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LAUDO TÉCNICO PRELIMINAR

VISTORIA PREDIAL

UNIDADE MISTA DE SÁUDE

UNIDADE MISTA SEVERINO AZEVEDO DE OLIVEIRA


RUA MANOEL ANDRADE, N.º 09 – CENTRO, BOM JESUS/RN

Assinado de forma digital por


ANTONIO DIOGO ANTONIO DIOGO
ARAUJO:06941530448 ARAUJO:06941530448
Dados: 2021.09.22 10:26:59 -03'00'

AGOSTO DE 2021

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SUMÁRIO

1 – Informações Gerais ............................................................................................. 03


2 – Objetivo da Vistoria ............................................................................................ 03
3 – Pressupostos, Ressalvas e Fatores Limitantes .................................................... 03
4 – Caracterização .................................................................................................... 03
5 – Métodos e Procedimentos .................................................................................. 03
6 – Da Vistoria ........................................................................................................... 03
6.1 – Área Externa .................................................................................................... 04
6.2 – Estrutura de Concreto Armado ........................................................................ 07
6.3 – Argamassa e Revestimento .............................................................................. 15
6.4 – Instalações Elétricas ......................................................................................... 36
6.5 – Instalações Hidráulicas e Sanitárias ................................................................. 44
6.6 – Esquadrias ........................................................................................................ 53
7 – Vistoria SUVISA – Trechos relacionados a Estrutura Física da Edificação ........... 56
8 – Considerações Técnicas ...................................................................................... 58
9 – Considerações Finais ........................................................................................... 59
10 – Conclusão .......................................................................................................... 60

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1. INFORMAÇÕES GERAIS
PNo dia 05 de agosto de 2021 foi realizado vistoria técnica de Engenharia na
Unidade Mista Severino Azevedo de Oliveira, localizada na Rua Manoel Andrade, N.º 09, Centro
do Município de Bom Jesus/RN. A vistoria foi realizada com os Senhores: Antônio Diogo Araújo,
Eng.º Civil – CREA: 211.303.880-3, José Renan da Silva Lima, Eng.º Civil, Romildo Bezerra da Silva,
Secretário Municipal de Infraestrutura, Johnson Nei Gomes Figueiredo Administrador da
Unidade de Saúde.
2. OBJETIVO DA VISTORIA

Verificar as instalações físicas da Unidade Mista de Saúde, bem como suas


condições de estabilidade, funcionalidade, serviços da estrutura do prédio, suas anomalias e
falhas aparentes, com determinação do estado de conservação e grau de risco.

3. PRESSUPOSTOS, RESSALVAS E FATORES LIMITANTES:

A inspeção técnica foi realizada no dia 05 de agosto de 2021 no período das


11h00min as 13h00min.
As conclusões deste trabalho são baseadas em inspeções visuais e ensaios
expeditos realizados in loco baseado na bibliografia técnica pertinente.

4. CARACTERIZAÇÃO:

Trata-se de um prédio público com 01 pavimento térreo, constituído por uma


estrutura convencional de concreto armado, alvenarias de vedação de blocos cerâmicos,
revestidas com argamassa de cimento e areia, acabamento em pintura e cerâmica, esquadrias
mistas de alumínio e vidro e madeira, edificada em terreno plano na zona urbana do município,
área construída de aproximadamente 500,00m² (quinhentos metros quadrados) e idade da
construção de aproximadamente 36 anos.

5. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS:
Realização de vistoria de nível I, com identificação de anomalias e falhas
aparentes, de conformidade com as normas técnicas brasileiras e com a norma de inspeção
predial do IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia.
Consulta as normas técnicas publicadas pela ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas a seguir relacionadas: 1 – NBR – 6.188 – Execução de estrutura de concreto –
Procedimentos; 2 – NBR – 7.200 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassa
inorgânica – Procedimento.
Elaboração de laudo técnico de conformidade com a norma técnica NBR 13.752
– Perícias de engenharia na construção civil com relatório fotográfico da vistoria.
6. DA VISTORIA
A inspeção nos levou a agir segundo nossas atribuições legais, procuramos
analisar a situação das instalações físicas que está em funcionamento na unidade.

