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INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM

AS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE

AULA 04
O SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição
Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis n.º 8080/90 e nº
8.142/90, Leis Orgânicas da Saúde, com a finalidade de alterar a
desigualdade na assistência à saúde da população, tornando
obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo
proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
NO BRASIL

• SANITARISMO CAMPANHISTA - início do Séc. XX a 1945


Combate às doenças que prejudicavam a exportação de café.

• PERÍODO DE TRANSIÇÃO - 1945 a 1960 .

Industrialização → diagnóstico e terapêutica → dicotomia entre área


preventiva e curativa
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
• Modelo Médico Assistencial Privativista - 1960 ao
início déc. 80
• Expansão da rede hospitalar e contratação de serviços
privados → ↓ poder aquisitivo / população sem assistência de
saúde

• Modelo Plural - SUS Déc. 80 Reforma Sanitária → Atenção


Primária à Saúde.
• VIII Conferência Nacional de Saúde - 1986 Constituição
Brasileira – 1988 - nova política de saúde 1990 – Leis
Orgânicas da Saúde.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

SUS - Conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por


instituições federais, estaduais e municipais e complementada pela
rede privada.

Lei 8080 – organização das ações e serviços de saúde, gestão,


competências e atribuições de cada esfera de governo (set/90).

Lei 8142 – participação da comunidade na gestão e transferências


intergovernamentais de recursos (dez/90)
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Compete ao SUS prestar assistência através de promoção, proteção
e recuperação da saúde, com integração de ações assistenciais e
preventivas: vigilância sanitária e epidemiológica, saúde do
trabalhador, assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.

NOB 01/91 - processo de descentralização


1992 - IX Conferência Nacional de Saúde
NOB 01/93 – fases para a habilitação dos municípios
NOB 01/96 – recursos financeiros adicionais - CPMF
NOAS SUS 01/01 – diferenças entre municípios e estados
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

A municipalização da gestão dos serviços foi o elemento


central da agenda do governo federal na área da saúde na
década de 90.

A reforma foi um sucesso, pois em 2000 99% dos municípios


estavam habilitados no SUS.
(ARRETCHE, 2002)
PACTO PELA SAÚDE DESAFIOS DO PRESENTE E
CONTINUIDADE DA REFORMA
• 2003 - XII Conferência Nacional de Saúde – gestão do sistema
• Ministério da Saúde - Portaria 399/2006 – alternativas para avançar
na efetivação dos princípios e diretrizes do SUS
Pacto pela vida – atenção à saúde (idoso, câncer de colo de útero e
mama, mortalidade materna e infantil, controle da
Dengue/Hanseníase/Tuberculose/Malária/Influenza, promoção da saúde,
qualificar a Estratégia de Saúde da Família como modelo de Atenção
Básica Saúde)
Pacto em defesa do SUS – mobilização social, financiamento, carta dos
direitos do usuário do SUS
Pacto de gestão – regionalização, planejamento, alocação de recursos,
controle social
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
PRINCÍPIOS DO SUS (Ministério da Saúde, 1990)

Universalidade – acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de


assistência Igualdade – todos os cidadãos têm direito a mesma
assistência à saúde.

Eqüidade – distribuição de recursos àqueles que mais necessitam de


atenção e cuidados (justiça social)

Integralidade – conjunto articulado e contínuo das ações e serviços


preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada
caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Integralidade em saúde compreende três ideais inter-


relacionados:

• Enxergar o paciente como um todo, e não apenas como portador


de uma doença específica;

• integrar ações preventivas com ações curativas;

• integrar todos os níveis operacionais de atenção à saúde (primário,


secundário e terciário).
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Informação * – direito das pessoas saberem sobre a sua saúde e
sobre o potencial de atendimento do serviço de saúde
Autonomia * – preservação da capacidade de escolha do usuário
• Princípios de bioética

Participação da comunidade – participação dos usuários na


definição das ações e na gestão dos serviços de saúde através das
Conferências de Saúde e dos Conselhos de Saúde (Lei 8142/90)
Descentralização – poder decisório e transferência de recursos para a
municipalização da saúde.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Regionalização e hierarquização – organização dos serviços


em níveis de complexidade crescente, dispostos numa área
geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida.

