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ENFERMAGEM

Monitoramento e Avaliação

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ENFERMAGEM
Monitoramento e Avaliação
Natale Souza

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Avaliação e Monitoramento.......................................................................................................................................4
Avaliação e Monitoramento.......................................................................................................................................4
Conceitos...............................................................................................................................................................................4
Avaliação de Tecnologias, Programas ou Serviços de Saúde. ................................................................6
Conceitos Fundamentais no Contexto do Monitoramento e Avaliação............................................7
Monitoramento e Avaliação no Planejamento do SUS................................................................................9
Surgimento da Avaliação e do Monitoramento no Campo da Saúde................................................ 10
Interfaces do Monitoramento e Avaliação com os Instrumentos de Gestão do SUS. ..............11
Instrumentos de Gestão do SUS.............................................................................................................................11
Monitoramento de Indicadores de Saúde.........................................................................................................12
Propriedades Essenciais dos Indicadores.......................................................................................................14
Metodologia para Monitorar Indicadores........................................................................................................16
Avaliando Resultados..................................................................................................................................................17
Etapas da Avaliação dos Resultados da Iniciativa (Programa/Projeto/Política). ....................19
Avaliação e Monitoramento na Legislação do SUS....................................................................................19
Portaria n. 3.201, de 27 de Novembro de 2020............................................................................................20
Resumo................................................................................................................................................................................ 24
Exercícios............................................................................................................................................................................27
Gabarito...............................................................................................................................................................................29
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................30
Referências........................................................................................................................................................................33

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Natale Souza

Apresentação
Sou a professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Estadual de Feira
de Santana (UEFS) em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de
Santa Cruz (UESC) em 2001, em Direito Sanitário pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) em
2004 e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como Edu-
cadora/Pesquisadora pela FIOCRUZ no Projeto Caminhos do Cuidado e há 16 anos na docên-
cia em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, ministrando as disciplinas:
Legislação do Sistema Único de Saúde (SUS), Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública
e Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela editora Concursos Psicologia,
Legislação do SUS – comentada e esquematizada / Políticas de Saúde; Legislação do SUS e
Saúde Coletiva 500 questões pela editora Sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1.000 Ques-
tões Comentadas de Enfermagem – editora Sanar; 1.000 Questões Residências em Enferma-
gem – Editora Sanar e fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto como
“concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos e seleções públicas.
Apaixonei-me pela docência e hoje dedico o meu tempo ao estudo dos conhecimentos espe-
cíficos de enfermagem, da legislação específica do SUS e aos milhares de profissionais que
desejam ingressar em uma carreira pública.
Visando a melhoria contínua desta aula, solicitamos sempre que após a leitura deste ma-
terial, avalie-o.

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AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
Avaliação e Monitoramento
De a acordo com a Universidade Federal do Maranhão (2016), atualmente é vasta a literatu-
ra na saúde que trata de monitoramento e avaliação, mas ainda assim os conceitos são muitas
vezes utilizados de maneira equivocada.
Conforme o referencial acima, é comum, inclusive, que as secretarias de saúde tenham áre-
as ou setores de monitoramento e avaliação. Porém, nem sempre as equipes e comunidades
estão esclarecidas dos conceitos e processos que representam o que ali é desenvolvido, e de
que forma estão voltados para a melhoria da qualidade da atenção à saúde. Em geral, ao se
falar em monitoramento e avaliação, a concepção ainda é burocrática e de julgamento focado
em punição.
A atuação do gestor do SUS, nas três esferas de governo, consubstancia-se pelo exercício
das funções gestoras na saúde, cujas atribuições e subfunções compreendem:

formulação de políticas/planejamento;

financiamento;

coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/redes e dos


prestadores públicos ou privados); e
prestação direta de serviços de saúde

As funções de monitoramento e avaliação são ferramentas fundamentais para melhor orien-


tar a tomada de decisão, o que possibilita o aprimoramento da qualidade da gestão em saúde.

