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2002
02:136.01.007
Desempenho de Edifícios
Habitacionais de até 5 pavimentos –
ABNT – Associação
Brasileira de
Parte 5: Coberturas
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 ABNT/CB 02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 210-3122 CE 02.136.01 - Desempenho de Edificações
Fax: (21) 220-1762/220-6436
Endereço eletrônico: Performance of up to five storeyed residential buildings - Part 5: Roofs
www.abnt.org.br
Descriptors: Performance, residential buildings, roofs
Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavra(s)-chave: Desempenho, edifícios habitacionais, 1 páginas
coberturas
Sumário
0 Prefácio
1 Introdução
2 Objetivo
3 Referências normativas
4 Definições
5 Exigências dos usuários
6 Requisitos, critérios, métodos de avaliação e níveis de desempenho
7 Desempenho estrutural
8 Segurança contra incêndio
9 Estanqueidade
10 Desempenho térmico
11 Desempenho acústico
12 Funcionalidade e acessibilidade
13 Durabilidade e manutenabilidade
ANEXO
A (Normativo) Determinação da estanqueidade à água de coberturas - Método de ensaio
0 PREFÁCIO
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pública entre os
associados da ABNT e demais interessados.
1 INTRODUÇÃO
A presente Norma compõe um conjunto normativo mais amplo que é formado pelas normas relativas às seguintes partes:
Parte 2 – Estrutura;
2 02:136.01.007:2002
Parte 5 – Coberturas;
Todas as disposições contidas nesta norma, aplicável a habitações de até cinco pavimentos, referem-se a elementos,
componentes ou sistemas montados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam
todas as instruções específicas do respectivo fornecedor, devidamente registradas em “Manual de Montagem”, “Manual de
Uso e Conservação” ou em documentos similares. Nesse aspecto, procura-se também desenvolver a cultura da
manutenção e preservação do imóvel e de suas partes, cuja prática tem sido largamente neglicenciada no estoque
existente de habitações.
A presente norma deve ser utilizada, no que couber, em conjunto com o Projeto 02:136.01.001 – Desempenho de edifícios
habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos Gerais.
2 OBJETIVO
Esta Norma fixa diretrizes para a avaliação de desempenho de coberturas de edifícios habitacionais de até cinco
pavimentos.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 6462/87 Telha cerâmica tipo francesa. Determinação de carga de ruptura à flexão.
NBR 9442/86 Determinação do índice de propagação superficial de chamas pelo método do painel radiante.
NBR 8800/86 Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios: método dos estados limites – Procedimento.
02:136.01.007:2002 3
NBR 10636/89 Paredes divisórias sem função estrutural. Determinação de resistência ao fogo.
Projeto 02:135.07-002:1998 - Desempenho térmico de edificações - Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica,
da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificações.
4 DEFINIÇÕES
Na utilização desta norma são válidas as definições apresentadas no Projeto 02:136.01.001 – Desempenho de edifícios
habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos Gerais.
Para os efeitos do item 11, que trata de conforto térmico, aplicam-se as definições, símbolos e unidades dos projetos
02:135.07-001, 02:135.07-002, 02:135.07-003, 02:135.07-004 e 02:135.07-005.
5 EXIGÊNCIAS DO USUÁRIO
Sob as diversas ações atuantes na habitação, as fachadas e paredes internas devem atender as exigências aplicáveis que
se encontram relacionadas no Projeto 02:136.01.001 – Desempenho de edifícios habitacionais de até 5 pavimentos –
Parte 1: Requisitos Gerais.
7 DESEMPENHO ESTRUTURAL
7.1.1 Critério
Todas as disposições aplicáveis das normas que abordam a estabilidade e a segurança estrutural devem ser atendidas por
todos os componentes estruturais da habitação. Quando inexistir norma aplicável ou alguma das disposições normativas
não for atendida, a estabilidade e a segurança estrutural devem ser demonstradas através de cálculos, modelos e ensaios
devidamente fundamentados em literatura técnica ou normas estrangeiras
Devem ser necessariamente consideradas as cargas permanentes, acidentais (sobrecargas de utilização), devidas ao
vento e a deformações impostas (variação de temperatura e umidade, etc.).
Onde:
Sgk: Solicitação permanente característica;
γg: Coeficiente de majoração das ações permanentes;
Quando se desconhece o local de implantação do edifício, deve-se considerar as cargas devidas ao vento em função das
regiões definidas na normalização brasileira, para as condições mais severas de implantação, eventualmente limitando o
uso a determinadas regiões.
