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VISTORIA PREDIAL
AGOSTO DE 2021
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SUMÁRIO
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1. INFORMAÇÕES GERAIS
PNo dia 05 de agosto de 2021 foi realizado vistoria técnica de Engenharia na
Unidade Mista Severino Azevedo de Oliveira, localizada na Rua Manoel Andrade, N.º 09, Centro
do Município de Bom Jesus/RN. A vistoria foi realizada com os Senhores: Antônio Diogo Araújo,
Eng.º Civil – CREA: 211.303.880-3, José Renan da Silva Lima, Eng.º Civil, Romildo Bezerra da Silva,
Secretário Municipal de Infraestrutura, Johnson Nei Gomes Figueiredo Administrador da
Unidade de Saúde.
2. OBJETIVO DA VISTORIA
4. CARACTERIZAÇÃO:
5. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS:
Realização de vistoria de nível I, com identificação de anomalias e falhas
aparentes, de conformidade com as normas técnicas brasileiras e com a norma de inspeção
predial do IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia.
Consulta as normas técnicas publicadas pela ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas a seguir relacionadas: 1 – NBR – 6.188 – Execução de estrutura de concreto –
Procedimentos; 2 – NBR – 7.200 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassa
inorgânica – Procedimento.
Elaboração de laudo técnico de conformidade com a norma técnica NBR 13.752
– Perícias de engenharia na construção civil com relatório fotográfico da vistoria.
6. DA VISTORIA
A inspeção nos levou a agir segundo nossas atribuições legais, procuramos
analisar a situação das instalações físicas que está em funcionamento na unidade.
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Diante disso, fizemos observações que abaixo expomos detalhadamente, com o
objetivo de verificar e demonstrar neste relatório as condições encontradas acerca da solidez e
da funcionalidade estrutural, hidráulica, sanitária, elétrica, acerca da qualidade das esquadrias
e revestimentos de piso, parede e teto.
O prédio encontra-se ocupado e em utilização apesar da situação calamitosa dos
elementos estruturais, pelo alarmante estado mecânico dos elementos de revestimento e pela
insalubridade encontrada em praticamente todos os ambientes, diversos locais que apresentam
instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias em divergência com as especificações e esquadrias
em desconformidade com as especificações e péssimo estado de conservação.
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Foto 02 - Lado posterior da edificação, contendo reservatório de água inferior e superior,
esquadrias, sistemas de condicionadores de ar, cobertura. Verificamos irregularidades quanto a
fiação exposta diretamente a umidade, reservatório inferior apresenta diversas fissuras,
alvenarias com infiltração, pontos com mofo, vãos de cobogós incompletos, entulho
proveniente de construção civil e desplacamento na laje de cobertura.
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Foto 04 - Fachada frontal da edificação, apresenta condensadores de ar-condicionado em local
de fácil acesso ao público, ponto de infiltração com acumulo de lodo, calçada não atende as
larguras mínimas e demais exigências para garantir a acessibilidade, fiação elétrica exposta para
alimentação dos condensadores.
Foto 05 - Laje em estrutura de concreto armado apresenta fissuras verticais, telhado com telha
cerâmica apresenta falha nos alinhamentos, soltas, com provável ponto de infiltração.
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6.2 - ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO
Foto 06 - Fissura avançada no sentido horizontal, identifica possível trabalho na laje de concreto
armado.
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Foto 07 - Fissuras verticais aparentes na alvenaria.
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Foto 09 - Fissura na laje de concreto armado.
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Foto 11 - Fissura longitudinal na laje de concreto armado.
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Foto 13 - Fissura no encontro da laje com a alvenaria, proveniente de movimentação de
elementos construtivos sem amarração.
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Foto 15 - Fissura no encontro da laje de concreto armado com a alvenaria, proveniente de
movimentação de elementos construtivos sem amarração, presença de infiltração com
proliferação de fungos.
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Foto 17 - Fissura no encontro da laje de concreto armado com a alvenaria, proveniente de
movimentação de elementos construtivos sem amarração, presença de infiltração com
proliferação de fungos.