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Diante disso, fizemos observações que abaixo expomos detalhadamente, com o
objetivo de verificar e demonstrar neste relatório as condições encontradas acerca da solidez e
da funcionalidade estrutural, hidráulica, sanitária, elétrica, acerca da qualidade das esquadrias
e revestimentos de piso, parede e teto.
O prédio encontra-se ocupado e em utilização apesar da situação calamitosa dos
elementos estruturais, pelo alarmante estado mecânico dos elementos de revestimento e pela
insalubridade encontrada em praticamente todos os ambientes, diversos locais que apresentam
instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias em divergência com as especificações e esquadrias
em desconformidade com as especificações e péssimo estado de conservação.

6.1 - ÁREA EXTERNA

Foto 01 - Lado posterior da edificação, contendo reservatório de água inferior e superior,


esquadrias, sistemas de condicionadores de ar, cobertura. Verificamos irregularidades quanto a
fiação exposta diretamente a umidade, reservatório inferior apresenta diversas fissuras,
alvenarias com infiltração, pontos com mofo.

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Foto 02 - Lado posterior da edificação, contendo reservatório de água inferior e superior,
esquadrias, sistemas de condicionadores de ar, cobertura. Verificamos irregularidades quanto a
fiação exposta diretamente a umidade, reservatório inferior apresenta diversas fissuras,
alvenarias com infiltração, pontos com mofo, vãos de cobogós incompletos, entulho
proveniente de construção civil e desplacamento na laje de cobertura.

Foto 03 - Fachada frontal da edificação, apresenta condensadores de ar-condicionado em local


de fácil acesso ao público, ponto de infiltração com acumulo de lodo, calçada não atende as
larguras mínimas e demais exigências para garantir a acessibilidade, cobertura com telhas
cerâmicas apresentando alguns trechos com peças desorganizadas.

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Foto 04 - Fachada frontal da edificação, apresenta condensadores de ar-condicionado em local
de fácil acesso ao público, ponto de infiltração com acumulo de lodo, calçada não atende as
larguras mínimas e demais exigências para garantir a acessibilidade, fiação elétrica exposta para
alimentação dos condensadores.

Foto 05 - Laje em estrutura de concreto armado apresenta fissuras verticais, telhado com telha
cerâmica apresenta falha nos alinhamentos, soltas, com provável ponto de infiltração.

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6.2 - ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

Com relação a estrutura de concreto armado, foi verificado fissuras e recalques,


e desplacamento de revestimento cerâmico nos locais em que há peças como pilares e vigas,
isso ocorre em virtude dos diversos pontos de infiltração facilmente identificados pela umidade
nos elementos. Quando a umidade entra em contato com a armação da estrutura de concreto
armado ocorre a oxidação desses elementos, dando início o processo corrosivo e expansivo da
armadura, que podem aumentar de 3 a 10 vezes o volume inicial do aço.
Essa expansão provoca inicialmente a fissuração do concreto na direção paralela à
armadura corroída, o que favorece a carbonatação e a penetração de CO2 e agentes agressivos,
podendo causar o lascamento do concreto. Essa fissuração acompanha, em geral, a direção da
armadura principal.
Na realidade, o problema de corrosão é bastante completo, envolvendo uma série de
fatores, sendo potencializado quando ocorre migração – por ação de secagem, molhagem
alternada, temperaturas. Que é o que ocorre em diversos setores da unidade mista de saúde.
Tal patologia é extremamente prejudicial, uma vez que coloca diretamente em risco a
integridade da edificação, que podem chegar a colapsar.

Foto 06 - Fissura avançada no sentido horizontal, identifica possível trabalho na laje de concreto
armado.

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Foto 07 - Fissuras verticais aparentes na alvenaria.

Foto 08 - Fissuras verticais aparentes na alvenaria com desplacamento cerâmico.

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Foto 09 - Fissura na laje de concreto armado.

Foto 10 - Fissura vertical aparente no revestimento cerâmico, indica possível recalque na


fundação.

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Foto 11 - Fissura longitudinal na laje de concreto armado.

Foto 12 - Fissura longitudinal na laje de concreto armado.

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Foto 13 - Fissura no encontro da laje com a alvenaria, proveniente de movimentação de
elementos construtivos sem amarração.

