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Área 02, Aula 13

Os SIS da gestão em saúde

1
CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

ProEpi - Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo

2ª Edição

Janeiro de 2020
Copyright © 2018, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo.

Todos os direitos reservados.

A cópia total ou parcial, sem autorização expressa do(s) autor(es) ou com o intuito de
lucro, constitui crime contra a propriedade intelectual, conforme estipulado na Lei nº
9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais), com sanções previstas no Código Penal, artigo
184, parágrafos 1° ao 3°, sem prejuízo das sanções cabíveis à espécie.
Expediente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde - CONASEMS
QUADRO GERAL DA ORGANIZAÇÃO
DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente – Wilames Freire Bezerra


Vice-Presidente – Charles Cezar Tocantins
Vice-Presidente – Cristiane Martins Pantaleão
Secretário Executivo - Mauro Guimarães Junqueira
Diretora Administrativo – Jose Eduardo Fogolin Passos
Diretor Financeiro – Hisham Mohamad Hamida
Diretora Financeiro-Adjunto – Orlando Jorge Pereira de Andrade de Lima
Diretor de Comunicação Social – Maria Célia Valladares Vasconcelos
Diretora de Comunicação Social–Adjunto – Iolete Soares de Arruda
Diretora de Descentralização e Regionalização – Soraya Galdino de Araújo Lucena
Diretora de Descentralização e Regionalização–Adjunto – Stela dos Santos Souza
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares – Diego Espindola de Ávila
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares- Adjunto- Carmino Antônio de Souza
Diretor de Municípios de Pequeno Porte - Débora Costa dos Santos
Diretora de Municípios de Pequeno Porte–Adjunto – Murilo Porto de Andrade
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – Januário Carneiro Neto
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – Adjunto – Vera Lucia Quadros
1º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – Maria Angélica Benetasso
2º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – Douglas Alves de Oliveira
1º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Normanda da Silva Santiago
2º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Leopoldina Cipriano Feitosa
1º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Marcel Jandson Menezes
2º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Rondinelly da Silva e Souza
1º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Andreia Passamani Barbosa Corteletti
2º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Eduardo Luiz da Silva
1° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Pablo de Lannoy Sturmer
2° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Adriane da Silva Jorge Carvalho
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Norte – Oteniel Almeida dos Santos
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Nordeste – Jose Afranio Pinho Pinheiro Junior
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Artur Belarmino de Amorim
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Centro-Oeste – Edimar Rodrigues Silva
Conselho Fiscal 2º Membro - Região Centro-Oeste– Patricia Marques Magalhães
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sudeste - José Carlos Canciglieri
Conselho Fiscal 2° Membro – Região Sudeste - Maria Augusta Monteiro Ferreira
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sul - João Carlos Strassacapa
Conselho Fiscal2º Membro – Região Sul- Manuel Rodriguez del Olmo
Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges de Medeiros

