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Plantas taníferas,
historicamente...
Papel biológico
nas plantas:
Defesa:
Ataque de herbívoros
(vertebrados ou invertebrados), fungos, bactérias.
1. INTRODUÇÃO
⚫ Taninos hidrolisáveis
Galotaninos
Elagitaninos
⚫ Taninos condensados
⚫ Taninos complexos
2.1 Taninos hidrolisáveis
Poliol central (β-D-Glicose) – OH esterificadas com o ácido gálico.
OH
HO
OH
HO O
HO Padrão máximo de
7 OH OH
HO substituição.
HO
6
1
2
O
O
OH Precursor de
5 3 galotaninos e
4 4 6
HO OH
O
5
2
O
elagitaninos
O O 3 1 O
OH HO O
O
O
ácido gálico O
HO
OH
HO
HO OH
β-1,2,3,4,6-pentagaloil-D-glicose
2.1.1 Galotaninos
OH
G O
OH
OH
O
OH
HO O
G OH OG
O
O O
G GO O HO
O OH
G G GO OG
HO
O
O
HO OG O
O O OH
OH HO O
O O
HO
O
meta-digaloila
Ácido tânico HO O HO OH
O
OH OH
O
OH
HO OH
HO O
HO
OH Ácido tânico
2.1.2 Elagitaninos
O
HO OH
HO OH
O
O
HO O
OH
H+
HO H
O
O Ácido elágico O
O O
HO
OH
O
O
O O
OH
HO
+ O
1
HO OH 6 2
5 3
4
HO OH
HO OH HO OH
OH
Monômeros;
Dímeros;
Trímeros;
Tetrâmeros;
Oligômeros.
2.1.2 Elagitaninos
Glicose cadeira – O
substituintes equatorial HO
HO OH
OH
OH
OH
Glicose cadeira- OH
substituintes axial O
CHO
H OH OH OH
Glicose em cadeia HO H
aberta H OH
H OH
CH2OH
2.1.2 Elagitaninos
Oligômeros
Condensação de unidades
monoméricas.
2.2 Taninos Condensados ou
proantocianidinas
Proantocianidinas
Resultam em
antocianidinas após
tratamento, a quente,
com ácidos minerais.
2.2 Taninos Condensados ou
proantocianidinas
OH OH
3'
2' 4'
HO 1' 5'
O 6' HO O
8
7 9 2
6 10 3
5 4
OH OH
OH OH OH
Antocianidina
Nomenclatura trivial das proantocianidinas
OH
OH
Tipo B OH
HO
8
O
2'
1'
3'
6'
4'
5'
3' 7 9 2
2' 4'
6 10 3
5 4
HO 1' 5' OH
O 6'
8
7 9 2 OH
HO
6 10 3 OH OH
5 4
OH
OH
OH
O
HO
O HO
OH
OH
OH HO
Epicatequina-(4β→8)-catequina Epicatequina-(4β→6)-catequina
Nomenclatura trivial das proantocianidinas
Tipo A OH
HO O 2
4
OH O
OH 7
O
HO OH
HO
HO
Robinetinidol-(2β→7;4β→8)-catequina
A estereoquímica no C2 dos flavan-3-ois é
normalmente R. Podendo resultar em
configurações 2R, 3S ou 2R, 3R. Quando
ocorrem com a configuração 2S (menos
frequente) coloca-se o prefixo ent (enantio)
à frente do nome vulgar.