A resistência característica dos materiais, quando não existirem normas específicas, deve corresponder ao quantil inferior
de 5%, ou seja, 95% do universo amostrado do material deve apresentar, para as propriedades escolhidas como
representativas, um valor igual ou acima do característico.
Para edificações habitacionais pode-se considerar as duas combinações de solicitações abaixo indicadas, devendo-se
atender a ambas:
OBS.: Quando se desconhece o local de implantação do edifício, deve-se considerar as cargas devidas ao vento em
função das regiões definidas na normalização brasileira, para as condições mais severas de implantação, eventualmente
limitando o uso a determinadas regiões.
A análise do projeto dos componentes estruturais da cobertura pode ser feita com base no seguinte conjunto de
normas: NBR 6118, NBR 8800, NBR 9062, NBR 7190, NB 143/67, NBR 7197, NBR 6119, NBR 5640, NBR 5639.
Notas:
1) A resistência característica dos materiais, quando não existirem normas específicas, deve ser tomada como a
correspondente ao quantil de 5%, ou seja, 95% do material deve apresentar, para a ou as propriedades escolhidas como
representativas, um valor igual ou acima do característico.
2) Na avaliação deve-se considerar que as cargas verticais são transmitidas às paredes externas com uma excentricidade
acidental e(a) = t/30, e(a) no mínimo 1cm, onde t é a espessura da parede, além da eventual excentricidade prevista em
projeto.
3) A resistência característica assumida para componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas
específicas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil de 5%, ou seja, 95% dos componentes devem apresentar
para a ou as propriedades escolhidas como representativas, um valor igual ou acima do característico.
4) Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas específicas, deve
ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade dos resultados de ensaios; este coeficiente,
contudo, não deve ser inferior a 2.
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7.1.1.1.2 Ensaios
Os ensaios em telhas e chapas estruturais devem ser realizados conforme as respectivas normas: NBR 5641, NBR 5643 ,
NBR 6468, NBR 6462, NBR 9602.
Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais que constituem o componente ou dos
componentes que constituem a cobertura em questão não for conhecida e consolidada por experimentação, permite-se,
para fins desta norma, estabelecer uma resistência mínima de projeto através de ensaio destrutivo com o diagrama carga x
deslocamento, registrando a história do carregamento (figura 1), composto de pelo menos dez etapas de carregamento,
correspondente a três modelos geométricos idênticos e em escala real, confeccionados com os procedimentos e controles
normais do processo construtivo a serem reproduzidos no canteiro.
t
Para elementos estruturais comprimidos, as cargas deverão ser aplicadas com excentricidade de ≥ 1 cm , onde “ t”
30
a menor dimensão do espécime (normalmente a espessura).
Ru1
Ru2
Ru3
Rs1
Rs2
Rs3
Ruk
Rsk
Os componentes ensaiados para as condições de solicitação a que se pretende submetê-los na edificação serão
caracterizados pelas resistências Ru1, Ru2 e Ru3 , resultados das resistências últimas observadas nos ensaios e ordenadas
crescentemente.
R − R u1 1 1
R u d = R u 1 − u3 .ξ ≤ (1 − 0,2 ⋅ ξ ) ⋅ R u 1 ⋅ (eq. 4)
2 γm γm
com γm=1,5
Onde:
ξ = [(1+δuA).(1+δuB).(1+δuC)...] (eq. 5)
Sendo:
Os materiais A, B, C, etc..., devem constituir e reger de forma majoritária o comportamento mecânico do componente em
análise na composição da resistência Rud.
Desta forma,
É de suma importância que, para conservar válida a expressão de Rud, as resistências médias dos materiais A, B, C, etc...,
estejam caracterizadas para o ensaio e que sua estabilidade esteja garantida ao longo do processo de produção.
A caracterização dos constituintes A, B, C, etc..., e o tipo de resistência que o caracterizará podem ser extraídas dos
próprios ensaios examinando minuciosamente o comportamento de ruptura e sua dependência do comportamento
daqueles.
No caso particular de edificações térreas em que não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o
controle sistemático dos materiais A, B, C, etc..., permite-se prescindir-se da obtenção estatística de δsA, δsB, δsC, etc.. ,
desde que se venha a fixar ξ = 1,5 e γm=2,0.
