se pelo Na Terceira Geração reforçou- ma maneira, era menor o grau de
aumento da demanda de produtos se o conceito de uma manu- complexidade dos equipamentos,
industrializados, com a escassez tenção prediva. Ou seja, ga- não demandando serviços siste-
de mão de obra, principalmente rana-se que o equipamento máticos e de rotina tais como lu-
a masculina uma vez que a indús- correria mínimos riscos de bricação e limpeza.
tria buscava cada vez mais a me - falha.
canização de seus parques fabris.
Controles de peças, de defeitos e
de tempo eram manuscritos para
posterior análise, início da manu- Sendo assim, considerando-se de
tenção preventiva. forma esquemática, mas não dife-
rente, a evolução da manutenção
Terceira Geração (depois da dé- passa pelas seguintes fases:
MANUTENÇÃO MECÂNICA 15
Manutenção baseada em períodos
O equipamento sofre troca periódica de componentes, independente-
mente de sua condição, eliminando previamente as possibilidades de
falhas que o equipamento poderia apresentar, minimizando assim os
impactos no processo produtivo.
Esse modelo teve início na década de 1950, após a Segunda Guerra
Mundial, quando se vericou um processo de mecanização mais intenso
nas indústrias.
Manutenção planejada
A partir da década de 1960, inicia-se uma estratégia de manutenção com
base em planejamento de atividades, com visão voltada para a prevenção
de falhas através da elaboração de planos sistemáticos de manutenção,
a partir da tomada de consciência das perdas devido às falhas de manu-
tenção. Como as máquinas vão cando mais complexas, o seu custo de
aquisição e sua vida útil passam a ter muita importância, face ao custo
do capital investido.
Nessa época os custos de manutenção começaram a crescer e a se des-
tacar dentre os custos de operação, provocando a necessidade de se
medirem tais custos, acompanhando-os frequentemente, na tentativa de
mantê-los sob controle.
DISPONIBILIDADE / CONFIABILIDADE
MANUTENÇÃO MECÂNICA 17
Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração
Períodos
Depois da 2ª Guerra Mundial até a
Antes da 2ª Guerra Mundial década de 1960 Depois da década de 1970
Caracteríscas
Maior disponibilidade e
Maior disponibilidade conabilidade
Quebra-Conserta
Análise de riscos
Controles manuais
Manutenção Correva
Maior produvidade
Início da manutenção prevenva
Início da manutenção prediva
Quadro 1 – Gerações por períodos
MANUTENÇÃO MECÂNICA 19
O resultado positivo apresentado Com todos esses dados em mãos
Funcionalidade da máqui- pelas empresas passa, necessaria- e realizando uma reexão mais
na: Mesmo que se conheça mente, pela simples relação entre aprofundada, podemos nos ar-
a real causa da quebra não é o faturamento e os custos apre- riscar a desenvolver um conceito
feito nada para resolver de- sentados pelas organizações. Essa moderno de manutenção.
nivamente o problema, so- relação é denominada produtivi-
mente troca-se a peça dani- dade, e quanto mais elevada é a
cada e ca por isso mesmo. Manutenção é garanr a disponibi-
produtividade, maior a competiti-
lidade da função dos equipamentos
vidade apresentada pela empresa,
uma relação simples mas que deve e instalações de modo a atender
ser perseguida constantemente a um processo de produção ou de
pelas empresas. serviço, com conabilidade, segu-
rança, preservação do meio am-
O papel do Departamento de Ma-
nutenção nesse contexto é de fun - biente e custos adequados.
damental importância visto que é
ele que dará as condições ideais, Redução da demanda
através dos planos de manutenção
de disponibilidade, conabilidade de serviços
e qualidade dos equipamentos. Pode ser dividida nos seguintes
tópicos.
SEÇÃO 5
Qualidade da manutenção
Produtos da ▪
MANUTENÇÃO MECÂNICA 21
Unidade de
estudo 2
Seções de estudo
MANUTENÇÃO MECÂNICA 23
Manutenção Corretiva Manutenção Preventiva
Sistemática Preditiva
APLICAÇÕES
- Onde existe equipamentos - Onde o controle por tempo é eficaz; - Máquinas críticas (Custo de reparo
em Stand By; -A monitoração da condição não é Alto/tempo de reparo longo)
-Onde não é possível prevenir falha; possível. -A falha tem alto impacto de produção,
-O impacto da quebra é quase nulo; segurança e meio ambiente.
-O custo do reparo é baixo.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 25
ambiente pela liberação de gases,
g ases, O estado do equipamento
TMEF: Tempo médio entre
TMEF: partículas ou componentes noci- baseia-se na consideração de vá-
falhas. vos ao ecossistema, gerando uma rios aspectos visuais e em infor-
imagem antipática à comunidade mações obtidas durante a vida
na qual se encontra inserida. de funcionamento da máquina.
CEP: Controle estasco do
CEP:
As condições gerais apresentadas
processo. pelo equipamento vão determinar
maior ou menor atenção no mo-
SEÇÃO 3 mento das paradas para as veri-
Manutenção prevenva cações de rotina.
Dados fornecidos pelo fa-
bricante: Condições ómas
de funcionamento, pontos
O local da instalação é um dos
e periodicidade de lubrica-
lubrica - Esse tipo de manutenção se ba- principais fatores a serem con-
ção, etc. seia na prevenção de defeitos que siderados quando da utilização
possam originar a parada ou o bai- dessa metodologia de manuten-
xo rendimento dos equipamentos ção, vistas as condições externas
em operação. É feita, basicamen- ao funcionamento. A temperatura
te, levando-se em consideração a do local da instalação e os conta-
análise de: minantes, como poeira, umidade,
gases tóxicos (ácidos ou básicos),
determinarão o nível de insalubri-
▪ estudos estatísticos; dade do ambiente e interferem de
▪ estado do equipamento; forma direta na denição da vida
útil de utilização dos equipamen-
▪ local de instalação; tos.