RELAÇÃO NACIONAL DOS COSEMS


COSEMS - AC - Daniel Herculano da Silva Filho - Tel: (68) 3212-4123
COSEMS - AL - Izabelle Monteiro Alcântara Pereira - Tel: (82) 3326-5859
COSEMS - AM - Januário Carneiro da Cunha Neto - Tel: (92) 3643-6338 / 6300
COSEMS - AP - Marcel Jandson Menezes - Tel: (96) 3271-1390
COSEMS - BA - Stela Santos Souza - Tel: (71) 3115-5915 / 3115-5946
COSEMS - CE - Sayonara Moura de Oliveira Cidade - Tel: (85) 3101-5444 / 3219-9099
COSEMS - ES - Tel: (27) 3026-2287 - Catia Cristina Vieira Lisboa
COSEMS - GO - Tel: (62) 3201-3412 - Verônica Savatin Wottrich
COSEMS - MA - Tel: (98) 3256-1543 / 3236-6985 - Domingos Vinicius de Araújo Santos
COSEMS - MG - Tels: (31) 3287-3220 / 5815 - Eduardo Luiz da Silva
COSEMS - MS - Tel: (67) 3312-1110 / 1108 - Rogério dos Santos Leite
COSEMS - MT - Tel: (65) 3644-2406 - Marco Antonio Noberto Felipe
COSEMS - PA - Tel: (091) 3223-0271 / 3224-2333 - Charles César Tocantins de Souza
COSEMS - PB - Tel: (83) 3218-7366 - Soraya Galdino de Araújo Lucena
COSEMS - PE - Tel: (81) 3221-5162 / 3181-6256 - Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima
COSEMS - PI - Tel: (86) 3211-0511 - Auridene Maria da Silva Moreira de Freitas Tapety
COSEMS - PR - Tel: (44) 3330-4417 - Carlos Alberto de Andrade
COSEMS - RJ - Tel: (21) 2240-3763 - Maria da Conceição de Souza Rocha
COSEMS - RN - Tel: (84) 3222-8996 - Maria Eliza Garcia Soares
COSEMS - RO - Tel: (69) 3216-5371 - Vera Lucia Quadros
COSEMS - RR - Tel: (95) 3623-0817 - Jeovan Oliveira da Silva
COSEMS - RS - Tel: (51) 3231-3833 - Diego Espíndola de Ávila
COSEMS - SC - Tel: (48) 3221-2385 / 3221-2242 - Alexandre Lencina Fagundes
COSEMS - SE - Tel: (79) 3214-6277 / 3346-1960 - Enock Luiz Ribeiro
COSEMS - SP - Tel: (11) 3066-8259 / 8146 - Jose Eduardo Fogolin Passos
COSEMS - TO - Tel: (63) 3218-1782 - Jair Pereira Lima

EQUIPES DO PROJETO

EQUIPE TÉCNICA

Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas


Flávio Alexandre Cardoso Álvares
Kandice de Melo Falcão

EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL

Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas


Catarina Batista da Silva Moreira
Flávio Alexandre Cardoso Álvares
Jônatas David Gonçalves Lima
Joselisses Abel Ferreira
Kandice de Melo Falcão
Luiz Filipe Barcelos
Murilo Porto de Andrade
Soraya Galdino de Araújo Lucena
Sandro Haruyuki Terabe
Wilames Freire Bezerra
Sobre o CONASEMS

Fazendo jus ao tamanho e à diversidade do Brasil, o Conselho Nacional de


Secretarias Municipais de Saúde representa a heterogeneidade dos milhares de
municípios brasileiros.

Historicamente comprometido com a descentralização da gestão pública de saúde, o


CONASEMS defende o protagonismo dos municípios no debate e formulação de
políticas públicas e contribui para o aumento da eficiência, o intercâmbio de
informações e a cooperação entre os sistemas de saúde do país.

Conheça nossas três décadas de atuação acessando www.conasems.org.br.


Equipe Técnica da Associação Brasileira de Profissionais de
Epidemiologia de Campo - ProEpi

Equipe técnica

Coordenação Pedagógica - Hirla Arruda


Tecnologia da Informação 1ª versão - Renato Lima/ Edmo Filho
Tecnologia da Informação 2º versão - João Gabriel Brandão
Conteudista - Walter Ramalho
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico 1ª versão - Danielly Xavier
Revisão 1ª versão - Daniel Coradi/ José Alexandre Menezes/ Sara Ferraz
Revisão 2º versão - Daniele Queiroz/ Sarah Mendez/ Sara Ferraz
Design Instrucional - Guilherme Duarte
Ilustração 1ª versão - Guilherme Duarte/ Mauricio Maciel
Ilustração 2º versão - Guilherme Duarte

Supervisão – Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia


de Campo – ProEpi
Sara Ferraz

Faculdade de Ciências da Saúde – Universidade de Brasília


Jonas Brant
Sobre a ProEpi

Fundada em 2014, a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia


de Campo une pessoas comprometidas com a saúde pública e estimula a troca de
ideias e o aperfeiçoamento profissional entre elas. Ofertando dezenas de horas de
conteúdo profissionalizante em nossa plataforma de ensino a distância, curadoria de
notícias, treinamentos presenciais e a mediação de oportunidades de trabalho
nacionais e internacionais, a ProEpi busca contribuir para o aprimoramento da saúde
pública no Brasil e no mundo.

