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CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO

CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

DIN201 - DESENHO GEOMÉTRICO E GEOMETRIA DESCRITIVA

Prof.ª Ma. Juliana Ferreira Soares

2017

Apostila elaborada pela Prof.ª Ma. Juliana Ferreira Soares


SUMÁRIO

Materiais para a disciplina ..................................................................................................................... 4


Desenho Geométrico.............................................................................................................................. 5
Unidade 1 – Morfologia geométrica ...................................................................................................... 6
1. Ponto: .......................................................................................................................................... 6
2. Linha: .......................................................................................................................................... 6
3. Plano: ........................................................................................................................................ 10
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 11
4. Ângulos ..................................................................................................................................... 15
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 19
5. Escalas: uso e aplicações .......................................................................................................... 23
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 25
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 26
Unidade 2 – Construções geométricas ................................................................................................. 27
1. Polígonos: ................................................................................................................................. 27
2. Triângulos: ................................................................................................................................ 30
3. Quadriláteros:............................................................................................................................ 33
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 36
4. Circunferência e Círculo ........................................................................................................... 41
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 44
5. Ovais ......................................................................................................................................... 47
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 47
6. Figuras equivalentes.................................................................................................................. 50
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 50
Geometria Descritiva ........................................................................................................................... 52
Unidade 3 – Estudo do ponto ............................................................................................................... 55
1. Representação do ponto: ........................................................................................................... 55
2. Posições de um ponto: .............................................................................................................. 57
Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 66
Unidade 4 – Estudo da reta .................................................................................................................. 67
1. Condições geométricas: ............................................................................................................ 67
2. Representação da reta: .............................................................................................................. 67
3. Posições da reta:........................................................................................................................ 68

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Exercícios práticos: .......................................................................................................................... 77
Unidade 5 – Estudo do plano ............................................................................................................... 78
1. Condições geométricas ............................................................................................................. 78
2. Diferentes posições de um plano .............................................................................................. 79
Referências........................................................................................................................................... 83

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Materiais para a disciplina

• Lapiseira ou lápis – Lápis grafite H (traço fino), B (traço largo) ou HB (traço intermediário).
Lapiseira grafite 0.5 (traço fino) ou 0.7 (traço largo).
• Borracha branca e macia.
• Escalímetro (sugere-se a marca Trident).
• Esquadro – Ângulos de 30°, 60° e 90° (sugere-se a marca Desetec).
• Esquadro – Ângulos de 45° e 90° (sugere-se a marca Desetec).
• Compasso (sugere-se a marca Trident).
• Transferidor (sugere-se a marca Desetec).

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Desenho Geométrico

O desenho é a maneira de expressar graficamente a forma de determinado objeto, de modo que


há a necessidade de se ter previamente o conhecimento das formas a serem representadas. Todas as
coisas que conhecemos e que estamos habituados a ver, se apresentam aos nossos olhos como formas
geométricas (Januário, 2013). O estudo destas formas se realiza pela sua comparação com uma série
de formas geométricas “padrões”, estabelecidas e definidas pela sua grande simplicidade e que se
encontram dentro da própria geometria (Carvalho, 1958).

“linha sinuosa” “arcos”

“semi-esfera” “linhas paralelas”

“pirâmide” “esfera”

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Unidade 1 – Morfologia geométrica

Morfologia geométrica é o estudo das formas geométricas. Chamam-se elementos fundamentais


da geometria: o ponto, a linha e o plano.

1. Ponto:

É a figura mais simples da geometria. Não tem dimensão, isto é, não tem comprimento, nem
largura, nem altura. É determinado pelo cruzamento de duas linhas. É representado por um simples
ponto e por letras MAIÚSCULAS do alfabeto latino.

2. Linha:

É o deslocamento contínuo de um ponto, ou uma sucessão de pontos. É representada por letras


minúsculas do alfabeto latino. A linha tem apenas uma dimensão.

▪ Classificação das linhas quanto à forma:

Linhas sinuosas: quando é formada apenas por linhas curvas irregulares e em sentidos diferentes.

Linhas curvas: quando o deslocamento do ponto muda a direção do traçado.

Linha reta: quando a trajetória do ponto “P” segue sempre a mesma direção.

Linhas mistas: formada por segmentos de retas e curvas unidas numa sequência sem interrupção.

6
Linhas poligonais ou quebradas: quando é formada por linhas retas e muda a direção de pedaço em
pedaço.

Linhas onduladas: quando é formada por linhas curvas regulares.

▪ Classificação das linhas quanto à posição no espaço:

Linha inclinada: possui uma Linha horizontal: possui Linha vertical: possui
angulação diferente de 0°, angulação de 0° e 180°. angulação de 90°.
90° e 180°.

r
r

▪ Classificação das linhas quanto à direção:

Linhas convergentes: quando todas as linhas se Linhas divergentes: quando se dirigem para
dirigem para a mesma direção. pontos diferentes.

▪ Classificação das linhas quanto à posição relativa:

Linhas paralelas: duas ou mais linhas que conservam a mesma distância quando são prolongadas no
sentido positivo ou negativo.

7
Linhas perpendiculares: quando duas linhas formam entre si ângulos de 90°.

Linhas oblíquas: são inclinadas uma em relação à outra. Possui uma angulação diferente de 0°, 90°,
180° e 270°.

▪ Classificação das linhas quanto à definição:

Linha reta: não possui início e fim conhecidos, podendo ser percorrida nos dois sentidos pelo ponto P
gerador; percorrendo à esquerda, sentido negativo, e à direita, sentido positivo.

Linha semi-reta: quando estiver definida apenas por uma extremidade, à esquerda ou à direita da
mesma, e a outra indo ao infinito.

Seguimento de reta: a linha é segmento de reta quando a reta estiver definida nas duas extremidades.

A B

Reta suporte: aquela que contém o segmento ou os seguimentos de retas.


A B r

Seguimentos colineares: quando um suporte possui vários segmentos.

A B C D r
0

8
Seguimentos congruentes: segmentos que tem a mesma medida.

A B E F
C D

Seguimentos adjacentes: são segmentos colineares e consecutivos.

A B C D E r

Seguimento consecutivos: são segmentos de poligonais com uma extremidade comum.


D
B
F G

A C
E

▪ Mediatriz

Chama-se mediatriz de um segmento de reta a perpendicular traçada ao meio desse segmento.

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Linhas convencionais para o uso geométrico:

3. Plano:

É um objeto geométrico infinito com duas dimensões. É representado por letras minúsculas do
alfabeto grego (π, σ, β, μ, α, ψ, entre outras.).

β γ

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Exercícios práticos:

Traçado de linhas perpendiculares, paralelas e oblíquas

1) Traçar linhas paralelas (horizontais, verticais e inclinadas) com o auxílio da régua paralela e dos
esquadros.

̅̅̅̅ passando por um ponto C utilizando o


2) Traçar uma linha paralela ao segmento de reta AB
compasso.

̅̅̅̅ em C’. Com o centro em


a. Com o centro em C e qualquer raio, traça-se o arco que vai cortar AB
̂.
C’ e mesmo raio, traça-se o arco 𝐷𝐶
b. Com o compasso com abertura DC’, transporta-se a medida para o outro arco, fazendo para
isto centro em C’, determinando assim o ponto E. Unindo o ponto E com o C tem-se a paralela
pedida.

