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Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo I

Infraestrutura, instalações e as
cargas de missão crítica
Por Luis Tossi e José Starosta*

Iniciamos um projeto de disseminação de As informações disponíveis por diversas


informação e atualização técnica que tem por pesquisas relacionadas aos custos envolvidos em
objetivo apresentar algumas particularidades das eventos isolados relacionam pesadas e expressivas
instalações, fontes e equipamentos envolvidos perdas financeiras associadas, por exemplo,
na alimentação de cargas consideradas como de a uma falha ou interrupção de suprimento de
missão crítica. Nos próximos fascículos, serão energia. Assim, uma interrupção por um minuto
apresentadas informações, técnicas e sob o no suprimento de energia de uma mineradora
aspecto tecnológico, que justifiquem cuidados e pode causar um prejuízo operacional de 100 mil
investimentos especiais em instalações (ou parte dólares ou entre 400 e 600 mil dólares se o mesmo
delas) em detrimento a outras consideradas como fenômeno ocorrer em uma refinaria de petróleo. A
clássicas ou típicas. lista é extensa e a ordem de grandeza é similar.
Mas o que diferenciaria estas instalações das Os eventos “coletivos” que ocorrem em
demais? Que aspectos teriam? Quais motivações conglomerados urbanos apresentam cifras
seus gestores teriam para tratá-las com cuidados milionárias. Não por acaso, no meio da crise de
especiais? Quais recursos têm sido aplicados e 2008, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al
até que ponto apresenta os resultados esperados? Gore, propunha investimentos no sistema elétrico
E como quantificar os resultados? A abordagem do americano de cifras da ordem de 400 bilhões
tema seria quantitativa ou qualitativa? Seria possível de dólares, a fim de reduzir as perdas anuais
justificar investimentos com análise qualitativa? estimadas em 120 bilhões de dólares devido a
A resposta parece óbvia. A partir do momento falhas endêmicas de um sistema elétrico obsoleto.
em que perdas não esperadas ou não planejadas Diante deste quadro introdutório caberia a questão
acontecem, faz-se necessária a correção dos rumos de como estabelecer uma classificação de cargas e
e, se a conclusão envolve aspectos de infraestrutura processos relacionados a estes aspectos de missão
e instalações, é necessário repensar e reavaliar crítica.
estes aspectos. Uma abordagem mais abrangente considera a
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relação com os riscos das atividades, como em danos aos equipamentos tais como fábricas de vidro,
podendo-se destacar três tipos (e não somente os financeiros) ZPKLY\YNPHZPZ[LTHZKLLU]HZLL[J"
de riscos envolvidos: ‹ 0UZ[HSHsLZ HZZVJPHKHZ n PUMYHLZ[Y\[\YH KL JPKHKLZ JVTV
ZPZ[LTHZKLLULYNPHL[LSLJVT\UPJHsLZLZHULHTLU[V"
‹9PZJVZTH[LYPHPZ ‹;YHUZWVY[L\YIHUVL[YLUZ"
‹9PZJVZMPUHUJLPYVZ ‹+H[HJLU[LYZLPUZ[P[\PsLZMPUHUJLPYHZ"
‹9PZJVZLU]VS]LUKV]PKHZO\THUHZ ‹ :PZ[LTHZ KL;LJUVSVNPH KL 0UMVYTHsqV HWSPJHKVZ LT [VKVZ
VZWYVJLZZVZ"
Nesta abordagem, eleva-se o número dos processos que ‹ 6\[YV ZPZ[LTH V\ WYVJLZZV LT X\L H JVUMPHIPSPKHKL KL
mereceria estes cuidados especiais, uma vez que a abordagem operação das instalações esteja diretamente envolvida a riscos
clássica considera somente os processos relacionados às materiais, financeiros e de vidas humanas.
atividades de bancos e data centers como os típicos processos,
onde a abordagem de missão crítica é sempre considerada. Quanto à concepção, estas instalações apresentam aspectos
Algumas das instalações associadas a estas operações e que que as diferenciam das clássicas, como pode ser observado a
mereceriam este “tratamento diferenciado” seriam: seguir:

‹0UZ[HSHsLZOVZWP[HSHYLZ" Aspectos tecnológicos de materiais e


‹0UZ[HSHsLZKLKLMLZHLTPSP[HYLZ" componentes
‹0UZ[HSHsLZPUK\Z[YPHPZHZZVJPHKHZHVZWYVJLZZVZKLMHIYPJHsqV O avanço tecnológico dos componentes e dos materiais
de semicondutores, indústrias químicas e farmacêuticas, aplicados em instalações elétricas vem proporcionando boas
WL[YVX\xTPJHZ" possibilidades de aumento de confiabilidade e aspectos
‹ 0UZ[HSHsLZ PUK\Z[YPHPZ VUKL \TH WHYHKH KV WYVJLZZV de manutenção nos últimos anos. De uma forma geral, os
contínuo implica perda de produção não recuperável, bem projetos atuais aplicam sistemas e componentes compactos
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Instalações em cargas de missão crítica

tanto em média tensão como em baixa tensão. Os tradicionais Normalização voltada à disponibilidade
instrumentos de medições elétricas de painéis deram lugar a  (JSHZZPMPJHsqV¸;0,9¹HWSPJHKHUHZPUZ[HSHsLZKVZJLU[YVZ
outros com múltiplas possibilidades de informação e recursos de dados, ou “data centers”, envolve, sobretudo, a análise
de automação e comunicação. de redundância e contingência de fontes e de sistemas de
Os requisitos de segurança, tanto de construção como de distribuição de energia e ar condicionado, além dos aspectos
projetos, garantem aos operadores e mantenedores situações de arquitetura e segurança. O tema confiabilidade não é novo,
bem mais adequadas de trabalho, a qualidade dos materiais assim como não o são a literatura disponível e o ensino da
e a confiabilidade de operação dos equipamentos, além, matéria em bons cursos de graduação e pós-graduação. Existe
naturalmente, da possibilidade de operação de sistemas uma tendência generalista de se confundir instalações elétricas
(incluindo fontes) em regimes de redundância e contingência. e de refrigeração projetadas, instaladas e mantidas dentro da
Além do suprimento de energia pela concessionária, as WHKYVUPaHsqV;0( H[LY\THPUZ[HSHsqVJSHZZPMPJHKHLZLN\YH
instalações de missão crítica são também alimentadas por Este erro normalmente sempre será associado uma grande
sofisticados sistemas de fontes interligadas que aumentam probabilidade de downtime, uma vez que a classificação
os indicadores de confiabilidade, tornando-os expressivos a engloba todos os aspectos de uma operação crítica, muito
ponto de manter a indisponibilidade de suprimento de energia acima das instalações.
a alguns minutos por ano com uso de equipamentos com
LSL]HKxZZPTVZ PUKPJHKVYLZ KL JVUMPHIPSPKHKL 4;)- ,Z[HZ Ponto de entrega e relação com a concessionária
instalações possibilitam ainda que os seus componentes sejam A maioria das instalações elétricas de missão crítica
mantidos sem interrupção de operação das cargas alimentadas, possui sistemas contingentes de suprimento de energia pela
inclusive nas atividades de manutenção. A tecnologia destes concessionária, algumas ainda com circuitos de alimentação
componentes é, evidentemente, muito superior àquelas com origem em subestações distintas. Devido aos consideráveis
aplicadas nas outras instalações clássicas. volumes de carga, a alimentação é efetuada normalmente em
Cada usuário sabe definir quão crítico é a sua aplicação média ou alta tensão, com indicadores de qualidade de energia
e a necessidade de operação continuada e, principalmente, a bem superiores aos das instalações supridas em baixa tensão.
possibilidade de paradas programadas. O rótulo de sistemas Nem sempre esta alimentação pode ser mantida na condição
críticos a ser associado apenas a data centers deve ser revisto e “espelhada”, pois, por enquanto, nem todas as concessionárias
ampliado. possuem padrões e permitem que se executem sistemas de
medição também em dois pontos distintos. Esta restrição é,
Aspectos de operação e manutenção portanto, uma condição de comprometimento da redundância
As equipes de operação e manutenção, já há muito também plena, “um gargalo”.
focadas nos processos de qualidade total, são treinadas e seus Aspectos de projeto das instalações, coordenação de
recursos e “cartilhas” de consulta incluem não só os diagramas proteção, atendimento as normas usuais e específicas.
unifilares e outros esquemas atualizados das instalações, mas As instalações elétricas de missão crítica são projetadas
complexas instruções de atuação da equipe de profissionais após complexas discussões sobre a concepção da futura
UHZTHPZKP]LYZHZZP[\HsLZ"tJVTVZLMVZZL\THVWLYHsqVKL instalação, isto é, o projeto só se inicia em sua fase executiva
guerra com detalhados procedimentos e estratégias descritos, após definições que consideram a arquitetura de fontes, cargas
e o inimigo é a falta de suprimento de energia às cargas, sejam e demais componentes, além de detalhes de instalações
elas quais forem. confiáveis como coordenação e especificação do sistema de
Um dos principais motivos de downtime em data centers é a proteção, controle e monitoração.
falha associada ao ser humano, ou seja, manobras ou operações Estas instalações são normalmente concebidas com
erradas que acabam ocasionando a indisponibilidade do modelos que não só atendem às normas brasileiras clássicas
sistema. Uma das principais causas destes erros está a falta KL PUZ[HSHsLZ JVTV HZ()5; 5)9 ()5; 5)9  
de treinamento associada à falta de simulações de falhas. ()5; 5)9   L V\[YHZ THZ [HTItT HZ YLJVTLUKHsLZ
Observa-se que sistemas críticos raramente falham, mas, internacionais como o conjunto de normas IEC, ANSI e IEEE,
quando falham, a intervenção humana de profissionais bem JVTVHZ‚[LPZ0,,, L0,,,HMHTxSPH0,*HStT
treinados e acostumados com simulações de panes sempre é KHZtYPL0,*UHX\HSH()5;5)9tIHZLHKH
fundamental para o sucesso da operação continuada. Gestão de energia, medições elétricas e medições de
X\HSPKHKL KL LULYNPH LSt[YPJH" H LSL[YPJPKHKL [YH[HKH JVTV
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insumo do processo como transformadores sobrecarregados, banco de capacitores


O tratamento da energia elétrica como insumo do em situação de ressonância e ocorrências de explosões
processo insere nas instalações elétricas de missão crítica intempestivas, ou ainda situações em que simplesmente os
modernas técnicas de monitoração de qualidade de energia, capacitores ficam ligados o tempo todo aumentando as perdas
possibilitando aos gestores identificarem se eventual ocorrência significativamente.
com as cargas teria como origem o fornecimento de energia. Ainda, no caso dos data centers, toda energia utilizada na
Como estas cargas possuem restritas tolerâncias à qualidade alimentação elétrica dos processadores dos servidores e outras
da energia fornecida, estes instrumentos devem ser adequados cargas é convertida em calor. Considerando que o “PUE”
a estas necessidades, com taxa de aquisição de dados de pelo é a relação desta energia necessária para se processar cada
TLUVZHTVZ[YHZWVYJPJSVPKLHSV\LTLT}YPH watt em informação, podem ser observadas perdas elevadas,
autônoma adequada para gravar e acessar todas as informações as quais significam redução de rentabilidade e perda de
para o diagnóstico com software adequado. As situações de má competitividade.
operação são diagnosticáveis e a recorrência evitada.  )HZLHKH ULZ[HZ WYLTPZZHZ H PUK‚Z[YPH WHZZV\ H I\ZJHY
Os sistemas de monitoração e gerenciamento de data centers novas e boas práticas, revendo os padrões da indústria, bem
permitem, por meio de modernos sistemas de gerenciamento como o desenvolvimento de novos produtos, novos conceitos
global da planta, monitorar, diagnosticar e gerenciar buscando e, principalmente, a quebra de paradigmas que há alguns anos
sempre um aumento de disponibilidade e de eficiência eram verdades absolutas. A indústria se moveu no caminho
energética para o data center como um todo. Nestes sistemas, da busca da eficiência com o mote de tornar-se verde, mais
conhecidos como DCIM, são gerenciadas todas as utilidades, eficiente e menos dispendiosa. Quanto no passado buscava-se
JHYNHZ ZPZ[LTHZ KL;0 HJLZZV NLYLUJPHTLU[V KL H[P]VZ L[J disponibilidade a qualquer custo, hoje se busca o equilíbrio
permitindo aos gestores total controle e informações para a disponibilidade/eficiência.
tomada de decisão. Uma importante quebra de paradigma são as novas práticas
YLJVTLUKHKHZ WLSH (:/9(, X\L T\KV\ H [LTWLYH[\YH KL
Operação e manutenção de instalações insuflamento de 18 °C para 24 °C. O uso de freecolling e
considerando aspectos de operação com de UPS rotativa é outro caso de avanço tecnológico recente
procedimento e segurança da equipe e também de quebra de paradigma. A nova indústria de data
Os procedimentos de operação e manutenção de instalações center quebrou e vem quebrando as “verdades absolutas”
de atendimento a cargas de missão crítica assemelham-se aos em busca da perfeita relação mencionada anteriormente. A
aplicados em usinas e subestações de concessionárias. As tecnologia vem contribuindo com estas conquistas.
equipes são treinadas e os procedimentos documentados, sendo
estes ainda discutidos e revisados a cada nova oportunidade. Referências
;VKHHPUZ[HSHsqVtKVJ\TLU[HKHHZZPTJVTVHZVJVYYvUJPHZL - CAMBIUCCI, Waldemir. Blog. Disponível em: <http://blogs.
as soluções tomadas. msdn.com/b/wcamb/>.
- STAROSTA, José. Artigos publicados na revista O Setor
Aspectos de eficiência energética e Elétrico. Disponível em: <http://www.osetoreletrico.com.br/
sustentabilidade web/colunistas/jose-starosta.html>.
As instalações de missão crítica buscam por meio de
análise e quantificação da energia agregada aos processos *Luis Toss i é engenheiro eletricista e diretor

como é o caso do indicador PUE, melhores formas e práticas comercial da HDS Sistemas de Energia. Atua na área

de concepção e operação das instalações. Disso dependem de condicionamento de energia e aplicações de missão

ações de retrofit de instalações com cuidados adicionais sobre crítica há 23 anos.

os novos componentes que são inseridos nas instalações.


José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações
A redução da energia gasta nos processos é um trabalho de
e presidente da Associação Brasileira das Empresas de
busca contínua de potenciais de redução. Cada kWh reduzido
Serviços de Conservação de Energia (Abesco).
é colecionado em uma busca incessante pelo resultado de
eficiência. Outras ações de sustentabilidade, não relacionadas Continua na próxima edição
'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
somente a energia, são também tomadas pela equipe de (ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
operação e manutenção. Não são tolerados componentes VIHEpnS$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
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Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo II

Classificação das instalações elétricas


em ambiente hospitalar de acordo com
a confiabilidade e disponibilidade do
fornecimento de energia
Por Angelo Baggini, Francesco Buratti e Matteo Granziero | Leonardo Energy*
Tradução de Antonino Di Marco

Distúrbios elétricos comuns podem causar um e suas consequências. Mas os administradores dos
mau funcionamento de equipamentos médicos de serviços de saúde também precisam considerar os
alta tecnologia. Como equipamentos médicos são aspectos econômicos. Distúrbios elétricos podem
muitas vezes conectados a pacientes vulneráveis, resultar em testes de diagnóstico que necessitam ser
esse mau funcionamento pode facilmente resultar repetidos, um aumento do desperdício de suprimentos
em problemas sérios. médicos e/ou de serviços caros de reparos. Um estudo
Os padrões internacionais para instalações recente realizado por Leonardo Energy para avaliar
médicas se concentram principalmente na os custos relacionados a problemas de qualidade
segurança, em particular, na proteção contra o de energia concluiu que fontes de alimentação
contato indireto. Por exemplo, a norma IEC 60364- inadequadas podem aumentar consideravelmente os
7-710 classifica locais para uso médico em três custos operacionais de um hospital.
grupos – 0, 1 e 2 – com base no tipo de contato Além dos custos relacionados com a mão de
entre as partes aplicadas e o paciente. obra e os reparos de equipamentos, existe a perda
 ([\HSTLU[L HZ L_PNvUJPHZ X\L KLÄULT H da qualidade de vida de um paciente, a qual é
KPZWVUPIPSPKHKL KV Z\WYPTLU[V H JVUÄHIPSPKHKL PTWVZZx]LS KL X\HU[PÄJHY LT [LYTVZ TVUL[mYPVZ
do suprimento e a resistência da infraestrutura de Muitas vezes, equipamentos médicos incorporam
suprimento de energia às perturbações são meramente fontes de alimentação eletrônicas sensíveis e
X\HSP[H[P]HZ /m ULJLZZPKHKL KL \TH KLÄUPsqV microprocessadores. Além de aspectos de segurança, o
universalmente aceita destes três parâmetros. Para mau funcionamento pode resultar em desconforto para
garantir o nível de desempenho correto das instalações o paciente e em diagnósticos errados.
elétricas em unidades de saúde, tanto a segurança do Por meio de entrevistas diretas realizadas pelos
abastecimento quanto a qualidade da oferta devem ser H\[VYLZ KLZ[L [YHIHSOV ]LYPÄJHZL X\L HZ UVYTHZ
consideradas com igual importância. técnicas atuais são consideradas – quase por
A segurança do paciente é a razão principal para \UHUPTPKHKL¶JVTVZLUKVPUZ\ÄJPLU[LZWHYHNHYHU[PY
minimizar o mau funcionamento do equipamento HZLN\YHUsHHJVUÄHIPSPKHKLLHKPZWVUPIPSPKHKLKVZ
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Z\WYPTLU[VZKLLULYNPHLSt[YPJH+LWVPZKLKLÄUPYHZULJLZZPKHKLZ e de fontes de alimentação internas de emergência.


reais do usuário e analisando os resultados da entrevista, a Através de uma abordagem estatística, em combinação
JSHZZPÄJHsqV 0,* KL SVJHPZ WHYH \ZV TtKPJV MVP LZ[LUKPKH WHYH com o trabalho de campo, desenvolvemos um esquema de
incluir os seguintes aspectos: JSHZZPÄJHsqV WHYH H M\UJPVUHSPKHKL LT SVJHPZ TtKPJVZ ,ZZH
abordagem poderia fornecer uma base para futuras atividades
% +PZWVUPIPSPKHKL YVI\Z[La L JVUÄHIPSPKHKL KV MVYULJPTLU[V de padronização neste campo.
(como, por exemplo, a qualidade do fornecimento); A atual prática de design considera principalmente o custo e os
%A qualidade de vida do paciente. HZWLJ[VZKLZLN\YHUsH6UV]VZPZ[LTHKLJSHZZPÄJHsqV]HPLZ[PT\SHY
um processo baseado em todas as questões-chave relevantes,
Esta nova abordagem tem como objetivo fornecer aos em particular, a qualidade dos parâmetros de fornecimento de
[VTHKVYLZKLKLJPZqV\THMLYYHTLU[HLÄJHaWHYHHLZWLJPÄJHsqV qualidade de energia (PQ), que muitas vezes recebe pouca atenção
de instalações elétricas em hospitais. A combinação dos aspectos e frequentemente num estágio demasiado tarde.
de segurança com os requisitos de qualidade de energia reduz os
custos operacionais e melhora a qualidade de vida do paciente.
Engenheiros do
Médico Chefe Administração Médico Chefe
hospital

Objetivo deste trabalho


O projeto de instalações elétricas para hospitais aumenta em Administração Aprovação Administração

complexidade com o tamanho e o nível de atendimento prestado


pela instalação. Necessidades especiais têm de ser atendidas uma Diretor Diretor

vez que vidas estão em jogo.


Engenheiros do Engenheiros do
Para o projeto de instalações elétricas em hospitais, o fator mais hospital
Instalação
hospital
PTWVY[HU[LtHJVUÄHIPSPKHKLKHVMLY[HLKHZ\HYLZPZ[vUJPHHWLY[\YIHsLZ
Todos os esforços devem ser feitos para reduzir a probabilidade de falha Figura 1 - Processo de design e compras para instalações e equipamentos
do equipamento devido à perda de energia proveniente da rede elétrica elétricos. A prática atual (à esquerda), prática ideal (à direita).
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KL\THTVKPÄJHsqVV\YLWHYV
Instalações em cargas de missão crítica

Uma abordagem nova e abrangente garante que a instalação


elétrica não apenas será compatível com os padrões e levará em conta  =LYPÄJHsLZ WLYP}KPJHZ KVZ ZLY]PsVZ KL LULYNPH ZLN\YH ZqV
as restrições econômicas, mas também irá adotar as melhores práticas recomendadas nos seguintes intervalos:
em termos de:
% Serviços com baterias: mensal / 15 min. de teste de capacidade
% Segurança % Serviços com motores de combustão: mensal / até que a temperatura
% Menor custo de propriedade de funcionamento nominal seja alcançada; 12 meses para "teste de
%Maior qualidade de vida do paciente resistência"

 ,Z[LUV]VZPZ[LTHKLJSHZZPÄJHsqVtWVY[HU[VYLSL]HU[LWHYH[VKVZVZ *VUZ[Y\sqVKL\THJSHZZPÄJHsqVKLYVI\Z[LaWHYH
tomadores de decisão do hospital – não só o gerente do estabelecimento. PUZ[HSHsLZTtKPJHZ
O esquema cria uma linguagem comum para melhorar a comunicação No meio médico, níveis de segurança e a continuidade do
das necessidades entre os gestores das instalações e os médicos. fornecimento precisam ser maiores do que os níveis normais utilizados
na maior parte das outras instalações. É fácil compreender o quão
=LYPÄJHsqV estressante seria para um paciente esperar no interior de uma unidade
 0,*KLÄULVZZLN\PU[LZ[LZ[LZHZLYLTLML[\HKVZWHYH KL[VTVNYHÄHJVTW\[HKVYPaHKHV\JVT\THZVUKHU\TH]LPH
locais que pertencem aos grupos 1 e 2:  ;VKVZVZWYVJLZZVZMVYHTJSHZZPÄJHKVZLT[YvZUx]LPZKLHJVYKVJVT
a continuidade do fornecimento necessário para garantir a qualidade
% Teste funcional de isolamento em dispositivos de monitoramento de de vida do paciente. Esses níveis são chamados LQ (Life Quality –
sistemas médicos TI; 8\HSPKHKLKL=PKHLZqVKLÄUPKVZJVTV!
%=LYPÄJHsqVKHSPNHsqVLX\PWV[LUJPHS"
%=LYPÄJHsqVKVZLY]PsVKLLULYNPHZLN\YH" % LQ 0 - Processos que podem ser imediatamente interrompidos sem
% Medição de correntes de fuga de transformadores TI médicos em stress ou com apenas stress limitado para o paciente (por exemplo, EEG);
condições sem carga. % LQ 1 - Os processos que pode ser interrompidos depois de uma série
de operações que requerem uma quantidade limitada de energia (p.ex.
Estes testes são adicionais aos requisitos da norma IEC 60364- TLKPJPUHU\JSLHY[VTVNYHÄHJVTW\[HKVYPaHKHWHYHZHS]HYVZKHKVZ"
 UVYTH X\L KLÄUL [LZ[LZ L ]LYPÄJHsLZ H ZLYLT YLHSPaHKHZ LT % LQ 2 - Processos que devem ser concluídos usando a potência
instalações antes do comissionamento ou re-comissionamento depois UVTPUHSWVYL_LTWSVHUNPVNYHÄHV\KPmSPZL

TABELA 1 - EXEMPLOS DE ATRIBUIÇÃO DE NÚMEROS DE GRUPO E CLASSIFICAÇÃO PARA SERVIÇOS


DE SEGURANÇA DOS LOCAIS PARA USO MÉDICO (IEC 60364-6-61)

0UZ[HSHsqVTtKPJH .Y\WV Classe


0 1 2 ˜Z %Z˜
1. Sala de massagem X X X
2. Quartos X
3. Sala de parto X Xa X
4. Sala ECG, EEG, EHG X X
5. Sala de endoscopia Xb Xb
6. Sala de exame ou tratamento X X
7. Sala de Urologia Xb Xb
8. Sala de Radiologia diagnóstica e terapia, diferente do mencionado no item 21 X X
9. Sala de Hidroterapia X X
10. Sala de Fisioterapia X X
11. Sala de Anestesia X Xa X
12. Sala de Operações X Xa X
13. Sala de preparação p/Operações X X Xa X
14. Sala de Operação c/gesso X X Xa X
15. Sala de Recuperação pós-operação X X Xa X
16. Sala de Cateterismo do Coração X Xa X
17. Sala de cuidados intensivos X Xa X
18. Sala de exame angiográfico X Xa X
19. Sala de Hemodiálise X X
20. Sala de ressonância magnética (RMN) X X
21. Medicina nuclear X X
22. Quarto p/bebê prematuro X Xa X
a
- Luminárias e equipamento médico elétrico de suporte de vida que necessitam de fornecimento de energia dentro de 0,5 s ou menos
b
- Não sendo uma sala de operações
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Instalações em cargas de missão crítica

Nos exemplos acima mencionados, o nível de qualidade de vida sempre as mesmas. Mesmo cumprindo os requisitos da EN 50160,
(LQ) pode variar, dependendo do nível de serviço que o hospital ou isto não assegura um nível satisfatório de qualidade de energia (PQ),
clínica quer oferecer. uma vez que esse nível depende da aplicação. O nível de PQ que é
É importante salientar que os níveis LQ são relacionados apenas ULJLZZmYPVKL]LZLYKLÄUPKVKL\THMVYTHKPMLYLU[L
com a qualidade de vida e não com o risco de morte.  7VYLZ[HYHaqVPU[YVK\aZL\THJSHZZPÄJHsqVLTM\UsqVKVUx]LSKL
A qualidade de vida do paciente também está ligada ao nível de resistência do material (REL):
conhecimento de enfermeiras e médicos sobre como usar corretamente
os dispositivos médicos. % REL 0: O equipamento (ou sistema) é sensível a perturbações do
Por exemplo, alguns pequenos incidentes têm ocorrido devido ao MVYULJPTLU[V KL LULYNPH L WVKL ZLY KHUPÄJHKV" JHKH WLY[\YIHsqV
uso indevido de dispositivos monopolares de eletrocirurgia, em que que exceda os níveis da EN 50160 afetará o funcionamento do
houve dimensionamento incorreto da placa passiva ou uma falta de LX\PWHTLU[V6LX\PWHTLU[VtKHUPÄJHKVWLSHWLY[\YIHsqVLKL]L
consideração do acoplamento capacitivo entre corpo do paciente e o ser substituído ou reparado. O período de tempo de inatividade
colchão frio. Ambos os casos poderiam ter sido evitados por meio de poderia ser muito longo.
um treinamento adequado dos operadores. % REL 1: O equipamento (ou sistema) é sensível a perturbações do
O conceito LQ pode também ser aplicado naqueles dispositivos fornecimento de energia sem o risco de danos. Cada perturbação
que não estão diretamente relacionados com a qualidade de vida dos que exceda os níveis da EN 50160 afetará o funcionamento do
pacientes. Por exemplo, dispositivos de ITC utilizados para agendamento LX\PWHTLU[V6LX\PWHTLU[VUqVtKHUPÄJHKVWLSHWLY[\YIHsqVLV
KLL_HTLZ[HTItTWVKLTZLYJSHZZPÄJHKVZJVTV38 tempo de inatividade é apenas relacionado com o tempo de troca para
o abastecimento de emergência.
0KLU[PÄJHsqVKVUx]LSKLYLZPZ[vUJPHKLPUZ[HSHsLZKL % REL 2: O equipamento (ou sistema) é altamente resistente. Distúrbios
saúde superiores aos níveis da EN 50160 não necessariamente afetarão a
Com os atuais avanços contínuos e rápidos na tecnologia VWLYHsqV KV LX\PWHTLU[V 6 LX\PWHTLU[V UqV t KHUPÄJHKV WLSH
médica, hospitais, clínicas e laboratórios médicos dependem cada perturbação e o tempo de inatividade é apenas relacionado com o
]LaTHPZKLZVÄZ[PJHKVZKPZWVZP[P]VZLSL[YUPJVZWHYHKPHNU}Z[PJV tempo de troca para o abastecimento de emergência.
tratamento e acompanhamento de pacientes. Esta dependência,
por sua vez, exige um elevado nível de qualidade de energia e A Tabela 2 mostra a qualidade de vida (LQ), em relação a três grupos
KLJVUÄHIPSPKHKL7HYHL]P[HYHPU[LYY\WsqVKLZLY]PsVZLZZLUJPHPZ KLSVJHSPKHKLZTtKPJHZJVUMVYTLJSHZZPÄJHsqVKH0,*(
o equipamento deve ter uma baixa sensibilidade a distúrbios de relação entre o nível desejado LQ e grupos de IEC é fornecida pelo nível
qualidade de energia e deve gerar o mínimo de distúrbios da de resistência (REL).
qualidade de energia. Dispositivos que não conseguem atingir o nível REL solicitado por si
 6 WYVISLTH WYPUJPWHS t \TH KLÄUPsqV \UP]LYZHSTLU[L HJLP[H Z}KL]LTZLYWYV[LNPKVZWVY\TIHJR\W<7:ÄS[YVKLSPUOHV\ZVS\sqV
de qualidade de energia. Neste caso, é possível formular uma de design para alcançar o requisito mínimo. Neste contexto, os níveis
KLÄUPsqVNLYHS! REL referem-se ao sistema e não apenas aos dispositivos individuais.
“A energia elétrica é um produto e, portanto, deve cumprir com A Tabela 3 fornece níveis de REL que podem ser obtidos por meio da
determinados requisitos de qualidade. Para operar corretamente, adoção de diferentes soluções técnicas ou gerenciais que melhorem a
equipamentos elétricos requerem energia elétrica a ser fornecida com resistência de um sistema para problemas de qualidade de energia (PQ).
\TH [LUZqV KLU[YV KL \TH MHP_H LZWLJPÄJHKH LT [VYUV KL \T ]HSVY A adoção de uma solução particular para um fenômeno PQ particular
nominal. O usuário tem o direito a receber uma qualidade aceitável de irá garantir o nível REL relacionado.
energia por parte do fornecedor.” O nível REL de todo o sistema será o nível mínimo relacionado com
 ,Z[H KLÄUPsqV UqV WVKL PUMLSPaTLU[L ZLY \[PSPaHKH UH WYm[PJH cada fenômeno, ou seja:
7VY[HU[VWYLJPZHTVZKLÄUPYWHYoTL[YVZKLX\HSPKHKLKLLULYNPH
 (UVYTH,5HQ\KHKLÄUPUKVVZWHYoTL[YVZKL[LUZqVKH % Um sistema é REL 2 se cada fenômeno é tratado por uma solução
rede elétrica e da faixa desvio admissível no ponto de acoplamento REL 2
do cliente com os sistemas públicos de distribuição de energia elétrica
da baixa tensão (LV) e média tensão (MV), em condições normais de TABELA 2 - REQUISITOS DE RESISTÊNCIA DE INSTALAÇÕES DE SAÚDE LE
VWLYHsqV5VLU[HU[VUqVOmYLX\PZP[VZLZWLJPHPZKLÄUPKVZWHYHSVJHPZ .YV\W0,*
LZWLJxÄJVZ[HPZJVTVPUZ[HSHsLZTtKPJHZLVZUx]LPZKVZWHYoTL[YVZ 0 1 2
0 REL 0 REL 1 REL 2
são principalmente informativos.
LQ

1 REL 1 REL 1 REL 2


O problema é que as necessidades dos consumidores não são 2 REL 2 REL 2 REL 2
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% Um sistema é REL 1 se cada fenômeno é tratado por uma solução REL A Tabela 3 apresenta o nível mínimo de REL necessário para
1 (pelo menos) e não pode ser considerado como sendo REL 2 os locais médicos listados e as respectivas soluções técnicas ou
% Um sistema é REL 0 se cada fenômeno é tratado por uma solução gerenciais de qualidade de energia (PQ) para garantir que este nível
REL 0 seja atendido.

TABELA 3 – NÍVEIS REL PARA SISTEMAS FORNECIDOS POR DIFERENTES SOLUÇÕES TÉCNICAS OU DE GESTÃO

KPZ[‚YIPVZKLMYLX\vUJPH
=HYPHsqVKLMYLX\vUJPH

4\KHUsHZKL[LUZqV

8\LKHZLH\TLU[V
-S\[\HsLZWPJVZ

PU[LYOHYTUPJVZ

,4*LLSL]HKVZ
:VIYL[LUZqVL
/HYTUPJVZL

+LZLX\PSxIYPV
0U[LYY\WsLZ
Área :VS\sqV[tJUPJH

transientes
KL[LUZqV

KL[LUZqV
Equipamento Gerador reserva 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Restauradores dinâmicos de tensão 2 2 2 2 2
Filtros passivos de harmônicas 1 1 1
Transformadores de isolamento 1 1 1 1 1 1 1
Filtros ativos 2 2
UPS 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Estabilizadores de tensão 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Chaves de transferência estáticas 2 2 2
Compensadores Volt-Ampère Reativos (VAR) estáticos 1 1 1 1
Proteção contra surtos 1
Sistema Alimentador independente múltiplo 2
Fornecimento de emergência redundante 0
Esquema radial simples 2
Esquema radial duplo 2
Esquema em anel 2
Esquema em malha 2
Design Superdimensionamento de equipamento 2
Seletividade horizontal 1
Seletividade vertical 1
Superdimensionamento do condutor interno 1
Gerenciamento Aumento da frequência de teste padrão 1 1
Treinamento de pessoal 1
Planejamento do sistema 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Envolvimento da equipe técnica na tomada de decisões 1 1 1 1 1 1 1 1 1

4LSOVYLZWYm[PJHZ *YP[tYPVZKLWYVQL[V
;LZ[LZX\HUKVVZWHKYLZUqVZqVZ\ÄJPLU[LZ :PZ[LTHZJVUK\[VYLZUL\[YVZ
A natureza dos testes do padrão EM é satisfatória, mas a frequência Em todos os países, as redes de baixa tensão e cargas são aterradas
dos testes prescritos (quantas vezes os testes são realizados) não é por razões de segurança para evitar o risco de eletrocussão.
Z\ÄJPLU[L WHYH NHYHU[PY H JVU[PU\PKHKL KV MVYULJPTLU[V;LZ[LZ THPZ Os objetivos do aterramento são:
frequentes a plena carga são aconselháveis para treinar o pessoal +LÄUPY\TWV[LUJPHSKL[LUZqVÄ_HLU[YLVZJVUK\[VYLZH[P]VZLH[LYYH"
hospitalar a lidar com uma emergência sem ser dominado pela situação. - No caso de uma falha de isolamento elétrico, limitar o potencial de
Todos os dispositivos conectados ao transformador MV / LV devem tensão entre as armações do equipamento elétrico e a terra;
ser testados regularmente. Em particular, os seguintes dispositivos - Eliminar o risco de indivíduos receberem um choque elétrico ou serem
requerem pelo menos um ensaio por mês: eletrocutados;
- Disjuntores - Limitação surtos de tensão causados por falhas de MV.
- Grupo gerador (carga completa)
- Luzes de emergência Três sistemas de aterramento são padronizados internacionalmente:
- CPSS (descarga da bateria) TN (TN-C ou TN-S), TT e IT (incluindo IT médicos).
Apoio
26

TABELA 4 - NÍVEIS REL DE LOCAIS PARA USO MÉDICO, COM O RESPECTIVO NÍVEL REL MÍNIMO REQUERIDO, E AS SOLUÇÕES PARA ATINGIR ESTE NÍVEL
Instalações em cargas de missão crítica

:HSHKLPTHNLTWVYYLZZVUoUJPHTHNUt[PJH
+PHNU}Z[PJVYHKPVS}NPJVLZHSHKL[LYHWPH

:HSHKLWYLWHYHsqVWHYHVWLYHsLZ

:HSHKLYLJ\WLYHsqVKLVWLYHsLZ
:HSHKLL_HTLV\[YH[HTLU[V

:HSHKLJH[L[LYPZTVJHYKxHJV

:HSHKLL_HTLHUNPVNYmMPJV
:HSHKLJ\PKHKVZPU[LUZP]VZ

:HSHKLILIvZWYLTH[\YVZ
3VJHPZWHYH\ZVTtKPJV

:HSHKL,*.,,.,/.

:HSHKLOPKYV[LYHWPH

:HSHKLOLTVKPmSPZL
:HSHKLLUKVZJVWPH

:HSHKLMPZPV[LYHWPH
:HSHKLTHZZHNLT

:HSHKLVWLYHsLZ

4LKPJPUHU\JSLHY
Sala de anestesia
:HSHKL\YVSVNPH
:HSHKLWHY[V
Quartos
REL mínimo 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2

Gerador reserva
Restauradores dinâmicos de tensão
Filtros passivos de harmônicas
Transformadores de isolamento
,X\PWHTLU[V

Filtros ativos
UPS
Estabilizadores de tensão
Chaves de transferência estáticas
Compensadores Volt-Ampère Reativos (VAR) estáticos
Proteção contra surtos
Alimentador independente múltiplo
Fornecimento de emergência redundante
:PZ[LTH

Esquema radial simples


Esquema radial duplo
Esquema em anel
Esquema em malha
Superdimensionamento de equipamento
Seletividade horizontal
+LZPNU

Seletividade vertical
Superdimensionamento do condutor interno
.LYLUJPHTLU[V

Aumento da frequência de teste padrão


Treinamento de pessoal
Planejamento do sistema
Envolvimento da equipe técnica na tomada de decisões

A escolha pelo hospital do sistema de aterramento (como ligar o estejam totalmente alimentados por um sistema de TI médico e
condutor neutro) depende do tamanho da instalação e da norma IEC, e contenham cargas comuns, duas abordagens podem ser adotadas:
podem ser resumidos como se segue:
- Um quadro de alimentação para ambos os sistemas (neste caso, o
‹5HZ\UPKHKLZKLZH‚KLKLNYHUKLWVY[LVZPZ[LTH;5:tNLYHSTLU[L\ZHKV quadro tem de garantir a separação entre os dois sistemas);
(exceto para ambientes de pacientes em locais do grupo 2), uma vez que as - Dois quadros separados, um para cada sistema.
instalações estão equipadas com a sua própria subestação transformadora;
‹,TOVZWP[HPZKLWLX\LUVWVY[LVZPZ[LTH;;tVTHPZ\ZHKVL_JL[V A escolha entre estas duas soluções é feita por meio da análise custo
para ambientes de pacientes em locais do grupo 2); ]LYZ\ZHJVUÄHIPSPKHKLKVZPZ[LTH
‹,T[VKVZVZOVZWP[HPZHTIPLU[LZKLWHJPLU[LZLTSVJHPZKV.Y\WV
usam o sistema de TI médica. )HJR\W<7:
 ,Z[LHY[PNVLUMVJHHZLZWLJPÄJPKHKLZKLHWSPJHsLZTtKPJHZ(ZZPT
0UZ[HSHsqVKLLX\PWHTLU[VZ os requisitos gerais não são discutidos (desligamento de emergência,
Quadros refrigeração, ventilação para baterias, etc.).
Quadros usados em sistemas de TI médicos devem estar equipados  (,5KLÄULVWHKYqVWHYHMVU[LZKLHSPTLU[HsqVPUPU[LYY\W[H
com um transformador de isolamento. Caso locais do grupo 2 não <7:(ZLsqVKLZ[HUVYTHKLÄULVZ 9LX\PZP[VZNLYHPZKLZLN\YHUsH
Apoio
28
Instalações em cargas de missão crítica

para uma UPS usada nas áreas de acesso do operador". A seção 1-2 Nos casos em que apenas uma quantidade limitada de energia é
KLÄULVZ¸9LX\PZP[VZNLYHPZLKLZLN\YHUsHWHYH\TH<7:\ZHKHLT necessária para manter o paciente em uma condição segura, uma UPS
SVJHPZ KL HJLZZV YLZ[YP[V  6 JHWx[\SV  HÄYTH V ZLN\PU[L! 4LZTV com potência mais baixa do que a potência nominal do aparelho de
que esta norma não abranja todos os tipos de UPS, pode ser tomada Raios-X é tipicamente utilizada para alimentar sistemas de controle e de
como um guia para tal equipamento. Requisitos adicionais àqueles TLKPsqViPTWVY[HU[L]LYPÄJHYX\LVKPZWVZP[P]VWLYTP[H\TJVTHUKV
LZWLJPÄJHKVZ ULZ[L WHKYqV WVKLT ZLY ULJLZZmYPVZ WHYH HWSPJHsLZ para alterar para o modo de baixo consumo de trabalho.
LZWLJxÄJHZWVYL_LTWSV!BDHWSPJHsLZTtKPJHZLSt[YPJHZJVTH<7:  ( LZJVSOH ÄJH THPZ JVTWSPJHKH X\HUKV Om \TH L_PNvUJPH WHYH
SVJHSPaHKHHJLYJHKLTKHmYLHKLJVU[H[VJVTVWHJPLU[LBD 0Z[V se completar a análise. Apenas o sobredimensionamento da UPS não
PTWSPJHX\LVWHKYqV,5tZ\ÄJPLU[LWHYH\TH<7:PUZ[HSHKH tZ\ÄJPLU[LWVPZWV[vUJPHZ\ÄJPLU[LWVYZPZ}UqVWVKLNHYHU[PY\TH
a uma distância mínima de 1,5 m a partir do paciente. resposta dinâmica aceitável. O risco de distorção de tensão de saída
permanece.
+PZWVZP[P]VZKL9HPVZ? Ao considerar o custo total de propriedade (TCO) do sistema,
O backup (UPS), projetado para fornecer energia aos dispositivos um nobreak com baterias conectadas diretamente à linha DC, ou a
de Raios X, ressonância magnética ou qualquer dispositivo com altas qualquer dispositivo de entrada de alta distorção harmônica (THDI), não
correntes de ativação, pode diferir nos seguintes requisitos: é aconselhável. As razões são as seguintes:

(<7:KL]LYmMVYULJLYLULYNPHZ\ÄJPLU[LWHYHTHU[LYVWHJPLU[LLT - A ondulação de tensão CC (DC) reduz a vida útil da bateria;


um estado seguro; - A usina acima deve ser superdimensionada;
- A UPS deverá fornecer plena carga até que a operação seja concluída. - Aumenta do risco de perturbações eletromagnéticas que afetam
dispositivos médicos sensíveis.
Como já foi referido no ponto 4.3.1, os dispositivos podem ser
sensíveis a perturbações elétricas e / ou ser a origem de tais perturbações. Contate o fabricante da UPS para uma escolha apropriada do
As duas soluções principais são os seguintes: sistema.