Apenas nos últimos dois anos, 5 materiais de ensino a distância já alcançaram


mais de 3.000 pessoas pelo Brasil e países parceiros, como Moçambique, Paraguai e
Chile, e mais de 30 treinamentos levaram os temas mais relevantes para profissionais
de saúde pública, como comunicação de risco e investigação de surtos. Além do
público capacitado com nossos conteúdos educacionais, unimos 10.000 seguidores
no Facebook e impactamos semanalmente cerca de 30.000 com nossa curadoria de
notícias.

A ProEpi também atua na resposta a emergências de saúde pública ao redor


do mundo. Foram mais de duas dezenas de profissionais de saúde enviados para
missões em Angola, Bangladesh e África do Sul que contribuíram para o bem-estar
da população local e vivenciaram experiências de trabalho transformadoras.

Você pode fazer parte dessa evolução ao tornar-se membro de nossa rede: converse
conosco escrevendo para contato@proepi.org.br.
Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia Aplicada à
Saúde Pública

Os insetos são os animais mais bem-sucedidos do planeta e encontram no


Brasil condições muito favoráveis para sua multiplicação. Em nosso clima quente e,
em geral, úmido, eles encontram as circunstâncias ideias para sobreviver, se
reproduzir e transmitir doenças. Como consequência, são motivo de preocupações
cada vez maiores por parte da população e dos profissionais de saúde de todo o país.

Pensando em preparar estes profissionais para os desafios do enfrentamento


das doenças transmitidas pelos insetos - em especial por Aedes aegypti - o
CONASEMS desenvolveu em parceria com a ProEpi, via TRPJ nº 0125/2017, a
ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia Aplicada à Saúde Pública.

Neste material, serão apresentados conceitos fundamentais para a


identificação das espécies de maior importância médica, informações sobre seu
comportamento, ciclo de vida e as doenças transmitidas por elas. Temas como a
importância da Vigilância Epidemiológica, os métodos de captura, transporte e
armazenamento de insetos e os indicadores entomológicos para as principais
espécies também serão abordados. Por fim, temas de aplicação prática como os
métodos de controle vetorial, o manejo integrado de vetores e os conceitos de
segurança no trabalho serão discutidos.

As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo é que
o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas aprendidas
aqui.

Sucesso!
Sumário

1 - Sistema de Informação do Programa de Imunizações (Sipni) .................... 11

2 - Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) ....................................... 14

3 - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) ........................ 17

4 - Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) ......... 17

5 - e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) ............................................................ 18

Vamos relembrar? ............................................................................................ 23

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AULA 13 - Os SIS da gestão em saúde

Olá,

Anteriormente, você estudou sobre os SIS das


morbidades. Agora você vai aprender sobre os SIS da
gestão em saúde. Vai poder discutir alguns sistemas de
informação em saúde que foram pensados para facilitar a
gestão, porém muito utilizados na vigilância e
monitoramento. Ao final será capaz de:

• Reconhecer o Sistema de Informação do


Programa de Imunizações (Sipni);
• Reconhecer o Sistema de Informações
Hospitalares (SIH/SUS);
• Reconhecer o Sistema de Informações
Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS);
• Reconhecer o Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (CNES);

• Reconhecer o e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB).

Importante

Com exceção do Sipni, que foi pensado para acompanhar e dar resposta à
cobertura vacinal, os sistemas que apresentaremos agora foram desenvolvidos para
a atividade burocrática e são ferramentas obrigatórias na consolidação da produção
para o repasse de recursos financeiros, além da auditoria das informações
prestadas.