▪ dados fornecidos pelo fa-
bricante (condições ótimas de
funcionamento,, pontos e periodi-
funcionamento Exemplos bastante comuns são
cidade de lubricação,
lubri cação, etc.) os equipamentos que trabalham
numa linha de ação da indústria
têxtil. As felpas em suspensão no
Nos estudos estatísticos, são ambiente podem acarretar um
considerados todos os históricos acúmulo de poeira nos sistemas
levantados do equipamento, com de refrigeração de motores e pro-
base em indicadores de manuten- vocar o superaquecimento destes,
ção que serão vistos mais adiante. diminuindo, em muito, a vida útil
Exemplos desses indicadores são dos rotores, além de contaminar
o TMEF apresentado pelo equi- as graxas de lubricação de man-
pamento para que determinada cais e rolamentos. Podem ocasio-
peça entre em colapso ou perca nar também queda de rendimento
seu rendimento ideal e aceitável. signicativa no funcionamento
dos motores pelo esforço adicio-
Aqui entra também a possibili- nal necessário para a movimenta-
dade de se utilizar a ferramenta ção dos eixos de transmissão
transmissão..
CEP para se realizar a análise dos
dados coletados no equipamento, Finalmente, e talvez a informação
para se determinar se os compo- de maior importância, os dados
nentes estão trabalhando dentro fornecidos pelo fabricante são
de um regime aceitável de tole- invariavelmente o ponto de parti-
rância de variação de rendimento. da para se estabelecer o primeiro
ciclo de manutenção preventiva
no equipamento
equi pamento..
MANUTENÇÃO MECÂNICA 27
manejo inadequado de produtos É considerada uma grande evo-
Programa de acompanha-
acompanha- e do óleo, permitindo a inserção lução e uma quebra de paradigma
mento, análise e diagnós-
diagnós- de contaminantes; na manutenção por levar em con-
co sistemazado.:
sistemazado.: Emprego ▪ danos durante as partidas e sideração o estado real do equi-
de mão de obra qualicada paradas dos equipamentos; pamento para prevenir as falhas e
em análise e formulação de atuar na troca ou no ajuste, per-
diagnóscos e de resolução ▪ falhas dos procedimentos de mitindo a operação contínua do
de problemas. manutenção devido à elaboração equipamento pelo maior tempo
por pessoal despreparado ou pela possível.
utilização por pessoal que não
siga rigorosamente as instruções
contidas nesses procedimentos. A manutenção preditiva está li-
gada ao conceito de predição da
As condições básicas para a ado - ocorrência de um fato ou falha
ção de uma sistemática de manu- no equipamento. Ou seja, esse
tenção preventiva devem levar em tipo de sistemática de manuten-
consideração se o equipamento ção privilegia a maximização da
permite algum tipo de monitora- disponibilidade do equipamento à
mento e se a avaliação custo-be - medida que não promove a inter-
nefício é favorável à adoção de tal venção visto que o monitoramen
monitoramen-
sistemática. Outro aspecto impor- to e as medições são efetuadas
tante a ser considerado é a pos- com o equipamento em operação.
sibilidade de se realizar a análise A monitoração e os procedimen-
das falhas que permita rastrear as tos determinados em consequên-
causas originais, dando condições cia dessa monitoração são uma
adequadas de elimina-las e de se das formas mais ecientes e mais
adotar ações corretivas que eli- baratas de estratégia de manuten-
minem denitivamente eventuais ção em unidades industriais nas
problemas através do estabeleci- quais o custo da falha gera prejuí-
mento de programa de acompa- zos e perdas consideráveis
consideráveis..
nhamento, análise e diagnósti- As condições básicas para a ado -
co sistematizado. ção de uma sistemática de manu-
tenção preditiva passam pelos se-
guintes pontos:
SEÇÃO 4
Manutenção prediva ▪ o equipamento ou sistema
deve aceitar algum tipo de mo-
A manutenção preditiva é o tipo nitoramento a custos aceitáveis
de manutenção que é realizada e com tecnologia acessível e de
levando-se em consideração as fácil utilização;
modicações encontradas na con-
dição e no desempenho do equi- ▪ o equipamento deve ser consi-
pamento, cujo acompanhamento derado estratégico a tal ponto de
no tempo obedece a parâmetros compensar os custos-benefícios
de aceitabilidade previamente es- envolvidos;
tabelecidos.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 29
[...] Os sistemas de trip ou ções. Na cadeia produtiva é f ator Todo o processo de desenvolvi-
shut-down são a úlma fron- de conabilidade e de melhorias mento das pessoas, desde a corre -
teira entre a integridade e a na produtividade, cumprindo sua ta seleção, passando pelo consis-
falha. Graças a eles as máqui- função de conabilidade, manten- tente programa de treinamento e
nas, equipamentos, instalações do as condições ideais dos equipa- desenvolvimento, gerando opor-
e até mesmo plantas inteiras
mentos, modernizando e/ou oti- tunidades de carreiras, cresci-
estão protegidos contra falhas
e suas consequências meno-
mizando as instalações industriais. mento prossional e a geração de
res, maiores ou catastrócas; Assim, a gestão ou administração um clima de trabalho harmônico,
da manutenção passa a ser foco deve ser o primeiro foco de um
Esses sistemas são proje- de destaque das empresas, ree- gerente de manutenção.
tados para atuar automa- tindo nas estruturas hierárquicas,
camente na iminência de em que há uma variação enorme
desvios que possam compro- na forma ou tipo de manutenção
meter as máquinas, a produ- a se inserir. DICA
ção, a segurança no seu aspec- Portanto, equipe movada,
to global ou o meio ambiente; bem treinada, valorizada e
De qualquer maneira, cada vez conhecedora de sua missão
Os componentes dos sistemas mais a hierarquia ca menos im- gera resultados de alto de-
de trip ou shut-down, como portante e a manutenção deve ser sempenho.