7.2.1 Critério
Sob a ação de cargas permanentes e acidentais, devidas ao vento e devidas a deformações impostas, a cobertura não
pode apresentar fissuras, deslocamentos excessivos, lascamentos ou outros tipos de danos.
Devem ser consideradas as cargas permanentes, acidentais, devidas ao vento e a deformações específicas.
Nos casos mais gerais, devem se considerar apenas as ações permanentes e acidentais (sobrecargas) características na
análise das deformações ocorrentes na estrutura, tomando-se para ψg o valor 1 e para ψq o valor 0,7.
Sd = Sgk + 0,7 Sqk (eq. 7)
Na avaliação dos deslocamentos, cujos limites são apresentados nas tabelas 1, 2 e 3, devem ser levadas em conta as
deformações imediatas e as diferidas no tempo. Para o caso de estruturas de concreto, ou assimiladas, devem ser levados
em conta os efeitos de perda de rigidez com a fissuração. Quando a cobertura for acessível aos usuários, deve ser
considerada como piso, prevalecendo os limites indicados na tabela 2.
Imediata Total
Componente
Sgk Sqk Sgk+0,7Sqk Sgk+ 0,7Sqk
Rígido 1/1000 1/500 1/750 1/350
Laje com revestimento
Flexível 1/900 1/500 1/600 1/280
02:136.01.007:2002 7
Flecha admissível
Componente
Sgk Sqk Sgk + 0,7Sqk
Treliças 1/700 1/1000 1/500
Vigas Principais 1/350 1/500 1/250
Vigas secundárias (no caso de madeira,
1/250 1/250 1/150
terças e caibros)
Componentes de apoio das telhas (no
1/120 1/250 1/100
caso de madeira, ripas)
Nota: Coberturas que dão acesso aos usuários devem ser consideradas como pisos.
7.2.1.1.2 Ensaios
Os componentes são ensaiados nas condições de solicitação a que se pretende submetê-los na edificação, traçando-se o
gráfico representado na Figura 1 anterior, sendo Rs1, Rs2 e Rs3 os resultados das resistências em serviço observadas nos
ensaios e ordenados crescentemente, e que serão caracterizadas em cada ensaio pela grandeza que primeiro estabelecer
uma falha. Estas poderão ser balisadas pelos limites impostos através das tabelas 1 a 3, conforme o caso cabível de
solicitação e pela ocorrência de danos convencionados como inaceitáveis em condições de utilização.
R − R s1
R s d = R s 1 − s3 .ξ ≤ (1 − 0,2 ⋅ ξ ) ⋅ R s 1 (eq. 8)
2
Onde:
ξ = [(1+δsA).(1+δsB).(1+δsC)...] (eq. 9)
Sendo:
Os materiais A, B, C, etc..., devem constituir e reger de forma majoritária o comportamento mecânico do componente em
análise na composição da resistência Rsd.
Desta forma,
É de suma importância que, para conservar válida a expressão de Rsd, as resistências médias dos materiais A, B, C, etc...,
estejam caracterizadas para o ensaio e que sua estabilidade esteja garantida ao longo do processo de produção.
A caracterização dos constituintes A, B, C, etc..., e o tipo de resistência que o caracterizará podem ser extraídas dos
próprios ensaios examinando minuciosamente o comportamento em serviço e sua dependência do comportamento
daqueles.
8 02:136.01.007:2002
No caso particular de edificações térreas em que não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o
controle sistemático dos materiais A, B, C, etc..., permite-se prescindir-se da obtenção estatística de δsA, δsB, δsC, etc.. ,
desde que se venha a fixar ξ = 1,5 e γm=2,0
7.3.1 Critério
Os componentes das estruturas reticuladas ou treliçadas devem suportar a ação de carga vertical concentrada de 1 kN
aplicada na seção mais desfavorável, sem que ocorram falhas ou que sejam superados os seguintes limites de
deslocamento:
7.3.1.1.1.2 Ensaios
Ensaio em campo ou em laboratório, em componente estrutural com todas as ligações, vinculações e acessórios típicos.
7.3.2 Critério
As coberturas acessíveis aos usuários devem suportar a ação simultânea de três cargas de 1KN cada uma, com pontos de
aplicação constituindo um triângulo equilátero com 45 cm de lado, sem que ocorram falhas ou deslocamentos superiores
as seguintes limites:
A tabela 6 apresenta os critérios de verificação e níveis de desempenho utilizados para o caso de ensaios de impactos de
corpo duro.