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Foto 19 - Fissura transversal, revestimento cerâmico desplacando no trecho, indicando recalque
da alvenaria.
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Foto 21 - Fissuras no teto.
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A perda de aderência é um processo causado por falhas ou ruptura na interface entre
as camadas do revestimento cerâmico, ou entre as bases e o substrato (estrutura, alvenaria,
etc). Essa perda de aderência ocorre quando as tensões que surgem ultrapassam a capacidade
de aderência das ligações (BARROS et al. 1997, p. 9).
O revestimento cerâmico no piso está totalmente desgastado pelos longos anos que o
mesmo está em uso, não estando em conformidade com as normativas vigentes que exigem um
piso com o mínimo de risco de proliferação de fungos ou bactérias. O mesmo apresenta desgaste
do esmalte, fissuração e peças incompletas.
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Foto 24 - Revestimento em argamassa enfraquecido, verificado em vários locais o mesmo está
fofo e se desprendendo da alvenaria, placas em revestimento cerâmico se desprendendo do
revestimento em argamassa e piso cerâmico com esmalte desgastado.
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Foto 26 - Afloramento de infiltração com mofo, desprendimento de argamassa da alvenaria,
revestimento cerâmico desgastado.
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Foto 28 - Desprendimento de argamassa da alvenaria, revestimento cerâmico desgastado.
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Foto 30 - Revestimento cerâmico de piso altamente desgastado.
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Foto 32 - Argamassa de cimento e areia enfraquecido, instável e se desprendendo da alvenaria.
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Foto 34 - Ponto de infiltração recorrente, apresentando sinais de mofo (fungos).
Foto 35 - Revestimento cerâmico do piso com peças danificadas e alto índice de desgaste.
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Foto 36 - Revestimento de argamassa que havia desprendido do teto com recuperação parcial.
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Foto 38 - Ponto de infiltração na parede e teto com alto índice de proliferação de fungos.
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Foto 39 - Revestimento cerâmico fissurado por trabalho da estrutura de concreto.
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Foto 41 - Revestimento cerâmico do piso desgastado e quebradiço, ponto de acumulo de água
que tende a desprender as peças.
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Foto 43 - Revestimento cerâmico desgastado com infiltração aparente que provocará o
desprendimento das placas cerâmicas.
Foto 44 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.
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Foto 45 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.
Foto 46 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos.
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Foto 47 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.
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Foto 49 - Ponto de alta infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.
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Foto 51 - Ponto de alta infiltração aparente, local com índice de proliferação de fungos.
Foto 52 - Ponto de infiltração aparente, local de alto índice de proliferação de fungos, com
esfarelamento da argamassa de revestimento da alvenaria.
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Foto 53 - Revestimento cerâmico do piso com avançado estado de deterioração.
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Foto 55 - Revestimento cerâmico das paredes encontra-se em diversos locais descolando-se das
paredes, argamassa em estado degenerativo, revestimento cerâmico de piso em avançado grau
de desgaste.
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Foto 57 - Revestimento cerâmico desplacado pela não aderência nas argamassas.
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Foto 59 - Revestimento cerâmico da paredes desplacaram, revestimento de piso com avançado
grau de desgaste.
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6.4 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Foto 62 - Tomada desplacando, da alvenaria, deixando a fiação exposta.
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Foto 64 - Fiação exposta, com ponto de infiltração e fissura em laje.
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Foto 66 - Ventilador com ligação direta, fiação isolada mas exposta.
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Foto 68 - Caixa de passagem com fiação exposta.
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Foto 70 - Caixa de passagem sem vedação.
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Foto 72 - Situação critica de algumas luminárias.
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Foto 74 - Tomada sem vedação, deixando cabos a mostra.
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Foto 76 - Laje em estrutura de concreto armado apresenta fissuras verticais, fiação elétrica para
alimentação dos condensadores de ar condicionado exposta e ponto de dreno gotejando
diretamente na calçada.
Foi verificado canal para recebimento e escoamento de águas servidas, com acesso livre
para área interna da edificação, ele fica localizado em área para aberta e que serve para
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circulação interna de ar, além do acúmulo do lodo visualizado, o local é propicio para
proliferação e disseminação de fungos e bactérias.
