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CURSO DE GESTÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS: COMO MANTER O

SISTEMA E EVITAR INCÊNDIOS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS?


Professor/Tutor: Eng. Douglas Machado Cortes
Aluno: Aline Braga de Oliveira Menaget Novembro/2021

LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL DE


BAIXA TENSÃO – ESCRITÓRIO TÉCNICO DA UNIVERSIDADE (ETU) – UFRJ

1. Identificação:
Organização: UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
Nome Fantasia / Razão Social: Escritório Técnico da Universidade (ETU)
CNPJ: 33.663.683/0001-16
Endereço: Praça Jorge Machado Moreira, 100 - Cidade Universitária da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 21941-598

2. Realização do Laudo:
Responsável Técnico: Aline Braga de Oliveira Menaget
SIAPE: 3061566 CREA-RJ: 2017129758
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – CREA-RJ: nº 2020210207321 (fictícia).

3. Data da Vistoria:
A vistoria foi realizada pela Servidora Aline Braga de Oliveira Menaget da Coordenação de
Projetos Contra Incêndio nas dependências do Escritório Técnico da UFRJ, conhecido
também como prédio ETU/UFRJ nos dias 03 e 04 de novembro de 2021, nos períodos da
manhã e tarde.

4. Solicitante:
O presente laudo de inspeção técnica predial foi solicitado pelo Diretor do ETU, José Cezar
Rodrigues dos Santos, por meio do Ofício 0248/2021 – Gabinete da Direção do ETU, em 29
de setembro de 2021, para a verificação do estado atual das instalações elétricas do edifício.

5. Classificação do Nível de Inspeção


Considerando-se que a edificação possui baixa complexidade técnica, de manutenção e de
operação de seus elementos e sistemas construtivos e plano de manutenção simples, pode-se
classificar como sendo inspeção de Nível 1.

6. Descrição Técnica do Edifício:


O Escritório Técnico da Universidade (ETU), projetado entre 1960 – 1970, possuía
inicialmente a finalidade de projetar, executar e fiscalizar as obras e serviços necessários à
implantação do campus da Ilha do Fundão.

Atualmente suas atribuições são as seguintes:


 Elaboração e supervisão de projetos de engenharia e arquitetura relativos à construção,
reforma, restauração e conservação das edificações da universidade;
 Fiscalizar a execução de novas construções, reformas, modificações de uso, demolição
e/ou conservação e edifícios;
 Emitir pareceres técnicos sobre eventuais patologias nas edificações da UFRJ.

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Figura 1: Fachada e estacionamento do ETU. Fonte: Adaptada de imagem do Google.

O edifício do Escritório Técnico da Universidade é compartilhado com a Prefeitura


Universitária e apresenta 1 pavimento com mezanino. Sua ocupação é predominantemente de
escritórios de projetos de arquitetura e engenharia e de salas administrativas.

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Figura 2: Localização do ETU. Fonte: Adaptada de imagem do Google.

7. Documentação Analisada
Para a elaboração do referido Laudo foram analisadas documentações administrativas e técnicas do
edifício em questão.

8. Objeto da Inspeção:

O RTI – Relatório Técnico de Inspeção, que é parte integrante do Laudo de Inspeção Técnica
Predial, contém o registro fotográfico obtido no levantamento realizado na vistoria. O RTI se
baseia na inspeção visual externa das condições que se encontravam os quadros de distribuição de
disjuntores, tomadas, luminárias, interruptores e demais elementos que compõe parte das
instalações elétricas prediais de baixa tensão no Escritório Técnico da Universidade.

O Escopo do levantamento preliminar realizado através da inspeção visual nas instalações


elétricas de baixa tensão contempla as áreas comuns de acesso tais como: áreas de circulação
abertas, corredores, halls entre outros, existentes Escritório Técnico da Universidade.

