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ODONTOLAG

Curso de Auxiliar de Saúde Bucal

Processo de Trabalho e Humanização


Drª Aline Alves-Cirurgiã-Dentista
SAÚDE PÚBLICA
“É um campo multiprofissional de conhecimentos e atividades
que tem a função de oferecer condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo as
enfermidades, controlando as doenças endêmicas e parasitárias
e melhorando a vigilância à saúde, dando, assim, mais qualidade
de vida ao cidadão.”
SAÚDE PÚBLICA
O que é saúde?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e
social e não apenas a ausência de enfermidade.”
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
História do SUS:
-Surgimento: Reforma Sanitária;
-VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986;
-Aprovação do texto da Constituição Federal de 1988 pelo
Congresso Nacional.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
“Formado pelo conjunto de ações e serviços de saúde prestados
por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da administração direta e indireta e das fundações
mantidas pelo Poder Público.”
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

 E antes do SUS como funcionava a saúde pública?

- Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social


(INAMPS).
- Extinto em 1993 pela lei nº8. 689.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Por que Sistema Único?
Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios
organizacionais em todo o território nacional, sob a
responsabilidade das três esferas autônomas de governo
federal, estadual e municipal.

Quais são as Leis que regulamentam o SUS?


Lei 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e a Lei 8.142/90 (Controle
Social).
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
LEIS QUE REGULAMENTAM O
SUS:

-LEI 8.080 DE 1990 ( lei orgânica da


saúde)- dispõe sobre as condições de
promoção, proteção e recuperação da
saúde, além de organizar o
funcionamento dos serviços
correspondentes;
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
LEI 8080 DE 1990:
- Assistência terapêutica integral;
- Assistência farmacêutica;
- Controle e fiscalização de alimentos, água e bebidas;
- Participação na preparação de recursos humanos;
- Orientação familiar;
- Acompanhamento a Saúde do trabalhador;
- Vigilância epidemiológica;
- Vigilância nutricional;
- Vigilância sanitária;
-Gratuidade das ações e dos serviços.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
LEIS QUE REGULAMENTAM O SUS:

- LEI 8.142/90 (CONTROLE SOCIAL): aborda a participação da


população na gestão do Sistema Único de Saúde e as
transferências de recursos da área de saúde entre os
governos;

- Conselho Municipal de saúde.


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Princípios do SUS:

-UNIVERSALIDADE: Todo e qualquer cidadão tem direito de acesso à


saúde;

-EQUIDADE: Distribuição dos recursos para atender as necessidades de


acordo com a complexidade dos problemas de saúde;

- INTEGRALIDADE: Direito à saúde em todos os níveis de complexidade;

-Igualdade: Todos os cidadãos têm direito à saúde, sem qualquer


discriminação ou pretexto.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
-Intersetorialidade: Integração de vários setores para promover saúde;

-Controle Social: Participação da população na gestão do SUS através de


Conselhos e Conferências de Saúde;

-Hierarquização: Poder único em cada esfera do governo;

-Regionalização: Resolução dos problemas o mais próximo possível de onde


eles acontecem (municipalização da saúde);

-Descentralização: O poder não fica apenas em uma única esfera do governo.


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
-Resolutividade: Os problemas de saúde devem ser solucionados no
âmbito do SUS;

-Complementaridade do Setor Privado: Alguns serviços prestados são


oferecidos em convênio com clínicas e laboratórios particulares;

-Direito à Informação: Todo cidadão deve ter acesso à informação sobre


saúde;

-Preservação da Autonomia: Deve-se respeitar os desejos, as opiniões e


as decisões dos usuários.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Como funciona o Sistema Único de Saúde?
“O Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema público,
organizado e orientado no sentido do interesse coletivo, e todas
as pessoas, independentemente de raça, crenças, cor, situação
de emprego, classe social, local de moradia, a ele têm direito.”
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Papel dos Gestores do SUS:
Gestores são as entidades encarregadas de fazer com que o
SUS seja implantado e funcione adequadamente dentro dos
princípios e das diretrizes doutrinárias, e da lógica
organizacional.