Exemplos:
OH
OH
3'
2' 4'
HO 1' 5'
O 6'
8
7 9 2
6 10 3
5 4
OH
OH
OH
OH
3'
OH 2' 4'
3'
2' 4' HO 1' 5'
O 6'
8
HO 1' 5' 7 9 2
O 6'
8
2 6 10 3
7 9
5 4
6 10 3 OH
5 4
OH
OH
OH
Configuração 2R, 3R Configuração 2S, 3S
Epicatequina ent-epicatequina
2.3 Taninos Complexos
OH
HO
OH
O
OH
3'
HO 2' 4'
O
O HO 1' 5'
HO O 6'
8
OH 7 9 2
O 6 10 3
O C 5 4
HO O H OH
OH OH
O
O
HO OH
HO OH HO OH
Camelitanino B
Elagitanino Complexo
3. Ocorrência e localização
⚫ Distribuição generalizada em concentrações variáveis;
⚫ Dissolvidos em vacúolos;
⚫ Quantitativos:
Fenóis totais: Métodos que utilizam reações de óxido-redução entre o
reagente e as hidroxilas fenólicas gerando complexos coloridos que são
quantificados por espectrofotometria.
Taninos: Reações com precipitação de proteínas também quantificadas por
espectrofotometria.
8. Complexação taninos-proteínas
⚫ Podem ser:
⚫ Reversíveis:
Ligações de hidrogênio – OH dos
taninos e amidas das proteínas;
Interações hidrofóbicas –
aromáticos dos taninos e cadeias
laterais alifáticas ou aromáticas dos
aminoácidos das proteínas;
⚫ Irreversíveis:
Ocorrem por auto-oxidação ou oxidação catalisada por enzimas nos
tecidos danificados do vegetal, ou ainda in vitro em exposição ao ar e
pH elevado – fenóis são transformados em quinonas, que interagem
com grupos nucleofílicos das proteínas (grupo tiol – SH – da cisteína)
formando ligações covalentes;
Estas reações conferem estabilidade ao complexo tanino/proteína,
importante no curtume do couro.
9. Atividades Farmacológicas e Biológicas
⚫ Na medicina popular, as
plantas ricas em taninos são
usadas para:
Diarreia;
Hipertensão arterial;
Reumatismo;
Hemorragias;
Feridas;
Queimaduras;
Problemas estomacais, renais
e inflamatórios.
9. Atividades Farmacológicas e Biológicas
Atividade
na cicatrização de feridas,
queimaduras e úlceras (formação de
camada protetora);
Atividadeanti-inflamatória(bloqueia
enzimas);
Potencial na inibição de problemas
degenerativos (câncer, esclerose múltipla,
aterosclerose e envelhecimento) por serem
antioxidantes;
9. Atividades Farmacológicas e Biológicas
Taninos condensados
⚫ Monômeros de catequina e epicatequina – absorvidos no intestino delgado e
metabolizados no fígado;
Taninos hidrolisáveis
⚫ Somente são absorvidos intactos quando
administrados em altas doses. Normalmente são
hidrolisados no pH alcalino do intestino delgado
liberando ácido gálico e/ou ácido elágico;
Barbatimão
⚫ Stryphnodendron adstringens
(Mart.) Coville. (Fabaceae);
⚫ Parte usada= cascas;
⚫ Origem: árvore característica do
Cerrado brasileiro.
Pitangueira
⚫ Eugenia uniflora L. (Myrtaceae);
⚫ Parte usada= folhas;
⚫ Origem: Brasil e América do Sul.
⚫ BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Brasília:
ANVISA, 2011.
⚫ BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Primeiro
Suplemento. Brasília: ANVISA, 2018.
⚫ BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 6. ed. Brasília: Anvisa, 2019.
⚫ CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Conversando sobre Fitoterapia. Ano 1, p. 1-10, dez. 2019.
⚫ CUNHA, A.P.; BATISTA, M.T. Taninos. In: CUNHA, A.P. (Coord.). Farmacognosia e Fitoquímica. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
2010. p. 291-316.
⚫ LORENZI, H.; MATOS, F.J. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008.
⚫ MELLO, J.C.P.; SANTOS, S.C. Taninos. In.: SIMÕES, C.M.O. et al. (Org.). Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. Porto Alegre:
Artmed, 2017. p. 235-248.
⚫ SAAD, G.A.; LÉDA, P.H.O.; SÁ, I.M.; SEIXLACK, A.C. Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.