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SUS – PERÍODO DE PANDEMIA

SUS – SISTEMA UNICO DE SAÚDE


O Sistema Único de Saúde, mais conhecido pela sigla SUS, consiste em uma importante política
pública brasileira de atenção à saúde de nossa população. Regulamentado pela lei nº 8.080, de
19 de setembro de 1990, o SUS é um dos poucos sistemas de saúde nacionalmente integrado e
que oferece serviços gratuitos de maneira universal.

Qualquer pessoa que esteja em território brasileiro, independentemente da nacionalidade, da


condição socioeconômica ou de quaisquer outros fatores distintivos, pode recorrer ao SUS para
obter serviços de atenção à saúde.

SUS – PRINCIPIOS E DIRETRIZES


• UNIVERSALIDADE: Garantia de atenção á saúde, por parte do sistema, a todo e qualquer
cidadão.
• EQUIDADE: Define que os indivíduos são diferentes, possuindo características
biológicas, psíquicas, culturais e sociais diversas. Logo, grupos vulneráveis devem
receber uma maior atenção, diminuindo assim a desigualdade.
• INTEGRALIDADE: É um princípio doutrinário que visa enxergar o ser humano como um
todo, incluindo seus aspectos biopsicossociais, com ações em todos os níveis de
prevenção e serviços dos mais variados níveis de atenção.
• DIRETRIZES: Regionalização, hierarquização, cuidado centrado na pessoa,
territorialização, resolutividade, ordenação da rede, população adscrita,
longitudinalidade do cuidado, participação da comunidade.

SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


A Pesquisa Nacional de Saúde (2013) revela que a maioria da população (estima-se que 80%)
é SUS-dependente para as ações relacionadas à assistência à saúde. Contudo, mesmo os/as
que possuem plano privado de saúde usam o SUS direta ou indiretamente, por diversos
serviços, desde os mais baratos (alguns imunobiológicos/vacinas) até mais caros (quase
100% dos transplantes que são realizados apenas pelo SUS). Além disso, o SUS está em nosso
cotidiano, na água que bebemos, no ar que respiramos, no solo em que plantamos, nos
diversos medicamentos que compramos nesses tempos de crise, no álcool em gel que
precisou de critérios rigorosos de produção e é controlado pela ANVISA em todo processo
de fabricação, enfim, em vários atos fiscalizados por meio das diversas vigilâncias à saúde,
como a epidemiológica, a sanitária e a ambiental.
SUS – PERÍODO DE PANDEMIA
A pandemia de COVID-19, também conhecida como pandemia de coronavírus, é uma pandemia
da doença por coronavírus 2019 (COVID-19), causada pelo coronavírus da síndrome respiratória
aguda grave 2 (SARS-CoV-2). O vírus foi identificado pela primeira vez a partir de um surto em
Wuhan, China, em dezembro de 2019. As tentativas de contê-lo falharam, permitindo que o vírus
se espalhasse para outras áreas da China e, posteriormente, para todo o mundo. Em 30 de
janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o surto como Emergência de
Saúde Pública de Âmbito Internacional (PHEIC) e, em 11 de março de 2020, como pandemia. Até
16 de maio de 2023, 676 609 955 casos foram confirmados em 228 países e territórios, com 6
881 955 mortes atribuídas à doença, tornando-se uma das mais mortais da história. A OMS
declarou o fim da PHEIC causada pela pandemia no dia 5 de maio de 2023.

IMPORTÂNCIA DO SUS – PERÍODO DE


PANDEMIA
Quanto às vantagens, possuímos o único sistema público universal para mais de 100 milhões de
pessoas, ou seja, se a população não o tivesse, como nos Estados Unidos da América, por
exemplo, poderia se endividar indo a um hospital para uma simples avaliação, ou até ter seu
atendimento negado por não poder pagar ou não possuir vinculo empregatício formal como
nesse outro rico país que ainda não garante saúde como direito, como nós garantimos no Brasil.
Um/uma estrangeiro/a no Brasil possui a vantagem de, a qualquer momento se apresentar
sintomatologia para COVID-19, poder ter o mesmo atendimento que qualquer cidadão
brasileiro, pois nossa constituição garante sem qualquer exclusão ou xenofobia.

Pode-se citar como limitações: as dificuldades do Ministério da Saúde em manter um comando


único, com Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, algumas vezes, mantendo condutas não
alinhadas às suas orientações. Além disso, o SUS é um sistema cronicamente subfinanciado, ou
seja, as UTIs e os respiradores que tanto se discute hoje como necessidade, já deveriam existir
independente do panorama pandêmico atual, pois desde que criado, o SUS nunca teve aporte
de recursos suficiente e alinhado às garantias constitucionais que preconiza para os/as
brasileiros/as, tanto que sempre fomos e continuamos sendo um dos países que menos investe
per capita com saúde, como mostram diversos estudos.

