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Farmacognosia II
Curso de Farmácia – 6º período
Profa. Joelma
Situação-Problema
Possuem 1 ou mais
núcleos aromáticos com
OH e/ou seus derivados
(ésteres, éteres,
glicosídeos, etc.)
1. Introdução
• Conhecidos mais de 4.200 flavonoides diferentes até
1994, superior a 7000 em 2005, e esse número
quase dobrou nos últimos 20 anos;
• Têm inúmeras funções na natureza e diversas
atividades farmacológicas;
• Na natureza ocorrem frequentemente na forma
heterosídica (O- ou C-heterosídica);
• Forma livre – aglicona ou genina.
Funções dos flavonoides nas plantas:
• Proteção dos vegetais: contra raios UV e visível; contra
insetos, fungos, vírus e bactérias;
• Atração de animais: polinização;
• Antioxidantes;
• Alelopatia;
• Inibidores de enzimas.
1'
B 8
O
O 3' 2
2' 7 9
7
8
9 2 6 A 10
C 3
6 A 10
C 3
5 4 6'
5 4 1' 5'
2'
B
O 4'
3'
O
O
8
5' 2
4' 7 9
6'
1'
B
3'
6 A 10
C 3
O 2' 5
8 4 6'
7 9 2 1' 5'
6 A 10
C 3 2'
B
O 4'
5 4 5' 3'
6' 4'
Flavona B
O O
1'
2'
3' Isoflavona
8
7 9 2
6 A 10
C 3
5 4
OH
Flavonol
3. Diferentes formas estruturais dos flavonoides (C6-C3-C6)
5'
6' 4'
1'
B 8
O
O 3'
2' 7 9 2
8
7 9 2
6 A 10
C 3
6 A 10
C 3 5 4 6'
5 4 1' 5'
2'
B 4'
O 3'
O 5'
6' 4'
Flavanona (di-hidroflavonoide)
1'
B
3'
Isoflavanona
O 2'
8
7 9 2
6 A 10
C 3
5 4
OH
Flavanonol (di-hidroflavonoide)
3. Diferentes formas estruturais dos flavonoides (C6-C3-C6)
OH
5'
6' 4'
1'
B OH
O+ 3'
2' 3'
8 2' 4'
7 9 2
6 A 10
C 3
HO
O
1'
6'
5'
5 8
4 2
7 9
OH
6 10 3
5 4
Cátion flavílio - Antocianidina OH
(Antocianinas-heterosídeos)
OH
(+)-Catequina
3. Diferentes formas estruturais dos flavonoides (C6-C3-C6)
5
5
4 6 4
6
B 1
B
1 3 3
2 2
3' 3'
4' 2' 4' 2'
5'
A 5'
A
1' 1'
6' ' 6' '
O O
6' B 3'
1' 2'
7 7a
1
6
5 A C 2
4 3
3a
O
Aurona
3. Diferentes formas estruturais dos flavonoides (C6-C3-C6)
5'
6' 4'
Cores: O
1'
B
3'
Os açúcares da
2'
Do branco ao 7
8
9 2 molécula
A C
amarelo
6
5
10
4
3 podem conter
flavona ácidos ligados:
O
6'
5'
4'
ácido acético,
B
O
1' 3' gálico, p-
Substituintes mais 8
2'
7
A
9
C
2
cumárico,
comuns: 6 10 3
5 4
OH ferúlico, etc.
OH e/ou metoxilas
O flavonol
1' 3'
HO O 2'
7
8
9 2 R1 R1=H, apigenina
6
5
10
4
3 R1=OH, luteolina
OH O
H OH
OH
H O 5'
6' 4'
HO
1' 3'
HO O O 2'
H OH 8
7 9 2
H H
6
5
10
4
3 Apigenina-7-O-β-D-
glicopiranose
OH O
4. Flavonas, flavonois e seus O-heterosídeos
R2
5'
6' 4'
HO 1' 3'
O 2'
7
8
9 2 R3 R1, R2 e R3=OH, miricetina
6 10 3
R1=H,R2 e R3=OH quercetina
5 4
OH R1 e R3=H, R2=OH canferol
OH O
OH
OH
3'
2' 4'
HO 1' 5' H
O 6' 6"
8 Me 4"
7 9 2 O OH 5"
6
5
10 3 H 1"
2" OH
OH
Quercetina-3-O-α-L-
4 H 3"
H
O H
ramnopiranosideo
OH O
4. Flavonas, flavonois e seus O-heterosídeos
Quercetina + glicose +
ramnose
Rutina
5. Flavonoides C-heterosídeos
HO H
OH
• A ligação açúcar-genina se dá HO
carbonos do anel A do HO
5'
4'
OH
Apigenina-8-C-β-D-glicopiranose
6. Antocianos
5' 4'
C
5
2
geométrica (E, Z-mais
que apresentam. 4 3a
3
comum na natureza-).
