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Noções de Epidemiologia
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EPIDEMIOLOGIA
Noções de Epidemiologia
Sumário
Natale Souza
Noções de Epidemiologia............................................................................................................... 3
1. Noções de Epidemiologia........................................................................................................... 3
2. Estudos – Descritivos e Analíticos.. ......................................................................................... 5
3. Vigilância Epidemiológica.......................................................................................................... 7
4. Notificação e Vigilância Epidemiológica.............................................................................. 14
5. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica.. .................................................................16
6. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).............................................. 17
Referências Bibliográficas. . ..........................................................................................................31
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Noções de Epidemiologia
Natale Souza
NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA
1. Noções de Epidemiologia
Começarei com o conceito para compreendermos o que, de fato, é epidemiologia.
Veja a definição: epidemiologicamente, “epidemiologia” (epi = sobre; demo = população;
logos = tratado) significa o estudo do que afeta a população. O conceito original de epidemio-
logia, que se restringia ao estudo de epidemias de doenças transmissíveis, prevaleceu por
longo tempo. Recentemente, o conceito evoluiu de modo a abranger praticamente todos os
eventos relacionados com a saúde das populações (PEREIRA, 2008).
Brasil (2002) defende que:
Para Pereira (2008), a ampliação do campo de aplicação da epidemiologia fez com que
muitas definições surgissem, na tentativa de expressar, com maior precisão, a nova realidade.
Como consequência, pode-se encontrar, hoje em dia, dezenas delas na literatura especializada,
o que embora refletindo a evolução da disciplina, também significa que nenhuma é aceita por
unanimidade.
A definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem alguns princípios da
disciplina que merecem ser destacados (CDC, Principles, 1992):
• Estudo: a epidemiologia tem seus fundamentos no método científico;
• Frequência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a frequência e o padrão dos
eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A frequência inclui
não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa po-
pulação. O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença
diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: do tempo, do lugar
e da pessoa;
• Determinantes: fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao pro-
cesso saúde-doença. A epidemiologia descreve a frequência e distribuição desses
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Estudos Descritivos
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encontram no seio da própria população (por exemplo, entre faixas etárias) ou entre regiões e
épocas distintas. Por vezes, a descrição tem como foco outros eventos (PEREIRA, 2008).
Estudos Analíticos
Busca de explicações
(Causas ou fatores de risco) para a ocorrência de doenças, com utilização predominante
dos métodos da epidemiologia analítica.
Vigilância epidemiológica
• Que informação devemos coletar, observar?
• Que atitudes tomar para prevenir, controlar ou erradicar a doença?
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Tanto para estudos da situação de saúde quanto para o estabelecimento de ações de vi-
gilância epidemiológica é importante considerar a necessidade de dados (que vão gerar as
informações) fidedignos e completos. Esses dados podem ser registrados de forma contínua
(como no caso de óbitos, nascimentos, doenças de notificação obrigatória), de forma periódi-
ca (recenseamento da população e levantamento do índice CPO – dentes cariados, perdidos e
obturados – da área de odontologia – são alguns exemplos) ou podem, ainda, ser levantados
de forma ocasional (pesquisas realizadas com fins específicos, como, por exemplo, para co-
nhecer a prevalência da hipertensão arterial ou diabetes em uma comunidade, em determina-
do momento) (LAURENTI et al., 1987).
3. Vigilância Epidemiológica
A vigilância epidemiológica é a forma tradicional de utilização da epidemiologia, nos servi-
ços de saúde. Para Pereira (2008), o termo vigilância na área da saúde, tem, pelo menos, duas
conotações: a de observação de pessoas e a de danos à saúde, com vista a possibilitar alguma
forma de intervenção ou controle.
Resumo de vigilância epidemiológica:
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Esse conceito está em consonância com os princípios do SUS, que preveem a integralidade
preventivo-assistencial das ações de saúde e a consequente eliminação da dicotomia tradicio-
nal entre essas duas áreas, que tanto dificultava as ações de vigilância (BRASIL, 2002).
Os três pilares da epidemiologia atual:
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c) Vigilância epidemiológica.
d) Indicadores de morbidade.