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̅̅̅̅ com distância de 1,5 cm utilizando o
3) Traçar duas linhas paralelas ao segmento de reta AB
compasso.

a) Com o centro do compasso em A e raio (abertura) de 1,5 cm traçar uma circunferência. Repetir
o procedimento com o centro em B.
̅̅̅̅ passando no ponto A. Repetir o procedimento no ponto
b) Traçar uma reta perpendicular à reta AB
B.
c) A interseção das circunferências com as retas perpendiculares define os pontos C e D.
d) Traçando-se uma reta pelos pontos C e D acha-se a reta paralela ao segmento ̅̅̅̅
AB.

4) Traçar linhas perpendiculares com o auxílio da régua paralela e dos esquadros.

5) Traçar uma linha perpendicular pela extremidade do segmento de reta AB ̅̅̅̅ utilizando o
compasso.
a. Marcar um ponto O em qualquer lugar fora do segmento AB ̅̅̅̅ mais próximo de A.
̅̅̅̅, traçar uma circunferência que cortará o segmento AB
b. Com o centro em O e raio OA ̅̅̅̅ em C.
c. Traça-se agora um diâmetro desta circunferência que passe por C, determinando o ponto D na
curva. Unindo P com A tem-se a perpendicular pedida.

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̅̅̅̅ passando por um ponto C deste mesmo
6) Traçar uma linha perpendicular ao segmento de reta AB
segmento utilizando o compasso.
a. Com o centro em C, traçar uma circunferência qualquer, a qual irá interceptar a reta ̅̅̅̅
AB em
dois pontos, chamados D e E.
b. Com a construção da mediatriz do segmento ̅̅̅̅
DE, teremos a perpendicular passando por C.

7) Traçar uma linha perpendicular ao segmento de reta ̅̅̅̅ AB passando por um ponto C utilizando o
compasso.
a. Com o centro em C e um raio maior que a distância deste a reta dada, traçar o arco de
circunferência que cortará a reta nos pontos D e E.
b. Com centro em D e raio ̅̅̅̅
DE traçar um arco de círculo para baixo. Com o mesmo raio e centro
em E, traçar outro arco de círculo que cortará o seu companheiro no ponto F. Este ponto ligado
ao C determinará a perpendicular pedida.

8) Traçado de linhas oblíquas com o auxílio da régua paralela e dos esquadros.

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̅̅̅̅ utilizando o compasso.
9) Achar a mediatriz dos segmentos de reta AB

a. Dado o segmento ̅̅̅̅


AB e com abertura do compasso maior do que a metade do segmento dado,
traçar um arco a partir do ponto A e outro do ponto B.
b. A interseção dos arcos determina os pontos C e D. A solução é dada pela reta perpendicular
que passa por C e D.

̅̅̅̅ em 5 partes iguais utilizando os esquadros.


10) Dividir o segmento de reta AB

a) Traçar, com origem em A, uma reta oblíqua t cujo comprimento seja conhecido e múltiplo de
5.
b) Marcar pontos na reta t referente as 5 partes.
c) Unir a extremidade da reta oblíqua t ao ponto B, formando a reta r.
d) Traçar paralelas à reta r pelos pontos marcados na reta t.

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4. Ângulos

Os ângulos são formados por duas semi-retas que têm a mesma origem.

Lado
Abertura

Vértice
Lado

Bissetriz: é a linha que divide o ângulo em duas partes iguais.

A origem dos ângulos corresponde à divisão da circunferência em 360 partes iguais. Cada parte do
1/360 foi chamada de grau. Então, a circunferência tem 360° graus. O instrumento utilizado para medir,
construir e transferir ângulos chama-se transferidor.

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Uso do transferidor:

1. Fazer coincidir a linha de pé do transferidor com um dos lados do ângulo, tendo o cuidado de colocar,
ao mesmo tempo, o vértice do ângulo com o centro do transferidor.

2. Na extremidade da circunferência será feita a leitura do ângulo desejado.

Linha de pé

▪ Classificação dos ângulos:

Ângulo raso: ângulo IGUAL a 180°. Ângulo pleno: ângulo IGUAL a 360°.

Ângulo côncavo: ângulo MAIOR que 180°. Ângulo reto: ângulo IGUAL a 90°.

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Ângulo agudo: ângulo MENOR que 90°. Ângulo obtuso: ângulo MAIOR que 90°.

Classificação quanto à relação entre os ângulos:

Ângulo complementar: um ângulo é complementar a outro quando a soma de suas medidas é IGUAL
a 90°.

Ângulo suplementar: um ângulo é suplementar a outro quando a soma de suas medidas é IGUAL a
180°.

Ângulo replementar: um ângulo é replementar a outro quando a soma de suas medidas é IGUAL a
360°.

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Ângulos consecutivos: Dois ângulos são consecutivos quando possuem o mesmo vértice e têm um
lado comum (podem, ou não, apresentar pontos internos).

Ângulos adjacentes: Os ângulos são adjacentes quando dois ângulos possuem o mesmo vértice, têm
um lado comum e NÃO apresentam pontos internos.

Ângulos congruentes: Os ângulos são congruentes quando tiverem medidas iguais.

Ângulos opostos pelo vértice: Os ângulos são opostos pelo vértice quando seus lados formam dois
pares de semi-retas opostas e são congruentes.

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Ângulos alternos: Os ângulos alternos são formados por duas retas paralelas cortadas por uma reta
oblíqua, formando oito ângulos, sendo quatro agudos (<90) iguais entre si e quatro obtusos (>90),
também iguais entre si.

Exercícios práticos:

Traçados e transporte de ângulos

1) Com o auxílio do transferidor, construa o traçado dos ângulos: 25°, 100°, 180°, 225°, 310° e 360°.

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2) Construir sobre a reta r a partir do ponto D e sem auxílio do transferidor o ângulo dado:

a. Com centro do compasso em A e abertura qualquer, marcar os pontos B e C, no ângulo dado.


b. Com centro em D e mesmo raio que traçou BC, traçar o arco marcando o ponto E na reta r.
c. Com centro em E e raio (abertura do compasso) BC, marcar o ponto F no arco traçado
anteriormente.
d. Traçar o segmento DF.

r
A D

r
A D

3) Construir a bissetriz do ângulo dado:

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4) Dadas as semirretas, construir um ângulo de 60° sem o auxílio do transferidor.

A A

5) Construir um ângulo de 75° sem auxílio do transferidor.

A A

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6) Dividir um ângulo reto em três partes iguais.

A A

7) Dadas as retas r e s em ângulo, achar a bissetriz do ângulo cujo vértice é desconhecido.

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5. Escalas: uso e aplicações

Escala é a relação da dimensão linear de um objeto ou elemento representado no desenho para a


dimensão real deste objeto ou elemento. A escala de uma reprodução pode ser diferente da do desenho
original (ABNT NBR 8196:1992).
Escala é a relação ou razão que se estabelece entre a distância gráfica e a distância natural. Os
desenhos que utilizamos em oficinas ou arquitetura, para orientar a construção de uma peça ou
residência, nem sempre podem ser executados com os valores reais das medidas da peça.

