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DECLARAÇÃO DE ATENDIMENTO ÀS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA

ABNT NBR – 15575-2013 (EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS –


DESEMPENHO – PARTE IV: REQUISITOS PARA OS SISTEMAS DE
VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS E EXTERNAS – SVVIE). REFERENTES
AO PROJETO PARA PRODUÇÃO EM ALVENARIA DE VEDAÇÕES.

Cliente: BP8.

Edifício: PIN OSASCO.

Endereço: AV. SARAH VELOSO, 1601, OSASCO – SP.

Desempenho é o comportamento em uso de uma edificação e de seus


sistemas.

Um dos sistemas é a vedação vertical, que pode ser interna ou externa.

Para descrever um pouco mais sobre o desempenho nas vedações verticais,


é preciso descrever e entendermos um pouco mais sobre os Projetos de
concepção;

O projeto de concepção estabelece: “O que fazer”. É nesse projeto que é


estabelecido o nível de desempenho.

Por exemplo no projeto de concepção arquitetônico, são utilizados conceitos


e definições para as espessuras das paredes, alturas dos entre pisos, tipos
de portas e caixilhos, acabamentos das paredes e detalhes construtivos
gerais.

Para o Projeto de Vedação, são utilizados alguns projetos de concepção,


entre eles: Estrutura, Arquitetura, Instalações Elétricas e Hidráulicas...

Projeto para Produção estabelece, “Como Fazer”. Nesse projeto se define as


etapas e as interfaces da produção.

É fundamental para o cumprimento do desempenho previsto na concepção


do empreendimento.
NORMAS UTILIZADAS NO PROJETO DE ALVENARIA DE VEDAÇÕES

1 - OS BLOCOS DE CONCRETO DEVERÃO SEGUIR A NBR6138 E NBR


12118
(RESISTÊNCIA MÍNIMA 3 Mpa).

1.1 - Utilização de blocos normatizados, como, exemplo: fornecedor


(Glasser); Produtos em não conformidade às suas normas de especificação
podem ter características, como massa, resistência à compressão,
uniformidade dimensional e outras, inadequadas, pois o elemento construtivo
(parede) precisa atender aos requisitos de desempenho, que são
dependentes dessas características, como desempenho acústico, térmico,
estanqueidade e outros.

2 - NBR15575 - Desempenho

2.1 - Com a função "vedação", a alvenaria não exerce qualquer papel


estrutural na edificação e assim deverá atender requisitos e critérios de
desempenho que são necessários para essa função.
Os requisitos e critérios aplicáveis serão atendidos à medida que se façam as
escolhas corretas com os produtos que apresentam características para esse
desempenho, o que dependerá também que as condições necessárias sejam
asseguradas pelos procedimentos de execução da obra.

2.2 - Vida útil de projeto (VUP);

2.2.1 - Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a


ABNT NBR 5674 e especificados no respectivo manual de uso, operação e
manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à ABNT NBR
14037.

2.3.1 - Sistema Vedação vertical externa, VUP ≥ 40 anos

2.3.2 - Sistema Vedação vertical interna, VUP ≥ 20 anos

De acordo com a norma ABNT NBR 5674:2012 – (Manutenção de


Edificações – Requisitos para o Sistema de Gestão de Manutenção);
A elaboração e a implantação de um programa de manutenção corretiva e
preventiva nas edificações, além de serem importantes para a segurança e a
qualidade de vida dos usuários, são essenciais para a manutenção dos níveis
de desempenho ao longo da vida útil projetada.

Rejuntamentos e vedações:
Verificar integridade e reconstituir os rejuntamentos internos e externos dos
pisos, paredes, peitoris, soleiras, ralos, peças sanitárias, bordas de
banheiras, chaminés, grelhas de ventilação, e outros elementos;
Equipe de manutenção / Empresa capacitada;
Periodicidade: a cada ano.
Revestimentos de parede, piso e teto, Paredes externas / fachadas e muros:
Verificar a integridade e reconstituir, onde necessário;
Equipe de manutenção local / Empresa capacitada;
Periodicidade: a cada ano.