COMO O SUS AGIU PERANTE A PANDEMIA


Construção de hospitais de campanha
A pandemia de covid-19 trouxe um aumento pela demanda dos serviços de saúde em um curto
período de tempo. Assim, governos de diferentes localidades estão se mobilizando para oferecer
o suporte necessário aos indivíduos acometidos pela doença.

Nesse contexto, os hospitais de campanha tornaram-se uma das principais estratégias de


controle frente à pandemia, uma vez que auxiliam no suprimento das demandas de leito no
sistema de saúde, mas devem ser estruturados conforme recomendação da ANVISA.

Essas construções têm caráter emergencial, com objetivo de suprir a falta de leitos nos hospitais
e, dessa forma, garantir acesso à saúde para a população.
FINANCIAMENTO A PESQUISAS
A pandemia trouxe ainda a necessidade de produção de conhecimento científico sobre questões
básicas como a estrutura do vírus, a história natural da doença e os diagnósticos, além das
tecnologias de prevenção e tratamento da doença. Dessa forma, a Secretaria de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) promoveu o financiamento de
pesquisas relacionadas à covid-19. Os estudos serviram de base para a tomada de decisão dos
gestores federais do SUS e para a participação na análise técnico-científica de vacinas covid-19,
possibilitando a contratação da encomenda tecnológica entre Fiocruz e a AstraZeneca e a
adesão do Brasil à iniciativa Covax Facility.

Tais ações tiveram como principal resultado promover o desenvolvimento de vacina segura e
eficaz, com transferência de tecnologia de fabricação para o Brasil, possibilitando a garantia da
vacinação no país, bem como a sustentabilidade da sua produção, a longo prazo, em território
nacional. O Ministério da Saúde também coordena a articulação de uma rede de estudos
observacionais para monitoramento da efetividade e segurança da vacinação contra a covid-19
no Brasil.

Além das pesquisas e fabricações de vacinas, é importante lembrar a questão de fabricações e


novos métodos de testes rápidos, afim de facilitar o diagnóstico e descarregar as filas e sistema
do sus.

VACINAÇÃO
Em dezembro de 2020, o Ministério da Saúde lançou a 1ª edição do Plano Nacional de
Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, por meio do Programa Nacional de
Imunizações (PNI), para estabelecer as estratégias da campanha de vacinação, como a definição
dos grupos prioritários e orientações a estados e municípios.

O Ministério da Saúde mantém constantes as negociações com laboratórios para garantir as


vacinas disponíveis no mercado e que possuem aprovação da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) para aplicação em toda a população brasileira que possuam indicação de uso
do imunizante.

Até 10 de abril de 2021, mais de 47 milhões de doses de vacina covid-19 foram distribuídas às
Unidades Federativas – mais de 25 milhões já foram aplicadas em grupos prioritários. O Brasil já
garantiu a contratação de mais de 562 milhões de doses para 2021.
MONITORAMENTO DA DOENÇA
O programa Vigiar SUS foi lançado em outubro de 2020 com a proposta de aumentar a
capacidade de vigilância, alerta e resposta no SUS frente a mudanças no cenário
epidemiológico de doenças. O projeto é focado na pandemia da covid-19, mas também servirá
para monitorar, a longo prazo, a prevenção e controle de surtos e epidemias no Brasil,
fortalecendo a Rede Nacional de Resposta à Emergência de Saúde Pública.

A expectativa é ampliar as estratégias de segurança nacional para as ameaças de segurança de


saúde pública, além de melhorar as capacidades para preparação e resposta às emergências.
Foram investidos R$1,5 bilhão na criação do projeto.

Os oito eixos estratégicos do programa foram fortalecidos, com maior capacidade de atuação
da rede de Laboratórios Centrais, das equipes de pronta-resposta, dos Centros de Informações
Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica
Hospitalar (RenaVEH), e de Vigilância das Síndromes Respiratórias e do Serviço de Verificação
de Óbito.

ATENÇÃO PRIMÁRIA
O fortalecimento do acesso da porta de entrada ao SUS é uma das principais iniciativas do
Ministério da Saúde durante a pandemia. A Secretaria de Atenção Primária coordenou ações de
liberação de recursos e elaboração de materiais técnicos com orientação de manejo clínico,
fluxos para o acolhimento e atendimento da população e organização dos serviços de saúde
junto a Rede de Atenção à Saúde.

Para combater o avanço do coronavírus, a orientação é para que a população busque os serviços
de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, é possível garantir atendimento
imediato do cidadão e interromper a cadeia de transmissão do vírus. As Unidades Básicas de
Saúde contam com estrutura para atender doenças leves e encaminha os casos graves para as
emergências e hospitais, evitando também superlotações.

Foram repassados R$ 125,3 milhões para municípios manterem as unidades básicas de saúde
com atendimento em horário ampliado pelo programa Saúde na Hora Emergencial, R$ 1,2
bilhões para manutenção dos Centros de Atendimento para enfrentamento da doença e R$23,2
milhões para os Centros Comunitários que funcionam nos municípios que têm comunidades e
favelas.