10 02:136.01.007:2002
7.5.1 Critério
Devem ser consideradas cargas aplicadas verticalmente em relação à face do forro.
Os forros devem suportar a ação da carga correspondente ao objeto que se pretende fixar, adotando-se coeficiente de
majoração igual a 3,0. Considerando este coeficiente, o fornecedor do forro ou construtor deve informar a carga máxima
passível de ser suportada pelo forro, bem como as disposições construtivas para a fixação de luminárias e outros objetos.
Para a carga de serviço (1/3 da capacidade informada), não devem ocorrer falhas nem deslocamento superior a 5 mm.
7.6 Requisito -
Sob ação de granizo, os telhados não devem sofrer avarias.
7.6.1 Critério
Sob ação de impacto de corpo duro (esfera de aço) com energia de 1J as telhas não podem ser perfuradas nem sofrer
fissuras ou outras avarias.
8.1 Requisito
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8.1.1 Critério
Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento termo-acústico empregados na face inferior da cobertura devem
ter as características de propagação de chamas controladas, de acordo com o disposto nas Tabela 8.
A necessidade de ensaiar os materiais isolantes termo-acústicos não aparentes depende de uma análise a respeito da
possibilidade dos mesmos contribuírem com desenvolvimento de calor no estágio inicial do incêndio. Esta necessidade
será evidenciada durante os primeiros 10 minutos do ensaio de resistência ao fogo do elemento construtivo, caso a
temperatura do forno de ensaio se eleve em razão do calor desenvolvido pelos materiais em questão.
8.2 Requisito
As coberturas de edifícios devem ser projetadas e construídas de forma a dificultar a propagação do incêndio para outras
unidades habitacionais.
8.2.1 Critério
O índice máximo de propagação superficial de chamas dos materiais de revestimento, acabamento e isolamento termo-
acústico empregados nas faces extenas deve ser igual a 25.
A necessidade de ensaiar os materiais isolantes termo-acústicos não aparentes depende de uma análise a respeito da
possibilidade dos mesmos contribuírem com desenvolvimento de calor no estágio inicial do incêndio. Esta necessidade
será evidenciada durante os primeiros 10 minutos do ensaio de resistência ao fogo do elemento construtivo, caso a
temperatura do forno de ensaio se eleve em razão do calor desenvolvido pelos materiais em questão.
8.3 Requisito
O edifício deve dispor de meios que facilitem a fuga dos usuários em situação de incêndio.
8.3.1 Critério
Os materiais de revestimento, acabamento e/ou de isolamento termo-acústico empregados na face interna dos forros
devem ter as características de desenvolvimento de fumaça controladas de acordo com suas respectivas localizações em
relação aos elementos construtivos e aos ambientes da edificação, de acordo com o disposto na tabela 9.
Tabela 9 - Critério relativo à densidade ótica de fumaça
Os materiais incombustíveis classificados de acordo com o método de ensaio definido na norma ISO 1182 - Fire Test-
Building Materials- Non-Combustibility Test atendem ao critério estabelecido, não necessitando serem submetidos ao
ensaio de densidade ótica de fumaça.
9 ESTANQUEIDADE
9.1 Requisito
As coberturas devem ser estanques à água de chuva e devem possibilitar a adequada drenagem da mesma (a água não
deve passar pela cobertura, nem ficar parada sobre ela).
Condições de ensaio
Região do Brasil (Figura 1)
Pressão estática (Pa) Vazão de água
I 10
II 20
2
III 30 4 L/m / min
IV 40
V 50
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9.1.3 Critério
O sistema de escoamento pluvial deve ter capacidade suficiente para drenar a máxima precipitação pluvial passível de
ocorrer na região da obra, não extravasando água para o interior da edificação.
Examinar o projeto de drenagem e verificar a compatibilidade com o sistema de impermeabilização considerando a NBR
9575.
10 DESEMPENHO TÉRMICO
A edificação habitacional deve reunir características que atendam as exigências de conforto térmico dos usuários,
considerando-se a região de implantação da obra e as respectivas características bioclimáticas definidas no projeto de
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O projeto de norma 02:136.01.001 - Desempenho de Edifícios Habitacionais de até 5 pavimentos – Parte 1: Requisitos
Gerais estabelece três procedimentos alternativos para avaliação da adequação de habitações a estas oito diferentes
Zonas Bioclimáticas:
• Procedimento 1 – Simplificado: verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos para fachadas e
coberturas, nos documentos :
Esta norma apresenta os critérios mínimos de desempenho térmico de coberturas, estabelecidos para avaliar o
desempenho térmico do edifício de acordo com o Procedimento 1 – Simplificado. Estes critérios referem-se às
propriedades térmicas – transmitância térmica e capacidade térmica de paredes externas, áreas para aberturas de
ventilação e sombreamento de aberturas.