Piso Acabado, Revestimento de Paredes e Teto: Verificar a integridade e


reconstituir, onde necessário;
Equipe de manutenção local / Empresa capacitada;
Periodicidade: a cada ano.

Esquadrias de Alumínio: Efetuar Limpeza geral das esquadrias e seus


componentes;
Equipe de manutenção local / Empresa capacitada;
Periodicidade: a cada mês.

Manutenção Drywall

A manutenção está associada ao sistema de acabamento utilizado, como


pintura, grafiato ou textura, entre outros, devendo ser seguidas as
recomendações de manutenção especificadas pelos fabricantes. Em casos
de pequenos impactos que venham a ocasionar danos nas paredes ou forros,
a correção pode ser feita por meio da troca parcial da chapa, sempre
realizando o acabamento com massa de rejunte e fita de papel
microperfurada antes da repintura.

O sistema Drywall deve ser preservado da ação das intempéries.


Conforme a NBR 15575-1:2008, a vida útil é uma indicação do tempo de vida
ou da durabilidade de um edifício e suas partes. A vida útil de projeto (VUP) é
definida no projeto do edifício e de suas partes, como uma aproximação da
durabilidade desejada pelo usuário, contemplando custos iniciais, custos de
operação e de manutenção ao longo do tempo.
No Brasil, para edifícios habitacionais, foi adotado, em caráter informativo, o
período de 40 anos como vida útil de projeto mínima (VUP mínima) e o
período de 60 anos como vida útil de projeto superior (VUP superior) sendo
que a escolha de um ou outro período cabe aos intervenientes no processo
de construção. Para que a vida útil de projeto seja atingida é necessário o
emprego de produtos com qualidade, a adoção de processos e técnicas que
possibilitem a obtenção da VUP, o cumprimento por parte do usuário e do
condomínio, dos programas de manutenção e das condições de uso
previstas. Os aspectos fundamentais de uso e manutenção do edifício estão
descritos na Norma NBR 5674 é uma referência para definição e realização
de programas de manutenção nos edifícios.
Associado a VUP está o prazo de garantia, contado a partir da expedição do
“Auto de Conclusão” ou “Habite-se” do edifício. Tais períodos de VUP, 40 ou
60 anos, dependem dos serviços de manutenção a serem realizados pelo
usuário ao longo do tempo, conforme manual de uso e manutenção do
sistema construtivo. É fundamental a proteção das paredes por meio de
manutenções periódicas dos revestimentos.
Reparos no interior das paredes de Drywall
Os reparos a serem realizados nas instalações contidas nas paredes são
rápidos, simples e limpos devido ao espaço existente no interior do sistema
construtivo.

Fonte: Manual Técnico - Manutenção Gypsum

Pequenos reparos sem aberturas nas paredes

Fonte: Manual Técnico - Manutenção Gypsum


3 - RESISTÊNCIA AO FOGO – Alvenaria (Blocos de Concreto);

Resistência ao fogo, conforme a ABNT NBR 14432 e a legislação aplicável,


segundo a altura e o tipo de ocupação da edificação. As paredes que são
exigidas com tempos requeridos de Resistência ao Fogo específico são, em
geral, segundo a legislação de cada estado e/ ou município.

- Parede de Fachada;
- Parede de poço de Elevador;
- Parede de Escada de Emergência;
- Paredes entre unidades;
- Parede entre unidades e áreas Comuns;

Para os elementos sem função estrutural constituintes do Sistema de


Vedação Vertical Interna e Externa - SVVIE, a resistência ao fogo deve ser
comprovada por meio de ensaios realizados conforme a ABNT NBR 10636 -
Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da Resistência ao
Fogo - Método de ensaio, que apresentarão o TRF - Tempo de Resistência
ao Fogo Atingido, em minutos, na classificação como corta-fogo quando
atende aos três critérios de estabilidade da vedação, estanqueidade aos
gases e isolamento térmico.