-Nível Municipal
-Nível Estadual
-Nível Federal
GESTORES DO SUS
Nível Municipal
-Secretarias Municipais de Saúde (SMS) ou as prefeituras;

-O município deve ser o primeiro e o maior responsável pelas


ações de saúde para a sua população.
GESTORES DO SUS
Nível Estadual
- Secretarias Estaduais de Saúde
(SES);
- Plano diretor-propostas de cada
município;
-Executar apenas as ações de
saúde que os municípios não forem
capazes e/ou que não lhes couber
executar.
GESTORES DO SUS
Nível Federal
-Ministério da Saúde;
-Responsável pela formulação, coordenação e controle da
política nacional de saúde.
Funções:
-Planejamento;
-Financiamento;
-Cooperação técnica e controle do SUS.
GESTORES DO SUS
Quem é o responsável pelo atendimento ao doente e pela
saúde da população?

- O município;

- Maior complexidade do problema deve enviar o paciente para outro


município mais próximo, capaz de fornecer a assistência adequada;

- Integração entre os municípios;

- Conforme o grau de complexidade do problema, entram em ação as


secretarias estaduais de saúde e/ou o próprio Ministério da Saúde.
GESTORES DO SUS

Quem deve controlar se o SUS está


funcionando bem?
-População; o poder legislativo; e cada
gestor das três esferas de governo;

-A população deve ter conhecimento de


seus direitos e reivindicá-los ao gestor local
do SUS (secretário municipal de saúde).
GESTORES DO SUS
De onde vem a verba para manter o SUS?

-Três esferas de governo: federal, estadual e municipal;

- Provêm do Orçamento da Seguridade Social e outros Orçamentos da


União;

- Geridos pelo Ministério da Saúde através do Fundo Nacional de Saúde


(FNS);

- Uma parte dos recursos fica retida; a outra parte é repassada às


secretarias de saúde.
AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO SUS
Ações de Promoção
Visam à redução de fatores de risco, que constituem ameaça à saúde
das pessoas, podendo provocar-lhes incapacidades e doenças.

-Educação em saúde;
-Saneamento básico;
-Nutrição adequada;
-Hábitos de vida saudáveis;
-Aconselhamento familiar;
-Estímulo a práticas de exercícios físicos;
-Hábitos de higiene pessoal, domiciliar e ambiental.
AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO SUS
Ações de Proteção
-Vigilância epidemiológica e sanitária; vacinações; exames médicos e
odontológicos periódicos;

Vigilância epidemiológica- Tem a finalidade de recomendar e


adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos;

Vigilância sanitária- Compreende o conjunto de ações capaz de


eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO SUS
Ações de Recuperação
São ações exercidas pelos serviços públicos e, de forma
complementar, pelos serviços particulares, contratados ou
conveniados.

-Diagnóstico e o tratamento de doenças;


-Acidentes e danos de toda natureza;
-Limitação da invalidez e a reabilitação.
PLANEJAMENTO DAS AÇÕES EM
SAÚDE
-Organização das ações e serviços de saúde: os principais problemas
e necessidades da população;

-Análise de problemas, propostas e plano de ação.

5 etapas:
Diagnóstico Situacional;
Definição de Prioridades;
Estabelecimento dos objetivos e metas;
Elaboração;
Avaliação.
REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE-RAS
Promoção integral sistêmica, de ações e serviços de saúde com
provisão de atenção contínua, integral, de qualidade,
responsável e humanizada.
REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE-RAS
REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE-RAS
Rede de Atenção à Saúde Bucal:

-Centros de Especialidades Odontológicas


(CEO);

-Hospitais que realizam atendimento


odontológico sob anestesia geral e
tratamento do câncer de boca.
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

- Criado pelo Ministério da Saúde em 1994;

-Reorganizar a prática da atenção à saúde e substituir o modelo


tradicional;

- Priorizar as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde


das pessoas, de forma integral e contínua;

-Atendimento: Unidade Básica de Saúde (UBS) ou no domicílio.


PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
PRINCÍPIOS BÁSICOS:

- Caráter Substitutivo;
- Integralidade e Hierarquização;
- Territorialização e Cadastramento da Clientela;
- Equipe Multiprofissional;
- Avaliação de Resultados;
- Financiamento.
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
PRINCÍPIOS

-Caráter Substitutivo
O PSF não significa criação de novas unidades de saúde, exceto em
áreas totalmente desprovidas das mesmas.

-Integralidade e Hierarquização
UBS é o primeiro nível de assistência- Atenção básica ou primária.
Sistema de referência e a contra referência- maior complexidade.
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

PRINCÍPIOS
-Territorialização e Cadastramento da Clientela
Território de abrangência definido- cadastramento e o
acompanhamento da população vinculada a área;

-Área adscrita: Composta por 600 a 1000 famílias (2400 a 4500


pessoas).
Pode ser dividida:
Micro áreas ou áreas adstritas (agentes comunitários de saúde).
Cada ACS será responsável por até 250 famílias (400 a 750
pessoas).
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

PRINCÍPIOS
- Equipe Multiprofissional
Composta no mínimo, por 01 médico, 01 enfermeiro, 01 auxiliar
de enfermagem e 04 a 06 agentes comunitários de saúde (ACS).