- Dimensionamento adequado da rede de distribuição local +PZWVZP[P]VZKLYLKL0*;


- Proporcionar uma conversão on-line dupla (VFI-SS-111) UPS Hospitais e clínicas incluem uma série de cargas de ICT, tais como
servidores, estações de trabalho e chaves de rede – para armazenar
A última solução evita quedas de tensão devido às correntes dados, gerenciar reservas e permitir o acesso à informação. A sua
harmônicas e separa eletricamente a fonte de alimentação das cargas. sensibilidade às perturbações elétricas é menor do que a dos dispositivos
médicos.
Apesar do fato de que a curva ITI permita interrupções de
fornecimento de até 20 ms, é aconselhável prever uma UPS de dupla
conversão em linha para proteger dispositivos ITC de harmônicas e
sobretensões.
Especialmente para servidores de computador, é recomendado
selecionar um nobreak com as seguintes características:

- Um fator de potência unitário de entrada, para evitar a necessidade de


sobredimensionar à montante;
Figura 2 - Modelo de impedância de linha de distribuição.
- Um fator principal de potência de saída de 0,9 para garantir a maior
densidade de energia;
(S[HLÄJPvUJPHLT\THHTWSHNHTHKLJHYNHZWHYHNHYHU[PYLJVUVTPH
de energia e mínima pegada de carbono em baixa carga (típico para os
centros de dados).

:PZ[LTHKLHIHZ[LJPTLU[VKLLULYNPHJLU[YHS
Um Sistema de Abastecimento de Energia Central (CPSS) é uma UPS
que corresponde aos requisitos dos padrões EN 62040 e EM 50171. Os
principais requisitos do último são:

Figura 3 – UPS de Dupla Conversão on-line (esquema do princípio) e linha


- A utilização de baterias de longa vida;
de distribuição.
Apoio

29

- Proteção contra inversão de polaridade da bateria; TABELA 5 - INFLUÊNCIA MÚTUA DAS CARGAS
- Sinalização de contato seco; (YX\P[L[\YH5 +PZWVUPIPSPKHKL 7YVIHIPSPKHKLKL

inerente MHSOHZHUVZ
- Um carregador de bateria protegido contra curtos-circuitos;
12 CARGAS DE CABO DUPLO 0,9999913 16,61%
- 80% de recarga da bateria em 12 horas; 24 CARGAS DE CABO DUPLO 0,9999825 31,13%
- Resistência ao fogo.

.Y\WVNLYHKVY
Requisitos adicionais podem ser estipulados por leis nacionais.
O conjunto gerador não necessita cumprir quaisquer outros
Uma CPSS deve ser usada para alimentar luzes de emergência,
requisitos além de fornecer energia de backup por pelo menos 24 horas.
alarmes de incêndio, exaustores de fumaça e todos os sistemas elétricos
Os seguintes elementos devem ser considerados no
relacionados com a segurança.
dimensionamento do grupo gerador:

:PZ[LTHZKL[YHUZMLYvUJPHLZ[m[PJH
- Grupos geradores não são adequados para a alimentação de
Sistemas de transferência estática (STS) são unidades inteligentes
cargas capacitivas com fator de potência inferior a 0,97;
com duas entradas e uma saída (Figura 4). No caso em que a fonte de
- Qualquer distorção harmônica total (THD) gerada por cargas será
alimentação preferida não atende aos valores de tolerância permitida
traduzida para harmônicas de tensão pela queda de tensão sobre a
pela carga, o STS silenciosamente transfere a carga para uma fonte
reatância subtransiente (X "d) do gerador síncrono. Essas harmônicas
alternativa. Isso garante "alta disponibilidade" de fornecimento de
de tensão podem ser aproximadas pela seguinte fórmula:
energia para instalações sensíveis ou críticas.

- O conjunto gerador e o transformador MV / LV devem possuir


o mesmo sistema de neutro para evitar qualquer disparo
desnecessário do dispositivo de corrente residual.

,ZX\LTHZKLKPZ[YPI\PsqV
Definir o esquema de distribuição é a tarefa fundamental
em qualquer projeto elétrico.
A análise básica deve avaliar as necessidades reais do
usuário e do nível de serviço que a rede tem para oferecer.
Este serviço inclui:
Figura 4 - Esquema do princípio STS.

- A disponibilidade e continuidade do correto fornecimento de


O objetivo dos dispositivos STS é: energia;
- A resistência a várias interrupções devido a falhas ou
- Garantir a redundância de fornecimento de energia para instalações avarias (não planejadas), ou para manutenção ou modificação
críticas (duas fontes de energia independentes); (planejadas).
(\TLU[HYHJVUÄHIPSPKHKLKVMVYULJPTLU[VKLLULYNPHWHYHPUZ[HSHsLZ
sensíveis; Sistemas de distribuição podem ser classificados como
- Facilitar a construção e ampliação de uma fonte de alimentação de segue:
alta disponibilidade.
,ZX\LTHYHKPHSZPTWSLZ
 :PZ[LTHZ:;:PUJVYWVYHTZ}SPKH[LJUVSVNPHKLJVT\[HsqVJVUÄm]LS Em um esquema radial simples, a energia é extraída de um
e comprovada (SCR), o que lhes permite um alto desempenho e barramento. Subsequentemente, é distribuída radialmente em
uma comutação segura (automática ou manual), sem interromper o direção às cargas (ou de barramentos secundários quando
fornecimento de energia à carga. apropriado).
A publicação IEEE Std 493-2007, Projeto de Sistema de Energia
*VUÄm]LS0UK\Z[YPHSL*VTLYJPHSHUHSPZHHT‚[\HPUÅ\vUJPHKLJHYNHZ ,ZX\LTHKLHULS
de cabo duplo em uma arquitetura de fornecimento 2N em termos de O esquema de anel contém pelo menos um ramo adicional
disponibilidade. Uma vez que separa eletricamente cargas, o STS pode que o necessário para ligar as cargas ao nó alimentador. Como
ser usado para evitar a propagação de falhas, impedindo quaisquer resultado, cada carga tem pelo menos um caminho alternativo
PUÅ\vUJPHZT‚[\HZ0Z[VUV]HTLU[LTLSOVYHHKPZWVUPIPSPKHKL de alimentação. Uma grade de esquema de anel pode consistir
Apoio
30

TABELA 6 - COMPARAÇÃO ENTRE OS VÁRIOS ESQUEMAS ELÉTRICOS


Instalações em cargas de missão crítica

*HYHJ[LYxZ[PJHZ ,ZX\LTH
9HKPHSZPTWSLZ 9HKPHSK\WSV Anel Grade
Confiabilidade Min Max Med Max
Disponibilidade Min Max Med Max
Estabilidade do nível de tensão Min Max Med Max
Perdas Max Min Med Max
Custo de investimento Min Max Med Max
Custo de operação Min Max Med Max
Flexibilidade Min Max Med Max
Complexidade Min Med Med Max

de um anel aberto ou anel fechado. O esquema de anel pode características importantes.


ser duplo ou triplo redundante e utilizado em todos os níveis Nas unidades de saúde, a escolha do esquema de
de tensão. distribuição elétrica apropriada é baseada em restrições
orçamentárias, bem como as necessidades que cercam a
,ZX\LTHYHKPHSK\WSV disponibilidade e confiabilidade do fornecimento.
O esquema de duplo anel consiste de um esquema radial Enquanto as instalações antigas são na maioria dos casos
simples que é dobrado. A vantagem deste esquema é a de que ainda baseadas em um esquema simples radial, hoje soluções
cada carga tem dois caminhos de alimentação alternativos radiais duplas ou de anel são muitas vezes preferidas.
iguais. A duplicidade pode correr até um nó simples do
servidor, ou - como é mais frequentemente feito - para um ou 9LK\UKoUJPH
mais nós de distribuição (barramentos). A redundância é um método útil para o aumento da
disponibilidade e otimizar o equilíbrio entre a excelência
,ZX\LTHKLTHSOH operacional e eficácia financeira. Circuitos alternativos,
Neste esquema, existem múltiplas conexões entre os nós equipamentos e componentes são instalados de forma que, no
da grade. Isso permite caminhos alternativos de fornecimento caso de uma ou mais falhas, a funcionalidade é preservada.
para alguns desses nós e o estabelecimento de uma conexão de O nível e o tipo de redundância fornecidos determinam quais
reserva. Além disso, melhora a subdivisão da carga em diversos funcionalidades serão retidas no caso de uma falha, e o número
ramos e entre as diferentes fontes de alimentação. e os tipos de defeitos que podem ser manipulados.
A Tabela 6 mostra uma classificação dos sistemas, em Redundância de espera significa que uma forma alternativa
termos de disponibilidade, confiabilidade, custo e outras de realizar a função é fornecida, mas é inoperante até que seja

TABELA 7 - BOAS PRÁTICAS NA ADOÇÃO DE REDUNDÂNCIA PARA AS PARTES PRINCIPAIS DA INSTALAÇÃO


:LT Gen Set 5 5.L[ 5 5.LU 5 5.LU
YLK\UKoUJPH Set Set Set
HVAC X X
Análise X X
Iluminação normal X X X
Iluminação de emergência X X X
Equipamentos de esterilização X X
ECG, EHG, EEG X X X
Equipamentos de Raio X X X X X
Equipamentos de diálise X X
MRI (ressonância magnética) X X X X
Equipamentos para medicina nuclear X X
Angiografia X X
Salas de cirurgia X X
Terapia intensiva X X
Incubadoras X X
Outro equipamento endoscópico X X X
Equipamentos de telecomunicações X X
TIC X X
Elevadores comuns X
Elevadores bombeiros X
Alarmes de incêndio, extratores de fumaça, etc. X
Sistemas de distribuição de gases medicinais X X X
Cozinhas X X
Outros
Apoio
32
Instalações em cargas de missão crítica

necessária. Quando a rede primária não pode mais fornecer - Riscos VDU
seu serviço, a fonte alternativa entra em operação. - Equipamento de proteção individual
A desvantagem da redundância de espera é que há um - Sinais de segurança
período inevitável de ruptura entre a ocorrência da falha e
a entrada da unidade redundante em funcionamento. Tais *VUJS\ZLZ
esquemas raramente são satisfatórios para sistemas críticos tais A norma IEC para instalações elétricas em locais médicos
como locais médicos do grupo 2. concentra-se em aspectos de segurança, em especial, a
Na redundância ativa ou paralela, todas as unidades proteção contra contato indireto. Suas exigências em termos
redundantes operam simultaneamente ao invés de serem de disponibilidade da oferta e da confiabilidade geral são mais
ligadas quando necessário. A abordagem mais óbvia é usar qualitativas do que quantitativas.
dois componentes, cada um capaz de transportar a carga total Há uma grande necessidade de uma definição
de modo que, se um falhar o outro assumirá. Isto é chamado de universalmente aceita de disponibilidade e confiabilidade dos
redundância +1. níveis de fornecimento de energia.
Uma abordagem alternativa é a de dividir a carga total de A qualidade das aplicações de saúde depende da
entre um número de unidades, cada uma capaz de transportar disponibilidade de fornecimento suficiente de energia e
apenas uma fração da carga total, e proporcionar apenas uma o desempenho adequado da instalação elétrica. Esta foi
unidade adicional redundante para toda a carga. Isto é referido a conclusão de várias entrevistas com a equipe médica e
como redundância N +1. técnicos.
A redundância N +1 pode ser mais barata de implementar As entrevistas também destacaram outra forte necessidade:
do que a redundância + 1 e é mais flexível; por ex. é fácil a introdução de diretivas mais severas para a frequência de
adicionar uma carga adicional (um sistema 2+1 torna-se um testes periódicos. Os padrões atuais são considerados (quase
sistema 3 +1). unanimemente) como sendo insuficientes para garantir a
A Tabela 7 mostra as melhores práticas adotadas em segurança, a confiabilidade e a disponibilidade dos sistemas
hospitais. de abastecimento de emergência. Quase todos os técnicos
entrevistados propuseram aumentar a frequência de exames
;YLPUHTLU[VKLWLZZVHS periódicos, pelo menos, duas vezes que o atualmente prescrito
Os seguintes tópicos - com particular atenção aos aspectos pela IEC 60364-7-710.
elétricos – são válidos para inclusão em programas de A norma IEC classifica locais para uso médico, como grupo
treinamento de pessoal: 0, grupo 1 ou grupo 2 de acordo com a utilização das partes
aplicadas e se a vida do paciente está em risco ou não.
- Prevenção de incêndios, evacuação, primeiros socorros, Duas noções inovadoras foram introduzidas neste trabalho:
segurança e emergência em hospitais a resistência dos equipamentos aos distúrbios de qualidade
- Riscos biológicos de energia (REL) e qualidade de vida do paciente (LQ). Com
- Riscos químicos base nestes conceitos, um novo sistema de classificação para o
- Riscos de inalação de anestésicos nível de resistência de instalações de saúde foi construída. Este
- Riscos geno-tóxicos esquema não se limita a considerar a segurança do paciente,
- Riscos do lixo hospitalar mas também leva em conta:
- Movimentação manual de cargas
- Riscos elétricos - A disponibilidade, resistência e confiabilidade do
 ‹9\KPTLU[VZKLLULYNPHLSt[YPJH fornecimento de energia
 ‹,MLP[VZIPVS}NPJVZKHLSL[YPJPKHKL - A qualidade de vida do paciente
 ‹4HJYVLTPJYVZP[\HsLZKLJOVX\LLSt[YPJV
 ‹9LJVUOLJPTLU[VKVZJVTWVULU[LZ Ele permite que os tomadores de decisão e técnicos de
da planta principal serviços de saúde projetar corretamente a instalação elétrica
9 Risco elétrico ligado ao uso indevido para a melhor qualidade de vida dos pacientes, usando solução
de dispositivos médicos técnica de custo mais eficaz, e fazê-lo de acordo com sistema
 ‹7YL]LUsqVKLYPZJVZLWYV[LsqV de classificação da IEC 60364-7-710.
- Riscos de radiação ionizante
- Riscos de radiações não ionizantes 9LMLYvUJPHZ
- Turnos e saúde ‹ 0,* ! ,SLJ[YPJHS PUZ[HSSH[PVUZ VM I\PSKPUNZ  7HY[
- Riscos psicológicos ! 9LX\PYLTLU[Z MVY ZWLJPHS PUZ[HSSH[PVUZ VY SVJH[PVUZ 
Apoio

33

4LKPJHSSVJH[PVUZ
‹ ,5 ! =VS[HNL JOHYHJ[LYPZ[PJZ VM
LSLJ[YPJP[`Z\WWSPLKI`W\ISPJKPZ[YPI\[PVU
Z`Z[LTZ 
‹ (UNLSV )HNNPUP! /HUKIVVR VM 7V^LY
8\HSP[` 1VOU >PSL`  :VUZ 3[K
*OPJOLZ[LY
‹ 1VUH[OHU 4HUZVU 9VTHU ;HYNVZa!
,\YVWLHU 7V^LY 8\HSP[` :\Y]L` 9LWVY[
¶ 3LVUHYKV ,ULYN` ^^^SLVUHYKV¶
LULYN`VYN
‹ 7OPSPW 2LLISLY! 7V^LY 8\HSP[` MVY
/LHS[OJHYL -HJPSP[PLZ ,790 ;LJO^H[JO
+LJLTILY
‹+H]PK*OHWTHU!0U[YVK\J[PVU[V7V^LY
8\HSP[` 3LVUHYKV ,ULYN` (WWSPJH[PVU
.\PKL5V]LTILY
‹ .HY` 4HYZOHSS +H]PK *OHWTHU!
9LZPSPLUJL 9LSPHIPSP[` HUK 9LK\UKHUJ`
3LVUHYKV ,ULYN` (WWSPJH[PVU .\PKL
4H`
‹ ,TPSPHUV *L]LUPUP! <7: (YJOP[LJ[\YLZ
MVY7V^LY8\HSP[`PTWYV]LTLU[
‹ :\KYPn , 1H\YLN\PHSaV( :\TWLY 9
=PSSHMmMPSH HUK 1 9\SS! /PNO 7V^LY <7:
:LSLJ[PVU 4L[OVKVSVN` HUK 0UZ[HSSH[PVU
.\PKLSPUL MVY /PNO 9LSPHIPSP[` 7V^LY
:\WWS`
‹ )YPHU -VY[LUI\Y`! /PNO 7LYMVYTHUJL
)\PSKPUNZ!+H[H*LU[LYZ<UPU[LYY\W[PISL
7V^LY:\WWSPLZ<7:

*Este trabalho foi desenvolvido


pelos especialistas Angelo
Baggini, da Universidade de
Bergamo, por Francesco Buratti,
do ECD, e por Matteo Granziero,
da Socomec UPS. Este artigo
foi originalmente publicado na
página na internet da Leonardo
Energy (www.leonardo-energy.org).
Tradução de Antonino Di Marco.

Continua na próxima edição


'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ
www.osetoreletrico.com.br
Dúvidas, sugestões e comentários podem ser
encaminhados para o e-mail
redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
28
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo III

Instalações elétricas em
estabelecimentos assistenciais
de saúde
Por Sérgio Castellari*

Instalações elétricas em estabelecimentos ‹ ( YLZPZ[vUJPH LSt[YPJH KH WLSL WVKL ÄJHY YLK\aPKH
assistenciais de saúde (EAS) são consideradas devido à inserção de cateteres ou similares, em aberturas
instalações especiais com várias particularidades, HY[PÄJPHPZV\UH[\YHPZ"
ou seja, alimentam cargas críticas, as quais suprem ‹(S[HZLUZPIPSPKHKLKVT‚ZJ\SVKVJVYHsqVnZJVYYLU[LZ
circuitos destinados à sustentação e ao monitoramento elétricas (correntes > 10 µA);
da vida dos pacientes. Isso requer cuidados especiais ‹:\WVY[LV\Z\IZ[P[\PsqV[LTWVYmYPHKLM\UsLZKVJVYWV
desde a fase de projeto, instalação até a operação dos por dispositivos eletromédicos;
circuitos elétricos. ‹9PZJVZKLPUJvUKPVLL_WSVZqVJH\ZHKVZWVYHULZ[tZPJVZ
O termo EAS foi padronizado de acordo com a norma ou agentes desinfetantes ou de limpeza;
brasileira “ABNT NBR13534 – Instalações Elétricas de ‹0U[LYMLYvUJPHZLSt[YPJHZLTHNUt[PJHZJVTVWVYL_LT
)HP_H;LUZqV¶9LX\PZP[VZ,ZWLJxÄJVZWHYH0UZ[HSHsqVLT plo, do sistema de força (por meio de harmônicas), podem
Estabelecimentos Assistenciais de Saude” para englobar L_WVYVZWHJPLU[LZHYPZJVZPUÅ\LUJPHYVM\UJPVUHTLU[V
clínicas estéticas, veterinárias, odontológicas, médicas e de dispositivos eletromédicos ou até causar diagnósticos
hospitais de pequeno, médio e grande porte. O objetivo e exames falsos;
da norma é que todos estes locais garantam a segurança ‹*PY\YNPHZUqVWVKLTZLYPU[LYYVTWPKHZV\YLWL[PKHZ"
contra riscos elétricos de pacientes (pessoas ou animais) e ‹6[YH[HTLU[VPU[LUZP]VL_PNLHHWSPJHsqVZPT\S[oULHKL
WYVÄZZPVUHPZKLZH‚KLLT,(: vários dispositivos eletromédicos;
Em instalações hospitalares, o cuidado com o ‹ (Z JVYYLU[LZ KL M\NH WLYTPZZP]HZ WVKLT ZVTHYZL H
paciente é de suma importância. Cabe, portanto, valores críticos;
ao corpo médico, garantir que os pacientes sejam ‹ 9LNPZ[YVZ KL SVUNV WYHaV ZVIYL V WHJPLU[L WVKLT ZL
[YH[HKVZJVTLÄJmJPHYLJLILUKVVTHPZHS[VUx]LSKL perder no caso de falhas de energia.
cuidado. Entretanto, uma breve falta de energia pode
colocar em risco a saúde dos pacientes ou prejudicar Uma instalação elétrica em EAS começa com um
o sucesso de uma terapia ou de um diagnóstico: projeto fundamentado em normas e regulamentos técnicos
vigentes. Muitas vezes este simples fundamento é deixado
‹(WVZZPIPSPKHKLKVWHJPLU[LKLYLHNPYHWVZZx]LPZYPZJVZ de lado, o que pode levar a um projeto ruim e perigoso aos
está reduzida ou eliminada; WHJPLU[LZLWYVÄZZPVUHPZ(SN\UZKVJ\TLU[VZUVYTH[P]VZL
29

regulamentos que devem ser observados são:


 ‹ ()5; 5)9 ¶ 0UZ[HSHsLZ
elétricas de baixa tensão;
‹ ()5; 5)9 ¶ 0UZ[HSHsLZ
elétricas de baixa tensão – requisitos
LZWLJxÄJVZ WHYH PUZ[HSHsqV LT
estabelecimentos assistenciais de saúde;
‹ ()5; 5)9  ¶ 7YV[LsqV KL
estruturas contra descarga atmosféricas;
‹4PUPZ[tYPVKH:H‚KL7VY[HYPHU¢KL
KLKLaLTIYVKL "
‹ 9LZVS\sqV KH (NvUJPH 5HJPVUHS KL
=PNPSoUJPH:HUP[mYPH(U]PZH¶9+*U¢KL
KLML]LYLPYVKL

Aterramento
Todas as instalações elétricas de
um EAS devem possuir um sistema de
aterramento que leve em consideração a
equipotencialidade das massas metálicas
expostas em uma instalação. Todos os
sistemas devem atender às normas ABNT
NBR 13534, ABNT NBR 5410 e ABNT
5)9 UVX\LKPaYLZWLP[VHVZPZ[LTH
de aterramento.
Fica proibida a utilização do sistema
;5* LT ,(: JVUMVYTL LZWLJPÄJH H
norma ABNT NBR13534. E nenhuma
tubulação destinada a instalação pode
ZLY \ZHKH WHYH ÄUZ KL H[LYYHTLU[V 5V
entanto, tubulações de gases devem ser
interligadas com o sistema de aterramento
para equipotencialização.

Piso condutivo
Fica estabelecido:
‹ ( \[PSPaHsqV KL WPZV JVUK\[P]V
somente quando houver uso de misturas
HULZ[tZPJHZPUÅHTm]LPZJVTV_PNvUPVV\
óxido nitroso, bem como quando houver
HNLU[LZ KL KLZPUMLJsqV PUJS\PUKVZL
aqui a zona de risco.
‹ 7YVPIPsqV KL PUZ[HSHsqV KL ZVX\L[LZ
chaves, quadros de distribuição de força e
similares em zona de risco.
‹ 5V JHZV KH \[PSPaHsqV KL WPZV UqV
condutivo no mesmo ambiente de piso
JVUK\[P]VKL]LZLMHaLY\THTHYJHsqV
de distinção para ambos os pisos.
Apoio
30
Instalações em cargas de missão crítica

Figura 1 – Marcação de distinção de pisos condutivos e não condutivos.

Medidas para proteção de instalações elétricas e a vida útil da instalação, do sistema ou do equipamento, quando
equipamentos usada como pretendida e mantida corretamente.
A ABNT NBR 5410 expõe muitos aspectos sobre proteção da  +L]LZL KHY H[LUsqV LZWLJPHS n [LTWLYH[\YH KV HTIPLU[L nZ
instalação e equipamentos. A norma ABNT NBR 13534 trata em condições climáticas, à presença de água, aos desgastes mecânicos, à
particular das questões de equipamentos eletromédicos e instalações aptidão das pessoas na instalação e à área de contato de pessoas ou de
hospitalares. Vale lembrar que os projetistas e engenheiros de animais com o potencial terra (estando protegidas ou não pelo terra).
manutenção hospitalares devem saber os fundamentos básicos. A A proteção básica deve consistir de uma ou mais proteções que,
NBR13534 sozinha não é uma “ferramenta” adequada. sob condições normais, previne contatos com as partes vivas. Esta
proteção é chamada de proteção contra choques elétricos em contatos
Proteção de pessoas e animais contra choques elétricos diretos. A proteção básica é feita por meio de:
Na prática, dentro de um hospital, a tensão máxima para aplicar
X\LZ[LZKLWYV[LsqVLSt[YPJHtKL=(*L[LUZLZIHP_HLT+* ‹0ZVSHsqVImZPJHPZVSHsqVJHWHWYV[L[VYHKL\TÄV"
(interno dos equipamentos eletromédicos). A norma ABNT NBR 5410 ‹,Z[HPZVSHsqVKL]LZLYMLP[HJVTIHZLLTUVYTHZX\LL_PNLT[LZ[LZ
estabelece que as partes acessíveis condutivas não devam se tornar mecânicos, químicos, elétricos e térmicos;
partes vivas perigosas: ‹)HYYLPYHZV\JHP_HZX\HKYVLSt[YPJVMLJOHKVV\\TLX\PWHTLU[V
com sua caixa externa);
‹ZVIJVUKPsLZUVYTHPZ" ‹7HYHYLTV]LYLZ[HZIHYYLPYHZtULJLZZmYPVJOH]LV\MLYYHTLU[H"
‹ZVI\THJVUKPsqVKLMHS[Hn[LYYH ‹,Z[HZIHYYLPYHZZqVKLÄUPKHZWLSVNYH\07

As regras de acessibilidade da norma para pessoas comuns podem Proteção básica


diferir de pessoas treinadas ou instruídas e podem também variar para
diferentes produtos e locais. Enfermeiras, por exemplo, não devem ‹6IZ[mJ\SVZ"
acessar de forma alguma quadros elétricos. ‹7VKLTZLYYLTV]PKVZZLTJOH]LV\MLYYHTLU[HTHZHYLTVsqVUqV
A proteção sob condições normais é provida pela proteção básica. intencional deve ser prevista;
A proteção destinada a suprir a proteção contra choques elétricos ‹+LP_mSVZMVYHKVHSJHUJLKL\THWLZZVH"
X\HUKV HZ THZZHZ V\ HZ WHY[LZ JVUK\[x]LPZ HJLZZx]LPZ [VYUHTZL ‹3PTP[HsqVKH[LUZqV"
acidentalmente vivas, ou de forma genérica, aquela destinada ‹3PTP[HsqVKHJVYYLU[LKL[VX\LLJHYNH
a preservar a segurança em caso de falha da proteção básica. Esta
proteção é provida pela proteção supletiva. Proteção suplementar
A proteção suplementar deve consistir de uma ou mais proteções
Proteção por meio dos disjuntores, fusíveis, DRs, DSCR, DSI PUKLWLUKLU[LZLHKPJPVUHPZnWYV[LsqVImZPJH:qVLZWLJPÄJHKHZJVTV!
e outros ‹0ZVSHsqVZ\WSLTLU[HY"
 ;VKHWYV[LsqVZLYmWYVQL[HKHLJVUZ[Y\xKHWHYHZLYLÄJHaK\YHU[L ‹7YV[LsqVJVTH[LYYHTLU[VLX\PWV[LUJPHS"
Apoio
32

‹5HPUZ[HSHsqV" Causas da corrente de fuga


Instalações em cargas de missão crítica

‹5VZLX\PWHTLU[VZ" Uma corrente de fuga, como já mencionado, pode causar danos


‹<[PSPaHsqVKVJVUK\[VY7," n WYVWYPLKHKL nZ WLZZVHZ L HVZ WYVJLZZVZ KL WYVK\sqV *VUÄYH VZ
‹7YV[LsqVZLSL[P]H" WYPUJPWHPZKHUVZJH\ZHKVZWVYLZZHVJVYYvUJPH!
‹0UKPJHsqVLKLZJVUL_qVLTPUZ[HSHsLZKLHS[H[LUZqVLZPZ[LTHZ"
‹+LZJVUL_qVH\[VTm[PJHKHLULYNPH" Perigos do choque elétrico em pessoas
‹+PZQ\U[VYLZV\M\Zx]LPZ" O uso de equipamentos elétricos expostos a pessoas faz surgir dois
‹+9Z" tipos de perigos:
‹+:0
‹6LMLP[VPTLKPH[VKL\TJVU[H[VKHLULYNPHLSt[YPJHJVTVJVYWV
Proteção suplementar avançada O\THUVQmPTWSPJHJVYYLU[LLSt[YPJHÅ\PUKVUVJVYWV
A proteção supletiva é um nível maior de proteção quando é ‹(PUÅ\vUJPHPUKPYL[HJH\ZHKHWLSVZL]LU[VZJH[HZ[Y}ÄJVZX\LZqV
necessário, conforme o local (ex: sala cirúrgica): causados pelo fogo ou desligamentos de operações perigosas.

‹0ZVSHsqVYLMVYsHKH"   ( JVYYLU[L LSt[YPJH Å\PUKV WLSV JVYWV O\THUV WVKL


‹ <[PSPaHsqV KL [YHUZMVYTHKVY KL ZLWHYHsqV KL JPYJ\P[VZ L_LTWSV WYV]VJHYÄIYPSHsLZ]LU[YPJ\SHYLZWHYHSPZPHKVZT‚ZJ\SVZV\T\KHUsHZ
sistema IT médico); no corpo, como coagulação e queimaduras.
‹ -VU[L SPTP[HKVYH KL JVYYLU[LZ KL M\NH L_LTWSV! PTWLKoUJPH WHYH A corrente pode percorrer dois caminhos pelo corpo:
terra).
‹7YV[LsqVWVYTLPVKL+PZWVZP[P]V:\WLY]PZVYKL0ZVSHTLU[V+:0 ‹ *VU[H[V KPYL[V JVT WHY[LZ LULYNPaHKHZ KL LX\PWHTLU[VZ LT
operação normal. Isto acontece quando os obstáculos entre a pessoa e
Efeitos do choque elétrico nos humanos HWHY[LLULYNPaHKH[HSJVTVHKPZ[oUJPHLHPZVSHsqVZqVPULÄJPLU[LZ
 ( NYHUKL JVUZLX\vUJPH KH JVYYLU[L KL M\NH ZqV VZ ‹6JVU[H[VPUKPYL[VHJVU[LJLX\HUKVOm\T[VX\LUHJHYJHsHKL\T
choques elétricos em operadores e as paradas de produção LX\PWHTLU[V L LZ[L HWYLZLU[H MHSOH KL PZVSHTLU[V 3VNV V JOVX\L
no decorrer do tempo em que a fuga cresce e se torna um elétrico é inevitável, pois pela falha de isolamento, a pessoa foi exposta
J\Y[VJPYJ\P[V :\H VYPNLT t H MHSOH KL PZVSHTLU[V X\L a uma corrente elétrica.
t PU[PTHTLU[L SPNHKH n YLZPZ[vUJPH KL PZVSHTLU[V KL \T
equipamento ou de uma instalação elétrica. Esta grandeza Se algum destes tipos de contatos acontecer, o perigo à pessoa
elétrica será explicada a seguir. depende de duas variáveis:

A utilização de equipamentos elétricos expõe os humanos: ‹ 6 ]HSVY KH [LUZqV LT X\L H WLZZVH MVP Z\ITL[PKH L V ]HSVY KHZ
YLZPZ[vUJPHZ KV JVYWV O\THUV X\L Q\U[VZ KL[LYTPUHT V ]HSVY KH
‹ H PTWHJ[V KPYL[V KH JVYYLU[L LSt[YPJH UV JHZV KL \TH JVYYLU[L corrente;
LSt[YPJHÅ\PYWLSVJVYWVKHWLZZVH" ‹6[LTWVKLK\YHsqVHX\LVJVYWVO\THUVMVPZ\ITL[PKVHLZ[H
‹ H PTWHJ[V PUKPYL[V WVY L]LU[VZ JH\ZHKVZ WLSH LULYNPH LSt[YPJH corrente.
como fogo ou operações arriscadas (desligamentos de equipamentos
vitais da instalação). A impedância do corpo expressa por ZT, a geometria da impedância
UVJVYWVLHPTWLKoUJPHKHWLSLLZ[qVYLWYLZLU[HKHZUH-PN\YH
Interrupção do condutor PE (terra)
A corrente de fuga é composta por duas componentes: a
JHWHJP[P]H L H YLZPZ[P]H 6 [LYJLPYV JVUK\[VY JVUK\[VY 7, t WVY
Zp1
VUKL Å\P H JVYYLU[L KL M\NH WHYH V LX\PWHTLU[V M\UJPVUHY ZLT
problemas, o que pode causar perigos a pessoas. Estas correntes
podem ser microcorrentes, mas, no evento de uma interrupção do Zi ZT
7,LZ[HJVYYLU[LWVKL[LYZL\Z]HSVYLZH\TLU[HKVZHZZPTJVTVV
perigo à pessoa e à operação.
Comparando com o sistema aterrado (sistema TN e TT), a Zp2

corrente perigosa no sistema não aterrado (sistema IT) é menor,


UHTHPVYPHKVZJHZVZUVJHZVKLVJVUK\[VY7,PU[LYYVTWLY
Figura 2 – Diagrama equivalente da impedância do corpo ZT.
Apoio

33

TABELA 1 – DURAÇÃO MÁXIMA DE CONTATO DE ACORDO COM IEC 60364-4-41 Sistemas de emergência
Máximo tempo de toque (seg) Tensão de toque (V) Nos EAS existem diversos equipamentos eletroeletrônicos de vital
AC DC importância na sustentação de vida dos pacientes, quer por ação
TEMPO INFINITO <= 50 #$
[LYHWv\[PJHX\LYWLSVTVUP[VYHTLU[VKLWHYoTL[YVZÄZPVS}NPJVZ6\[YV
5 50 
1 75 140 MH[V H ZLY JVUZPKLYHKV KPa YLZWLP[V n JSHZZPÄJHsqV KH UVYTH()5;
0,5   5)9  X\HU[V n M\NH KL WLZZVHZ LT ZP[\HsLZ KL LTLYNvUJPH
 110 175
0,1 150 
enquadrando essas instalações como BD 4 (fuga longa e incômoda).
0,05   Em razão das questões anteriormente descritas, estas
0,03  310
PUZ[HSHsLZYLX\LYLT\TZPZ[LTHKLHSPTLU[HsqVKLLTLYNvUJPH
De acordo com a norma IEC479-1:1994, a impedância do corpo varia em
relação à tensão de toque. ABNT NBR 13534 – Anexo AA:
TABELA 2 – IMPEDÂNCIA DO CORPO EM RELAÇÃO À TENSÃO DE TOQUE TABELA 3 – CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA PARA LOCAIS MÉDICOS

=HSVYWHYHH[V[HSPTWLKoUJPH£ Classe 0
Tensão de toque (V) que não excede a porcentagem de Sem interrupção
5% da 50% da 95% da
população população população Classe 0,15
25 1750   Interrupção muito breve
N ECESSIDADE DE NOBREAK
50 1450  4375
75   3500 Classe 0,5
100   
125   
Interrupção breve
220 1000 1350 
700 750 1100 1550 Classe 15 NECESSIDADE DE GERADOR COM PARTIDA
1000 700 1050 1500 Interrupção média AUTOMÁTICA
MEDIA TENSÃO  750 

Nota: algumas medidas indicaram que a impedância total do corpo para o Classe > 15
caminho da corrente mão para pé é algumas vezes menor que o caminho da N ECESSIDADE DE GERADOR
Interrupção longa
corrente mão para mão (10% a 30%)
Apoio
34
Instalações em cargas de missão crítica

capaz de fornecer energia elétrica no caso de interrupções por % A legislação vigente da área da segurança do trabalho (ex. NR 10);
parte da companhia de distribuição ou quedas superiores a
10% do valor nominal, por um tempo superior a 3 s. Quando ocorrer alteração dos procedimentos realizados no
A norma ABNT NBR13534 classifica os ambientes em local médico, a instalação elétrica existente deve se adequar a esta
classe de restabelecimento de energia como segue na Tabela 3. norma. Especial atenção deve ser dada quando houver a realização
 3VJHPZTtKPJVZZqVJSHZZPÄJHKVZLT¸NY\WVZ¹KLHJVYKVJVT! de procedimentos intracardíacos nas instalações existentes.

% Os procedimentos nestes realizados;


% As partes aplicadas dos aparelhos eletromédicos utilizados;
% Os riscos elétricos envolvidos.

A classificação é feita em conformidade com:

% A indicação dos procedimentos pela equipe médica;


% A legislação vigente da área da saúde (ex. RDC 50 da Anvisa);

F ALHA NA TENSÃO NORMAL DE ALIMENTAÇÃO Grupo 0


D ESCONEXÃO NA PRIMEIRA FALHA

EXEMPLOS DE LOCAIS MÉDICOS


PACIENTES EM RISCO ? NÃO

% C ONSULTÓRIOS MÉDICOS
EXAME OU PROCEDIMENTO PODE SER REPETIDO OU INTERROMPIDO ? SIM % SALAS DE EXAMES E CURATIVOS
% SALAS DE MASSAGEM

U SO DE PARTES APLICADAS DE EQUIPAMENTOS ELETROMÉDICOS NÃO

F ALHA NA TENSÃO NORMAL DE ALIMENTAÇÃO


D ESCONEXÃO NA PRIMEIRA FALHA
Grupo 1

PACIENTES EM RISCO ? NÃO E XEMPLOS DE LOCAIS MÉDICOS

% QUARTOS
O EXAME OU TRATAMENTO PODE SER REPETIDO OU INTERROMPIDO ? SIM
% SALAS DE HEMODIÁLISE

% SALAS DE FISIOTERAPIA

USO DE PARTES APLICADAS DE EQUIPAMENTOS ELETROMÉDICOS

E XTERNA OU INTERNAMENTE EXCETO ONDE A DESCONTINUIDADE

ELÉTRICAPODE COLOCAR A VIDA EM RISCO SIM

(EX. PROCEDIMENTOS INTRACARDÍACOS

O EXAME OU TRATAMENTO PODE


NÃO
SER REPETIDO OU INTERROMPIDO ?
Grupo 2

E XEMPLOS DE LOCAIS MÉDICOS

P ACIENTES EM RISCO ? SIM % CENTROS CIRÚRGICOS


% SALAS DE CATETERISMO
% UTI ADULTO E NEONATAL
% SALAS DE HEMODINÂMICA
USO DE PARTES APLICADAS DE EQUIPAMENTOS

ELETROMÉDICOS EM PROCEDIMENTOS

INTRACARDÍACOS , CIRÚRGICOS , DE SUSTENTAÇÃO SIM

À VIDA , ONDE A DESCONTINUIDADE ELÉTRICA

PODE COLOCAR A VIDA EM RISCO ?

Nestes locais pacientes e profissionais de saúde estão mais vulneráveis a choques e microchoques elétricos.
Nestes locais a continuidade no fornecimento de energia tem que ser garantida.
Apoio
36

A ABNT NBR 13534 traz uma tabela dos locais com as respectivas a fonte geralmente é um transformador de separação, mono, trifásico
Instalações em cargas de missão crítica

GPEWWM½GEp~IW HI GPEWWI I KVYTS HI½RMRHS TVIZMEQIRXI SW VIUYMWMXSW ou trifásico com neutro.
para o projeto. Algumas vantagens do esquema não aterrado (sistema IT) são
Além do disposto na ABNT NBR 5410, a ABNT NBR 13534 mencionadas a seguir:
acrescenta em locais do Grupo 1 que os circuitos de tomada (esquema
TN) devem ter proteção adicional por dispositivos DR tipo A ou B com ˆ 'SQ WYTIVZMWnS HI MWSPEQIRXS S WMWXIQE ½GE IQ TIVJIMXS IWXEHS
sensibilidade de atuação de no máximo 30 mA. seguro que somente é possível no sistema IT;
Para o esquema IT médico em locais do grupo 2, em cada posto de ˆ9QGSRHYXSVTSHIWIVXSXEPQIRXIGYVXSGMVGYMXEHSTEVEXIVVEWIQ
tratamento do paciente (ex. cabeceiras de leitos), deve haver: interferir na operação do sistema;
%Alimentação por no mínimo dois circuitos distintos; ˆ%QERYXIRpnSTVIHMXMZEqTSWWuZIPGSQEWYTIVZMWnSHEVIWMWXsRGMEHI
% Tomadas de corrente protegidas individualmente. isolamento;
ˆ4SWWMFMPMHEHIHIHIXIGpnSHIJEPLEHIMWSPEQIRXSIQETEVIPLSWSJJPMRI
Locais do grupo 2 também alimentados por outros esquemas ˆ7YTIVZMWnSHIWMWXIQEW('
(TN-S ou TT) devem apresentar:
Vantagens do sistema IT
% Tomadas do esquema IT médico com marcação clara e permanente
(ex. distinção por cor e placa “apenas equipamentos eletromédicos”); ˆ7IKYVERpESTIVEGMSREP
% Não intercambialidade garantida para que seja impossível conectar
equipamento à tomada do equipamento IT médico capaz de provocar FALHA DE ISOLAMENTO EM SISTEMAS IT
desligamento de sua alimentação; % Na eventual ocorrência de uma falha de
% Todos os circuitos de tomadas de corrente em uma mesma tensão. isolamento RF ¾YM WSQIRXI YQE GSVVIRXI
muito pequena Ice.