Esta avaliação só é necessária quando os revestimentos não forem


reconhecidamente incombustíveis (são reconhecidamente incombustíveis os
materiais inorgânicos, como argamassas e concretos, placas cerâmicas,
rochas naturais).
Nesse caso, deve ser feita a avaliação de combustibilidade, de propagação
de chamas e de densidade ótica de fumaça.

Classificação de reação ao fogo e densidade dos materiais descritos no


projeto; Blocos de Concreto:
Sobre o desempenho frente à ação do fogo, a NBR 15575 discrimina
métodos de ensaios para caracterizar o comportamento (reação) ao fogo dos
materiais combustíveis empregados no acabamento e revestimento das
edificações (forros, revestimentos de piso e parede, etc.), dentre os quais
podem-se destacar:

▪ Índice de propagação superficial de chama – ABNT NBR 9442


Materiais de construção – Determinação do índice de propagação
superficial de chama pelo método do painel radiante – Método de
ensaio
▪ Reação ao fogo – ISSO 1182, Reaction to fire tests for building
products – Building products excluding floorings exposed to the termal
attack by a single burning item
▪ Reação do fogo – ISSO 11925-2, Reaction to fire tests – Ignitability of
building products subjected to direct impingement of flame – part 2:
Single-flame source test
Porém estes métodos não se aplicam para blocos de concreto, que são
fabricados com material comprovadamente incombustível, conforme
justificativa do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnologicas).
Corroborando as informações do IPT, o CBIC (Câmara Brasileira da Indústria
da Construção), destaca que “para materiais reconhecidamente
incombustíveis (concreto, argamassas, alvenarias de bloco de concreto,
cerâmica e outros materiais pétreos, gesso, pisos em cerâmica, placas de
rocha e outros), não há necessidade de ensaios de incombustibilidade,
propagação superficial de chamas, densidade óptica de fumaça e fluxo crítico
radiante”.

3.1 - De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Blocos de


Concreto - Blocos Brasil, em Ensaio realizado pelo IPT - Instituto de
Pesquisas Tecnológicas para Paredes sem função Estrutural, segue
resultados:

- Ficha de Desempenho - Resistência ao Fogo - Paredes sem Função


Estrutural;

- Bloco de Concreto - Classe C - Dimensões (mm) 190x190x390;

- Assentamento dos Blocos: Argamassa industrializada; juntas amarradas de


10mm; preenchimento das juntas verticais e horizontais;

- Revestimentos: A face exposta ao fogo foi revestida com chapisco


industrializado e emboço de argamassa industrializada com 15mm de
espessura. A face oposta não foi revestida;

- Resultados - Tempo de atendimento aos critérios de avaliação (min).

- Estanqueidade: A amostra se manteve estanque durante 180 min de


ensaio;

- Isolamento térmico: Foi ultrapassado durante 150 min de ensaio;

- Estabilidade: A amostra se manteve estável durante 180 min de exposição


ao fogo;

- Classificação quanto à resistência ao fogo, no grau corta- fogo (min): A


parede apresentou resistência ao fogo no grau corta -fogo por 120 min
(CF120) e no grau para chama por 180 min (PC180).

Obs: Os blocos ensaiados possuem o selo de Qualidade ABCP - Associação


Brasileira de Cimento Portland.
Fonte: NORMA TÉCNICA 08/2014 - Resistência ao fogo dos elementos de construção
Fonte: Contribuindo com o Desempenho – Glasser.

3.2 - RESISTÊNCIA AO FOGO – Drywall;

3.2.1- Determinação da densidade óptica específica de fumaça.


O método de ensaio definido na norma ASTM E662 utiliza uma câmara de
densidade óptica fechada, onde é medida a fumaça gerada por materiais
sólidos. A medição é feita pela atenuação de um raio de luz em razão do
acúmulo da fumaça gerada na decomposição pirolítica sem chama e na
combustão da chama.
Material: Chapa ST BR 12,5mm;
O valor da densidade específica máxima (Dm) atingida pelo material foi de
20, correspondente ao ensaio sem chama.