Conceitos
Para Brasil (2010), monitoramento é o acompanhamento continuado de compromissos
(objetivos, metas e ações), explicitados em planos, programações ou projetos, de modo a veri-
ficar se estes estão sendo executados conforme preconizado.
Já a Universidade Federal do Maranhão (2016) afirma que o monitoramento consiste no
acompanhamento rotineiro de informações relevantes. Propõe-se a verificar a existência de
mudanças, mas não suas razões a fundo. É um processo sistemático e contínuo de acompa-
nhamento de indicadores de saúde, visando a obtenção de informações, em tempo oportuno,
para subsidiar a tomada de decisão, redução de problema e correção de rumos. Em suma, o
monitoramento verifica a realização das atividades e o alcance dos efeitos da intervenção.
O Conasems (2021) afirma que o monitoramento se refere ao permanente e regular acom-
panhamento desses números que expressam as diretrizes e os objetivos da política de saúde
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formulada em um dado período, bem como a comparação destas metas e indicadores com o
planejado.
Para Portela (2000) a Avaliação em Saúde produz informações quanto à adequação, aos
efeitos e custos associados ao uso de tecnologias, programas de saúde ou serviços de tec-
nologias. E, assim, pode subsidiar a tomada de decisão em relação às práticas ou serviços de
saúde e ao estabelecimento de políticas concernentes ao setor.
Segundo Tanaka (2001), avaliar é medir, comparar e emitir juízo de valor. A avaliação é uma
ação que, após um ciclo, possibilita aferir o resultado alcançado. O monitoramento é o acom-
panhamento continuado de compromissos (objetivos, metas e ações), de modo a verificar
se esses estão sendo executados conforme o programado. Esta ação deve ser rotineira, pois
possibilita a correção dos problemas identificados.
Contrandiopoulos et. al (2006) afirmam que a avaliação é uma atividade tão velha quanto
o mundo, banal e inerente ao próprio processo de aprendizagem. Hoje, ela é também um con-
ceito que está na moda, com contornos vagos e que agrupa realidades múltiplas e diversas.
Para os autores, a avaliação surge após a Segunda Guerra Mundial, sendo importante aliada
para que o Estado, substituindo o mercado na oferta de da educação, do social, do emprego e
da saúde, encontrasse meios para que a atribuição de recursos fosse a mais eficaz possível.
Conforme Brasil (2010), a avaliação é entendida como um processo que implica julgar, emi-
tir um julgamento de valor, tendo por base uma análise do que foi realizado (intervenção, ação,
serviço, procedimento etc.), ou uma análise do resultado obtido, sempre em comparação com
um referencial e um ideal a ser alcançado.
De acordo com a Universidade Federal do Maranhão (2016), a avaliação expande as medi-
das e a verificação do monitoramento para determinar valores e méritos de programas e polí-
ticas. O monitoramento verifica e a avaliação amplia a compreensão sobre o avaliado. Ambos
se diferenciam pela complexidade das análises que realizam. A avaliação requer maior rigor no
uso de procedimentos metodológicos, na busca de evidências com credibilidade para se fazer
um julgamento da intervenção.
Entende-se que o monitoramento tem uma carga avaliativa, uma vez que acompanha (mo-
nitora) algo que está em andamento (intervenção, ação, serviço, procedimento etc.). Assim,
faz-se também uma análise comparativa com um referencial, emitindo-se, em consequência,
um julgamento de valor (BRASIL, 2010).
Nos dois casos — monitoramento e avaliação —, busca-se identificar pontos de fragilidade
que merecerão a adoção de medidas ou intervenções por parte dos responsáveis pelo objeto
deste monitoramento e avaliação, visando superar os desafios que impedem o avanço do que
está proposto.
Na avaliação e monitoramento, procura-se explicitar avanços, progressos, aspectos po-
sitivos e melhorias em situações, realidades e processos que são objetos de intervenção, no

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sentido da valorização dos envolvidos e da verificação do cumprimento de propósitos e res-


ponsabilidades.
Para o CONASS (2016), a avaliação que se inscreve para além de um julgamento, considera
os sujeitos sociais envolvidos em uma determinada situação e seus interesses, assim como o
objeto avaliado: sua especificidade, particularidade, generalidade e seu grau de maturação ou
desenvolvimento. Avaliar, nesse sentido, é uma constante descoberta e deve compreender um
diálogo permanente entre os sujeitos envolvidos ou entre quem avalia (a equipe de avaliação),
o objeto da avaliação (o avaliado) e a realidade em que ambos se inscrevem (o contexto). Essa
perspectiva traz a necessidade de diversificar os instrumentos de avaliação.
Pode-se afirmar que o monitoramento e avaliação são faces complementares entre si, de
um mesmo processo. O monitoramento acompanha no tempo o desenvolvimento de determi-
nadas atividades e formula hipóteses a respeito. A avaliação aprofunda a compreensão sobre
esse desenvolvimento, investigando as hipóteses geradas pelo monitoramento. O monitora-
mento verifica. A avaliação amplia a compreensão sobre o avaliado, por meio de instrumental
qualitativo ou quantitativo, dependendo da questão levantada. É importante ressaltar que ava-
liações também podem e devem ser monitoradas e avaliadas e esse processo é denominado
meta avaliação (CONASS, 2016).