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Este RTI visa identificar e sinalizar situações de não conformidades técnicas existentes nas
instalações elétricas de baixa tensão inspecionadas, estabelecendo algumas recomendações
técnicas de readequação das mesmas; de maneira a servir como referência na adoção de futuras
medidas corretivas de intervenção pelos gestores/administradores da UFRJ. Na realização das
fotos dos quadros de distribuição, não foi possível a retirada das molduras e tampas para inspeção
interna devido a indisponibilidade de ferramentas e equipe de manutenção.

9. Metodologia / Normas Técnicas e Regulamentadoras Aplicáveis

● NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;


● NBR 13570 - Instalações elétricas em locais de afluência de público - Requisitos
específicos;
● NBR 16384:2020 – Segurança em Eletricidade - Recomendações e orientações para trabalho
seguro em serviços com eletricidade;
● ABNT NBR ISO/CIE-8995-1 – Iluminação de ambientes de trabalho;
● ABNT NBR 10898 – Sistema de Iluminação de emergência;
● ABNT NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas;
● NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
● COSCIP – Código de Segurança contra Incêndio e Pânico.
● ABNT NBR 16747 - Inspeção Predial ― Diretrizes, conceitos, terminologia e
procedimento.

10. Critérios

10.1) Classificação da Inspeção Predial


Quanto a sua complexidade e elaboração de laudo, consideradas as características técnicas da
edificação, manutenção e operação existentes e necessidade de formação de equipe
multidisciplinar para execução dos trabalhos. Os níveis de inspeção predial podem ser
classificados em nível 1, nível 2 e nível 3.

 NÍVEL 1
Inspeção Predial realizada em edificações com baixa complexidade técnica, de
manutenção e de operação de seus elementos e sistemas construtivos.
Normalmente empregada em edificações com planos de manutenção muito
simples ou inexistentes.

 NÍVEL 2

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Inspeção Predial realizada em edificações com média complexidade técnica, de


manutenção e de operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões
construtivos médios e com sistemas convencionais.

Normalmente empregada em edificações com vários pavimentos, com ou sem


plano de manutenção, mas com empresas terceirizadas contratadas para execução
de atividades específicas como: manutenção de bombas, portões, reservatórios de
água, dentre outros.

 NÍVEL 3
Inspeção Predial realizada em edificações com alta complexidade técnica, de
manutenção e operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões
construtivos superiores e com sistemas mais sofisticados. Normalmente
empregada em edificações com vários pavimentos ou com sistemas construtivos
com automação.

Nesse nível de inspeção predial, obrigatoriamente, é executado na edificação um


Manutenção com base na ABNT NBR 5674. Possui, ainda, profissional habilitado
responsável técnico, plano de manutenção com atividades planejadas e
procedimentos detalhados, software de gerenciamento, e outras ferramentas de
gestão do sistema de manutenção existente

10.2) Classificação das deficiências constatadas nas vistorias, por sistema construtivo,
conforme a origem das mesmas.

Estas podem ser classificadas em:


 Anomalias construtivas ou endógenas (quando relacionadas aos problemas da
construção ou projeto do prédio);

 Anomalias funcionais (quando relacionadas à perda de funcionalidade por final


de vida útil – envelhecimento natural) ou;

 Falhas de uso e manutenção (quando relacionadas à perda precoce de


desempenho por deficiências no uso e nas atividades de manutenção periódicas);

Todas as deficiências são cadastradas por fotografias que constam no Laudo de


Inspeção Predial.

10.3) Anomalias
As anomalias podem ser classificadas em:

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 Endógena - originaria da própria edificação (projeto, materiais e execução).

 Exógena - originaria de fatores externos a edificação, provocados por terceiros.

 Natural - originaria de fenômenos da natureza.

 Funcional - originaria da degradação de sistemas construtivos


pelo envelhecimento natural e, conseqüente, término da vida útil.

10.4) Falhas
As falhas podem ser classificadas em:

 De Planejamento: decorrentes de falhas de procedimentos e especificações


inadequados do plano de manutenção, sem aderência a questões técnicas, de uso,
de operação, de exposição ambiental e, principalmente, de confiabilidade e
disponibilidade das instalações, consoante a estratégia de Manutenção. Além dos
aspectos de concepção do plano, há falhas relacionadas às periodicidades de
execução.

