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CENTRO DE ESTUDOS E CURSOS TÉCNICOS DO NORTE DO PIAUÍ

CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL

PROFESSORA: KAINA SOLANDA VERAS MACHADO.

EPIDEMIOLOGIA
CONTEXTO – POLÍTICAS PÚBLICAS

Criação da OMS/ONU (Segunda metade do século XX); Política de Saúde enquanto disciplina
acadêmica e âmbito de intervenção social.

República Velha (1889-1930) Predomínio de doenças transmissíveis: sífilis, febre amarela urbana,
varíola, tuberculose – Organização dos serviços de Saúde Pública e realização de campanhas
sanitárias;

SAÚDE PÚBLICA x ASSISTÊNCIA MÉDICA INDIVIDUAL

Prestação de Serviços Médicos aos filiados às Caixas de Aposentadorias e Pensões (1923 – Lei Eloy
Chaves)
CONTEXTO – POLÍTICAS
PÚBLICAS
Oswaldo Cruz – Revolta da Vacina
1904
Lei da vacina obrigatória
Brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais entram nas casas para aplicar a vacina;
Ponto de partida para PREVIDÊNCIA SOCIAL e Santas Casas - CARIDADE
CONTEXTO – POLÍTICAS PÚBLICAS

Era Vargas (1930 – 1964)

Conjuntura Política e Social:

• Predomínio das doenças da pobreza


• Morbidade moderna (doenças do coração, acidentes e violência);
• IAPs – Concessões desiguais (modelo excludente) – Trabalhores urbanos de carteira
assinada;
• Modelo Privatizante: Contratação de serviços de terceiros;
Criação do Mistério da Saúde (1953) – Modelo Hospitalocêntrico
CONTEXTO – POLÍTICAS PÚBLICAS
Ditadura (1964 – 1978)
INPS (1967): Modelo Centralizado
Criação de empresas privadas
Pagamentos por Unidades de Serviço – Estímulo ao Faturamento:
Alto custo e descontrole:
1977 – Sistema Nacional de Controle e Pagamento de Contas
GIH – guia de internação hospitalar
CONTEXTO – POLÍTICAS
PÚBLICAS
Repressão
Crescimento econômico – distribuição desigual de recursos (saúde como bem de consumo)

Aumento da medicina em massa;


Diminuição da proposta Preventiva Social
Perfil médico diferente da necessidade do País.
CONTEXTO – POLÍTICAS
PÚBLICAS
Insatisfação Popular
Sistema falido
Incapacidade em resolver os problemas de saúde coletiva;

FORA A DITADURA
Nova República:
Período de redemocratização;
Lutas entre grupos políticos;
CONTEXTO – Estado com Papel Coordenador;
Criação de Programas de Saúde;
POLÍTICAS Facilitação ao acesso;
PÚBLICAS Participação Popular
CONTEXTO – POLÍTICAS PÚBLICAS

Reforma Sanitária:
8ª Conferência Nacional de Saúde
- Conceito ampliado de saúde;
- Reconhecimento da saúde como direito de todos e dever do Estado;

Criação do SUS;
Participação Popular (controle social);
Constituição e ampliação do orçamento social;
CONTEXTO – POLÍTICAS PÚBLICAS

Definida como:
“Conjunto de diretrizes estabelecidas pela sociedade por meio de sua representação
política (parlamentares) e pela lei, visando à melhoria da qualidade de vida da
população.”

Saúde Pública: Atividade Social destinada a promover e preservar a saúde da


população.
CONTEXTO – POLÍTICAS PÚBLICAS
Ações de Saúde Pública:
Cuidados com os resíduos – Vigilância Sanitária
Controle de vetores – tratamento de água e esgoto
Campanha de Vacinação;
Medicina Preventiva – Educação Sanitária;
Complementação alimentar;
EPIDEMIOLO
GIA, PARA
QUE SERVE?
Descobrir + Mensurar = CONHECER
Ainda não se conhecia os microrganismos
e a ciência misturava-se com a religião.
ASPECTOS
CONCEITUAIS Em muitas situações a fatalidade da
doença era tida como algo normal ou até
DA um castigo para a purificação.
EPIDEMIOLOGIA