Para os efeitos desta seção aplicam-se as definições, símbolos e unidades dos projetos de norma 02:135.07-001,
02:135.07-002, 02:135.07-004 e 02:135.07-005.
10.1 Requisito
As propriedades térmicas – transmitância térmica e absortância à radiação solar – das coberturas da habitação devem
apresentar valores adequados que proporcionem um desempenho térmico apropriado para cada zona bioclimática.
U ≤ 1,50 U ≤ 1,50 FT S
U ≤ 1,00 U ≤ 1,00 FT E
(1)
Valores de transmitância Térmica (U) considerando-se a resistência superficial interna com valor de 0,17
m2.K/W e a resistência superficial externa com valor de 0,04 m2.K/W.
(2)
Na Zona Bioclimática 8 também serão aceitas coberturas com telhas de barro em estado natural (não
pintadas e não esmaltadas), mesmo que sem forro.
Comentário: em todas as zonas bioclimáticas, com exceção da zona 7, recomenda-se que elementos com capacidade
2
térmica maior ou igual a 150 kJ/(m .K) não sejam empregadas sem isolamento térmico ou sombreamento.
-1,04
FT = 1,17 - 1,07 . h
FT = 1
α ≤ 0,25 S
1) Geralmente telhas de barro possuem absortância à radiação solar acima do limite aqui
recomendado. No entanto, devido ao fato de serem porosas e permitirem a absorção de
água (de chuva ou de condensação), as mesmas terão um desempenho classificado como
"superior" em relação ao critério 11.1.2, desde que sejam usadas em seu estado natural,
ou seja, sem qualquer tratamento que altere a sua capacidade de absorção de água. (Ver
nota ao final do Anexo 2).
11 DESEMPENHO ACÚSTICO
11.1 Requisito
A cobertura deve apresentar adequado isolamento acústico a fim de proporcionar condições para repouso em dormitórios,
para atividades intelectuais, descanso e lazer doméstico em sala de estar e de privacidade em qualquer cômodo.
Para verificação do atendimento deste requisito há necessidade de medições do isolamento acústico, que podem ser
realizadas em campo ou em laboratório, podendo-se optar por um dos três métodos a seguir:
• método simplificado, realizado em campo, conforme a norma ISO 10052 (vide 12.1.1)
A escolha do método de obter a isolação sonora será feita levando-se em conta as necessidades e características de cada
método:
• método de laboratório determina a isolação sonora de componentes construtivos (parede, janela, porta, etc). O
resultado é aplicável a diferentes projetos, mas, para avaliar um elemento (parede com janela, com porta, etc), é
necessário ensaiar cada componente e depois calcular o isolamento global do conjunto (vide 12.1.2.1).
• método de engenharia determina no campo, de forma rigorosa, a isolação sonora global da vedação externa (conjunto
fachada e cobertura no caso de casas térreas e somente fachada nos edifícios multipiso), caracterizando de forma
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direta o comportamento acústico do sistema a ser avaliado. O resultado obtido se restringe somente a esse sistema.
Dentre as medições de campo, o método de engenharia é mais recomendável.
• método simplificado de campo permite obter uma estimativa do isolamento sonoro global da vedação externa
(conjunto fachada e cobertura no caso de casas térreas e somente fachada nos edifícios multipiso), em situações
onde não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo de reverberação, ou quando as condições de
ruído de fundo não permitem obter este parâmetro.
Nota: Este requisito avalia o isolamento de ruído aéreo, não o ruído de impacto de chuva.
11.1.1 Critério e níveis de desempenho relacionados com o ensaio de campo para casas térreas - Diferença
ponderada de nível sonoro promovida pela vedação externa (fachada e cobertura)
A unidade habitacional deve apresentar Diferença Ponderada de Nível, D2m,nT,w, da vedação externa conforme o Nível de
Desempenho da Tabela 14.