Foto 14 - Fissura no encontro da laje com a alvenaria, proveniente de movimentação de


elementos construtivos sem amarração, presença de infiltração com proliferação de fungos.

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Foto 15 - Fissura no encontro da laje de concreto armado com a alvenaria, proveniente de
movimentação de elementos construtivos sem amarração, presença de infiltração com
proliferação de fungos.

Foto 16 - Fissura vertical no encontro de alvenarias, demonstrando a falta de amarração.

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Foto 17 - Fissura no encontro da laje de concreto armado com a alvenaria, proveniente de
movimentação de elementos construtivos sem amarração, presença de infiltração com
proliferação de fungos.

Foto 18 - Fissura transversal horizontal, indicando recalque da fundação.

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Foto 19 - Fissura transversal, revestimento cerâmico desplacando no trecho, indicando recalque
da alvenaria.

Foto 20 - Fissura horizontal, indicando trabalho da alvenaria.

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Foto 21 - Fissuras no teto.

6.3 - ARGAMASSA E REVESTIMENTOS

O esfarelamento é uma grave intercorrência nas propriedades técnicas da argamassa,


pode estar relacionado a diversos fatores, tais como: excesso de água, dosagem incorreta do
traço, uso de materiais de baixa qualidade, também pode ocorrer em razão das fissuras de
retração, que resultam das infiltrações.
Essa patologia é encontrada praticamente em toda a edificação, diversos locais já
soltaram da alvenaria, outros se desfazem com o simples toque e em alguns é possível verificar
que se encontra fofo e é facilmente arrasada com atrito.
Esta situação é altamente prejudicial principalmente por se tratar de um espaço aonde
as pessoas vão em busca de atendimento básico de saúde e para seus colaboradores, uma vez
que a poeira gerada por esse infortúnio é amplamente espalhada e nesses locais a proliferação
de fungos e bactérias é facilitado.
O revestimento cerâmico encontrado nas paredes está em situação crítica, uma vez que
em diversos locais já houve o desplacamento da peça do substrato e em outros as peças estão
visivelmente na eminência de se soltarem, ocorre que em virtude da situação drástica do prédio,
com a infiltração e a estrutura se corroendo o trabalho dos elementos da edificação aceleram o
processo de desprendimento dessas placas.

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A perda de aderência é um processo causado por falhas ou ruptura na interface entre
as camadas do revestimento cerâmico, ou entre as bases e o substrato (estrutura, alvenaria,
etc). Essa perda de aderência ocorre quando as tensões que surgem ultrapassam a capacidade
de aderência das ligações (BARROS et al. 1997, p. 9).
O revestimento cerâmico no piso está totalmente desgastado pelos longos anos que o
mesmo está em uso, não estando em conformidade com as normativas vigentes que exigem um
piso com o mínimo de risco de proliferação de fungos ou bactérias. O mesmo apresenta desgaste
do esmalte, fissuração e peças incompletas.

Foto 22 - Revestimento em argamassa enfraquecido, verificado em vários locais que o mesmo


está fofo e se desprendendo da alvenaria, placas em revestimento cerâmico se desprendendo
do revestimento em argamassa.

Foto 23 - Revestimento em argamassa enfraquecido, verificado em vários locais o mesmo está


fofo e se desprendendo da alvenaria, placas em revestimento cerâmico se desprendendo do
revestimento em argamassa.

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Foto 24 - Revestimento em argamassa enfraquecido, verificado em vários locais o mesmo está
fofo e se desprendendo da alvenaria, placas em revestimento cerâmico se desprendendo do
revestimento em argamassa e piso cerâmico com esmalte desgastado.

Foto 25 - Revestimento em argamassa enfraquecido, verificado em vários locais o mesmo está


fofo e se desprendendo da alvenaria, placas em revestimento cerâmico se desprendendo do
revestimento em argamassa.

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Foto 26 - Afloramento de infiltração com mofo, desprendimento de argamassa da alvenaria,
revestimento cerâmico desgastado.

Foto 27 - Revestimento cerâmico do piso com esmalte desgastado,

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Foto 28 - Desprendimento de argamassa da alvenaria, revestimento cerâmico desgastado.

Foto 29 - Afloramento de infiltração, ponto de esgoto próximo, revestimento cerâmico


desgastado sem a presença de rodapé, sem um local propicio para proliferação de fungos e
bactérias.