Avaliação de Tecnologias, Programas ou Serviços de Saúde


De acordo com Portela (2000), a Avaliação em Saúde pressupõe:

A seleção de problemas relevantes e sensíveis, as medidas de ação viáveis nos


níveis técnico, político e econômico;

A medição de atributos pertinentes a tecnologias, programas ou serviços de saúde,


que se constituem em alternativas para a solução, ou a minimização de problemas
em uma população;

O julgamento e a comparação do comportamento desses atributos, como critérios


de apreciação da adequação, dos benefícios, dos efeitos adversos e dos custos
associados às alternativas, levando-se em conta a população de referência e o
conhecimento, ou o arsenal tecnológico existente/disponível; e

A alimentação dos processos de análise e de formulação de condutas, ou


recomendações, para ação gerencial ou governamental.

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Conceitos Fundamentais no Contexto do Monitoramento e Avaliação


A Avaliação em Saúde envolve a seleção de critérios para julgar e comparar adequação,
benefícios, efeitos adversos e custos de tecnologias, serviços ou programas de saúde; esses
critérios constituem-se em indicadores de qualidade em saúde (DONABEDIAN, 1980b; REIS,
1995 apud PORTELA, 2000).
Em outras palavras, indicadores de qualidade em saúde correspondem a critérios para a
avaliação da qualidade da assistência à saúde a uma população, seja em termos de procedi-
mentos específicos ou de uma rede de serviços.
De acordo com Portela (2000), são exemplos de indicadores de qualidade em saúde:

O número de profissionais de saúde a atender uma população;

As condições de armazenamento de medicamentos em uma farmácia;

O percentual de prescrições realizadas em um serviço de saúde e atendidas pela


farmácia do próprio serviço;

A sensibilidade (probabilidade do exame diagnosticar a doença se o indivíduo


tem a patologia) e a especificidade (probabilidade do exame ser negativo se o
indivíduo não tem a doença) de um exame diagnóstico (Eddy, 1993);

A taxa de infecção hospitalar em um hospital; e

A existência de um sistema de referência e contrarreferência de pacientes dentro


de uma rede de serviços de saúde.

Um conceito de grande importância na Avaliação em Saúde é o de padrão. Ele refere-se


a um valor especificado para distinguir a qualidade de práticas, ou de serviços de saúde, em
aceitável ou não, à luz de um certo indicador (DONABEDIAN, 1980b; REIS, 1995 apud POR-
TELA, 2000).
Segundo Portela (2000), se o indicador é um critério e o padrão é um valor representati-
vo de qualidade para o indicador, os significados de ambos dependem de características do

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problema e da população-alvo das práticas, ou dos serviços de saúde, sob avaliação; assim,
chega-se ao conceito de referente.
A definição do referente, em um processo de Avaliação em Saúde, garante a construção de
categorias homogêneas e replicáveis, com base nas quais tecnologias, ou serviços de saúde,
podem ser comparados, em locais e momentos diversos (DONABEDIAN, 1980b; REIS, 1995
apud PORTELA, 2000).
Os conceitos de indicador, padrão e referente são aplicados na avaliação dos três compo-
nentes, segundo Donabedian, da produção de serviços de saúde:

A estrutura O processo e Os resultados.

Indicador

Indicadores são medidas-síntese que contêm informações relevantes sobre determinados


atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.
Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a
vigilância das condições de saúde. Se forem gerados regularmente e manejados em um sis-
tema dinâmico, os indicadores de saúde criam uma ferramenta fundamental para a gestão e
avaliação da situação de saúde, em todos os níveis, (RIO GRANDE DO SUL, 2007).

Um conjunto de indicadores de saúde tem como


propósito

• produzir evidência sobre a situação sanitária e suas tendências,


inclusive documentando as desigualdades em saúde (RIO GRANDE DO
SUL, 2007).

Além de prover matéria-prima essencial para a análise de saúde, a disponibilidade de um


conjunto básico de indicadores tende a facilitar o monitoramento de objetivos e metas em
saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes de saúde e promover
o desenvolvimento de sistemas de informação de saúde intercomunicados (RIO GRANDE DO
SUL, 2007).

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Monitoramento

O monitoramento é um processo sistemático e contínuo que, por meio da observação e


análise de informações substanciais e em tempo adequado, permite a rápida avaliação situa-
cional e a intervenção oportuna que confirme ou corrija as ações em saúde.

Avaliação

A avaliação é uma função da gestão destinada a auxiliar o processo de decisão, visando


torná-lo mais racional e efetivo. Na atual conjuntura, o alto custo da atenção à saúde, seja por
sua cobertura ou complexidade, tem exigido dos gestores decisões que beneficiem um núme-
ro maior de usuários e que consigam resultados mais equitativos com os mesmos recursos
disponíveis.