Vínculo - necessidades locais - referência / contra-referência

Resolubilidade – resolução dos problemas até o nível de


competência de cada serviço de saúde
AÇÕES DE SAÚDE A SEREM DESENVOLVIDAS

Modelo curativo
de assistência
Conhecer o perfil epidemiológico da
comunidade (doenças, condições
Conceito de sócio-econômicas, hábitos,
saúde mais necessidades de saúde) e a infra-
abrangente estrutura dos serviços disponíveis.

Modelo de
atenção a saúde PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO
AÇÕES DE SAÚDE A SEREM DESENVOLVIDAS

Promoção e proteção da saúde – ações preventivas programadas


e sistemáticas para reduzir fatores de risco à saúde das pessoas.

Promoção da saúde – educação em saúde, estímulo a estilos


saudáveis de vida (alimentação, atividade física, higiene),
planejamento familiar, desestímulo ao consumo de álcool, drogas

Proteção da saúde – vacinas, saneamento básico, exames


médicos e odontológicos periódicos, vigilância epidemiológica e
sanitária.
AÇÕES DE SAÚDE A SEREM DESENVOLVIDAS
Recuperação da saúde – diagnóstico, tratamento e reabilitação de
doenças. Ex: consultas médicas, atendimento de enfermagem,
exames diagnósticos, internação hospitalar

Programas de saúde – ações desenvolvidas com grupos expostos


a riscos de saúde. Ex: crianças, gestantes, idosos, portadores de
doenças crônicas. Programas nacionais devem ser adaptados às
características regionais.
DIMENSÃO DO SUS

Serviços Básicos de Atenção à Saúde, Ambulatórios


Especializados, Serviços de Diagnósticos, Hospitais de
média e alta complexidade, Hospitais Universitários,
Serviços privados contratados
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

PRIMÁRIO – responsabilidade local, cuidado profissional complexo,


mas com tecnologia leve. Enfoque nas ações e cuidados primários
de saúde. Deve resolver grande parte dos problemas de saúde da
população.

Exemplos de Serviços de Atenção Básica à Saúde: Postos do


Programa de Saúde da Família e Unidades Sanitárias
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

• Água e saneamento
• Promoção da saúde materno infantil
• Imunizações
• Prevenção e controle das endemias
• Promoção da saúde mental
• Promoção de nutrição adequada
• Tratamento das doenças comuns
• Provisão de medicamentos essenciais
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

SECUNDÁRIO – responsabilidade distrital, cuidado profissional


geral e especializado, com o uso de tecnologia especializada.
Exemplos: Centros de Saúde, Clínicas Conveniadas, Ambulatórios
de Hospitais, Laboratórios.

TERCIÁRIO – responsabilidade regional, cuidado especializado e


superespecializado, com o uso de tecnologia de complexidade
correspondente. Exemplos: Hospitais, Serviços de Urgências e
Emergências.
Instituições da Área da Saúde

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Criada em 26 de janeiro de 1999 pela Lei 9.782, a Agência Nacional


de Vigilância Sanitária (Anvisa) integra o Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária e desempenha uma série de funções que
afetam diretamente a vida dos brasileiros.
Instituições da Área da Saúde
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) é um órgão de caráter
permanente e deliberativo, vinculado ao Ministério da Saúde e
sua atuação está pautada na formulação, no controle e
acompanhamento da execução de políticas públicas de saúde,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, nas estratégias
e na promoção do processo de controle social em toda a sua
amplitude, no âmbito dos setores público e privado.
Instituições da Área da Saúde

Conselho Municipal de Saúde

O Conselho Municipal de Saúde (CMS) tem a função de fiscalizar


os serviços públicos e privados de saúde e define prioridades
básicas do setor de um município.

O Conselho é composto por representantes que têm atuação


ligada à saúde: médicos, representantes de laboratórios,
entidades filantrópicas, hospitais, sindicatos, associações de
classe, clubes de serviço e usuários do Sistema Único de Saúde
(SUS).
Outras Instituições da Área da Saúde

• Organização Pan-Americana da Saúde


• Conselho Nacional de Saúde
• Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)
• Instituto Nacional de Câncer (INCA)
• Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS)
• fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
REFERÊNCIAS

MINISTERIO DA SAÚDE, 2002; O Sistema publico de Saúde


Brasileiro; disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sistema_saude.
pdf>

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