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Essas construções têm caráter emergencial, com objetivo de suprir a falta de leitos nos hospitais
e, dessa forma, garantir acesso à saúde para a população.
FINANCIAMENTO A PESQUISAS
A pandemia trouxe ainda a necessidade de produção de conhecimento científico sobre questões
básicas como a estrutura do vírus, a história natural da doença e os diagnósticos, além das
tecnologias de prevenção e tratamento da doença. Dessa forma, a Secretaria de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) promoveu o financiamento de
pesquisas relacionadas à covid-19. Os estudos serviram de base para a tomada de decisão dos
gestores federais do SUS e para a participação na análise técnico-científica de vacinas covid-19,
possibilitando a contratação da encomenda tecnológica entre Fiocruz e a AstraZeneca e a
adesão do Brasil à iniciativa Covax Facility.
Tais ações tiveram como principal resultado promover o desenvolvimento de vacina segura e
eficaz, com transferência de tecnologia de fabricação para o Brasil, possibilitando a garantia da
vacinação no país, bem como a sustentabilidade da sua produção, a longo prazo, em território
nacional. O Ministério da Saúde também coordena a articulação de uma rede de estudos
observacionais para monitoramento da efetividade e segurança da vacinação contra a covid-19
no Brasil.
VACINAÇÃO
Em dezembro de 2020, o Ministério da Saúde lançou a 1ª edição do Plano Nacional de
Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, por meio do Programa Nacional de
Imunizações (PNI), para estabelecer as estratégias da campanha de vacinação, como a definição
dos grupos prioritários e orientações a estados e municípios.
Até 10 de abril de 2021, mais de 47 milhões de doses de vacina covid-19 foram distribuídas às
Unidades Federativas – mais de 25 milhões já foram aplicadas em grupos prioritários. O Brasil já
garantiu a contratação de mais de 562 milhões de doses para 2021.
MONITORAMENTO DA DOENÇA
O programa Vigiar SUS foi lançado em outubro de 2020 com a proposta de aumentar a
capacidade de vigilância, alerta e resposta no SUS frente a mudanças no cenário
epidemiológico de doenças. O projeto é focado na pandemia da covid-19, mas também servirá
para monitorar, a longo prazo, a prevenção e controle de surtos e epidemias no Brasil,
fortalecendo a Rede Nacional de Resposta à Emergência de Saúde Pública.
Os oito eixos estratégicos do programa foram fortalecidos, com maior capacidade de atuação
da rede de Laboratórios Centrais, das equipes de pronta-resposta, dos Centros de Informações
Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica
Hospitalar (RenaVEH), e de Vigilância das Síndromes Respiratórias e do Serviço de Verificação
de Óbito.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
O fortalecimento do acesso da porta de entrada ao SUS é uma das principais iniciativas do
Ministério da Saúde durante a pandemia. A Secretaria de Atenção Primária coordenou ações de
liberação de recursos e elaboração de materiais técnicos com orientação de manejo clínico,
fluxos para o acolhimento e atendimento da população e organização dos serviços de saúde
junto a Rede de Atenção à Saúde.
Para combater o avanço do coronavírus, a orientação é para que a população busque os serviços
de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, é possível garantir atendimento
imediato do cidadão e interromper a cadeia de transmissão do vírus. As Unidades Básicas de
Saúde contam com estrutura para atender doenças leves e encaminha os casos graves para as
emergências e hospitais, evitando também superlotações.
Foram repassados R$ 125,3 milhões para municípios manterem as unidades básicas de saúde
com atendimento em horário ampliado pelo programa Saúde na Hora Emergencial, R$ 1,2
bilhões para manutenção dos Centros de Atendimento para enfrentamento da doença e R$23,2
milhões para os Centros Comunitários que funcionam nos municípios que têm comunidades e
favelas.
A Atenção Primária também conta com estruturas de vigilância em saúde para combater não
só a covid-19, mas também o vírus da gripe. O Ministério da Saúde investiu R$ 369,7 milhões
para fortalecer o rastreamento e monitoramento de contatos de casos de síndrome gripal no
Brasil.
Outro programa criado durante a pandemia e que será levado adiante é o Previne Brasil, com
repasse de R$ 20,8 bilhões aos estados e Distrito Federal para realizar a manutenção de
serviços da Atenção Primária.
O programa enviou mais de R$ 96,4 milhões para municípios brasileiros que alcançaram as
metas estabelecidas quanto ao desempenho das equipes, tendo como base indicadores que
envolvem saúde da mulher, pré-natal, saúde da criança e doenças crônicas.
A medida fortalece o SUS e leva atendimento para a população em todo o país. Apesar de
estados e municípios terem autonomia para criar e habilitar os leitos necessários, a pasta
disponibilizando recursos financeiros e auxílio técnico para o enfrentamento da Covid-19.
TRANSPARÊNCIA E TECNOLOGIA
A transparência e o uso da tecnologia em prol da saúde pública foram ampliados pelo
Ministério da Saúde durante a pandemia. Por meio da plataforma LocalizaSUS, a população
pode acompanhar todas as ações da pasta para enfrentamento à covid-19, como o andamento
da vacinação, a quantidade de EPIs, medicamentos e ventiladores pulmonares distribuídos a
cada estado, entre outras ações.
O painel on-line também mostra o número de leitos habilitados em todo país, testes entregues
e insumos disponibilizados, informando o cidadão sobre tudo o que foi comprado, doado e
distribuído para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Em 2020, também foi lançado o ConecteSUS, aplicativo que registra a trajetória de quem busca
atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e dá acesso à Carteira Nacional Digital de
Vacinação. O formato digital permite que os brasileiros consultem todas as vacinas aplicadas
nas redes pública e privada – não só a da covid-19 – deixando para trás as antigas carteirinhas
de vacinação de papel, que podem sofrer rasuras ou até serem perdidas com o tempo. A
ferramenta também permite o acompanhamento de exames e consultas.
TELEMEDICINA
Serviços de telessaúde vêm sendo realizados no SUS desde 2005, porém, durante a pandemia,
foram ampliados. A realização de consultas virtuais na rede pública de saúde foi estabelecida
através do Consultório Virtual, que registrou, entre maio e dezembro de 2020, mais de 25 mil
atendimentos, 18 mil prescrições de receitas, 5 mil solicitações de exames e mais de mil
atestados.
A iniciativa permitiu que pacientes com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes,
pudessem seguir o acompanhamento médico à distância e ter o acesso virtual às receitas, com
a assinatura eletrônica dos profissionais.
SAÚDE INDÍGENA
A lógica de cuidado imediato aplicada na Atenção Primária também foi incorporada pela
Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde. As Equipes de Resposta
Rápida se uniram ao contingente de profissionais que integram as Equipes Multidisciplinares de
Saúde Indígena, numa resposta à pandemia que ficará como grande legado para o cuidado a
esses povos.
EVELYN VITÓRIA - Nº 04
JÉSSICA APARECIDA – Nº 06
KAROLYNE DE SOUZA – Nº 11
PALOMA ARAUJO – Nº 22