No caso de habitação localizada junto a vias de tráfego intenso (rodoviário, ferroviário ou aéreo), deve-se utilizar os valores
de Diferença Ponderada de Nível, D2m,nT,w, da vedação externa acrescidos de 5 dBA, D2m,nT,w +5, constantes da tabela 14.
A Diferença Ponderada de Nível, D2m,nT,w, da vedação externa, é o número único do isolamento de ruído aéreo em
edificações, derivado dos valores em bandas de oitava ou de terço de oitava da Diferença Padronizada de Nível, D2m,nT, da
fachada, de acordo com o procedimento especificado na Norma ISO 717-1:1996.
Tabela 14 – Diferença Padronizada de nível ponderada, D2m,nT,w, da vedação externa
D2m,nT,w D2m,nT,w+5
Elemento Nível de Desempenho
[dB] [dB]
30 35 M
Vedação externa 35 a 40 40 a 45 S
> 40 > 45 E
• Método de campo descrito na Norma ISO 140-4:1998, obtendo-se valores em bandas de terço de oitava entre 100 e
3150 Hz ou em bandas de oitava entre 125 e 2000 Hz;
• Método simplificado descrito na norma ISO 10052, obtendo-se valores em bandas de oitava entre 125 e 2000 Hz.
Nota: O método recomendado, quando possível, é o método da norma ISO 140-5, ou seja, medições em laboratório.
Para a determinação do valor da Diferença Padronizada de Nível Ponderada, D2m,nT,w, da vedação externa a partir do
conjunto de valores de Diferença Padronizada de Nível, deve-se utilizar o procedimento especificado na Norma ISO 717-1:
1996.
11.1.2 Critérios e níveis de desempenho relacionados com o ensaio de laboratório - Índice de redução sonora
ponderado da cobertura
A unidade habitacional deve apresentar Índice de redução sonora ponderado, Rw, da cobertura conforme o nível de
desempenho da Tabela 15.
Nota: Quando a cobertura é constituída de mais do que um componente, deve ser ensaiado o sistema composto ou
ensaiado cada componente e calculada a isolação resultante conforme descrito em 11.1.2.1.
Rw +5
Elemento Rw [dB] Nível de Desempenho
dB]
35 40 M
Cobertura 35 a 45 45 a 50 S
> 45 > 50 E
Para a determinação do valor do Índice de Redução Sonora Ponderado, Rw, a partir do conjunto de valores de Índice de
Isolação Sonora, deve-se utilizar o procedimento especificado na Norma ISO 717-1:1996.
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Quando a cobertura é constituida de mais do que um componente construtivo, o Índice de Redução Sonora Global da
cobertura pode ser obtido calculando-se, em cada banda de terço de oitava, os valores de RG do conjunto a partir dos
valores individuais de cada componente construtivo, pela fórmula:
Ri
−
∑(Si 10 10
)
RG = - 10 log
∑ Si
Onde:
O valor do Índice de Redução Sonora Ponderado, Rw, da cobertura é determinado pelo procedimento especificado na
Norma ISO 717-1:1996.
12 FUNCIONALIDADE E ACESSIBILIDADE
12.1 Requisito
Os telhados devem possibilitar o acesso de pessoas para realização de manutenções.
12.1.1 Critério
Qualquer região do telhado deve suportar uma carga vertical concentrada de 1,5 kN, aplicada perpendicularmente ao pano
do telhado, transferida através de disco de aço com diâmetro de 20 cm e altura de 2,5 cm, sem apresentar ruptura, fissura
ou outras falhas. O fornecedor da telha ou construtor devem especificar os dispositivos que possibilitem o caminhamento
de pessoas sobre o telhado de forma que seja atingida a carga acima estipulada.
13 DURABILIDADE E MANUTENABILIDADE
13.1 Requisito
A cobertura, submetida a intervenções periódicas de manutenção e conservação, deve manter sua capacidade funcional
durante a vida útil projetada para a construção.
13.1.1 Critério
A cobertura, submetida a intervenções periódicas de manutenção e conservação previstas pelo fornecedor do produto ou
projeto, deve apresentar vida útil igual ou superior aos períodos especificados na Tabela 8 do documento:
________________
//ANEXO
18 02:136.01.007:2002
Anexo A (normativo)
Determinação da estanqueidade à água de coberturas - Método de ensaio
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Método utilizado
3 Corpo de prova
4 Aparelhagem
5 Procedimento
6 Resultados
Anexos
A- Figura da câmara de ensaio
B- Esquema de funcionamento da câmara
C- Caixa alveolada para calibração da vazão de ensaio
0 Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros ( CB ) e dos Organismos de Normalização Setorial ( ONS ), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte:
produtores, consumidores e neutros ( universidades, laboratórios e outros).