Apesar disso, atualmente, o Sipni também é uma ferramenta da gestão, pois


contribui para a regulação dos insumos vacinais!

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1 - Sistema de Informação do Programa de Imunizações (Sipni)

Dia D da vacina contra Gripe - Fonte: Prefeitura de Itapevi Foto: Divulgação/PMI

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um dos programas de saúde pública


mais exitosos no Brasil e reconhecido internacionalmente. As vacinas e a vigilância
foram responsáveis pela eliminação da varíola no mundo e pela interrupção da
transmissão da poliomielite no Brasil. O PNI foi criado em 18 de setembro de 1973,
portanto já tem 40 anos de resultados e avanços.

Para dar suporte ao programa, foi criado o Sipni: Sistema de Informação do


Programa de Nacional de Imunizações que organiza os dados de imunização no
Brasil. Mais recentemente, o Sipni sofreu alterações e agregou os diversos sistemas
que gerenciam o PNI.

Na sua versão mais nova, o Sipni deverá ser alimentado pelas secretarias de saúde
de forma distribuída, ou seja, cada instância responsável deverá alimentar o
sistema, como as salas de vacina, o almoxarifado e demais recursos.

Destaque

O Sipni é operado em meio eletrônico online, portanto precisa de uma rede de


internet. Os sistemas que foram integrados do Sipni são:

• Avaliação do Programa de Imunizações – API, que registra as doses de


imunobiológicos aplicadas;

• Estoque e Distribuição de Imunobiológicos – EDI, que gerencia o estoque e


a distribuição dos imunobiológicos;

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• Eventos Adversos Pós-vacinação – EAPV, permite o acompanhamento de
casos de reação adversa pós-vacinação;

• Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão – PAIS, destinado


a avaliação e tabulação de resultados;

• Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão em Sala de


Vacinação – PAISSV, para a supervisão das salas de vacina.

• Apuração dos Imunobiológicos Utilizados – AIU, para o gerenciamento das


doses utilizadas;

Sistema de Informações dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais


– SICRIE, que informa a utilização dos imunobiológicos especiais e eventos
adversos.

Fica Dica

O PNI tem um aplicativo de vacinação que permite o acompanhamento do


calendário de vacinação: O “Vacinação em Dia” que está disponível para
smartphones!

Para iOS, você encontra em bit.ly/vacinacaoios. Para Android, você acessa em


bit.ly/vacinacaoandroid.

Cobertura vacinal

Campanha Nacional de Vacinação Contra Influenza 2018 - População: 43.634.283, Doses Aplicadas: 37.999.881, Cobertura
Vacinal: 87,09% - VACINÔMETRO - Fonte SIPNI/DATASUS/MS

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O monitoramento das coberturas vacinais (CV) faz parte das funções do Programa
Nacional de Imunizações (PNI), em todos os níveis de gestão do SUS. A cobertura
vacinal é um importante indicador de saúde pública. Seu resultado é a proporção
pessoas vacinadas na população alvo para cada vacina nas faixas etárias
específicas. Para cálculo deste indicador, devem ser utilizadas diferentes fontes de
informação que são oriundas de SIS que você viu nas aulas anteriores. O
denominador para o cálculo das coberturas vacinais em menores de um ano é
obtido do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e para as demais
populações são utilizadas as estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).

É importante que as coberturas vacinais estejam altas para conferir imunidade a


todos! Uma dose imuniza uma pessoa, mas se tivermos uma grande cobertura
vacinal, toda a população estará protegida por um processo denominado de
“Imunidade de Rebanho”. Algumas vacinas necessitam de 95% de cobertura, ou
seja, 5% dos não vacinados são protegidos da doença pelos que se vacinaram.

Destaque

Imunidade de rebanho ou imunidade coletiva é a resistência de um grupo ou


população à introdução e disseminação de um agente infeccioso.

