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FEV./1991 NB-1353
Amostragem de minério nuclear
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA

Origem: Projeto 20:005.01-001/90


CB-20 - Comitê Brasileiro de Energia Nuclear
CE-20:005.01 - Comissão de Estudo de Mineração e Beneficiamento Afetos à
Tecnologia Nuclear
Copyright © 1990, NB-1353 - Nuclear minerals - Sampling - Procedure
ABNT–Associação Brasileira Esta Norma foi baseada na Teoria de Amostragem de Pierre Gy
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Minério. Amostragem 5 páginas
Todos os direitos reservados

1 Objetivo 3 Definições

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para regular os Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
processos de amostragem de minérios nucleares a serem de 3.1 a 3.12.
satisfeitos nos locais de produção, manuseio e preparação
física destes, para ensaios granulométricos, determinação 3.1 Amostragem
de umidade, composição química, mineralógica e
radiométrica. Seqüência de operação que tem por finalidade separar
uma parte, chamada amostra, que seja representativa do
1.2 Esta Norma se aplica a toda pessoa física ou jurídica todo.
indicada para realizar amostragem de minérios nucleares
para: 3.2 Amostra final

Qualquer amostra para determinação de granulometria,


a) caracterização tecnológica;
teor de umidade, composição química, composição
mineralógica ou composição radiométrica, preparada a
b) efeitos de fiscalização e perícia;
partir de cada incremento, subamostra ou amostra total,
de acordo com método especificado para aquele tipo de
c) comercialização.
amostra, caracterizando-se como representativa do
carregamento.
2 Documentos complementares
3.3 Amostra reduzida
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
Quantidade de minério obtida por um método de redução
Lei nº 4.118 - de 27 de agosto de 1962, que dispõe de massa de um incremento, subamostra ou amostra total.
sobre a Política Nacional de Energia Nuclear e cria a
CNEN(1) 3.4 Amostra total

Lei nº 6.189 - de 16 de dezembro de 1974, que Quantidade de minério constituída de todos os incrementos
delimita os campos de atuação da CNEN e da ou de frações representativas destes, obtida por
NUCLEBRÁS(2) procedimento de redução de massa.

(1) CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear


(2) NUCLEBRÁS - Empresas Nucleares Brasileiras S.A.
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3.5 Carregamento 4 Condições gerais

Quantidade de minério entregue de uma só vez. O 4.1 Amostragem


carregamento pode ser constituído de um ou mais lotes ou
de parte de um lote. 4.1.1 Os métodos de amostragem são diferentes e variam
de acordo com características do minério, do lote e do
3.6 Elemento nuclear carregamento.

Todo elemento químico que possa ser utilizado na liberação 4.1.2 A amostragem pode ser realizada com o minério em
de energia em reatores nucleares ou que possa dar origem movimento ou com o minério parado.
a elementos químicos que possam ser utilizados para este
fim. 4.1.3 A amostragem é realizada por método periódico,
sistemático, de coleta de incremento, com início aleatório.
Nota: Cabe ao Poder Executivo, por proposta da Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN), especificar os ele- 4.1.4 A massa do incremento é determinada de acordo
mentos que devem ser considerados nucleares, além do com a granulometria máxima do minério e o teor esperado
urânio e do tório. da espécie química ou característica física a ser
determinada.
3.7 Incremento
4.1.5 O número de incrementos a serem coletados é
Quantidade de minério obtida numa única operação por determinado de acordo com a heterogeneidade do lote ou
dispositivo de amostragem, a partir de um lote de do carregamento e a precisão desejada.
carregamento.
4.1.6 Durante a amostragem e o manuseio das amostras,
3.8 Lote estas devem ser protegidas contra qualquer alteração.