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei n. 8.080: “conjunto de ações que propor-
ciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinan-
tes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Letra c.
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei n. 8.080: “conjunto de ações que proporciona
o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e con-
dicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Letra b.
005. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com o que dispõe a Lei n. 8.080/90, en-
tende-se por Vigilância Epidemiológica
a) a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insu-
mos de interesse para a saúde e a participação na sua produção.
b) a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico.
c) um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qual-
quer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças
ou agravos.
d) um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde.
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Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei n. 8.080: “conjunto de ações que propor-
ciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinan-
tes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Letra c.
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei n. 8.080: “conjunto de ações que propor-
ciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinan-
tes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Letra a.
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Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei n. 8.080: “conjunto de ações que propor-
ciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinan-
tes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Letra c.
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Para Brasil (2002), são aspectos que devem ser considerados na notificação:
• notificar a simples suspeita da doença. Não é recomendado aguardar a confirmação do
caso para efetuar a notificação, o que pode significar perda da oportunidade de adoção
das medidas de prevenção e controle indicadas;
• a notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sa-
nitário, no caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos
cidadãos;
• o envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um
indicador de eficiência do sistema de informações.
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atuação simultânea das três esferas de governo em cada território (Funasa, SES e SMS), o que
resultava em descontinuidade e superposição de ações (BRASIL, 2002).
Brasil (2002) dispõe que:
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Relembrando:
• notificar a simples suspeita da doença. Não é recomendado aguardar a confirmação do
caso para efetuar a notificação, o que pode significar perda da oportunidade de adoção
das medidas de prevenção e controle indicadas;
• a notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sa-
nitário, no caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos
cidadãos;
• o envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um
indicador de eficiência do sistema de informações.
Letra c.
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Caso introduzido: na terminologia comum, esse nome é dado aos casos sintomáticos di-
retos, quando se pode provar que os mesmos constituem o primeiro elo da transmissão local
após um caso importado conhecido.
Caso presuntivo: pessoa com síndrome clínica compatível com a doença, porém sem con-
firmação laboratorial do agente etiológico. A classificação como caso presuntivo, está condi-
cionada à definição de caso.
Caso suspeito: pessoa cuja história clínica, sintomas e possível exposição a uma fonte de
infecção, sugerem que possa estar ou vir a desenvolver alguma doença infecciosa.
Cepa: população de uma mesma espécie, descendente de um único antepassado ou que
tenha espécie descendente de um único antepassado, ou que tenha a mesma origem, conser-
vada mediante uma série de passagens por hospedeiros ou subculturas adequadas. As cepas
de comportamento semelhante chamam-se “homólogas” e de comportamento diferente “he-
terólogas”. Antigamente, empregava-se o termo “cepa” de maneira imprecisa, para aludir a um
grupo de organismos estreitamente relacionados entre si, e que perpetuavam suas caracterís-
ticas em gerações sucessivas. Ver também
Coorte: grupo de indivíduos que têm um atributo em comum. Designa também um tipo de
estudo epidemiológico.
Contágio: sinônimo de transmissão direta.
Contaminação: ato ou momento em que, uma pessoa ou um objeto, se converte em veículo
mecânico de disseminação de um determinado agente patogênico.
Contato: pessoa ou animal que teve contato com pessoa ou animal infectado, ou com am-
biente contaminado, criando a oportunidade de adquirir o agente etiológico.
Contato eficiente: contato entre um suscetível e uma fonte primária de infecção, em que o
agente etiológico é realmente transferido dessa para o primeiro.
Controle: quando aplicado a doenças transmissíveis e alguns não transmissíveis, significa
operações ou programas desenvolvidos, com o objetivo de reduzir sua incidência e/ou preva-
lência em níveis muito baixos.
Doença transmissível (doença infecciosa): doença causada por um agente infeccioso es-
pecífico, ou pela toxina por ele produzida, por meio da transmissão desse agente, ou de seu
produto, tóxico a partir de uma pessoa ou animal infectado, ou ainda, de um reservatório para
um hospedeiro suscetível, seja direta ou indiretamente intermediado por vetor ou ambiente.