(Vacinacao_em_massa.jpg) imunização coletiva por meio de campanhas de vacinação contra a febre amarela Fonte: G1,
Globo News - Disponível em: http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/dia-d-contra-febre-amarela-
acontece-neste-sabado-27-no-rio/6453331/

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Fonte: https://hypescience.com/imunidade-de-grupo-vacinas/

Ainda que o Brasil tenha uma cobertura vacinal entre as maiores do mundo, os
profissionais de saúde precisam trabalhar muito para mantê-las, porque é possível
que em alguns locais ou regiões as coberturas sejam mais baixas, fenômeno
conhecido como baixa homogeneidade da cobertura vacinal. Além disso, há um
movimento internacional de resistência às vacinas, que já alcançou o Brasil! Nos
dois casos, o convencimento dos benefícios da vacinação para a pessoa é uma
tarefa muito importante para as equipes de saúde.

2 - Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS)

Diferente dos sistemas de vigilância apresentados até agora, o SIH/SUS não foi
concebido para fins de vigilância. O propósito principal do SIH é regular pagamento
de internação nos hospitais públicos, filantrópicos ou conveniados e conta com
dados informatizados desde 1984. O instrumento de coleta de dados é o formulário
Autorização de Internação Hospitalar (AIH), que contém os dados de atendimento,
com o diagnóstico de internação e da alta (codificado de acordo com a CID),
informações relativas às características de pessoa (idade e sexo), tempo e lugar
(procedência do paciente) das internações, procedimentos realizados, os valores
pagos, entre outros, que podem ser utilizados para análises epidemiológicas e,
portanto, pela vigilância em saúde.

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Formulário Autorização de Internação Hospitalar (AIH)

Como reúne informações de cerca de 70% de todas as internações hospitalares


realizados no país, é uma fonte importante de dados sobre os agravos que
requerem internação hospitalar.

Fluxo básico de autorizações de internação hospitalar (AIH) - Fonte: Brasil, 2009, pg 73

15
Saiba mais

Você sabe usar o TabWin? Você conhece o diretório de transferência de arquivos


do DATASUS?

O TabWin é um programa do Ministério da Saúde que permite a tabulação dos


dados dos SIS da saúde. Você pode baixar o programa e os dados de tabulação
disponíveis no link abaixo.

Clique aqui

bit.ly/tabwinMS

Exercitando

Você conheceu alguns dos sistemas responsáveis pela gestão dos recursos da
saúde. Apesar de seu início com foco burocrático, os dados dos sistemas de gestão
também são úteis na vigilância em saúde!

Com base nos dois primeiros tópicos da aula, complete as lacunas com as palavras
corretas.

O ________________________é um dos programas de ________________ mais


exitosos no Brasil e serve como estímulo a governos de outros países.

O ________ organiza os dados de ________ no Brasil e foi criado para dar suporte
ao PNI.

Diferente dos sistemas de vigilância o ____________ não foi concebido para fins de
vigilância.

O instrumento de coleta de dados do SIH/SUS é o formulário


________________________, que contém os dados de atendimento, com o
diagnóstico de internação e da alta, informações relativas às características de
________________________ das internações, procedimentos realizados, os
valores pagos e outros.

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3 - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)

Assim como o sistema de informações hospitalares, o Sistema de Informações


Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) também tem uma concepção de ordenação de
pagamentos de serviços, porém de produção ambulatorial, tanto nos públicos e
filantrópicos, quanto nos conveniados, e foi implantado em 1991.

Paciente é acompanhada por especialistas no ambulatório Fonte: Agência Brasília Foto: Renato Araújo - Disponível em:
https: //www.agenciabrasilia.df.gov.br/2018/01/07/em-quatro-meses-ambulatorio-trans-do-df-recebeu-102-pacientes/

Seu formulário é o Boletim de Serviços Produzidos (BSP), e não registra o CID do


diagnóstico dos pacientes. Portanto, é uma fonte de informações pouco utilizada na
epidemiologia. Porém, é imprescindível à gestão de serviços por permitir análise de
estrutura de serviços de saúde, traduzidas na cobertura, acesso, procedência e
fluxo dos usuários.