▪ Escala natural:
Representação do objeto ou elemento em sua verdadeira grandeza, ou seja, quando o desenho for do
mesmo tamanho do objeto. Temos a escala assim representada:

Escala 1:1 → Objeto



Desenho

▪ Escala de redução:
Representação do objeto ou elemento menor que sua verdadeira grandeza, ou seja, quando o desenho
de um objeto for menor do que o tamanho do mesmo.

Exemplo: O desenho de uma cadeira ou de um desenho topográfico terá que ser reduzido para caber
no papel. Ex.: 1:2, 1:5, 1:10 ...

Embora o desenho esteja reduzido, as medidas continuam reais.


Escala 1:X → Objeto

Desenho

▪ Escala de ampliação:
Representação do objeto ou elemento maior que sua verdadeira grandeza, ou seja, quando o desenho
de um objeto for maior do que o tamanho do mesmo.

Exemplo: Quando o objeto real é pequeno e se deseja desenhar em tamanho maior. Ex.: 2:1, 5:1, 10:1.

Escala X:1 → Objeto



Desenho

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Observações:

• Na escala, o primeiro número sempre é o desenho e o segundo é o objeto.


• Em escala, as medidas angulares não sofrem alteração, isto é, não sofrem redução e ampliação. Ex:
Um ângulo de 30° será representado com o mesmo valor.
• Para objetos de tamanhos normais, lápis, borracha..., usa-se escala natural 1:1.
• Objetos de grandes dimensões são representados em desenhos de tamanhos reduzidos. Ex.: 1:2,
1:20, 1:250.000, ...
• Objetos de pequenas dimensões são representados em desenhos de tamanhos ampliados. Ex.: 2:1,
5:1, 20:1, ...
• A régua só passa a ser escala quando estiver graduada.
• Sempre que possível, devemos desenhar em escala natural.

▪ Escalas numéricas:

Um desenhista arquitetônico é encarregado de colocar uma residência em um terreno. Imaginamos o


tamanho do terreno igual a um retângulo de 15 x 30 metros. No papel, cada 1 m será representado por
1 cm.

Então, um retângulo real de 15 x 30 m estará desenhado, no papel, com 15 x 30 cm. Se para cada metro
na realidade vale 1 cm no papel, e se o cm é a centésima parte do metro, teremos então 1 cm por 100
cm ou 1:100.

Este número nos diz quantas vezes o desenho é menor do que o objeto, neste caso 100 vezes.
Desenho → 1:100 ← Objeto

O desenho no papel chama-se distância gráfica = d.


O comprimento real chama-se distância natural = D.

Escala, isto é, a relação de semelhança = 1/Q

Se: d = distância gráfica


D = distância natural
1/Q = escala

Temos: 𝐝/𝐃=𝟏/𝑸 a) D = d.Q b) d =𝐃/𝑸 c) Q =𝐃/𝐝

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Exercícios práticos:

1) Quanto possuirá, na realidade, uma porta que aparece em desenho com 0,080 m na escala 1:25?

2) Um aeroporto de 1200 m de comprimento foi desenhado em papel com 96 mm, determine a escala.

3) Um terreno mede 35 m de comprimento, foi desenhado na escala de 1:100. Com quantos


milímetros aparece na distância gráfica?

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▪ Escalas gráficas:

Chama-se escala gráfica uma linha dividida em uma régua graduada, que serve para determinar sem
calcular a distância gráfica, sabendo-se a distância natural e vise-versa.

Existem escalas gráficas triangulares que possuem, em uma peça, seis graduações diferentes, indicando
as principais escalas, e dalas aumentando ou diminuindo conforme as necessidades.

As graduações podem ser feitas em uma tira de papel, caso não exista a escala desejada. Para isto é
necessário achar o título da escala.

Título de escala: é a própria razão entre a distância gráfica e a distância natural.


Ex: O título de escala de 1:100 é o cm, quer dizer o 1 cm na escala 1:100 vale 1 m.

• Para encontrar o título, basta dividir 1 pela escala.

Exemplos:

Na escala 1:10, o título é o decímetro. → 1÷ 10 = 0,1 m = 1 dm


Na escala 1:100, o título é o centímetro. → 1÷ 100 = 0,01 m = 1 cm
Na escala 1:1.000, o título é o milímetro. → 1÷ 1000 = 0,001 m = 1 mm
Na escala de 1:25, o título é 4 cm. → 1÷ 25 = 0,04 m = 4 cm
Na escala de 1:200, o título é 5 mm. → 1÷ 200 = 0,005 m = 5 mm

Exercícios práticos:

1) Construir uma escala gráfica para um título de 1:50.


2) Construir uma escala gráfica para um título de 1:125.
3) Construir uma escala gráfica para um título de 1:40.
4) Construir uma escala gráfica para um título de 1:80.

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Unidade 2 – Construções geométricas

1. Polígonos:

O polígono é uma figura geométrica plana construída por linhas consecutivas formando uma
poligonal fechada.

Exemplos:

Linha quebrada ou poligonal aberta:

Linha poligonal fechada (polígono):

▪ Elementos do polígono:

̅̅̅̅, BC
Lados: São os segmentos AB ̅̅̅̅, CD
̅̅̅̅, ... ̅̅̅̅
FA.
Ângulos internos: São ângulos formados por dois lados consecutivos.
Ângulos externos: São ângulos formados por um lado e pelo prolongamento de outro adjacente.
̅̅̅̅, AC
Diagonais: São linhas que unem os vértices não consecutivos. Ex.: AE ̅̅̅̅, BD
̅̅̅̅, ...

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▪ Polígonos regulares, irregulares e semi-regulares:

a) Polígono regular: quando tem todos os lados e ângulos congruentes.

b) Polígono irregular: quando tem os seus lados e ângulos desiguais.

c) Polígono semi-regular: quando apresenta seus lados ou ângulos alternadamente iguais.

▪ Nomenclatura dos polígonos:

Em função do número de lados, os polígonos recebem nomes especiais:

Triângulo Quadrilátero Pentágono Hexágono


3 lados 4 lados 5 lados 6 lados

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▪ Polígonos inscritos: ▪ Polígonos circunscritos:
Quando têm seus vértices na circunferência. Quando têm todos os seus lados tangentes
à circunferência.

▪ Polígonos equiângulos:
Quando têm todos os lados e ângulos iguais.

▪ Tipos de polígonos:

a) Côncavos: Quando um ou mais ângulos b) Convexos: Quando todos os ângulos


internos forem maiores que 180°. internos forem menores que 180°.

c) Estrelados: Quando são formados por d) Entrecruzados: Quando o prolongamento


cordas e ângulos iguais. de dois dos seus lados formarem outro
polígono.

Apostila elaborada pela Prof.ª Ma. Juliana Ferreira Soares


2. Triângulos:

O triângulo é um polígono de três lados e três ângulos e é classificado de acordo com seus ângulos
e lados. A soma dos ângulos internos do triângulo é igual a 180°.

▪ Elementos do triângulo:

Base: é o lado do triângulo em que se supõe que ele sente.


Vértice: é o ponto de encontro dos lados.

▪ Triângulos iguais:

Quando têm os três lados respectivamente iguais.

Apostila elaborada pela Prof.ª Ma. Juliana Ferreira Soares


▪ Triângulos semelhantes:

Quando tiverem os ângulos iguais, porém de tamanhos diferentes.