Doenças quarentenárias: doenças de grande transmissibilidade, em geral graves, que re-
querem notificação internacional imediata à Organização Mundial de Saúde, isolamento rigo-
roso de casos clínicos e quarentena dos comunicantes, além de outras medidas de profilaxia,
com o intuito de evitar a sua introdução em regiões até então indenes. Entre as doenças qua-
rentenárias, encontram-se a cólera, febre amarela e tifo exantemático.
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Ecologia: estudo das relações entre seres vivos e seu ambiente. “Ecologia humana” diz res-
peito ao estudo de grupos humanos, face à influência de fatores do ambiente, incluindo muitas
vezes fatores sociais e do comportamento.
Ecossistema: é o conjunto constituído pela biota e o ambiente não vivo que interagem em
determinada região.
Eliminação: vide erradicação.
Endemia: é a presença contínua de uma enfermidade, ou de um agente infeccioso, em uma
zona geográfica determinada; pode também expressar a prevalência usual de uma doença
particular numa zona geográfica. O termo hiperendemia significa a transmissão intensa e per-
sistente, atingindo todas as faixas etárias, e holoendemia, um nível elevado de infecção, que
começa a partir de uma idade precoce, e afeta a maior parte da população jovem como, por
exemplo, a malária em algumas regiões do globo.
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requer notificação imediata e uma completa investigação de campo; dois casos dessa doença,
associados no tempo ou no espaço, podem ser evidência suficiente de uma epidemia.
Epidemia por fonte comum (epidemia maciça ou epidemia por veículo comum): epidemia
em que aparecem muitos casos clínicos, dentro de um intervalo igual ao período de incubação
clínica da doença, o que sugere a exposição simultânea (ou quase simultânea) de muitas pes-
soas ao agente etiológico. O exemplo típico é o das epidemias de origem hídrica.
Epidemia progressiva (epidemia por fonte propagada): epidemia na qual as infecções são
transmitidas de pessoa a pessoa ou de animal, de modo que os casos identificados não po-
dem ser atribuídos a agentes transmitidos a partir de uma única fonte.
Epizootia: ocorrência de casos, de natureza similar, em população animal de uma área ge-
ográfica particular, que se apresenta claramente em excesso, em relação à incidência normal.
Erradicação: cessação de toda a transmissão da infecção, pela extinção artificial da espé-
cie do agente em questão. A erradicação pressupõe a ausência completa de risco de reintro-
dução da doença, de forma a permitir a suspensão de toda e qualquer medida de prevenção ou
controle. A erradicação regional ou eliminação é a cessação da transmissão de determinada
infecção, em ampla região geográfica ou jurisdição política.
Estrutura epidemiológica: conjunto de fatores relativos ao agente etiológico, hospedeiro
e meio ambiente, que influi sobre a ocorrência natural de uma doença em uma comunidade.
Fômites: objetos de uso pessoal do caso clínico ou portador, que podem estar contamina-
dos e transmitir agentes infecciosos, e cujo controle é feito por meio da desinfecção.
Fonte de infecção: pessoa, animal, objeto ou substância a partir do qual o agente é trans-
mitido para o hospedeiro.
Fonte primária de infecção (reservatório): homem ou animal e, raramente, o solo ou ve-
getais, responsável pela sobrevivência de uma determinada espécie de agente etiológico na
natureza. No caso dos parasitas heteroxenos, o hospedeiro mais evoluído (que geralmente é
também o hospedeiro definitivo) é denominado fonte primária de infecção; e o hospedeiro me-
nos evoluído (em geral hospedeiro intermediário) é chamado de vetor biológico.
Fonte secundária de infecção: ser animado ou inanimado que transporta um determinado
agente etiológico, não sendo o principal responsável pela sobrevivência desse como espécie. Essa
expressão é substituída com vantagem pelo termo “veículo”.
Frequência (ocorrência): é um termo genérico, utilizado em epidemiologia para descrever
a frequência de uma doença, ou de outro atributo, ou evento identificado na população, sem
fazer distinção entre incidência ou prevalência.
História natural da doença: descrição que inclui as características das funções de infec-
ção, distribuição da doença segundo os atributos das pessoas, tempo e espaço, distribuição
e características ecológicas do(s) reservatório(s) do agente; mecanismos de transmissão e
efeitos da doença sobre o homem.