4 - Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde


(CNES)

O Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde foi instituído pelas Portarias


376, de 03 de outubro de 2000, e 511, de 29 de dezembro de 2000. Desde então,
todos os profissionais de saúde do país devem estar registrados no Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

O cadastro é obrigatório para todos os estabelecimentos de saúde e a inclusão de


um estabelecimento no CNES é feita por meio do preenchimento de formulários
específicos com diversas informações sobre área do estabelecimento, os
equipamentos, serviços ambulatoriais e hospitalares prestados e os profissionais
que ali trabalham.

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Uma vez cadastrado, o sistema fornece um código numérico para cada
estabelecimento. Assim, os dados do CNES são importantes para a área de
planejamento, controle e avaliação em saúde que devem refletir a real situação do
sistema de saúde.

Por exemplo, você poderá entrar na página do CNES para saber onde se localizam
os estabelecimentos de saúde do seu município, saber quais especialidades ele
atende e quais os profissionais que ali atuam.

Fonte: Portal do CNES

Os dados do CNES estão disponíveis online e você pode acessar no link abaixo

Clique aqui

bit.ly/CNESdatasus.

5 - e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB)

O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é um sistema de informação direcionado a


Atenção Básica e articulado com o Sistema de Informação em Saúde para a
Atenção Básica (SISAB), que substituiu o Sistema de Informação da Atenção Básica
(Siab), trazendo em sua concepção uma maior integração com outros sistemas do
Sistema Único de Saúde.

O sistema e-SUS AB capta os dados de produção da Atenção Básica em Saúde, a


partir das informações das equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf),
do Consultório na Rua (CnR), de Atenção à Saúde Prisional e da Atenção Domiciliar
(AD), além dos profissionais que realizam ações no âmbito de programas como o
Saúde na Escola (PSE) e a Academia da Saúde.

São constituídos de dois módulos: a Coleta de Dados Simplificado (CDS); e o


Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC). Ainda é constituído de um Aplicativos (App)
para dispositivos móveis, atualmente disponível: app AD (Atenção Domiciliar).

18
Veja a página do e-SUS no link abaixo.

Clique aqui

bit.ly/paginaESUS

Um grande avanço no e-SUS é a integração com Programa Nacional de


Imunização, onde os registros de vacinas e outros podem ser registradas no sistema
sem a necessidade de duplo registro. Esta integração proporciona melhoria nos
registros de imunização e no acompanhamento por parte das equipes de saúde do
histórico de vacinação dos cidadãos.

O sistema tem conexão ainda com o aplicativo “Meu DigiSUS”, onde é possível
consultar os registros de atendimento no histórico do cidadão. Os dados destes
sistemas são registrados de forma individualizada e identificados com o número do
Cartão Nacional de Saúde (CNS) do cidadão.

Saiba Mais

Você conhece o aplicativo “Meu DigiSUS”? Você pode baixá-lo no link abaixo.

Clique aqui

bit.ly/appdigisus.

O desenvolvimento desta plataforma busca maior articulação entre a Atenção


Básica e Vigilância à Saúde, com expectativas de melhorar o acesso da população
ao cuidado, prevenção e promoção da saúde.

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A Atenção Básica em Saúde é uma das áreas mais fundamentais de um sistema
de saúde, pois permite o atendimento de grande parte das necessidades de
cuidado à saúde da população, além de realizar ações preventivas e de promoção
da saúde! No Brasil, o programa Estratégia Saúde da Família é prioritário no
estabelecimento de uma oferta de atenção básica. Conheça mais no texto a
seguir!