Os projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
associados da ABNT e demais interessados.
1 OBJETIVO
Esta Norma especifica um método para verificação da estanqueidade à água de coberturas constituídas por telhas.
O ensaio consiste em submeter um trecho representativo da cobertura a uma vazão de água, sob a condição de uma
diferença estática de pressão.
2 CORPO DE PROVA
O corpo de prova deve ser um trecho representativo da cobertura constituído com os mesmos materiais previstos para a
obra.
3 PARELHAGEM
3.1 Câmara
Câmara com forma prismática, com uma abertura em uma de suas faces, tendo dimensões que permitam o acoplamento
do corpo de prova na mesma inclinação que a utilizada em obra ( Figura 1). A câmara deve dispor de uma válvula de
segurança que garanta a extravazão do ar quando a pressão interna atingir valores acima dos compatíveis com sua
estabilidade estrutural.
3. 2 Sistema de pressurização
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Sistema de pressurização que garanta a transmissão de carga de forma estática e a estabilização de carga aplicada em
níveis pré-determinados. A alimentação da câmara deve ser feita de modo a evitar a incidência direta do fluxo de ar sobre
o corpo de prova (Figura 2).
3.3 Manômetro
Manômetro com resolução de 10Pa, para leitura de pressão na câmara
Sistema de aspersão de água composto por bicos aspersores que permitam a projeção de água de maneira uniforme
sobre toda a face superior do corpo de prova, na vazão de 4 litros por minuto por metro quadrado do corpo de prova,
garantindo que todas as partes do mesmo sejam igualmente aspergidas.
Na rede de alimentação do sistema de asperção pode ser colocado um hidrômetro com o intuito de facilitar a regulagem da
vazão desejada.
4 ROCEDIMENTO
4.1Ajustar o sistema de asperção de água da câmara utilizando-se a caixa quadrialveolada, para a vazão de 4 litros por
minuto por metro quadrado. O sistema de asperção deve estar regulado de forma tal que o valor médio das vazões
incidentes sobre os quatro alvéolos seja igual à vazão especificada para o ensaio, admitindo-se para valores individuais
dessas vazões uma variação de 20% em torno da média. Esta verificação deve cobrir toda a área da abertura da câmara,
onde será montado o corpo de prova.
4.2 procedimento acima descrito deve ocorrer de forma interativa até que a variação da vazão, para as diversas partes do
vão, não seja superior a 20% da vazão de ensaio especificado.
4.3 Montar o corpo de prova na câmara com sua face superior voltada para o interior da mesma a selar convenientemente
as juntas presentes entre o corpo de prova e a abertura da câmara. A câmara deve ser regulada de forma que o corpo de
prova tenha a mesma inclinação da cobertura quando da utilização em obra.
4.4 Após a instalação do corpo de prova e a calibração da vazão de água, aspergir a cobertura durante 30 minutos.
4.5 Aplicar na câmara, escalonadamente, as pressões de 0, 10, 20, 30, 40, 50 e 60 Pa; manter cada uma dessas pressões
por um período a eventual existência de vazamento, escorrimentos ou manchas. Caso haja pressão especificada de
interesse, o ensaio pode seguir a seqüência anteriormente definida até que tal pressão seja atingida.
4.6 Caso não seja possível aplicar as pressões de ensaio ao excessivo vazamento de ar pelo corpo de prova, algumas
juntas deste podem ser seladas com massa de vedação ou outro material adequado até o limite de 50% das juntas
existentes. Nessas condições, caso não se consiga atingir a pressão máxima estabelecida, aplicar a pressão segundo
incrementos mencionados na alínea e, registrado a pressão máxima que se conseguir administar no corpo de prova.
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5 RESULTADO
Devem ser apresentados:
5.1 Descrição dos corpos de prova, incluindo dimensões, materiais constituintes e inclinação da cobertura;
5.2 Desenhos dos corpos de prova ensaiados com todos os detalhes necessários ao entendimento do mesmo;
5.3 Registro para cada uma das pressões aplicadas dos eventuais vazamentos, escorrimentos ou manchas de umidade
verificados na face inferior da cobertura, bem como os locais onde ocorreram;