Os ralos encontrados nos banheiros da edificação estão irregulares, alguns ralos não
possuem mais as grelhas ou estão danificadas, por ser um ambiente hospitalar as mesmas
devem estar instaladas e serem do tipo escamoteavel.
Foto 77 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário. Verificado pontos de infiltrações internas
aparente na alvenaria.
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Foto 78 - Vaso sanitário sem assento e tampa de vedação.
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Foto 80 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, verificado pontos de infiltrações internas
aparente na alvenaria.
Foto 81 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.
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Foto 82 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, torneira em modelo não permitido.
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Foto 84 - Canal para águas servidas exposto dentro da edificação, sem qualquer isolamento,
localizado em área aberta utilizada para ventilação de setores internos da unidade de saúde.
Foto 85 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, torneira em modelo não permitido.
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Foto 86 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, torneira em modelo não permitido.
Foto 87 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.
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Foto 88 - Canal para águas servidas exposto dentro da edificação, sem qualquer isolamento,
localizado em área aberta utilizada para ventilação de setores internos da unidade de saúde.
Foto 89 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário, bwc da sala de observação não oferece
acessibilidade à PNE’s.
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Foto 90 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.
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Foto 92 - Instalação sanitárias em desacordo com normativas vigentes, sifão instalado não
impede o retorno de gases do esgoto sanitário.
6.6 - ESQUADRIAS
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Foto 94 - Portão de entrada que permite a entrada de águas da chuva
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Foto 96 - Esquadria de madeira danificada, com revestimento inadequado.
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7 – VISTORIA SUVISA – TRECHOS RELACIONADOS A ESTRUTURA FÍSICA DA EDIFICAÇÃO
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- Inexiste controle de temperatura e umidade da área de
armazenamento e distribuição.
5 – LABORATÓRIO
- Ambientes subdimensionados;
- Fluxo dos ambientes inadequados, com área de administrativa
localizada entre a sala de exames e expurgo/sala de preparação/sala de
lavagem; e a recepção dos pacientes acontece em área de circulação da
Unidade Hospitalar;
7. BANHEIROS/SANITÁRIOS
- Ralos sem tampa escamoteável;
- Banheiros próximos ao laboratório com lavatório apresentando
vazamento contínuo de água;
- Extensa área de infiltração e mofo em parede próxima ao banheiro de
uso dos funcionários.
8 – NÃO CONFORMIDADES DETECTADAS EM VÁRIOS SETORES DA
UNIDADE HOSPITALAR:
- Extintores de combate à incêndio com prazo de validade expirado;
- Ralos sem tampa e sem fechamento escamoteável;
- Piso inadequado em vários setores”,
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8 – CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS
Nas alvenarias, além da forma geométrica das mesmas, diversos outros fatores
intervêm na fissuração e na resistência final de uma parede a esforços axiais de compressão,
tais como: resistência mecânica dos componentes de alvenaria e da argamassa de
assentamento, módulos de deformação longitudinal e transversal dos componentes de
alvenaria e da argamassa, rugosidade superficial e porosidade dos componentes de alvenaria,
poder de aderência, retenção de água, elasticidade e retração da argamassa, espessura,
regularidade e tipo de junta de assentamento e finalmente, esbeltez da parede;
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9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
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10 – CONCLUSÃO
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Somos favoráveis a interdição da unidade mista existente atualmente o mais
breve possível e posteriormente proceder sua demolição.
Para que o município não deixe de proporcionar o atendimento à saúde da
população, recomendamos dar início a elaboração de projeto técnico de Arquitetura e
Engenharia para construção de uma nova Unidade Mista de Saúde e que este esteja de acordo
com as normativas exigidas pelos órgãos reguladores e dentro das Normativas Construtivas
pertinentes a sua execução. Deve ainda atentar-se em oferecer a população do Município de
Bom Jesus uma unidade de atendimento à saúde que proporcione dignidade, bem estar e
melhoria da qualidade de vida.
Sem mais a narrar, segue o presente laudo técnico composto por 61 (sessenta e
uma páginas).
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