qualquer componente, tam- exí vel e veloz o bastante para
bém apresentam falhas e es- atender às exigências a que está
tas podem acarretar em dois
submetida. Para uma administra-
pos de situação, quais sejam:
o sistema não atua ou atua de
ção ecaz, velocidade e exibili- O segundo aspecto é o desenvol -
forma indevida. Em ambos, os dade são palavras-chave, para uma vimento de um modelo de gestão,
problemas gerados podem ser gestão focada em resultados. compreendendo o processo de
de efeitos indesejáveis (KAR- planejar, programar, executar e
DEC E NASSIF, 2006, p. 45). controlar o desempenho, no qual
A manutenção deve reetir na
maneira de sua gestão a visão dos esteja clara, e seja do conhecimen-
Nesse tipo de manutenção, o resultados nais do negócio em to de todos, a forma como o de -
grande diferencial está na capa- que está inserida, não sendo um sempenho será medido e avaliado.
cidade de vericação do sistema m em si mesmos, ou seja, suas
sem retirá-lo de operação, pela prioridades são as prioridades do
sua capacidade de detectar e iden- negócio para o qual ela trabalha.
ticar a falha oculta no sistema e DICA
possibilitar a sua correção man- Uma estrutura de relaciona-
O primeiro ponto que deve ser mento exível e fácil, sem
tendo o equipamento ainda em enfatizado é a gestão do princi -
pleno funcionamento. barreiras administravas,
pal ativo de qualquer empresa dará sustentação a um mo-
ou área de trabalho, que são as derno modelo de gestão com
pessoas que formam o time da alto desempenho e asservi-
manutenção e que produzem os dade.
SEÇÃO 6 resultados auferidos pela empre-
Administração da ma- sa. Essas equipes devem estar ali-
nhadas com a visão e os conceitos
nutenção de administração da manutenção A gestão do desempenho, no caso
e deverão ser os grandes pratican- da manutenção, é formada basica-
A manutenção industrial tem sido tes no dia a dia de uma losoa mente por um ciclo que pode ser:
vista cada vez mais, nas indústrias moderna de manutenção.
de ponta ou nos grandes conglo-
merados industriais, como estraté- ▪ virtuoso;
gica e um pilar fundamental para ▪ vicioso.
a competitividade das organiza-
MANUTENÇÃO MECÂNICA 31
a. planejamento das atividades;
c. planejamento de custos/orçamentos;
d. planejamento de pessoal;
h. engenharia de manutenção.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 33
Unidade de
estudo 3
Seções de estudo
máquina, a m de identicar as
Cuidados preliminares na ou realizar teste na máquina peças, a correta remoção delas e
para vericar a real importância conseguir uma boa visualização
da desmontagem. das peças inacessíveis.
Primeiramente temos de ter em ▪ remover as carenagens, como:
mente que qualquer máquina ou Ex.: proteções externas e acessórios.
equipamento instalado correta- 1-Vericar se a rotação do motor ▪ efetuar a limpeza da máquina
mente e funcionando conforme está dentro da normalidade com com pincéis, estopas, desengra-
as recomendações do fabricante, um tacógrafo. xantes, etc. Deixar a máquina
como pontos de lubricação, uso 2- Utilizar o manômetro para ve- limpa, sem possíveis contami-
de lubricante recomendado, ma- ricar se a pressão da rede de ar- nantes, como areia, barro, graxas
nutenções e revisões periódicas comprimido está dentro das espe- contaminadas com partículas
sempre em dia, é capaz de fun- cicações técnicas do fabricante. sólidas, cavacos de metal, etc.
cionar bem por um longo perío- 3- Através do multímetro, veri-
do, sem a necessidade de grandes ▪ retirar os uidos, óleo de
car se a tensão da rede de abaste- caixas, líquido de arrefecimento,
intervenções. cimento da máquina está correta. etc., evitando assim acidentes,
como o derramamento de óleo
Temos de considerar, porém, que Vericando que realmente é ne- no piso ou em circuitos elétricos.
qualquer máquina ou equipamen- cessária a desmontagem, o man-
to está sujeito a quebras. E ao ▪ remover a ação elétrica e
tenedor deverá obedecer a uma seus circuitos melhora a limpe-
ocorrer essas paradas teremos de sequência de procedimentos que
efetuar a desmontagem a m de za. Devem ser levados ao setor
irão garantir sua saúde e seu tra- de manutenção elétrica a m de
realizar a manutenção. Para isto, balho:
devemos seguir um cronograma serem testados.
de análise do problema antes de ▪ remover mangueiras, manípu-
iniciar a desmontagem propria- ▪ primeira providência: desligar los, volantes, alavancas e man-
mente. a fonte de energia e circuitos gueiras.
elétricos em geral. ▪ colocar calços apropriados
Deverá ser baseada nos seguintes em peças pesadas que possam se
pontos: soltar ou danicar outras peças.
Observação – Colocar uma Desse modo você evita inconve-
placa avisando o movo do nientes como empenamento de
desligamento (EM MANU-
▪ primeiro, pelo relato do eixos, por estarem ainda xos a
TENÇÃO) ou uma trava para
operador, então pelo histórico que não haja o risco de reli-
essas peças, e acidentes.
da máquina tipo de operação gamento da energia evita aci-
que estava sendo efetuada pela dentes. Obedecida essa sequência, o man-
máquina. tenedor deverá prosseguir a opera-
ção de desmontagem.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 35
das peças, deixando-as limpas,
Croqui : Esboço.
SEÇÃO 2 utilizando para isso a máquina de
Etapas para desmon- lavar peça com produtos desen-
tagem de conjuntos graxantes e pincel. Esse procedi-
mento é muito importante para
mecânicos vericar possíveis defeitos ou
falhas.