Sistema IT médico % Fusíveis não atuam


% Se a falha à terra for unipolar, o
Neste sistema IT há muitas vantagens perante os sistemas TN e TT e JSVRIGMQIRXSHIIRIVKME½GEKEVERXMHS
uma delas é a corrente de fuga ser limitada a fatores que serão mostrados % Não há interrupção da operação
% Um alarme é indicado pelo DSI (< R)
a seguir. O sistema IT é alimentado por um transformador de separação,
gerador, bateria, ou por uma fonte de tensão independente. Uma especial FALHA DE ISOLAMENTO EM SISTEMAS TN
característica deste sistema de AC e DC é o fato de nenhum condutor %%GSVVIRXIHIJEPLEUYI¾YMqHIXIVQMREHE
energizado (fases e neutro ou positivo) estar diretamente aterrado. pela resistência à terra e a falha de isolamento.

Uma grande vantagem deste sistema é que, em uma primeira falha de % IF < IK O fusível não atua
 % Risco de mau funcionamento
isolamento, um curto-circuito a terra ou um contato nas partes condutivas % Não há alarme
RnS MR¾YIRGMEQ RS IUYMTEQIRXS WYTVMHS% WSQE HE GSVVIRXI HI JYKE % IF > IK Fusível atua
% Interrupção inesperada na operação
entre fase-fase e fase-terra é expressa por uma corrente capacitiva. Essas
correntes são muito baixas e não há perigo de choque em um contato
indireto. A corrente de falha no evento de um curto para terra ou toque
ˆ1EMSVTVSXIpnSkMRGsRHMSW
nas partes condutivas é baixa, logo, uma desconexão não é necessária.
Quando o sistema IT é sujeito a uma segunda falha, o sistema CORRENTE DE FUGA EM SISTEMAS IT

se torna TN e uma perigosa corrente de curto-circuito para terra é Em sistemas IT


originada. Então o que fazer? Deve-se instalar um equipamento que %9QETIUYIREGSVVIRXIHIJEPLE¾YMPMQMXEHE
pela alta impedância do loop da falha.
supervisione a resistência de isolamento entre as fases e a terra e, no % Os riscos de incêndio são consideravelmente
caso de falha, o equipamento emite um alarme visual e/ou sonoro. Este reduzidos.
% Maior proteção a pessoas e equipamentos.
equipamento será estudado mais para frente nesta abordagem.
As correntes de fuga em um sistema IT dependem da
capacitância do sistema, onde no sistema TN (sistema aterrado) já
ocorre diferentemente. CORRENTE DE FUGA EM SISTEMAS TN

A supervisão de resistência de isolamento só é feita em sistemas Em sistemas TN


IT, não aterrados. A supervisão da resistência de isolamento é muito % Quando a corrente de falha IF é ˜ IK.
semelhante à supervisão de corrente de fuga, pois a função é a mesma, % O fusível não atua
% A energia elétrica da corrente falha
implantar uma manutenção preditiva, antecipando a falha que irá transforma-se em energia térmica.
SGSVVIV 'SQSJSMHI½RMHSERXIVMSVQIRXIRSIWUYIQE-8RIRLYQE % Risco de incêndio a P ™W = 260mA/230V).

parte condutiva é aterrada ou aterrada com altas impedâncias. Para isso,


Apoio
38

ˆ1IPLSVTVIZIRpnSHIEGMHIRXIW ˆ)QWMWXIQEW-8YQETIWWSERnSVIGIFIGLSUYIIPqXVMGSESXSGEVYQ
Instalações em cargas de missão crítica

condutor energizado.
C ORRENTE DE F UGA EM SISTEMAS IT
ˆ2nSLjYQGEQMRLSHMVIXSHIVIXSVRSTEVEYQEGSVVIRXI¾YMRHSTSV
% O sistema IT é uma pequena rede local meio de uma pessoa que está tocando o condutor.
com baixas capacitâncias de fuga.
% A corrente de fuga é limitada pela
impedância do corpo, pela resistência de O transformador isola o circuito secundário do circuito primário.
aterramento e pela alta impedância do
loop da falha.
 % Os riscos a pessoas e equipamentos Componentes do sistema IT médico
decorrentes de altas correntes de fuga é
reduziddo. Transformadores de separação para locais do grupo 2
Estes equipamentos devem estar em conformidade com a IEC 61558-
C ORRENTE DE F UGA EM SISTEMAS TN
IGSQEWIWTIGM½GEp~IWGSQTPIQIRXEVIWHE%&282&6

%9QEGSVVIRXIHIJYKEEPXETSHI¾YMV ˆ-RWXEPEpnSSQEMWTVz\MQSTSWWuZIPSYRSMRXIVMSVHSPSGEPQqHMGS
% A corrente de fuga é limitada apenas pela
ˆ(MWTSWMpnSIQGYFuGYPSWSYMRZzPYGVSWTEVEIZMXEVGSRXEXSEGMHIRXEP
impedância do corpo
com partes vivas;
ˆ%XIRWnSRSQMREP9RHSWIGYRHjVMSHSXVERWJSVQEHSVHIZIWIV•:GE
ˆ3XVERWJSVQEHSVHIWITEVEpnSHIZIWIVTVSZMHSHIQSRMXSVEpnSHI
sobrecarga e elevação de temperatura;
Em ambientes de grupo 2, é exigida a adoção do sistema IT médico
ˆ%GSVVIRXIHIJYKEkXIVVEHSIRVSPEQIRXSHSWIGYRHjVMSIEGSVVIRXI
para proteção dos pacientes e garantir a continuidade operacional
de fuga do invólucro devem ser medidas com o transformador sem
mesmo em situação de falha a terra.
carga e alimentado sob tensão e frequência nominais. O valor não deve
O seccionamento automático (desconexão na 1ª falta à massa ou à
I\GIHIV•Q%
terra) pelo uso de dispositivo DR é proibido nos seguintes circuitos:
ˆ%TSXsRGMERSQMREPHIWEuHEHSXVERWJSVQEHSVHIZIIWXEVIRXVI
kVA e 10 kVA.
% de alimentação de equipamentos eletromédicos;
ˆ 7INE TEVE EPMQIRXEpnS HI IUYMTEQIRXSW ½\SW SY TSVXjXIMW SW
% de sistemas de sustentação da vida;
transformadores devem ser monofásicos.
%HIWMWXIQEWHIETPMGEp~IWGMVVKMGEW
ˆ)QIWUYIQE-8TEVEEPMQIRXEpnSHIGEVKEWXVMJjWMGEWHIZIWIVTVIZMWXS
% de equipamentos eletromédicos dispostos no ambiente do paciente,
YQXVERWJSVQEHSVHIHMGEHSGSQXIRWnSWIGYRHjVME•:IRXVIJEWIW
com exceção dos anteriormente mencionados.

Dispositivo Supervisor de Isolamento (DSI) e Dispositivo


 %HMWTSRMFMPMHEHIIEGSR½EFMPMHEHIHEIRIVKMEIPqXVMGEFIQGSQS
Supervisor do Transformador
EWIKYVERpEHITEGMIRXIWITVS½WWMSREMWHEWEHIIQPSGEMWHSKVYTS
O esquema IT médico deve ser equipado com dispositivo supervisor
2 é mais garantida com a instalação de esquemas IT médico, conforme
de isolamento (DSI), o qual deve estar em conformidade com a IEC
orienta a ABNT NBR13534.
IEWWIKYMRXIWIWTIGM½GEp~IW

No esquema IT médico, falhas elétricas que provocam:


ˆ-QTIHlRGMEMRXIVREGE"Oþ
ˆ8IRWnSHIQIHMpnS•:GG
% Baixo isolamento, sobrecarga e superaquecimento são permanen-
ˆ 'SVVIRXI MRNIXEHE •  Q% HI ZEPSV HI GVMWXE QIWQS IQ GSRHMpnS
temente supervisionadas;
de falta;
% Um alarme é acionado quando estas ainda não representam perigo a
ˆ-RHMGEpnSHEUYIHEHEVIWMWXsRGMEHIMWSPEQIRXS•OþfI\MKMHSYQ
TIWWSEWIUYMTEQIRXSWIMRWXEPEp~IW
HMWTSWMXMZSHIXIWXITEVEZIVM½GEVIWXIVIUYMWMXS
% A continuidade dos procedimentos é assegurada.
ˆ7MREPM^EpnSIQGEWSHIWYEHIWGSRI\nSSYVYTXYVEHSGSRHYXSVHI
proteção PE;
ˆ%PKYRW(7-WXEQFqQWYTIVZMWMSREQWSFVIGEVKEIWSFVIXIQTIVEXYVE
do transformador, conforme exigido pela ABNT NBR 13534.

 %%&28 2&6  q E RSVQE TEVE EW MRWXEPEp~IW IPqXVMGEW IQ


IWXEFIPIGMQIRXSW EWWMWXIRGMEMW HI WEHI UYI GSQTPIQIRXEQ E RSVQE
TEVEMRWXEPEp~IWIPqXVMGEWHIFEM\EXIRWnS RS&VEWMPE%&282&6 
Os equipamentos devem seguir as seguintes normas:
% IEC 61557-8 – dispositivo supervisor de isolamento, inclusive o Anexo
Figura 3 – Esquema IT médico.
Apoio
40
Instalações em cargas de missão crítica

Figura 4 – Esquema de sinalização do Sistema IT médico.

A, que exige medição de fuga à terra em corrente contínua. % Não instalar DRs.
% IEC 61557-9 – sistemas para localização de falhas de isolamento.
Conclusão
Anunciador de alarme e teste O projeto de um EAS deve ser concebido desde o seu início
Cada esquema IT médico deve ser provido de um sistema de IQGSRJSVQMHEHIGSQEWRSVQEWHE%&28IHE-)'fMQTSVXERXI
sinalização sonora e visual, disposto de forma a permitir supervisão que o projeto siga as normas da ABNT NBR 5410 e ABNT NBR
permanente pela equipe médica e dotado de: 13534, esta diretamente relacionada à segurança dos pacientes e
do corpo médico.
% Sinalização luminosa verde, para indicar operação normal; Um projeto baseado em normas e coerente com a realidade de
% Sinalização luminosa amarela, que atue quando a resistência de cada EAS consegue assegurar segurança elétrica aos pacientes e ao
isolamento atingir o valor mínimo ajustado. Não deve ser possível corpo médico, assim como proteção aos equipamentos eletromédicos,
cancelar ou desconectar esta sinalização; reduzindo assim custos onerosos de parada operacional, queima
% Alarme audível, que dispare quando a resistência de isolamento atingir de equipamentos e proporcionando um aumento da continuidade
o valor mínimo ajustado. O sinal audível pode ser silenciado. operacional do EAS.
Cada vez mais esses ambientes estão caminhando para a excelência
Regras gerais do sistema IT médico em seus processos e a energia elétrica é um dos pilares para que tudo
%fRIGIWWjVMSTIPSQIRSWYQWMWXIQE-8QqHMGSTSVVIGMRXSHSKVYTS ande de forma coordenada e segura para todos.
% )Q WEPEW GMVVKMGEW E VIKVE q YQ WMWXIQE -8 QqHMGS TEVE GEHE WEPE
GMVVKMGERSVQEPQIRXIYQETSXsRGMETEVESXVERWJSVQEHSVHIWITEVEpnS *SÉRGIO CASTELLARI é engenheiro eletricista e pós-
graduado em Administração no Mackenzie. Atualmente é
HIO:%EO:%qWY½GMIRXI diretor de engenharia da RDI Bender, membro do Comitê
% Todos os transformadores devem ser monofásicos de, no máximo, 10 kVA; Brasileiro de Eletricidade (Cobei), participando de
comissões de estudo das normas ABNT NBR 5410 e ABNT
% Todos os disjuntores são bipolares em 127 V ou 220 V;
NBR 13534. É especializado em sistemas de supervisão
% Nas UTIs geralmente é feito um sistema IT médico de quatro a seis de corrente de fuga e resistência de isolamento pela
leitos cada, considerando a média de 1,5 kVA por leito; Bender GMBH Gruenberg, Alemanha. Especialista em
projetos do sistema de supervisão de resistência de
% Atenção ao local de instalação dos transformadores, preferencialmente
isolamento e corrente de fuga.
em um piso técnico adequado;
% Atenção ao local de instalação dos quadros elétricos, preferencialmente Continua na próxima edição
'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ
TIVXSHEWEPEGMVVKMGEI98- www.osetoreletrico.com.br
%%XIRpnSESPSGEPHIMRWXEPEpnSHSWERYRGMEHSVIWUYIHIZI½GEVTVz\MQS (ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
redacao@atitudeeditorial.com.br
ao corpo de enfermagem e do local que o sistema IT médico alimenta.
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28
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo IV

Manutenção preventiva em UPS


Por Francisco Eduardo Salles*

Uma vez que as empresas contam com sistemas Não basta somente realizar a manutenção programada
de UPS (Uninterruptible Power Supplies) para fornecer recomendada por cada fabricante de automóvel,
energia ininterruptamente e de boa qualidade, um THZ HUHSPZHY VZ YLZ\S[HKVZ WVPZ LSLZ WVKLT HQ\KHY H
plano de manutenção é um componente fundamental KL[LJ[HY]mYPVZWYVISLTHZZVIVJHWHU[LZX\LLSLZZL
para assegurar que o UPS minimize os riscos de [VYULTZtYPVZ+HTLZTHMVYTHX\LHHUmSPZLKVZUx]LPZ
desligamentos não programados das cargas e atue KL WYLZZqV L KL Å\xKV H ]LYPÄJHsqV KV HSPUOHTLU[V
como esperado. e a inspeção das pastilhas de freio em intervalos
 7HYH JVUÄYTHY H PTWVY[oUJPH KL \T WSHUV KL LZWLJPÄJHKVZKLHJVYKVJVTHX\PSVTL[YHNLTWVKLT
serviço de manutenção preventiva no aumento da THU[LY H WLYMVYTHUJL L HZ LZWLJPÄJHsLZ KL MmIYPJH
JVUÄHUsHUV<7:ILTJVTVWHYHHQ\KHYVZ\Z\mYPVZ WHYH V ZL\ ]LxJ\SV H THU\[LUsqV WYL]LU[P]H HQ\KH
ÄUHPZ H JVTWYLLUKLYLT H WYLWVUKLYoUJPH L HZ H NHYHU[PY H PU[LNYPKHKL KV ZL\ <7: (ÄUHS t T\P[V
consequências dos períodos de inatividade, foram THPZHJLP[m]LSHQ\Z[HYVHSPUOHTLU[VHVWYPTLPYVZPUHS
analisados dados coletados a partir do próprio serviço de problema, do que descobrir que você precisa de
de atendimento, além de inúmeras conclusões sobre os quatro pneus novos – para não falar do alinhamento
períodos de inatividade compilados por especialistas original que provavelmente teria preservado os pneus
KH PUK‚Z[YPH ,Z[H WLZX\PZH JVUÄYTH X\L H YV[PUH KL em primeiro lugar.
THU\[LUsqV WYL]LU[P]H H\TLU[H ZPNUPÄJH[P]HTLU[L H Uma variedade de diferentes opções de serviços
JVUÄHIPSPKHKLKV<7: para UPS encontra-se disponível, incluindo a
 ,Z[L KVJ\TLU[V L_HTPUH HZ ]mYPHZ HTLHsHZ manutenção programada de rotina, peças, serviços
que podem levar à falha do UPS e aborda as formas de emergência e outras ofertas de valor agregado
LZWLJxÄJHZUVX\HSVZLY]PsVKLTHU\[LUsqVWYL]LU[P]H como o monitoramento remoto. Independentemente
pode minimizar dramaticamente esses riscos. da ação que você escolher, um plano efetivo de
THU\[LUsqVWYL]LU[P]HPYmWV\WHY[LTWVLKPUOLPYV
Introdução diminuindo as interrupções do serviço e os custos
A implementação de um plano de serviço de em caso de período de inatividade, bem como
manutenção preventiva para o UPS é muito parecida aumentando o retorno global do seu investimento
com os reparos e inspeções de rotina do seu veículo. e estendendo a vida útil do seu equipamento de
Apoio

29

missão crítica. A manutenção preventiva também é crucial para Outros estudos concordam que o custo da rede inativa pode
HSJHUsHYHWLYMVYTHUJLTm_PTHKVZL\LX\PWHTLU[VVMLYLJLUKV PU[LYMLYPY LT \TH JVYWVYHsqV JVT PTWSPJHsLZ ÄUHUJLPYHZ
a oportunidade de detectar e corrigir eventuais problemas antes iniciando-se em torno de US$ 10.000 por hora para pequenas
X\LLSLZZL[VYULTZPNUPÄJH[P]VZLJHYVZTPUPTPaHUKVHZZPTV empresas e chegando a US$ 1 milhão por hora ou mais, para
YPZJVKLWHYHKHZUqVWSHULQHKHZ aquelas que realmente dependem dessa energia, como o
JVTtYJPVLSL[YUPJV
O período de inatividade é desastroso
Não importa a forma como você avalia, o período de Quais são as causas do período de inatividade?
inatividade acarreta um enorme preço. O Instituto de Pesquisa Ele pode surgir de forma inesperada, uma vez que mais de dois
de Energia Elétrica (Electric Power Research Institute – EPRI, [LYsVZ KHZ WHYHSPZHsLZ KLJVYYLT KL JH\ZHZ L]P[m]LPZ KL HJVYKV
dos Estados Unidos) estima que o custo das interrupções de com o Estudo de Falhas no Fornecimento de Energia de 2007
energia é de aproximadamente US$ 80 bilhões por ano para compilado pela Eaton. Estudos têm demonstrado que cerca de 4%
os clientes de energia dos Estados Unidos, as interrupções das falhas de UPS são resultado de componentes com prazo de
TVTLU[oULHZ YLWYLZLU[HT KVPZ [LYsVZ KV J\Z[V [V[HS KL <:  validade vencido, enquanto até 20% falham devido a problemas
52 bilhões. nas baterias. Os estudos sobre as causas do período de inatividade
A economia dos Estados Unidos perde entre US$ 104 bilhões e revelam que:
US$ 164 bilhões para as falhas a cada ano, e outros US$ 15 bilhões  6WLYxVKVKLPUH[P]PKHKLL]P[m]LS tJH\ZHKVWVY!
a US$ 24 bilhões para os problemas de qualidade de energia, de
acordo com o EPRI. Além disso, o período de inatividade anual ‹,YYVO\THUV"
TtKPVWHYHHZJVUJLZZPVUmYPHZKHYLKLLSt[YPJHKVZ,Z[HKVZ<UPKVZ ‹-HS[HKLWYVJLKPTLU[VZ"
LZ[mH[\HSTLU[LLTVP[VOVYHZLTPU\[VZ5VLU[HU[VJVTVZ ‹7YVJLKPTLU[VZPUJVYYL[VZ"
equipamentos de geração no local e soluções UPS, este período de ‹4mJVUJLWsqV"
inatividade pode ser reduzido para o equivalente de cinco minutos ‹9LK\UKoUJPHPUHKLX\HKH"
e 15 segundos por ano. ‹4HU\[LUsqVPUZ\ÄJPLU[L
Apoio
30
Instalações em cargas de missão crítica

 6WLYxVKVKLPUH[P]PKHKLPUL]P[m]LS tJH\ZHKVWVY! secos. Os ventiladores podem ter um bom desempenho por mais
‹ -HSOHUVLX\PWHTLU[VHWLZHYKHIVHTHU\[LUsqVLLUZHPV" de dez anos de uso contínuo, enquanto outros funcionam apenas
‹ -HSOHUHJHKLPHZLY]PsVKLHSPTLU[HsqV" WVYJ\Y[VZWLYxVKVZHU[LZKL[YH]HYWVYYHaLZTLJoUPJHZ
‹ ;LYYVYPZTV]PY[\HS
3 - Capacitores DC
Exemplo de perda de carga de UPS pelas causas  =LQH H ZLN\PY THPZ PUMVYTHsLZ WHYH MHJPSP[HY V LU[LUKPTLU[V
 ,U[YL VZ   KL JHZVZ KL WLYKHZ KL JHYNH PKLU[PÄJHKVZ WLSH sobre esses equipamentos.
,H[VUK\YHU[LHHUmSPZLKVZL\WY}WYPVZLY]PsVKLKHKVZZVIYLVZ
<7:HZMHSOHZKLJVYYLU[LZKLLYYVZO\THUVZL]P[m]LPZLWYVISLTHZ 4 - Transientes
de concepção do Site foram atribuídos a:  +HUVZ WVKLT ZLY JH\ZHKVZ UH LU[YHKH KV <7: ÄS[YV
YL[PÄJHKVYX\HUKV\T[YHUZPLU[LVJVYYL+\YHU[LHPUZWLsqVKL
‹,YYVKLVWLYHsLZKVZP[L" THU\[LUsqVWYL]LU[P]HLZ[HZWHY[LZZqV]LYPÄJHKHZLTI\ZJHKL
‹,YYVKLWYVQL[VKVZP[L" qualquer anormalidade.
‹,YYVKVZLY]PsV[tJUPJV" Outros fatores que levam a eventos de falha do UPS incluem:
‹)H[LYPHZ"
‹7YVQL[VKVWYVK\[V" ‹ 9HPV! <T LX\x]VJV JVT\T t X\L \T <7: WYV[LNL
‹7LsHZKLMLP[\VZHZ" constantemente o equipamento de carga em caso de raio, ele
‹-PTKH]PKHKLZNHZ[LKVWYVK\[V" depende principalmente da quantidade de energia no transiente. As
‹8\HSPKHKLKLMmIYPJH PUZWLsLZKLTHU\[LUsqVWYL]LU[P]HWVKLTMHJPSTLU[LPKLU[PÄJHY
eventuais danos causados por raio e qualquer reparo apropriado.
A notícia positiva é que a rotina de manutenção preventiva reduz ‹ *VUL_LZ PU[LYUHZ KV <7:! estas podem ser afetadas por
ZLUZP]LSTLU[LHWYVIHIPSPKHKLKLX\L\T<7:PYmMHSOHYK\YHU[LH ]PIYHsLZ KV LKPMxJPV V\ KL TmX\PUHZ WY}_PTHZ HV <7:
interrupção do fornecimento de energia. De fato, o mesmo relatório 9LJVTLUKHZL X\L V <7: ZLQH ]LYPÄJHKV H JHKH [YvZ TLZLZ
revelou que os clientes sem manutenção preventiva que foram WHYH X\L VZ WVU[VZ X\LU[LZ ZLQHT HUHSPZHKVZ HZZPT JVTV ZL
visitados tiveram quase quatro vezes mais probabilidades de sofrer KL]LMHaLY\THYL]PZqVTLJoUPJHJVTWSL[HLT[VKVV<7:LUV
uma falha de UPS do que aqueles que seguiram as duas visitas compartimento de bateria anualmente.
anuais de manutenção preventiva recomendadas. Estas descobertas ‹ *HWHJP[VYLZ! um UPS típico contém uma dúzia ou mais de
JVUÄYTHT H PTWVY[oUJPH KL \T ZLY]PsV YLN\SHY KV <7: JVTV capacitores eletrolíticos de diferentes tipos e tamanhos, que
\TTLPVHS[HTLU[LLÄJHaWHYHYLK\aPYVZLMLP[VZWV[LUJPHSTLU[L Z\H]PaHTLÄS[YHTHZÅ\[\HsLZUH[LUZqV;HSJVTVHZIH[LYPHZVZ
devastadores das paralisações. capacitores eletrolíticos degradam ao longo do tempo. Enquanto um
capacitor típico pode ser avaliado pelo fabricante para ter duração
As causas mais comuns de falhas do UPS de cinco anos em uso contínuo, ele poderia ter de oito até dez anos
Existem muitas razões pelas quais um UPS pode falhar. As KL]PKH‚[PSLTJVUKPsLZMH]VYm]LPZKLM\UJPVUHTLU[V8\HUKV
causas mais comuns são: um capacitor falha pode não haver efeitos imediatos visíveis, mas
os outros capacitores precisam compensar o volume de trabalho
1 - Baterias adicional, o que reduz a sua vida útil. Em muitos casos, a falha de
Coração de qualquer UPS, as baterias exigem inspeção e \TJHWHJP[VYPYmHJPVUHYV<7:LMVYsmSVHT\KHYWHYHVTVKV
manutenção, independentemente da sua idade ou tempo de I`WHZZLJVTV[LTWVLSLKPTPU\PYmZ\HJHWHJPKHKLKLWYV[LsqV
garantia. Estudos mostram que até 20% das falhas de UPS podem (PUZWLsqVKVZJHWHJP[VYLZK\YHU[LHTHU\[LUsqVWYL]LU[P]HHQ\KH
ser atribuídas a baterias ruins, com a temperatura e as descargas a otimizar o seu funcionamento e também aumentar a sua vida útil.
acumuladas citadas como as principais razões. Durante uma ‹-PS[YVZKLHY!HWVLPYHWVKLISVX\LHYVZÄS[YVZKLHYLJH\ZHYV
visita de manutenção preventiva, os dados são obtidos a partir de desligamento do UPS devido ao sobreaquecimento. Por isso, eles
procedimentos de testes exaustivos, durante os quais a medição da KL]LTZLYPUZWLJPVUHKVZ[VKVZVZTLZLZ([YVJHKVZÄS[YVZt\T
PTWLKoUJPHV\KHJVUK\[oUJPHTVZ[YHVKLZLTWLUOVKHIH[LYPHL JVTWVULU[LIHYH[VKL\TWSHUVKLTHU\[LUsqVLÄJHaWHYH<7:
PKLU[PÄJHX\HSX\LYIH[LYPHJVTWV[LUJPHSKLMHSOHPU[LYUH ‹ -VU[LZ KL HSPTLU[HsqV! embora um UPS possa ter fontes de
alimentação redundantes, é possível que a fonte se deteriore
2 - Ventiladores com surtos de tensão, que podem causar estresse inesperado
Alguns ventiladores falham devido às suas próprias limitações e sobreaquecimento. É recomendada a inspeção regular para
TLJoUPJHZV\LSt[YPJHZV\X\HUKVVZZL\ZYVSHTLU[VZ[VYUHTZL detectar possíveis problemas.
Apoio
32

‹,U[YHKHKLÄS[YVZ!HZJVUKPsLZMxZPJHZH[\HPZLKVZWHYoTL[YVZ <TWSHUVZ}SPKVKLTHU\[LUsqVPKLU[PÄJHVZWYVISLTHZLYLK\a
Instalações em cargas de missão crítica

KVZ ÄS[YVZ KL LU[YHKH WYLJPZHT ZLY YL]PZHKHZ L PUZWLJPVUHKHZ 6 ZPNUPÄJH[P]HTLU[LVYPZJVKLMHSOH


ÄS[YVKLLU[YHKHHQ\KHHYLK\aPYHKPZ[VYsqVOHYTUPJH[V[HS;/+
a partir do UPS até a linha de entrada. No entanto, dependendo da 100
86
90

Perdas de carga por Unidade


X\HU[PKHKLKLY\xKVLSt[YPJVUHSPUOHKLLU[YHKHVÄS[YVWVKL[LU[HY 80
70
JVYYPNPYHKPZ[VYsqVOHYTUPJHWHYH[VKHHPUZ[HSHsqVJH\ZHUKVV 60
56

50
sobreaquecimento dos cabos. 40
23
‹ *VU[H[VYLZ! LSLZ WVKLT HJ\T\SHY \TH ÄUH WVLPYH L V\[YHZ 30
20
5 6
Z\IZ[oUJPHZYLZPZ[P]HZYLHSPaLHZPUZWLsLZLHSPTWLaHWHYHL]P[HY 10
0
falhas prematuras. 0 1 2 3 4+
Número de visitas de manutenção preventiva
‹ 9LStZ ZVSKHKVZ: eles podem passar despercebidos até uma
+VjÞGS®4IVHEWHIGEVKEHS4S[IV[EVI947IQVIPEpnSkWZMWMXEWHI
emergência ocorrer e mudar seu estado. As inspeções periódicas QERYXIRpnSTVIZIRXMZEVIEPM^EHEWRSERSERXIVMSV
podem detectar eventuais problemas antes que eles ocorram.
Minimizando as interrupções
‹4V[VVWLYHKVYLZ!LSLZKL]LTZLYPUZWLJPVUHKVZWHYH]LYPÄJHsqV
 (YX\P]VZ WLYKPKVZ V\ JVYYVTWPKVZ 4H\ M\UJPVUHTLU[V KL
do seu funcionamento antes que ocorra uma falha. Essa medida
hardware. A impossibilidade de acessar sistemas importantes que
pode ser feita durante a visita de rotina da manutenção preventiva.
]VJvWYLJPZH;VKHZLZ[HZJVUZLX\vUJPHZKLZHNYHKm]LPZ¶HWLUHZ
‹([\HSPaHsLZKLÄYT^HYL! as atualizações incorporam as últimas
uma pequena amostra dos possíveis resultados inesperados em
melhorias operacionais, por esse motivo, elas devem ser realizadas
caso de desligamentos não programados – podem ter um impacto
para garantir a compatibilidade com novos dispositivos e para
ZPNUPÄJH[P]VZVIYLHZ\HJHWHJPKHKLKLJVUK\aPYVZULN}JPVZ:LT
NHYHU[PY X\L V <7: LZ[LQH M\UJPVUHUKV UVZ TLSOVYLZ Ux]LPZ <T
mencionar o potencial de receitas perdidas e danos de reputação
técnico pode realizar estas atualizações durante a rotina de serviço.
no caso de mecanismo de serviço ao cliente, tais como compras
‹ 0U[LNYPKHKL KV :\WYLZZVY KL ;YHUZPLU[L KL :\Y[V KL ;LUZqV
VUSPUL ZPZ[LTHZ [LSLMUPJVZ V\ V\[YHZ MLYYHTLU[HZ KL ]LUKHZ
;=::!tPTWVY[HU[L]LYPÄJHYZLVZ]HYPZ[VYLZKL}_PKVTL[mSPJV
que se tornam indisponíveis para os clientes. Em muitos casos, a
46=LZ[qVM\UJPVUHPZLUqVLZ[qVJVTWYVTL[PKVZWLSVL_JLZZV
KPZ[oUJPHLU[YLVWLYxVKVKLPUH[P]PKHKLKVZPZ[LTHLVKLZHZ[YL
de transientes.
ÄUHUJLPYVtILTJ\Y[H
Apesar dos inúmeros componentes que compõem um UPS  5VLU[HU[V\TWSHUVLÄJHaKLTHU\[LUsqVWYL]LU[P]HWVKL
serem claramente suscetíveis a falhas, um plano de serviço de NHYHU[PYVHJLZZVH\THLULYNPHTHPZJVUÄm]LSKLTHPVYX\HSPKHKL
THU\[LUsqVWYL]LU[P]HNHYHU[LX\LLZ[HZWLsHZZLQHTL_HTPUHKHZ LTHPZLÄJHaLT[LYTVZKLJ\Z[VZ[\KVVX\LTPUPTPaHVZYPZJVZ
YLN\SHYTLU[LYLK\aPUKVKLMVYTHZPNUPÄJH[P]HVYPZJVKLWLYKHKL de período de inatividade e interrupção para o seu negócio.
carga, prolongando assim a longevidade total do seu UPS. Dependendo do tipo de contrato de manutenção escolhido, os
técnicos treinados podem até mesmo acompanhar o desempenho
Qual é o risco de falha do seu UPS? dos seus UPSs e diagnosticar problemas remotamente, bem como
 ;VKVZ VZ MHIYPJHU[LZ KL <7:Z \ZHT JVTWSL_VZ KPZWVZP[P]VZ YLZWVUKLYHZP[\HsLZKLLTLYNvUJPHLT\THIHZL_KPHZ
que realizam o condicionamento de energia crítica e funções por ano. De fato, se um período de inatividade incidente ocorrer e
YLK\UKHU[LZ WVYtT [VKVZ LZ[qV Z\QLP[VZ H MHSOHZ 5V LU[HU[V você tiver o contrato apropriado de serviço em vigor, o problema
por meio da aplicação de um amplo plano de serviço de WVKL ZLY JVYYPNPKV HU[LZ TLZTV X\L ]VJv ÄX\L JPLU[L KL X\L
manutenção preventiva, realizado por técnicos treinados havia um.
L JLY[PÄJHKVZ t WVZZx]LS YLK\aPY ZPNUPÄJH[P]HTLU[L H Z\H
vulnerabilidade a desligamento não programado da carga e Maximize o desempenho do seu UPS
prolongar a vida útil do seu UPS. A manutenção preventiva é fundamental para se conseguir
 6 .YmÄJV  PS\Z[YH JVTV H YV[PUH KL THU\[LUsqV WYL]LU[P]H o melhor desempenho do seu equipamento. As inspeções
YLK\a ZPNUPÄJH[P]HTLU[L H WYVIHIPSPKHKL KL \T L]LU[V KL ZPZ[LTm[PJHZVZ[LZ[LZLHSPTWLaHYLHSPaHKHWVY[tJUPJVZ[YLPUHKVZ
KLZSPNHTLU[VKHJHYNH7LSHYLHSPaHsqVKLPUZWLsLZZPZ[LTm[PJHZ NHYHU[LTX\LVZ]mYPVZJVTWVULU[LZTLJoUPJVZLLSL[YUPJVZKL
V WSHUV KL THU\[LUsqV WYL]LU[P]H HZZLN\YH X\L VZ ]mYPVZ \T<7:LZ[LQHTM\UJPVUHUKVUVZL\WV[LUJPHSTm_PTV8\HUKV
JVTWVULU[LZ TLJoUPJVZ L LSL[YUPJVZ KL \T <7: ZLQHT os problemas são detectados e reparados antes que evoluam para
cuidadosamente avaliados, limpos, testados e calibrados com WYVISLTHZZPNUPÄJH[P]VZ¶LT\P[HZ]LaLZJVTHS[VJ\Z[V¶ZL\<7:
regularidade. Sem a manutenção adequada, muitos UPSs irão é capaz de fornecer o nível de desempenho que você espera.
falhar prematuramente, uma vez que os componentes críticos, tais  6;LTWV4tKPV,U[YL-HSOHZ4;)-t\THTLKPKHYLJVUOLJPKH
como as baterias e os capacitores, sofrem o desgaste natural de uso. WLSHPUK‚Z[YPHZVIYLVJVTWVY[HTLU[VLHJVUÄHIPSPKHKLKVZPZ[LTH
Apoio

33

\[PSPaHVU‚TLYVLVZ[PWVZKLMHSOHZX\LVLX\PWHTLU[VQmLUMYLU[V\ preventiva regular amplia a vida tanto do UPS quanto de suas


LTHWSPJHsLZYLHPZJVTJmSJ\SVZX\LHZZ\TLTX\L\TZPZ[LTHt baterias. Em muitos casos, a duração da bateria é reduzida pela
"renovado" depois de cada falha e que é imediatamente devolvido metade sem períodos de serviço.
ao serviço. Um estudo recente de uma indústria sobre qualidade de Uma abordagem comum para avaliar o potencial de economia
energia determinou que, sem a manutenção preventiva regular, o associada à implementação de um plano de manutenção preventiva
4;)-KLZPZ[LTHZJYx[PJVZH\TLU[V\  é calcular o custo de período de inatividade de uma empresa. Esta
Ao implementar um plano abrangente de serviço de manutenção avaliação deve incluir os custos diretos e indiretos, tais como as
WYL]LU[P]H YLHSPaHKV WVY [tJUPJVZ [YLPUHKVZ L JLY[PÄJHKVZ ]VJv perdas de oportunidades de negócio, o custo de restabelecimento
WVKL YLK\aPY V U‚TLYV KL WLsHZ KL Z\IZ[P[\PsqV ULJLZZmYPHZ de servidores, pessoal parado e danos de reputação. Em algumas
LUX\HU[VHTWSPHZPNUPÄJH[P]HTLU[LH]PKH‚[PSKVZL\<7: aplicações, também se deve incluir o impacto em potencial sobre
a segurança. A maioria dos clientes com missão crítica é capaz de
Retorno sobre o investimento calcular a sua inatividade e os custos das oportunidades perdidas
Para muitas empresas, medir o retorno de investimento (ROI) devido a uma interrupção dos negócios. Proteger-se contra estes

KL\T<7:tZPTWSLZQmX\L\T‚UPJVL]LU[VKLPUH[P]PKHKLWVKL YPZJVZ t JHKH ]La THPZ PTWVY[HU[L Qm X\L HZ ZLN\YHKVYHZ L VZ
custar mais do que todo o investimento na compra de um sistema gestores de risco estão cada vez mais reconhecendo a gravidade
de UPS. Uma manutenção preventiva sólida não só reduz o risco dos danos em potencial.
de período de inatividade, mas também reduz o custo total do
WYVWYPL[mYPVH\TLU[HUKVH]PKHKVLX\PWHTLU[VLYLK\aPUKVVZ Pressupostos básicos do cenário do período de
custos de substituição. inatividade
O plano de manutenção do UPS prevê um seguro complementar +\YHsqVKHPU[LYY\WsqVOVYHZ"
para os seus equipamentos. Considerando o fato de que mesmo 5‚TLYVHML[HKVWLSHPU[LYY\WsqVWLZZVHZ"
o menor período de inatividade pode levar a milhares de reais *\Z[VTtKPVKVLTWYLNHKVWVYHUV"
perdidos, o investimento em um plano efetivo de manutenção 7LYKHKLWYVK\[P]PKHKL K\YHU[LHPU[LYY\WsqV"
WYL]LU[P]H PYm YHWPKHTLU[L WHNHY H ZP TLZTV HStT KL NHYHU[PY 4tKPHUVYTHSKLYLJLP[HZWVYKPH"
[YHUX\PSPKHKLHV\Z\mYPV  7LYJLU[\HS KL WLYKH KL YLJLP[H UqV YLJ\WLYm]LPZ K\YHU[L H
Décadas de experiência demonstram que a manutenção interrupção).
Apoio
34

Perda total de produtividade a integridade do seu UPS, incluindo:


7. Custo médio por hora de trabalho (com base em 40 horas
ZLTHUHPZ" ‹ 7YVNYHTH KL THU\[LUsqV WYL]LU[P]H WHYH H WHY[L LSL[YUPJH L
8. Custo médio do trabalhador por dia (baseado em oito horas por WHYHHIH[LYPH"
KPH" ‹ 9mWPKV H[LUKPTLU[V H LTLYNvUJPHZ WVY [tJUPJVZ [YLPUHKVZ UV
9. Perda da produtividade por empregado (por dia). LZWLJxÄJVTVKLSVKL<7:"
Perda total de receita ‹,Z[VX\LKLWLsHZ¸VUZP[L¹"
7LYKHKPmYPHKLYLJLP[HK}SHYLZ ‹ (JLZZV HV Z\WVY[L [tJUPJV L LUNLUOLPYV KL WYVQL[V K\YHU[L
WYVISLTHZNYH]LZ"
Perdas intangíveis ‹ 4VUP[VYHTLU[V YLTV[V UV[PÄJHsqV KL HSHYTL _ L YLZWVZ[H
9LW\[HsqVPUÅ\vUJPHK}SHYLZ" YmWPKHKV[tJUPJVLTJHTWV"
7LYKHWLYTHULU[LKLULN}JPVZK}SHYLZ" ‹ 9LJVTLUKHsLZZ\NLZ[LZ X\HU[V n Z\IZ[P[\PsqV KL WLsHZ

especialmente itens que desgastam mais rapidamente tais como


*VU[YH[VZWLUHSPKHKLZT\S[HZK}SHYLZ" IH[LYPHZLJHWHJP[VYLZ"
*VU[YH[VKLWYLZ[HsqVKLZLY]PsVZK}SHYLZ" ‹ ,U[LUKPTLU[V KV JPJSV KL ]PKH KV <7: KHZ WVZZPIPSPKHKLZ KL
6WVY[\UPKHKLWLYKPKHK}SHYLZ" L_WHUZqVLKVJ\Z[V[V[HSKVWYVWYPL[mYPV"
16. Outros. ‹ (JLZZV H LZWLJPHSPZ[HZ H[YH]tZ KV JHSS JLU[LY _ L [tJUPJVZ
SVJHPZ"
Custo total do período de inatividade (dólares) ‹)HUJVKLKHKVZKVZH[LUKPTLU[VZYLHSPaHKVZ
 (VTLKPYVYL[VYUVKVPU]LZ[PTLU[V960VKLZHÄVJVUZPZ[L Além disso, uma vez que as baterias duram de três a cinco
em maximizar a proteção minimizando os custos. Um plano HUVZ t M\UKHTLU[HS X\L LSHZ ZLQHT PUZWLJPVUHKHZ YLN\SHYTLU[L
LÄJHaKLTHU\[LUsqVWYL]LU[P]HPYmHQ\KmSVHYLHSPaHYVZKVPZ E, considerando o fato de que a falha de uma única bateria pode
causar falhas do UPS, o teste e a substituição da bateria, quando
,ZIVsVKL\TWSHUVLÄJHaKLTHU\[LUsqVWYL]LU[P]H ULJLZZmYPVt\TJVTWVULU[LM\UKHTLU[HSKL\TIVTWSHUVKL
 /m\THZtYPLKLTLKPKHZX\LZqVYLJVTLUKHKHZWHYHHZZLN\YHY manutenção de UPS, com muitos clientes optando pela manutenção
Apoio