▪ Triângulos equivalentes:
Quando tiverem mesma base e mesma altura.

▪ Classificação dos triângulos quanto aos ângulos:

a) Ocutângulo: Quando tem b) Obtusângulo: Quando c) Retângulo: Quando tem


os três ângulos agudos. tem um ângulo obtuso. um ângulo reto.

▪ Classificação dos triângulos quanto às dimensões dos lados:

a) Equilátero: Quando tem b) Isósceles: Quando possuir c) Escaleno: Quando tem os


os três lados iguais. apenas dois lados iguais. três lados diferentes.

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▪ Altura do triângulo:

É a perpendicular traçada do vértice ao lado oposto. Todo triângulo tem três alturas. O ponto de
encontro das alturas chama-se ortocentro. O ortocentro, dependendo do triângulo, pode cair fora do
mesmo.

▪ Mediana:

É o segmento que une o vértice ao meio do lado oposto. Todo triângulo tem três medianas. O ponto
de encontro das medianas chama-se baricentro.

▪ Mediatriz:

É a perpendicular traçada pelo meio de cada lado do triângulo. O ponto de encontro das mediatrizes
chama-se circuncentro. A mediatriz, dependendo do triângulo, pode dar fora do mesmo.

Apostila elaborada pela Prof.ª Ma. Juliana Ferreira Soares


▪ Bissetriz:

São as bissetrizes dos ângulos internos do triângulo. O ponto sempre interno de encontro das
bissetrizes de um triângulo chama-se incentro. O incentro é o ponto usado para inscrever uma
circunferência.

▪ Hipotenusa e Catetos:

Hipotenusa é o lado que se opõe ao ângulo reto de um triângulo retângulo. E os catetos são os lados
que formam o ângulo reto de um triângulo retângulo.

3. Quadriláteros:

O quadrilátero é um polígono de quatro lados, quatro vértices e quatro ângulos. A soma dos ângulos
internos de um quadrilátero é igual a 360°.

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▪ Classificação dos quadriláteros:

Paralelogramos:
São polígonos formados por lados paralelos, dois a dois.

a) Quadrado: Possui os lados e os ângulos congruentes. No quadrado todos os lados são


perpendiculares entre si, as diagonais são de mesmo comprimento e também perpendiculares
entre si.

b) Retângulo: Possui lados iguais dois a dois e seus ângulos são retos. As diagonais do retângulo
são iguais.

c) Losango: Possui os lados iguais entre si. Os ângulos opostos são iguais, dois agudos e dois
obtusos. As diagonais não são iguais e são perpendiculares entre si.

d) Paralelogramo: Possui seus lados opostos iguais e paralelos dois a dois. Seus ângulos são dois
agudos e dois obtusos. Suas diagonais são oblíquas e desiguais.

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Trapézios:
São caracterizados por possuírem os lados opostos paralelos, que são as bases. A distância entre as
bases denomina-se altura.

a) Trapézio retângulo: Quando tem dois ângulos retos.

b) Trapézio isósceles: Quando tem os dois lados iguais não paralelos. Seus ângulos são iguais
dois a dois. Suas diagonais são iguais.

c) Trapézio escaleno: Quando possui lados e ângulos desiguais. Suas diagonais são desiguais.

Trapezóide:
É o quadrilátero irregular que não possui os lados paralelos. Todos os ângulos internos são diferentes.

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Exercícios práticos:

Construções geométricas: Polígonos, triângulos, quadriláteros, pentágonos e hexágonos

1) Construir um triângulo equilátero conhecendo-se o lado ̅̅̅̅


AB.

a. Com o centro do compasso em A e depois em B, traçar arcos que ao se interceptarem


̅̅̅̅ e BC
determinam o ponto C. Ligando AC ̅̅̅̅, teremos o triângulo procurado.

A B A B

2) Construir um triângulo qualquer conhecendo os três lados.

a. Traça-se o segmento de reta ̅̅̅̅


AB.
b. Com centro em A e abertura do compasso AC, traça-se um arco qualquer.
c. Com abertura do compasso em BC e centro em B, determina-se, na interseção com o 1º arco,
o ponto C. Unindo-se o ponto A a C e B a C, termos o triângulo pedido.

A B
A C
B C

3) Construir, com o auxílio do compasso, um triângulo conhecendo-se dois lados e um ângulo.

̅̅̅̅ e transporta-se o ângulo A, a partir de A.


a. Traça-se AB
b. Com abertura do compasso igual a AC e a partir de A, localiza-se o ponto C.
c. Ligando-se os pontos C e B, teremos o triângulo pedido.

A B
A C

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4) Construir um triângulo conhecendo-se dois lados e a altura.

̅̅̅̅ e uma reta paralela igual à altura.


a. Traça-se AB
b. Com abertura AC, fazer interseção na reta paralela determinando C.
c. Unindo AC e BC, teremos a solução.

A B
A C
h

̅̅̅̅.
5) Construir um quadrado conhecendo-se o lado AB

a. Com o auxílio dos esquadros, levantar perpendiculares pelas extremidades A e B.


b. Com abertura do compasso igual à AB e centro em A e depois em B, determinar os pontos C e
D nas perpendiculares levantadas.
c. Unindo os pontos C e D, teremos a solução do problema.

A B A B

6) Construir um retângulo conhecendo-se um de seus lados e a diagonal.

a. Traçar a vertical ̅̅̅̅


AD e estender uma perpendicular pelo ponto A e outra pelo ponto B.
b. Com centro em A e abertura AC, determinar C na horizontal traçada a partir do ponto D.
c. Traçar a reta paralela a ̅̅̅̅
AD passando-se pelo ponto C, assim teremos a determinação do ponto
B, fechando o retângulo.

A C
A D

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7) Construir um losango conhecendo-se o seu lado e a sua diagonal.

̅̅̅̅.
a. Traçar a diagonal AC
b. Com centro em A e C e abertura do compasso AD, determinar os pontos B e D.
c. Unindo B a D, teremos a resolução do problema.

A C
A D

8) Construir um paralelogramo, dados os dois lados e o ângulo.

a) ̅̅̅̅ e transportar o ângulo A, onde será encontrado um lado do retângulo.


Traçar AB
b) Com abertura do compasso AD ̅̅̅̅, localizar o ponto D no lado encontrado antes.
c) A partir do ponto D, construir uma reta paralela ao segmento AB ̅̅̅̅.
d) Com abertura ̅̅̅̅
AB e centro em D, determinar o ponto C na paralela construída.
a) Unindo-se os pontos, teremos o paralelogramo pedido.

A B
A D

̅̅̅̅.
9) Construir um hexágono regular conhecendo-se o lado AB

a. Com abertura do compasso igual ao lado, traçar arcos determinando o ponto O. Com centro
em O, traçar uma circunferência.
b. Com a mesma abertura do compasso, situam-se os pontos C, D, E, F e A que são os vértices
do hexágono procurado.

A B A B

38
̅̅̅̅.
10) Construir um pentágono regular conhecendo-se o lado AB

a. Com abertura do compasso igual a ̅̅̅̅


AB e centro em A e depois em B, traçar arcos determinando
os pontos F (inferior) e G (superior).
b. Com centro em F e abertura igual a ̅̅̅̅
AB, traçar um arco determinando os pontos I, J e H.
c. Ligar J ao ponto H para determinar E, e I ao ponto H, em cujo prolongamento teremos o ponto
C. Com a mesma abertura do lado (AB ̅̅̅̅) e centro em C e depois em E, traçar arcos determinando
o ponto D.
d. Ligando os pontos B e C, C e D, D e E, e E e A, teremos o pentágono regular procurado.