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Foto 30 - Revestimento cerâmico de piso altamente desgastado.

Foto 31 - Argamassa de cimento e areia enfraquecido, instável e se desprendendo da alvenaria.

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Foto 32 - Argamassa de cimento e areia enfraquecido, instável e se desprendendo da alvenaria.

Foto 33 - Ponto de infiltração recorrente, apresentando sinais de mofo (fungos).

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Foto 34 - Ponto de infiltração recorrente, apresentando sinais de mofo (fungos).

Foto 35 - Revestimento cerâmico do piso com peças danificadas e alto índice de desgaste.

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Foto 36 - Revestimento de argamassa que havia desprendido do teto com recuperação parcial.

Foto 37 - Revestimento em argamassa enfraquecido, verificado em vários locais o mesmo está


fofo e se desprendendo da alvenaria, placas em revestimento cerâmico se desprendendo do
revestimento em argamassa

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Foto 38 - Ponto de infiltração na parede e teto com alto índice de proliferação de fungos.

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Foto 39 - Revestimento cerâmico fissurado por trabalho da estrutura de concreto.

Foto 40 - Revestimento cerâmico danificado e desgastado.

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Foto 41 - Revestimento cerâmico do piso desgastado e quebradiço, ponto de acumulo de água
que tende a desprender as peças.

Foto 42 - Revestimento em argamassa em péssimo estado de conservação, com locais de


desprendimento e esfarelamento da argamassa.

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Foto 43 - Revestimento cerâmico desgastado com infiltração aparente que provocará o
desprendimento das placas cerâmicas.

Foto 44 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.

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Foto 45 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.

Foto 46 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos.

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Foto 47 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.

Foto 48 - Ponto de infiltração.

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Foto 49 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.

Foto 50 - Ponto de infiltração aparente, local de índice de proliferação de fungos, com


esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.

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Foto 51 - Ponto de alta infiltração aparente, local com índice de proliferação de fungos.

Foto 52 - Ponto de infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.

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Foto 53 - Revestimento cerâmico do piso com avançado estado de deterioração.

Foto 54 - Revestimento cerâmico de paredes desplacando-se da alvenaria.

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Foto 55 - Revestimento cerâmico das paredes encontra-se em diversos locais descolando-se das
paredes, argamassa em estado degenerativo, revestimento cerâmico de piso em avançado grau
de desgaste.

Foto 56 - Revestimento cerâmico da parede trincado.

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Foto 57 - Revestimento cerâmico desplacado pela não aderência nas argamassas.

Foto 58 - Revestimento cerâmico de parede e piso danificado.

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Foto 59 - Revestimento cerâmico da paredes desplacaram, revestimento de piso com avançado
grau de desgaste.

Foto 60 - Revestimento em argamassa esfarelando-se em diversos locais, pontos de infiltração


e ausência de peças de vedação no cobogó.

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6.4 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A instalação elétrica em uma edificação é de fundamental importância para alimentação


dos equipamentos e viabilizar um bom atendimento assistencial. Na edificação, encontramos
diversas irregularidades que prejudicam e geram risco diretamente aos seus ocupantes, sejam
os colaboradores que estão diariamente no local, seja pelos pacientes que procuram a unidade
quando necessitam.
A instalação elétrica em uma edificação deve ser instalada com mínimo quesitos que
garantem a segurança dos beneficiados. Na unidade de saúde foi encontrado diversas
irregularidades, foi encontrado fiação elétrica exposta em diversos locais, como na instalação
de aparelhos ventiladores e em tomadas soltas da caixa de fixação 4x2”. Verificamos que a fiação
elétrica que alimenta a bomba do reservatório inferior estava em contato direto com a água.
Verificamos que em praticamente todos os condensadores de ar condicionados estão com as
paredes úmidas no encontro do aparelho com as instalações elétricas
Segundo relato dos funcionários a iluminação é constantemente substituída, isso se
deve ao mal balanceamento dos circuitos, verificado o subdimensionamento da espessura da
fiação também na instalação dos ar condicionados.
Contudo, verificamos alto risco de descargas elétricas através das paredes úmidas ou
através da fiação exposta em diversos locais, verificamos o risco também de danificar os
aparelhos elétricos devido ao subdimensionamento que sobreaquece a fiação.