▪ Retirada dos parafusos. Para
parafusos travados, deve-se
colocar óleo desoxidante. Esse Procedimentos para a cor-
micro-óleo penetra entre a rosca reta lavagem das peças
e o parafuso atuando sobre a fer-
rugem. Não sendo suciente para ▪ Sempre que utilizar a máquina
soltar o parafuso, o mantenedor de lavar peça, utilizar os E.P.I.
pode aquecer o parafuso a m obrigatórios, que são os seguin-
de queimar alguma cola que, por tes: óculos de proteção e luvas.
ventura, esteja inserida na rosca. ▪ Colocar as peças na máquina
Usa-se normalmente uma chama de lavar, utilizando desengraxan-
oxiacetilênica ou um maçarico a tes especícos para a limpeza de
gás GLP. peças, evitando o uso de gasoli -
▪ Procure saber no manual na, solventes, álcool automotivo
do equipamento a sequência ou diesel, pois esses produtos
de aberto dos parafusos. Para podem causar irritações e até
soltá-los, é só seguir a sequência doenças de pele.
contrária. Observação – Mui- ▪ Utilizar pincel de cerdas duras
tos manuais trazem somente a para auxiliar a limpeza e no esgui-
sequência de aberto e torque dos cho fazer a lavagem nal.
parafusos. ▪ Secagem das peças. Retirar as
Verique a posição e o local dos peças da máquina e, por alguns
componentes da máquina antes minutos, deixá-los escorrer
de desmontar. Se não possuir o em um recipiente limpo. Usar
manual com foto ou sequência, ar-comprimido para terminar a
fazer um croqui ou tirar uma foto secagem das peças
da parte da máquina a ser des-
montada.
▪ Retirar as peças e colocá-las de Cuidados ao ulizar o ar-
forma ordenada sobre a bancada comprimido na secagem das
facilita a montagem. peças
▪ Efetuar marcações que re- ▪ Utilizar pressão baixa, em
gistrem informações úteis para torno de 4 bar.
posterior montagem;
▪ Utilizar sempre óculos de
▪ Retirar sobras de cola, junta proteção.
ou outros elementos de vedação
do conjunto desmontado, dei- ▪ Não usar o jato de ar-compri-
xando as superfícies de contato mido no corpo, pode provocar
bem limpas, sem poeira, óleo ou a entrada de pequenas partículas
resíduos da junta antiga. Caso nos poros da pele;
isso não seja feito poderá haver ▪ Após a limpeza, resguardar
vazamento após a montagem. (proteger) conjuntos mecânicos
▪ Retirar a graxa ou sujeira expostos, conexões, aberturas
para lubricação, etc.;
MANUTENÇÃO MECÂNICA 37
Unidade de
estudo 4
Seções de estudo
Seção 1 – Introdução
Seção 2 – Ferramentas de encaixe externo
Seção 3 – Ferramentas de encaixe interno
Seção 4 – Alicates
Seção 5 – Ferramentas especiais
Seção 6 – Recomendações nais
Ferramentas e Dispositivos para
Execução da Manutenção
MANUTENÇÃO MECÂNICA 39
Tipos de ferramentas de encaixe externo Chave combinada
Combina a chave de boca xa
Chave de boca xa com a chave estrela. É a chave
ideal para o mecânico, pois a mes-
Tem como nalidade o aperto e o afrouxamento de parafusos e porcas ma ferramenta propicia a rapidez
com geometria denida (perl sextavado ou quadrado). Sua principal
do encaixe da chave de boca e a
característica é a rapidez com que é feito o encaixe. Não é aconselhado
segurança da chave estrela para
seu uso em locais em que é necessário um maior esforço.
situações que necessitem mais
força.
Chave estrela
Utilizada em porcas e parafusos que necessitam de um esforço maior
no aperto ou na retirada. Por ser totalmente fechada garante uma distri-
buição mais equilibrada da força envolvida, concentrando o esforço em
um ponto central. Muitas vezes é utilizada em conjunto com a chave de
boca, para dar o aperto nal ou no começo da retirada. Apresenta uma
grande variedade de tipos e aplicações.
Chave de bater
Em situações que necessitem o emprego de mais força para a retirada
ou o aperto de porcas ou parafusos, deve-se utilizar equipamentos mais
robustos como as chaves de bater. Especialmente projetada para levar
pancadas na extremidade do cabo reforçado, esta chaves é usada em
conjunto com martelos ou marretas.
Soquetes
Vendidos separadamente ou em conjunto, se tornou uma ferramenta
muito versátil. Apresenta uma vasta lista de acessórios que a tornam prá-
tica, conforme a necessidade de profundidade, perl, força, mobilidade
e encaixe. Adapta-se facilmente a máquinas elétricas ou pneumáticas e
manuais como, manivelas, prolongadores, torquímetros, catracas e jun-
tas universais.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 41
Figura 9 – Soquetes, catracas e extensores
Fonte: Penteado (1997). Figura 11 – Chave de boca ajustável
Fonte: Penteado (1997).
MANUTENÇÃO MECÂNICA 43
1. Refaça a geometria da ponta da ferramenta no esmeril. Essa geome-
tria deverá ter linhas retas formando um retângulo na ponta.
SEÇÃO 4
Alicates
2. Agora, você deverá fazer um tratamento térmico nessa ponta. Aque-
ça a ponta com um maçarico até que atinja a temperatura de 880 °C Ferramenta composta de dois bra-
(coloração vermelho-amarelada), mergulhe a ponta bruscamente no ços unidos por um pino forman-
óleo, resfriando-a. do uma articulação. Na extremi-
dade de cada braço encontram-se
3. A seguir, você deverá fazer o revenimento dessa têmpera. Se não for pontas apropriadas para segurar,
feito, a ponta torna-se quebradiça. Aqueça novamente a ponta até dobrar, cortar, etc.
uma temperatura de 300 °C (cor azulada). Deixe resfriar na tempera- Existem várias derivações desse
tura ambiente. modelo, abrangendo um amplo e
diversicado seguimento de fer-
ramentas para muitas operações
especícas.
Alicate universal
São os mais conhecidos e usados.