INVESTIMENTO – CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS


Foram investidos, ainda, R$ 563,3 milhões na contratação de médicos e R$ 385,7 milhões para
informatização das 15 mil equipes de saúde da Atenção Primária. Vale ressaltar que o governo
lançou um edital recente para preencher mais 2.904 vagas do Mais Médicos em todo o país.

A Atenção Primária também conta com estruturas de vigilância em saúde para combater não
só a covid-19, mas também o vírus da gripe. O Ministério da Saúde investiu R$ 369,7 milhões
para fortalecer o rastreamento e monitoramento de contatos de casos de síndrome gripal no
Brasil.

Outro programa criado durante a pandemia e que será levado adiante é o Previne Brasil, com
repasse de R$ 20,8 bilhões aos estados e Distrito Federal para realizar a manutenção de
serviços da Atenção Primária.

O programa enviou mais de R$ 96,4 milhões para municípios brasileiros que alcançaram as
metas estabelecidas quanto ao desempenho das equipes, tendo como base indicadores que
envolvem saúde da mulher, pré-natal, saúde da criança e doenças crônicas.

AMPLIAÇÃO DE LEITOS DE UTI


O Ministério da Saúde realizou 19.517 processos de habilitação e prorrogação de leitos de UTI
entre abril e dezembro de 2020. Neste ano, o Ministério da Saúde já publicou 12 portarias de
leitos de UTI Adulto e Pediátrico, autorizando 15.735 mil leitos em todo o país. O investimento
total é de mais de R$ 1,1 bilhão.

A medida fortalece o SUS e leva atendimento para a população em todo o país. Apesar de
estados e municípios terem autonomia para criar e habilitar os leitos necessários, a pasta
disponibilizando recursos financeiros e auxílio técnico para o enfrentamento da Covid-19.

TRANSPARÊNCIA E TECNOLOGIA
A transparência e o uso da tecnologia em prol da saúde pública foram ampliados pelo
Ministério da Saúde durante a pandemia. Por meio da plataforma LocalizaSUS, a população
pode acompanhar todas as ações da pasta para enfrentamento à covid-19, como o andamento
da vacinação, a quantidade de EPIs, medicamentos e ventiladores pulmonares distribuídos a
cada estado, entre outras ações.

O painel on-line também mostra o número de leitos habilitados em todo país, testes entregues
e insumos disponibilizados, informando o cidadão sobre tudo o que foi comprado, doado e
distribuído para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Em 2020, também foi lançado o ConecteSUS, aplicativo que registra a trajetória de quem busca
atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e dá acesso à Carteira Nacional Digital de
Vacinação. O formato digital permite que os brasileiros consultem todas as vacinas aplicadas
nas redes pública e privada – não só a da covid-19 – deixando para trás as antigas carteirinhas
de vacinação de papel, que podem sofrer rasuras ou até serem perdidas com o tempo. A
ferramenta também permite o acompanhamento de exames e consultas.

TELEMEDICINA
Serviços de telessaúde vêm sendo realizados no SUS desde 2005, porém, durante a pandemia,
foram ampliados. A realização de consultas virtuais na rede pública de saúde foi estabelecida
através do Consultório Virtual, que registrou, entre maio e dezembro de 2020, mais de 25 mil
atendimentos, 18 mil prescrições de receitas, 5 mil solicitações de exames e mais de mil
atestados.

A iniciativa permitiu que pacientes com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes,
pudessem seguir o acompanhamento médico à distância e ter o acesso virtual às receitas, com
a assinatura eletrônica dos profissionais.

O Ministério da Saúde tem investido na ampliação de Núcleos de Telessaúde, que oferecem


ações de capacitação e treinamento de profissionais da saúde (teleducação). Além de todos os
projetos em execução, a pasta também trabalha na construção da Política Nacional de
Telessaúde, no tabelamento de valores das ações de Telessaúde no SUS, e na escolha de uma
plataforma a ser disponibilizada e integrada à rede, com intuito de abrir e expandir o mercado.

SAÚDE INDÍGENA
A lógica de cuidado imediato aplicada na Atenção Primária também foi incorporada pela
Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde. As Equipes de Resposta
Rápida se uniram ao contingente de profissionais que integram as Equipes Multidisciplinares de
Saúde Indígena, numa resposta à pandemia que ficará como grande legado para o cuidado a
esses povos.

O Ministério da Saúde contratará em caráter permanente os 126 profissionais temporários


agregados às equipes nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) em todo o Brasil.

Além de atenderem pessoas com suspeita de covid-19, os médicos, enfermeiros e técnicos de


enfermagem destas equipes também realizam busca ativa de pacientes com a doença, entre
outras atividades de saúde, com uma estrutura de transporte de prontidão no município que
sedia o DSEI para chegar aos locais com surto de coronavírus.
COLÉGIO SÃO MATEUS
TURMA N47B

EVELYN VITÓRIA - Nº 04
JÉSSICA APARECIDA – Nº 06
KAROLYNE DE SOUZA – Nº 11
PALOMA ARAUJO – Nº 22

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