Foto 61 - Caixa de tomada solta, expondo a fiação.

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Foto 62 - Tomada desplacando, da alvenaria, deixando a fiação exposta.

Foto 63 - Tomada desplacando, da alvenaria, deixando a fiação exposta.

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Foto 64 - Fiação exposta, com ponto de infiltração e fissura em laje.

Foto 65 - Fiação exposta, com ponto de infiltração e fissura em laje.

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Foto 66 - Ventilador com ligação direta, fiação isolada mas exposta.

Foto 67 - Fiação exposta.

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Foto 68 - Caixa de passagem com fiação exposta.

Foto 69 - Caixa de passagem com fiação exposta.

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Foto 70 - Caixa de passagem sem vedação.

Foto 71 - Instalação de iluminação de emergência não conectada ao sistema elétrico predial,


não verificado ponto para alimentação da mesma.

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Foto 72 - Situação critica de algumas luminárias.

Foto 73 - Ventilador com fiação elétrica exposta.

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Foto 74 - Tomada sem vedação, deixando cabos a mostra.

Foto 75 - Fiação exposta e em contato diretamente com água.

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Foto 76 - Laje em estrutura de concreto armado apresenta fissuras verticais, fiação elétrica para
alimentação dos condensadores de ar condicionado exposta e ponto de dreno gotejando
diretamente na calçada.

6.5 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

As instalações hidráulicas também estão comprometidas, verificado essa situação


devido a grande quantidade de infiltrações espalhadas por toda a edificação. Outro ponto são
as instalações hidráulicas em desacordo com as normativas das edificações públicas de saúde
como torneiras que foram instaladas e não estão de acordo com as especificações corretas.
É plausível ainda informar que a edificação não possui diversos banheiros
individualizados para vários ambientes, conforme vistoria apresentada pela SUVISA. A unidade
também não dispõe de unidades acessíveis para portadores de necessidades especiais, muito
pelo contrário os banheiros existentes não proporcionam o mínimo de conforto, tanto em
relação ao ambiente físico, como com o estado de conservação das louças. Vale acrescentar os
diversos vasos sanitários que não tem as tampas de vedação para evitar a proliferação de
bactérias.
Como se não bastasse, foi em praticamente todos os lavatórios e pias a instalação
irregular do sistema de sifões, que são necessários para evitar o retorno dos gases do
esgotamento sanitário, nos gases além do mal cheiro é encontrado diversas bactérias.

Foi verificado canal para recebimento e escoamento de águas servidas, com acesso livre
para área interna da edificação, ele fica localizado em área para aberta e que serve para

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circulação interna de ar, além do acúmulo do lodo visualizado, o local é propicio para
proliferação e disseminação de fungos e bactérias.
Os ralos encontrados nos banheiros da edificação estão irregulares, alguns ralos não
possuem mais as grelhas ou estão danificadas, por ser um ambiente hospitalar as mesmas
devem estar instaladas e serem do tipo escamoteavel.

Foto 77 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário. Verificado pontos de infiltrações internas
aparente na alvenaria.

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Foto 78 - Vaso sanitário sem assento e tampa de vedação.

Foto 79 - Vaso sanitário sem assento e tampa de vedação.

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Foto 80 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, verificado pontos de infiltrações internas
aparente na alvenaria.

Foto 81 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.

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Foto 82 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, torneira em modelo não permitido.

Foto 83 - Ralo de banheiro em situação calamitosa.

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Foto 84 - Canal para águas servidas exposto dentro da edificação, sem qualquer isolamento,
localizado em área aberta utilizada para ventilação de setores internos da unidade de saúde.

Foto 85 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, torneira em modelo não permitido.

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Foto 86 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, torneira em modelo não permitido.

Foto 87 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.

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Foto 88 - Canal para águas servidas exposto dentro da edificação, sem qualquer isolamento,
localizado em área aberta utilizada para ventilação de setores internos da unidade de saúde.

Foto 89 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, bwc da sala de observação não oferece
acessibilidade à PNE’s.

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Foto 90 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.

Foto 91 - Válvula com desgaste aparente, alvenaria demonstra infiltrações.

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Foto 92 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.