 De Execução: associada à manutenção proveniente de falhas causadas pela


execução inadequada de procedimentos e atividades do plano de manutenção,
incluindo o uso inadequado dos materiais.

 Operacionais: relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles,


rondas e demais atividades pertinentes.

 Gerenciais: decorrentes da falta decontrole de qualidade dos serviços de


manutenção, bem como da falta de acompanhamento de custos da mesma.

10.5) Classificação do Grau de Risco:


A classificação quanto ao grau de risco de uma anomalia ou falha deve sempre ser
fundamentada, conforme limites e os níveis da Inspeção Predial realizada, considerado
o grau de risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio. Pode ser
classificado como:

 Crítico
Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio
ambiente; perda excessiva de desempenho e funcionalidade causando possíveis
paralisações; aumento excessivo de custo de manutenção e recuperação;
comprometimento sensível de vida útil.

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 Médio
Risco de provocar a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação
sem prejuízo à operação direta de sistemas, e deterioração precoce.

 Mínimo
Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e
planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos
e regulares, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário.

Curto Prazo: de 0 a 6 meses


Médio Prazo: de 6 meses a 1 ano e meio
Emergencial: Imediato

10.6) Classificação das Condições de Uso:


A classificação das Condições de Uso é parametrizada pela análise das condições de uso
da edificação e de seus sistemas construtivos; consoante aspectos técnicos previstos em
projeto e conforme níveis de desempenho estimados.

Em caso de inexistência de projetos (memoriais e pranchas) que estabeleçam os


parâmetros operacionais de sistemas para a edificação inspecionada, o inspetor deverá
classificar as Condições de Uso quando houver parâmetros estabelecidos e
/ ou recomendados em Normas Técnicas, Instruções Técnicas ou Leis específicas que
contemplem tais sistemas.

 O uso regular é aquele onde a edificação é ocupada e utilizada dentro dos


parâmetros previstos no projeto. Contribui para a sua longevidade da edificação,
e observa aspectos técnicos de segurança e habitabilidade.

 O uso irregular da edificação; está sujeita aos riscos não previstos em projeto
que poderão comprometer a segurança e habitabilidade.

Quanto, em relação ao uso, o inspetor predial deverá classificar a edificação:

USO REGULAR – Quando a edificação inspecionada encontra-se


ocupada e utilizada de acordo com o uso previsto no projeto.

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USO IRREGULAR – Quando a edificação inspecionada encontra-se


ocupada e utilizada de forma irregular, com o uso divergente do previsto no
projeto.

10.7) Classificação das Prioridades:

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11. Registro Fotográfico

Obs: Professor, as minhas observações foram grifadas em verde. Escolhi 10 imagens para comentar.

1º Pavimento

Hall de Entrada do prédio JMM

Figura 1 - Local: Portaria Fig. 2 - Local: Parede lateral a entrada do JMM

Não Conformidades: Não Conformidades:


 fios soltos expostos por fora do duto;  quadro de distribuição sem tampa de
 dois tipos diferentes de infraestrutura de proteção
elétrica (sistema X e eletroduto aparente);  quadro embutido contendo 2 circuitos com
 condulete sem tampa; cabos soltos
 curva de eletroduto solta com fiação de  eletroduto flexível de sobrepor alimentado
dados; quadro de distribuição embutido
 espelhos de tomada de embutir instalados  barramentos oxidados com fiação exposta
como tampa de condulete.
Recomendação: Recomendação:
 acondicionar toda a fiação solta dentro dos  identificar todos os circuitos do quadro de
dutos; distribuição
 fixar com abraçadeiras tipo copo todos os  instalar quadro novo de distribuição de
eletrodutos; embutir ou sobrepor com tampa
 padronizar os elementos de infraestrutura;  adequar a infraestrutura ao tipo de quadro
 instalar infraestrutura exclusiva para (embutir ou sobrepor) para
condutores de dados e voz separada da acondicionar todos os fios
instalação elétrica.  retirar toda a fiação exposta
 tampar o condulete ou retirá-lo caso esteja sem
função.