A B A B

39
̅̅̅̅.
11) Construir um heptágono regular conhecendo-se o lado AB

̅̅̅̅̅1 igual a ̅̅̅̅


a. Fazer BB AB. Com abertura AB1, descrever arco que irá cortar a perpendicular da
extremidade B em M.
b. Achar a mediatriz de MB ̅̅̅̅̅̅1 cortando a perpendicular no ponto N. ̅̅̅̅
NA é igual ao raio da
circunferência que circunscreve o heptágono de raio conhecido.

A B

̅̅̅̅.
12) Construir um octógono regular sendo dado o lado AB

̅̅̅̅ para determinar M em AB


a. Achar a mediatriz de AB ̅̅̅̅.
b. Com o centro em M e abertura MA, descrever um semicírculo determinando N na
perpendicular.
c. Com o centro em N e abertura NA, traçar na perpendicular o ponto O. O é o centro da
circunferência que circunscreve o octógono.

A B

40
4. Circunferência e Círculo

Circunferência é uma linha curva, plana, fechada e que tem todos os pontos que a constitui,
equidistantes de um ponto interior chamado centro.

• Circunferência é a linha que contorna o círculo.


• O compasso é o instrumento usado para traçar a circunferência.
• O compasso aberto é igual ao raio da circunferência.
• Uma circunferência tem infinitos raios e infinitos diâmetros.

▪ Elementos da circunferência:

a) Centro: É o ponto central, equidistante da circunferência, representado por O.


b) Raio: É a linha reta que vai do centro a qualquer ponto da curva, representado por OC.
c) Corda: É a linha reta que une os extremos de um arco, representado por DE.
d) Diâmetro: É a linha reta que passa pelo centro da circunferência e toca a mesma em dois pontos.
O diâmetro é a maior corda da circunferência e é representada por AB.
e) Arco: É a porção qualquer da circunferência. O arco é medido pelo ângulo central que o admite.
Representado por MN.
f) Flecha: É a linha reta que liga o meio do arco ao meio da corda. Representado por FG.
g) Tangente: É uma linha reta que toca apenas um ponto da circunferência. Representada por t.
h) Secante: É a linha reta que corta a circunferência em dois pontos. Representada por s.
i) Semicircunferência: É a metade da circunferência, representada por AB.

41
▪ Circunferências inscritas e circunferências circunscritas:

Inscrita: Quando for tangente a todos os lados do polígono que a contém.


Circunscrita: Quando todos os vértices de um polígono tocam a circunferência que a contém.

▪ Ângulos da circunferência:

a) Ângulo central: é o ângulo que tem o vértice no centro da circunferência e os lados são os raios.

b) Ângulo inscrito: é o ângulo que tem o vértice na circunferência e os seus lados são cordas. A
medida do ângulo inscrito é dada pela metade do arco compreendido entre os seus lados.

c) Ângulo circunscrito: quando o vértice está fora da circunferência e os lados são tangentes à
circunferência.

42
d) Ângulo de segmento: quando um dos lados for uma corda; e o vértice, um ponto de contato
entre uma tangente e a circunferência.

▪ O círculo e seus elementos:

a) Círculo: É a área da circunferência ou a porção limitada pela circunferência.


b) Semicírculo: É a área compreendida entre o diâmetro e o arco de uma circunferência.
c) Trapézio circular: é a porção do círculo compreendida entre 2 cordas da circunferência.
d) Segmento circular: É a porção do círculo limitada por uma corda e um arco.
e) Setor circular: É a porção do círculo compreendida entre dois raios e um arco.
f) Setor de coroa: É a porção da coroa circular compreendida entre dois raios do círculo maior.
g) Coroa circular: É a porção do círculo compreendida entre duas circunferências concêntricas.
h) Lúnula: É a área limitada por dois arcos de duas circunferências secantes.

43
Exercícios práticos:

Construções geométricas: Circunferências e círculos.

1) Traçar uma circunferência fazendo-a passar por dois pontos (A e B).

a. Com abertura qualquer do compasso e centro em A e depois em B, traçar dois arcos quaisquer
que se cortam em O.
b. O é o centro da circunferência procurada. Basta centrar o compasso em O, e com abertura OA
ou OB, fechar a circunferência. A
B B
A

2) Dados 3 pontos (A, B e C) não em linha reta, traçar uma circunferência passando-a pelos três
pontos dados.

a. Achar as mediatrizes da AB e BC. O encontro das mediatrizes dará o ponto O que é o centro
da circunferência.
B
B A
C
A
C

3) Determinar o centro de uma circunferência.

a. Traçada a circunferência, marcar três pontos (A, B e C) sobre a mesma e encontrar as


mediatrizes entre A e B e entre B e C.
b. O encontro das mediatrizes dará o centro da circunferência.

44
4) Achar o centro de um arco dado.

a. Localizar três pontos quaisquer do arco dado.


b. Achar as mediatrizes de AB e BC.
c. O encontro dará o ponto O que é o centro da circunferência procurada.

5) Dado o arco, divida-o em 8 partes iguais.

a. Achar, com o auxílio do compasso, a mediatriz de AB determinando o ponto C.


b. Através das mediatrizes, poderemos achar as demais partes iguais.
A

B
6) Dada a circunferência, dividi-a em três arcos iguais e inscreva o polígono regular correspondente.

a. Centrar o compasso em um ponto qualquer da curva.


b. Com a mesma abertura do raio da circunferência, localizar os pontos A e B que já
correspondem a um lado do triângulo equilátero.

45
7) Divida uma circunferência em quatro arcos iguais e inscreva o polígono regular.

a. Traçar uma circunferência qualquer.


b. Traçar os diâmetros perpendiculares entre si, passando pelo centro, determinando os pontos
ABCD.
c. Unindo estes pontos com uma linha reta, teremos o quadrilátero regular correspondente.

8) Dividir uma circunferência em cinco arcos iguais e nela inscrever o pentágono regular
correspondente.
a. Traçar uma circunferência qualquer.
b. Traçar os diâmetros perpendiculares entre si, passando pelo centro O, criando os pontos A, B,
C e D.
c. Achar o meio do raio AO determinando E.
d. Com centro em E e abertura ED, traçar o arco localizando F em OB.
e. A distância DF é 1/5 da circunferência ou um lado do pentágono regular.

9) Dividir uma circunferência em seis arcos iguais e nela inscrever o hexágono regular
correspondente.
a. Traçar uma circunferência qualquer.
b. O lado do hexágono inscrito em qualquer circunferência é igual ao raio da mesma.

46
5. Ovais

As ovais são curvas fechadas, constituídas por arcos de circunferências concordantes entre si,
possuindo dois eixos de simetria: o eixo maior e o eixo menor.

• As ovais são aplicações das concordâncias.


• As ovais são classificadas, de acordo com a natureza dos arcos, em ovais regulares e ovais
irregulares.

▪ Ovais regulares:
Ovais regulares ou falsas elipses são constituídas de arcos simétricos dois a dois, possuem dois eixos
de tamanhos diferentes denominados eixo maior e eixo menor.