Fonte: Tabela – Relatório de ensaio nº: 1022030-203 – Laboratório de Segurança ao Fogo CETAC/IPT.

3.2.2- Determinação do índice de propagação superficial de chama.

O método de ensaio na norma NBR 9442 é utilizado para determinar o índice de


propagação de chama de materiais pelo método do painel radiante.
Material: Chapa ST BR 12,5mm;
O método de ensaio NBR 9442 propõe o enquadramento dos materiais em cinco
classes, de acordo com o índice de propagação de chamas médio, a saber:

Fonte: Tabela – Relatório de ensaio nº: 1022029-203 – Laboratório de Segurança ao Fogo CETAC/IPT.

Conclusão: O índice de Propagação Superficial de chama médio (lp) alcançado


pelo material foi de 11, correspondente à classe A do método de ensaio.
Fonte: NORMA TÉCNICA 08/2014 - Resistência ao fogo dos elementos de construção
4. Informações e/ou orientações para “Cargas Suspensas
Concentradas” previstas para instalações diversas nas alvenarias
(Ex. Tanques, Quadros, Armários, Prateleiras, TV etc) sendo
alvenarias internas e/ou externas;

(estas informações poderão ser incluídas nos manuais de uso e operação do


empreendimento tanto para áreas comuns como privativas).

4.1- Para blocos de concreto de boa qualidade, por exemplo aprovados no Plano
Setorial de Qualidade (PSQ), utilizando elementos de fixação adequados (buchas e
parafusos, conforme as orientações de carga do fabricante), as cargas suspensas são
absolutamente normais, já comprovado isso ao longo do tempo, pois se trata de uma
tradição construtiva, bem como em ensaios descritos no Manual de Desempenho
Alvenaria com Blocos de Concreto – Bloco Brasil item 6.7 (em anexo).

Fonte: Manual de Desempenho 3ª Edição – Bloco Brasil (Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto).
Fonte: Manual de Desempenho 3ª Edição – Bloco Brasil (Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto).

4.2- Fixação nos elementos de Drywall – Fixação na Chapa: A chapa para drywall, em função
da conjugação do gesso (pedra) e do cartão, tem resistência para suportar esforços de
arrancamento e excelente desempenho para esforços de cisalhamento. O esforço de
cisalhamento acontece principalmente na fixação de peças rente à parede como quadros,
espelhos, painéis, etc. Quando há mais de um ponto de fixação, recomenda-se o espaçamento
mínimo de 400mm entre os pontos em qualquer direção. Para a fixação direto na chapa
utilizar bucha basculante (bucha de expansão para uma chapa de 12,5mm, parafusos de 3,5 x
45mm e brocas de 10mm). Carga máxima 20Kg.
Fonte: Tabela - Resistência mecânica e fixação de objetos em paredes drywall (Associação Brasileira do Drywall).

Fixação nos perfis de aço:


A fixação de objetos nos perfis de aço pode ser feita só com parafusos e buchas, em
montantes simples ou montantes duplos encaixados.

Fonte: Tabela - Resistência mecânica e fixação de objetos em paredes drywall (Associação Brasileira do Drywall).
Eu, Rodolfo Bayerlein, Arquiteto e Urbanista, sob o registro do nº: A132774-7
junto ao conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR, declaro,
sob inteira responsabilidade, que o projeto de produção em Alvenaria de
Vedações e Drywall, referente ao edifício PIN OSASCO, a ser executado na
Av. SARAH Veloso, 1601 – Osasco, São Paulo – SP, está em conformidade
com os requisitos gerais da Norma ABNT NBR 15575/2013 (Edifícios
Habitacionais – Desempenho – parte IV).

São Paulo, 28 de Julho de 2023.

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Rodolfo Bayerlein
Arquiteto e Urbanista
CAU: A132774-7

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