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Fig.3 - Local: Entrada do JMM sob Pilotis Fig. 4 - Local: Parede perto do CLA

Não Conformidades: Não Conformidades:


 fios soltos expostos por ausência de  Ausência de conexão entre o eletroduto
luminária e a caixa de passagem;
 Fiação exposta;
Recomendação: Recomendação:
 Isolar as partes condutoras dos fios e  Remoção da tampa da caixa de passagem e
acondiciona-los dentro de eletrodutos. instalação de uma curva para
promover conexão entre os fios do
interior do eletroduto aparente com a
fiação embutida na parede;

Fig. 5 - Local: Entrada do JMM sob Pilotis


Não Conformidades:
 fio solto exposto pela parede da instalação
provisória de obra do reparo do telhado da
biblioteca e de interligação do quadro de
distribuição ao comando fotoelétrico dos
holofotes LED instalados no container da TIC.

Recomendação:
 Acomodar os fios expostos no interior de
eletrodutos para protege-los das
intempéries, assim como garantir a
segurança das pessoas.

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Area Externa do Estacionamento

Fig.6 - Local: Fig.7 - Local: Guarita

Não Conformidades: Não Conformidades:


  quadro de distribuição sem tampa.
 eletroduto apresentando deformação.
 material elétrico (fiação) espalhado no
piso.
Recomendação: Recomendação:
  Adicionar tampa no quadro de
distribuição.
 Substituir o eletroduto deformado e
fixa-lo na parede por meio de
abraçadeiras do tipo copo.
 Remover os fios espalhados no piso e
prover a correta destinação, de acordo
com seu estado de conservação
(depósito ou reciclagem).

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Corredor do 1º Andar
Fig.9 - Local: Shaft atrás dos Elevadores Sociais
Não Conformidades:
 dificuldade de acesso ao Shaft de distribuição
elétrica vertical do primeiro pavimento devido
a corredor formado pela expansão da livraria.

Recomendação:
 não se deve impedir, bloquear ou mesmo
dificultar o acesso a quadros elétricos de
disjuntores ou extintores de incêndio.
 afastar ou retirar o mobiliário do local de acesso
ao shaft.

Fig. 10 - Local: Shaft do 1º Andar atrás dos Elevadores Sociais

Não Conformidades:
 existência de instalação elétrica antiga, sem identificação e desorganizada.
 quadro de distribuição (cor branca)
Recomendação:
 identificar todos os circuitos existentes dentro do shaft, inclusive as cargas que são alimentadas por eles.
 retirar todos os elementos antigos que não são mais usados na instalação elétrica atualmente, tais como
quadros, dutos disjuntores e fiação.
 substituir os componentes (quadros de distribuição, fiação, disjuntores) antigos por novos.
 documentar toda a instalação identificada em diagrama elétrico unifilar.
 instalar suporte para fixação dos cabos alimentadores na vertical.

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Fig.11 - Local: sala sob as escadas de acesso Fig. 12 - Local: acesso ao corredor (TCA)

Não Conformidades: Não Conformidades:


 Caixas de passagem sem tampas, com  Fios pendurados e expostos no
fios expostos. corredor.
 Aberturas das caixas de passagem de  Fios amarrados uns aos outros,
tamanho superior ao das tampas. possivelmente com a presença de
gambiarras.
 Possibilidade de queda dos fios e
contato com pessoas, podendo
ocasionar acidentes.
 Ligação pendurada de fio acima do
portal com fiação proveniente de
caixa de passagem.
Recomendação: Recomendação:
 Reduzir o tamanho das aberturas de modo  Em relação aos fios próximos ao teto,
que a tampa da caixa de passagem vede providenciar que fiquem apoiados
totalmente as mesmas. sobre a eletrocalha existente. Caso ela
 Inserir tampas nas caixas de passagem que não comporte estes fios, instalar outra
não as possuem. eletrocalha.
 Os fios próximos ao portal devem ser
acomodados em eletrodutos, fixados
na parede por abraçadeiras tipo copo.
 Caso existam, desfazer gambiarras e
remover fios que não estejam sendo
utilizados.
 Para a ligação com a caixa de
passagem, conectar o eletroduto
embutido com o eletroduto aparente a
ser instalado por meio de um
condulete.