6.6 - ESQUADRIAS

As esquadrias encontradas na edificação são de diversos tipos e materiais, como


poderemos ver nas imagens abaixo, é possível verificar a situação física das mesmas que
encontram-se com avançado grau de desgaste.

Foto 93 - Esquadria interna danificada e revestimento inadequado.

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Foto 94 - Portão de entrada que permite a entrada de águas da chuva

Foto 95 - Portão de entrada que permite a entrada de águas da chuva

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Foto 96 - Esquadria de madeira danificada, com revestimento inadequado.

Foto 97 - Esquadria de madeira danificada, com revestimento inadequado.

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7 – VISTORIA SUVISA – TRECHOS RELACIONADOS A ESTRUTURA FÍSICA DA EDIFICAÇÃO

Conforme Termo de Inspeção Sanitária N.º 4.070/20, emitido no dia 25 de Junho de


2020, acerca de vistoria realizada na Unidade Mista Severino Azevedo de Oliveira, o qual
discorre acerca das situação físicas da unidade em desconformidade com as normativas vigentes
para unidades de saúde.
Em análise ao respectivo relatório podemos retirar trechos que demonstram que a
estrutura física não atende as Resoluções vigentes:

“2. SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA


- Estrutura Física em desacordo com a Resolução da Diretoria Colegiada
nº 50/2002 – ANVISA, inexistindo sala de triagem, sala de inalação e sala
de utilidades;
- Triagem / Classificação de risco ocorre em corredor de circulação;

2.1 – Sala de Estabilização:


- Inexistência de lavabo cirúrgico e torneira existente não permite o
acionamento sem contato manual;
- Revestimento de parede próximo à porta desgastado.

2.2 – Consultório Médico:


- Presença de infiltração;

2.4 – Sala para observação de paciente suspeito e/ou confirmado de


COVID-19
- Não dispõe de banheiro privativo anexo;

2.6 – Repouso da equipe de enfermagem:


- Presença de Infiltração em paredes;
- Teto com revestimento danificado.

3 – CENTRO DE MATERIAL ESTERILIZADO (CME)


- Estrutura Física em desacordo com a legislação vigente, inexistindo
sanitário com vestiário para funcionário e depósito de material de limpeza
(DML).
- Funcionários desenvolvem suas atividades circulando livremente em
ambos os setores (limpo e sujo), contraponto o fluxo, o que possibilita a
contaminação cruzada.

3.1 – Setor sujo (Recepção e Limpeza)


- Presença de torneira tipo doméstica em bancada de procedimentos;
- Inexistência de lavatório e de pia de despejo para material orgânico;
- Inexiste sistema de climatização.

3.2 -Setor limpo (preparo, esterilização, armazenamento e distribuição)


- Inexiste sistema de climatização;

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- Inexiste controle de temperatura e umidade da área de
armazenamento e distribuição.

4 – ATENDIMENTO AO PARTO NORMAL:


- Estrutura física em desacordo com RDC 36/2008 – ANVISA, dispondo
apenas de uma sala de parto;
- Infiltração em parede que antecede a sala de parto;

5 – LABORATÓRIO
- Ambientes subdimensionados;
- Fluxo dos ambientes inadequados, com área de administrativa
localizada entre a sala de exames e expurgo/sala de preparação/sala de
lavagem; e a recepção dos pacientes acontece em área de circulação da
Unidade Hospitalar;

5.1 – Sala de Exames


- Acesso pela sala de coleta;

5.2 – Sala de lavagem / Expurgo / Preparação


- Ambiente único para todas as áreas;
- Acesso pela sala administrativa;
- Inexistência de depósito para resíduos comuns;
- Inexistência de exaustão;
6 – SAÚDE AMBIENTAL
6.7 – Abrigo externo de resíduos
- Estrutura em desacordo com a legislação vigente, inexistindo: pontos de
água e luz, divisória e identificação entre resíduos comuns e infectantes,
ralo com tampa escamoteável, identificação externa e revestimento das
paredes adequado.