São encontrados no mercado em
vários tipos e variam principal-
mente no acabamento e no for-
mato da cabeça e dos braços, que
podem ser plasticados ou não.
O mantenedor deverá ter muito cuidado ao utilizar esse alicate, pois du-
rante a operação de retirada ou colocação dos anéis elásticos vai tracio -
nar ou comprimir o anel, o qual poderá se soltar bruscamente, podendo
ocasionar um acidente ou a perda do anel.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 45
Cuidados a serem tomados pelo usuário
▪ Nunca desapertar parafusos ou porcas com o torquímetro.
▪ Vericar antes de iniciar a operação se o torquímetro tem a capaci-
dade de medição.
▪ Evitar choques bruscos durante o uso.
▪ Depois do uso, guardar o equipamento limpo e em local protegido.
Figura 23 – Saca-polias
Fonte: Ferramentas... (2010).
MANUTENÇÃO MECÂNICA 47
Unidade de
estudo 5
Seções de estudo
MANUTENÇÃO MECÂNICA 49
Usinando um eixo Modo de execução
Usinagem: Torneiro. novo ▪ Trinca ou quebra
▪ Localizar no eixo a trin-
ca, ou a quebra.
Nas empresas, esse processo é
Mecânico: Ajustador mecâ- feito, geralmente, pelo pessoal da ▪ Limpar a superfície
nico usinagem, terceirizado ou pelo retirando restos de tinta,
próprio mecânico. Para tanto, o óleo, água, qualquer tipo de
pessoal da manutenção tem de impureza que poderá con-
passar as informações necessárias taminar a solda interferindo
para a sua confecção. na sua qualidade.
▪ Preparar as juntas em
Inicialmente é feito um croqui eixos partidos, realizando
do eixo, contento suas medidas o chanfro e a limpeza do
originais e o tipo de material a material fadigado.
ser empregado, seguindo as es- ▪ Caso haja a necessidade
pecicações técnicas do projeto de inserção de um pino guia
da máquina. Normalmente, eixos no eixo partido, deverá ser
sofrem algum tipo de tratamento realizada uma pré-usinagem
térmico no processo de sua fabri- nas duas extremidades onde
cação, portanto, registre também serão colocados, com uma
essa informação no croqui, pois tolerância dimensional na
ele deverá ser usinado com um faixa de H7 e H6. Esse guia
sobremetal para permitir o pro- deverá ser feito com o mes -
cesso de acabamento após o tra - mo tipo de material do eixo
tamento térmico. ou de aço ABNT 1045.
▪ Realizar a goivagem no
local da trinca ou abrir um
pouco mais a largura da
Recuperando o eixo trinca com disco de corte
danicado e fazer um furo em cada
Após vericar a possibilidade de extremidade a m de evitar
recuperação do eixo, que pode ser o prolongamento da trinca.
total ou parcial, dependendo do ▪ O processo de soldagem
defeito, utilizam-se basicamente mais adequado para a solda
dois tipos ou formas de recupe- de manutenção é o elétri-
ração: co com uso de eletrodo
revestido.
▪ Escolher o metal de
▪ por soldagem; ou
adição, levando em consi-
▪ por deposição metálica. deração que ele deverá ter
elevada resistência mecânica
e que o metal base (eletro-
Recuperação de eixo pelo do) deverá ter características
processo de soldagem superiores às do eixo.
Inicialmente verica-se o tipo de ▪ Preparar um dispositi-
solda que será feito. Por exemplo, vo pelo qual o eixo possa
se for uma trinca (rachadura), ou girar durante o processo de
quebra, ou se for um preenchi- soldagem. Obs.: depois de
mento em área desgastada. ponteados.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 51
Casquilho: Material an- ▪ colocação do casquilho; da engrenagem exigindo cuidado
fricção com espessura na. ▪ colocação de buchas, que principalmente no dimensional.
podem ser bipartidas, com canais
de lubricação e geralmente são
peças de reposição;
DICA
▪ na maioria das vezes a manu-
Verique cuidadosamente,
tenção consiste em trocar os ele- observando se não há fa-
mentos deteriorados por novos. lhas no engrenamento da
▪ em casos especícos, a recu- engrenagem recuperada
peração poderá ser feita com a com as outras do conjunto
utilização do rasquete, ferramenta mecânico. Faça os ajustes
manual de acabamento que tem a necessários até obter um
engrenamento suave sem in-
nalidade de diminuir a rugosida- terferências.
de supercial da peça.
SEÇÃO 4
Recuperação de engre- SEÇÃO 5
nagens Recuperação de roscas
A recuperação de engrenagens só As roscas são amplamente utiliza-
é recomendada em casos especiais das nas máquinas e equipamentos
de quebra de dentes: industriais como elementos de -
xação e de transmissão. Por esse
alto emprego, é normal nos de-
▪ quando a construção de uma pararmos com problemas nesses
nova não for viável; elementos.
▪ quando a falha apresentada for
pequena e de fácil recuperação; Os mais comuns são o espana-
▪ em situações em que a RPM mento e a quebra por cisalha-
for baixa, não exigindo muito da mento.
engrenagem;
▪ em cremalheiras. Na quebra do parafuso por cisa-
lhamento, as possibilidades e so-
Para evitar danos maiores ao con- luções são as seguintes:
junto, é aconselhável trocar as en-
grenagens quebradas ou desgasta-
das por novas. ▪ caso a quebra seja acima da
linha da superfície da peça, veri-
car a possibilidade de soldar uma
Há casos, porém, por exemplo, de extensão na parte quebrada ou
dentes quebrados, que a recupe- cortar uma fenda na extremidade
ração pode ser feita por enxertia superior;
de um novo dente pelo processo
de soldagem. Nesse caso deve-se ▪ caso a quebra seja rente à su-
ter cuidado com o acúmulo de perfície da peça, há três maneiras
tensão no local da solda o que po- mais comuns de efetuarmos a
derá ocasionar uma nova quebra. retirada da parte quebrada.