▪ Ovais irregulares:
Ovais irregulares são as ovais propriamente ditas.

Exercícios práticos:

1) Construir uma oval irregular de quatro centros, conhecendo-se o eixo menor.

a. Traçar uma circunferência auxiliar igual ao diâmetro do eixo dado.


b. Traçar os diâmetros perpendiculares entre si.
c. A semicircunferência OABC já é um arco da oval.
d. Ligar C a D e prolongar.
e. Com abertura AC e centro em A e C, descrever arcos determinando os pontos 1 e 2.
f. Com centro em D e abertura D1 e D2, traçar arco concordando e fechando a oval.

47
2) Construir uma oval irregular de seis centros.

a. Traçar os diâmetros perpendiculares entre si.


b. Dividir o diâmetro AB em quatro partes iguais e no prolongamento AA’ e BB’ iguais a OE.
c. Localizar F igual a ½ de OD’ e o ponto G igual a uma vez e meia a distância OE.
d. Ligar os pontos A’F, B’F e prolongar.
e. Com abertura A’A e centro em A’, determinar A1.
f. Procedendo do mesmo modo com BB’, determinar B1.
g. Ligar A1 e B1 ao ponto G e prolongar.
h. Os centros são O, A’B’, A1B1, e G.

3) Construir uma oval regular de quatro centros conhecendo-se o eixo maior.

a. Dividir AB em quatro partes iguais.


b. Traçar três circunferências com raio igual a ¼ do diâmetro.
c. Traçar, na circunferência central, os diâmetros perpendiculares entre si.
d. Unir os extremos dos diâmetros A’C’, C’B’, B’D’ e A’D’ e prolongar.
e. Os centros são A’, B’, C’ e D’.

A B

48
4) Construir uma oval regular conhecendo-se o eixo menor.

a. Traçar os diâmetros, perpendiculares entre si, da circunferência que corta o eixo menor.
b. Ligar os pontos AD, BD, BC e AC prolongando-os.
c. ̅̅̅̅, traçar arco.
Com centro em A e B e abertura AB
d. Com centro em A, traçar arco 1,2; com centro em B, traçar arco 3,4.
e. Com centro em C, abertura C’, traçar arco 1,3 e com centro em D, abertura D2 ou D4, traçar
arco 2,4 fechando a oval.

49
6. Figuras equivalentes

Duas figuras geométricas são equivalentes quando tiverem a mesma área, independentemente de
suas formas.
• Duas figuras geométricas com dimensões iguais são equivalentes.
• Dois triângulos são equivalentes quando tiverem a mesma base e a mesma altura.
• Qualquer polígono pode ser transformado em um triângulo equivalente.

Exercícios práticos:

1) Dado um triângulo qualquer, dividi-lo em número qualquer de partes e que apresentem a mesma
área. Dividir em quatro partes, por exemplo.

a. É suficiente dividir a base no número de partes que quiser dividir o triângulo, neste caso, em
quatro pares iguais.
b. Unindo os pontos de divisão da base ao vértice C, teremos a solução procurada.

2) Construir vários triângulos equivalentes a um triângulo qualquer ABC.

a. Traçar por C uma paralela à base AB.


c. Unindo qualquer ponto desta paralela aos pontos A e B da base, teremos a solução do problema.

50
3) Construir um triângulo de área igual ao quádruplo da área de um triângulo dado.

a. ̅̅̅̅, passando pelo ponto C.


Traçar paralela AB
b. Prolongar os lados ̅̅̅̅
AB e ̅̅̅̅
AC também no mesmo sentido.
c. Transportar AC para CC1 e ̅̅̅̅
̅̅̅̅ AB para BB1 e unir C1 a B1.
d. Traçar uma reta de B a C2.
e. A solução é dada pelo triângulo AB1C1.

A B

4) Construir um triângulo equivalente a um trapézio dado.

̅̅̅̅ igual à soma das bases, isto é, AB


a. Fazer AB ̅̅̅̅ + CD
̅̅̅̅.
b. Localizar um ponto qualquer com a altura igual à altura do trapézio, o ponto P, por exemplo.
c. Unindo-se o ponto P aos pontos ̅̅̅̅̅
AB1 , teremos o triângulo AB1P que é equivalente ao trapézio
dado.

5) Dado o losando ABCD, construir um triângulo equivalente.

a. Todo triângulo que tenha um lado igual à diagonal maior e a altura igual à diagonal menor é
igual ao losango.

51
Geometria Descritiva

A geometria descritiva é a ciência que ensina a representar sobre um plano os elementos do


espaço, de modo a poder resolver graficamente os problemas relativos à sua forma, grandeza e posição.
Gaspar Monge (1746-1818) foi quem sistematizou e metodizou o estudo da geometria
descritiva.
Monge imaginou dois planos cortando-se perpendicularmente e os chamou de plano vertical e
horizontal de projeção. Esses planos dividiram o espaço geométrico em quatro diedros, que ele
numerou na ordem anti-horária (sentido trigonométrico).

π1 → Plano horizontal de projeção (PH)


π1A → Semi-plano horizontal anterior (PHA)
π1P → Semi-plano horizontal posterior (PHP)
π2 → Plano vertical de projeção (PV)
π2S → Semi-plano vertical superior (PVS)
π2I → Semi-plano vertical inferior (PVI)
π1π2 → Linha de terra (LT)
O 1° diedro é formado pelos semi-planos PVS e PHA, denotado pelo número romano I.
O 2° diedro é formado pelos semi-planos PVS e PHP, denotado pelo número romano II.
O 3° diedro é formado pelos semi-planos PHP e PVI, denotado pelo número romano III.
O 4° diedro é formado pelos semi-planos PVI e PHA, denotado pelo número romano IV.

52
▪ Linha de terra (LT): É a resultante da interseção do plano horizontal de projeção com o plano
vertical de projeção.

▪ Ângulo diedro: É o ângulo formado pela interseção de dois planos (quadrantes).

▪ Projeção ortogonal: É o pé da perpendicular traçada do ponto do espaço ao plano (P1,P2,P0).

▪ ̅̅̅̅̅2 , ̅̅̅̅̅
Projetante: É a perpendicular traçada do ponto do espaço até sua projeção no plano (PP PP1 ,
̅̅̅̅̅
PP0 ).

▪ Linha de chamada: É a linha que liga as projeções de um ponto na épura. É a projeção da


̅̅̅̅̅̅̅
projetante (P ̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅̅
2 RP1 , P2 QP0 , P1 SP0 ).

Notação:
Pontos: letras latinas maiúsculas (A, B, C,...)
Retas: letras latinas minúsculas (a, b, c,...)
Planos: letras gregas minúsculas (α, β, γ,...)
Projeções horizontais: índices ímpares (A1, r1, α1,...)
Projeções verticais: índices pares (A2, r2, α2,...)
Projeções no plano lateral (auxiliar) (A0, r0, α0,...)
Linha de terra principal (π1π2)
Linhas de terra auxiliares (π1π4, π2π3, π3π4,...)
Traços de plano: traço vertical (απ2, βπ2,...)
Traços de plano: traço horizontal (απ1, βπ1,...)
Traços de reta: traço vertical (V)
Traços de reta: traço horizontal (H)

53
▪ Épura: É o resultado do rebatimento do plano vertical de projeção sobre o plano horizontal de
projeção.