Atenção Básica

A Atenção Básica (AB) é um conjunto de ações de saúde, destinado ao


diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a redução de danos, além da
manutenção da saúde por ações de promoção, proteção e prevenção. Seu
objetivo é a atenção integral à pessoa, e é a "porta de entrada" dos
usuários nos sistemas de saúde.

A atenção básica ainda organiza o fluxo dos serviços nas redes de saúde,
da menor complexidade, em uma unidade de saúde, a maior
complexidade, encaminhando o paciente para um hospital.

Estão relacionados à atenção básica, as Unidades Básicas de Saúde


(UBSs), com consultas, exames, vacinas, radiografias e outros
procedimentos ambulatoriais que são disponibilizados aos usuários.

A atenção básica também envolve outras iniciativas como a Estratégia de


Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às

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comunidades; as Equipes de Consultórios de Rua, que atendem pessoas
em situação de rua; o Programa Melhor em Casa, de atendimento
domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o Programa de
Agentes Comunitários de Saúde (PACS), que trabalham na busca de
soluções para melhorar as condições de saúde de suas comunidades etc.

A política nacional da atenção básica está disponível em


bit.ly/politicaatencaobasica.

Estratégia Saúde da Família (ESF)

A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem o propósito de oferecer um novo


modelo de organização da atenção básica.

O diferencial desta estratégia é o estabelecimento de uma equipe


multiprofissional (equipe de Saúde da Família – eSF), que tem função de
atuar para a melhoria da saúde de uma população adstrita ou circunscrita
geograficamente, e são responsáveis por uma média de 3.000 pessoas,
respeitando critérios de equidade para essa definição. Sua atuação, no
geral, é direcionada às famílias em condição de vulnerabilidade.

Sua composição é dada por, no mínimo: (I) médico generalista, ou


especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade;
(II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III)
auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde.
Além destes, podem estar presentes os profissionais de Saúde Bucal:
cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar
e/ou técnico em Saúde Bucal.

Nas áreas da Amazônia Legal e Pantanal Sul-Mato-Grossense são


formadas também as equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e as
Unidades Básicas de Saúde Fluviais, buscando considerar as
especificidades locais estão direcionadas para o atendimento da população
ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul-Mato-Grossense,
respectivamente. Considerando as especificidades locais, são

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denominadas de: Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR); e
Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF).

(Unidade_de_saude_fluvial.png) Unidade de saúde fluvial do município de Cruzeiro do Sul, no Acre Fonte:


Ministério da Saúde

Exercitando

Você conheceu o SIA/SUS, que é o sistema responsável pelo registro de


atendimentos ambulatoriais. Além disso, você conheceu o CNES e e-SUS, que são
responsáveis pelo registro de profissionais e estabelecimentos e pela produção da
atenção básica, respectivamente.

Com base nisso, marque a alternativa correta para a questão.

Qual das seguintes opções não representa um serviço registrado no SIA/SUS?

( ) Internação hospitalar.

( ) Dispensa de medicamentos.

( ) Procedimento ambulatorial.

( ) Consulta médica.

Qual das seguintes opções representa os registros do CNES?

( ) Cadastro de pessoas físicas.

( ) Cadastro de profissionais, equipamentos e estabelecimentos de saúde.

( ) Cadastro único de planos de saúde privados internacionais.

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( ) Cadastro de profissionais da educação.

Qual das seguintes opções mostra o nível de atenção em que o e-SUS AB está
sendo implantado?

( ) Atenção complementar.

( ) Atenção Terciária.

( ) Atenção Secundária.

( ) Atenção Básica.

Vamos relembrar?

Você conheceu os sistemas de informação da gestão em


saúde que são o Sipni, o SIH/SUS, o SIA/SUS, o CNES e
o e-SUS. Cada sistema é responsável por uma esfera
diferente!