6.2 – Área externa


- Presença de vazamento de água próximo ao estacionamento;

6.3 – Controle da qualidade da água


- Cisterna sem vedação;

7. BANHEIROS/SANITÁRIOS
- Ralos sem tampa escamoteável;
- Banheiros próximos ao laboratório com lavatório apresentando
vazamento contínuo de água;
- Extensa área de infiltração e mofo em parede próxima ao banheiro de
uso dos funcionários.
8 – NÃO CONFORMIDADES DETECTADAS EM VÁRIOS SETORES DA
UNIDADE HOSPITALAR:
- Extintores de combate à incêndio com prazo de validade expirado;
- Ralos sem tampa e sem fechamento escamoteável;
- Piso inadequado em vários setores”,

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8 – CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS

Dentre os aspectos das patologias que atingem uma edificação, particularmente


importante a serem consideradas são as trincas, pois indicam aviso de situação crítica da
estrutura ou comprometimento do desempenho da obra.

As características e morfologias das fissuras indicam a qual fenômeno a mesma


estaria relacionada;

Os mecanismos de formação de fissuras em uma edificação são diversos e


estudos científicos demonstram que as características físicas aparentes daquelas apontadas
neste relatório, juntamente com análise do conjunto da edificação indicarão se as mesmas estão
relacionadas a:
a) Movimentações Térmicas;
b) Movimentações higroscópicas;
c) Sobrecargas ou dimensionamento inadequado da estrutura de concreto;
d) Deformação dos componentes da alvenaria;
e) Deformação estrutural e
f) Vibrações.

Nas alvenarias, além da forma geométrica das mesmas, diversos outros fatores
intervêm na fissuração e na resistência final de uma parede a esforços axiais de compressão,
tais como: resistência mecânica dos componentes de alvenaria e da argamassa de
assentamento, módulos de deformação longitudinal e transversal dos componentes de
alvenaria e da argamassa, rugosidade superficial e porosidade dos componentes de alvenaria,
poder de aderência, retenção de água, elasticidade e retração da argamassa, espessura,
regularidade e tipo de junta de assentamento e finalmente, esbeltez da parede;

Em elementos estruturais, além das fissuras causadas por sobrecarga existem


aquelas devido à corrosão das armaduras, haja vista que durante o processo de corrosão há
expansão das barras de aço, gerando tensões internas de tração na argamassa do concreto
maiores que aquelas que ela é capaz de resistir;

As fissuras originadas por movimentações térmicas e de umidade são oriundas


das tensões geradas pelas variações dimensionais de seus elementos constituintes, que podem
ser agravadas quando existem lajes a elas associadas;

Os danos causados por infiltrações e vazamentos têm características próprias,


pois a resposta e danos dos elementos constituintes da construção à presença da água são
característicos;

Mudanças higroscópicas alteram o teor de umidade dos materiais de construção


e em razão de sua maior ou menor porosidade e capilaridade induzindo variações dimensionais;

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9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do encontrado in loco, demonstrado nas imagens apresentadas neste


relatório, é notório e evidente que a unidade mista de saúde possui condições insalubres e fora
das condições mínimas exigidas pelos órgãos reguladores.
As instalações físicas, relacionadas as dimensões dos ambientes disponíveis na
unidade, conforme relatório da suvisa estão subdimensionadas, diversos ambientes necessários
ao bom funcionamento da unidade não existem.
A estrutura de concreto armado apresenta em diversos locais da edificação
fissuras e desgaste estrutural aparente.
Foi identificado em praticamente toda a edificação o afloramento decorrente
de infiltrações e vazamento de água que está acelerando o ritmo de deterioração do prédio,
prejudicando a alvenaria, argamassas de revestimento, revestimento cerâmico e a estrutura de
concreto armado e ainda sendo causador de proliferação de fungos e bactérias, conforme
visualizado nas grandes colônias de mofo.
Com relação ao sistema de instalações hidráulicas e sanitárias é notório que a
unidade não atende as exigências normativas relacionadas as torneiras de lavatórios e pias
sanitárias. O esgotamento sanitário não possui a funcionalidade adequada, os sifões foram
instalados de forma irregular, os ralos não foram instalados com grelha escamoteável, e em
diversos banheiros o ralo não está com a grelha, ficando com o ralo aberto.
Diversos ambientes não possuem esquadrias dimensionadas para proporcionar
a luz e a ventilação adequada, com janelas pequenas. As portas são de qualidade insatisfatórias,
várias unidades danificadas e outras com madeiras se soltando, em algumas portas as
maçanetas apresentam mal funcionamento.
O piso da maior parte da unidade não tem condições para próprias para o uso,
estão totalmente desgastado, apresentando fissuras e com esmaltação comprometida.
Com relação a acessibilidade, a unidade não possui entrada acessível ou
banheiros que disponibilize as condições mínimas acessíveis para utilização por pessoas com
necessidades especiais.
A cobertura é executada em estrutura de concreto armado, apresenta em vários
locais falhas estruturais que comprometem a sua funcionalidade. Há também cobertura em
estrutura de madeira com cobrimento em telhas cerâmicas, as quais está com telhas
desorganizadas e provavelmente com diversos focos de infiltração.

