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SISTEMA ÚNICO

DE SAÚDE
SUS

PROF. ENF. JANINE FIGUEIREDO


• O Sistema Único de Saúde (SUS) é o sistema de saúde oficial
brasileiro estabelecido formalmente a partir da Constituição
Federal de 1988.

• SUS fundamenta-se em uma concepção ampla do direito à saúde


e do papel do Estado na garantia desse direito. Apesar das suas
dificuldades, o SUS vem sendo implantado no país como um
processo social em construção.

• Em 1990, deu-se a regulamentação do SUS por meio das leis


orgânicas da saúde:

• Leis 8080/90 e 8142/90.


Leis Orgânicas da Saúde
• Lei 8080/90:
• dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde
e ainda regula ações, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde
em todo o país.
• Com base nessa lei a saúde é entendida como um direito fundamental do ser
humano. Cabe ao Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno
exercício, por meio de políticas econômicas e sociais que visem à redução de
riscos de doenças e de outros agravos, além do estabelecimento de
condições que assegurem o acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Leis Orgânicas da Saúde
• Lei 8142/90:

• Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e


sobre transferências intergovernamentais de recursos financeiros
na área da saúde.

• Consolidou-se um importante espaço público de controle social


mediante a participação da população por meio das conferências e
dos conselhos de saúde em todas as esferas do governo.
• A Organização Mundial da Saúde define o termo saúde como
“completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a
ausência de doença”.

• A Lei Orgânica de Saúde n. 8.080/90, define saúde de forma mais


ampla:

• “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre


outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, o
acesso a bens e serviços essenciais”;
• Essas definições apontam a saúde como um direito bastante
abrangente para a população brasileira.
Princípios doutrinários
e organizativos do SUS
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
•Universalidade:

Garantia constitucional de acesso de toda a população


aos serviços de saúde, em todos os níveis de
assistência, sem preconceitos ou privilégios de
qualquer espécie.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS

•Equidade:
Assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a
complexidade do caso, independente de onde morar, sem privilégios e
sem barreiras.
O princípio da equidade assegura que a disponibilidade de serviços de
saúde considere as diferenças entre os grupos populacionais e
indivíduos, de modo a priorizar aqueles que apresentam maior
necessidade.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
•Integralidade:

É o conjunto articulado e contínuo de ações e


serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigido para cada caso, em todos os
níveis de complexidade do sistema.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
• Descentralização: Redistribuição das responsabilidades
entre os três níveis de governo – federal, estadual e
municipal. A ideia de que quanto mais perto do fato a
decisão for tomada, mais chance haverá de acerto.

• Participação e controle social: É a garantia de que a população,


por meio de suas entidades representativas, participará do
processo de formulação das políticas públicas de saúde, do
controle e de sua execução, em diversos níveis, desde o local até
o federal.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
• Regionalização: A população deve estar vinculada a uma rede de
serviços hierarquizados, organizados por região com área geográfica
definida. A oferta de serviços deve ser planejada de acordo com os
critérios epidemiológicos.

• Hierarquização: Os serviços devem ser organizados em níveis de


complexidade crescente. Além de dividir os serviços em níveis de
atenção, deve incorporar os fluxos de encaminhamento (referência)
e de retornos de informações ao nível básico de serviço
(contrarreferência).
NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
• Nível primário
• Compõe-se de ações de baixa complexidade que
devem ser realizadas em Unidades Básicas de Saúde
(Postos e Centros de Saúde) com o apoio de
hospitais locais, enfatizando as doenças mais
prevalentes daquela população.
• Praticamente todas as ações preventivas de níveis
primário e secundário devem ser executadas
prioritariamente de modo assistencial.
• Nível secundário
• Compõe-se de ações de média complexidade, com base em especialidades
realizadas em ambulatórios e hospitais. Tem um importante papel na
retaguarda assistencial, para o diagnóstico diferencial, e no tratamento das
doenças que ultrapassam a capacidade resolutiva do nível primário.
• Os municípios de médios e grandes portes têm, progressivamente, assumidos
a gerência dos serviços de saúde do nível secundário.
• Nível terciário
• Os hospitais mais especializados e de maior complexidade está incluído no
nível terciário.

• Na realidade, parte da capacidade assistencial dos hospitais de alta


complexidade, como os Hospitais Universitários, é consumida por demanda
de baixa complexidade, que poderia ou deveria ser oferecida nos níveis
primário e secundário.

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