Outros profissionais - a exemplo de dentistas, assistentes sociais


e psicólogos poderão ser incorporados às equipes.
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
PRINCÍPIOS
-Avaliação de Resultados
Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB).

SIAB:
-Agrega os dados e processa as informações sobre a população
acompanhada;
-Acompanhamento contínuo e a avaliação das atividades
desenvolvidas pelos gestores.
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

PRINCÍPIOS
-Financiamento
Garantido pelo PAB - Piso de Atenção
Básica.

Finanças provenientes de fontes estaduais e


municipais.
A INSERÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
BUCAL NO PSF
Ocorreu em outubro de 2000, tendo como objetivos principais a
melhoria dos índices epidemiológicos de saúde bucal e a
ampliação do acesso da população brasileira às ações a ela
relacionadas.
A INSERÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
BUCAL NO PSF
Equipe de Saúde Bucal (ESB) :

Modalidade I: composta por 01 Cirurgião-dentista (CD) e 01


Auxiliar de Saúde Bucal (ASB).

Modalidade II: composta por 01 Cirurgião-dentista (CD), 01


Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) e um Técnico em Saúde Bucal
(TSB).
A INSERÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
BUCAL NO PSF
CIRURGIÃO-DENTISTA NO PSF :

-Tratamento curativo: restaurações, raspagens, exodontia...

-Educação em Saúde: palestras em escolas, creches ou


destinadas a grupos especiais (gestantes, idosos hipertensos,
diabéticos, etc.).
A INSERÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
BUCAL NO PSF
CIRUGIÃO-DENTISTA NO PSF :

-Procedimentos preventivos: escovações supervisionadas,


aplicações tópicas de flúor, bochechos com fluoreto de sódio...

-Visitas domiciliares: realizadas a acamados, indivíduos com


dificuldade de acesso à Unidade de Saúde.
A INSERÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
BUCAL NO PSF
ASB no PSF:
-Auxílio nas atividades ambulatoriais: desinfecção e
esterilização, manipulação de materiais odontológicos,
instrumentação junto à cadeira operatória, organização do
consultório...

- Educação em Saúde: palestras desenvolvidas em escolas,


creches ou destinadas a grupos especiais (gestantes, idosos,
hipertensos, diabéticos, etc.).
A INSERÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE
BUCAL NO PSF
ASB no PSF:

-Procedimentos preventivos: escovações supervisionadas,


aplicações tópicas de flúor, bochechos com fluoreto de sódio,...

-Visitas domiciliares: realizadas a acamados, indivíduos com


dificuldade de acesso à Unidade de Saúde (auxílio ao CD no
atendimento domiciliar).
PRIORIDADES EM ODONTOLOGIA NO
PSF:

-Pacientes com foco de infecção aguda;

-Pacientes com mais de 08 unidades dentárias com lesão de


cárie;

- Pacientes com DSTs e lesões orais com risco de Câncer Bucal;

- Doença periodontal crônica;


PRIORIDADES EM ODONTOLOGIA NO
PSF:

-Pacientes com indicação de exodontias múltiplas;

-Crianças de 3 a 12 anos;

- Idosos, diabéticos, hipertensos, cardiopatas e gestantes;

-Pacientes com transtorno mental.


PROGRAMA BRASIL SORRIDENTE
HISTÓRICO

-Ações de baixa complexidade curativas e mutiladoras, com


acesso restrito;

-Desenvolvia ações para a faixa etária escolar, de 6 a 12 anos, e


gestantes;

-Os adultos e os idosos: apenas serviços de pronto atendimento


e urgência.
PROGRAMA BRASIL SORRIDENTE
IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
BUCAL:

-Melhoria da organização do sistema de saúde;

-Lançada em março de 2004 em Sobral/CE;

-Ampliação e qualificação do acesso à assistência, promoção de


saúde e prevenção de doenças.
PROGRAMA BRASIL SORRIDENTE
AS PRINCIPAIS LINHAS DE AÇÃO:

-Reorganização da Atenção Básica em saúde bucal;

-Ampliação e qualificação da Atenção Especializada (CEO e


Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias);

-Viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de


águas de abastecimento público.
CEO-SUS
-Presentes em mais de 800 municípios brasileiros;
-Referência em saúde bucal;
-Formadas por técnicos e auxiliares de saúde bucal e cirurgiões
dentistas especialistas.
CEO-SUS
Dentre as especialidades ofertadas:

-Endodontia
-Cirurgia Bucomaxilofacial
-Periodontia
-Odontopediatria e atendimento à pacientes com necessidades
especiais
-Prótese dentária
-Ortodontia/ortopedia funcional dos maxilares
-Implantodontia
-Estomatologia
EPIDEMIOLOGIA E ÍNDICES
EPIDEMIOLÓGICOS
“Epidemiologia é a ciência que estuda o processo
saúde/doença em coletividades humanas, analisando a
distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos
à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo
medidas específicas de prevenção, controle e erradicação de
doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao
planejamento, administração e avaliação das ações de saúde”.
EPIDEMIOLOGIA E ÍNDICES
EPIDEMIOLÓGICOS
Índices epidemiológicos são valores numéricos obtidos a partir
da avaliação quantitativa de algum fator relacionado ao processo
saúde/doença.
EPIDEMIOLOGIA E ÍNDICES
EPIDEMIOLÓGICOS
NA ODONTOLOGIA:
- Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S);
-Índice de Placa de O’Leary;
-Índice CPO-D;
-Índice ceo-d;
-Índice Periodontal Comunitário (IPC);
-Registro Periodontal Simplificado (PSR);
-Índice de Sangramento Gengival (ISG).
EPIDEMIOLOGIA E ÍNDICES
EPIDEMIOLÓGICOS
• Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S): avalia a
presença de biofilme, indutos e cálculo;

• Índice de Placa de O’Leary: avalia a quantidade de biofilme.

Número de faces coradas x 100


Número total de dentes x 4 = IP%
EPIDEMIOLOGIA E ÍNDICES
EPIDEMIOLÓGICOS
• Índice CPO-D: avalia a quantidade de dentes permanentes
cariados, perdidos e obturados (restaurados).

• Índice ceo-d: avalia a quantidade de dentes decíduos


cariados, com extração indicada e obturados (restaurados).
EPIDEMIOLOGIA E ÍNDICES
EPIDEMIOLÓGICOS
• Índice Periodontal Comunitário (IPC): avalia a presença de
sangramento gengival, cálculo e bolsa periodontal.

• Registro Periodontal Simplificado (PSR): avalia a presença


de sangramento gengival, cálculo/fatores retentivos de biofilme
e bolsa periodontal.
EPIDEMIOLOGIA E ÍNDICES
EPIDEMIOLÓGICOS
• Índice de Sangramento Gengival (ISG): avalia a presença de
sangramento gengival, através da sondagem gengival. As faces
marcadas no diagrama irão corresponder aos pontos de
sangramento à sondagem.

Número de faces com sangramento x 100


Número total de dentes x 4 =
ISG%
PROCESSO SAÚDE/DOENÇA

O que é saúde?

O que é doença?

Agente etiológico + Fatores (ambientais, químicos, físicos,


biológicos)
Doença Hospedeiro
Morte
Reabilitação
Cura
PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

-Período de Pré patogênese


- Período de Patogênese
PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
 Período de Pré-patogênese:
-Fatores Sociais:
Socioeconômicos (renda, nível de consumo)
Sócio-políticos (decisão e ação governamental)
Socioculturais (valores, padrões de comportamento)
Psicossociais (relações pessoais instáveis, carência
afetiva)
PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
 Fatores Ambientais:
Físicos (trauma, calor, radiação)
Químicos (medicamentos, álcool,
mercúrio)
Biológicos (microrganismos).
 Fatores Genéticos: Fatores
inerentes ao próprio indivíduo.
PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
 Período de Patogênese é o período em que a doença se
encontra e evolui no organismo.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 O que é prevenção?
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 Prevenção primária é aquela na qual se faz a interceptação
dos fatores pré patogênicos e inclui a promoção de saúde e a
proteção específica.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 Prevenção secundária é realizada no indivíduo já sob a ação
do agente patogênico, ao nível do estado de doença e inclui o
diagnóstico precoce e o tratamento imediato e a limitação do
dano.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 Prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade
através de medidas destinadas à reabilitação, envolvendo o
processo de reeducação e readaptação de pessoas com
defeitos após acidentes ou devido à sequela de doenças.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 1º Nível de Prevenção: Promoção de Saúde