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10 – CONCLUSÃO

A investigação efetuada neste trabalho, teve por finalidade identificar os


problemas estruturais da edificação. Na vistoria realizada, foram encontradas as mais diversas
patologias, tanto relacionadas a solidez e funcionalidade da edificação quanto no potencial risco
a saúde e segurança dos colaboradores e da população em geral.
Em parte da edificação existe um risco eminente de ruptura e colapso estrutural,
relacionada a estrutura de concreto armado e de revestimentos cerâmicos e cimentícios,
inclusive foi relatado incidente com o desplacamento de uma peça cerâmica que atingiu um
colaborador.
É notório e evidente que as patologias não se limitam apenas a estrutura física,
a unidade é potencial risco a saúde de todos que por ali transitam, uma vez que está presente
colônias (mofo) em todos os ambientes, os quais contem fungos e bactérias, desencadeando
diversas doenças. Estas provocadas por fissuras, infiltrações e ambientes com iluminação e/ou
ventilação insuficiente.
Com relação as dimensões e ambientes existentes, vários deles são
subdimensionados, conforme parecer técnico emitido pela Suvisa, inclusive não existe na
unidade ambientes e serviços necessários ao atendimento público que deveria ser
disponibilizado para a categoria da unidade. Dessa forma não atende as exigências mínimas
conforme preconiza as legislações em vigor.
A acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais,
praticamente não existe.
As instalações elétricas são subdimensionadas, causando prejuízo constante,
por queima de equipamentos e luminárias. Diversos locais com fiação exposta, com potencial
risco a segurança das pessoas.
As instalações hidráulicas e sanitárias conforme visualizado no relatório
fotográfico são precárias e em desacordo com as normas existentes.
Ante todo o exposto, levando em consideração as exigências mínimas
necessárias para o bom funcionamento de uma unidade mista de saúde, é notório que a
edificação existente não atende tais exigências, atualmente a unidade mista de saúde é
ironicamente um grande risco a saúde de seus colaboradores e população em geral.
Dessa forma, baseado na vistoria de toda a edificação e levando em
consideração os pareceres dos órgãos reguladores, bem como o custo necessário para sanar e
adaptar o prédio afim de sanar todas as inconformidades.
Sabendo que para a adaptação da unidade, é necessário a retirada e demolição
da maior parte das paredes existentes. Sabendo que elas desempenham função de apoio
estrutural da cobertura. Considerando que a laje apresenta diversas fissuras e dela é
proveniente diversas infiltrações.
Considerando não sabermos da situação existentes por trás de tantas
infiltrações que há anos causam transtornos e comprometeu a solidez e segurança da edificação.

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Somos favoráveis a interdição da unidade mista existente atualmente o mais
breve possível e posteriormente proceder sua demolição.
Para que o município não deixe de proporcionar o atendimento à saúde da
população, recomendamos dar início a elaboração de projeto técnico de Arquitetura e
Engenharia para construção de uma nova Unidade Mista de Saúde e que este esteja de acordo
com as normativas exigidas pelos órgãos reguladores e dentro das Normativas Construtivas
pertinentes a sua execução. Deve ainda atentar-se em oferecer a população do Município de
Bom Jesus uma unidade de atendimento à saúde que proporcione dignidade, bem estar e
melhoria da qualidade de vida.
Sem mais a narrar, segue o presente laudo técnico composto por 61 (sessenta e
uma páginas).

ANTÔNIO DIOGO ARAÚJO


ENGENHEIRO CIVIL
CREA: 211.303.880-3

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