35

preventiva bimestral de bateria do tipo VRLA ou a trimestral do tipo bem como as suas prioridades para operações contínuas.
de célula úmida. Por exemplo, quão flexível o seu funcionamento deve ser e
Uma nova tendência nos planos de manutenção de baterias VX\LtX\L]VJvJVUZPKLYHZLY\THYLZWVZ[HYmWPKH&:LYmUV
de UPS é posicionar o sistema de monitoramento de bateria para KPH ZLN\PU[L UV TLZTV KPH V\ LT K\HZ OVYHZ& +LWVPZ KL [LY
medir constantemente e relatar se qualquer bateria, em individual H]HSPHKV HZ Z\HZ ULJLZZPKHKLZ ImZPJHZ ]VJv WVKL WYPVYPaHY
LZ[mMVYHKHLZWLJPÄJHsqVKLMmIYPJH(VWLYTP[PYX\L\TWYLZ[HKVY qual o equipamento requer contratos de manutenção e qual o
KL ZLY]PsVZ X\HSPÄJHKV JVU[YVSL YLTV[HTLU[L VZ ZPZ[LTHZ KL nível de serviço é adequado.
bateria, as empresas ganham tranquilidade, pois os especialistas
estão observando e interpretando os dados constantemente. Ciclos de substituição de manutenção típica
Os relatórios de queda de carga dos clientes que pretendem  (Z KPYL[YPaLZ H ZLN\PY PYqV HQ\KmSV H KL[LYTPUHY V TLSOVY
monitorar a si mesmos geralmente revelam que o monitoramento período para substituição de diversos componentes do UPS:
não estava nem sendo visto ou foi mal interpretado. Os relatórios
de queda de carga mostram também que muitas vezes não houve Vida útil da bateria
um processo efetivo entre o alarme do estado da bateria e sua 7YVU[HWHYH\ZV! ;YvZHJPUJVHUVZWHYHHZIH[LYPHZ=93(
substituição no momento certo. (]PKH‚[PSKHIH[LYPHKLJtS\SH‚TPKH]HYPm]LS
Um bom plano de manutenção leva em consideração a *PJSVKL\[PSPaHsqV!JPJSVZLT KLKLZJHYNH
idade e o real desgaste de um UPS para determinar onde um 550 ciclos em 50% de descarga
dispositivo específico tem relação com a vida útil esperada. Ele 250 ciclos em 100% de descarga
[HTItTHQ\KHVJSPLU[LHWSHULQHYVZPU]LZ[PTLU[VZULJLZZmYPVZ *HWHJP[VYLZ! Inspecione anualmente. Substitua a cada sete anos ou
para substituição de itens como baterias ou capacitores, itens JVUMVYTLULJLZZmYPV
que os clientes também podem optar por inserir em um contrato
de manutenção. A manutenção estratégia também deve incluir Hot-Swap (Troca-Quente)
um entendimento de como uma organização é liderada, =LU[PSHKVYLZ! Substituível com unidade on-line se redundante ou
Apoio
36

LTI`WHZZ=LYPÄJHYHU\HSTLU[LZ\IZ[P[\PYHJHKHZL[LHUVZ
Instalações em cargas de missão crítica

;LYTPUHPZ KL JVUL_qV!  -SL_x]LPZ L TLJoUPJVZ PUZWLsqV ]PZ\HS


anual e térmica.
-PS[YVZKLHY!:\IZ[P[\PYHU\HSTLU[LV\JVUMVYTLULJLZZmYPV

Testes comuns de UPS para otimizar a


disponibilidade
As instalações de UPS de maior êxito, que são avaliadas pelo
sistema de utilidade ou tempo em atividade, incluem programas
KL THU\[LUsqV X\L ZqV YPNVYVZHTLU[L HWSPJHKVZ 5V oTIP[V KL
\TH LZ[YH[tNPH KL THU\[LUsqV LÄJHa LUJVU[YHZL \TH ZtYPL KL
[LZ[LZ M\UJPVUHPZ L ]LYPÄJHsLZ KL JVTWVULU[LZ X\L KL]LT ZLY
YLHSPaHKHZYLN\SHYTLU[L,ZWLJPÄJHTLU[L\T[LZ[LVWLYHJPVUHSV\
um grande evento de manutenção preventiva, em que o UPS passa
*MKYVE®*EPLEHS947HIZMHSkMRWIVpnSHIQEXIVMEPHMJIVIRXII
por todos os estados de seu funcionamento, deve ser realizado GSRHYXMZS
LUX\HU[V ZL TVUP[VYHT VZ WYPUJPWHPZ WHYoTL[YVZ VWLYHJPVUHPZ
tais como tensão, frequência, corrente e temperatura. Os seguintes
testes operacionais são típicos:

;YHUZMLYvUJPHWHYHI`WHZZLYL[VYUVHV<7:!,Z[L[LZ[L]LYPÄJHH
JOH]LLZ[m[PJHLH[YHUZMLYvUJPHWHYHI`WHZZTV[VVWLYHKVYKPZQ\U[VY
ou contator. O intervalo de teste deve ser, no mínimo, anual e pode
ser realizado com a carga no bypass de manutenção.
 Operação da bateria e retorno: às vezes associada à entrada
KL NY\WV TV[VY NLYHKVY .4. L n ]VS[H HV UVYTHS LZ[L [LZ[L t
normalmente realizado mensalmente e testa o UPS, o gerador e as
M\UsLZKHJOH]LKL[YHUZMLYvUJPHH\[VTm[PJH(;:
 (]HSPHsqV KH KP]PZqV KL JHYNH! LZ[L [LZ[L ]LYPÄJH HZ JHYNHZ LT
qualquer fase que se aproxima de 100%. Para limitar eventuais
*MKYVE®*EPLEEPIEXzVMEHIGSQTSRIRXI
sobrecargas, as cargas podem ser redistribuídas conforme
ULJLZZmYPV i PTWVY[HU[L UV[HY X\L X\HSX\LY \TH KHZ MHZLZ WVKL Conclusão
ser sobrecarregada e disparar um alarme inesperado ou uma Cada UPS contém componentes de vida limitada que devem
[YHUZMLYvUJPH TLZTV X\L HZ V\[YHZ K\HZ MHZLZ LZ[LQHT HWLUHZ ZLY Z\IZ[P[\xKVZ KL HJVYKV JVT HZ LZWLJPÄJHsLZ KV MHIYPJHU[L
levemente carregadas. 7HYH NHYHU[PY X\L LZ[HZ WLsHZ ZLQHT KL]PKHTLU[L J\PKHKHZ L WHYH
 9V[HsqV KL MHZL]LYPÄJHsLZ KL ÄHsqV UV SVJHS! LZ[L [LZ[L Z\IZ[P[\xSHZX\HUKVULJLZZmYPVHTHU\[LUsqVYLN\SHYtPTWVY[HU[L
PUZWLJPVUHVZHSHYTLZKLI`WHZZMVYHKVSPTP[LV\MHSOHZKLÄHsqV  <THLZ[YH[tNPHLÄJHaKLTHU\[LUsqVWYL]LU[P]HWVKLZLY\TH
no local que possam ter ocorrido como resultado de mudanças KHZ THPZ LÄJPLU[LZ TLKPKHZ LT [LYTVZ KL J\Z[VZ X\L ]VJv WVKL
UVYTHPZUHÄHsqVV\UHTHU\[LUsqV,Z[LZWYVISLTHZWVKLTWHZZHY tomar para assegurar a saúde do seu equipamento e do seu negócio.
imperceptíveis até uma transferência para bypass ser feita. (ZWYm[PJHZYLN\SHYLZKLTHU\[LUsqVTLSOVYHTKYHTH[PJHTLU[LH
 Ouvir os testes: um técnico experiente deve ouvir sons anormais da JVUÄHIPSPKHKLLVKLZLTWLUOVKV<7:LUX\HU[VX\LUV[H]LSTLU[L
operação, em particular arcos, ruído do rolamento do ventilador ou inibem o período de inatividade. A manutenção preventiva é um
problemas sincronizados, incluindo a procura de sons ou batidas de componente essencial de uma solução completa para manter as
frequências. Essas dicas sutis podem facilmente passar despercebida Z\HZYLKLZLZZLUJPHPZVWLYHUKVJVTKLZLTWLUOVTm_PTVKPHU[L
WLSVZ\Z\mYPVZUqVMHTPSPHYPaHKVZJVTVZZVUZKLHSLY[H KVZWYVISLTHZPULYLU[LZnTmX\HSPKHKLKHLULYNPHLSt[YPJH
 Reciclagem do operador: uma vez que a maioria das interrupções de
*FRANCISCO EDUARDO SALLES é engenheiro eletricista
energia é resultado de erro humano, deve ser dada atenção constante pela FESP e diretor de serviços da Eaton Corporation.
para garantir que todo o pessoal com acesso ao UPS e comutadores
Continua na próxima edição
associados tenham uma sólida compreensão do funcionamento do 'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
(ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
sistema e das consequências de quaisquer ações incorretas.
VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
Apoio
26
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo V

Compensação reativa em grandes


instalações e centros de dados
Por José Starosta*

A infraestrutura elétrica de alimentação de serem incorporados a estas instalações.


centro de dados de grandes proporções pode atingir Devido à presença das componentes harmônicas
níveis de potência instalada que superem valores da de corrente geradas pelos UPSs e pelos drivers dos
VYKLTKL4=(UqVZPNUPÄJHUKVJVU[\KVX\L sistemas de ar condicionado, bombas, elevadores e
a demanda elétrica atingirá esta ordem de grandeza. outros, poderá ocorrer o fenômeno da ressonância
Devido à necessidade de contingência de fontes, esta harmônica devido à presença dos capacitores do
demanda elétrica acaba por atingir valores menores sistema de compensação reativa. A ocorrência de
que 50% da potência instalada, da mesma forma que ressonância harmônica tem como consequência
o fator de utilização dos equipamentos e fontes. Em o aumento da distorção de tensão no barramento
outras palavras, o fator de utilização de equipamentos de alimentação das cargas (incluem-se os UPS),
WVKL ZLY TLUVY X\L   L ULT ZLTWYL VZ ÄS[YVZ impossibilitando a chave estática deste equipamento
instalados operam adequadamente. desempenhar o papel esperado e comprometendo
O centro de dados possui como cargas H JVUÄHIPSPKHKL KL VWLYHsqV KHZ JHYNHZ KL
típicas as chamadas “cargas de tecnologia de TI alimentadas pelos UPSs. Na sequência, são
informação” (ou “cargas TI”), que são as cargas de detalhadas cada uma destas etapas de um caso
informática (servidores), sistemas de comunicação e pesquisado e solucionado.
armazenamento, bem como sistemas de refrigeração
(ar condicionado) e cargas auxiliares, como +LÄUPsqVKL<7:
iluminação, algumas bombas, sistemas de segurança,  <TH KHZ WVZZx]LPZ KLÄUPsLZ WHYH \T
etc. A necessidade de compensação reativa por razões equipamento UPS (Uninterruptible Power Supply)
de melhoria da qualidade de energia e regulação de seria: “um equipamento que mantém a alimentação
tensão, isenção de cobrança de excedentes para elétrica de uma carga ou de um conjunto de cargas
as concessionárias, redução do carregamento dos mesmo quando a fonte de energia principal (em
transformadores e aspectos de redução das perdas/ geral, a concessionária) apresenta qualquer tipo de
LÄJPvUJPH LULYNt[PJH MHa ZPZ[LTHZ KL JVTWLUZHsqV falha ou anormalidade. O tempo de interrupção deve
de energia reativa baseado no uso de capacitores ser conhecido desde “sem nenhuma interrupção” até
Apoio

27

alguns ciclos, dependendo da tecnologia dos equipamentos. A


Figura 1 apresenta o esquema genérico de um UPS estático ( ) de
larga aplicação em centro de dados e que será objeto de aplicação
nos temas descritos na sequência. O UPS (parte esquerda da
-PN\YHtJVTWVZ[VWVY\TJVUQ\U[VKLYL[PÄJHKVYLPU]LYZVY
em série, sendo o ramo de interligação, associado a um sistema
de corrente contínua (carregador e baterias) que alimenta a carga
na falta ou irregularidade da alimentação principal. A autonomia
do sistema dependerá fundamentalmente destas baterias. O
UPS possui ainda em um segundo ramo de alimentação uma
chave estática que tem a função de transferir a carga para a
rede de alimentação quando a condição de saída do inversor
UqVtHKLX\HKHLLZ[HJHYHJ[LYxZ[PJHH\TLU[HZPNUPÄJH[P]HTLU[L
H JVUÄHIPSPKHKL KV ZPZ[LTH JVTV \T [VKV 5V JHZV PS\Z[YHKV
na Figura 1, o UPS recebe a mesma alimentação em AC para
VZ YHTVZ KV YL[PÄJHKVYPU]LYZVY L JOH]L LZ[m[PJH V\ I`WHZZ
Existem ainda diversas topologias para interligação de UPS entre
si, de forma a garantir o aumento de disponibilidade.

+PZ[VYsqVOHYTUPJHKVZ<7:
A distorção harmônica da corrente de entrada dos UPS
KLWLUKLYm KH [LJUVSVNPH KV YL[PÄJHKVY L ZLN\L H YLNYH
dos conversores trifásicos “h = kp ± 1”, em que “h” são as Figura 1 – UPS estático e alimentação de cargas de missão crítica.
harmônicas presentes, “p” é o número de pulsos do conversor Fonte: Eaton.
Apoio
28
Instalações em cargas de missão crítica

e “k” um número inteiro a partir de 1. Assim, se o UPS for


JVUZ[Y\xKV JVT YL[PÄJHKVY KL  W\SZVZ LZ[HYqV WYLZLU[LZ
as harmônicas de ordens 5ª, 7ª, 11ª, 13ª, etc. e a distorção
harmônica total de corrente (DTI) será da ordem de até 30%. Se
V<7:MVYJVUZ[Y\xKVJVTYL[PÄJHKVYKLW\SZVZHZJVYYLU[LZ
harmônicas presentes serão a partir da 11ª harmônica (11ª,
¡ ¡ ¡ L[J JVT +;0 LU[YL   L  ( [LJUVSVNPH
KL<7:X\LWVZZ\PYL[PÄJHKVYJVUZ[Y\xKVJVT0.);[LJUVSVNPH
PWM) tem baixa distorção harmônica de corrente com valores
*MKYVE®)WUYIQEWMQTPMÞGEHSHIYQEJEWIHEGLEZIIWXjXMGE*SRXI
menores que 5% de DTI.
&IRXPI]&SRH®8LI947,ERHFSSO

:PUJYVUPaHsqVKVI`WHZZ¶JOH]LLZ[m[PJH +LZJYPsqVKHPUZ[HSHsqVLSt[YPJHVUKLVZ<7:ZMVYHT
 (-PN\YHPS\Z[YHHVWLYHsqVKV¸YHTVKLI`WHZZ¹JVT PUZ[HSHKVZ
o suprimento de energia para a carga pelo inversor ou pela O sistema a ser analisado é representado na Figura 3,
chave estática (rede). A chave estática possui duas entradas em que se pode observar a alimentação de dois barramentos
(rede e inversor). Na alimentação das cargas pelo inversor, os redundantes alimentados por transformadores independentes
:*9Z  L  KL]LYqV LZ[HY HILY[VZ LUX\HU[V VZ :*9Z  L  ;9 L ;9 L JVU[PUNLUJPHKVZ WVY ZPZ[LTH PUKLWLUKLU[L
deverão ser mantidos fechados. No instante em que o sistema formado por geradores de emergência, de forma que na falta
nota alguma falha (por exemplo, sobrecarga, sobre/subtensão de alimentação de um dos barramentos pela fonte principal
no inversor, ou ainda problemas no circuito de corrente os geradores alimentam um ou ambos os barramentos, após o
contínua), a situação é invertida com tempo de interrupção tempo típico de manobra, da ordem de dezenas de segundos.
YLZ[YP[HUVTm_PTV›ZTHU[LUKVZLHWHY[PYKVÄUHSKH Os dois barramentos alimentam de forma “espelhada” os UPSs,
manobra a carga alimentada pela rede. No caso de outros os sistemas de ar condicionado e outras cargas do centro de
tipos de transferências (como a transferência manual), a dados. As cargas de tecnologia de informação são alimentadas
transferência conhecida como “make-before-break” mantém WLSVZ<7:ZJVT\THWHY[PJ\SHYPKHKLX\LQ\Z[PÄJHLZ[LLZ[\KV
as duas fontes operando durante alguns instantes alimentando
a carga. Como existe um paralelismo momentâneo, as duas
entradas deverão estar sincronizadas, ou seja, a qualquer
instante, o UPS poderá decidir por qual fonte a carga crítica
estará sendo alimentada. Caso as duas fontes não estejam em
sincronismo, o controle da chave estática não poderá permitir
a transferência.
O fabricante do equipamento informa os limites de
tolerância para que ocorra o sincronismo e, apesar da rede
de alimentação da concessionária poder apresentar bons
indicadores de qualidade de energia, ele pode não ocorrer
quando a fonte principal são os geradores de emergência que
não possuem regulação de tensão igual a rede. A situação pode Figura 3 – Esquemático da instalação em análise.
se tornar dramática considerando que o sincronismo deve
existir em todas as circunstâncias, incluindo os momentos de Cada bloco de carga TI possui dupla alimentação e chaves
“degraus de carga” que tendem a desestabilizar a frequência de estáticas (sem nenhum vínculo àquelas citadas que incorporam os
saída do inversor. UPS) mantém uma das fontes alimentando as cargas, de forma que
Outro ponto crucial é que as próprias cargas de tecnologia todo o sistema de alimentação é duplo e contingente. Em outras
de informação (TI) alimentada pelo UPS são distorcidas com palavras, cada um dos blocos de cargas de TI é alimentado por uma
fator de crista de até 3:1 e a distorção de tensão na saída do fonte determinada e no caso de esta fonte apresentar má condição
inversor em carga, deve ser próxima que a da chave estática de operação, a chave estática transfere a alimentação sem prejuízo a
(rede) sem carga. Em resumo, os limites de diferença da carga. O dimensionamento de cada um dos transformadores e UPS
tensão de saída do inversor e a tensão presente na entrada da considera a capacidade em absorver os 100% da carga, apesar de
chave estática são bastante restritos e se não atendidos podem operarem com carga máxima de 50% em condições normais. Tal
comprometer a transferência, comprometendo a operação condição também foi observada no dimensionamento do banco de
JVUÄm]LSKHJHYNH capacitores para a compensação reativa.
Apoio
30

6JVYYvUJPHKLTmVWLYHsqV
Instalações em cargas de missão crítica

sensivelmente reduzidas, tendo esta última atingido valores da


Sistemas elétricos com esta concepção são também chamados ordem de 5%. A Figura 8 apresenta o detalhe do comportamento
de “no-stop”, uma vez que as rotinas de manutenção podem da distorção total de tensão.
ser efetuadas com as cargas operando normalmente e sem
interferência na operação do “site”. O que se observou, contudo,
é que, durante uma destas manobras, em que todas as cargas são
transferidas para um dos barramentos, enquanto os componentes
do outro sistema eram submetidos às rotinas de manutenção, foi
a perda de sincronismo da chave estática do UPS que alimentava
toda a carga e uma falha do inversor nesta situação seria fatal, pois
a carga não seria transferida para a rede devido à desabilitação da
transferência pelo controle da chave estática. Diante deste fato, a
LX\PWLKLVWLYHsqVKV¸ZP[L¹KLÄUP\WLSHWLZX\PZHHZYHaLZKH
falha de transferência.

‹;LZ[LZKLVWLYHsqVLTLKPsLZLSt[YPJHZ *MKYVE®6IKMWXVSHIXIRWnSHIJEWIREVIHI

 (ÄTKLZL]LYPÄJHYVX\LLZ[HYPHVJVYYLUKVMVYHTWYVNYHTHKHZ
transferências de carga da mesma forma que a operação efetuada
durante os serviços de manutenção, isto é, foram transferidas as
cargas para somente um dos sistemas. Simultaneamente foram
efetuadas as medições das variáveis elétricas, notadamente, as
distorções harmônicas e formas de onda das tensões e correntes.
Foram efetuadas medições na rede (secundário do transformador)
e no banco de capacitores ligados ao mesmo barramento.

‹4LKPsLZUHYLKL
 6NYmÄJVKH-PN\YHHWYLZLU[HVJVTWVY[HTLU[VNLYHSKHZ
variáveis elétricas durante as variações de carga e de injeção de *MKYVE®4SXsRGMEVIEXMZEGSRWYQMHETSVJEWI
potência reativa pelo banco de capacitores. No instante em que o
IHUJVKLJHWHJP[VYLZtKLZSPNHKVUVÄUHSKHTLKPsqVVIZLY]HZL
H ZPNUPÄJH[P]H YLK\sqV KH KPZ[VYsqV KL [LUZqV PUKPJHUKV H
ocorrência de ressonância harmônica com a presença do banco
de capacitores na rede.
As medições são pormenorizadas nas Figuras 5 a 8. Observa-se,
UVÄUHSKVWLYxVKVKHTLKPsqV\TJVUZ\TVKLWV[vUJPHYLH[P]H
total no transformador da ordem de 900 kvar (300 kvar por fase)
- banco de capacitores desligado. Nesta situação, a tensão é
YLK\aPKHKL=WHYH=[LUZLZKLMHZLV\ =L
V (tensões de linha). As distorções totais de corrente e tensão são
Figura 7 – Registros de DTT e DTI.

*MKYVE®'SQTSVXEQIRXSHEWZEVMjZIMWIPqXVMGEWREVIHI *MKYVE®(MWXSVpnSLEVQ|RMGEXSXEPHIXIRWnS
Apoio

31

E s p e c tr o d e c o r r e n te s e te n s õ e s h a m ô n ic a s
As medições efetuadas nos capacitores simultaneamente
car g a m áx im a - 1 7 S T S
às da rede confirmam a ocorrência da ressonância,
L1 L2 L3 M in M ax

conforme ilustrado na Figura 11. Observa-se a circulação


2000
de correntes harmônicas nos capacitores em função da
Amperes

1000

0 carga e dos grupos inseridos automaticamente. A distorção


500
de corrente atinge valores da ordem de 75%. Durante a
250
Volts

operação de cargas e a consequente variação da potência


0
H a rm o n i c s
reativa injetada pelos bancos de capacitores, o espectro
1 3 5 7 9 11 13 15
C u r re n t L 1 2 5 4 6 ,5 2 2 ,3 8 6 ,8 2 0 ,6 8 5 2 ,7 2 0 ,0 1 7 2 ,3 2 3 ,0 6 8 ,6 1 9 ,2 2 6 ,0 1 7 ,5 3 4 ,9 1 4 ,7 1 5 ,2 1 0 ,1
C u r re n t L 2
C u r re n t L 3
2 6 1 2 ,8
2 5 7 0 ,0
3 6 ,4
3 4 ,7
9 1 ,6
1 9 1 ,4
3 2 ,5
3 0 ,8
7 4 9 ,7
7 9 0 ,4
3 5 ,5
2 7 ,0
4 0 6 ,5
3 9 9 ,4
3 4 ,2
2 7 ,5
7 1 ,1
7 0 ,2
2 7 ,0
2 4 ,9
4 0 ,8
6 4 ,2
2 2 ,8
2 1 ,1
5 0 ,7
5 1 ,3
1 7 ,9
1 6 ,3
2 3 ,3
3 0 ,7
1 2 ,3
1 1 ,9
das harmônicas também variou em função da mudança da
M in 2 5 3 1 ,3 2 0 ,2 8 4 ,2 1 6 ,5 7 4 6 ,2 1 9 ,6 1 5 7 ,3 2 1 ,3 6 7 ,1 1 8 ,2 2 6 ,0 1 6 ,7 3 4 ,6 1 4 ,1 1 4 ,5 9 ,9
M ax 2 6 1 8 ,1 3 8 ,9 1 9 4 ,6 3 5 ,3 8 6 7 ,6 3 6 ,2 4 0 9 ,9 3 4 ,2 7 3 ,1 2 8 ,7 6 6 ,4 2 3 ,2 5 2 ,5 1 8 ,4 3 1 ,4 1 3 ,1
L 1 2 V o l ta g e
L 2 3 V o l ta g e
L 3 1 V o l ta g e
4 7 1 ,1
4 7 8 ,3
4 7 8 ,0
0 ,2
0 ,2
0 ,1
2 ,3
2 ,8
1 ,9
0 ,4
0 ,3
0 ,1
5 3 ,4
5 0 ,8
5 8 ,2
0 ,1
0 ,2
0 ,2
2 0 ,5
3 4 ,9
2 8 ,7
0 ,2
0 ,2
0 ,0
1 ,3
0 ,8
0 ,8
0 ,2
0 ,0
0 ,0
5 ,5
5 ,8
2 ,9
0 ,0
0 ,0
0 ,1
1 ,8
1 ,7
1 ,0
0 ,0
0 ,0
0 ,0
0 ,2
0 ,1
0 ,1
0 ,0
0 ,0
0 ,1
frequência de ressonância.
M in 4 7 0 ,7 0 ,0 1 ,9 0 ,1 5 0 ,3 0 ,0 1 9 ,2 0 ,0 0 ,7 0 ,0 2 ,7 0 ,0 0 ,8 0 ,0 0 ,0 0 ,0
M ax 4 7 9 ,3 0 ,4 3 ,1 0 ,5 5 9 ,5 0 ,5 3 5 ,2 0 ,3 1 ,8 0 ,2 5 ,9 0 ,1 2 ,0 0 ,2 0 ,4 0 ,1

*MKYVE®'SVVIRXIWIXIRW~IWLEVQ|RMGEWGEVKEQj\MQE

*MKYVE®)WTIGXVSHIGSVVIRXIWIXIRW~IWLEVQ|RMGEWRSFERGSHI
*MKYVE®*SVQEWHISRHEHIGSVVIRXIIXIRWnSGEVKEQj\MQE GETEGMXSVIWGEVKEQj\MQE(IXEPLIHEJSVQEHISRHEGSVVIWTSRHIRXI
Apoio
32

(ZWLJ[VZKHMYLX\vUJPHKLYLZZVUoUJPH
Instalações em cargas de missão crítica

a substituição para um novo sistema de compensação de


A inserção de capacitores em redes elétricas que energia reativa dotado de sistema antirressonante. Esta última
HSPTLU[HT JHYNHZ UqV SPULHYLZ JVTV VZ <7:Z KL  W\SZVZ VWsqVMVPHKV[HKHLTM\UsqVKVH\TLU[VKLJVUÄHIPSPKHKL
incorrerá em ressonância harmônica. No entanto, os menor custos e incremento na qualidade de energia, além da
geradores podem apresentar má operação na alimentação solução para a ressonância com a isenção de transientes de
de cargas capacitivas. Esta segunda situação foi evitada, manobra dos capacitores, uma vez que o novo banco previa
uma vez que, durante a operação dos geradores, um a construção com manobra estática com controle digital. A
comando elétrico restringe o uso do banco de capacitores. -PN\YH  HWYLZLU[H V UV]V JVTWVY[HTLU[V KHZ ]HYPm]LPZ
Já a análise da ressonância harmônica (paralela) apresenta elétricas, em que se pode observar que a injeção de energia
VZYLZ\S[HKVZPS\Z[YHKVZUH-PN\YH reativa causa (ao contrário da situação anterior) a redução
da distorção de tensão em função do dimensionamento e
KV JVTWVY[HTLU[V KV ÄS[YV 3* 5H TLKPsqV HWYLZLU[HKH
são injetados valores da ordem de 800 kvar a 900 kvar e
a distorção harmônica de tensão é reduzida de 8% para
  5LZ[H ZP[\HsqV H JOH]L LZ[m[PJH KV <7: t THU[PKH
sincronizada com a saída do inversor. A Figura 13 indica que,
para qualquer composição de injeção reativa, a frequência
de ressonância é sempre a mesma, condição premissa no
dimensionamento dos reatores.

*MKYVE®%ZEPMEpnSHEVIWWSRlRGMETEVEPIPE

A estimativa da ressonância paralela considerando a


injeção de potência reativa com alguns dos estágios do banco
de capacitor automático apresenta valores coincidentes
com aqueles característicos das correntes harmônicas do
UPS. Esta situação apresenta uma potencial ressonância
Figura 13 – Medições após a instalação do compensador estático de
harmônica nestas frequências. O que se observa é que, em IRIVKMEVIEXMZE
regime de carga leve (reduzida injeção de potencia reativa
pelo banco de capacitores), a ressonância harmônica ocorre
em frequências superiores (acima da 13ª harmônica) em que
as correntes harmônicas das cargas não são expressivas. Já no
instante em que a carga aumenta e o banco de capacitores
injeta a energia reativa necessária à compensação, a
frequência de ressonância é reduzida a valores típicos
das correntes harmônicas presentes em clara situação de
ressonância harmônica. Nesta situação de ressonância, a
tensão harmônica é sensivelmente incrementada motivando
a perda de sincronismo pela chave estática do UPS, como
]LYPÄJHKV UV NYmÄJV KH -PN\YH  LT X\L ZL VIZLY]H V
simples desligamento do banco de capacitores, reduzindo a
*MKYVE®'SQTSVXEQIRXSHEJVIUYsRGMEHIVIWWSRlRGMEGSQE
distorção de tensão a valores aceitáveis.
instalação de sistema antirressonante.

:VS\sqV!JVTWLUZHsqVYLH[P]HJVTZPZ[LTH O sistema de compensação de energia reativa tempo


HU[PYYLZZVUHU[L real instalado tem por premissa de operação a manobra
As possíveis soluções para o caso seriam a mudança da KL NY\WVZ KL JHWHJP[VYLZ V\ NY\WVZ KL ÄS[YVZ 3* WVY TLPV
estrutura elétrica de forma a evitar a ressonância, a reforma de dispositivos de manobra estática, que são operados
KVIHUJVKLJHWHJP[VYLZHHX\PZPsqVKLÄS[YVH[P]VV\HPUKH individualmente ou em grupos. O equipamento (Figuras
Apoio
34

LtJVTWVZ[VWVYNY\WVZKLPUK\[VYLZLJHWHJP[VYLZ
Instalações em cargas de missão crítica

de sistemas estáticos de compensação reativa dependem do


manobrados por chaves estáticas que são acionadas por conjunto controlador e de elementos de manobra não sendo
controlador digital ultrarrápido e sistema de proteção com proporcionais às potências reativas como os equipamentos
fusíveis ou disjuntores. Em função da aplicação, a manobra convencionais. Os custos são também inversamente
dos grupos pode ser feita em até um ciclo. Outras vantagens proporcionais à tensão para a mesma potência reativa
destes sistemas são a melhor regulação de tensão, sobretudo UVTPUHS L ZqV KL   H   Z\WLYPVYLZ HVZ KVZ ÄS[YVZ
para as cargas industriais de rápida variação. manobrados por contatores.

*VUJS\ZqV
 )HUJVZ KL JHWHJP[VYLZ JVU]LUJPVUHPZ ZLT ZPZ[LTHZ
antirressonantes em instalações elétricas onde cargas não
lineares (que geram harmônicas) estão instaladas podem
operar em condições não adequadas; a situação dependerá
do regime de carga que indiretamente acionará a operação
dos capacitores. Em outras palavras, um sistema poderá
operar adequadamente por longos períodos, até que, por
alguma razão, o regime de injeção de energia reativa venha
a ser variado, podendo ocorrer, nesta situação, condições
*MKYVE®'SQTIRWEHSVIWHIIRIVKMEVIEXMZEMRWXEPEHSRSGIRXVSHI típicas de ressonância harmônica.
HEHSW®\OZEV:
No caso estudado, a transferência de toda a carga para
uma das fontes condicionou a injeção de energia reativa
pelo banco de capacitores de forma atípica, onde se
notou a ocorrência de ressonância harmônica, inibindo a
transferência na chave estática do UPS.
A solução encontrada foi a substituição dos capacitores
por um compensador estático de energia reativa dotado de
reatores antirressonantes e manobra digital estática isenta de
transientes. Ainda as cargas TI (tecnologia de informação)
alimentadas pelos UPSs são sensíveis a variações da qualidade
KH LULYNPH L H J\Y]H 0;0* KLÄUL VZ WHYoTL[YVZ HJLP[m]LPZ
quanto a desvios da tensão nominal e tempos associados.
A sensibilidade aos fenômenos de qualidade de energia e à
isenção de transientes promovida pelo novo equipamento é
um ponto importante a ser tratado. A compensação reativa
*MKYVE®(IXEPLIHSWVIEXSVIWIGETEGMXSVIWIEWGLEZIWIWXjXMGEWRE tempo real é uma ferramenta interessante, sendo capaz de
parte superior.
reduzir perdas elétricas, operacionais e de produção, sendo
VPU]LZ[PTLU[VWSLUHTLU[LQ\Z[PÄJHKV6\ZVKLJHWHJP[VYLZ
A lógica de operação do equipamento depende do citado
em instalações elétricas sem a consideração e tratamento de
controlador que, em função das informações das condições
determinadas condições operacionais o tornam nocivos a tal
da carga e da rede, controla a manobra adequada dos
ponto de ser melhor a sua não utilização.
NY\WVZKLJHWHJP[VYLZV\JVTIPUHsLZKLÄS[YVZ3*5LZ[H
situação é manobrada (inserida e desligada) a combinação
9LMLYvUJPHZ
de grupos mais adequada à compensação reativa. O
‹ :;(96:;( 1VZt *VTWLUZHsqV LZ[m[PJH KL LULYNPH YLH[P]H [LTWV
equipamento não possui limitações quanto à manobra dos
YLHS L VZ HZWLJ[VZ KL X\HSPKHKL KL LULYNPH WYVK\[P]PKHKL YLK\sqV KL
capacitores, não sendo necessário esperar que os capacitores
WLYKHZLSt[YPJHZYLK\sqVKLPU]LZ[PTLU[VZLTPUMYHLZ[Y\[\YHLPZLUsqVKL
descarregarem para voltarem a serem inseridos (como nos
JVIYHUsHZKLL_JLKLU[LZKLLULYNPHYLH[P]HLTJHYNHZKLJPJSV]HYPm]LS
sistemas convencionais). De forma a manter os capacitores *)8,,:HU[VZ
dos grupos sendo utilizados por períodos semelhantes e com ‹),5;3,@")VUK;OL<7:/HUKIVVR
o objetivo de preservação da vida útil, é possível que se ‹ +,<: 4 / (YH‚QV KL *OH]L LZ[m[PJH KL [YHUZMLYvUJPH LZ[\KV L
estabeleça a rotina, chamada de “scan”, com o revezamento ZVS\sLZKLJHZVZMVJHKVZUHJVU[PU\PKHKLKLMVYULJPTLU[VLH\TLU[VKH
de grupos alternados em situação de baixa carga, em função JVUÄHIPSPKHKLKVZPZ[LTH+PZZLY[HsqVTLZ[YHKV<-4.
da citada inexistência de limitações das manobras. Os custos ‹ +<.(5 9VNLY *" 4*.9(5(./(5 4HYR -" ),(;@ / >H`UL
Apoio

35

,SLJ[YPJHSWV^LYZ`Z[LTZX\HSP[` KLJHZVZWYm[PJVZ9L]PZ[H,SL[YPJPKHKL4VKLYUHTHY 
‹+0(:.\PSOLYTL(SMYLKV+LU[aPLU/HYTUPJHZLTZPZ[LTHZPUK\Z[YPHPZ ‹ :;(96:;( 1VZt *VTWLUZHsqV KL LULYNPH YLH[P]H LT PUZ[HSHsLZ KL
‹0,,, 9LJVTTLUKLK7YHJ[PJLMVY4VUP[VYPUN,SLJ[YPJ7V^LY8\HSP[` NYHUKLWVY[L9L]PZ[H,SL[YPJPKHKL4VKLYUHQ\S
‹0,,,  9LJVTTLUKLK7YHJ[PJLZHUK9LX\PYLTLU[ZMVY/HYTVUPJ ‹ :;(96:;( 1VZt 4HZ HÄUHS WHYH X\L ZLY]LT VZ JHWHJP[VYLZ LT
*VU[YVSPU,SLJ[YPJHS7V^LY:`Z[LTZ PUZ[HSHsLZLSt[YPJHZKL);9L]PZ[H6:L[VY,St[YPJVML]THPVQ\U
‹ 0,,, 9LJVTTLUKLK 7YHJ[PJL MVY 7V^LYPUN HUK .YV\UKPUN ‹ :;(96:;( 1VZt 8\HSPKHKL KL LULYNPH UVZ WYVJLZZVZ PUK\Z[YPHPZ L
,SLJ[YVUPJ,X\PWTLU[ WYVK\[P]PKHKL9L]PZ[H6:L[VY,St[YPJVV\[
‹0,,, 9LJVTTLUKLK7YHJ[PJLMVY,SLJ[YPJ7V^LY+PZ[YPI\[PVUMVY ‹-9,0;(:195VZVY":;(96:;(1VZt(WSPJHsqVKLJVTWLUZHsqVYLH[P]H
0UK\Z[YPHS7SHU[Z LT[LYTPUHSKLJVU[vPULYLZ9L]PZ[H,SL[YPJPKHKL4VKLYUHHIY
‹ 5PaLTISH[ 7VS ¶ ,3:7,*" .LULYHS 6]LY]PL^ VM /HYTVUPJZ PU 7V^LY ‹65:¸:\IT}K\SV¹7HKYLZKL+LZLTWLUOVKH9LKL)mZPJH
5L[^VYRZ^P[O7-**HWHJP[VYZ ‹,SZWLJ3[K,X\HSPaLYJVU[YVSZ]VS[HNLSL]LSZHUKKPMMLYLU[WHYHTL[LYZ
‹469,56/PS[VU":;(96:;(1VZt(WVZ[PSHKLJ\YZVOHYTUPJHZLT ^PUWV^LYHWWSPJH[PVUZ
PUZ[HSHsLZLSt[YPJHZ)HYYL[V,UNLUOHYPH ‹O[[W!^^^IYHZPSNV]IYUH]LN\LFWVYHWSPJH[P]VZYLMVYTHVY[VNYHÄJH
‹ :[HYVZ[H 1VZt(]HSPHsqV KL WLYKHZ UHZ PUZ[HSHsLZ LSt[YPJHZ PUK\Z[YPHPZ
,ULYZOV^
*JOSÉ STAROSTA É engenheiro eletricista pela Escola
‹(sqV,UNLUOHYPHL0UZ[HSHsLZ3[KH9LSH[}YPVZ[tJUPJVZKLTLKPsLZKL
de Engenharia Mauá e mestre em engenharia pela
WHYoTL[YVZLSt[YPJVZ Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
‹ (sqV ,UNLUOHYPH L 0UZ[HSHsLZ 3[KH :PZ[LTHZ KL *VTWLUZHsqV KL (USP). É diretor de engenharia da Ação Engenharia
,ULYNPH9LH[P]H e Instalações e atual presidente Associação
Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação
‹ ,SZWLJ 3[K -HZ[ YLZWVUZL [YHUZPLU[ MYLL YLHJ[P]L WV^LY JVTWLUZH[PVU
de Energia (Abesco). É membro do IEEE e autor de
Z`Z[LTZ diversas publicações técnicas relacionadas aos
‹>6+90*29\K`;*VTWLUZH[PVUZ`Z[LTZMVY^LSKPUNHWWSPJH[PVUZ assuntos de interesse.
‹(5,,3¶9LZVS\sqVU Continua na próxima edição
‹(5,,3¶TVK\SV¶7YVKPZ[ 'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
(ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
‹:;(96:;(1VZt+PZ[VYsLZOHYTUPJHZ!L]VS\sqVOPZ[}YPJHLH]HSPHsqV
VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
Apoio
28
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo VI

UPS estático Parte 1


Por Luís Tossi e Lincolm Menezes*

Este e o próximo artigo têm o objetivo de A eletrônica de potência era incipiente, bem
passar uma ideia clara e concisa sobre o uso e a como a eletrônica digital, com o surgimento
aplicação de UPS em instalações críticas. Iniciemos de semicondutores de potência e de circuitos
com uma breve apresentação histórica da evolução integrados e híbridos. Desta combinação surgiram
tecnológica deste equipamento, chegando a alguns os primeiros modelos de UPSs estáticos.
conceitos básicos sobre a topologia dos produtos Estes UPSs eram caros, ineficientes (em termos
disponíveis no mercado. de geração de perdas elétricas), porém bastante
Inicialmente, nos ateremos aos UPSs YVI\Z[VZ*VTYLSHsqVHVZ<7:Z[YPMmZPJVZOH]PH
estáticos, pois são os que dominam o mercado apenas os UPSs funcionando com retificadores
de condicionamento de energia. Entretanto, UPSs H :*9Z UH JVUMPN\YHsqV KL  V\  W\SZVZ
rotativos e tecnologias mais modernas e alternativas baterias ventiladas de chumbo ácido (ou chumbo
como células a combustível e Fly-wheel não serão JmSJPVLPU]LYZVYLZ[HTItTJVTWVZ[VZKL:*9Z
abordadas neste capítulo. (em que existia a necessidade de apagamento
Até meados dos anos 1970, quando a eletrônica dos tiristores principais).
de potência e o uso de computadores ainda
engatinhavam, a única tecnologia disponível Topologias de UPSs estáticos
no mercado mundial para a manutenção do  6 [LYTV [VWVSVNPH UH LUNLUOHYPH ZPNUPÄJH
suprimento de energia elétrica para estas cargas a disposição lógica dos elementos. Isso resulta
eram os UPSs rotativos (não como são conhecidos na forma como os equipamentos funcionam
agora). Estes aparelhos utilizavam-se de geradores WHYH H[LUKLY n Z\H ÄUHSPKHKL 6 [LYTV <7:
diesel acoplados a alternadores de energia por meio <UPU[LYY\W[PISL 7V^LY :\WWS` ZPNUPÄJH H MVYTH
de um volante de inércia, que mantinha a energia construtiva e seu princípio de operação.
ativa para a carga em caso de falha de energia. No mercado comercial de UPS, podemos dizer
 ,Z[H [LJUVSVNPH LYH JHYH L PULÄJHa *VT V que existem três topologias de UPS, sendo:
despertar de uma indústria de informática, fazia-se
necessário o surgimento de equipamentos capazes - UPS off line;
de manter os computadores funcionando evitando - UPS line interative;
danos físicos e paradas dos sistemas. - UPS online dupla conversão.
Apoio

29

Todos os produtos disponíveis no mercado empregam uma carga alimentada. A forma de onda gerada normalmente é
dessas três topologias básicas para operar e manter as cargas quadrada ou trapezoidal, ou até mesmo senoidal.
críticas operando. Esta topologia é a mais barata de todas, pois o ramo
 6<7:VMMSPULtVTHPZZPTWSLZKL[VKVZ(Z-PN\YHZL da eletrônica de potência é dimensionado para funcionar
mostram os diagramas de blocos deste modelo. apenas durante uma falha de energia. Usualmente, este tipo
é empregado apenas no mercado doméstico e de pequenos
negócios, por se tratar de um equipamento bastante simples e
WV\JVLÄJHa
O princípio de operação do UPS line interative é
basicamente o mesmo, com algumas diferenças que o tornam
Figura 1 – Diagrama do modelo de UPS off line. THPZJVUÄm]LSLJVTWSL_V

Figura 2 – Diagrama de bloco do modelo de UPS off line.