Quantidade definida de minério, por acordo entre as 4.1.7 Deve-se comprovar que todos os métodos de
partes, cujas características físicas e químicas sejam amostragem estejam livres de erros tendenciosos.
presumivelmente uniformes.
4.1.8 A escolha da metodologia de amostragem fica a
3.9 Mineral nuclear critério do usuário, desde que atendidas as condições de
4.2.
Todo mineral que contenha na sua composição um ou
mais elementos nucleares (Lei 4.118 de 27 de agosto de 4.2 Metodologia de amostragem
1962 e Lei 6.189 de 16 de dezembro de 1974).
4.2.1 Processos de amostragem por incrementos
3.10 Minério nuclear
O processo de amostragem por incrementos é usado no
Toda concentração natural de mineral nuclear, na qual o trato de massas muito grandes de materiais, muito pesadas
elemento ou elementos nucleares ocorrem em proporção e de difícil manuseio, interessando mais às plantas
e condições tais que permitam sua exploração econômica. industriais e, eventualmente, às plantas-piloto. Esta
amostragem deve ser feita em correia transportadora em
3.11 Subamostra movimento ou parada, ou em pilhas de homogeneização,
durante ou após a sua formação. Os procedimentos gerais
Quantidade de minério constituída de vários incrementos de amostragem são os seguintes:
ou de frações representativas destes incrementos, obtida
por procedimento de redução de massa. a) determinar a massa do carregamento ou do lote a
ser amostrado;
3.12 Tamanho máximo da partícula
b) estimar o tamanho máximo da partícula;
Tamanho expresso em termos de dimensão de abertura
da malha de peneira, na qual aproximadamente 5% do c) determinar a massa mínima da amostra, de acordo
minério são retidos. com as Tabelas 1, 2 e 3;

Tabela 1 - Massa mínima de amostra total, em função da granulometria do minério e do teor, para determinação
granulométrica

d (cm) M (kg)

Acima Até Teor esperado (%)


e
de inclusive < 10 ¯ 10 até <20 ¯ 20 até <50 ¯ 50

10,2 20,5 46.000 22.000 7.300 2.500


5,0 10,2 5.700 2.700 900 300
2,54 5,0 700 300 100 35
/continua
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/continuação

d (cm) M (kg)

Acima Até Teor esperado (%)


e
de inclusive < 10 ¯ 10 até <20 ¯ 20 até <5 ¯ 50

1,91 2,54 90 42 14 5
1,27 1,91 37 18 6 2
0,64 1,27 11 6 2 0,6
0,17 0,64 1,5 1 0,3 0,1
0,17 0,1 0,1 0,1 0,1

Tabela 2 - Massa mínima de amostra total, em função da granulometria do minério e do teor, para determinação
de umidade

d (cm) M (kg)

Acima Até Teor esperado (%)


e
de inclusive <5 ¯ 5 até <10 ¯ 10 até <20 ¯ 20 até <50 ¯ 50

10,2 20,5 120.000 23.000 11.000 5.000 1.500


5,0 10,2 15.000 3.000 1.500 600 150
2,54 5,0 1.800 350 160 70 20
1,91 2,54 230 45 21 10 2,5
1,27 1,91 100 20 10 4 1
0,64 1,27 30 6 3 1,2 1
0,17 0,64 4 1 1 1 1
0,17 1 1 1 1 1

Tabela 3 - Massa mínima de amostra total, em função da granulometria do minério e do teor, para caracterização
química, mineralógica ou radiométrica

d (cm) M (kg)

Acima Até Teor esperado (%)


e
de inclusive < 0,1 ¯ 0,1 até <0,5 ¯ 0,5

10,2 20,5 108.000 45.000 35.000


5,0 10,2 13.500 6.000 4.500
2,54 5,0 1.600 700 500
1,91 2,54 210 80 65
1,27 1,91 90 35 30
0,64 1,27 25 10 8,0
0,168 0,64 4,0 1,5 1,0
0,085 0,168 0,4 0,2 0,1
0,085 0,1 0,1 0,1

d) caso o tamanho máximo da partícula seja tal que a e) o número de incrementos coletados é de 50;
massa do minério a ser coletada para determina-
ção da umidade e da composição química, f) quando a massa da amostra for menor que aquela
mineralógica ou radiométrica seja maior que o requerida para o ensaio ou análise, a massa de
tamanho do lote, ou exija a coleta de uma massa incremento ou o número de incrementos devem ser
muito grande, o minério deve ser submetido a uma aumentados de antemão;
redução do tamanho de suas partículas, por pro-
cesso adequado, de modo a se poder tomar uma g) determ inar o ponto ou pontos de am ostragem , o
massa menor, seguindo-se as Tabelas 2 e 3; m étodo de coleta e de com binação de increm entos.
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4.2.1.1 Amostragem com correia em movimento 4.2.1.2 Amostragem em correia parada