A usinagem do novo dente tem
de ser idêntica à de outros dentes 1. Utilizando um punção de bico.
Fazer uma marcação na extre-
SEÇÃO 1 ▪ reservatório;
Manutenção de siste- ▪ bomba;
mas hidráulicos ▪ válvula de alívio;
▪ válvula de controle de vazão;
No estudo de sistemas hidráulicos ▪ válvula direcional;
e, para ns didáticos, considerare-
mos que a hidráulica divide-se em ▪ atuadores lineares ou rotativos.
dois ramos.
A hidráulica industrial, que com- Seu funcionamento obedece à se-
preende máquinas e sistemas hi- guinte sequência básica.
dráulicos utilizados nas indústrias,
tais como:
a. O óleo que está no reserva-
tório é succionado por uma
▪ máquinas injetoras; bomba que o injeta no sistema.
▪ prensas; b. Ao entrar no sistema, sofre
▪ retícas; uma redução de vazão o que
▪ fresas; resulta no aumento da pressão.
▪ tornos, etc. c. Quando esse óleo atinge deter-
E a hidráulica móbil que trabalha minada pressão, entra em ação
com os mecanismos hidráulicos a válvula de alívio, também
existentes nos sistemas de trans- conhecida como válvula de se-
portes e de cargas como: gurança, que transfere para o
▪ caminhões; reservatório o óleo excedente,
deixando o sistema protegido
▪ automóveis;
de sobrecargas.
▪ locomotivas;
MANUTENÇÃO MECÂNICA 55
Autoimplodindo: Efeito die-
sel.
Cavitação
Cavitação é a formação temporária de espaços vazios ou bolhas no inte -
rior da tubulação. Ocorre devido à queda de pressão no circuito e a sua
retomada. Esses vazios ou bolhas provocam a vaporização do óleo que,
em alta pressão, se desfazem rapidamente se autoimplodindo.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 57
Sua manutenção consiste em:
Eixo: Carretel.
SEÇÃO 2
Manutenção de
substituir o motor, se apresen-
▪
▪ Compressores centrífugos
radiais e axiais – Esses com- Manutenção em atua-
pressores trabalham sempre em dores pneumácos
altas rotações, por esse motivo é
necessário um plano de manu- Para efetuar essa manutenção, o
tenção bem denido que con- mecânico deverá ter em mãos o
temple as seguintes tarefas: catálogo técnico do fabricante
do atuador, pois é nos catálogos
que o mantenedor encontrará as
▪ limpezas periódicas; informações necessárias para a re-
▪ manutenção preditiva em cuperação da peça.
rolamentos;
▪ limpeza dos ltros e sua
troca no período determina- Manutenções em vál-
do pelo fornecedor;
vulas de controle pneumá-
▪ ao se deparar com
co
barulho e ruídos anormais,
recomenda-se a parada ime-
diata do compressor.
▪ Válvulas direcionais – Sua
manutenção consiste em uma
boa limpeza, troca de vedações e
Manutenção da rede guarnições e lubricação.
de ar comprimido ▪ Válvulas de bloqueio – Sua
manutenção consiste em uma
A manutenção da rede de ar com- boa limpeza, troca de vedações e
primido deve estar inserida no
guarnições e lubricação.
plano de vericação diária dos sis-
temas existentes de manutenção. ▪ Válvulas de controle de
Essas atividades devem incluir: uxo – O defeito mais comum é
a não vedação da sede de fecha-
mento e das guarnições.
▪ a vericação das conexões
para localizar possíveis vazamen-
tos;
MANUTENÇÃO MECÂNICA 59
Unidade de
estudo 7
Seções de estudo
Seção 1 – Conceito
Seção 2 – Tipos de lubricantes
Seção 3 – Lubricantes líquidos (óleos)
Seção 4 – Lubricantes pastosos (gra-
xas)
Seção 5 – Lubricantes sólidos e gaso-
sos
Seção 6 – Adivos
Seção 7 – Sistemas de lubricação
Seção 8 – Generalidades
Lubrificantes
SEÇÃO 1
Conceito
Antes de falarmos sobre o con- uma película entre as duas
ceito de lubricação, é convenien- superfícies, movendo-se na Redução da temperatura:
te fazermos a seguinte pergunta: mesma direção com veloci- Lubricante também refri-
qual é a função da lubricação? dade diferente. gera.
Redução do atrito é a resposta
correta. Então falaremos um pou- Os principais efeitos do atrito são
co sobre esse item pelo qual se o aumento da temperatura e o
fundamenta a lubricação. desgaste.
Para minimizar esses efeitos, se
Atrito faz necessário o uso de lubrican-
tes.
O atrito é a força contrária a
um movimento. Sempre ocorrer
quando uma superfície se movi- Lubricação
menta em relação à outra. Esse Ato ou efeito de introduzir uma
atrito pode ser sólido ou uido, substância, que pode ser líquida,
dependendo da superfície de con- pastosa ou s ólida, entre super-
tado. fícies sólidas, em contato e com
▪ Atrito sólido – Ocorre movimento relativo entre si.
quando as duas superfícies em Essa substância normalmente é
contato são sólidas, tendo como um óleo, uma graxa ou um lubri-
principal causa a rugosidade das cante sólido ou gasoso que impe-
superfícies. de o contato direto entre as super-
Tipos de atritos sólidos: fícies, substituindo o atrito sólido
pelo atrito uido e reduzindo o
▪ atrito de deslizamen- desgaste das superfícies.
to: ocorre quando uma
superfície se movimenta
diretamente sobre outra Os principais objetivos da lubri-
superfície. cação são:
▪ atrito de rolamento:
ocorre quando são colo- ▪ redução do atrito entre as
cadas peças cilíndricas ou superfícies;
esféricas entre duas super-
fícies em movimento, dimi- ▪ menor dissipação de energia
nuindo a área de contato e, na forma de calor;
consequentemente, dimi- ▪ redução da temperatura;
nuindo o atrito. ▪ redução da corrosão;
▪ atrito uido: ocorre ▪ redução de vibrações e ruídos;
quando se introduz um
uido entre duas superfícies ▪ redução do desgaste.
