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abril de 2023
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
2. OBJETIVOS .............................................................................................................4
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INTRODUÇÃO
A proposta de tema para este trabalho de projeto prende-se com a preservação
(“digital”) da informação, através da digitalização de documentos textuais impressos,
bem como a divulgação de parte da coleção (Arqueologia) do Núcleo de Documentação
(ND) da Câmara Municipal de Évora (CME) na Rede de Bibliotecas de Évora (RBEV),
dirigida sobretudo aos alunos do ensino secundário.
O ND da CME tem como missão contribuir para a gestão autárquica, para o
desenvolvimento cultural/educativo e apoiar a investigação sobre a região de Évora e do
Alentejo, sobretudo no que se refere ao património arquitetónico e cultural e é entidade
parceira da RBEV, a qual tem «a dimensão da Cidade: se considerada a sua composição
é uma referência na área das bibliotecas. Envolve várias valências da Universidade de
Évora, a Câmara Municipal de Évora e as escolas públicas de todos os níveis e graus de
ensino» (Évora. Rede de Bibliotecas, 2012).
A proposta deste tema insere-se na Temática 1: As Bibliotecas e os Ambientes
Digitais, a qual se inclui nas linhas de investigação do Mestrado em Gestão da Informação
e Bibliotecas Escolares (MGIBE), pois «no atual contexto de evoluções tecnológicas [e
alteração de paradigma], a digitalização de acervos bibliográficos surge como uma
alternativa de preservação e facilidade no acesso à informação» (Greenhalgh, 2011, p.
159), bem como a conservação dos documentos originais analógicos. Por outro lado,
o estudo da preservação de documentos digitalizados é importante, visto que a
políticas, planos e estudos foram realizados nos últimos anos (Arellano; Andrade,
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1. PROBLEMA DE PARTIDA
A preservação digital é uma tarefa desafiadora para os profissionais da informação
(bibliotecários, arquivistas, museólogos ou documentalistas) e é uma atividade que
abrange custos dispendiosos para as instituições detentoras de coleções bibliográficas
e/ou espólios documentais.
A necessária alteração de suporte da informação, até agora apenas disponível em
suporte tradicional (papel) e seriamente desgastado, e a sua disponibilização em canais
de difusão mais atuais e para um público mais vasto, pode ser colmatada com a
digitalização dos mesmos e disponibilizá-los no catálogo da coleção do ND da CME.
Assim, adotar a digitalização de documentos impressos é uma alternativa que auxilia
a preservação digital de documentos, evita a perda de informação e permite a sua
divulgação. Trata-se, pois, de preservar a identidade, a memória e o património cultural,
indo ao encontro da missão do ND da CME.
No entanto, estamos conscientes que toda a decisão na área da preservação digital de
coleções deve assentar em escolhas assertivas, uma vez que sabemos logo à partida que
não podemos digitalizar toda a coleção bibliográfica, quer seja pelo volume de trabalho
que isso acarreta quer seja pelo baixo orçamento disponível.
Coutinho (2018, p. 49) refere que uma investigação envolve sempre um problema,
um ponto de partida, explícito ou não, o qual
é fundamental porque: - Centra a investigação numa área ou domínio concreto;
- Aponta para os dados que será necessário obter (Coutinho, 2018, pp. 49-50).
Deste modo, o problema de partida para este trabalho de projeto é: quais são os
documentos que devemos digitalizar, dentro do universo dos recursos não editados das
subclasses 902 e 903 da CDU (Arqueologia)?
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2. OBJETIVOS
Analisar/avaliar a situação os documentos não editados das subclasses 902 e 903
da CDU (Arqueologia);
Proposta de conservação (mais geral) e preservação digital de parte da coleção em
análise;
Divulgação nas bibliotecas escolares do ensino secundário do concelho de Évora,
da parte da coleção em estudo e alvo de preservação através da digitalização de
documentos.
conservação.
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ações que, envolvendo o mínimo de intervenção técnica, são requeridas para
prevenir uma deterioração ulterior do documento original (Djaló, 2020, pp. 17-
18).
institutions, and aquaria and arboreta, zoological and botanical gardens”. Por sua
informações que estão registradas nos suportes informacionais que estão sob sua
guarda. Sendo esta, sua principal função, pela qual as organizações firmam sua
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o documento digital é então um documento formado por bits. Esse tipo de
documento, explica Ferreira (2006) pode ter dois modos de origem: física
aquele que passou por um processo de digitalização, como uma foto de filme que
em meio digital e das iniciativas e esforços que visam garantir, numa perspetiva
como ativo de gestão, quer como memória coletiva (Rua, 2017, p. 199).