O processo de amostragem com correia em movimento é Este processo é aconselhado para lotes de até 200t. A
aconselhável para lotes acima de 50t. A amostragem com amostragem com correia parada deve ser manual, de
correia em movimento deve ser automática, de acordo acordo com o seguinte procedimento:
com os seguintes procedimentos:
a) calcular o comprimento da correia que contém a
a) usar cortadores transversais com arestas paralelas massa do incremento pela expressão:
ou radiais, com arestas orientadas radialmente;
3,6.M.v
b) impedir acúmulo de materiais nas bordas ou nas L=
paredes do cortador; C

c) o cortador deve ser instalado de modo a cortar a Onde:


seção do fluxo cadente de minério;
L = comprimento da correia que contém a
d) o cortador não deve receber materiais estranhos massa do incremento, em m
nos intervalos entre cortes (por exemplo: poeira,
água de chuva, etc.); C = taxa média do fluxo de material, em t/h

e) a velocidade do cortador deve ser uniforme durante M = massa de incremento a ser coletado, em kg
todo o correr do corte;
v = velocidade da correia, em m/s
f) a velocidade do cortador não deve diferir de um
corte para o outro; b) usar um medidor com comprimento L e determinar
parte do material a ser amostrado;
g) as arestas do cortador devem ser horizontais;
c) raspar a correia, coletando todo o material contido
h) a distância (w) entre as arestas do cortador deve ser no intervalo do medidor, de maneira que não haja
maior que wo, cujo valor se define abaixo, em função perdas ou contaminações.
de d, o tamanho máximo da partícula:
4.2.1.3 Amostragem em pilha de homogeneização no momento
wo = 3d, para d > 3mm, ou de sua formação

wo = 10mm, para d - 3mm Este processo é aconselhável para lotes de até 200t, em
condições que permitam a homogeneização do minério. A
i) a velocidade do cortador não deve exceder uma amostragem em pilha de homogeneização deve ser manual,
velocidade máxima (v) definida pela expressão: de acordo com o seguinte procedimento:

vo w a) colocar, em local plano onde vai ser montada a


v= pilha, duas chapas planas, no sentido vertical, de
wo
modo a seccionar transversalmente a pilha forma-
da, mantendo entre elas uma distância que vai
Onde: corresponder ao tamanho do incremento;

vo = 0,40m/s b) construir a pilha em camadas, distribuindo o miné-


rio de uma extremidade à outra, o mais uniforme-
j) o amostrador deve ser suficientemente profundo mente possível;
para prevenir o ricocheteamento, transbordamen-
to e outros tipos de perdas das partículas que c) para cada camada da pilha, deve ser tomado um
devem ser coletadas; incremento entre as chapas;

l) a massa de minério coletada em cada incremento é d) durante a formação da pilha, coletar o material que
determinada pela expressão: ficou entre as chapas, correspondente a um incre-
mento ou, então, deixar acumular até o término da
montagem da pilha e coletar a amostra total;
C.w
M=
3,6.v
e) o número de camadas deve ser igual ao número de
incrementos que se deseja coletar.
Onde:
4.2.2 Processo de amostragem em pilha homogeneizada
M = massa do incremento coletado, em kg
C = taxa média do fluxo de material, em t/h Este processo é aconselhável para lotes de até 200t, em
condições que permitam a homogeneização do minério. A
w = abertura do cortador do amostrador, em m
amostragem em pilha homogeneizada deve ser manual,
v = velocidade do cortador, em m/s de acordo com o seguinte procedimento:
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a) homogeneizar o minério em pilha, com retomada sua utilização em lotes de até 10t, de acordo com o
frontal, efetuando no mínimo três retomadas; seguinte procedimento:

b) calcular a massa mínima da amostra total, de a) homogeneizar o minério de maneira mais conveni-
acordo com as Tabelas 1, 2 e 3. ente;

b) dividir o lote em duas partes iguais, observando os


c) utilizando duas chapas planas, seccionar transver-
valores das Tabelas 1, 2 e 3.
salmente a pilha homogeneizada de modo a delimi-
tar, entre as duas chapas, a massa de minério igual
c) caso o tamanho máximo da partícula seja tal que a
ou maior que a massa mínima de amostra total, a
massa do minério a ser coletada, para determina-
ser retirada numa única operação;
ção da umidade ou da composição química,
mineralógica ou radiométrica, seja maior que o
d) coletar todo o material contido entre as duas tamanho do lote, ou exija a coleta de uma massa
chapas, de modo que não haja perdas nem conta- muito grande, o minério deve ser submetido a uma
minações. redução de tamanho de sua partícula, de modo que
se possa tomar uma massa menor, seguindo-se as
4.2.3 Processo de amostragem por partilha Tabelas 2 e 3;

O uso industrial do processo de amostragem por partilha d) homogeneizar a parte tomada e repetir o procedi-
deve ser restrito a lotes pequenos, sendo mais difundido mento conforme 4.2.3-b), até que se obtenha uma
em operações de usinas-piloto e laboratórios, onde é amostra reduzida, com a quantidade de minério
possível a homogeneização prévia, aconselhando-se a para o ensaio.

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