Meta

As metas, neste contexto, são resultados numéricos onde se quer chegar. Cada indicador
deve ser acompanhado de uma meta, e do valor que se planeja alcançar com as ações/progra-
mas de saúde.

Parâmetro

Os parâmetros são valores numéricos encontrados na literatura e que traduzem a situação


ideal, o resultado ideal.

Monitoramento e Avaliação no Planejamento do SUS


Vamos conhecer mais um conceito de monitoramento e avaliação, conforme a Universida-
de Federal do Maranhão.

Monitoramento

• Acompanhamento rotineiro de informações relevantes. Propõe-se


a verificar a existência de mudanças, mas não suas razões a
fundo. É um processo sistemático e contínuo de acompanhamento
de indicadores de saúde, visando a obtenção de informações, em
tempo oportuno, para subsidiar a tomada de decisão, redução de
problema e correção de rumos. Em suma, o monitoramento
verifica a realização das atividades e o alcance dos efeitos da
intervenção

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Avaliação

• A avaliação expande as medidas e a verificação do monitoramento


para determinar valores e méritos de programas e políticas. O
monitoramento verifica. A avaliação amplia a compreensão sobre o
avaliado. Ambos se diferenciam pela complexidade das análises que
realizam. A avaliação requer maior rigor no uso de procedimentos
metodológicos, na busca de evidências com credibilidade para se
fazer um julgamento da intervenção.

Surgimento da Avaliação e do Monitoramento no Campo da Saúde


No campo da saúde, a avaliação surge vinculada aos avanços da epidemiologia e da esta-
tística, a partir de testes de utilidade de diversas intervenções, particularmente direcionadas ao
controle das doenças infecciosas e ao desenvolvimento dos primeiros sistemas de informação
que orientassem as políticas sanitárias nos países desenvolvidos (Estados Unidos, Alemanha,
Inglaterra, França, Grã-Bretanha, Suíça, entre outros).
No Brasil, a preocupação com a avaliação em saúde tem como marco a criação do SUS.
Desde então diversas iniciativas de institucionalização da avaliação vem sendo implementa-
das. Institucionalizar refere-se ao efeito de tornar institucional, incluir a avaliação na rotina
das instituições de modo que ela consiga influenciar os comportamentos (CRUZ; REIS, 2011;
FELISBERTO et al., 2008 apud UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO).
Segundo a Universidade Federal do Maranhão (2016), no ano 2000, um processo de organi-
zação interna do Ministério da Saúde resultou na criação da Coordenação de Acompanhamen-
to e Avaliação da Atenção Básica (CAA/DAB) vinculada ao Departamento de Atenção Básica da
Secretaria de Políticas de Saúde. Inicialmente denominada de Coordenação de Investigação, a
CAA/DAB nasceu com o propósito de formular e conduzir os processos avaliativos relaciona-
dos a esse nível de atenção, compreendendo-se seu papel estratégico para o redirecionamento
da organização do sistema de saúde no país (BRASIL, 2005 apud UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARANHÃO, 2016).
Atualmente essa coordenação, assim como todo o Ministério da Saúde, prioriza a execu-
ção de ações de monitoramento e avaliação de processos e resultados e de iniciativas que
reconheçam a qualidade dos serviços de saúde ofertados à sociedade brasileira, estimulando
a ampliação do acesso com qualidade, nos diversos contextos existentes no país (PORTAL DA
SAÚDE, 2012).
De acordo com a Universidade Federal do Maranhão (2016), outras estratégias importan-
tes foram adotadas pelo Ministério da Saúde para fortalecer a avaliação em saúde, desde o
Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS) — reformulado em janeiro de

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2015 pela Portaria GM/MS n.. 28/2015, até sua estratégia mais recente, o Programa de Melho-
ria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) que, lançado em 2011, iniciou no ano
de 2015 o seu 3º ciclo, com a participação de todas as equipes de saúde da Atenção Básica e
suas vertentes.
A despeito da institucionalização da avaliação no SUS, ainda temos um processo incipien-
te. A inserção da avaliação na rotina dos serviços somente se dará por meio da implantação
de uma cultura avaliativa. É necessário explicitar a perspectiva útil da avaliação, que possibilite
a inclusão/interferência dos diferentes grupos envolvidos (os prestadores, os profissionais, os
usuários, os gestores), potencializando e renovando a avaliação no cotidiano (FELISBERTO et
al., 2010 apud UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, 2016).