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Fig.14 - Local: detrás do rack da TIC Fig. 15 - Local: acesso ao corredor (TCA)

Não Conformidades: Não Conformidades:


 disjuntor tripolar e monopolar soltos  caixa embutida sem tampa e fios expostos;
 fios soltos e expostos.  cabos de energia e de dados soltos fora dos
dutos.
Recomendação: Recomendação:
 Os disjuntores devem ser acomodados em um  Inserir tampa na caixa embutida.
quadro de distribuição fixado na parede.  Os fios expostos devem ser
Este quadro não deve ser fixado em local organizados e inseridos em
de fácil acesso (no caso, o rack precisa ser eletrodutos.Verificar se há fios sem
removido do local).
utilização ou gambiarras e descarta-
 Os fios expostos devem ser acomodados em
eletrodutos fixados na parede por
los.
abraçadeiras tipo copo.

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Fig. 17 - Local: corredor lateral esquerdo Fig. 18 - Local: corredor lateral esquerdo

Não Conformidades: Não Conformidades:


 Fio solto pendurado no corredor,  quadro de distribuição antigo embutido apresentando
podendo ocasionar acidentes. sinais de oxidação (ferrugem) e moldura de
madeira;
 eletroduto de sobrepor alimentando quadro de
distribuição embutido.
Recomendação: Recomendação:
 O fio deve ser inserido em eletroduto,  Substituir o quadro antigo por um novo de material
fixado na parede por meio de antichama.
abraçadeiras.  Identificar os circuitos atendidos por cada disjuntor;
 A entrada do eletroduto de alimentação no quadro
deve estar embutida na parede.

12. Lista de Orientação Técnica

Foto Não-conformidade Prioridade Prazo Risco


Fig.1 Fiação fora do duto, infra tomada 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.2 Quadro embutido sem tampa 2 de 0 a 6 meses regular
Fig.3 Fiação solta teto sem luminária 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.4 Eletroduto aparente sem função 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.5 Instalação provisória exposta 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.7 Guarita sofreu incêndio 2 de 0 a 6 meses regular
Fig.9 Obstrução parcial shaft p/ papelaria 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.10 Instalação elétrica antiga no shaft 1 imediato Crítico
Fig.11 Tampa cega menor que as caixas 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.12 Fiação pendurada e solta 2 de 0 a 6 meses regular
Fig.14 Disjuntores soltos atrás rack TIC 1 imediato Crítico
Fig.15 Fiação exposta e caixa sem tampa 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.17 Fiação solta e exposta 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo
Fig.18 Duto aparente em quadro embutido 3 de 6 meses a 1 ano e meio mínimo

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13. Conclusão e Considerações Finais:

Conforme estabelecido no subitem 10.2 - Classificação das deficiências constatadas nas vistorias,
por sistema construtivo, conforme a origem das mesmas, temos que o Escritório Técnico da
Universidade pode ser classificado tanto como tendo Anomalias funcionais devido à construção ter
mais de 60 anos de existência com perda de funcionalidade e por envelhecimento natural, bem como
também a Falhas de uso e manutenção devido às perdas de desempenho por deficiência nas
atividades de manutenção periódica (inexistência de equipe de manutenção própria e ou de empresa
terceirizada especializada em engenharia elétrica de serviços de manutenção).