Nutrição adequada
Áreas de lazer
Saneamento básico
Roupa adequada ao clima
Trabalho estimulante
Vida familiar
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO

 2º Nível de Prevenção: Proteção Específica


Vacinação
Iodização do sal
Fluoretação da água
Saúde ocupacional
Higiene pessoal e do lar
Proteção contra acidentes
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 3º Nível de Prevenção: Diagnóstico Precoce e Tratamento
Imediato

Exames periódicos, individuais


Isolamento para evitar a propagação da doença
Tratamento para evitar a progressão da doença. Ex.: Câncer
bucal, Cárie
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 4º Nível de Prevenção: Limitação do dano

Evitar futuras complicações e sequelas Exemplos:


Polpa infectada – Tratamento endodôntico
Infecção periapical – Exodontia
Dente extraído - Prótese
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 5º Nível de Prevenção: Reabilitação
A doença evolui até o final do seu ciclo
O paciente torna-se incapacitado parcial ou totalmente.
Ex.: Reabilitação oral
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 1º Nível de Aplicação: Ação Governamental Ampla
Exige ação político-social complexa (programa de governo)
Ação coordenada de todas as unidades governamentais
Ex.: Saneamento básico
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 2º Nível de Aplicação: Ação Governamental Restrita
Pode envolver uma ou duas unidades governamentais
Ex.: Fluoretação das águas de abastecimento, vacinação
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 3º Nível de Aplicação: Paciente – Profissional (nível
superior)
Ação bilateral
Ônus elevado
Vontade individual / solicitação / desejo de obtenção de
serviços
Ex.: Tratamento da cárie
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 4º Nível de Aplicação: Paciente – Auxiliar
Simplificação da etapa anterior
Ônus diminuído
Ex.: Aplicação tópica de Flúor em escolares
NÍVEIS DE PREVENÇÃO E DE
APLICAÇÃO
 5º Nível de Aplicação: Ação Individual
Envolve o indivíduo interessado em sua saúde
Difícil de ser aplicado, pois inclui a modificação de hábitos,
alteração de formas de vida...
Ex.: Modificação de hábitos de higiene bucal
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO
-Eficácia comprovada na incidência e na prevalência da cárie;

- Método simples, abrangente e econômico que contribuiu para a


redução da demanda por serviços públicos;

-Teve início em 1953, com a criação da Fundação SESP (Lei


Federal nº 6.050/74, Decreto 76.872/75, Portaria 635/75).
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO
Tab. 1- Concentração de Flúor (ppm) na água de abastecimento em relação à
temperatura
Temperatura Média Anual (º C) Concentração de Flúor Ideal
(ppm)
4,4 – 12,6 1,2
12,7 – 14,6 1,1
14,7 – 17,7 1,0
17,8 – 21,4 0,9
21,5 – 26,2 0,8
26,3 – 32,5 0,7
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO
Metabolismo do Flúor
-É absorvido no trato gastrointestinal;

-Quando o grau de acidez do estômago se


encontra elevado gástrico a absorção do
flúor aumenta;

-Substâncias como cálcio, magnésio e


alumínio reduzem a absorção de fluoretos.
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO

-O Flúor é distribuído no organismo humano pelo


plasma sanguíneo;

-Pico de concentração ocorre cerca de 30 – 60


min.;

-É eliminado pelo sistema renal, e em menores


quantidades nas fezes, suor e leite materno.
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO
 Toxicologia do Flúor
Efeitos tóxicos:
Agudos : alterações a nível gastrointestinal,
neurológico, cardiovascular e bioquímico.

Crônicos: Fluorose dentária e óssea ou


esquelética.
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO
Toxicidade do Flúor:

Dose Provavelmente Tóxica (DPT) corresponde a 5 mgF/kg;

Dose Certamente Letal (DCL) fica em torno de 32 a 64


mgF/kg.
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO
Toxicidade do Flúor
-Quando a DPT < 5 mgF/kg: Administrar soluções com
cálcio via oral (ex: leite); Induzir o vômito, se necessário;
FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO
Toxicidade do Flúor :
-Quando a DPT > 5 mgF/kg: tomar algumas medidas emergenciais:
-Hospitalização
- Na ausência de vômitos, proceder à lavagem
gástrica
-Monitoração cardíaca
- Intubação endotraqueal
-Amostras de sangue (Ca, Mg, K e pH)
-Infusão IV (10 ml) de gluconato de cálcio 10%
- Administrar diuréticos e soro bicarbonatado

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