MIASMÁTICA
A EVOLUÇÃO DA CONCEPÇÃO CAUSAL

• O homem sempre se preocupou em tentar entender a doença ou a saúde e os fatores


determinantes Relacionados (Natal e Philippi et al, 2005).
• Período Miasmático
• primórdio das civilizações até o século XIX; domínio de forças externas –
determinantes na doença; cunho religioso e místico;
• Ex. Malária: mal e ares; ar mal cheiroso proveniente dos pântanos – associação com
áreas de planícies e alagadas
USO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS POR SNOW

Companhia População em Número de Taxa de mortes


abastecedora 1851 mortes por por 1000
de água cólera habitantes
Sowthwark 167.654 844 5,0
Lambeth 19.133 18 0,9

Mortes por cólera em duas áreas de Londres abastecidas por duas


companhias de água no período de 8/07 a 26/08 de 1854.
CONTRIBUIÇÃO DE SNOW

• O Grande mérito de Snow foi desprender-se da medicina individual e


puramente clínica e passar a focalizar a doença na população.

• Observou o comportamento das pessoas, visualizou o cenário onde o


fenômeno acontecia, registrou as ocorrências de cólera no tempo e
distribuiu os casos em um mapa.

• EXIGIU DAS AUTORIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS


 Trabalho de Doll e Hill –anos 50
100%
90%
80%
70%
Taxa de 60%
mortes 50%
por
câncer 40%
30%
20%
10%
0%
0 10 20 30
Número de cigarros fumados por dia
CONCLUSÃO DO ESTUDO
 Este estudo deixou claro que diversos fatores
contribuem para a determinação da doença
(multicausalidade).

 Alguns desses fatores são necessários para o


desenvolvimento da doença,outros apenas
aumentam o risco de desenvolvê-la
ASSIM NASCE A
EPIDEMIOLOGIA....

• ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas,


analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades,
danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo
medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento,
administração e avaliação das ações de saúde.
EPIDEMIOLOGIA

• Esta definição pode ser aclarada pelo aprofundamento de algumas


concepções nela expressas:

• a) a priori, independente de qualquer análise, pode ser dito que


a atenção da epidemiologia está voltada para as ocorrências, em
escala massiva de doença e de não-doença envolvendo pessoas
agregadas em sociedades, coletividades, comunidades, grupos
demográficos, classes sociais ou quaisquer outros coletivos
formados por seres humanos;
EPIDEMIOLOGIA
• b) o universo dos estados particulares de ausência de saúde é estudado pela
epidemiologia sob a forma de doenças infecciosas (sarampo, difteria, malária
etc.), não-infecciosas (diabetes, bócio endêmico, depressões etc.) e agravos à
integridade física (acidentes, homicídios, suicídios);
USOS DA
EPIDEMIOLOGIA
 Causalidades

Fatores genéticos

Indivíduo Sadio Indivíduo Doente

Fatores ambientais
(inclui estilo de vida)
USOS DA
EPIDEMIOLOGIA
História natural

Alterações subclínicas
Individuo Sadio

Doença Clínica

Morte Cura
USOS DA EPIDEMIOLOGIA
 Descrição do estado de saúde das populações

Proporção de pessoas doentes, tempo, idade


USOS DA EPIDEMIOLOGIA
 Avaliação de intervenções

TRATAMENTO
Evolução à óbito

Indivíduo Doente
Indivíduo Sadio

Promoção de saúde, medidas preventivas, serviços públicos de saúde


EPIDEMIOLOGIA

• Através da epidemiologia, Gregg, na Austrália, em 1941, descobriu a


associação existente entre malformações congênitas e rubéola adquirida pela
mãe durante os primeiros meses de gestação.
EPIDEMIOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA

• Proporciona as bases para avaliação das medidas de profilaxia, fornece pistas


para diagnóstico de doenças transmissíveis e não transmissíveis e mostra a
verificação da consistência de hipóteses de causalidade.

• Além disso, estuda a distribuição da morbidade a fim de traçar o perfil de


saúde-doença nas coletividades humanas;
EPIDEMIOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA

• Realiza testes de eficácia e de inocuidade de vacinas desenvolve a vigilância


epidemiológica; analisa os fatores ambientais e sócio-econômicos que
possam ter alguma influência na eclosão de doenças e nas condições de
saúde;

• Constitui um dos elos de ligação comunidade/governo, estimulando a prática


da cidadania através do controle, pela sociedade, dos serviços de saúde
LOGO.....