Figura 3 – Diagrama de blocos de um UPS line interative.
No diagrama de blocos, podemos notar que a carga é
alimentada diretamente pela energia proveniente da rede
LSt[YPJHHX\HS[HTItTHSPTLU[H\TWLX\LUVYL[PÄJHKVYX\L
tem a função de manter um banco de baterias carregado.
 5HMHS[HKHYLKLLSt[YPJH-PN\YHHJOH]LKLZHxKHJVT\[H
em um período menor que 8 ms para o ramo do inversor, que
passa a chavear a energia contida nas baterias e a manter a Figura 4 – Diagrama de blocos de um UPS line interative.
Apoio
30
Instalações em cargas de missão crítica

Nota-se que a carga também é alimentada pela energia frequência reguladas.


proveniente da rede elétrica, porém não de forma direta. Esta  5H X\LKH KL LULYNPH -PN\YH  HZ IH[LYPHZ LU[YHT LT
energia passa por um tratamento por meio de um regulador de descarga, mantendo a carga alimentada.
[LUZqVLKLÄS[YVZ3* Este tempo é limitado em função da potência elétrica
A rede também mantém a bateria carregada e o inversor armazenada nas baterias e é um dos parâmetros básicos
pronto para trabalhar. Quando a energia comercial (Figura 4) para o dimensionamento do UPS.
acaba ou sai de tolerância, a chave de transferência comuta, Nota-se que, seja em qual for o regime (normal ou
passando a alimentar a carga pelo inversor. Esta energia emergência), a carga é sempre alimentada por uma energia
WYV]LUPLU[L KHZ IH[LYPHZ t PU]LY[PKH WHYH LULYNPH(* ZLUVPKHS limpa, sem qualquer tipo de anomalia elétrica e sempre
e passa a alimentar a carga. Normalmente este tempo de regulada em tensão e frequência.
comutação vai de 4 ms a 8 ms. O UPS dupla conversão é o tipo mais caro disponível
Nota-se que a topologia line interative já é um UPS mais no mercado, pois sua eletrônica de potência tem de ser
robusto e que oferece maior qualidade de proteção à carga. dimensionada para trabalhar 100% do tempo com a
Este conceito de operação passou a ser utilizado em UPS potência nominal do UPS passando por ela. Esta topologia
de dupla conversão mais modernos com o intuito de permitir é a mais utilizada no mercado de cargas críticas pelas
\TH THPVY LÄJPvUJPH LULYNt[PJH L MVP JOHTHKH KL TVKV KL vantagens e qualidades de manter a energia na carga limpa
operação digital interative ou Eco Mode. e regulada.
É importante frisar que um UPS dupla conversão pode Por esta razão, agora podemos voltar ao histórico sobre
trabalhar como um UPS line interative, mas um UPS line a evolução tecnológica dos UPSs estáticos.
interative jamais trabalhará como um UPS dupla conversão.
O UPS dupla conversão recebe este nome devido à energia Histórico
que vem da rede comercial sofrer duas conversões, ou seja,  *VTV Qm TLUJPVUHKV HU[LYPVYTLU[L V <7: K\WSH
KLLULYNPH(*LSH]PYH+*WHYHJHYYLNHYHZIH[LYPHZLZ\WYPYH JVU]LYZqV UHZJL\ HW}Z VZ :*9Z [PYPZ[VYLZ L KPVKVZ KL
energia para o inversor e então sofre uma nova conversão (de potência se tornarem comercialmente viáveis. A tecnologia
+*WHYH(*WHYHKLWVPZHSPTLU[HYHJHYNH que tornou possível a utilização de UPS estático é conhecida
como PWM ou Power Width Modulation. Traduzindo,
temos o conceito de modulação por largura de pulso.
Este modelo utiliza o princípio de regulação (compara
um sinal de saída com uma referência designada como
sinal a ser copiado).

Figura 5 – Diagramas de blocos de um UPS dupla conversão.

Figura 7 – Base de um regulador (sinal referência e o real).

Figura 6 – Diagramas de blocos de um UPS dupla conversão.

Em regime normal de operação, a energia da rede


elétrica alimenta o retificador que, por meio de uma
JVU]LYZqV JVT ZLTPJVUK\[VYLZ [YHUZMVYTH H LULYNPH (*
KHYLKLLTLULYNPH+*,Z[HLULYNPH+*HSPTLU[HKLMVYTH
direta ou indireta, o banco de baterias e também a entrada
do inversor (de forma direta ou indireta, dependendo da
tecnologia empregada). O inversor, por meio de uma ponte
composta por semicondutores de potência, transforma
LZ[H LULYNPH +* LT \TH LULYNPH (* JVTWSL[HTLU[L
desvinculada da fornecida pela rede, sempre com tensão e Figura 8 – Forma de onda em que o regulador está atuando.
Apoio
32
Instalações em cargas de missão crítica

A evolução seguinte foi a introdução de inversores


com transistores de potência, que têm a vantagem de não
necessitarem de circuitos de apagamento e foi uma grande
evolução para os fabricantes de UPS estáticos. Sua utilização
permitiu que os UPSs pudessem trabalhar com frequências de
chaveamento superiores (na faixa de KHz).

*MKYVE®(MEKVEQEHIFPSGSWHIYQVIXMÞGEHSVXVMJjWMGSGSQ7'6Wk
entrada de um UPS.

 <T<7:K\WSHJVU]LYZqV[LT\THLU[YHKH(*]HYPm]LS
com o tempo e o ideal, na saída do retificador, uma tensão
+* YLN\SHKH LT  =+* 7HYH PZZV VJVYYLY t WYLJPZV
JVU[YVSHY V oUN\SV JLY[V KL KPZWHYV KV :*9 WHYH Z}
Figura 12 – Ponte inversora trifásica básica.
permitir a passagem de energia necessária para manter a
saída constante.  =LTVZ X\L VZ [YHUZPZ[VYLZ M\UJPVUHT JVTV JOH]LZ X\L
 ([LUZqV+*KHZHxKHKVYL[PMPJHKVYHSPTLU[H\THWVU[L HIYLTLMLJOHTJOH]LHUKVV]HSVY+*ZVIYLHZIVIPUHZKL
[HTItTMVYTHKHJVT:*9ZX\L[PUOHVWHWLSKLJOH]LHY um transformador.
LZ[H[LUZqV+*[YHUZMVYTHKVLT;LUZqV(*WHYHHSPTLU[HY Após alguns anos, os transistores foram substituídos pelos
o primário de um trafo isolador e elevador. transistores do tipo IGBT que chaveiam mais rápidos e são
mais seguros no seu apagamento. Esta inovação, junto com
os controladores e com os microprocessadores rápidos,
permitiu que fosse introduzido o conceito de regulação por
controle vetorial. Este processo transforma todas as grandezas
elétricas do UPS em vetores e todos os cálculos de regulação
são realizados por cálculo vetorial. Este processo permitiu a
elevação das frequências de chaveamento e também do PWM.
 *VTVVZJVU[YVSLZZqVT\P[VYmWPKVZLHZMYLX\vUJPHZKL
chaveamento elevadas, as grandezas elétricas de saída de
um UPS passaram a ser muito melhor reguladas, permitindo
alimentar cargas com alto teor de harmônicos.
*MKYVE®(MEKVEQEHIFPSGSWHIYQEJEWIHIYQMRZIVWSVE7'6

 6Z:*9Z/L/JVUK\aLTHLULYNPHWHYHV[YHUZMVYTHKVY
LVZ:*9Z3L3ZqV\[PSPaHKVZHWLUHZWHYHWHYHYHJVUK\sqV
KL/L/

Figura 13 – Inversor a IGBT e um PWM de alta frequência.

 1\U[V JVT LZ[HZ T\KHUsHZ HZ IH[LYPHZ=93( WHZZHYHT H


dominar o mercado e hoje respondem por mais de 99% das
HWSPJHsLZ JYx[PJHZ (Z IH[LYPHZ =93( ULJLZZP[HT KL [LUZqV
constante e regulada e também de temperatura ambiente
Figura 11 – Diagrama de blocos completo deste UPS. constante. Para atender a estas demandas, os UPSs evoluíram e
Apoio

33

WHZZHYHTH[LYJHYYLNHKVYLZKLIH[LYPHZLU[YLVZSPURZ+*ZHxKH
KV YL[PÄJHKVY L HZ IH[LYPHZ WHYH KPTPU\PY V YPWWSL (* ZVIYL
LZ[HZL[HTItTWYV]LY\THTLSOVYYLN\SHsqV+*
 ;VKVZ VZ <7:Z X\L \[PSPaHT YL[PÄJHKVYLZ JVT :*9Z
necessitam obrigatoriamente de um transformador elevador
de saída (após o inversor), pois, durante a descarga das
IH[LYPHZ V ]HSVY +* KH [LUZqV KHZ IH[LYPHZ HV ZLY PU]LY[PKV
UqVHSJHUsHV]HSVYLÄJHaKLZHxKHYLX\LYPKVZLMVYPN\HSHV Figura 14 – Diagrama de blocos de um circuito booster.
]HSVY(*KLLU[YHKH
Boosters, redundância e autonomia (baterias) serão
 ,Z[L [YHUZMVYTHKVY LU[qV HKTP[L X\L TLZTV UV ÄUHS KH
abordados no próximo capítulo, que continuará discutindo o
descarga das baterias, a tensão de saída do inversor para a carga
tema “UPSs estáticos”.
seja elevada pelo transformador e alcance o valor desejado.
*LUÍS VALÉRIO TOSSI SILVA é engenheiro eletricista
A tecnologia evoluiu e os UPSs passaram a utilizar um novo
pela Universidade Mackenzie. Atua no segmento de UPS
componente de potência chamado booster. estática desde 1986, passando pelas empresas Siemens
( M\UsqV KV IVVZ[LY t LSL]HY H [LUZqV +* WYV]LUPLU[L KH 6$0DVWHU¿[/WGD0DVWHUJXDUGGR%UDVLOH&KORULGH
GR%UDVLO$WXDOPHQWHDWXDFRPRGLUHWRUFRPHUFLDOGD
ZHxKHKVYL[PÄJHKVYV\KHZIH[LYPHZWHYH\T]HSVY+*X\L
HDS Sistemas de Energia.
permita ao inversor chavear este valor pelo PWM e gerar
\T ]HSVY KL [LUZqV (* KLZLQHKV ( -PN\YH  TVZ[YH \T 5(9,625 /,1&2/00(1(=(6é tecnólogo em Mecatrônica,
com especialização em Gerência de Manutenção. Já
diagrama de blocos de um circuito booster. Neste circuito, a atuou nas áreas de manutenção de sistemas de energia
[LUZqVKLZHxKH+*ZLYmZLTWYLTHPZLSL]HKHX\LH[LUZqV e, atualmente, trabalha na Universidade Positivo
+*KLLU[YHKH lecionando na área de automação industrial.

Usualmente, estes circuitos em UPS trifásicas com tensão Continua na próxima edição
'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
LT =HJ [vT \TH [LUZqV +* UH ZHxKH KV YL[PÄJHKVY LT
(ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
[VYUVKL=KJLUHZHxKHKVIVVZ[LYLT[VYUVKL=KJ VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
Apoio
30
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo VII

UPS estático Parte II


Por Luís Tossi e Lincolm Menezes*

Em continuidade ao capítulo anterior, este artigo  6 JPYJ\P[V KV IVVZ[LY LT JVUQ\U[V JVT
discutirá o uso e a aplicação de UPS em instalações YL[PÄJHKVYLZTHPZZPTWSLZLZLTYLN\SHsqV[HTItT
JYx[PJHZ THPZ LZWLJPÄJHTLU[L ZVIYL IVVZ[LYZ TLSOVYHHZJHYHJ[LYxZ[PJHZKLLU[YHKHKV<7:5LZ[H
YLK\UKoUJPHLH\[VUVTPHIH[LYPHZ etapa de nossa história, passam a surgir os primeiros
 ( PU[YVK\sqV KV IVVZ[LY UH PUK‚Z[YPH KL <7: <7:Z JVUOLJPKVZ JVTV <7:Z TVK\SHYLZ ZVIYL VZ
foi uma revolução, pois permitiu a eliminação X\HPZMHSHYLTVZTHPZ[HYKL
KVZ [YHUZMVYTHKVYLZ KL ZHxKH HW}Z VZ PU]LYZVYLZ A evolução seguinte ocorreu após alguns anos,
,Z[H LSPTPUHsqV WLYTP[P\ H MHIYPJHsqV KL <7: X\HUKV VZ MHIYPJHU[LZ LZWLSOHYHT VZ PU]LYZVYLZ
JVT TLUVYLZ KPTLUZLZ L WLZVZ ILT JVTV JVT JVT 0.);Z WHYH H LU[YHKH KV <7: 0ZZV Z} MVP
THPVY LÄJPvUJPH LULYNt[PJH ;HTItT MVP \T KVZ possível com a melhoria dos controladores e dos
NYHUKLZ YLZWVUZm]LPZ Q\U[V HV \ZV KL 0.);Z L WYVJLZZHKVYLZ THPZ YmWPKVZ WVPZ V YL[PÄJHKVY [LT
TPJYVJVU[YVSHKVYLZKVIHYH[LHTLU[VKVZ<7:ZUH VWHWLSKLYL[PÄJHYLTHU[LYH[LUZqV+*JVUZ[HU[L
Z\HYLSHsqV9 2=( PUKLWLUKLU[LTLU[LKHZ]HYPHsLZKHYLKL<TH]La

*MKYVE®(MEKVEQEHIFPSGSHIYQ947GSQVIXMÞGEHSVIMRZIVWSVE-+&8
Apoio

31

que os processadores são rápidos para medir e transformar as H-H[VYKLWV[vUJPHKLLU[YHKH WHYH[VKHHMHP_HKLJVUZ\TV"


NYHUKLaHZKLLU[YHKHLT]L[VYLZLHNPYUV7>4KVYL[PÄJHKVY IIHP_V;/+0KLLU[YHKHTLUVYX\L "
KL MVYTH H HIZVY]LY L YLN\SHY HZ ]HYPHsLZ KH YLKL VZ <7:Z JHS[VYLUKPTLU[VKVYL[PÄJHKVYVX\LWLYTP[L\TYLUKPTLU[V
[VYUHYHTZLTHPZSL]LZLÄJPLU[LZLNLYHTTLUVZPU[LYMLYvUJPH KV<7:THPVYX\L  "
UHZYLKLZLSt[YPJHZLTX\LLZ[qVPUZLYPKVZ K<7:ZJVTWHJ[VZJVTIHP_HmYLHVJ\WHKHLJVTJ\Z[V9 
 5V[HZL X\L V <7: [LT V UL\[YV KL LU[YHKH PN\HS HV 2=(THPZIHP_V
UL\[YVKLZHxKH<THSPTP[HsqVKH[LJUVSVNPHX\LZL\[PSPaHKL
IVVZ[LYV\YL[PÄJHKVYJVT0.);tX\LULJLZZHYPHTLU[LV<7:  (ZZPTLZ[H[LJUVSVNPHOVQLtHWYLKVTPUHU[LUVTLYJHKV
ULJLZZP[HKLUL\[YVLTZ\HLU[YHKHWVPZVUL\[YVtWHZZHU[L KL<7:L[VKVZVZMHIYPJHU[LZKLWVU[HH\[PSPaHT.YHsHZ
6\ZLQHVUL\[YVKLZHxKHUqVtTHPZNLYHKVUVZLJ\UKmYPVKV n L]VS\sqV [LJUVS}NPJH KH \[PSPaHsqV KHZ JVUMPN\YHsLZ
[YHUZMVYTHKVYPZVSHKVY KL <7: JVT IVVZ[LY LV\ YL[PMPJHKVYLZ H 0.); UHZJL\ H
 (SN\UZ MHIYPJHU[LZ [HTItT \[PSPaHT V UL\[YV KL LU[YHKH [LJUVSVNPH KL <7: TVK\SHY 6 <7: TVK\SHY t \T <7:
JVTVJLU[YVKVIHUJVKLIH[LYPHZ6\ZLQHVLSLTLU[VJLU[YHS JVTWVZ[V KL WLX\LUVZ <7:Z KL WV[vUJPHZ MYHJPVUHKHZ
KVIHUJVKLIH[LYPHZtJVULJ[HKVHVUL\[YVKLLU[YHKHZHxKH HJVUKPJPVUHKVZLT\TMYHTL‚UPJVX\LZVTHHZWV[vUJPHZ
WHYHZLY]PYJVTVYLMLYvUJPHLU[YLVZZLTPJPJSVZKHZLUVPKLKL PUKP]PK\HPZ i V JHZV KL \T MYHTL KL WV[vUJPH MPUHS KL
ZHxKHKH<7:  2=( ,SL JVTWVY[H  <7:Z JVTWSL[VZ KL  2=(
 ,Z[HtH[LJUVSVNPH]PNLU[LUVTLYJHKVKL<7:H[\HS;VKVZ [V[HSPaHUKV  2=( ,Z[H [LJUVSVNPH UHZJL\ ZLN\PUKV V
VZ NYHUKLZ MHIYPJHU[LZ KL WVU[H \[PSPaHT LZ[H [LJUVSVNPH UV JVUJLP[V Qm T\P[V \[PSPaHKV L JVUZHNYHKV LT MVU[LZ KL
TVTLU[V[LUKVLT]PZ[HX\LtH‚UPJHX\LWLYTP[LLÄJPvUJPHZ JVYYLU[LJVU[xU\HWHYH[LSLJVT\UPJHsLZ
no modo dupla conversão acima de 95% em dupla conversão  ,Z[LZ <7:Z PUKP]PK\HPZ VIYPNH[VYPHTLU[L [vT KL ZLY ¸OV[
LVJ\WHWLX\LUVZLZWHsVZZLUKVT\P[VJVTWHJ[VZ Z^HW¹ V\ ZLQH KL]LT WLYTP[PY H JVUL_qV L H KLZJVUL_qV H
 (StT KHZ ]HU[HNLUZ Qm JP[HKHZ [LTVZ X\L VZ <7:Z JVT X\LU[L ZLT ULJLZZPKHKL KL KLZSPNHTLU[V KV ZPZ[LTH 0ZZV t
YL[PÄJHKVY H 0.); HWYLZLU[HT JHYHJ[LYxZ[PJHZ LSt[YPJHZ KL mandatório para que o UPS modular mantenha a sua principal
entrada muito interessantes, tais como: JHYHJ[LYxZ[PJHKL\ZVX\LtHYLK\UKoUJPH
Apoio
32
Instalações em cargas de missão crítica

redundância, se comparado com o UPS stand alone (um


<7:ZVTLU[L!

HWLYTP[LYLK\UKoUJPH5LTWLX\LUVZLZWHsVZ"
IWLYTP[LX\LZL\[PSPaLTIHUJVZKLIH[LYPHZPUKP]PK\HPZWHYH
JHKHT}K\SVV\\T‚UPJVWHYH[VKVZVZT}K\SVZ"
J WLYTP[L LZJHSHIPSPKHKL KL JYLZJPTLU[V V\ ZLQH PUZ[HSHZL
\T MYHTL JVT H WV[vUJPH ÄUHS KLZLQHKH L HKPJPVUHTZL
T}K\SVZKLWV[vUJPHZVTLU[LJVTVJYLZJPTLU[VKHJHYNH"
K[LT\TH\TLU[VKLKPZWVUPIPSPKHKLWVPZHWLZHYKV4;)-
KVJVUQ\U[VZLYTLUVYV4;;9KVJVUQ\U[VtT\P[VTLUVYX\L
V4;;9KL\T<7::[HUKHSVUL0Z[VX\LKPaLYX\LV[LTWVKL
Z\IZ[P[\PsqVKL\TT}K\SVJVTMHSOHtT\P[VWLX\LUV
LMHJPSPKHKLKLWHKYVUPaHsqVKLZWHYLWHY[ZLTWSHU[HZJVT
*MKYVE®947QSHYPEVGSQGMRGSQzHYPSWIYQQzHYPSHIWXEGEHS ]HYPHZ<7:JVTWV[vUJPHZKPZ[PU[HZPUZ[HSHKHZ"
MIHP_HMVV[WYPU[mYLHVJ\WHKHZLJVTWHYHKVHV<7::[HUKHSVUL
 5H -PN\YH  V T}K\SV KLZ[HJHKV t \T <7: KL K\WSH
JVU]LYZqV JVTWSL[H JVT YL[PÄJHKVY PU]LYZVY L JOH]L
LZ[m[PJHKLU[YVKLJHKHT}K\SV(ZZPT\THYTmYPVJVTWSL[V
MYHTL t JVTWVZ[V HWLUHZ WVY JVUL_LZ KL MVYsH L JOH]LZ
KL THUVIYH UH WV[vUJPH [V[HS L JHKH T}K\SV HKPJPVUHKV t
um UPS completo entrando em paralelo entre si, somando a
WV[vUJPHKLZHxKHPUZ[HSHKH

*MKYVE®%VUYMXIXYVEGIRXVEPM^EHEGEHEQzHYPSGSRXEGSQVIXMÞGEHSV
IMRZIVWSV

 =HSLKPaLYUVLU[HU[VX\LHZZVS\sLZTVK\SHYLZ[vTZ\HZ
KLZ]HU[HNLUZ[HTItTLTYLSHsqVnZZVS\sLZZ[HUKHSVUL!

HV4;)-KVZPZ[LTHZ[HUKHSVULtT\P[VZ\WLYPVYHVTVK\SHY"
*MKYVE®(MEKVEQEHIFPSGSWHSGSRNYRXSGSQXVsWQzHYPSWMRWXEPEHSW IVJ\Z[VKV<7:TVK\SHYtZ\WLYPVYHV<7::[HUKHSVUL
X\HUKVJVTWHYHTVZWV[vUJPH[V[HSPUZ[HSHKH"
 7VKLTVZ ]LY X\L JHKH ISVJV [LT VZ JVUQ\U[VZ(*+* L J 6 ZPZ[LTH YLK\UKHU[L 5  KV <7: UqV t PN\HS H \T
+*(*LTHPZH:)::[H[PJ)`WHZZ:^P[JO,Z[HJVUÄN\YHsqV ZPZ[LTHKL\TZPZ[LTHYLK\UKHU[LJVTWVZ[VWVY<7:
KL <7: TVK\SHY t H JOHTHKH +7( +LZJLU[YHSPaLK 7HYHSSLS Z[HUKHSVUL
(YJOP[L[\YL
 ,U[YL[HU[V HSN\UZ MHIYPJHU[LZ \[PSPaHT H HYX\P[L[\YH Vamos apresentar ao leitor o conceito de redundância
JLU[YHSPaHKH5LZ[HJVUÄN\YHsqVVWYPUJxWPVKHTVK\SHYPKHKL KL<7:[HTItTHWSPJHKVHV\[YVZWYVK\[VZ9LK\UKoUJPH
t V TLZTV THZ JHKH T}K\SV [LT HWLUHZ VZ JVTWVULU[LZ t V TLPV THPZ ZPTWSLZ KL ZL VI[LY HS[H KPZWVUPIPSPKHKL
YL[PÄJHKVY L PU]LYZVY ( JOH]L LZ[m[PJH V\ :): t ‚UPJH JVT Em sistema de energia para missão crítica, redundância
HWV[vUJPH[V[HSKVMYHTLLÄJHPUZ[HSHKHÄ_HV\L_[YHx]LSUV significa ter um sistema de UPS alimentando a carga em
MYHTL KL JVUL_LZ <T L_LTWSV t \T MYHTL KL  2=( X\LLTJHZVKLMHSOHKL\TH<7:V\V\[YVJVTWVULU[L
JVT\TH:):KL2=(LKLaT}K\SVZJVTYL[PÄJHKVYL HPUKHMPJHNHYHU[PKHHVWLYHsqVKHJHYNH
PU]LYZVYKL2=(  6 WYPTLPYV ZPZ[LTH THPZ \[PSPaHKV WHYH NHYHU[PY H
 (-PN\YHTVZ[YHLZ[L[PWVKLJVUÄN\YHsqVLTX\L[LTVZ YLK\UKoUJPHKLVWLYHsqVKL\THJHYNHtVZPZ[LTHWHYHSLSV
T}K\SVZ KL WV[vUJPH JVT YL[PÄJHKVY PU]LYZVY L \TH JOH]L YLK\UKHU[L5LZ[LZPZ[LTH[LTVZ\THJHYNHPUZ[HSHKHWVY
LZ[m[PJHHWLUHZUHZVTH[}YPH[V[HSKVJVUQ\U[V L_LTWSV KL  2( L \[PSPaHTVZ WHYH Z\H VWLYHsqV K\HZ
Independentemente da configuração adotada, o UPS <7:Z KL  2=( ,T YLNPTL UVYTHS JHKH <7: MVYULJL
modular tem algumas vantagens quando se pensa em  2=( ,T JHZV KL MHSOH KL \TH <7: [VKH H JHYNH t
Apoio
34

0UZ[P[\[V\WVKLZLJVUZ\S[HYHUVYTH;0( X\LKPZJVYYL
Instalações em cargas de missão crítica

instantaneamente assumida pela UPS ainda em operação,


MPJHUKVJVT 2=( ZVIYLVX\LKL]LZLYMLP[VLT[LYTVZKLPUMYHLZ[Y\[\YHWHYH
HWSPJHsLZKLTPZZqVJYx[PJH

*MKYVE®7MWXIQETEVEPIPSVIHYRHERXISTIVERHSIQVIKMQIRSVQEP

*MKYVE®7MWXIQEHYEPFYWIQWYEIWWsRGME

Baterias e dimensionamento
Ainda hoje o meio mais comum e que apresenta a
TLSOVYYLSHsqVJ\Z[VILULMxJPVWHYHHYTHaLUHYLULYNPH+*
para o uso quando sem energia de entrada da UPS presente
ZqVHZIH[LYPHZ
 ( IH[LYPH THPZ \[PSPaHKH UV TLYJHKV IYHZPSLPYV ZqV
HZ IH[LYPHZ =93( =HS]L 9LN\SH[LK 3LHK (JPK X\L ZqV
LYYVULHTLU[L JVUOLJPKHZ JVTV IH[LYPHZ ZLSHKHZ ,SHZ [vT
LZ[LUVTLWVPZZqVIH[LYPHZJO\TIVmJPKHZLUJSH\Z\YHKHZ
em um invólucro fechado para evitar o desprendimento de
gases, mas que tem uma válvula de alívio caso a pressão
*MKYVE®7MWXIQESTIVERHSIQVIKMQIHIJEPLEHIYQ947 \S[YHWHZZL\T]HSVYWYLKL[LYTPUHKV
 5HLZZvUJPH\THIH[LYPHJO\TIVmJPKHtMVYTHKHWVY
 /VQL KL]PKV n [LJUVSVNPH KHZ JHYNHZ KL ;0 \[PSPaHYLT
WSHJHZKLJO\TIV7)X\L[LYqV\THJHYHJ[LYxZ[PJHULNH[P]H
fontes duplas, ou seja, a redundância de fontes de
L\THWSHJHKL}_PKVKLJO\TIV7I6JVTJHYHJ[LYxZ[PJH
HSPTLU[HsqVKVZJVTW\[HKVYLZLZ[mUVWY}WYPVJVTW\[HKVY
WVZP[P]H(TIHZHZWSHJHZZqVPTLYZHZLT\THZVS\sqVKL
Assim, o modelo de alimentação de cargas críticas mudou
mN\H/6}_PKVKLLU_VMYL/6X\LQ\U[VZKLP_HT
de paralelo redundante para o sistema conhecido como
HZVS\sqVJVUK\[P]H
K\HSI\ZV\ZLQHIHYYHK\WSH
 6 ZPZ[LTH K\HS I\Z t JVTWVZ[V WVY K\HZ <7: X\L
alimentam cada uma das fontes da carga, criando
redundância não apenas de UPS, mas de todo o ramo de
HSPTLU[HsqVKHJHYNH
 6Z ZPZ[LTHZ <7:Z \[PSPaHKVZ WHYH \TH JVUMPN\YHsqV
+\HS )\Z ZqV VZ TLZTVZ X\L UVZ ZPZ[LTHZ ZPUNLSVZ V\
paralelos e trata-se apenas de um arranjo diferente de como
VZ<7:ZZqVTVU[HKVZ
 5qV]HTVZLU[YHYHM\UKVLTHYX\P[L[\YHZWHYHTPZZqV
JYx[PJH WVPZ UqV t V VIQL[P]V KLZ[L HY[PNV *HZV V SLP[VY
X\LPYHZLHWYVM\UKHYULZ[LHZZ\U[VL_PZ[L\THHTWSHNHTH
KL SP[LYH[\YH L MVU[LZ KL JVUOLJPTLU[V JVTV V <W;PTL *MKYVE®6IEp~IWHIGEVKEIHIWGEVKEHIYQEFEXIVMEHIGLYQFSjGMHS
Apoio

35

 =LTVZX\LZLTWYLL_PZ[PYmVHYTHaLUHTLU[VKLJHYNHZ [LTWLYH[\YHHTIPLU[LWVPZHS[LYHHKLUZPKHKLKHZVS\sqV
positivas e negativas nas respectivas placas, de forma a  (ZZPT [VKHZ HZ IH[LYPHZ =93( ZqV LZWLJPMPJHKHZ WHYH
HYTHaLUHY LULYNPH LSt[YPJH 5H YLHsqV KL KLZJHYNH LZ[HZ [YHIHSOVLT\TH[LTWLYH[\YHHTIPLU[LKL‡*
cargas se soltam das placas ficando livres na solução e
NLYHUKVHJVYYLU[LLSt[YPJHX\HUKVVJPYJ\P[VtMLJOHKV
 ,T \TH IH[LYPH =93( X\HUKV LZ[m JHYYLNHKH L ZL
THU[tT\TH[LUZqVHWSPJHKHZVIYLVZLSL[YVKVZtPUPJPHKV
VWYVJLZZVKLLSL[Y}SPZLKHmN\H(ZTVStJ\SHZKL/6ZqV
X\LIYHKHZLTOPKYVNvUPVLV_PNvUPV
Acontece que o processo não ocorre simultaneamente na
mesma velocidade, pois a recarga do eletrodo positivo não
t[qVYmWPKHLLMPJPLU[LJVTVKVULNH[P]V+LZZHTHULPYH
*MKYVE®4VSGIWWSHIVIGSQFMREpnSIQUYIEWSPYpnSRnSqTIVHMHE
V V_PNvUPV LU]VS]L H WSHJH WVZP[P]H LUX\HU[V H WSHJH
TEVERnSLEZIVPMFIVEpnSHIKEWIWTEVESEQFMIRXI
ULNH[P]H[LT\THNYHUKLX\HU[PKHKLKLJO\TIVLZWVUQVZV
L V OPKYVNvUPV HPUKH UqV JVTLsV\ H ZLY WYVK\aPKV 6
V_PNvUPVKPZWVUx]LSWHZZHHZLYH[YHxKVWLSHWSHJHULNH[P]H
VUKL WHZZH H ZL YLJVTIPUHY JVT V OPKYVNvUPV WYVK\aPKV
YLZ\S[HUKVUVWYVK\[VMPUHS/6

L/6 2 A/2O
*MKYVE®4VSGIWWSHIIPIXVzPMWI

 ,Z[LWYVJLZZVtJOHTHKVKLYLJVTIPUHsqVLWLYTP[LX\L
HZVS\sqVU\UJHZLQHWLYKPKHLUqVVJVYYHHSPILYHsqVKVZ
NHZLZHVHTIPLU[Li\TWYVJLZZVHS[HTLU[LKLWLUKLU[LKH *MKYVE®6IGSVXIHEFEXIVME:60%
Apoio
36

 7HYHKPTLUZPVUHYHH\[VUVTPHKV<7:X\HUKVHJHIHH L LZ[LZ KHKVZ LZ[qV UV JH[mSVNV [tJUPJV KV WYVK\[V 7HYH
Instalações em cargas de missão crítica

YLKLLSt[YPJHtWYLJPZVJVUOLJLYHSN\THZNYHUKLaHZImZPJHZ <7:Z [YPMmZPJVZ UH MHP_H KL  2=( \Z\HSTLU[L LZ[L
KV<7:JVTVU‚TLYVKLJtS\SHZKLIH[LYPHZ\[PSPaHKHZUV U‚TLYV]HYPHLT[VYUVKLJtS\SHZ7HYHIH[LYPHZ=93(
<7:T\KHKLHJVYKVJVTVMHIYPJHU[LMH[VYKLWV[vUJPH KL=[LTVZLTJHKHTVUVISVJVJtS\SHZKL=,U[qV
KLZHxKHKVPU]LYZVYX\LTVZ[YHX\HU[VZ2>WVKLYqVZLY [LYLTVZTVUVISVJVZ
\[PSPaHKVZJVTVJHYNHLYLUKPTLU[VKVPU]LYZVYX\LTVZ[YH  6\[YH NYHUKLaH PTWVY[HU[L t H[t X\L [LUZqV KL JVY[L
X\HU[VZ 2> WYLJPZHT LU[YHY UV PU]LYZVY WHYH MVYULJLY H H IH[LYPH WVKLYm KLZJHYYLNHY ,Z[L WHYoTL[YV WVKL ]HYPHY
WV[vUJPHKLZHxKHKHJHYNH \Z\HSTLU[LLU[YL=H=VX\LKLWLUKLKHK\YHsqV
A informação mais importante para o dimensionamento LKHPU[LUZPKHKLKHJVYYLU[LKLKLZJHYNH8\HU[VTHPZYmWPKH
t V [LTWV X\L V \Z\mYPV KLZLQH LT JHZV KL \TH X\LKH e com maior corrente for a descarga, menor poderá ser a tensão
KL LULYNPH <Z\HSTLU[L LZ[LZ [LTWVZ ]HYPHT LU[YL  L KLJVY[L7VYL_LTWSV\THIH[LYPHKL(X\LKLZJHYYLN\L
 TPU\[VZ ,U[YL[HU[V L_PZ[LT HWSPJHsLZ LZWLJPHPZ X\L LTJPUJVTPU\[VZJVT\THJVYYLU[LKL(WVKLPYH[t
KLTHUKHT[LTWVZTHPVYLZ =(TLZTHIH[LYPHX\LKLZJHYYLN\LJVT\THJVYYLU[L(
 i PTWVY[HU[L ZHSPLU[HY X\L IH[LYPH J\Z[H JHYV L [LT WHYH\T[LTWVKLOVYH[LYmKLZLYJVY[HKHJVT=
]PKH ‚[PS 6 SLP[VY KL]L ZLTWYL SLTIYHY X\L H JHKH JPUJV  ( M}YT\SH KH -PN\YH  t \[PSPaHKH WHYH ZL HJOHY H
HUVZ ZL \ZHY IH[LYPHZ =93( [LYm KL PU]LZ[PY UV]HTLU[L JVYYLU[L MPUHS KL KLZJHYNH L [HTItT WVKL ZLY MLP[V V
LTUV]HZIH[LYPHZ6\[YVMH[VYPTWVY[HU[LtSLTIYHYX\LHZ JmSJ\SVJVTHJVYYLU[LTtKPHKLKLZJHYNH7LNHZLV]HSVY
H\[VUVTPHZ ZqV KPTLUZPVUHKHZ WHYH WV[vUJPH UVTPUHS KL PUPJPHSKH[LUZqV=LH[LUZqVMPUHS=WHYHZLVI[LY
ZHxKHX\LYHYHTLU[Lt\[PSPaHKH,TZPZ[LTHZYLK\UKHU[LZ HTtKPHHYP[Tt[PJHJVTV!=T$$=
HZ <7:Z UVYTHSTLU[L [YHIHSOHT JVT TLPH JHYNH V X\L
SL]HHVKVIYVKHH\[VUVTPHWYVQL[HKH

*MKYVE®'jPGYPSTEVEWISFXIVEGSVVIRXIÞREPHIHIWGEVKE

Em que:

:$7V[vUJPHKLZHxKHKVPU]LYZVYV\JHYNHHZLYHSPTLU[HKH=("
-7$-H[VYKLWV[vUJPHKVPU]LYZVYKHKVKLJH[mSVNV"
=MPUHS$;LUZqVMPUHSKLKLZJHYNHHZLYKLMPUPKHLTM\UsqV
KV[PWVKLKLZJHYNH="
UJtS\SHZ$5‚TLYVKLJtS\SHZKLIH[LYPHZKHKVKLJH[mSVNV"
9PU]$9LUKPTLU[VKVPU]LYZVYKHKVKLJH[mSVNV
*MKYVE®(MEKVEQEHIFPSGSWTEVEI\TPMGEVEGSQTSWMpnSHEJzVQYPE
HIGjPGYPSHIGSVVIRXIHIHIWGEVKE
 5VUVZZVL_LTWSV]HTVZ\ZHY\T<7:KL2=(JVT
 ( -PN\YH  TVZ[YH X\L H WV[vUJPH X\L X\LYLTVZ -7KL X\L\[PSPaHTVUVISVJVZKL=JtS\SHZWVY
HSPTLU[HYWVY\T[LTWVKL[LYTPUHKVtHWV[vUJPHKLZHxKH ISVJVV\ZLQH_$JtS\SHZL\TYLUKPTLU[VKV
KVPU]LYZVYJHYNHX\L\Z\HSTLU[LtL_WYLZZHLT=(*VTV PU]LYZVYKL  PZ[Vt :LYmLTWYLNHKV\T]HSVYKL
]HTVZ KPTLUZPVUHY H WV[vUJPH KL LULYNPH HYTHaLUHKH JVY[L KL = X\L WHYH \T ISVJV JVT  JtS\SHZ Km \T
UHZ IH[LYPHZ [LTVZ KL [YHUZMVYTHY LZ[H WV[vUJPH HWHYLU[L ]HSVYKL=WVYISVJV
LT=( LT WV[vUJPH ‚[PS LT ^H[[Z ,TWYLNHTVZ V MH[VY KL Voltando à fórmula, temos:
T\S[PWSPJHsqVKVMH[VYKLWV[vUJPHKLZHxKHKV<7:
 7HYH \T <7: KL  2=( JVT MH[VY KL WV[vUJPH KL
ZHxKHKL [LYLTVZ!