deslizantes. O uido forma
MANUTENÇÃO MECÂNICA 61
Formas básicas de lubricação
SEÇÃO 3
Lubricantes líquidos
Hidrodinâmica – É a forma pela qual somente ocorre o atrito
▪
As mais variadas substâncias são utilizadas como lubricantes. Para tan- Na sua maioria são compostos,
to, são classicados conforme seu estado físico. fundamentalmente, de carbono
e hidrogênio, sob forma de hi-
drocarbonetos. Dependendo das
Classicação dos lubricantes ligações atômicas desses compos-
▪ gasosos – Ar ou outro tipo de gás inerte; tos os óleos se dividem em dois
tipos: com base naftênicas e com
▪ líquidos – Óleos em geral; base parafínicas.
▪ semissólidos – Graxas;
▪ sólido – Grate, talco, mica, etc. Esses dois tipos de base apre-
sentam propriedades peculiares a
Os mais utilizados são os líquidos e semissólidos, ou seja, os óleos e as cada tipo, o que os indicam para
graxas, respectivamente. determinadas aplicações. Não é
correto armar que um óleo com
base naftênica é melhor ou pior
que o com base parafínica. Veja a
seguir o quadro de características
de cada um.
Esses óleos básicos parafínicos, naftênicos ou mistos são convenien - jato, óleos hidráulicos especiais,
temente misturados com aditivos ou óleos graxos e demais elementos etc.
lubricantes a m de proporcionar um lubricante adequado para as ▪ os ésteres de organofosfa-
mais variadas nalidades. to – Alto poder lubricante, não
é inamável, baixa volatilização,
Óleos graxos boa resistência à oxidação, sua
estabilidade só é satisfatória até
São os óleos de origem orgânica, vegetal ou animal. Foram os primei- os 150°C. Emprego: uidos hi-
ros lubricantes utilizados pelo homem. Hoje, na indústria moderna são dráulicos e lubricantes de baixa
pouco utilizados, substituídos quase na sua maioria por óleos minerais temperatura.
por não sofrerem hidrólise nem se tornarem ácidos ou corrosivos com ▪ os ésteres de silicato – Boa
o passar do tempo. Têm como principal vantagem a sua capacidade de relação viscosidade e tempera-
aderência nas superfícies. Sua principal desvantagem é a sua baixa resis- tura, uma das melhores entre os
tência à oxidação, tornando-se rançosos com o passar do tempo. óleos sintéticos, baixa volatiliza-
ção. Deixa a desejar, porém, na
Óleos compostos sua estabilidade térmica e hidro-
lítica. Quando contaminado com
São óleos compostos, na sua maioria, por óleos minerais e óleos g raxos. água, os silicatos se decompõe,
Geralmente essa mistura se dá na ordem de 3% a 30% de óleo graxo formando depósitos abrasivos de
misturado ao óleo mineral. Tem como objetivo conferir ao lubricante sílica. Emprego: uidos hidráu-
maior facilidade de emulsão em presença de vapor de água e em locais licos de alta temperatura, uidos
sujeitos a um grande esforço ou carga. de transferência de calor e em
graxas especiais.
Óleos sintécos ▪ os silicones – Volatilidade
baixa, alta resistência à oxidação,
Devido às necessidades industriais e às elevadas exigências dos equipa- boa estabilidade térmica e hidro-
mentos militares, houve a necessidade de se criarem lubricantes cada lítica, mínima variação da viscosi-
vez mais aptos a suportar as mais severas e adversas condições possíveis. dade com a temperatura. Empre-
Essas necessidades forçaram a indústria química a criar ou melhorar cer- go: locais onde a temperatura não
tas substâncias lubricantes, conhecidas como produtos sintéticos. pode inuenciar na viscosidade
do lubricante.
Os óleos sintéticos são classicados geralmente em cinco grupos, que ▪ os compostos de ésteres de
são: poliglicol – Excelente relação
viscosidade-temperatura, estabi-
lidade térmica, baixa volatilidade,
▪ os ésteres de ácido dibásico – Alto poder de lubricação, compa- resistência à inamação e alto po-
rado aos melhores lubricantes minerais, estabilidade térmica e resis- der lubricante, pouca resistên-
tência à oxidação; tem grande efeito solvente, principalmente sobre cia à oxidação, porém pode ser
vernizes, plásticos e borrachas. Emprego: lubricação de motores a melhorado com aditivo antioxi-
MANUTENÇÃO MECÂNICA 63
Viscosidade: Viscoso. dante. Emprego: lubricante em ▪ Índice de Viscosidade – É a
diversas aplicações e como uido relação entre a viscosidade de um
hidráulico. óleo e a temperatura, em valores
numéricos.
Propriedades dos óle- ▪ Ponto de Fluidez – Também
Tempo: Segundos. chamado de ponto de congela-
os
mento ou ponto de gota, é mar-
▪ Viscosidade – Fundamental cado pela temperatura mínima da
na lubricação hidrodinâmica. A uidez.
viscosidade de um uido é o va- ▪ Ponto de Fulgor – É a me -
lor de sua resistência ao cisalha- nor temperatura pela qual há um
mento. Faz-se presente através da desprendimento de vapor e este
interação molecular do uido. se inama, momentaneamente,
formando um lampejo. Através
Popularmente, a viscosidade é o desse teste é possível avaliar até
campo do lubricante. Um óleo que temperatura o óleo poderá
com grande viscosidade tem di- trabalhar.
culdade de uir, já um óleo com ▪ Densidade – O valor da
baixa viscosidade, é no, uindo densidade como fator de especi-
facilmente. cação de um lubricante é muito
reduzido. Normalmente é medida
Podemos então garantir que a pelo grau API.
viscosidade de um óleo é inversa- ▪ Ponto de Combustão – Tem-
mente proporcional à sua uidez. peratura mínima pela qual o óleo
Geralmente é medida com apare- se sustenta sem iniciar a queima.
lhos chamados de viscosímetros e
é expressa em relação ao tempo
no escoamento que se dá através SEÇÃO 4
de um tubo metálico especíco. Lubricantes pastosos
(graxas)
Principais fatores para a escolha
do óleo lubricante em relação à Esse tipo de lubricante compre-
viscosidade ende as graxas e as composições
betuminosas.