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Hospedeiro: organismo simples ou complexo, incluindo o homem, que é capaz de ser in-
fectado por um agente específico.
Hospedeiro definitivo: é o que apresenta o parasita em fase de maturidade ou em fase de
atividade sexual.
Hospedeiro intermediário: é o que apresenta o parasita em fase larvária ou assexuada.
Imunidade: resistência, usualmente associada à presença de anticorpos, que têm o efeito
de inibir micro-organismos específicos, ou suas toxinas, responsáveis por doenças infecciosas
particulares.
Imunidade ativa: imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou sem manifesta-
ções clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou produtos de agentes infeccio-
sos, ou do próprio agente morto, modificado ou de uma forma variante.
Imunidade de rebanho: resistência de um grupo ou população à introdução e dissemina-
ção de um agente infeccioso. Essa resistência é baseada na elevada proporção de indivíduos
imunes, entre os membros desse grupo ou população, e na uniforme distribuição desses indi-
víduos imunes.
Imunidade passiva: imunidade adquirida naturalmente da mãe, ou artificialmente pela ino-
culação de anticorpos protetores específicos (soro imune de convalescentes ou imunoglobuli-
na sérica). A imunidade passiva é pouco duradoura.
Incidência: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma população particu-
lar, durante um período específico de tempo.
Inquérito epidemiológico: levantamento epidemiológico feito por meio de coleta ocasional
de dados, quase sempre por amostragem, e que fornece dados sobre a prevalência de casos
clínicos ou portadores, em uma determinada comunidade.
Investigação epidemiológica de campo (classicamente conhecida por Investigação Epide-
miológica): estudos efetuados a partir de casos clínicos, ou de portadores, para a identificação
das fontes de infecção e dos modos de transmissão do agente. Pode ser realizada em face de
casos esporádicos ou surtos.
Isolamento: segregação de um caso clínico do convívio das outras pessoas, durante o
período de transmissibilidade, a fim de evitar que os suscetíveis sejam infectados. Em certos
casos, o isolamento pode ser domiciliar ou hospitalar; em geral, é preferível esse último, por
ser mais eficiente.
Janela imunológica: intervalo entre o início da infecção e a possibilidade de detecção de
anticorpos, através de técnicas laboratoriais.
Pandemia: epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes.
Parasita: organismo, geralmente microrganismo, cuja existência se dá à expensa de um
hospedeiro. O parasita não é obrigatoriamente nocivo ao seu hospedeiro. Existem parasitas
obrigatórios e facultativos; os primeiros sobrevivem somente na forma parasitária e os últimos
podem ter uma existência independente.
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024. (QUESTÃO INÉDITA/2018) O termo vigilância na área da saúde, tem, pelo menos, duas
conotações:
a) A de população e a de danos ao meio social
b) A de investigação e controle
c) A de controle social e a de saúde pública
d) A de observação de pessoas e a de danos à saúde
O termo vigilância na área da saúde, tem, pelo menos, duas conotações: a de observação de
pessoas e a de danos à saúde, com vista a possibilitar alguma forma de intervenção ou controle.
Letra d.
Incidência na epidemiologia quer dizer: número de casos novos de uma doença, ocorridos em
uma população particular, durante um período específico de tempo.
Letra d.
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Caso presuntivo: pessoa com síndrome clínica compatível com a doença, porém sem confir-
mação laboratorial do agente etiológico. A classificação como caso presuntivo está condicio-
nada à definição de caso.
Letra a.
029. (QUESTÃO INÉDITA/2018) O SINAN foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiolo-
gia, com o apoio técnico do DATASUS e da PRODABEL (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte),
para ser operado a partir das Unidades de Saúde, considerando:
a) O objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificação apenas na região Sul.
b) A orientação técnica permanente.
c) Execução de ações de controle de doenças e agravos.
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O Sinan foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do Datasus
e da Prodabel (prefeitura de Belo Horizonte), para ser operado a partir das unidades de saúde,
considerando o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificação, em todo o
território nacional, desde o nível local.
Letra d.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
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