• A epidemiologia trabalha com alguns conceitos...

• Distribuição: “estudo da variabilidade da frequência das doenças de


ocorrência em massa, em função de variáveis ambientais e populacionais,
ligadas ao tempo e ao espaço."
DISTRIBUIÇÃO
EPIDEMIOLOGIA

•Fatores Determinantes
• “estudo de possíveis associações entre um ou mais fatores suspeitos e um estado
característico de ausência de saúde, definido como doença"

• Prevenção
• visa empregar medidas de profilaxia a fim de impedir que os indivíduos sadios venham a
adquirir a doença
EPIDEMIOLOGIA

• Controle: visa baixar a incidência a níveis mínimos.

• Erradicação: após implantadas as medidas de prevenção consiste na não-ocorrência de


doença, mesmo em ausência de quaisquer medidas de controle; isto significa
permanência da incidência zero (a varíola está erradicada desde 1977).
EPIDEMIOLOGIA DAS
DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
DEFINIÇÕES
• Doença infecciosa:

• Doença causada pela passagem de um agente infeccioso específico ou de sua toxina


de uma pessoa ou animal infectado para um hospedeiro suscetível, direta ou
indiretamente.
Introdução
• Fleming (1929) – esperança de aniquilar microrganismos causadores de doenças;

• Síntese dos antibióticos – popularização: Estudos sistemáticos de novos antibióticos –


eficientes (Rouquayrol, 2003; Waksman, 1941; Florey e Chain, 1945).

• Microrganismos – mecanismos de sobrevivência – resistência microbiana;

•Desequilíbrio Ambiental: oportunismo do hospedeiro; mutações/seleções provedoras das


chamadas doenças emergentes e reemergentes.
Definições
Doença não infecciosa
• Todas as doenças que não resultam de infecção.

•Existe infecção sem doença?


CRÔNICA – longo
prazo.
DOENÇAS
AGUDA – curta duração.
ETIOLOGIA

Agudas Crônicas
Infecciosas tétano, raiva, tuberculose,
sarampo e gripe hanseníase e
chagas.

Anafilaxia por diabetes,


Nãoinfecciosas
“picada” de coronárias e
cobra cirrose (álcool)
Epidemiologia das Doenças Transmissíveis
Doenças transmissíveis - transmissão do agente causador vivo entre dois
hospedeiros
Estímulo – doença – 3 formas para que ocorra

Infestação Absorção de produtos tóxicos


Infecção do agente
Alojamento, com ou
Entrada e sem desenvolvimento e
Refere-se aos casos onde não ocorre
Desenvolvimento e reprodução de
infecção, são toxinas produzidas fora
Multiplicação do agente artrópodes na superfície
do hospedeiro
no hospedeiro do corpo ou nas vestes
Cenário
Externo e
Interno
RELATÓRIO DA OMS – 2000,2002

▪Total de óbitos em 1999: 55,965 milhões Desses:

59, 8% - Doenças não transmissíveis

31, 1% - Doenças transmissíveis – condições maternas, deficiências


nutricionais e perinatais.

9,1% - Causas externas


CENÁRIO BRASILEIRO
• Importantes transformações no padrão de mortalidade principalmente
nas seguintes condições:

• I. Redução da mortalidade precoce Doenças Infecciosas e


Parasitárias (DIP)

• 1930 – 45,6% do total de óbitos nas capitais brasileiras


• 2001 – 5, 6%
II. Aumento da expectativa de vida ao nascer

Brasi
l
80

Taxa de Mortalidade
67,1
60

40

20 7,2 23,2
1,2 1,2
0
< 1 ano 1-4anos 5-14 anos 15-49 anos 50+anos

Grupos Etários

Figura 11 – Mortalidade proporcional (%) segundo grupos etários no Brasil


- Ministério da Saúde – DATASUS - 2000
III. Aumento de acidentes e violência

IV.mudança do perfil epidemiológico de algumas doenças


transmissíveis (decorrência da urbanização)
V. Mudanças demográficas:
Transmissãode uma
doença
VIA DE
ELIMINAÇÃ
O

FONTE DE
INFECÇÃO
VIA DE
TRANSMISSÃO

RESERVATÓRIOS PORTA DE
ENTRADA
Fontes de infecção

• Pode-se considerar como fonte de infecção os animais vertebrados


nos quais o agente etiológico se aloja, sobrevive e se multiplica,
sendo posteriormente, eliminado para o meio ambiente
Vias de transmissão
• São os mecanismos pelos quais a doença chega da fonte de infecção ao
susceptível.