▪ Velocidade – Quanto maior
a velocidade, menor deve ser a Composições betumi-
viscosidade. nosas
▪ Pressão – Quanto maior for
a carga, maior deve ser o grau de São lubricantes de elevada resis-
viscosidade. tência e aderência feitos à base de
óleos minerais misturados com
▪ Temperatura – Quanto maior asfalto. Necessitam de aqueci-
a temperatura, maior deve ser a mento prévio para serem aplica-
viscosidade. dos ou diluídos em solventes não
▪ Folgas – Quanto menor a fol- inamáveis. Exemplo de empre-
ga, menor deve ser a viscosidade. go: em engrenagens expostas e
▪ Acabamento – Quanto maior em cabos de aço.
o acabamento das peças, menor
pode ser a viscosidade do óleo
lubricante.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 65
Podem ser classicados em com - esterilização. São usados o nitro-
postos orgânicos e sólidos lami- gênio, o ar atmosférico e os gases
SEÇÃO 7
nares. halogenados. Sistemas de lubricação
Escolher o método mais eciente
▪ Compostos Orgânicos – de lubricação depende dos se-
grupo formado pelas ceras, para- SEÇÃO 6 guintes fatores:
nas, constituídos de gordura e
sabão. Emprego: estampagem e Adivos ▪ tipo de lubricante;
trelação. ▪ grau de viscosidade;
▪ Sólidos Laminares – seu Aditivos são substâncias que en- ▪ quantidade;
sistema estrutural é composto em tram na formulação de óleos e
graxas para conferir-lhes cer- ▪ custo do dispositivo de lubri-
camadas, com alto ligamento mo- cação.
lecular na mesma camada e fraco tas propriedades especícas que
ligamento entre as camadas. aperfeiçoam o desempenho, a
durabilidade e a resistência desses No quadro a seguir, você verá a
lubricantes. comparação entre os tipos de lu-
Pertencem a essa categoria a gra- bricantes pastosos (graxas) e lí-
ta, o dissulfeto de molibdênio, quidos (óleos). Observe!
a mica, o talco, o dissulfeto de São alguns dos aditivos mais uti-
tungstênio, o bórax e o sulfato de lizados nos lubricantes para as
prata. indústrias:
▪ – Lubricante sólido
Grafta ▪ agentes antidesgastes;
mais usado. É constituída de ▪ inibidores de oxidação;
carbono na forma cristalina e ▪ inibidores de corrosão (inibe
permite a moagem em granu- compostos ácidos);
lometria na. Sua obtenção é a
partir do carvão antracitoso e do ▪ dispersantes;
coque de petróleo. ▪ detergentes;
▪ emulsicantes;
Propriedades: uso em tempera- ▪ agentes de oleosidade;
turas até 370°C; usada também
como carga em graxas para alta ▪ agentes de aderência;
temperatura. ▪ melhoradores do índice de
viscosidade;
▪ Dissulfeto de Molibdênio ▪ abaixadores do ponto de
(MoS2) – Extraído da molibde- uidez;
nita. Pó preto brilhante que atua ▪ antissépticos;
bem até uma temperatura de ▪ diluentes;
400 °C e tem grande capacidade
▪ controladores de odor;
de aderência. É usado em locais
onde há extrema pressão. ▪ repelentes de água.
Lubricantes gasosos
Utilizados em casos especiais,
onde não é possível usar os de-
mais tipos de lubricantes, muitas
vezes por questão de limpeza e
MANUTENÇÃO MECÂNICA 67
Por outro lado, para equipamentos mais antigos, é comum não se dispor
Lubricantes: Uso inadequa- de informações precisas e claras sobre os tipos de lubricação a serem
do de certos lubricantes. adotados nem os tipos de lubricantes que devem ser utilizados. O mé-
todo vai se valer dos conhecimentos da equipe técnica de manutenção
com o auxílio dos tecnólogos, engenheiros e projetistas, para determinar
o tipo de lubricante a ser utilizado. De modo geral, pode-se obedecer às
seguintes indicações genéricas, de acordo com o método de lubricação
ou tipo de conjunto utilizado:
Com isso, nalizamos esta unidade curricular. Esperamos que você, de-
pois dessa travessia, sinta-se verdadeiramente preparado para enfrentar
o mercado de trabalho com todos os desaos que ele apresenta.
Mantenha-se rme em seus estudos e, sucessos em sua caminhada!
MANUTENÇÃO MECÂNICA 69
Finalizando
Caro aluno! Parabéns pelo termino de mais esta Unidade Curricular.
Espero que este material tenha contribuído para seu aperfeiçoamento prossional e que seja
o inicio ou a continuidade de seus estudos em relação à Manutenção Mecânica (Manutenção
Industrial).
Você pode tornar está unidade curricular o inicio de uma prossão, vai encontrar uma gran-
de área para atuar, nos diversos seguimentos industrial, pois toda empresa tem uma área de
manutenção, basta somente especializar-se (Alimentícias, Cerâmica, Metalmecânica, Têxteis,
etc.).
A Manutenção Mecânica é uma atividade importante para o crescimento das empresas, em
geral, e consequentemente para o país, pois manter a funcionalidade das máquinas e equipa-
mentos é prioritário para que haja lucratividade, por tanto, se você desejar atuar na área da
manutenção mecânica, especialize-se.
MANUTENÇÃO MECÂNICA 71