A épura é a planificação do sistema X, Y, Z. Este sistema é formado pela interseção dos planos
de projeção (π1 e π2) e um plano auxiliar de perfil, também denominado plano lateral ou plano de
terceira vista (π0). Figura 10.

Observação: De acordo com a geometria plana, um plano é considerado infinito, por isso o sistema é
representado somente pela interseção dos planos.

54
Unidade 3 – Estudo do ponto

1. Representação do ponto:

O ponto pode ser representado por suas coordenadas descritivas.

X
A (X, Y, Z) ou A{Y
Z
Sendo:
X → abscissa
Y → afastamento
Z → cota

̅̅̅̅̅0 .
Abscissa → Distância do objeto (ponto), ao plano auxiliar (π0): AA
Afastamento → Distância do objeto (ponto), ao plano vertical de projeção (π2): ̅̅̅̅̅
AA2 .
̅̅̅̅̅
Cota → Distância do objeto (ponto), ao plano horizontal de projeção (π1): AA1 .

Representação espacial (triedro tri-retângulo):

Observação: Este triedro tri-retângulo é formado pelos planos de projeção e um plano auxiliar de perfil,
denominado plano lateral ou plano de terceira vista (π0). Por convenção, as abscissas positivas serão
localizadas à esquerda do plano lateral.

55
Representação em épura:

Para exemplificar, representamos em épura um ponto A (30, 20, 10), incluindo a terceira vista.

No exemplo acima, o procedimento para obtenção foi realizado da seguinte maneira:

a) Sobre a linha de terra (eixo X), a partir da origem, para a esquerda, marcou-se 30mm;
b) No ponto da abscissa 30, foi traçada uma linha de chamada, e
c) Sobre esta linha foram marcadas 20mm e 10mm, correspondente respectivamente ao
afastamento e à cota.

E para obtenção da terceira vista, o procedimento foi o seguinte:

a) Projetar a cota e o afastamento sobre o eixo YZ;


b) Rebater o afastamento no sentido anti-horário, até coincidir com a linha de terra;
c) Traçar por esta coincidência uma linha de chamada que interceptará a linha de cota, resultando
a imagem A0.

56
2. Posições de um ponto:

Em relação aos planos de projeção, um ponto pode ocupar nove posições distintas.

1) Espaço – 1º diedro: quando possui cota (Z) e afastamento (Y) positivos.

Representação espacial: Representação em épura:

57
2) Espaço – 2º diedro: quando possui cota (X) positiva e afastamento (Y) negativo.

Representação espacial: Representação em épura:

58
3) Espaço – 3º diedro: quando possui cota (Z) e afastamento (Y) negativos.

Representação espacial: Representação em épura:

59
4) Espaço – 4º diedro: quando possui cota (Z) negativa e afastamento (Y) positivo.

Representação espacial: Representação em épura:

60
5) Pertencente ao π1A: quando possui afastamento (Y) positivo e cota (Z) nula.

Representação espacial: Representação em épura:

61
6) Pertencente ao π1P: quando possui afastamento (Y) negativo e cota (Z) nula.

Representação espacial: Representação em épura:

62
7) Pertencente ao π2S: quando possui cota (Z) positiva e afastamento (Y) nulo.

Representação espacial: Representação em épura:

63
8) Pertencente ao π2I: quando possui cota (Z) negativa e afastamento (Y) nulo.

Representação espacial: Representação em épura:

64
9) Contido na linha terra: quando possui cota (Z) e afastamento (Y) nulos.

Representação espacial: Representação em épura:

65
Exercícios práticos:

Representar em épura os seguintes pontos, incluindo a terceira vista e indicando suas posições.

A (2, 1, 3)
B (3, 1, -2)
C (1, 0, 0)
D (1,5, 0, -1,5)
E (3,5, -1,5, 2,5)
F (0, -3,5, 0)
G (1, -2, -2,5)
H (2,5, 0, 2)
I (4, -3, 1)

66
Unidade 4 – Estudo da reta

1. Condições geométricas:
Uma reta é determinada a partir de dois pontos.

2. Representação da reta:

Representação plana:

Representação espacial: Representação em épura:

67
3. Posições da reta:

1) Em relação a um plano:

Em relação a um plano de projeção, uma reta pode ocupar três posições distintas:

Paralela (//) – Projeção em verdadeira grandeza (VG).


Perpendicular (┴) – Projeção acumulada (PA).
Oblíqua ( ) – Projeção reduzida (PR).

68
2) Em relação aos planos de projeção:

Em relação aos planos de projeção, uma reta pode ocupar sete posições distintas, que serão estudadas
a seguir.

▪ Reta fronto-horizontal ou reta paralela à linha de terra:

Características:
Cotas iguais.
Afastamentos iguais.
Paralela ao π1 então no π1 tem verdadeira grandeza.
Paralela ao π2 então no π2 tem verdadeira grandeza.
Perpendicular ao π0 então no π0 tem projeção acumulada.
A reta fronto-horizontal por apresentar projeção acumulada (PA) no plano lateral (π 0) forma com o
mesmo 90°.

Representação espacial: Representação em épura:

69
▪ Reta horizontal ou reta de nível:

Características:
Cotas iguais.
Afastamentos diferentes.
Paralela ao π1 então no π1 tem verdadeira grandeza.
Oblíqua ao π2 então no π2 tem projeção reduzida.
Oblíqua ao π0 então no π0 tem projeção reduzida.
̂ é o ângulo que a reta faz com π2.

𝛽̂ é o ângulo que a reta faz com π0.
V é o traço vertical da reta.

Representação espacial: Representação em épura:

70
▪ Reta frontal ou reta de frente:

Características:
Cotas diferentes.
Afastamentos iguais.
Oblíqua ao π1 então no π1 tem projeção reduzida.
Paralela ao π2 então no π2 tem verdadeira grandeza.
Oblíqua ao π0 então no π0 tem projeção reduzida.
𝛿̂ é o ângulo que a reta faz com π1.
𝜖̂ é o ângulo que a reta faz com π0.
H é o traço horizontal da reta.

Representação espacial: Representação em épura:

71
▪ Reta de topo:

Características:
Cotas iguais.
Afastamentos diferentes.
Paralela ao π1 então no π1 tem verdadeira grandeza.
Perpendicular ao π2 então no π2 tem projeção acumulada.
Paralela ao π0 então no π0 tem verdadeira grandeza.
V é o traço vertical da reta.

Representação espacial: Representação em épura:

72
▪ Reta de vertical:

Características:
Cotas diferentes.
Afastamentos iguais.
Perpendicular ao π1 então no π1 tem projeção acumulada.
Paralela ao π2 então no π2 tem verdadeira grandeza.
Paralela ao π0 então no π0 tem verdadeira grandeza.
H é o traço horizontal da reta.

Representação espacial: Representação em épura:

73
▪ Reta de perfil:

Características:
Cotas diferentes.
Afastamentos diferentes.
Abscissas iguais.
Oblíqua ao π1 então no π1 tem projeção reduzida.
Oblíqua ao π2 então no π2 tem projeção reduzida.
Paralela ao π0 então no π0 tem verdadeira grandeza.
𝜅̂ é o ângulo que a reta faz com π1.
𝜃̂ é o ângulo que a reta faz com π2.
𝜌̂ é o ângulo que a reta faz com π1.
𝜆̂ é o ângulo que a reta faz com π2.