Todavia, Rua (2017, p. 214) refere que para a Society of American Archivists a
digitalização é o processo de transformação de material analógico em formato eletrónico
binário (digital), especialmente para armazenamento e utilização num computador, mas
para a Digital New Zealand a digitalização é a criação de conteúdos digitais através da
realização de uma cópia digital ou gravação digital de informação analógica, podendo
essa informação residir num documento, artefacto, som, desempenho, elemento
geográfico ou fenómeno natural. Deste modo,
as definições concordam que, no seu sentido mais objetivo, digitalização é a
passagem de informação em estado analógico para o seu estado digital, o que por
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si só não pode de maneira alguma ser considerada como um processo,
Assim, inferimos que a digitalização não pode ser considerada como um processo de
preservação digital, na medida em que, de acordo com Cunha & Lima (2007, p. 3), a
definição de preservação da informação analógica significa “garantir a integridade física
do suporte”. «Porém, quando se trata de suportes digitais a integridade física não parece
suficiente, visto que se fazem necessários dispositivos que tornem acessíveis os conteúdos
para o acesso humano» (Cunha & Lima, 2007, p. 3). Por outro lado,
a preservação dos documentos digitais é mais problemática do que dos
documentos analógicos, isto porque o foco deixa de ser o suporte que contém a
preservação do objecto físico em si, uma vez que o conteúdo e o contentor são
Ferreira (2011, p. 19) refere ainda que é a informação em si que deve ser preservada e,
para tal é fundamental preservar o acesso. A preservação analógica também se distingue
da preservação digital pela frequência da ação, a qual é esporádica, na primeira, e
continuada, na segunda.
Da digitalização para preservação resultam substitutos digitais que necessitam,
também eles, de ser preservados. […]. Mas se o seu objectivo é também digitalizar
para preservar (os originais ficam, desde logo, salvaguardados do uso e manuseio
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excessivos), então há que preservar as colecções digitalizadas, assegurando que
• Acesso remoto;
e das informações;
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Seca e do Semi-Árido da UFRN. Repositório Institucional da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte. https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/39710
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Rua, J. (2017). Digitalização, Preservação e Acesso: contributos para o projeto Museu
Digital da U.PORTO. Páginas a&b, S. 3 (nº especial), 199-229.
https://www.researchgate.net/publication/320313629_Digitalizacao_preservacao_e_
acesso_contributos_para_o_projeto_Museu_Digital_da_UPORTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta de tema aqui apresentada pretende ser o ponto de partida para o
trabalho de projeto no âmbito da preservação (“digital”) documental através da
digitalização de documentos analógicos (documentos textuais impressos) de parte da
coleção bibliográfica (Arqueologia) do ND da CME.
Com esta proposta de tema, apesar de ser uma proposta ainda embrionária e que
necessita de aprofundamento teórico, a qual se enquadra nas linhas de investigação
do MGIBE - As Bibliotecas e os Ambientes Digitais, pretende-se dar a conhecer o
tema de um modo geral, os objetivos a atingir, apresentar um quadro organizador do
«estado da arte» e uma lista com 10 referências bibliográficas, sendo que apenas 1
delas é pós ano 2000, as restantes 9 são pós ano 2010, bem como fundamentar a
pertinência do tema na sociedade atual, francamente marcada pela era tecnológica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bezerra, C. A. C. (2010). Digitalização como Alternativa para a Preservação
Documental: o caso do projeto catálogo virtual da Carnaúba do Núcleo Temático da
Seca e do Semi-Árido da UFRN. Repositório Institucional da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte. https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/39710
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Cunha, J. A. & Lima, M. G. (2007, outubro 28-31). Preservação Digital: o estado da
arte. Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, Salvador, Bahia,
Brasil. https://repositorio.ufrn.br/handle/1/34
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Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. LUME Repositório
Digital da UFRGS. http://hdl.handle.net/10183/212466
Rua, J. (2017). Digitalização, Preservação e Acesso: contributos para o projeto Museu
Digital da U.PORTO. Páginas a&b, S. 3 (nº especial), 199-229.
https://www.researchgate.net/publication/320313629_Digitalizacao_preservacao_e_
acesso_contributos_para_o_projeto_Museu_Digital_da_UPORTO
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