• Ocorre de duas formas:

• DIRETA • INDIRETA
• quando ocorre o contato entre • quando a transferência do agente se dá por
a fonte de infecção e o animal meio de veículos, ocorrendo intervalos
susceptível, sem a interferência maiores, entre a eliminação, e penetração
de veículos. Ex: mordedura do do agente. Ex: alimentos e agua
cão na raiva e as doenças
respiratórias.
contaminadas,vetores e solo.
Vias de eliminação
• é o conjunto de vias no animal/homem, pelas quais, o agente etiológico é eliminado para
o meio ambiente. QUE SÃO:
• Suor;
• Fezes;
• Sangue;
• Espirro/tosse
• Escarro;
• Secreções;
Portas de entrada
• São consideradas como as vias, pelas quais o agente infeccioso, consegue penetrar no
organismo.

• As principais portas de entrada, são:


• via respiratória,
• digestiva,
• conjuntival,
• cutânea (pele)
• genito-urinária (mucosas)
A t r a n s m i s s ã o d e u m a d o e n ç a d e p e n d e de a l g u n s f a t o r e s
re l e v a n t e s

Quais?
M
E
I
O
A
AGENTE
M
ETIOLOGIC HOSPEDEIRO
O
B
I
E
N
T
E
FISICO/QUIMICO/BIOLOGICO
SOCIO/ECONOMICOS/CULTURAIS/PSICOLOGICOS
Agente Etiológico
Hospedeiro
CARACTERISTICAS DO AGENTE

▪ a) Infecciosidade: é a característica do agente de b) Patogenicidade: é a capacidade do agente, em


penetrar, alojar e multiplicar-se no organismo produzir lesões específicas no organismo
do hospedeiro, ou seja, a sua capacidade de hospedeiro. Agentes dotados de alta patogenicidade
causar infecção. determinam incidência maior da doença na
Exemplos: população. Exemplos:
o vírus da febre aftosa para os animais, e o de alta patogenicidade os agentes da
o vírus da raiva para os animais e o homem. tuberculose, AIDS e de baixa
patogenicidade: tricomoníase em homens
CARACTERISTICAS DO AGENTE
▪ Variabilidade: é a capacidade de mudanças de características
genéticas do agente, originando mutantes, como ocorre com o HIV,
gripe.

▪ Antigenicidade: conhecida também como imunogenicidade. É a capacidade


do agente etiológico em induzir no hospedeiro a formação de anticorpos,
produzindo desta maneira imunidade, ou seja, resposta imunológica.
Exemplos:
▪ alta antigenicidade o vírus do sarampo, varíola e catapora
▪ baixa antigenicidade os agentes da febre aftosa e salmonelose.
CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO

▪ O hospedeiro pode ser considerado como todo e qualquer ser vivo


que albergue um agente em seu organismo.

▪ São conhecidos como:

▪ Hospedeiro definitivo: é aquele onde o parasita atinge a maturidade,


reproduzindo-se sexuadamente.

▪ Hospedeiro intermediário: é o hospedeiro, no qual o parasita desenvolve suas


formas imaturas ou, para alguns, se reproduz assexuadamente.
CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO

▪ Suscetibilidade: situação de uma pessoa ou


animal que se caracteriza pela ausência de
resistência suficiente contra um determinado
agente patogênico que a proteja da enfermidade
na eventualidade de entrar em contato com esse
agente.
CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO

▪ Resistência: conjunto de mecanismos ▪ Imunidade: resistência usualmente


específicos e inespecíficos do organismo associada à presença de anticorpos
que servem de defesa contra a invasão ou específicos (imunidade humoral) que têm
multiplicação de agentes infecciosos. o efeito de inibir microrganismos
específicos ou suas toxinas responsáveis
por doenças infecciosas particulares.
Características do meio ambiente

▪ Consideram-se três fatores ou elementos do meio ambiente, que são,


os fatores físicos, biológicos e sócio-econômicos.