Representação espacial: Representação em épura:

74
Representação espacial: Representação em épura:

Apostila elaborada pela Prof.ª Ma. Juliana Ferreira Soares


▪ Reta oblíqua, reta genérica ou reta qualquer:

Características:
Cotas diferentes.
Afastamentos diferentes.
Oblíqua ao π1 então no π1 tem projeção reduzida.
Oblíqua ao π2 então no π2 tem projeção reduzida.
Oblíqua ao π0 então no π0 tem projeção reduzida.

Representação espacial: Representação em épura:

76
Resumo:

Representação da reta (em épura) no primeiro diedro:

Exercícios práticos:

Representar em épura as retas abaixo, assinalar a projeção que estiver em VG, determinar o traço da
reta, e denominá-las.

a) AB d) GI
A (3, 1, 2) G (3, 3, 0)
B (1, 1, 5) I (3, 0, 0)

b) CD e) JK
C (4, 0, 0) J (3, 1, 3)
D (1, 3, 0) K (3, 3, 1)

c) EF f) LM
E (0, 1, 3) L (4, 0, 2)
F (0, 1, 0) M (1, 0, 2)

77
Unidade 5 – Estudo do plano

1. Condições geométricas

Um plano α pode ser determinado por:

• Três pontos (A, B e C) não alinhados.


• Um ponto e uma reta (A e r).
• Duas retas que se cortam (r e s).

Os planos são representados por seus traços. Traços de um plano são retas onde o plano intersecta
o PH ou PV. Quando o plano intersecta o PH tem traço horizontal. Quando o plano intersecta o PV
tem traço vertical.

Na figura acima podemos observar um plano qualquer α que corta os planos de projeção PH e
PV nos traços α1 e α2, respectivamente. Este plano é chamado de "qualquer" porque, como no caso da
reta qualquer, é oblíquo aos dois planos de projeção PH e PV. Observe a épura e veja que os traços α 1
e α2 são oblíquos à LT. Os dois traços se encontram na LT, isto ocorre com todo plano que intersecta
os dois planos de projeção.

78
2. Diferentes posições de um plano

1) Plano horizontal, de nível ou paralelo ao PH

Imagine um cubo apoiado sobre o PH e encostado no PV. Agora pense em um plano infinito e
passando pela face superior do cubo (tampa). Esse plano ocupa uma posição horizontal e paralela ao
PH e por isto recebe este nome.
Por ser paralelo ao PH não o cortará, logo, apresenta apenas o traço vertical que é paralelo à LT.
Qualquer ponto contido nele se projeta verticalmente sobre seu traço vertical. Qualquer figura contida
nele se projeta em VG no PH.

2) Plano frontal ou paralelo ao PV

Imagine outro plano passando por outra face do cubo, exatamente ao contrário do plano horizontal,
isto é, paralelo ao PV, ou seja, em uma posição frontal ao PV. Por ser frontal ao PV ele recebe este
nome.
Por ser paralelo ao PV não o cortará, logo, apresenta apenas o traço horizontal que é paralelo à LT.
Qualquer ponto contido nele se projeta horizontalmente sobre o seu traço horizontal. Qualquer figura
contida nele se projeta em VG no PV.

79
3) Plano de perfil ou perpendicular a LT

Imagine um plano passando por aquela face do cubo que forma com o PV e PH um ângulo reto, e
observe que, se tivermos o PV como referência este plano está em uma posição lateral, ou seja, está
sendo visto de perfil e por este motivo recebe este nome.
No plano de perfil os dois traços são perpendiculares à LT, sendo esta a condição que o caracteriza.
Qualquer ponto contido nele se projeta sobre seus traços. Qualquer figura contida nele não se projeta
em VG.

4) Plano vertical ou perpendicular ao PH

Já imaginamos planos passando por todas as faces do cubo, passemos agora a imaginar planos
passando pelas diagonais das faces. Pense em um plano que passa pela diagonal da face superior
(tampa) do cubo. Este plano encontra-se em uma posição como no caso do plano frontal, porém não
se encontra de frente ao PV, ele é apenas vertical, então ele recebe este nome.
Este plano se caracteriza por ter seu traço vertical perpendicular à LT e seu traço horizontal pode
ter qualquer direção diferente de 90°. Qualquer ponto contido nele se projeta horizontalmente sobre
seu traço horizontal. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.

80
5) Plano de topo, ou perpendicular ao PV

Agora imagine este plano ao contrário, isto é, passando pela diagonal da face frontal do cubo. Para
quem olhar para o PV verá este plano de cima, isto é, de topo, então ele recebe este nome.
No plano de topo o traço horizontal é perpendicular à LT e o traço vertical pode ter qualquer direção
diferente de 90°, sendo esta a condição que o caracteriza. Qualquer ponto contido nele se projeta
verticalmente sobre seu traço vertical. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.

6) Plano que passa pela LT

Imagine agora um plano passando pela diagonal da face lateral do cubo. Se o cubo ainda se
encontra encostado no PV e PH e na LT, este plano certamente cortará a LT e por isso ele recebe este
nome.
Este é o único caso em que um plano não pode ser determinado por seus traços, pois estes estão
confundidos com a LT. É necessária, então, outra informação para determinar sua posição.
Normalmente se utiliza um ponto do plano, assim, o plano é dado pela LT e o ponto A. Qualquer figura
contida nele não se projeta em VG.

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7) Plano de rampa ou paralelo a LT

Agora imagine este plano em uma posição invertida, isto é, sem cortar a LT de forma que se
olharmos de frente para o PV, veremos o plano formando uma rampa, por isto recebe este nome.
Por ser paralelo à LT não poderá cortá-la, logo, seus dois traços são paralelos à LT. Qualquer ponto
contido nele se projeta entre seus traços. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.

8) Plano Qualquer

Até o momento já pensamos em sete possibilidades diferentes para a posição de um plano em


relação à um cubo. Se você imaginar um plano passando por outras diagonais ou faces, ou até mesmo
encostando o plano no PH ou PV chegará à conclusão de que se trata de planos já estudados. No,
entanto, existe uma posição que ainda não exploramos.
Essa posição que ainda não estudamos é justamente aquele plano que não é paralelo nem ao PV e
PH e tampouco perpendicular. Por não ter nenhuma das características dos planos estudados acima ele
recebe o nome de plano qualquer.
Por ser oblíquo aos dois planos de projeção seus dois traços são oblíquos à LT, sendo esta a
condição que o caracteriza. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.

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Referências

ABNT NBR 8196:1999. Desenho técnico - Emprego de escalas.

BORGES, G. C. de M.; BARRETO, D. G. O.; MARTINS, E. Noções de Geometria descritiva: teoria


e exercícios. 7.ed. Porto Alegre: Sagra Luzatto, 2002.

CARVALHO, B. de A. Desenho geométrico. 1 ed. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1958. 332 p.

JANUÁRIO, A. J. Desenho geométrico. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 2000. 345 p.

JANUÁRIO, A. J. Desenho geométrico. 4. ed. Florianópolis: UFSC, 2013. 314 p.

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