De um modo geral, as anomalias identificadas e documentadas no presente laudo técnico podem ser
classificadas como: Exógena causada por fatores externos à edificação, provocados por terceiros
(intervenções precárias de manutenção ao longo dos anos), e Funcional originaria da degradação de
sistemas construtivos pelo envelhecimento natural e, conseqüente, término da vida útil

Foram identificadas e documentadas através de registros fotográficos 14 (quatorze) anomalias ou


não conformidades, dentre as quais temos: 2 (duas) anomalias com risco crítico, de prioridade 1 com
prazo recomendado de execução imediata; 3 (três) anomalias com risco regular (moderado), de
prioridade 2 com prazo de execução de até 6 meses; e 9 (nove) anomalias classificadas com risco
mínimo, de prioridade 3, com prazo de execução entre 6 meses até 1 ano e meio (vide sub-itens 11 e
12).
O presente laudo técnico de inspeção das condições das instalações elétricas prediais de baixa tensão
existentes nas áreas comuns ETU, é uma importante ferramenta para elaboração de plano de ação
corretiva e preventiva a ser implementado pelos gestores da área elétrica, assim como pelos
administradores, decanos, coordenadores e diretores (vide responsabilidade no tocante à manutenção
de edifícios, na norma técnica ABNT NBR 5674 – Manutenção de Edificações e legislações
pertinentes).

Foram identificadas muitas situações não conformes nas instalações elétricas de baixa tensão do
prédio, conforme detalhado neste relatório.

Nas intervenções pontuais realizadas ao longo dos anos nas instalações elétricas prediais no
Escritório Técnico da Universidade foram mantidas grande parte das instalações elétricas originais
antigas em conjunto com instalações elétricas mais recentes. Dentre as instalações antigas existem
algumas ainda em uso ou sem uso ainda energizadas, fato que pode apresentar riscos devido à
deterioração dos circuitos ao longo dos anos.

Deve-se considerar também a relevância dos impactos negativos da falta de investimento em


manutenção predial devido aos sucessivos contingenciamentos de verbas públicas ao longo dos
anos, amplamente divulgados pela mídia.

Além de instalações elétricas antigas observa-se a existência de instalações de caráter provisório ou


temporário que acabaram se tornando de caráter permanente, assim como a inexistência de
infraestrutura (leitos, bandejas, eletrocalhas, eletrodutos, entre outros) para instalação elétrica em
alguns trechos e destinada para cabeamento de dados e voz de uma maneira geral.

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Deve-se considerar a necessidade de se readequar as instalações elétricas dos circuitos alimentadores


e infraestrutura vertical existentes nos shafts, bem como os circuitos alimentadores horizontais
considerando-se critérios de engenharia para implantação de circuitos de tomada e iluminação
independentes dos circuitos de força destinados à alimentação de aparelhos de ar condicionados.

Recomenda-se a contratação de empresa especializada em serviços de manutenção elétrica predial


em baixa tensão, sob a fiscalização de engenheiro(s) eletricista(s) da UFRJ, para a adoção de
intervenções de manutenção corretiva e preventiva das instalações elétricas existentes no Escritório
Técnico da Universidade. Entende-se por instalações elétricas, todos os circuitos de baixa tensão
contemplando todos os quadros de distribuição, o quadro geral de baixa tensão, os circuitos de
distribuição interna e externa ao prédio, sistema de iluminação interna e externa (pátio,
estacionamento, entorno do prédio), sistema de proteção contra descargas atmosférica - SPDA,
sistema de aterramento (BEP, BEL, condutores de proteção), sistema de geradores de emergência,
sistema de geração de energia fotovoltaica (caso exista), sistema elétrico de climatização (não
incluso manutenção de refrigeração que requer mão de obra e contrato específico, sistema de
comando de automático de bombas, sistema elétrico de monitoramento e alarme, sistema de controle
de acesso (portão automático e ou cancela), entre outros.
*OBS: BEP – Barramento geral de eqüipotencialização e BEL - Barramento local de
eqüipotencialização.

Rio de Janeiro, 8 de novembro de 2021.

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