O
Aurona
Também ocorrem na
forma heterosídica.
9. Flavanonas - Di-hidroflavonoides
Ligação simples
entre os carbonos Podem interagir com
2 e 3. enzimas interferindo
em importantes
processos biológicos
Intermediários em animais.
biossintéticos da
maioria dos
Hesperidina
flavonoides.
Possuem função protetora
contra microrganismos, no
A maioria identificada até hoje vegetal.
aparece na forma heterosídica.
10. Isoflavonoides
Distribuição restrita. 8
O Substituintes mais
7 9 2
Ocorrem em grande 6 A C comuns: OH, OMe
10 3
São raras as
Núcleo fundamental formas O- e C-
Origem biossintética: via dos isoflavonoides
chalconas como os glicosídicas.
Isoflavona
demais flavonoides.
15 átomos de H3CO O O
carbono;
O
• Associados
estruturalmente e
biogenéticamente 4-arilcumarinas O
aos flavonoides e
O
isoflavonoides. H
dalbergiona
12. Biflavonoides
OH
HO
O
• Dímeros – flavonas e flavanonas,
raramente de chalconas;
• Os heterosídeos são pouco frequentes; OH O
OH
flavanona e flavona-flavanona;
• Ligações: OH O
Agatisflavona
C-C ou C-O-C
• Funções no vegetal: pouco claras –
antifúngico, alimento dissuasivo para
insetos, protetor contra UV;
• Atividades farmacológicas: estimulante
cardíaco e anti-inflamatório. Hinoquiflavona
13. Propriedades Físico-químicas dos Flavonoides
• Agliconas – em geral são cristais amarelos, solúveis em
solventes orgânicos apolares e em soluções aquosas
alcalinas;
3X 100 mL de Diclorometano
Fração Hexano
(rica em subst. apolares)
3X 100 mL de Acetato
de Etila ou n-butanol
Fração Diclorometano
(monoterpenos,
triterpenos ácidos, etc.)
• CCD preparativa;
• Recristalização;
• CLAE.
17. Doseamento de flavonoides
• CLAE.
18. Identificação de flavonoides
• Espectroscopias:
• UV - Dois máximos de absorção característicos: banda II em 240-285nm(anel
A), banda I em 300-400nm (anel B).
18. Identificação de flavonoides
• Espectroscopias:
• Infra Vermelho (IV) – compostos puros.
• RNM 1H e 13C, unidimensionais e bidimensionais
(HSQC, HMBC) – compostos puros.
• Espectrometria de Massas – MALDI (inglês: Matrix-
assisted laser desorption/ionization) - Ionização e
dessorção a laser assistida por matriz
19. Atividades Farmacológicas
Atividade preventiva em modelo animal
(Camelia sinensis);
Aumento dos níveis plasmáticos de
antitumorais como doxorrubicina,
etoposídeo, paclitaxel e tamoxifeno)
•Quelante de ferro;
•Sequestrante de radicais livres;
•Estimulantes de enzimas antiradicais
livres (catalase e superóxido-dismutase)
19. Atividades Farmacológicas
• Atividade sobre a permeabilidade vascular
(↓permeabilidade vascular e ↑da
resistência capilar):
• LORENZI, H.; MATOS, F.J. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa:
Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008.
• SAAD, G.A.; LÉDA, P.H.O.; SÁ, I.M.; SEIXLACK, A.C. Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência
na prática clínica. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
• ZUANAZZI, J.A.S.; MONTANHA, J.A.; ZUCOLOTTO, S.M. Flavonoides. In: SIMÕES, C.M.O. et al.
(Org.). Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 209-
233.