 7$:2=(_-7 $ 2>  7HYHHSPUOHKL[LUZqVKLJVY[LKL=[LTVZ\THJVYYLU[L


ÄUHSKL(V\ZLQHZL\[PSPaHYTVZLZ[HIH[LYPH(O
 6PU]LYZVYt\THWHY[LKV<7:X\LJOH]LPHHJVYYLU[L [LYLTVZ\THH\[VUVTPHKLKLaTPU\[VZ0UKLWLUKLU[LTLU[L
contínua para transformar em uma fonte alternada de KVMHIYPJHU[LHM}YT\SHKLJmSJ\SVtZLTWYLHTLZTH
JVYYLU[L 7VY LZ[H YHaqV LSL [LT \T YLUKPTLU[V › V\  (Z[HILSHZLTVZ[YHTVJH[mSVNVKL\TMHIYPJHU[LKL
ZLQHWHYHLZ[HJVU]LYZqVVJVYYLYZLTWYLL_PZ[PYqVWLYKHZ <7:KLVUKLVZKHKVZKLYLUKPTLU[VKVPU]LYZVYtYL[PYHKV
 6U‚TLYVKLJtS\SHZT\KHKLMHIYPJHU[LWHYHMHIYPJHU[L LKLVUKL]LTVZKHKVZKLU‚TLYVZKLISVJVZ
Apoio

37

TABELA 1 – TABELA DE DESCARGA DE UM FABRICANTE DE BATERIAS VRLA PARA UMA DESCARGA DE CORRENTE CONSTANTE A 25 °C
TABELA DE DESCARGA PARA CORRENTE CONSTANTE (A) À 25OC
constant current (A) discharge table at 25oC
TEMPO 10 MIN 15 MIN 30 MIN 45 MIN 1h 2h 3h 4h 5h 8h 10 h 12 h
1.60V A 250 196 120 87,7 71,6 41,9 32,0 25,1 21,0 14,6 12,5 10,5
1.65V A 245 195 116 86,1 71,1 41,4 31,5 24,9 21,0 14,5 12,3 10,5
1.70V A 223 187 112 83,8 69,7 40,7 31,0 24,5 20,7 14,2 12,2 10,4
1.75V A 210 179 108 81,0 67,5 39,8 30,5 24,0 20,0 14,0 12,1 10,3
1.80V A 197 167 106 78,9 65,4 37,4 28,1 22,6 19,3 13,6 12,0 10,2

TABELA 2 – DADOS DE NÚMEROS DE BLOCOS


(CATÁLOGO DE UM FABRICANTE DE UPS)
INTERVALO PERMITIDO DA TENSÃO
396 A 700
DE BATERIA (V)
NÚMERO DE CÉLULAS RECOMENDADO:
VRLAº 240 240 240 240 240 240
*LUÍS VALÉRIO TOSSI SILVA é engenheiro eletricista
-WET 240 240 240 240 240 240
pela Universidade Mackenzie. Atua no segmento de UPS
-NiCd 375 375 375 375 375 375
estática desde 1986, passando pelas empresas Siemens
TENSÃO DE FLUTUAÇÃO 6$0DVWHU¿[/WGD0DVWHUJXDUGGR%UDVLOH&KORULGH
2,27 GR%UDVLO$WXDOPHQWHDWXDFRPRGLUHWRUFRPHUFLDOGD
PARA VRLA A 20OC (V/CEL)
HDS Sistemas de Energia.
TENSÃO CÉLULA FINAL PARA
1,65
VRLA (V/CEL)
5(9,625 /,1&2/00(1(=(6 é tecnólogo em Mecatrônica,
com especialização em Gerência de Manutenção. Já
TABELA 3 – DADOS DE RENDIMENTO DO INVERSOR
atuou nas áreas de manutenção de sistemas de energia
(CATÁLOGO DE UM FABRICANTE DE UPS)
e, atualmente, trabalha na Universidade Positivo
EFICIÊNCIA DO INVERSOR CC/CA lecionando na área de automação industrial.
EM CONDIÇÕES DE ENTRADA NOMINAL
COM CARGA RESISTIVA NOMINAL Continua na próxima edição
'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
- MEIA CARGA *(%) 96,9 97,1 97,2 97,5 97,3 97,3 (ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
- CARGA NOMINAL *(%) 97,2 97,2 97,5 97,5 97,5 97,5 VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
Apoio
26
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo VIII

Gestão estratégica de edifícios de


missão crítica
Por Sérgio Linke*

No ambiente altamente concorrencial em Por este motivo, a gestão estratégica traz a


que vivemos, a qualidade no atendimento provocação para serem avaliados os processos
ao cliente é diferencial competitivo cada produtivos e suas eventuais fragilidades, de
vez mais imprescindível à sustentabilidade forma a serem elaborados projetos de mudanças
empresarial. E não há bom atendimento se estratégicas, com o respectivo acompanhamento
inexiste disponibilidade integral dos canais de das etapas de implantação.
atendimento ao cliente. Ninguém gosta de filas, Logo, a gestão estratégica com foco em
ninguém gosta de perder tempo ao ser atendido, missão crítica, plano de contingências e
ninguém admira “sistemas fora do ar”. Aliás, recuperação de desastres deve permear todas
pesquisas recentes indicam que os clientes as áreas da empresa: dos controladores (sócios,
memorizam muito mais uma única vez em que por exemplo) à alta governança; da gestão de
“o sistema esteve fora do ar” do que dezenas de riscos à controladoria; da gestão de produção à
vezes de operação normal dos sistemas. gestão financeira e da gestão de ativos à área de
Os edifícios de missão crítica são aquelas marketing.
instalações que suportam os processos produtivos
vitais de uma organização, sendo imprescindível O que é uma instalação de missão
sua consideração no planejamento e na gestão crítica
estratégica objetivando a sustentação e o Com a automação de processos e a inserção
crescimento dos negócios de qualquer empresa. maciça da tecnologia de informação nas rotinas
Quando um processo produtivo é interrompido, empresariais, houve uma verdadeira revolução
seja ele uma linha de produção industrial ou na valorização dos verdadeiros ativos de uma
mesmo o atendimento direto ao cliente de uma empresa.
PUZ[P[\PsqV ÄUHUJLPYH V\ JVTLYJPHS VZ PTWHJ[VZ O que antes era considerado ativo (bens
no resultado da empresa são enormes e podem materiais e patrimoniais, créditos financeiros,
PYT\P[VHStTKLWYLQ\xaVZÄUHUJLPYVZVYPNPUHKVZ etc.), atualmente, em muitas empresas até é
pela interrupção de negócios. relegado a segundo plano, se comparado a
Apoio

27

outros fatores produtivos e comerciais que cada vez mais • O que ocorreria com sua empresa se, de repente, todos os
ganham valor. sistemas computacionais “saíssem do ar” por duas horas ou,
Esses fatores vitais são o nome da empresa e sua pior, se dados fossem perdidos? Ou ainda se dados sigilosos
tradição, os talentos humanos por ela formados como fossem divulgados? Quantos negócios seriam perdidos? E
capital intelectual estratégico e a disponibilidade imediata os clientes descontentes? E os impactos de anti-marketing?
de dados e informações. As reflexões acima tornam-se ainda mais inquietantes se
Para se entender a crescente importância que as considerarmos as possíveis demandas judiciais de clientes
empresas atualmente têm dado a estes fatores, basta refletir considerados prejudicados com a perda de dados (no caso
sobre os seguintes pontos: de um banco, por exemplo), ou parentes processando um
hospital pela morte de um paciente porque determinado
• O que aconteceria com sua carteira comercial se, por um equipamento médico ficou sem energia durante um
motivo qualquer, um escândalo expusesse as fragilidades e procedimento crítico, ou aeroportos parados, sistemas
os riscos existentes no negócio de sua empresa (muitos deles de inteligência de trânsito inoperantes, sistemas de
desconhecidos de acionistas e clientes)? O quanto seria abalado telecomunicações paralisados etc.
o negócio de sua empresa se ela, de uma hora para outra, Dessas necessidades de confiabilidade e disponibilidade
[P]LZZLHYYHUOHKHZ\HYLW\[HsqVLJVUÄHIPSPKHKLUVTLYJHKV& de infraestrutura física é que surgem os chamados edifícios
• O que aconteceria com sua empresa se determinadas de missão crítica, os quais devem ser a prova de desastres,
pessoas estratégicas, normalmente, componentes dos cargos faltas de energia e água, roubos, intrusos, sabotadores,
diretivos ou aquelas ligadas à inovação, simplesmente catástrofes naturais, etc.
deixassem a empresa de uma hora para outra, sem que Os edifícios de missão crítica são estratégicos para
fossem formados continuadores ou substitutos? Quais os qualquer empresa, em vista do alto impacto provocado
impactos nas capacidades de inovação e de produção no caso de falhas e perdas de dados ou de interrupção na
seriam sentidos pela perda de pessoas com grande capital operação de equipamentos e sistemas.
intelectual e estratégico? Normalmente são considerados edifícios de missão
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Instalações em cargas de missão crítica

crítica os datacenteres, as centrais geradoras de energia, fuga, escadas de incêndio e treinamentos de escape são
os hospitais, as instalações militares, as indústrias de alta imprescindíveis a uma correta política de segurança nos
produtividade, os aeroportos, os portos, os centros de edifícios em geral
controle de trânsito, os sistemas de comunicações públicas O chamado “triângulo da segurança” deve fazer
e corporativas, as plataformas produtoras e as refinarias de parte das avaliações de qualquer empresa com cultura
petróleo, as centrais de águas e esgotos, além de muitos de segurança: segurança física (barreiras, resistência a
outros imóveis. incêndio), segurança eletrônica (alarmes, monitoração) e
Neste artigo procuraremos justamente descrever as segurança procedimental (processos que envolvem pessoas).
necessidades de um edifício de missão crítica sob a ótica É a observância equilibrada desses três princípios que pode
do usuário, vale dizer, o que espera de suas instalações um garantir uma eficaz e inteligente política de segurança.
diretor ou gerente de produção, de forma que elas permitam
a fidelização de clientes, a manutenção dos níveis de Alta confiabilidade
produtividade, a segurança nos processos produtivos, o Confiabilidade em edifícios de missão crítica significa o
aumento das demandas produtivas e, consequentemente, a grau de segurança que as instalações possuem em termos
minimização dos impactos e riscos envolvidos com falhas de fornecimento dos insumos necessários à operação
na infraestrutura física. dos equipamentos e sistemas que sustentam os processos
produtivos.
O que a gerência de patrimônio ou de Em um datacenter, por exemplo, os equipamentos de TI
infraestrutura física espera de uma instalação de operam normalmente mediante o fornecimento ininterrupto
missão crítica de energia elétrica e perante uma climatização eficiente.
São basicamente nove os aspectos que permitem que Obviamente há recursos de TI envolvidos que, internamente,
um gerente de infraestrutura durma tranquilo à noite ou também são responsáveis pela confiabilidade dos sistemas,
descanse sem preocupações nos finais de semana: como equipamentos em dual-power (alimentados por dois
pontos distintos de energia), processamento dual-balance
Segurança física (distribuição do processamento em duas CPUs, de forma
Roubos, assaltos, furtos, ação de vândalos, sabotagens, a que se uma falhar a outra assume o processamento
invasões, espionagem, acidentes e tantos outros eventos integralmente), sites backup, etc., mas aqui nos limitaremos
podem se transformar em prejuízos de grandes proporções. aos aspectos da infraestrutura física de missão crítica.
Hoje é muito comum a terceirização e a alta rotatividade Na maioria das vezes, a alta confiabilidade é obtida
de funcionários em uma empresa, mesmo no quadro através do emprego de componentes de alto Tempo Médio
próprio. Com isso advêm muitos riscos que vão desde entre Falhas (MTBF), utilização de topologia redundante
acesso indevido para espionagem e sabotagem (de uma (como, por exemplo, fornecimento de energia por dois
relação de clientes, por exemplo) a furto de componentes ramos distintos de suprimento ou distribuição interna do
de computador. tipo dual ou mesmo trial-bus, com dois ou três ramos
Conhecemos uma empresa que coibiu o roubo de placas- distintos e independentes de gerador, no-break e quadros
mãe de microcomputadores com a adoção de Circuito de distribuição) e uma eficaz política de manutenção,
Fechado de Televisão (CFTV). Com o que a empresa deixou que englobe ações preditivas, preventivas, corretivas e de
de perder com os roubos foi possível pagar em menos de engenharia de manutenção.
um ano a implantação, a operação e a manutenção do Portanto, a confiabilidade envolve ações que vão desde
sistema de monitoração por imagens. a concepção das instalações (projeto de engenharia), até os
Hoje com o uso de catracas e cancelas eletrônicas, procedimentos de operação e as rotinas de manutenção.
cartões de proximidade, biometria e outros recursos de Os índices de confiabilidade são quantificados
inteligência predial é possível controlar, acompanhar e percentualmente, como, por exemplo, 99,99999%, o
obter estatísticas de acesso de funcionários e clientes a que significa um altíssimo índice de segurança de que
qualquer departamento da empresa, além de impedir o a instalação não falhe no ponto de entrega do insumo,
acesso indevido e a ação de pessoas inescrupulosas. mesmo que para isso seja necessário prever redundância
Outro aspecto da segurança física é o referente aos dupla, tripla ou até quádrupla de sistemas.
sistemas de detecção, alarme e combate a incêndio, os quais Apesar disso, um índice de confiabilidade de
se traduzem em pequenos investimentos se comparados aos 99,99999%, traduzido em termos de tempo, significa
grandes prejuízos materiais, institucionais e, o pior, de vidas 3 segundos de interrupção por ano, o que, no caso do
humanas no caso de sinistros. Também corrimãos, rotas de suprimento de energia de um datacenter, pode significar
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Instalações em cargas de missão crítica

a parada de todos os computadores e a indisponibilidade expansão de capacidade, seja ela para a implantação de
dos sistemas computacionais por pelo menos 4 horas (até novos equipamentos de TI, seja ela para recuperar ou
que os vários sistemas de grande porte que estavam sendo preservar reservas técnicas que foram utilizadas.
processados sejam novamente recuperados e recolocados É muito comum em um projeto fazer-se a previsão ou
em operação). capacity-planing de tecnologia, no qual são relacionados os
novos recursos de TI que serão instalados em determinado
Alta disponibilidade período. A esta previsão a unidade de engenharia de
Tão importante quanto a confiabilidade (segurança de infraestrutura física acresce uma reserva de, digamos, de
que a instalação não vai falhar e provocar interrupções 50%, o que, em temos de ampliação dos recursos de TI,
não programadas), a disponibilidade traduz a quantidade tem se mostrado insuficiente. Resultado: em um ou dois
de horas por ano que a instalação estará disponível e anos o espaço físico e os sistemas elétrico e de climatização
operante, ou seja, em que o usuário não será afetado por estarão saturados.
paralisações no suprimento de energia, climatização, água, Quando uma infraestrutura física é mal dimensionada
telecomunicações, etc. ou quando há explosão de demanda muito além das
Apesar de o conceito de disponibilidade englobar o previsões mais pessimistas, normalmente o primeiro fator
JVUJLP[VKLJVUÄHIPSPKHKLUVYTHSTLU[LLSLtTHPZ\[PSPaHKV sacrificado é a redundância dos sistemas, vale dizer, um
para diferenciar os tempos de interrupção programada para sistema elétrico que possuía um nobreak principal e um
ampliação das instalações ou para manutenção. reserva, cada qual trabalhando com 40% da carga, por
Em edifícios de missão crítica é muito importante a exemplo, passa a operar com os dois nobreaks a 60% de
chamada disponibilidade integral, 365 dias por ano x 24 carga, o que, na realidade, implica perda de redundância
horas por dia, uma vez que há instalações que simplesmente na fonte de suprimento de energia ininterrupta. Perda
não podem parar – nem mesmo para manutenção, devido de redundância normalmente significa redução de
à criticidade de suas operações e prejuízos ou custos confiabilidade e de disponibilidade, com fragilização da
inerentes a tais paradas. segurança de continuidade dos processos produtivos.
Em um datacenter de grande porte, por exemplo, uma Por isso, quando do dimensionamento de infraestrutura
parada anual de oito horas para manutenção preventiva das elétrica para edifícios de missão crítica, é de extrema
PUZ[HSHsLZ WVKL ZPNUPÄJHY [YHUZ[VYUV H TPSOLZ PZZV TLZTV importância considerar não apenas grandes reservas
milhões de clientes, mesmo que ela seja programada para um técnicas para expansão, mas também e principalmente, a
ÄTKLZLTHUHV\MLYPHKV3LTIYLTVZX\LZqVQ\Z[HTLU[LULZZLZ possibilidade de implantação de novos recursos (espaço
dias que as pessoas utilizam a rede de caixas automáticos, por para novos no-break e geradores, tubulação de água gelada
exemplo. Há bancos que possuem dezenas de milhares de para mais fan-coils, espaço para um novo chiller, layout que
caixas automáticos espalhados por todo o Brasil. permita expandir a área de equipamentos, etc.).
Alta disponibilidade exige basicamente topologia
redundante ativa (dual-bus), além dos elementos necessários Manutenção
a uma alta confiabilidade, de forma a permitir que paradas A manutenção é a característica que possui uma
de manutenção/ampliação sejam efetuadas em apenas um instalação de permitir as intervenções corretivas e
dos ramos de suprimento, enquanto o outro fica operante preventivas de forma completa e segundo os critérios e
de forma transparente para o usuário. periodicidade recomendados pelo fabricante, além da
Para se obter alta disponibilidade, além do projeto plena observância às normas de segurança de pessoas e
de engenharia prever estrutura redundante e em dual- patrimonial.
bus, mais do que nunca devem ser aplicados princípios É muito comum instalações em que, para retirar o
de gerenciamento de engenharia de manutenção, de eixo de um compressor, por exemplo, faz-se necessária
forma a tornar perfeitas e minuciosamente planejadas as a demolição de paredes. O mesmo ocorre para remover
intervenções técnicas preventivas. grandes componentes de um gerador a diesel. Há salas de
Em termos econômico-financeiros, normalmente em equipamentos de ar condicionado que não possuem ralo
instalações de grande porte, os custos para implantação de hidráulico e nem mesmo pontos de água ou de energia.
infraestrutura redundante são bem menores que os prejuízos Como os técnicos lavarão uma bandeja? Como energizar
provocados por paradas programadas. uma parafusadeira elétrica? Como remover a tampa lateral
de determinado equipamento se a face do mesmo está
Modularidade encostada na parede?
Por modularidade entende-se a possibilidade de A previsão de circulação, aberturas, acessos, trilhos para
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talhas e guinchos e outros ferramentais é imprescindível para de que custos de infraestrutura são investimento para
que os serviços de manutenção logrem o êxito esperado. minimizar riscos e, consequentemente, prejuízos, é que se
pode falar em melhor custo.
Racionalidade de investimentos para implantação
Quando se fala em investir bem em infraestrutura de Baixos custos de operação e de manutenção
missão crítica não há outra coisa a fazer do que levantar Além dos custos de implantação da solução de
os níveis esperados de confiabilidade, disponibilidade, infraestrutura, os custos de operação e de manutenção
manutenção e, mediante a determinação da matriz devem ser considerados.
investimento versus risco versus impacto, eleger as Aquele mesmo nobreak exemplificado no item anterior,
prioridades e estratégias de investimento. cuja implantação custou US$ 200.000, pode ter manutenção
Não se pode dizer que um nobreak é caro por custar anual orçada em U$$ 10.000 e seu consumo próprio de
US$ 200.000. Quanto custam o hardware e o software que energia (perdas próprias) pode chegar a US$ 10.000 por
ele sustenta eletricamente? Quanto custam as informações ano. Ou seja, em dois anos o equipamento, como recurso
processadas? Qual o prejuízo no caso de parada? Qual a integral, custaria US$ 240.000.
vantagem de se ter dois nobreak de US$ 200.000 ao invés Outro equipamento, com mesma potência e autonomia
de apenas um? de baterias, porém de qualidade inferior em termos de
Quando refletimos sobre esses parâmetros aflora confiabilidade (MTBF) e de rendimento (com perdas próprias
claramente a ideia de que menor custo é bem diferente de maiores), poderia custar US$ 150.000 de implantação, US$
melhor custo, e o melhor custo é obtido quando temos visão 25.000 por ano de manutenção e outros US$ 20.000 anuais
global de toda a solução envolvida. Por isso é imprescindível de energia com perdas próprias, resultando em dois anos
o aculturamento de todas as pessoas envolvidas no processo num custo total de US$ 240.000.
(engenharia, tecnologia de informação, diretoria, setor de Conclusão: em dois anos teríamos o mesmo custo
riscos da empresa, comercial, etc.). financeiro para os dois equipamentos, apesar de o
Somente conscientizando nossos pares empresariais segundo ser menos custoso na implantação. Entretanto, a
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Instalações em cargas de missão crítica

confiabilidade e a disponibilidade do segundo equipamento recursos naturais como água e energia.


é muito melhor, além de o investimento ao longo do tempo Muitos equipamentos de infraestrutura podem ser
ser bem melhor aplicado quando se considerada máquina selecionados por causarem menor impacto ambiental
de melhor qualidade (que custou US$ 200.000). no caso de descarte de seus componentes ou insumos,
Há inúmeros outros fatores técnicos que ainda não como lubrificantes, gases refrigerantes, gases isolantes,
foram considerados no exemplo supracitado e que também combustíveis, etc.
influenciam os custos, tais como: espaço físico, dissipação Equilibrar o chamado Triângulo da Sustentabilidade
térmica, estoque de peças de reposição, quantidade de (Ambiente-Pessoas-Lucro) deve fazer parte de qualquer
plantonistas na equipe de manutenção, ruído, etc. cultura empresarial realmente comprometida com a gestão
estratégica. Consciência socioambiental começa em casa e
Ergonomia na empresa.
A questão de conforto e da eficiência ambiental psico-
fisiológica com fins laborais tem se mostrado importante Distúrbios e índices de qualidade no
instrumento de elevação dos níveis de produtividade da fornecimento comercial de energia elétrica
equipe, reduzindo também o turn-over (substituição) dos O suprimento de energia pela rede comercial pública ou
colaboradores. WYP]HKHtLZZLUJPHSWHYHHJVUÄHIPSPKHKLLHKPZWVUPIPSPKHKL
Há inúmeros estudos mostrando que ambientes de uma instalação de missão crítica. Apesar de ser sonho
ergonomicamente eficientes elevam a produtividade em de qualquer gestor de infraestrutura física a existência de
até 20%, além de reduzir o absenteísmo e a desmotivação ZPZ[LTHKLH\[VZZ\ÄJPvUJPHUVZ\WYPTLU[VKLLULYNPHH[YH]tZ
laboral. de geradores a diesel, a gás, cogeração de eletricidade e
Além dos aspectos legais relacionados ao cumprimento calor, ou outros sistemas, estas fontes internas esbarram em
das normas brasileiras e portarias ministeriais, o cuidado sérios problemas de custo de implantação, possibilidade
na engenharia e na arquitetura de ambientes pode ser de aumento de carga, questões ambientais e, muitas vezes
traduzido em lucro. como no caso do diesel, no custo do kWh gerado.
As empresas de vanguarda não se preocupam apenas Portanto, na maioria das vezes, as fontes alternativas e
em “fornecer 500 lux de iluminação” para que a CIPA, in-company de energia são empregadas como backup da
ou o Sindicato ou o fiscal do Ministério do Trabalho “não rede comercial. Uma alternativa utilizada por algumas
incomodem”. Ao contrário, as gerências de infraestrutura empresas é a implantação de duas entradas em média ou alta
realmente comprometidas com a eficientização do capital tensão, obviamente provindas de subestações distintas da
intelectual buscam, no mesmo exemplo da luminária, concessionária e por encaminhamento (arruamento) distinto.
uma melhor reprodução de cores das lâmpadas, uma Devido à topologia do sistema de geração, transmissão
melhor temperatura de cor, um menor efeito flicker (ou e distribuição brasileiro, em que a energia é normalmente
estroboscópico), um eficiente controle de ofuscamento e gerada a centenas de quilômetros dos centros de utilização
até luminárias que dêem menos manutenção e que possuam como as grandes cidades, a vulnerabilidade do sistema em
limpeza simplificada. termos de qualidade é muito grande.
Este raciocínio pode se estender ao sistema de Agregue-se a isso o fato de, com raras exceções, o
climatização, ao piso, às paredes, às instalações sanitárias, processo de privatização das distribuidoras e a explosão
às salas de equipe de manutenção, etc. Já houve casos em do consumo terem provocado queda na qualidade da
que um sistema de automação de elevadores teve aprovada manutenção, a qual foi terceirizada em grande parcela, o
sua implantação, mediante estudo de custo/benefício, que expõe ainda mais a rede de distribuição a problemas de
simplesmente pelo cálculo do número de horas que os três faltas e distúrbios.
mil usuários de um prédio perdiam na fila de espera, o Uma forma que se tem de medir a qualidade no
chamado “salário-fila”. fornecimento de energia elétrica são os chamados índices
DEC – Duração Equivalente por Consumidor (que traduz
Responsabilidade social e ambiental em média a quantidade de horas de interrupção no
Outro importante aspecto a ser observado pelo gerente fornecimento por ano) e o FEC – Frequência Equivalente
de infraestrutura é a questão da responsabilidade social por Consumidor (que traduz em média a quantidade de
e ambiental, a qual pode ser considerada em termos interrupções por ano).
ergonômicos, de destinação de lixo e de materiais inservíveis Há que se lembrar ainda que determinados locais
(baterias e lâmpadas fluorescentes, por exemplo), além da são mais críticos quanto à qualidade no fornecimento de
eficientização das instalações em termos de consumo de energia, como é o caso de pontos de entrega distantes das
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Instalações em cargas de missão crítica

subestações (o que expõe as linhas a queda de tensão, a - Qual a relação percentual entre o patrimônio tangível e
interferências causadas por outros usuários etc.). Para intangível suportado e a infraestrutura física que o suporta?
grandes consumidores algumas concessionárias fornecem
índices individuais (o DIC e o FIC). Se qualquer desses pontos de reflexão estiver tirando o
Os sete principais distúrbios que podem afetar a rede sono de um gestor de infraestrutura ou de segurança, está
elétrica são: na hora de iniciar um processo urgente de conscientização.
Para dar ainda mais elementos que podem “tirar o sono”
I – Falta ou blecaute; de qualquer gerente, observemos atentamente alguns dos
II – Flutuação com subtensão; prejuízos, em ordem crescente, que podem ocorrer por
III – Flutuação com sobretensão; falhas na infraestrutura física:
IV – Variação de freqüência;
V – Surtos causados por raios e chaveamentos; - Vidas humanas. Morte, invalidez parcial ou total.
VI – Ruídos, normalmente causados por equipamentos - Do ambiente, do imóvel, dos componentes da infraestrutura.
potentes e sem dispositivos contra poluição elétrica/ - De hardware (queima de placas, por exemplo).
eletromagnética alimentados pela mesma rede; - De software (perda de softwares aplicativos, por exemplo).
VII – Harmônicos, normalmente gerados por fontes - De dados (este, depois da afetação da vida humana, talvez
chaveadas de equipamentos eletrônicos que operam em o mais terrível para a empresa). Quanto vale os dados de
alta frequência. sua carteira de clientes?
- Indisponibilidade (sistema fora do ar). Quantos negócios
Para cada um desses distúrbios existem soluções técnicas não serão efetivados? Quantos clientes perdidos?
específicas para amenização, combate ou controle. - Produtividade (queda na produção normal por anomalias
A escolha das soluções técnicas necessárias dependerá de na infraestrutura física)
fatores como criticidade e sensibilidade da carga alimentada, - Negócios (perda de oportunidades).
condições de alimentação elétrica local, condições de - Imagem institucional (como o mercado vê um hospital
aterramento, orçamento para investimento, etc. cuja sala de operação dá blecaute ou um banco que vive
fora do ar?).
Mudança de cultura
Uma das melhores maneiras de se visualizar a Uma nova visão do lucro
importância de edifício de missão crítica, de forma a dotá-lo Com a globalização e o acirramento da concorrência,
de soluções de engenharia que permitam altos índices de em que preços altos significam redução do número de
qualidade, disponibilidade e confiabilidade, é serem feitas clientes, as empresas perceberam que a melhor maneira de
as seguintes perguntas: lucrar não é aumentando preços, mas sim reduzindo custos.
Ou seja, lucra mais não quem cobra caro, mas sim quem
- Existe política de missão crítica sedimentada na empresa? cobra o justo e tem estrutura eficiente e enxuta, com baixos
Houve aculturação de todas as pessoas envolvidas? Esta custos e alta eficiência.
cultura é um processo transversal na empresa? Justamente nesta visão entra o conceito de infraestrutura
- Foi levantada a matriz investimento x risco x impacto x de missão crítica, quando prevê, estuda e elimina os eventuais
prejuízos? prejuízos causados por problemas de infraestrutura, os
- As políticas de missão crítica, de contingências e de quais podem causar despesas e prejuízos, muitas vezes
recuperação de desastres foram holisticamente construídas supervenientes, imprevisíveis e difíceis de valorar.
e são avaliadas regularmente? Concluindo, podemos afirmar que investir em
- Existe um sistema eficiente de comunicação e de ação de infraestrutura para reduzir riscos de prejuízos contribui
todos os atores envolvidos no caso de falhas que provoquem diretamente para a geração de lucros para a empresa.
a disponibilidade dos processos empresariais?
- Quem será responsabilizado no caso de falhas?
*SÉRGIO GERALDO LINKE é engenheiro eletricista com
- Há falhas que podem “matar” a empresa ou grande parte
especialização em Gestão Estratégica de Empresas,
dela, devido aos enormes prejuízos envolvidos? especialista em edifícios de missão crítica. Atua como
- Quais os pontos fracos de minha estrutura física, lógica, gerente de patrimônio da Caixa Econômica Federal.

de processos, de pessoal? Continua na próxima edição


'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
- Todos os elos da corrente de segurança estão cônscios de
(ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
suas responsabilidades? VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
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Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo IX

Eficiência em ambientes de missão


crítica – Data center
Por Moacyr Franco Neto, Vanderlei LuisWeber, Renata Faraco Cunha, Robson Lopes Nunes*

Quando se fala em eficiência em ambientes de LT LÄJPvUJPH KLZKL V TVTLU[V KH JVUJLWsqV
missão crítica, se conjetura a vários fatores que destes ambientes, passando pelo ciclo de projeto,
compõem estes ambientes. Para que se tenha construção e operação.
um ambiente com alto fator de eficiência, é Com o crescimento do uso da computação
necessário pensar em todas as disciplinas que em nuvem, os data centers tornam-se, cada vez
o compõe. Ambientes de data center são um mais, imprescindíveis na vida das empresas. Tais
exemplo de ambiente de missão crítica de alta ambientes estão cada vez maiores, aumentando
complexidade, que reúne várias disciplinas a complexidade de gestão. Exigências como
operando em um mesmo ambiente de forma tempo de disponibilidade viram pré-requisitos
integrada visando uma atividade. cobrados por Acordo de Nível de Serviço (SLA),
Um data center é composto por diversas áreas, a fim de se assegurar o mínimo de qualidade dos
entre elas, a área de Telecom, responsável pela serviços prestados.
área de cabeamento estruturado e dados; a área de  ,T ZL [YH[HUKV KL LÄJPvUJPH LT KH[H
energia composta por grupos geradores, nobreaks center, a palavra-chave é disponibilidade. Ter
e outras fontes de energia; a área de refrigeração KPZWVUPIPSPKHKL ZPNUPÄJH X\L V KH[H JLU[LY LZ[HYm
composta pelo ar condicionado; a área de segurança funcionando adequadamente toda vez que um
composta por controle de acesso e sistema integrado serviço for demandado dele. Para assegurar um
de TV; a área de detecção e combate a incêndio; a alto índice de disponibilidade em data center, entre
área de supervisórios responsáveis pela automação outros aspectos, é necessário assegurar energia
integrada; e outras áreas de menor impacto. com qualidade, segura e ininterrupta. Para que
 5LZ[L JVU[L_[V X\HUKV ZL MHSH LT LÄJPvUJPH possa alimentar todos os subsistemas que compõe
em data centers, é necessário pensar em artefatos seu ecossistema.
arquiteturais, ou seja, a camada de infraestrutura Os data centers estão se tornando maiores
física do ambiente, e também ferramentas consumidores de energia, chegando a requerer 10
e processos que tangem a operação destes kVA a 15 kVA por rack e um montante equivalente
ambientes. Com isso, torna-se necessário pensar em refrigeração. Ou seja, um data center de médio
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porte com 100 racks consome até 3 MVA, equivalente a um WHYH H\_PSPHY V NLZ[VY H VI[LY THPVY LÄJPvUJPH UH NLZ[qV KV
parque industrial. O consumo de energia dentro de um data KH[H JLU[LY :PZ[LTHZ KL H\[VTHsqV LZWLJxÄJVZ WHYH LZ[L ÄT
center está relacionado a diversos fatores, sendo os principais: começaram a ser desenvolvidos com foco no monitoramento e
refrigeração do ambiente e carga gerada para alimentação gerenciamento do comportamento do data center, procurando,
dos ativos de TI. Havendo uma relação entre quanto maior o ao mesmo tempo, alta qualidade de serviços e máxima
número de ativos (servidores, switches, storage, etc.) maior será LÄJPvUJPH LULYNt[PJH ,Z[HZ MLYYHTLU[HZ KL H\[VTHsqV ZqV
o custo para refrigerá-los. compostas de hardware e software chamadas de Data Center
Algumas técnicas são utilizadas para minimizar o custo Infrastructure Management systems (DCIM).
gerado na refrigeração. Alguns artefatos arquiteturais, tais como Na seção seguinte serão apresentados o conceito de data
utilização de corredores quentes e frios e radiadores passivos, JLU[LYHZUVYTHZLZ[HILSLJPKHZLTVKLSVZKLJSHZZPÄJHsqV5H
maximizam os mecanismos da refrigeração, canalizando o seção III serão apresentadas algumas métricas utilizadas para
ar frio onde realmente é necessário. Outras técnicas como TLKPY H LÄJPvUJPH LULYNt[PJH LT KH[H JLU[LYZ L UH ZLsqV 0=
freecooling e energias alternativas visam utilizar total ou serão apresentados os principais artefatos estruturais utilizados
parcialmente as fontes de refrigeração do ambiente externo WHYHTLSOVYPHUHLÄJPvUJPHKLYLMYPNLYHsqV1mUHZLsqV=ZLYqV
onde o data center está localizado. Gestores de ambientes apresentadas as principais ferramentas, técnicas e modelos que
críticos estão cada vez mais buscando ativos de TI capazes WVKLYqVZLY\[PSPaHKVZWHYHZLVI[LYTHPVYLÄJPvUJPHUHNLZ[qV
de operar com fontes de energia de baixo consumo e baixo KL\TKH[HJLU[LYLWVYÄTHZJVUJS\ZLZ
aquecimento. Além destes artefatos arquiteturais, ferramentas
de apoio e medição também são implantadas visando uma
THPVY LÄJPvUJPH UH NLZ[qV *mSJ\SVZ KL Tt[YPJHZ ZL [VYUHT (TIPLU[LZJYx[PJVZUVYTHZLJLY[PÄJHsLZ
ULJLZZmYPVZWHYHTLKPYVX\qVLÄJPLU[LZLLUJVU[YHVHTIPLU[L  <T HTIPLU[L KL TPZZqV JYx[PJH t KLÄUPKV JVTV \T
e informações são consolidadas em tempo real para apoio à ambiente que deve ter a disponibilidade de suas aplicações e
tomada de decisão. serviços maximizados, pois a sua paralisação traz danos, que
Neste contexto, plataformas e ferramentas são criadas WVKLTZLYÄUHUJLPYVZV\ZVJPHPZ+H[HJLU[LYZZqVJVUZPKLYHKVZ
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Instalações em cargas de missão crítica

analogamente, por muitos gestores, o coração das empresas, de 3. Documentos de projeto.


modo que uma parada pode ocasionar desde danos materiais
como a parada no processo de produção em caso de uma  <TKH[HJLU[LYWVKLZLYJSHZZPÄJHKVLTJHKH\THKLZ[HZ
indústria, ou danos sociais em caso de data centers de hospitais categorias, em quatro colocações, TIER I, TIER II, TIER III e TIER
e outros ambientes hostis. IV, que são avaliadas como explicado a seguir:
Para o aumento da disponibilidade de um ambiente de
missão crítica e minimização de seu downtime, ou seja, seu •TIER I: Não há redundância de componentes ou de caminhos
tempo de parada, a tecnologia voltada para ambientes de de distribuição. O serviço pode sofrer interrupção em caso
missão crítica vem se aprimorando. Os serviços de missão de falha da infraestrutura. Em média, possui um período de
crítica foram aprimorados com a evolução dos hardwares e downtime por falha e/ou manutenção de 28,8 horas/ano e uma
softwares tolerantes a falhas. Esta nova classe de tecnologia, disponibilidade de 99,67%.
que era cara e inacessível nas décadas de 1970 e 1980, foi • TIER II: Possui componentes redundantes, mas não possui
barateada com a sua evolução e seu custo benefício se tornou caminhos de distribuição redundantes. Seu período de
cada vez mais vantajoso em relação às perdas tidas, caso um downtime por falha e/ou manutenção é de 22 horas/ano e sua
sistema para o qual são destinados pare. disponibilidade é em média de 99,75%.
Acompanhando a necessidade dos serviços, a infraestrutura • TIER III: Possui componentes e caminhos de distribuição
de sustentação destes equipamentos também deve ser projetada redundantes, porém o caminho redundante não é ativo. Em
de forma a maximizar seus requisitos de missão crítica. Várias média, seu downtime por falha e/ou manutenção é de 1,6
instituições internacionais e nacionais criaram regulamentações horas/ano e sua disponibilidade é de 99,98%.
e manuais de melhores práticas para que a infraestrutura de um •;0,90=!6KH[HJLU[LYJSHZZPÄJHKVJVTV;0,90=t[VSLYHU[L
ambiente de missão crítica seja projetada de forma a atender as a falhas. Possui redundância de componentes e caminhos de
necessidades de seus serviços. distribuição que são ativos automáticos em caso de necessidade.

Normas Possuem, em média, um downtime de 0,4 horas/ano e


No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas podem sofrer manutenção durante a operação sem que o
(ABNT) organizou um comitê para estabelecer as normas e serviço sofra interferência. Sua disponibilidade é de 99,99%.
melhores práticas de Cabeamento Estruturado para Edifícios
Comerciais e Data Centers. Esta norma é a ABNT NBR  5V)YHZPSVZKH[HJLU[LYZJLY[PÄJHKVZWLSH<W[PTLZqV!
14565:2012 e se baseia na norma internacional ISO/IEC
11801:2002 e ISO/IEC 24764. 1. Quanto à instalação construída:
 (UVYTHIYHZPSLPYHLZWLJPÄJHKLU[YLV\[YVZHLZ[Y\[\YHKV TIER IV: Banco Santander Brasil S/A – Centro Tecnológico
cabeamento, as interfaces para tomadas de telecomunicações Campinas – DC 1 e DC 2;
e de equipamentos, requisitos de desempenho de enlaces e
dos canais de cabeamento, requisitos de distâncias mínimas e 2. Quanto à sustentabilidade de operação:
máximas, requisitos de conformidade e procedimentos de teste, TIER III: VIVO S.A. - Data Center Tambore;
]LYPÄJHsqV L JLY[PÄJHsqV (StT KLZ[LZ YLJVTLUKH TLSOVYLZ
práticas para projeto e instalação de infraestrutura para data 3. Quanto aos documentos de projeto:
centers, cabeamento para sistemas de automação e controle e TIER IV: Banco Santander Brasil S/A – Centro Tecnológico
simbologia para projeto de cabeamento. Campinas – DC 1 e DC 2;
Para padronizar as instalações de data centers em escala TIER III: Ascenty Data Centers Locação e Serviço LTDA –
PU[LYUHJPVUHSL_PZ[LHUVYTH0:60,*!1mUVZ,Z[HKVZ Ascenty DC Campinas, Itau Unibanco – Centro Tecnológico
Unidos, as normas seguidas para estes tipos de instalações são a Mogi Mirim DC1, Empratel – Data Center Embratel Lapa,
TIA 942/2005 e a ANSI/BICSI-002 (DRAFT 2010). Globo.com – Globo.com Data Center, ALOG Data Centers do
Brasil – Site Tambore SP2, VIVO S/A – Data Center Tambore,
Tier T-Systems Brazil – T-Center.
 ( JLY[PÄJHsqV;0,9 MVP KLZLU]VS]PKH WLSV 0UZ[P[\[V <W[PTL
para creditar data centers ao redor de todo o mundo quanto a ,ÄJPvUJPHLULYNt[PJHLTKH[HJLU[LY
três categorias: Um data center demanda muita energia para seu
funcionamento e o alto consumo de energia resulta em custos
1. Sustentabilidade de operação; elevados para manter os serviços oferecidos disponíveis.
2. Instalação construída; Reduzir o consumo de energia, aumentar a competitividade dos
Apoio
34
Instalações em cargas de missão crítica

serviços prestados, mantendo a disponibilidade e adequação às as instalações atuais, mas também o crescimento futuro,
UVYTHZLJLY[PÄJHsLZtVNYHUKLKLZHÄVPTWVZ[VHVZNLZ[VYLZ TPUPTPaHUKV¸KV^U[PTL¹LPTWHJ[VZÄUHUJLPYVZJHZVZLQHT
destes ambientes. necessárias expansões.
 *VTHULJLZZPKHKLKLTLSOVYHYHLÄJPvUJPHLULYNt[PJH •1mV[LYJLPYV HZWLJ[V H ZLY VIZLY]HKVt V ¸TVUP[VYHTLU[V¹
diversas pesquisas e incentivos vêm surgindo ao encontro que se aplica na fase de operação e manutenção. Durante este
de melhorias com o intuito de padronizar, mensurar e período, é importante que se monitore o data center em busca
desenvolver equipamentos que supram essa necessidade. KL HUVTHSPHZ X\L WVZZHT JH\ZHY PULÄJPvUJPH VWLYHJPVUHS
( LÄJPvUJPH LULYNt[PJH KL ZLY]PKVYLZ WVY L_LTWSV [LT Uma boa abordagem para este aspecto é o uso de um DCIM.
sido melhorada fortemente nos últimos anos, fruto de
pesquisas que buscam aperfeiçoar tanto hardware como  (MVYTHTHPZ\[PSPaHKHWHYHZLTLKPYVxUKPJLKLLÄJPvUJPH
sua distribuição física dentro do data center. Além de KL\TKH[HJLU[LYtWVYTLPVKLTt[YPJHZLZWLJxÄJHZ4t[YPJHZ
otimização em equipamentos de TI, processos alternativos ZqV ]HSVYLZ X\L HQ\KHT H PKLU[PÄJHY JVTWVY[HTLU[VZ X\L
de refrigeração também são objetos de estudo. WVZZHTHML[HYHLÄJPvUJPHKVKH[HJLU[LYPUKPJHUKVVxUKPJLKL
O conceito “TI verde” se preocupa especialmente em controlar LÄJPvUJPHLT\THKL[LYTPUHKHmYLH(ZLN\PYZqVHWYLZLU[HKHZ
o consumo excessivo de energia em determinado cenário da as principais métricas utilizadas em um ambiente de data center.
tecnologia. Ela é conhecida como uma prática sustentável que
visa utilizar a tecnologia de informação de forma consciente •7<,7V^LY\ZHNLLMMLJ[P]LULZZ¶+LÄULHLÄJPvUJPHLULYNt[PJH
e inteligente. Neste âmbito, pode-se citar o uso da tecnologia do data center como sendo a carga total do data center dividida
para geração de energia renovável e limpa, o aperfeiçoamento pela carga dos equipamentos de TI, representado pela equação:
de equipamentos que consumam menos energia e tenham mais
Potência Total D.C. (kW)
capacidade de processamento e o uso de plataformas de serviços PUE=
Potência Total T.I. (kW)
JHWHaLZKLTLKPYLTVUP[VYHYLÄJPvUJPHLULYNt[PJHVZ+*04
 ( LÄJPvUJPH LULYNt[PJH WVKL ZLY VIZLY]HKH KH ZLN\PU[L A média ideal para essa métrica é 1. Para que uma estrutura
forma: obtenha esse valor, toda energia consumida na estrutura do
data center deve ser destinada aos equipamentos de TI, e o
• Gerencial: tomadas de decisão em longo prazo. Exemplo: data center se torna inviável. Para manter uma estrutura de
troca de equipamentos, ocupação de espaços físicos. TI, é necessário levar em consideração o consumo do sistema
•Energética: medição do consumo de energia dos diversos setores de refrigeração, nobreaks, iluminação e demais sistema que
possibilitando a análise de consumo/desperdício de energia. possibilitam o funcionamento do data center. A média atual dos
• De monitoramento: tomada de ações imediatas após data centers está entre 2 e 3, ou seja, se um data center possui
constatação de determinado cenário de alto consumo ou PUE 3 e tem um servidor que consome 1.000 watts é necessário
desperdício energético. 3.000 watts para mantê-lo disponível.