▪ Temperatura: Calor e umidade


▪ Topografia: predispondo ao acúmulo de água
▪ Composição do solo
▪ Crenças
▪ Estilo de vida
▪ Economia
▪ Densidade populacional
Doenças ▪ Os agentes etiológicos não são de natureza
ocupacional;
infecciosas e
▪ A ocorrência da doença depende das
sua relação condições ou circunstâncias em que o
com o trabalho é executado e da exposição
ocupacional, que favorece o contato, o
trabalho: contágio ou a transmissão.
Considerações

• Dada a amplitude das situações de exposição e o caráter endêmico de muitas


dessas doenças, torna-se, por vezes, difícil estabelecer a relação com o trabalho.

• Entre os grupos mais expostos estão os trabalhadores da agricultura, da saúde em


centros de saúde, hospitais, laboratórios, necrotérios, em atividades de investigações
de campo e vigilância em saúde, controle de vetores e aqueles que lidam com
animais
Métodos de prevenção
medidas de educação e informação aos trabalhadores sobre os riscos e efeitos para
a saúde;

vigilância sanitária das condições e dos ambientes de trabalho;

vigilância epidemiológica de agravos;

identificação das medidas gerais e específicas necessárias para eliminação.


Avaliação quanto à necessidade de afastamento,
temporário ou permanente;

Acompanhamento da evolução, registrando o


agravamento da situação clínica;

A partir do Notificação do agravo ao órgão competente

diagnóstico
o que fazer? Encaminhamento ao INSS;

Busca ativa de outros casos no mesmo


estabelecimento de trabalho ou em outras empresas
do mesmo ramo de atividade
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Passou a ser aplicado na década de 50

Designava uma série de atividades


subsequentes à etapa de ataque da
Histórico Campanha de Erradicação da Malária

Basicamente tratava-se da observação de


casos suspeitos ou confirmados
Histórico

O principal objetivo aqui


era a vigilância de
pessoas, com base em Não coletivo
isolamento e quarentena
– individual
Histórico - MUDANÇAS
Década de 60

Programa de Erradicação da Varíola (CEV)

Novos conceitos

Não havia realização de uma fase de ataque

Vacinação em massa – coletivo

Êxito – Erradicação da Varíola em escala mundial


Histórico
• No Brasil a CEV (1966-1973) tornou-se o marco das ações de vigilância
• Ajudou a disseminar informação (boletim epidemiológico quinzenal)

• Outro êxito: erradicação da poliomielite


• 1980 - 1994
Histórico

• 1975 – Sistema nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)


que obriga:
• Notificação de doenças transmissíveis selecionadas

• Hoje o SUS incorporou o SNVE


Dias atuais

Vigilância Epidemiológica: Conjunto de ações que


proporciona o conhecimento, a detecção dos fatores
determinantes de saúde individual e coletiva.
Propósitos e funções da VE

Fornecer orientação Organizar, planejar a


Recomendar medidas
técnica aos operacionalização dos
de controle
profissionais de saúde serviços de saúde

Divulgação de
Avaliar a eficácia das
informações
medidas adotadas
pertinentes
Uma grande função da VE:

COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES


Informação para ação

A informação precisa ter qualidade

Ser capaz de subsidiar um processo dinâmico de planejamento, avaliação,


manutenção e aprimoramento das ações

A informação é alimentada por DADOS


Tipos de dados

1- Dados demográficos, ambientais e


socioeconômicos
Permite quantificar grupos populacionais:
sexo, idade, raça, domicílio, escolaridade,
ocupação.
Tipos de dados

2 – Dados de Morbidade

Distribuição de casos para os portadores de infecção ou de patologias


como também sequelas.

Oriundos da notificação de casos, serviços ambulatoriais e hospitalares


e investigações epidemiológicas.
Tipos de dados

Dados de Mortalidade

Indica a letalidade de uma doença


Provenientes das declarações de óbitos
• SIM – Sistema de Informação de Mortalidade – governo
federal
Tipos de dados
Notificação de surto e epidemias: Possibilita a

constatação de qualquer indício de elevação do número


de casos de uma patologia.

A Vigilância Epidemiológica precisa estar


bem estruturada
Tipos de dados

Nascidos vivos

Declaração de nascido vivo

Preenchida para cada nascido vivo no Brasil


Tipos de dados

Utilização do SINAN (sistema de informação


de agravos e notificação)

Site do Ministério da Saúde

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