• O Sipni é responsável pelo controle de insumos


de imunização;
• O SIH/SUS é responsável pela consolidação dos
dados provenientes da AIH;
• O SIA/SUS é responsável pelas informações de
atendimento ambulatorial, como consultas,
procedimentos e medicamentos;
• O CNES sistematiza os cadastros de profissionais
e estabelecimentos de saúde, além de
habilitações e equipamentos;
• O e-SUS é responsável pelos cadastros familiares
e consolida em si todos os atendimentos da
Atenção Básica, mas pretende estar disponível
para o nível hospitalar futuramente.

A próxima aula será a última dessa área e falará sobre


Análise de Situação de Saúde!

Até lá!

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Ajude o conhecimento a chegar mais longe!

Se você foi beneficiado(a) por este conteúdo, considere contribuir para que ele
alcance mais pessoas.

Fazendo uma doação para a ProEpi, você viabiliza o desenvolvimento e a


tradução para outros idiomas de mais recursos educacionais como esse, ajudando
colegas a se capacitarem e protegerem melhor a saúde da população.

Mais de 3.000 pessoas já foram beneficiadas por nossos cursos a distância e


outras centenas participaram de nossos treinamentos presenciais em áreas como
Investigação de Surto, Comunicação de Risco e Gestão de Projetos de Vigilância em
Saúde.

Torne-se um membro da nossa rede:

Faça uma doação:

ou acesse proepi.org.br/doacao

24
Referências

BRASIL. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.


110 p.
BRASIL. Programa Nacional de Imunizações (PNI): 40 anos. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013. 236p.
BRASIL. A Gestão do SUS. Brasília: CONASS, 2015. 133 p.
BRASIL, Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ª ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2017.
PORTAL DA SAÚDE. e-SUS Atenção Básica. Brasília, DF: DAB, 2012. Disponível
em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php>.
ROUQUAYROL, Maria Zélia (Org.); GURGEL, Marcelo. Epidemiologia & Saúde. 7º
ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013.

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Respostas dos exercícios (em ordem de aparição)

1. Você conheceu alguns dos sistemas responsáveis pela gestão dos recursos da
saúde. Apesar de seu início com foco burocrático, os dados dos sistema de gestão
também são úteis na vigilância em saúde!
Com base nos dois primeiros tópicos da aula, complete as lacunas com as palavras
corretas.
1. O Programa Nacional de Imunização (PNI) é um dos programas de saúde
pública mais exitosos no Brasil e serve como estímulo a governos de outros
países.
2. O Sipni organiza os dados de imunização no Brasil e foi criado para dar suporte
ao PNI.
3. Diferente dos sistemas de vigilância o SIH/SUS não foi concebido para fins de
vigilância
4. O instrumento de coleta de dados do SIH/SUS é o formulário Autorização de
Internação Hospitalar (AIH), que contém os dados de atendimento, com o
diagnóstico de internação e da alta, informações relativas às características de
pessoa, tempo e lugar das internações, procedimentos realizados, os valores
pagos e outros.
2. Você conheceu o SIA/SUS, que é o sistema responsável pelo registro de
atendimentos ambulatoriais. Além disso, você conheceu o CNES e e-SUS, que são
responsáveis pelo registro de profissionais e estabelecimentos e pela produção da
atenção básica, respectivamente.
Com base nisso, marque a alternativa correta para a questão.
Qual das seguintes opções não representa um serviço registrado no SIA/SUS?
a. (X) Internação hospitalar.
b. ( ) Dispensa de medicamentos.
c. ( ) Procedimento Ambulatorial.
d. ( ) Consulta médica.
Qual das seguintes opções representa os registros do CNES?
a. ( ) Cadastro de pessoas físicas.
b. (X) Cadastro de profissionais, equipamentos e estabelecimentos de saúde.
c. ( ) Cadastro único de planos de saúde privados internacionais.
d. ( ) Cadastro de profissionais da educação.
Qual das seguintes opções mostra o nível de atenção em que o e-SUS AB está sendo
implantado?
a. ( ) Atenção complementar.
b. ( ) Atenção Terciária.
c. ( ) Atenção Secundária.
d. (X) Atenção Básica.

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