 ;YvZ HZWLJ[VZ PTWHJ[HT UH LÄJPvUJPH LULYNt[PJH LT \T •+*P,+H[H*LU[LY0UMYHZ[Y\J[\YL,MÄJPLUJ`¶4t[YPJHPU]LYZH


ambiente de missão crítica: HV 7<, X\L KLÄUL LT WLYJLU[\HPZ H LÄJPvUJPH LULYNt[PJH KH
estrutura de um Data Center. É representada pela equação:
• Primeiro aspecto, os “equipamentos com baixo consumo Potência Total de T.I. (kW)
DCiE= 100
energético”, tanto nos equipamentos responsáveis pela Potência Total D.C. (kW)
constituição da infraestrutura do ambiente, neste caso podem-se  6 7<, L V +*P, MVYULJLT V LZ[HKV H[\HS KH LÄJPvUJPH
citar ar condicionado, nobreaks, componentes de iluminação energética de um data center. Essas métricas são também
LU[YL V\[YVZ ILT JVTV UH LÄJPvUJPH KVZ LX\PWHTLU[VZ KL indicações críticas de oportunidade de melhoramento na
TI. Existe uma relação bastante lógica de que, quanto mais LÄJPvUJPH LULYNt[PJH *VTV V 7<, L V +*P, ZqV ]HSVYLZ
LÄJPLU[LTLUVYVJ\Z[VJVTLULYNPH extremamente dinâmicos, pois dependem da carga de trabalho
• Segundo aspecto, o “projeto e implantação”. Para se do data center, o acompanhamento do comportamento dessas
MHaLY \ZV LÄJPLU[L KLZ[LZ LX\PWHTLU[VZ K\YHU[L H MHZL métricas deve ser feita de preferência diária ou semanalmente.
de projeto e na implantação, torna-se necessário avaliar O PUE e o DCiE foram criados pela organização Green Grid
as integrações que tais equipamentos terão nos diversos que reúne pesquisadores de diversas empresas com o intuito
Z\IZPZ[LTHZL_PZ[LU[LZ6VIQL[P]VÄUHSZLYmVI[LYVH\TLU[V de estabelecer políticas de conduta e métricas de mensuração
KH LÄJPvUJPH KV JVUQ\U[V KL LX\PWHTLU[VZ \[PSPaHKVZ WHYH KL PUKPJHKVYLZ( -PN\YH  L_LTWSPÄJH H MVYTH NYmÄJH X\L t
\T KL[LYTPUHKV ÄT L UqV LT \T ‚UPJV LX\PWHTLU[V apresentando o PUE e DCiE no primeiro DCIM desenvolvido
+LÄUPY WHYoTL[YVZ L JVUJLWsLZ X\L PYqV JVTWVY UqV Z} no Brasil chamado DataFaz.
Apoio

35

Em que Mean Time Between Failures (MTBF) representa


o Tempo Médio entre Falhas e Mean Time ToRepair (MTTR)
representa o tempo médio de reparo.
Em um ambiente multidisciplinar, vários fatores podem
minimizar o MTTR. No que refere à energia, pode-se citar o
monitoramento em tempo real de cargas elétricas, a relação
de balanceamento dos circuitos e o mapeamento de suas
Figura 1 – PUE e DCiE gerados pelo DCIM DataFaz. conectividades. Por um monitoramento online dos circuitos
Outras métricas que são fontes importantes de informação elétricos e o mapeamento das e suas interligações, torna-se
na avaliação de um data center são: possível solucionar problemas com um menor tempo de reparo,
já que é possível saber onde se encontra o problema, além de
•+*7,+H[H*LU[LY7LYMVYTHJL,MÄJPLUJ`¶4LKLHLÄJPvUJPH permitir criar planos de contingências e realizar simulações de
do data center, confrontando a potência total com a potência impacto para o caso da adição de novas cargas.
gasta no processamento e armazenagem de dados, representada
pela equação: • *VUÄHIPSPKHKL ¶ +PZ[YPI\PsqV KV [LTWV TtKPV LU[YL MHSOHZ
(MTBF), representada pela equação:
Trabalho útil (processadores (kW)
DCPE= t ,
Potência total D.C. (kW) *VUÄHIPSPKHKL$
eMTBF

• Disponibilidade – Tempo durante o qual o data center está Em que MTBF-Estimated Mean Time Between Failures
efetivamente em operação em relação ao tempo em que deveria representa o Tempo Médio Estimado Entre Falhas.
estar em operação (ano), representada pela equação:  7HYH X\L ZL WVZZHT [LY Tt[YPJHZ LÄJPLU[LZ t ULJLZZmYPV
haver monitoramento completo e em tempo real. Uma gestão
MTBF
Disponibilidade= , LÄJPLU[L KL LULYNPH L_PNL ZPZ[LTHZ JHWHaLZ KL WYVWPJPHY
MTBF+MTTR
Apoio
36
Instalações em cargas de missão crítica

informações do que está acontecendo no ambiente em


determinado instante, apresentar histórico do que aconteceu
no passado e apresentar informações para que se analisem
as tendências futuras, havendo a necessidade de informações
consolidadas para que seja mantido um compromisso com a
sua disponibilidade.

*MKYVE¯)WUYIQjXMGSHSGSQTSVXEQIRXSHS¾Y\SHIEVIQYQPE]SYX
,ÄJPvUJPHLTYLMYPNLYHsqVKLKH[HJLU[LY de corredores quentes e frios.
Em ambientes críticos como data centers, a exigência
no controle de temperatura se torna tão importante quanto  7HYH ZL H\TLU[HY H LÄJPvUJPH KV ZPZ[LTH WVKLZL
à ocorrência de energia. A temperatura de um data center é HKV[HY HPUKH H ZVS\sqV KL ZL JVUÄUHTLU[V KV JVYYLKVY MYPV
essencial e necessária para o bom funcionamento de todos ColdAisleContainment System (CACS) ou corredor quente Hot
os seus ativos. O consumo de energia gerado para se manter (PZSL*VU[HPUTLU[ :`Z[LT /(*: *VT V JVUÄUHTLU[V KV
a temperatura ambiente nos limites ideais de funcionamento corredor frio, é possível garantir uma otimização da passagem
implicam diretamente nas métricas como PUE e DCiE. Cerca de ar pelos racks, e as perdas são diminuídas consideravelmente.
de 36% da energia consumida por um data center é utilizada ( WHY[L KV KH[H JLU[LY X\L UqV MVP JVUÄUHKH ZL JVTWVY[H
WLSVZL\ZPZ[LTHKLYLMYPNLYHsqVL\TPKPÄJHsqV6[PTPaHYLZ[LZ como um plenum de retorno de ar quente. Existe também a
sistemas pode trazer grandes impactos no custo do data center LZ[YH[tNPHKLZLJVUÄUHYVJVYYLKVYX\LU[L*VTLZ[H[tJUPJH
e em seu tempo de disponibilidade. o data center se transforma em um plenum de ar refrigerado e
Os servidores e equipamentos de um data center os corredores captam o ar quente vindo dos servidores. Estas
necessitam operar em uma temperatura média estipulada em [tJUPJHZWVKLTH\TLU[HYHLÄJPvUJPHKVWYVQL[VKLJVYYLKVYLZ
norma. A norma brasileira ABNT NBR 14565:2012 prevê que quentes e frios em até 43%, representando uma diminuição de
a temperatura ideal para operação de data centers é de 17 °C a até 15% no PUE.
27 °C. Fora destes limiares, os equipamentos podem apresentar
superaquecimento ou orvalho, dentre outros problemas, 9HKPHKVYLZWHZZP]VZ
prejudicando o seu desempenho. Se mantidos por muito tempo Uma alternativa ao modo tradicional de refrigeração,
em temperaturas muito acima ou muito abaixo das previstas, os MLP[H WVY TLPV KL PUZ\ÅHTLU[V KL HY WLSV WPZV L KPZWVZPsqV
equipamentos podem chegar a apresentar danos permanentes. de corredores quentes e frios, são os radiadores passivos. Estes
Neste contexto, artefatos arquiteturais são instalados empregam uma técnica de utilização de liquido por meio de
nos ambientes e em racks a fim de maximizar a distribuição tubulações que vão até os racks para refrigerar ou neutralizar
da temperatura no ambiente. Alguns artefatos são descritos o calor diretamente na fonte (dentro do rack), por meio de um
a seguir. sistema de gestão de refrigeração inteligente que impulsiona o
SxX\PKVH[t HZWVY[HZKL[YHUZMLYvUJPH KL JHSVY VUKLÄJHT VZ
*VYYLKVYLZX\LU[LZLMYPVZ radiadores. Deste modo, é possível ter uma economia de até
A técnica de refrigeração mais disseminada no projeto de 50% do custo total do data center.
data centers é a disposição dos racks em corredores quente e Pelo fato de agir diretamente na fonte de calor, os radiadores
frio. Esta técnica serve para se controlar a temperatura de forma passivos suportam uma quantidade de até cinco vezes mais
que o ar refrigerado chegue aos ativos e o ar quente vindo dos poder de computação comparado a instalações tradicionais de
servidores seja refrigerado novamente. Nesta técnica, os racks HYYLMYPNLYHKV(-PN\YHL_LTWSPÄJHH\[PSPaHsqVKLZZH[tJUPJH
ZqV LUÄSLPYHKVZ [VKVZ JVT H MYLU[L WHYH \T TLZTV JVYYLKVY de arrefecimento.
L JVT H [YHZLPYH WHYH V\[YV JVYYLKVY JVTV L_LTWSPÄJHKV UH
-PN\YH5HMYLU[LKVYHJRtPUZ\ÅHKVHYYLZMYPHKVWVYIHP_V
do piso elevado, e, por causa do diferencial de pressão e dos
ventiladores ativos dos servidores, este ar é induzido a passar
pelo rack, chegando a sua parte traseira. Quando o ar chega à
traseira do rack, ele já fez as trocas de calor com os servidores e
se encontra em uma temperatura maior (corredor quente). O ar
no corredor quente não consegue voltar pelo caminho que veio
e tende a subir, sendo recebido novamente pelo refrigerador de
ar para ser refrigerado.
*MKYVE¯)\IQTPSHIMRWXEPEpnSHSWMWXIQEHIVEHMEHSVIWTEWWMZSW
Apoio
38
Instalações em cargas de missão crítica

Algumas características importantes desta técnica são: artefatos arquiteturais como freecooling, corredores quentes e
instalação fácil, não requerimento de rearranjo dos gabinetes e frios e radiadores passivos, interferem no consumo energético, e
menos barulho nas salas de servidores. No entanto, existe um ZqV}[PTHZMLYYHTLU[HZWHYHZLVI[LY\THTIPLU[LTHPZLÄJPLU[L
risco que deve ser considerado pelo fato de estar colocando energeticamente, consequentemente, obtendo-se uma redução
\T Å\xKV KL YLMYPNLYHsqV KLU[YV KVZ YHJRZ ZLUKV X\L ZL\ de custo, tornando-os mais competitivos comercialmente e
vazamento pode trazer danos irreversíveis aos equipamentos. menos poluentes. Outra possibilidade é a implantação de
fontes de energia alternativas, limpas e renováveis. Estas fontes
-YLLJVVSPUN tornam o data center sustentável e ecologicamente correto.
 <TH[tJUPJHX\LWYVWVYJPVUH\THHS[HLÄJPvUJPHLULYNt[PJH  7HYH ZL VI[LY LÄJPvUJPH LT YLMYPNLYHsqV HStT KL MHaLY \ZV
ao data center se chama freecooling. Esta técnica utiliza meios de artefatos arquiteturais, torna-se necessário ter ferramentas
externos, tais com o ar ou água, para criar um arrefecimento. capazes de apresentar e medir a distribuição do calor dentro dos
Ela baseia-se em utilizar o ar ou a água que se encontra a ambientes, dos racks e dos quadros elétricos. Para trabalhar com
temperatura ambiente no meio externo ao data center. Após detectar ambientes em temperaturas não superdimensionadas, é necessário
a elevação de temperatura dentro do data center, mecanismos obter informações em tempo real da temperatura ambiente e da
são acionados para fazer a troca do ar quente pelo ar mais frio temperatura interna de racks e quadros. Mapas térmicos com
do ambiente externo. Essa técnica evita que equipamentos que apresentação da dissipação do calor são informações ideais para
consomem altas cargas de energia, como chillers, sejam acionados X\LVNLZ[VYWVZZHH]HSPHYHLÄJPvUJPHKHYLMYPNLYHsqVLPKLU[PÄJHY
frequentemente. As condições climáticas da região na qual o data a má distribuição dos seus ativos. A Figura 4 apresenta um exemplo
JLU[LYLZ[mZP[\HKVPTWSPJHUVHZWLJ[VKLLÄJPvUJPHLULYNt[PJHL de mapa de calor gerado pelo DCIM DataFaz.
determina se essa técnica pode ou não ser adotada.
Com a utilização do freecolling, pode-se obter uma redução
drástica com relação aos custos de energia para funcionamento
dos equipamentos de ar condicionados. Essa redução pode
variar entre 20% e 75%, criando assim uma economia
proporcional ao tamanho do data center.

,ULYNPHZHS[LYUH[P]HZ
Mantendo a preocupação com o consumo de energia,
HSN\THZ LTWYLZHZ ]vT SPKLYHUKV V JLUmYPV KL LÄJPvUJPH L
consumo de energias alternativas. As energias alternativas
são aquelas que podem ser renováveis e trazem o menor
impacto possível ao meio ambiente, fazendo o data center
uma estrutura sustentável.
No campo das energias alternativas, dois exemplos de data *MKYVE¯('-1:MWnSKVj½GEHSQETEHIGEPSVRSEQFMIRXIHS(EXE'IRXIV
centers que estão apresentando grande sucesso: o data center da
Apple em Maiden, Carolina do Norte e o data center da Google ,ÄJPvUJPHUHH\[VTHsqVLTKH[HJLU[LY
em MayesCounty, Oklahoma. O primeiro utiliza, como fontes  6 NYHUKL KLZHÄV WHYH \TH NLZ[qV LÄJPLU[L LT \T
alternativas de energia, painéis fotovoltaicos de 40 hectares e ambiente de missão crítica, que é constituído de sistemas
capazes de produzir 20 megawatts de energia elétrica além de X\L H[\HT KL MVYTHZ WHYHSLSHZ WVYtT \UPÄJHKHZ t WVZZ\PY
células combustíveis de biogás dirigido com capacidade de informações que sejam obtidas em tempo real e que sejam
 TLNH^H[[Z 1m V ZLN\UKV \[PSPaH  TLNH^H[[Z KL LULYNPH apresentadas de forma integrada, tornando possível ao gestor
proveniente de geração eólica de suas instalações. do ambiente realizar ações preventivas e corretivas, realizar
Fontes de energias alternativas devem ter sua viabilidade simulações de impactos e criar projeções de crescimento.
estudada para cada caso de data center. Visto que um data  <TH H\[VTHsqV LÄJPLU[L LT KH[H JLU[LY WVKL ZLY ]PZ[H
center consome cerca de 1.000% a 10.000% de energia por m², como aquela que tenha em seu núcleo ótimos mecanismos
comparado a um prédio corporativo, deve ser analisada a alta KL PUZ[Y\TLU[HsqV X\L WYVWVYJPVULT KHKVZ JVUÄm]LPZ WHYH
disponibilidade e o custo da energia renovável que se queira geração de métricas, que trabalhe de forma integrada aos demais
adotar. Contudo, pode-se obter o retorno sobre o investimento subsistemas e tenha capacidade de apresentar informações
em até 15 anos. consolidadas, proporcionando a tomada de decisão correta.
É fato que existe uma relação entre o consumo de energia Sistema de gestão e monitoramento de data center, também
com a intensidade da refrigeração do ambiente. A utilização de conhecido como DCIM, são sistemas de automação constituídos
Apoio

39

de hardware e software, cujo objetivo é permitir ao gestor de TI a infraestrutura que atua; e de negócio, pelo fato de que está
obter informações, em tempo real, sobre a situação do ambiente, voltada para a melhoria da performance, alta disponibilidade e,
condições do uso dos recursos e quais seus pontos críticos. principalmente, para a redução de custos visando uma melhor
Tais plataformas são consideradas uma ferramenta técnica e de LÄJPvUJPHLULYNt[PJH+*04\UPÄJHLPU[LNYHH[P]PKHKLZPULYLU[LZ
negócio: técnica, pois permite uma análise e intervenção sobre HPUMYHLZ[Y\[\YHLH;0JVUMVYTLL_LTWSPÄJHKVUH-PN\YH

*MKYVE¯)\IQTPSHISVKERM^EpnSIGSQTSWMpnSHIYQ('-1
Apoio
40
Instalações em cargas de missão crítica

Figura 6 – Diagrama elétrico dos quadros elétricos.

Diferentemente de sistemas de automação tradicionais que torna-se possível atingir níveis elevados de segurança física. Com
atuavam somente na camada de infraestrutura, uma automação autorização de acessos somente por meio de análise biométrica de
DCIM é capaz de consolidar informações e combinar diferentes JHKHM\UJPVUmYPVV\]PZP[HU[L[VYUHZLWVZZx]LSPKLU[PÄJHYX\LT
funções, tais como: o monitoramento da infraestrutura, o realmente teve acesso ao ambiente.
monitoramento da rede e dados, a gestão de ativos e inventário, o Na gestão patrimonial, também conhecida como gestão de
gerenciamento de espaços, o planejamento de operações, a gestão ativos, ferramentas DCIM, propiciam a utilização de mecanismo
LÄJPLU[LKLLULYNPHNLZ[qVKHZLN\YHUsHLHJLZZVZLV[PTPaHsqV de auto descoberta que facilitam a gestão patrimonial e inventários,
da performance. Integrando funcionalidades da camada da possibilitando ter uma gestão patrimonial efetiva, com uso de tags
infraestrutura do ambiente e camada de telecom, provendo não só KLSVJHSPaHsqVLL[PX\L[HZ9HKPV-YLX\LUJ`0+LU[PÄJH[PVU9-0+
informações operacionais, bem como gerenciais e estratégicas. minimizando falhas humanas e reduzindo custos. Com módulos de
Na gestão de energia, automações DCIM são necessárias gestão de ativo, todo o ciclo de vida do ativo pode ser gerenciado
para medições de métricas energéticas, tais como o PUE e do momento de sua instalação até seu descomissionamento.
+*P, JVUMVYTL L_LTWSPÄJHKV UH -PN\YH  (StT KL ZLYLT Ordens de serviços também poderão fazer parte de soluções
imprescindíveis para monitoramento de circuitos elétricos, DCIM, serviços podem ser gerados a partir de eventos e alarmes
mapeamento das conexões elétricas e cargas dos circuitos, JVUÄN\YHKVZUHWY}WYPHH\[VTHsqV-S\_VZKL[YHIHSOV^VYRÅV^
tornam possível criar planos de contingência, baseados em podem ser gerados e monitorados na própria ferramenta,
histórico de eventos anteriores e dimensionar impactos a serem possibilitando orquestrar diferentes grupos de trabalhos, relatando
gerados por instalações de novos equipamentos. A Figura 6 VLZ[HKVKLZ\HZH[P]PKHKLZHÄTKL]LYPÄJHYZL[VKVZVZLZ[mNPVZ
L_LTWSPÄJH\TKPHNYHTHLSt[YPJV de uma atividade foram concluídos.
Na gestão da refrigeração, podemos destacar como principais Em ambientes data center, automações tradicionais baseadas
funcionalidades inerentes a um DCIM, o monitoramento em tempo em Building Automation Systems (BAS), em português Sistema
real da temperatura e umidade, que permite que os ambientes KL (\[VTHsqV 7YLKPHS HJHIHT ZLUKV PULÄJHaLZ KL]PKV n
sejam mantidos nas temperaturas ideais, evitando que os sistemas característica multidisciplinar deste ambiente. Diversas áreas
de refrigeração trabalhem a plena carga. Funcionalidades como devem ser integras e informações devem ser consolidadas e
VZ[LYTVNYmÄJVZV\THWHZKLJHSVYJVUMVYTLL_LTWSPÄJHKVUH apresentadas em formato operacional, gerencial e estratégico.
-PN\YH  ZqV NYmÄJVZ \[PSPaHKVZ WHYH YLWYLZLU[HY HZ JVUKPsLZ 7HYHZLVI[LYLÄJPvUJPHLTH\[VTHsqVKLKH[HJLU[LYtULJLZZmYPV
KL[LTWLYH[\YHLT\THTIPLU[LLPKLU[PÄJHYIVSZLZKLJHSVY buscar soluções com conceito e característica de um DCIM.
HStT KL WLYTP[PY TLUZ\YHY H LÄJPvUJPH KL HY[LMH[VZ \[PSPaHKH
UH YLMYPNLYHsqV 7LSH PKLU[PÄJHsqV WYL]LU[P]H KL WYVISLTHZ *VUJS\ZqV
soluções simples, como realocação física dos ativos, podem ser Neste artigo foi exposto o conceito de data center e
VYX\LZ[YHKHZWHYHX\LZL[LUOHTHPVYLÄJPvUJPHLTYLMYPNLYHsqV HWYLZLU[HKHZHZUVYTHZX\LVZYLNLT(MVYTHKLJSHZZPÄJHsqV
no ambiente monitorado. em data center foi descrita, apresentando os níveis de downtime
Na área de segurança os DCIM possibilitam obter maior HJLP[m]LPZLTJHKH;PLY<THSPZ[HJVTVZKH[HJLU[LYZJLY[PÄJHKVZ
controle ambiental. Com a utilização de módulos de controle pelo instituo Uptime Institute no Brasil também foi mostrada.
de acesso ambiental, controle de acesso a racks e quadros, Data centers são grandes consumidores de energia chegando a
trabalhando de forma integrada a sistemas fechados de TV, requerer 10 kVA a 15 kVA por rack, energia com qualidade, segura
Apoio
42

;LTWLYH[\YH L H ,ÄJPvUJPH KV +H[H *LU[LY B6USPULD +PZWVUx]LS LT!


Instalações em cargas de missão crítica

e ininterrupta torna-se o requisito primário para o funcionamento


KLZ[LZ HTIPLU[LZ i ULJLZZmYPV WLUZHY LT LÄJPvUJPH LULYNt[PJH #O[[W!^^^HWJTLKPHJVTZHSLZ[VVSZ+)6@,+3,+)6@,+3,F
9F)9WKM%(JLZZVLT! ZL[
desde o projeto até a implantação e operação do ambiente. Fatores
‹ .VVNSL PZ WYV\K [V JHSS 6RSHOVTH OVTL [V VUL VM V\Y KH[H JLU[LYZ
como a utilização de ativos de TI com baixo consumo de energia, B6USPULD +PZWVUx]LS LT! #O[[W!^^^NVVNSLJVTHIV\[KH[HJLU[LYZ
ambientes que favorecem uma boa disposição dos equipamentos PUZPKLSVJH[PVUZTH`LZJV\U[`PUKL_O[TS%(JLZZVLT! ZL[
ZqVHSN\UZMH[VYLZX\LHJYLZJLVxUKPJLKLLÄJPvUJPHLULYNt[PJHLT ‹(WWSLLVTLPVHTIPLU[LB6USPULD+PZWVUx]LSLT!#O[[W!^^^HWWSL
JVTIYLU]PYVUTLU[YLUL^HISLLULYN`%(JLZZVLT! ZL[
data Center, havendo tendências de uso de energias alternativas
‹ +H[H *LU[LY 9HJR *VVSPUN ^P[O 9LHYKVVY /LH[ ,_JOHUNLY B6USPULD
para alimentar total ou parcialmente esta demanda. +PZWVUx]LSLT!
É fato que o consumo de energia em data center está #O[[W!OPNO[LJOSISNV]KVJ\TLU[ZKH[HFJLU[LYZYKO_KVLMLTWWKM%
diretamente relacionado a dois fatores: primeiro, a refrigeração (JLZZVLT! ZL[
do ambiente e, segundo, a carga necessária para alimentação dos ‹)SHJR)V_*VSK-YVU[+H[H*LU[LY*VVSPUN:VS\[PVUZB6USPULD+PZWVUx]LS
LT! #O[[W!^^^ISHJRIV_JVTYLZV\YJLNLU7+-*VSKMYVU[IYVJO\YL
equipamentos de TI. Com o uso de soluções como: freecooling,
WKM%(JLZZVLT! ZL[
que visa o aproveitamento do ar externo, utilizando a temperatura ‹+H[H*LU[LY0!9LMYPNLYHsqVL*VU[YVSLKL<TPKHKLB6USPULD+PZWVUx]LS
KHWY}WYPHUH[\YLaH(\[PSPaHsqVKLJVYYLKVYJVUÄUHKVZLWHYHUKV LT! #O[[W!^^^[LSLJVJVTIY[\[VYPHPZ[\[VYPHSKJZLNWHNPUHFHZW%
ar frio do quente e utilização de radiadores passivos com água (JLZZVLT! ZL[
‹*HILHTLU[VLZ[Y\[\YHKVWHYHLKPMxJPVZJVTLYJPHPZLKH[HJLU[LYZ()5;
gelada nas portas dos racks são artefatos estruturais bastantes
5)9
LÄJHaLZX\LTPUPTPaHTVJVUZ\TVKLLULYNPH6\[YHZ[tJUPJHZ ‹0UMVYTH[PVU[LJOUVSVN`¶.LULYPJJHISPUNZ`Z[LTZMVYKH[HJLU[LYZ0:6
tais como: melhor distribuição dos equipamentos nos racks para 0,* 
melhor distribuição de calor e aumento da temperatura ambiente ‹;LSLJVTT\UPJH[PVUZ0UMYHZ[Y\J[\YL:[HUKHYKMVY+H[H*LU[LYZ(5:0;0(

[VYUHZLIHZ[HU[LLÄJPLU[LZ
‹ +H[H *LU[LY +LZPNU HUK 0TWSLTLU[H[PVU )LZ[ 7YHJ[PJLZ (5:0)0*:0
 *VTVTVKLSVKLH\[VTHsqVLÄJPLU[LKL]LZLYJVUZPKLYHKV 
aquele que tenha capacidade de atuar nas diversas disciplinas que ‹ 7VZZPIPSPKHKL KL \[PSPaHsqV -YLL*VVSPUN ¶ (YYLMLJPTLU[V ,U[mSWPJV
compõem um ambiente de data center. Funcionalidades como B6USPULD+PZWVUx]LSLT!#O[[W!^^^JVUZ\S[VYPHLHUHSPZLJVT
monitoramento das grandezas físicas em tempo real, com interface WVZZPIPSPKHKLKL\[PSPaHJHVMYLLO[TS%(JLZZVLT!ZL[
‹:PZ[LTHKL.LZ[qVL4VUP[VYHTLU[VKL+H[H*LU[LY+*04¶+H[H-Ha
única e de fácil acesso, que apresente informações consolidadas,
B6USPULD(]HPSHISL!#O[[W!^^^KH[HMHaJVT%(JLZZVLT!ZL[
possibilitando a integração com subsistemas, permitindo gestão ‹<W[PTL0UZ[P[\[L;PLY*LY[PÄJH[PVU4HWDB6USPULD+PZWVUx]LSLT!#O[[W!
da segurança, gestão patrimonial são algumas das características \W[PTLPUZ[P[\[LJVT;PLY*LY[PÄJH[PVUJLY[4HWZWOW%(JLZZVLT!ZL[
esperadas em uma ferramenta de automação. Neste contexto, 
‹ -VU[LZ KL LULYNPH HS[LYUH[P]H ZqV V M\[\YV KVZ KH[H JLU[LYZ B6USPULD
foram apresentados os principais benefícios proporcionados
+PZWVUx]LS LT! #O[[W!^^^MLUHPUMVVYNIYPUMVFSLYWOW&PK$%
por uma ferramenta de gestão de data center, os DCIM. Foram (JLZZVLT!ZL[
descritas as principais funcionalidades e a relação que exerce na ‹ .Y\WV -HaPVU B6USPULD +PZWVUx]LS LT! #O[[W!^^^MHaPVUJVTIY%
gestão de energia e refrigeração. (JLZZVLT!ZL[
Automação e monitoramento de ambientes de missão crítica
[YHaLTILULMxJPVZUHLÄJPvUJPHKHNLZ[qV[V[HSKVZKH[HJLU[LYZ *MOACYR FRANCO NETO é bacharel e ciência da computação
monitorar ajuda a manter o ambiente disponível, minimizando o com mestrado em controle e automação pela UFSC,
atualmente diretor de automação e sistemas do grupo
tempo de dowtime. Informações consolidadas e com qualidade
Fazion.
permitem projetar melhor investimentos futuros, tornando os
serviços prestados mais competitivos. RENATA FARACO CUNHA é engenheira de controle e
automação pela UFSC, atualmente engenheira chefe do
departamento de controle e automação do grupo FAZION.
9LMLYvUJPHZ
‹ ,ÄJPvUJPH ,ULYNt[PJH LT;0 L PUMYHLZ[Y\[\YHZ WHYH KH[H JLU[YLZ L ZHSHZ ROBSON LOPES NUNES é bacharel em sistema de informação
KLZLY]PKVYLZB6USPULD+PZWVUx]LSLT!#O[[W!^^^LMÄJPLU[KH[HJLU[LY e pós graduando em Engenharia de Automação pelo SENAI-
L\ÄSLHKTPUKVJZKHTIYVJO\YLZIYVJO\YLFW[WKM% (JLZZV LT!  ZL[ CTAI, atualmente arquiteto de software do departamento
 de controle e automação do grupo FAZION.
‹ +H[H *LU[LY ]LYKL! JVTV YLK\aPY V PTWHJ[V HTIPLU[HS B6USPULD
VANDERLEI LUIS CONRAD WEBER é bacharel em sistema de
+PZWVUx]LSLT!
informação pela UNICS e mestrando em Engenharia de
#O[[W!^^^\UP[IYW\ISPJHJKNFL_[FFKH[HFJLU[LYF]LYKL automação e sistema pela UFSC, atualmente analista de
WKM%(JLZZVLT! ZL[ teste do departamento de controle e automação do grupo
‹ 469,;;0 9VKYPNV *HYSVZ =HZX\LZ 4VUP[VYPaHsqV KV JVUZ\TV KL FAZION.
LULYNPHLTJLU[YVZKLKHKVZ+PZZLY[HsqV
‹>(5. 3PaOL" 2/(5 :HTLL < 9L]PL^ VM WLYMVYTHUJL TL[YPJZ MVY Continua na próxima edição
NYLLUKH[HJLU[LYZ!H[H_VUVT`Z[\K`;OL1V\YUHSVM:\WLYJVTW\[PUNW 'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
 (ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
‹ 0TWHJ[V KH *VU[LUsqV LT *VYYLKVYLZ 8\LU[LZ L -YPVZ ZVIYL H VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
Apoio
32
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo X

Gestão proativa – Monitoramento e


manutenção de baterias de UPS
Por Thiago Yokoyama Matsumoto*

Nos fascículos anteriores foram discutidos, adotar uma gestão proativa, otimizando o
de forma clara e concisa, o uso e a aplicação desempenho e a confiabilidade do sistema sem
de UPSs em instalações de missão crítica e colocar as cargas críticas em risco.
a importância das baterias para um UPS. As De acordo com estudos da Electric Power
baterias são componentes de baixa tecnologia Research Institute (EPRI), 98% das interrupções
em um sistema de energia sofisticado de UPS, de energia duram menos de dez segundos e
porém, ele é o mais importante e vital item que, são exatamente nestes poucos segundos que
de maneira nenhuma, pode ser negligenciado. as baterias do UPS devem estar em prefeitas
A principal causa da falha de um UPS está condições para entrar em ação. O problema é que
relacionada a baterias, portanto, é obrigatório muitos gestores de missão crítica só se dão conta

Figura 1 – Diagrama de blocos de um UPS.


Apoio

33

que as baterias do UPS estão com problema quando há uma


falta de energia e o UPS precisa das baterias, dando todo o
crédito para “Lei de Murphy”, quando, na verdade, a culpa é
dos próprios gestores que não tomaram medidas preventivas
em relação ao seu UPS e baterias.
Rios de dinheiro são investidos em instalações de missão
crítica como ativos de TI, aparelhos médicos e sistemas
IHUJmYPVZ THZ LSHZ UqV WVKLT ÄJHY UH TqV KH ZVY[L
Estratégias proativas devem ser consideradas pelos gestores
das instalações de missões críticas, pois muitos se preocupam
somente com a infraestrutura, como quadros elétricos e
cabines primárias, deixando de lado os UPSs e baterias.
 <TH KHZ WYLTPZZHZ PUPJPHPZ t H ]LYPÄJHsqV KV SVJHS KH
instalação das baterias. As condições ambientais, temperatura Figura 2 – Imagem de uma instalação de um UPS com baterias VRLA.

e umidade afetam diretamente a vida útil das baterias. interna de cada bateria, permite que as condições de uso
Além disso, devem-se seguir as práticas de manutenções de das baterias sejam otimizadas, utilizando assim toda a vida
baterias de acordo com a recomendação do fabricante e das útil da bateria disponível com o máximo desempenho.
normas vigentes de acumuladores, utilizando mão de obra Nos últimos anos, a densidade de energia em uma
[tJUPJHX\HSPÄJHKHLHS[HTLU[L[YLPUHKH instalação de missão crítica vem crescendo a níveis “Moore”
Outro ponto extremamente importante é o em alusão a “Lei de Moore”, conhecida pelo aumento de
monitoramento de baterias. Um monitor de bateria que 100% na quantidade de transistores em um chip a cada
mensura as correntes de descarga e recarga, temperatura período de 18 meses.
ambiente, as tensões individuais por célula e a resistência Para exemplificar, a Lei de Moore “faz” com que os
Apoio
34
Instalações em cargas de missão crítica

ativos de TI executem maiores processamentos com menor


espaço físico, utilizando equipamentos menores, porém VIDA ÚTIL DAS BATERIAS

mais densos em processamento. Com isso é possível ter


20 anos 20 anos
mais ativos de TI em um rack hoje. Em média, um rack de TI
consome aproximadamente 20 kVA, quantidade cinco vezes
maior do que consumia um rack há dez anos. Uma simples
falha de energia em qualquer ponto da instalação pode 12 a 15 anos

afetar toda a operação, pois como há mais processamento


10 anos
em um único ponto, maior será o dano causado pela falha. 8 a 10 anos

Em instalações de missão crítica, muitas vezes, são


utilizados UPSs de grandes potências ou com grandes 4 a 6 anos

tempos de autonomia, isto é, o tempo que o UPS manterá


energizado a carga crítica. Por esta razão, é necessária a
VENTILADAS VRLA (20 ANOS) VRLA (10 ANOS)

Vida Útil (fabricante) Vida Útil (operacional)

Figura 4 – Vida útil das baterias por tipo.

Como já discutido nos capítulos anteriores, os tipos de


baterias mais comuns para UPSs são as VRLAs e as baterias
ventiladas, que possuem em sua composição componentes
e processos químicos que se degradam com o tempo, isto
é, há um grau de envelhecimento durante o período de
utilização, com sua vida útil definida pelo o tipo de bateria,
fabricante e seu modo de utilização (ciclos e ambiente).
Vale ressaltar que a vida útil de uma bateria não tem
relação com a garantia dada pelo fabricante. A garantia é
a cobertura de defeitos provenientes da fabricação, a vida
útil dada pelo fabricante é determinada pelo projeto das
baterias e a vida útil operacional é relacionada com o tempo
dado pelo fabricante, regime de operação, influência do
ambiente e manutenções.
Uma modalidade muito utilizada em baterias é a
garantia pro-rata, conhecida como garantia proporcional.
Ela é utilizada para produtos não reparáveis. Caso qualquer
bateria adquirida apresente uma falha de fabricação, o
fornecedor substituirá a bateria com o custo que depende
da idade da bateria no tempo da falha. Por exemplo: um
UPS é adquirido com um banco de baterias com garantia
de cinco anos pro-rata. Após três anos, se uma bateria
*MKYVE¯-QEKIRWHIFEXIVMEWHERM½GEHEW
apresentar defeito de fabricação, o fornecedor é obrigado
utilização de grandes bancos de baterias, fazendo com que a substituí-la, porém, como será necessária a aquisição de
essas, por sua vez, tornem-se mais caras que o próprio UPS. uma nova, será descontado o valor dos 2/5, que é o tempo
Com isso, a substituição das baterias torna-se um grande restante da garantia.
ônus ao gestor da instalação de missão crítica, além do Outros fatores influenciam a vida útil de uma bateria
problema que a falha das baterias e, consequentemente do como:
UPS, pode causar.
De todas as falhas que ocorrem com os UPSs, 40% • Tensão alta ou baixa de recarga;
desses eventos estão ligados às baterias, já que uma simples • Mal dimensionamento das baterias em relação a potência
célula pode comprometer a integridade de todo o sistema. e o tempo de autonomia;
Apoio
36
Instalações em cargas de missão crítica

• Corrente excessiva na descarga; com a própria carga crítica que o UPS está alimentando,
• Defeitos de fabricação; pois, caso haja qualquer problema durante este teste, a
• Temperatura e umidade do ambiente impróprio; carga sofrerá a interrupção causada pela falha.
• Conexões com folga;
• Operações indevidas;
• Não realização de manutenções ou manutenções mal
executadas.

Com a diminuição da vida útil, as baterias perdem


a capacidade, diversos ciclos de descargas e recargas
resultam na degradação das baterias. Um fator crucial para
a verificação da condição de uma bateria é sua resistência
interna; quando há uma descarga da bateria a sua resistência
interna aumenta e, após a recarga, ela volta aos padrões
normais. O problema é que, com o passar do tempo, o valor
*MKYVE¯8qGRMGSVIEPM^ERHSZIVM½GEpnSREWFEXIVMEW
da resistência interna não retorna aos padrões anteriores,
aumentando cada vez mais com o passar dos ciclos. Quando Outro modo de verificação do estado das baterias é
ela atinge os valores determinados pelo fabricante, a bateria a realização de manutenções preventivas realizadas por
fica fora de uso. Por essa razão, a resistência interna é um técnicos qualificados. Nessas manutenções são executadas
dos principais parâmetros elétricos para a verificação das verificações e análises das condições das baterias. São
condições de uso de uma bateria. verificadas individualmente as condições físicas de cada
Ao final da vida útil, isto é, com a constatação da perda bateria, as conexões, sendo medidos os parâmetros elétricos
da capacidade das baterias, é necessária a substituição e químicos, entre eles: tensão por elemento, temperatura
por novas baterias. Com a troca realizada por uma dos polos negativos e positivos e a resistência interna. Nos
equipe técnica qualificada, é importante ainda executar casos de baterias ventiladas, são medidos também o nível e
o descarte correto das baterias, conforme resolução do a densidade do eletrólito de cada célula.
Conama Nº 401 – 2008, citada a seguir, pois, como já Atualmente, no Brasil, existe a norma ABNT NBR 15641-
discutido anteriormente, as baterias contém chumbo em 2008 que estabelece um procedimento para manutenção
sua composição e não podem ser descartadas de maneira de baterias chumbo-ácida reguladas por válvula.
leviana, principalmente em aterros, pois o chumbo interno, Internacionalmente, é possível consultar as normas do IEEE
bem como o ácido presente nas baterias, pode contaminar (Institute of Electrical and Electronics Engineers), utilizando
o solo. a IEEE 450-2012 para baterias ventiladas e a IEEE 1188-
Art. 8º As baterias chumbo-ácido, nacionais 2005 para baterias VRLA, normas que contém as melhores
ou importadas, depois de usadas ou consideradas práticas para a realização de manutenções e testes.
inservíveis, uma vez cumpridos os procedimentos de Outro método assertivo para a verificação das condições
coleta estabelecidos nesta Resolução, terão destinação da bateria é o monitoramento em tempo real dos parâmetros
ambientalmente adequada, de responsabilidade elétricos de cada bateria individualmente. Os monitores de
do respectivo fabricante ou importador. (Resolução
nº 401, do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), que diz respeito ao descarte e
gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e
baterias usadas que contenham em suas composições
chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos).

