1. INTRODUÇÃO
É evidente que para a resolução manual de qualquer estrutura estática, seja ela, hipo,
iso, ou hiperestática, passa-se pela análise prévia da estrutura para assim, se escolher
o melhor método ou meio de se obter as incógnitas presentes.
Dos problemas que muitas vezes encontramos no dia-a-dia, fica-se a impressão que
nada daquilo que se presencia se parece com o que foi visto em sala de aula. É bem
verdade também que, à medida que se avança no estudo de estruturas, a análise e
percepção se tornam cada vez mais apurados e, portanto essa determinação prévia
torna-se obsoleta, junto com esse trabalho.
De qualquer forma, para aqueles que necessitam de uma análise mais apurada sobre o
assunto “tipo de estrutura” com que se está trabalhando, vamos desenvolver uma
técnica capaz de sanar qualquer dúvida acerca disso.
CONSIDERAÇÕES: Visto que esse artigo trata de um assunto específico, é preciso que o
leitor tenha pelo menos conhecimento de conceitos de Análise Estrutural – Estruturas
Isostáticas, fazendo que se presuma que grande parte do que aqui é dito já é de
conhecimento do leitor.
2. OBJETIVO
Toda estrutura é dita hipostática quanto esta não possui vínculos suficientes para
garantir a sua total imobilidade.
Toda estrutura é dita isostática quanto esta possui vínculos suficientes para garantir a
sua total imobilidade.
Toda estrutura é dita hiperestática quanto esta possui vínculos em abundância para
garantir a sua total imobilidade.
6. GRAU DE ESTATICIDADE
Uma estrutura é classificada segundo seu grau de estaticidade (g), que relacionará as
reações de apoio, rótulas e as forças empregadas sobre a estrutura. O grau de
estaticidade pode ser interno e/ou externo. (Convém para maiores informações o
estudo dos livros de Análise Estrutural de José Carlos Süssekind)
No mais, para determiná-lo vamos tomar por base a seguinte fórmula:
g = r +∑ i*m - ∑ e*m - nr
onde:
r é o número de reações de apoio;
i é o número de esforços internos na seção do elemento;
m é o número de membros ou de elementos da estrutura;
e é o número de equações de equilíbrio da estática aplicáveis a cada nó na
estrutura;
n é o número de nós da estrutura;
nr é o número de equações adicionais, devidas às seções rotuladas.
A análise dos resultados obtidos para g são a questão fundamental para o tipo de
estrutura que se quer construir:
OBSERVAÇÕES:
1. O caso das estruturas hipostáticas não nos interessa uma vez que a instabilidade da
estrutura não é uma característica que o engenheiro civil deve procurar.
2. O caso das estruturas hiperestáticas, em que g > 0, remete aos hiperestáticos, ou
seja, a quantidade de equações adicionais que o sistema terá que conter para que
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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Página 3
se obtenham soluções para este problema; soluções estas chamadas também de
equações de compatibilidade.
3. Como nosso objetivo aqui é somente determinar o tipo de estrutura e ter a
possibilidade de construí-la (sem gerar dúvidas quanto ao seu tipo estático),
nenhum estudo mais aprofundado de isostática ou hiperestática se faz necessário
para a aplicação dessa técnica.
4. Rótulas são componentes que não transmitem momento! Portanto um apoio de 3°
gênero que tenha uma rótula acoplada é equivalente a um apoio de 2° gênero!
(Fica fácil observar isso: No apoio de 3° gênero, temos 3 reações. Como a rótula
não transmite o momento da reação, ela é conclusivamente igual à zero. Daí pode-
se retirar essa opção do engaste e substituir por um apoio de 2° gênero).
7. REFERÊNCIAS
Süssekind, José Carlos . Curso de Análise Estrutural – Estruturas Isostáticas Vol. 1; 6ª Ed.;
Editora Globo, Porto Alegre – 1981;