A melhor maneira de verificar se um banco de baterias


está com problemas é realizar um teste real de autonomia,
simulando uma falta de energia no UPS e verificando se
as baterias irão suprir as cargas críticas de acordo com o
especificado. Porém, é impossível realizar este tipo de teste
Figura 6 - Banco de baterias com medidores individuais.
Apoio

37

baterias são dispositivos ligados individualmente em cada


bateria, monitorando a tensão, temperatura dos polos e a
resistência interna de cada bateria, tendo um concentrador
onde é compilado as informações, mostrando as condições
de cada bateria individualmente.
 *VT TVUP[VYLZ KL IH[LYPHZ t WVZZx]LS H PKLU[PÄJHsqV
WYLTH[\YH KV ÄUHS KH ]PKH ‚[PS KL \TH IH[LYPH 0ZZV WVYX\L
com os parâmetros máximos e mínimos de tensão, temperatura
e resistência interna, dada pelo fabricante, é possível realizar
um comparativo, mensurando se a bateria está em condições
ou não de uso. Por exemplo: as baterias VRLA são sensíveis à
[LTWLYH[\YHLn[LUZqVKLÅ\[\HsqV<TTVUP[VYKLIH[LYPH
pode fornecer a temperatura ambiente, a tensão de cada
bateria, a resistência interna, permitindo que estas condições
sejam otimizadas, utilizando, assim, a vida útil máxima
Figura 7 – Imagem da tela do monitor sinalizando a bateria com defeito.
disponível e o melhor desempenho da bateria e do UPS.
Este tipo de solução proativa integra atividades de as baterias, com a possibilidade de dois tipos de monitores,
manutenção preventiva, com análise preditiva para um com fio que interliga fio a fio todos os medidores das
identificar problemas antes que eles ocorram, fazendo baterias sincronizados no concentrador por loop ou anel,
assim uma análise precisa de quando será necessária a ou o modelo de comunicação sem fio, que envia todos os
substituição de uma bateria antevendo a falha. parâmetros medidos para o concentrador. Com este modelo,
Os monitores de bateria modernos independem do por ser sem fio é possível monitorar diversos UPS ao mesmo
fabricante do UPS, pois eles medem única e exclusivamente tempo com um só concentrador. Exemplo: caso a bateria nº
Apoio
38
Instalações em cargas
de missão crítica

22 do UPS 3 esteja com a resistência fora dos parâmetros, o proteção como os UPS se torna obrigatório. Porém, o que
monitor irá sinalizar qual bateria está com problema. muitos gestores das instalações de missão crítica necessitam
Outro benefício deste tipo de monitoramento é a entender é que, apesar de ser um item de baixa tecnologia,
possibilidade de integrar no sistema de gerenciamento da as baterias são o coração do UPS e do sistema como um
instalação crítica, pois os monitores possuem interface de todo, e que sem elas nenhum UPS funciona.
rede TCP/IP, contatos secos para sinalização e até MODBUS A principal causa da falha do UPS está relacionada às
muito utilizado em instalações de missão crítica. baterias, portanto, é obrigatório adotar estratégias de gestão
Como as instalações de missão crítica exigem uma WYVH[P]HKHIH[LYPHV[PTPaHUKVVKLZLTWLUOVLHJVUÄHIPSPKHKL
maior confiabilidade do sistema, faz-se obrigatória a do sistema sem colocar as cargas críticas em risco.
utilização dos dois métodos de verificação das baterias, Utilizando métodos de manutenções preditivas e
combinando o monitoramento em tempo real das baterias preventivas, com a utilização de um monitoramento em tempo
com a elaboração de relatórios preditivos e a realização real individualmente das condições de cada bateria, tem-se o
de manutenções periódica com profissionais qualificados, JLUmYPVPKLHSWHYHTLSOVYHYHJVUÄHIPSPKHKLKVZPZ[LTHWVPZ
dando assim total segurança para a bateria, ao UPS e, com a utilização dos dois métodos, é possível antever a falha,
principalmente, segurança e confiabilidade ao sistema. substituindo a bateria ou executando manutenções antes que
provoque uma falha no sistema inteiro.
Conclusão
*THIAGO YOKOYAMA MATSUMOTO é engenheiro eletricista
Nos tempos atuais, as instalações de missão crítica vêm
pela Unifei e possui MBA em Gestão Empresarial pela
crescendo a cada ano e as cargas estão se tornando mais FGV. Atualmente atua como gerente comercial da Lacerda
densas em energia ocupando menos espaço, ou seja, cada Sistemas de Energia.
Continua na próxima edição
vez mais as instalações de missão crítica vêm se tornando
'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
importantes, necessitando de uma maior confiabilidade (ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
e disponibilidade. Por isso a utilização de sistemas de VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
Apoio
32
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo XI

Cortes de tensão (notching) e as


respostas de UPSs estáticos
Por Fabrício Douglas Gonçalves, Anésio de Leles Ferreira Filho, Felipe Tadeu Stemler,

Luiz Valadão e Marcelo Leite Freire*

Com o crescente aumento de cargas não lineares maneira, serão apresentadas neste trabalho três
no sistema elétrico, os fenômenos relacionados à topologias diferentes de UPS estáticos e suas
Qualidade da Energia Elétrica (QEE), sobretudo em respostas a um problema de Qualidade da Energia
função dos efeitos que eles provocam, têm se tornado Elétrica pouco abordado, porém consideravelmente
assuntos cada vez mais recorrentes na literatura presente nos sistemas elétricos atuais; o corte de
atinente. Como consequência, os estudos acerca tensão (notching).
das causas, dos limites e das possíveis soluções para Devido aos poucos estudos em torno deste
estes fenômenos revelam-se indispensáveis. fenômeno, faz-se necessário explicá-lo de maneira
Neste ínterim, alguns dispositivos e equipamentos adequada, abordando seus principais conceitos,
são sugeridos para mitigar ou até mesmo eliminar Z\HZ JH\ZHZ L HZ KLÄUPsLZ L VZ Tt[VKVZ KL
as indesejáveis distorções que surgem na forma de X\HU[PÄJHsqV LTWYLNHKVZ WVY HSN\THZ UVYTHZ
onda da tensão ou da corrente (ou das duas). Dentre que versam sobre o assunto. Além disso, são
as possibilidades que se apresentam no mercado, os apresentados os principais efeitos deste fenômeno
Sistemas Ininterruptos de Energia (UPS) constituem KL NYHUKL PUÅ\vUJPH LT JHYNHZ LSL[YUPJHZ X\L
uma alternativa que vem sendo empregada para utilizam a passagem pela tensão de nível zero
solucionar estes problemas. como referência), tanto na rede elétrica como em
Mais conhecidos como no breaks, os UPSs aparelhos eletrônicos.
estão presentes em diversas instalações elétricas de
baixa tensão como instalações residenciais (urbana Conceituação (corte de tensão)
e rural), comerciais e industriais. Sua utilização De acordo com a norma IEEE 1159-2009, o
se faz necessária pelo desejo do consumidor em corte de tensão (notching) é um fenômeno de
evitar que a energia fornecida aos equipamentos qualidade da energia elétrica caracterizado por ser
eletrônicos essenciais seja interrompida ou que uma distorção da forma de onda (podendo a tensão
permaneça fora dos limites aceitáveis para o neste corte oscilar), com polaridade oposta à da
funcionamento adequado da carga. Com isso, a mesma e duração inferior a meio ciclo. Os cortes
escolha de um UPS, dentre as diversas topologias de tensão ocorrem sempre de maneira periódica.
existentes, pode ser fundamentada com base na A Figura 1 apresenta uma forma de onda típica de
sua resposta frente aos fenômenos de QEE. Desta ambientes onde estes fenômenos se manifestam.
Apoio

33

corte e do tempo durante o qual este ocorre. Os parâmetros dos


cortes de tensão podem ser observados na Figura 2.
Um dos principais causadores dos cortes de tensão são
VZ JVU]LYZVYLZ YL[PÄJHKVYLZ [YPMmZPJVZ 0Z[V ZL Km KL]PKV HV
fato dos cortes de tensão (notches) ocorrer quando a corrente
comuta de uma fase para outra, uma vez que a presença de
indutâncias entre a fonte e o ponto monitorado faz com que
Figura 1 – Representação de cortes de tensão em uma onda senoidal. estas comutações não ocorram instantaneamente; gerando um
curto-circuito momentâneo entre as fases. O tamanho destas
Este fenômeno leva a uma distorção na tensão fornecida, reatâncias estabelece o quão rapidamente a corrente comutará
como pode ser observado na Figura 1. Ele não possui uma entre duas linhas.
JSHZZPÄJHsqV WYLJPZH ZLUKV LZWLJPÄJHKV LU[YL OHYTUPJHZ L
transitórios.
O corte de tensão é caracterizado, de acordo com a norma
IEEE 519-1992 [1], por sua altura relativa (notch depth) e por sua
mYLHUV[JOHYLH(HS[\YHYLSH[P]HKVJVY[LtKLÄUPKHWLSHYHaqV
entre o valor médio da profundidade do corte e a magnitude
da onda de tensão no momento do corte. Alguns autores
propõem revisões a esta norma e à forma de se calcular a altura
relativa do corte, dando como exemplo um corte de tensão cuja
profundidade atinja o nível referente à tensão zero; o que levará
sempre a uma altura relativa do corte de 100%. Já a área do
corte é calculada através do produto da profundidade média do Figura 2 – Parâmetros de cortes de tensão.
Apoio
34

Causas e o processo de comutação


Instalações em cargas de missão crítica

Considerando-se os tiristores como não ideais e a presença


 (-PN\YHTVZ[YHVLZX\LTHLSt[YPJVKL\TYL[PÄJHKVYKL de indutâncias do sistema, haverá queda de tensão na entrada
seis pulsos, considerando as indutâncias presentes nas linhas de do circuito, e ela será proporcional à corrente média da carga, à
HSPTLU[HsqVKVYL[PÄJHKVY PUK\[oUJPHKLJVT\[HsqVLHVU‚TLYVKLW\SZVZKVYL[PÄJHKVY
O ângulo de disparo _ permite o funcionamento sequencial
KVZ[PYPZ[VYLZV\ZLQHWHYH\TYL[PÄJHKVYKLZLPZW\SZVZ[LTVZ
um ângulo de disparo de 30°, com intervalos de 60° entre os
disparos. Desta maneira, ocorrem seis comutações em um
ciclo, tornando os cortes de tensão periódicos.
 6 oUN\SV KL JVT\[HsqV › t KLÄUPKV JVTV V WLYxVKV KL
duração em que dois tiristores conduzem simultaneamente. Ele
depende das indutâncias de comutação e da corrente da carga.
Portanto, pode-se concluir que a severidade dos cortes de
tensão é determinada pela reatância indutiva e pela intensidade
da corrente circulando no conversor.
*MKYVE¯6IXM½GEHSVXVMJjWMGSHISRHEGSQTPIXE WIMWTYPWSW 

Da Figura 3 pode-se observar que, se as indutâncias forem Normas


desconsideradas e os tiristores substituídos por diodos ideais,  ( UVYTH THPZ LZWLJxÄJH WHYH JVY[LZ KL [LUZqV UV[JOPUN
apenas dois diodos conduzirão ao mesmo tempo em lados é a IEEE Std 519-1992. Nesta norma são apresentadas as
opostos da ponte; o que impediria o surgimento do corte de KLÄUPsLZ KV TLUJPVUHKV MLUTLUV L HZ Z\HZ JH\ZHZ(StT
[LUZqV(StTKPZZVWHYHX\LVYL[PÄJHKVYM\UJPVULKLTHULPYH disso, são exibidos os limites de cortes devido a comutações.
adequada, os diodos que estão conduzindo devem estar em Esta norma propõe limites quanto à profundidade do corte, à
diferentes fases. Por esta razão, os diodos 1 e 4 não podem distorção harmônica total (DHT) e à área do corte na tensão
conduzir ao mesmo tempo. de linha no PAC (Ponto de Acoplamento Comum). Os limites
A tensão DC aplicada à carga é composta por uma parte da são apresentados na Tabela 1 (baseada na tabela 10.2 da norma
tensão de linha da fonte trifásica. Na verdade, a tensão DC é IEEE 519-1992).
constituída da tensão Vab enquanto os diodos 1 e 6 conduzem.
TABELA 1 – LIMITES DE DISTORÇÃO
Já a tensão Vba contribui para a tensão DC durante o período Aplicações Sistemas Sistemas
de condução dos diodos 3 e 4. Especiais* Gerais Dedicados**
Os diodos que conduzem são determinados pela tensão de PROFUNDIDADE 10 % 20 % 50 %
linha com maior magnitude naquele instante de tempo. Assim, DO CORTE

DHT (TENSÃO) 3% 5% 10 %
no instante t = 0, a tensão Vcb possui a maior magnitude dentre as
ÁREA DO CORTE 16.400 22.800 36.500
três tensões de linha e, em consequência, os diodos 5 e 6 estarão (AN)**
conduzindo. No instante 1,389 ms (30°), a tensão Vab torna-se *Aplicações especiais incluem hospitais e aeroportos.

maior que Vcb, causando a condução do diodo 1 e a reversão **Um sistema dedicado é exclusivamente dedicado à carga do conversor.
***Em volt-microssegundo na tensão e corrente nominal.
do diodo 5. Como resultado, a corrente é transferida do diodo 1
para o diodo 6. Como se considera comutações instantâneas, a
Observação: O valor de An para sistemas diferentes de 480 V
saída DC para uma carga resistiva é composta pelos picos das
devem ser multiplicados por V/480.
seis tensões de linha, conforme mostra a Figura 4.

Estes limites são recomendados para sistemas de baixa tensão


onde a área do corte pode ser medida com um osciloscópio.
Outra norma que faz referência ao estudo dos cortes de
tensão é a IEEE Std 1159-2009 [2], cujo foco é estabelecer
práticas para o correto monitoramento da qualidade da energia
elétrica. Neste documento é feita apenas uma breve menção
acerca dos cortes de tensão e estes são explicados de maneira
bastante sucinta. Não é estabelecido nenhum limite com
relação à profundidade e à área dos cortes.
*MKYVE¯*SVQEHISRHEHIYQEJSRXIXVMJjWMGE A Engineering Recommendation G5/4 estabelece que a
Apoio
36

UPS Passive Standby


Instalações em cargas de missão crítica

profundidade do corte de tensão não deve ultrapassar 15% da


tensão de pico nominal da onda e a amplitude de pico das Este tipo de UPS possui dois modos de operação: modo
oscilações (que se dão devido à comutação que ocorre entre o normal e modo bateria. A Figura 5 apresenta o diagrama de
PUxJPVLVÄTKVJVY[LKL[LUZqVUqVKL]LTL_JLKLY KH blocos deste tipo de equipamento.
tensão de pico nominal.

Efeitos dos cortes de tensão


Os efeitos dos cortes de tensão (notching) têm bastante
PUÅ\vUJPH LT HWHYLSOVZ LSL[YUPJVZ \TH ]La X\L LZ[LZ ZL
encontram no lado de baixa tensão dos sistemas de distribuição.
Na verdade, os cortes de tensão introduzem frequências
harmônicas e inter-harmônicas superiores às normalmente
presentes em sistemas de distribuição. Isso pode provocar falhas Figura 5 – Diagrama de blocos dos UPSs Passive Standby.

no disparo ou na comutação do conversor. Estas frequências Como pode ser observado na Figura 5, ao funcionar no modo
podem ultrapassar 3.600 Hz e também se localizar na faixa normal, este UPS permite a alimentação da carga diretamente pela
de rádio frequências (RF) e, portanto, podem ser bastante rede elétrica, a qual também é responsável por carregar a bateria
prejudiciais ao introduzir sinais RF espúrios no sistema. Os WVYTLPVKL\TYL[PÄJHKVY*(**
efeitos mais comuns causados por estes sinais são interferências A passagem do modo de operação normal para o modo bateria
em circuitos lógicos ou de comunicação. Por vezes, os cortes ocorre quando a tensão de entrada ultrapassa uma determinada
KL[LUZqVZqVJHWHaLZKLZVIYLJHYYLNHYÄS[YVZKLPU[LYMLYvUJPH faixa de tolerância ou quando há uma interrupção de energia,
eletromagnética e circuitos capacitivos de alta frequência. fazendo com que o circuito de controle do equipamento acione
Outro conhecido efeito de cortes de tensão é a a chave de transferência para que a carga seja alimentada pela
desregulagem causada em aparelhos eletrônicos que bateria por meio do inversor CC/CA.
utilizam como parâmetro para suas operações temporais  (Z ]HU[HNLUZ KLZ[H [VWVSVNPH ZqV V WYVQL[V ZPTWSPÄJHKV V
o cruzamento do zero (zero crossing) na onda de tensão. IHP_VJ\Z[VV[HTHUOVYLK\aPKVLHHS[HLÄJPvUJPHKL[YHUZMLYvUJPH
Os cortes de tensão podem provocar cruzamentos extras de energia quando o UPS opera em modo normal.
no nível de referência, o que pode culminar em erros de As desvantagens são a não regulação de tensão e de frequência,
sincronização de frequência. Dessa forma, os controladores a não isolação da carga, a onda de saída aproximadamente
eletrônicos do equipamento armazenarão informações de X\HKYHKHHIHP_HLÄJPvUJPHUVZ\WYPTLU[VKLJHYNHZUqVSPULHYLZ
erros na frequência, apesar da fundamental permanecer e o tempo de transferência do modo normal para o modo bateria.
inalterada. Isso dificultará a identificação correta do Estes equipamentos alimentam cargas normalmente abaixo de
problema (notching), uma vez que o aparelho identificará o 2 kVA com fontes chaveadas que suportam pequenas variações de
mesmo como tendo origem em erros de frequência, apesar tensão e frequência.
desta não ter sofrido alteração alguma.

UPS Linha Interativa


Topologia de UPSs Estáticos O UPS Linha Interativa possui três modos de operação: modo
Com a evolução da eletrônica, é cada vez maior a utilização
normal, modo bateria e modo by-pass. A Figura 6 apresenta o
de UPS (Uninterruptible Power Systems) para operação
diagrama de blocos de um UPS linha interativa.
adequada e ininterrupta de sistemas essenciais.
Pode-se observar na Figura 6 que, ao funcionar no modo
Existem várias topologias distintas de UPS. Todas elas são
normal, este UPS permite a alimentação da carga pela rede elétrica
compostas pela interconexão de quatro componentes: chave de
por um condicionador de energia; o qual também é responsável
[YHUZMLYvUJPHYL[PÄJHKVYIH[LYPHLPU]LYZVY
por carregar a bateria através de inversor bidirecional.
Para melhorar o desempenho destes equipamentos contra
A passagem do modo de operação normal para o modo bateria
fenômenos de QEE, são utilizados outros componentes
ocorre quando a tensão de entrada ultrapassa uma determinada
JVTV Z\WYLZZVYLZ KL Z\Y[V ÄS[YVZ KL SPUOH L [YHUZMVYTHKVYLZ
faixa de tolerância ou quando há uma interrupção de energia,
isoladores.
fazendo com que o circuito de controle do equipamento acione
A utilização de cada topologia deve ser analisada de acordo
a chave de transferência para que a carga seja alimentada pela
com o nível de proteção desejado, e o preço em relação às
bateria por meio do inversor bidirecional.
outras topologias.
O modo by-pass pode ser acionado manualmente, para
Apoio

37

manutenção, ou automaticamente quando o UPS apresentar


algum defeito interno ou sobrecarga.
Esta topologia de UPS oferece como vantagens a maior
isolação da carga, um melhor desempenho e regulação de
tensão comparada a Passive Standby, dimensões reduzidas e alto
rendimento na transferência de energia quando o UPS estiver
operando em modo normal.
Já as desvantagens são a limitação da regulação de tensão na
saída, a não regulação de frequência, a isolação limitada da carga,
\THIHP_HLÄJPvUJPHHVZ\WYPYJHYNHZUqVSPULHYLZLV[LTWVKL
transferência do modo normal para o modo bateria.
Figura 6 – Diagrama de blocos dos UPSs Linha Interativa. Estes equipamentos alimentam cargas de baixa e média
potência de até 10 kVA. Não são recomendados para alimentação
de cargas sensíveis devido a falhas na proteção e não regulação de
frequência.

UPS Dupla Conversão


Comumente conhecido e comercializado como UPS “on line”
(apesar de não ser diretamente ligado à rede de energia), este UPS,
assim como o de Linha Interativa, possui três modos de operação:
modo normal, modo bateria e modo by-pass. A Figura 7 exibe o
diagrama de blocos do UPS Dupla Conversão.
A operação no modo normal ocorre da maneira representada
Figura 7 – Diagrama de blocos dos UPS Dupla Conversão na Figura 7. Observa-se que a energia elétrica é duas vezes
Apoio
38

JVU]LY[PKH\TH]LaX\LX\HUKVH[YH]LZZHVYL[PÄJHKVYtJVU]LY[PKH
Instalações em cargas de missão crítica

Na Figura 8, a seta 1 (cor amarela) mostra a fonte geradora


de CA para CC e quando atravessa o inversor é convertida de CC de distúrbios da série iX – California Instruments. A seta 2 (cor
para CA. Nota-se também que o inversor encontra-se conectado verde) indica o Sistema de Aquisição de Dados (SAD). A seta
em série entre a rede elétrica e a carga (principal diferença desta 3 (cor azul) indica o UPS analisado, a seta 4 (cor vermelha)
topologia para as demais). A troca do modo de operação normal a carga variável (década resistiva) em 20%, 50% e 100% da
para o modo bateria ocorre quando a tensão de entrada ultrapassa potência nominal do UPS, e a seta 5 (cor laranja) apresenta o
uma determinada faixa de tolerância ou quando a mesma sofrer computador empregado para programar a fonte de distúrbios
uma interrupção. Como a bateria está conectada em paralelo com e para exibir as formas de ondas da tensão processadas por
o barramento CC, a carga não é afetada durante a transferência do um programa de processamento de sinais (Matlab®). Com isso,
modo normal para o modo bateria. utilizando-se a fonte geradora de distúrbios, foram aplicadas
Esta topologia possui uma chave estática by-pass, que opera nas entradas das topologias de UPSs as distorções causadas
a transferência automática da carga para a rede elétrica CA em pelos cortes de tensão (notches). Nas entradas e saídas desses
caso de falhas em dispositivos internos, distúrbios transitórios, equipamentos foi capturada as formas de onda da tensão por
subtensões ou falta de carga na bateria. A chave by-pass manual é meio de um SAD. A Figura 9 mostra a distorção na forma de
utilizada em casos de manutenção no equipamento. onda da tensão devido a cortes de tensão (notches), gerada pela
As vantagens oferecidas por esta topologia são a isolação contra fonte de distúrbios.
fenômenos de QEE, limites maiores de tensão de entrada, ótima
regulação de tensão na saída, excelente regulação de frequência, Cortes de Tensão
mudança do modo normal para o modo bateria imperceptível à
carga (em caso de interrupção de energia) e transferência para
modo by-pass também imperceptível à carga (em caso de defeito
no equipamento).
As desvantagens do UPS Dupla Conversão são o alto custo
KL]PKVnJVTWSL_PKHKLKVWYVQL[VTLUVYLÄJPvUJPHKL]PKVHVZ
conversores em série, e estando ausente a chave de transferência
LZ[m[PJHVLX\PWHTLU[V[LTZ\HJVUÄHIPSPKHKLJVTWYVTL[PKH
Esta topologia é considerada pela norma IEC 62040-3 como a
mais completa, por suprir todas as necessidades de cargas sensíveis,
como regulação de tensão e de frequência. Estes equipamentos
Figura 9 – Forma de onda da tensão distorcida com presença de cortes
são fabricados para potências acima de 10 kVA. de tensão.

 +H-PN\YH ]LYPÄJHZLX\LHMVYTHKLVUKHKL[LUZqVWVZZ\P
Avaliação dos UPSs Estáticos
oito cortes de tensão em um ciclo. Esta forma de onda é aplicada
Os ensaios com as topologias de UPSs estáticos apresentadas
nas entradas das topologias de UPSs já mencionadas e comparada
na seção anterior foram realizados por meio da montagem
JVT H MVYTH KL VUKH KL ZHxKH WVY TLPV KL ÄN\YHZ JHW[\YHKHZ
apresentada na Figura 8.
pelo SAD.
As características dos cortes de tensão simulados para cada
topologia são apresentadas na Tabela 2.
TABELA 2 – PARÂMETROS DOS CORTES DE TENSÃO (NOTCHES)
TOPOLOGIA DE Ângulos de Ângulo de Amplitude do
UPS disparo comutação corte
Passive 30º, 60º, 120º, 10% (16,97 V)
Standby 150º, 210º, 240º, 10°
300º e 330º
30º, 60º,
Linha 120º, 150º, 10° 10% (16,97 V)
Interativa 210º, 240º,
300º e 330º
30º, 60º,
Dupla 120º, 150º, 10° 10% (31,1 V)
Conversão 210º, 240º,
*MKYVE¯1SRXEKIQYXMPM^EHETEVEEZEPMEpnSHI947WIWXjXMGSWJVIRXI
ESWGSVXIWHIXIRWnS RSXGLMRK  300º e 330º
Apoio
40
Instalações em cargas de missão crítica

A seguir são apresentados os resultados das simulações Observa-se da Figura 11 que as conclusões a respeito deste
efetuadas com as três topologias de UPSs estáticos. equipamento são idênticas às conclusões acerca do UPS Passive
Standby, uma vez que este UPS também mostra não ser resiliente
UPS Passive Standby aos cortes de tensão.
A Figura 10 apresenta as formas de onda de entrada e saída
obtidas nesta topologia. UPS Dupla Conversão
A Figura 12 representa as formas de entrada e saída medidas
Cortes de tensão na topologia Dupla Conversão.

Figura 10 – Forma de onda da tensão de entrada e de saída


9474EWWMZI7XERHF] 
*MKYVE¯*SVQEHISRHEHEXIRWnSHIIRXVEHEIHIWEuHE 947(YTPE
Ao analisar-se a Figura 10, pode-se observar que as formas de 'SRZIVWnS 
onda da entrada e da saída são iguais. Também são observáveis Pode-se verificar por meio da Figura 12, que a forma de
as características dos cortes de tensão aplicados a este UPS. onda da tensão de saída é uma senoide perfeita. Portanto,
Isto evidencia o fato de que este dispositivo não é resiliente este dispositivo é resiliente aos cortes de tensão. Isto
aos cortes de tensão. Na verdade, um UPS é considerado significa que as cargas alimentadas por este equipamento
resiliente se, diante de um distúrbio elétrico ou um fenômeno não sofrem este fenômeno, uma vez que o equipamento
de QEE, a tensão entregue à carga estiver dentro dos limites de mitiga a distorção na forma de onda.
funcionamento adequado para a mesma, suprindo-a de maneira Em todos os equipamentos testados, durante momento
correta. Caso contrário, a carga irá sofrer consequências como algum ocorre transferência do modo normal para o modo
parada ou até mesmo danos irreversíveis. Desta forma, conclui-se bateria.
que as cargas alimentadas por este equipamento sofrem este
fenômeno em sua totalidade, uma vez que o equipamento não é Conclusão
capaz de mitigar a distorção na forma de onda. Este documento apresentou as topologias e as
principais características de Sistemas Ininterruptos de
UPS Linha Interativa Energia (UPS) estáticos, mais conhecidos como no breaks.
São apresentadas na Figura 11 as formas de onda de entrada Foram exibidas as principais diferenças e as vantagens e as
e saída para a topologia Linha Interativa. desvantagens de emprego de cada uma delas.
Este estudo foi realizado devido à necessidade de
Cortes de tensão. Linha Interativa se avaliar opções para solucionar um fenômeno de
Qualidade da Energia Elétrica bastante singular, o corte
de tensão (notching). Uma vez que se tem hoje poucos
trabalhos sobre o mencionado fenômeno, iniciou-se este
trabalho expondo-se as principais causas do distúrbio,
apresentando-se alguns conceitos acerca dos retificadores
trifásicos com chaveamento por tiristores, e os efeitos do
notching sobre algumas cargas. Baseando-se na principal
norma a respeito do tema (IEEE 519-1992), foram exibidos
os limites estabelecidos para os principais parâmetros dos
cortes de tensão (notches).
*MKYVE¯*SVQEHISRHEHEXIRWnSHIIRXVEHEIHIWEuHE 9470MRLE
Com a análise dos UPSs Estático, foi avaliada a
-RXIVEXMZE 
41

capacidade de cada topologia de mitigar o fenômeno de


cortes de tensão (notching). Verificou-se que apenas o
UPS Dupla Conversão é capaz de eliminar os cortes de
tensão. Isso ocorre devido à sua topologia, que retifica
e inverte a onda de tensão em seu modo normal de
operação, descontruindo a forma de onda com distúrbios
e reconstruindo-a com características próximas às de
um sinal senoidal ideal. Tal procedimento elimina os
fenômenos indesejados e faz com que o sinal de saída
tenha uma ótima qualidade.

Referências
IEEE Std 519-1992, “IEEE Recommended Practices and
Requirements for Harmonic Control in Electrical Power Systems”,
IEEE, Nova York, EUA.
IEEE Std 1159-2009, “IEEE Recommended Practice for Monitoring
Electric Power Quality”, IEEE, Nova York, EUA.
Engineering Recommendation G5/4, “Planning Levels for
Harmonic Voltage Distortion and the Connection of non-linear
Equipment to Transmission Systems and Distribution Networks in
the United Kingdom”, 2001.
BARROS, J.; APRAIZ, M. de; DIEGO, R. I. “Voltage notch
detection and analysis using wavelets”. IEEE International
Conference on Virtual Environments, Human-Computer
Interfaces and Measurement Systems, jul. 2008.
HIBBARD, J. F.; LOWENSTEIN, M. Z. “Meeting IEEE 519-1992
Harmonic Limits Using HarmonicGuard® Passive Filters”.
Controlled Power Company, “UK #21, Line Notching
Attenuation”, Michigan, EUA, maio 1998.
TANG, L.; MCGRANAGHAN, M.; FERRARO, R.; MORGANSON,
S.; HUNT, B. “Voltage Notching Interaction Caused by Large
Adjustable Speed Drives on Distribution Systems with Low Short
Circuit Capacities”, IEEE Transactions on Power Delivery, v. 11, n.
3, p. 1.444-1.453, jul. 1996.
GONÇALVES, F. D. “Resposta de Sistemas Ininterruptos de
Energia frente a fenômenos de Qualidade da Energia”, Distrito
Federal, Brasil, out. 2008.
POMILIO, J. A. “Eletrônica de Potência”, FEEC 01/98,
Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil, fev. 1998.
1,:<:5*L[HS¸(UmSPZLKHPUÅ\vUJPHKLJHYNHZUqVSPULHYLZ!
avaliação dos efeitos e limites de cortes de tensão (voltage
notching)”, V SBQEE, Sergipe, Brasil, ago. 2003.

*Fabrício Douglas Gonçalves, Anésio de Leles


Ferreira Filho, Felipe Tadeu Stemler, Luiz
Valadão e Marcelo Leite Freire são do Campus
Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte – Brasília
(DF) e do Departamento de engenharia elétrica da
Universidade de Brasília (DF).

Continua na próxima edição


'SR½VEXSHSWSWEVXMKSWHIWXIJEWGuGYPSIQ[[[SWIXSVIPIXVMGSGSQFV
(ZMHEWWYKIWX~IWIGSQIRXjVMSWTSHIQWIVIRGEQMRLEHSWTEVESIQEMP
VIHEGES$EXMXYHIIHMXSVMEPGSQFV
Apoio
22
Instalações em cargas de missão crítica

Capítulo XII

Planejando data centers


de alto desempenho
Por José Luiz de Martini, com colaboração de Eduardo P. Teixeira Grecco e Rosely Botti*

No último ano, a revista O Setor Elétrico de obrigatoriedade de ligação em tensão primária


publicou a série de fascículos cobrindo diferentes de distribuição em 2.500 kW. Um data center
temas associados a instalações de missão crítica, como o exemplo demandará energia entre 5 MW
destinadas especialmente a suportar data center. a 10 MW. Assim, salvo conveniência técnica
Quando fomos convidados a fechar esta série e econômica da concessionária, o suprimento
entendemos que, sem sermos conclusivos, poderá ocorrer em tensão de transmissão ou
deveríamos abordar a linha do processo de Z\I[YHUZTPZZqV R=HR=
KLÄUPsqVWYVQL[VLJVUZ[Y\sqVKL\TKH[HJLU[LY O custo em termos de linha de alimentação,
espaço para a subestação (tipicamente 1.200
Localização do imóvel m²) e o custo da subestação, principalmente se
As regiões centrais das grandes cidades ou o data center considerar crescimento modular
mesmo regiões metropolitanas no Brasil vivem da demanda, pode inviabilizar muitas das áreas
um momento de grande crescimento e, por urbanas ou metropolitanas.
consequência, de especulação imobiliária, o que Demais itens como acesso, transporte,
torna a aquisição de área para instalação de um estabilidade social e convergência de atividades são
data center bastante onerosa. determinantes na seleção do imóvel.
Um data center preparado para crescimento
adequado e vida útil de pelo menos 20 Projeto arquitetônico
anos, demanda uma área construída total de A arquitetura é o meio pelo qual se promovem
aproximadamente quatro vezes a área útil de piso ZVS\sLZ L PUZ[HSHsLZ X\L YLÅL[LT H PTHNLT
elevado. Assim, uma instalação com piso elevado de de uma empresa de alta tecnologia, sendo a
3.000 m² demandará 12.000 m² de área construída. MVYTH KL L_[LYUHY JVTWL[vUJPH JVUÄHIPSPKHKL L
5VJHZVKLKVPZWH]PTLU[VZJVTWYVQLsqVKL posicionamento no mercado.
TõUHKHWVKLYmZLYWSHULQHKVLT[LYYLUVZTLUVYLZ É por meio das soluções de arquitetura que
que 10.000 m². ZL VI[tT \T KH[H JLU[LY JVUÄm]LS JVT HS[H
Outra condição. O suprimento de energia disponibilidade, respeitando-se os custos e o
pode ser igualmente complicado. A Agência meio ambiente, o que maximiza o investimento.
5HJPVUHSKL,ULYNPH,St[YPJH(ULLSKLÄULV[L[V +L]LT ZLY MLP[HZ UH L[HWH PUPJPHS KV WYVQL[V HZ
Apoio

23

considerações referentes à expansão e crescimento gradual, Concepção das instalações


de forma a evitar custos iniciais desnecessários e perda de Um data center e qualquer instalação de missão crítica deve
LÄJPvUJPHLULYNt[PJH JVUZPKLYHY WYPTHYPHTLU[L KVPZ WHYoTL[YVZ JVUÄHIPSPKHKL L
 6J\Z[VKHLKPÄJHsqVLTZPYLWYLZLU[HTLUVZKL KV disponibilidade, por vezes confundidos e, na maioria de vezes,
valor total do data center, mas esse custo tem impacto na etapa não entendidos.
inicial e, principalmente, nos custos de operação e manutenção.  6 ¸;OL <W[PTL 0UZ[P[\[L¹ HV KLÄUPY V [PLYPUN HJHIV\
<T WYVQL[V KL HYX\P[L[\YH X\L UqV YLZWVUKH HKLX\HKHTLU[L MHJPSP[HUKV T\P[V H ]PKH KV WYVQL[PZ[H WVPZ JVUJLP[\HSTLU[L
às condições ideais de instalações poderá resultar em custos WVKLTVZHUHSPZHYVZLN\PU[LX\HKYV;HILSHQmKPZJ\[PKVLT
irreparáveis nas demais instalações. outros fascículos desta série:
 6 WYVQL[V KL]L JVUZPKLYHY HU[LJPWHKHTLU[L V Porém, um ponto importante e nem sempre explorado são
processo de desenvolvimento da edificação, incluindo a HZ ZVS\sLZ T\S[P [PLYPUN LT X\L UV TLZTV WYVQL[V WVKLT
coordenação efetiva, que atravesse as diversas áreas de coexistir soluções mistas.
expertise, incluindo telecomunicações, geração de energia A forma mais simples seria dividir na base da demanda
e sistemas mecânicos. setores ou serviços que possam ser cobertos por soluções tier

TABELA 1 – DEFINIÇÃO DO TIERING

TIER Condição Exigência ou solução


1 - PODEMOS PROGRAMAR PARADAS DE MANUTENÇÃO - FONTES SINGELAS.
- NÃO HÁ PREJUÍZOS REAIS EM PARADAS INTEMPESTIVAS. - VIAS SIMPLES DE ALIMENTAÇÃO.
2 - PODEMOS PROGRAMAR PARADA DE MANUTENÇÃO ANUALMENTE. - FONTES SINGELAS REDUNDANTES.
- OS CUSTOS SÃO PONDERÁVEIS EM CASO DE PARADA INTEMPESTIVA. - VIAS SIMPLES DE ALIMENTAÇÃO.
3/4 - NÃO PODEMOS PROGRAMAR PARADAS PARA MANUTENÇÃO. - FONTES REDUNDANTES (UMA ATIVA E UMA ALTERNATIVA) OU (DUAS ATIVAS – TIER IV).
- OS PREJUÍZOS EM CASO DE INTERRUPÇÕES SÃO IMPONDERÁVEIS. - VIAS ALTERNATIVAS DE ALIMENTAÇÃO.
Apoio
24

ZPZ[LTHJ\TWYHZLTMHSOHZZ\HTPZZqVWLSV[LTWVKLÄUPKVUV
Instalações em cargas de missão crítica

2, o que torna o custo total (investimento e operação) bem


reduzido em relação a um suporte tier 3 ou 4. cálculo.
Outra forma, muitas vezes chamada de tier 3+, ou tri-bus (ver  (ZZPTHKPZWVUPIPSPKHKLtKLÄUPKHWLSVKLZLUOVKVWYVQL[V
Figura 1) é o modelo de redundância n+1, redundante distribuído, H JVUÄHIPSPKHKL SL]H LT JVU[H T\P[VZ V\[YVZ HZWLJ[VZ X\L
onde cada equipamento enxerga duas fontes independentes vão da seleção dos componentes, testes e comissionamento,
ZPTPSHYH[PLYLTX\LJHKHZPZ[LTHV\IHYYHTLU[VtWYVQL[HKV manutenção e operação, tudo em função do tempo de missão.
para operar e regime com até 2/3 da capacidade e com a  6MHZJxJ\SVKLZ[HZtYPLHWYLZLU[HLZ[LHZZ\U[VLTKL[HSOLZ
adequada distribuição das cargas, permitindo:
,ÄJPvUJPH
• Menor investimento sendo instalada 1,5 vezes a demanda Soluções como virtualização e outras medidas por parte
requerida contra 2 vezes no modelo convencional. KH mYLH KL;0 WVKLT YLK\aPY [PWPJHTLU[L   KHZ KLTHUKHZ
• Melhor rendimento, com equipamentos trabalhando entre das utilidades, incluindo espaço físico requerido. Mas,
 H KHJHWHJPKHKLUVTPUHS LZWLJPÄJHTLU[L UH mYLH KL PUZ[HSHsLZ LZ[HILSLJL\ZL V
• Mesmo índice de disponibilidade, obtido no modelo conceito de PUE ou Power Utilization Effectiveness, que
redundante centralizado, padrão tier 4. relaciona a energia efetivamente consumida nos processos de
TI com a energia total consumida.
As restrições e os cuidados a serem tomados são: Notem que, para sermos corretos, devemos considerar além
da energia elétrica, gás natural (se for utilizado em geração
• Exige gerenciamento do carregamento de cada sistema. própria) e o montante equivalente de água, quando se faz
• (WYLZLU[H WLX\LUH WLYKH X\HU[V n JVUÄHIPSPKHKL THZ opção por sistemas de condensação a água.
compensada, com um menor número de componentes e Este indicador considera consumo e não demanda, portanto,
HKLX\HKVWYVQL[VLJVTPZZPVUHTLU[VKVZZPZ[LTHZ deve ser analisado em termos da curva anual climática e
intensidade das atividades de TI.

Um PUE baixo depende:

• Das condições climáticas e localização do data center.


•+VWYVQL[VKLJSPTH[PaHsqVKPZWVUPIPSPKHKLKLmN\HWHYHV
sistema de condensação, viabilidade e conceito de free-cooling.
•+HZZVS\sLZLHYYHUQVZPU[LYUVZKVZKH[HOHSSZ
• +VZ LX\PWHTLU[VZ KL LULYNPH L KH JVUÄN\YHsqV KL
redundância (“tiering”).

Crescimento modular
Se as tecnologias de TI evoluem rapidamente, um prédio
WHYHKH[HJLU[LYKL]LZLYWYVQL[HKVWHYHWLSVTLUVZHUVZ
KL]PKH‚[PS(ZVS\sqVYHJPVUHStJYLZJPTLU[VTVK\SHYZLQHLT
mYLH JVUZ[Y\xKH L LX\PWHKH X\HU[V UH ÄSVZVÄH KVZ ZPZ[LTHZ
pois as exigências mudam.
Figura 1 - Sistema redundante distribuído, “tribus”, no qual todos
Na virada do século tínhamos racks com servidores tipo
os consumidores enxergam sempre duas fontes isoladas, como se
IWXMZIWWIQWIRHSEPMQIRXEHSWIQYQWMWXIQE22IWXEQIWQE½KYVE [VYYLeR>YHJRKLWVPZVZ<eR>YHJRHNVYHISHKLZ
com emprego de UPSs dinâmicas, visualiza-se a simplicidade e a eR>YHJRLZ\WLYTmX\PUHZJVTH[teR>9HJR
GSR½EFMPMHEHIHSTVSNIXSUYERHSEHSXEHEIWXEGSR½KYVEpnS
 6 WYVQL[V PKLHS KL]L JVUZPKLYHY PTWSHU[HsqV WHZZV H
Lembrando que: passo, como data centers segmentados permitindo economia
 (KPZWVUPIPSPKHKLKL\THPUZ[HSHsqVV\ZPZ[LTHtKLÄUPKH inicial e operacional.
pela relação entre o tempo médio entre falhas (ou paradas) e o Quanto ao imóvel, se o terreno adquirido é muito maior que
tempo de reposição (ou de manutenção). o necessário, reduzir a área murada protegida para o que for
 (X\LZ[qVKHJVUÄHIPSPKHKLtTHPZJVTWSL_HLKLWLUKLKV necessário, o prédio pode ser acabado e equipado fase a fase, ou
“tempo de missão” e é expressa pela probabilidade de que um grandes data centers podem ser construídos em vários prédios e
Apoio
36

*MKYVE¯7MREMWXIGRSPSKMEWIMRXIVEp~IWHE6)-IEUYEPMHEHIHEIRIVKMEIPqXVMGE

*MKYVE¯'SRGIMXSFjWMGSHSWWMREMWITEVlQIXVSWUYITSHIQWIVTVSGIWWEHSWIHIVMZEHSWTEVEE5))RSlQFMXSHEW6)-W

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