Interfaces do Monitoramento e Avaliação com os Instrumentos de Ges-


tão do SUS

Para a Universidade Federal do Maranhão, após conhecer os conceitos de monitoramento


e avaliação, assim como o aparecimento e uso destes no campo da saúde, faz-se necessário
agora entender como se dá a articulação desses processos diante do sistema de planeja-
mento do SUS.

Instrumentos de Gestão do SUS


O Plano de Saúde (PS), a Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão
(RAG) representam os instrumentos formais de planejamento do SUS.

Plano de Saúde (PS)


• Registro das intenções e resultados a serem alcançados no período de quatro
anos, expressos em objetivos, diretrizes, metas e indicadores.
Programação Anual de Saúde (PAS)
• Registro da operacionalização das intenções que constam no Plano de Saúde.
Deve apontar o conjunto de ações anuais que garantirão o alcance dos
objetivos e metas do Plano de Saúde, assim como a previsão de alocação dos
recursos orçamentários. Deve constar ainda dos indicadores de
monitoramento.
Relatório Anual de Gestão (RAG)
• Registro dos resultados alcançados com a execução da PAS. Deve orientar
eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários no PS e na PAS.

O PS é o instrumento central de planejamento para a definição e implementação de to-


das as iniciativas no âmbito da saúde de cada esfera da gestão do SUS. Deve ser elaborado

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considerando os seguintes elementos-chave, conforme a Portaria n.. 2.135/2013 do Ministé-


rio da Saúde:

Análise situacional, orientada por temas centrais.

Definição de diretrizes, objetivos, metas e indicadores.

Processo de monitoramento e avaliação (BRASIL, 2013).

De acordo com a Universidade Federal do Maranhão (2016), verifica-se, portanto, que há


previsão legal da necessidade de definição do processo de monitoramento e avaliação para
o PS. A ideia é que os objetivos e metas lá definidos sejam acompanhados sistematicamente
para possibilitar ajustes que sejam porventura necessários. O PS não deve ser engavetado,
precisa ser um instrumento “vivo” de gestão.
A PAS, no que lhe concerne, semelhantemente ao PS, traz em sua estrutura obrigatória in-
dicadores que serão utilizados para o monitoramento das ações previstas. Esses indicadores
representam o foco do acompanhamento rotineiro das ações (BRASIL, 2013).
O RAG em si já se constitui de um instrumento avaliativo, uma vez que compila os resulta-
dos alcançados com a execução da PAS e orienta eventuais redirecionamentos que se fizerem
necessários no PS. O instrumento possibilita analisar onde estávamos e aonde chegamos,
constituindo-se uma poderosa ferramenta de avaliação e instrumento de melhoria da qualida-
de (BRASIL, 2015).

DICA
Entende-se que os processos de monitoramento e avaliação
precisam estar intimamente vinculados aos instrumentos de
planejamento em saúde, os quais representam a espinha dor-
sal da gestão em saúde.

Monitoramento de Indicadores de Saúde


Para um processo de gestão eficiente, é fundamental acompanhar e avaliar periodicamen-
te objetivos, metas, ações, programas etc., e os resultados alcançados até o momento. Entre-

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tanto, na gestão voltada para a qualidade, isso não basta. Faz-se necessário saber como fazer,
quanto fazer, quando fazer, com o que fazer e fazer acontecer.
Considerando a importância, magnitude e custos das ações de saúde para o país, são
fundamentais a construção e a ampla utilização de medidas de desempenho que expressem
o grau de alcance das metas e objetivos estabelecidos. Assim, os indicadores de saúde foram
desenvolvidos para facilitar a quantificação e a avaliação das informações produzidas com tal
finalidade e podemos afirmar que representam uma das principais ferramentas para os pro-
cessos de monitoramento e avaliação (BRASIL, 2010).
A definição de indicadores e seus respectivos parâmetros, permite às equipes gerenciais,
dirigentes, políticos e cidadãos a conhecer, opinar e decidir acerca dos múltiplos e complexos
arranjos da saúde com enfoque no gerenciamento da qualidade. Portanto, podemos afirmar
que os indicadores de saúde representam uma das principais ferramentas para os processos
de monitoramento e avaliação (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, 2016).
Funções básicas e uso dos indicadores:

Função Descritiva

• Explicita informação sobre uma determinada realidade, situação


social ou ação pública.

Um exemplo da função descritiva é a quantidade de internações hospitalares.

Função Valorativa
• Também chamada avaliativa, implica em agregar informação de juízo de valor à
situação em foco, a fim de avaliar a importância relativa de determinado
problema ou verificar a adequação do desempenho de um Programa.

Ex.: número de internações hospitalares por complicações da hipertensão arterial em relação


ao número total de internações (BRASIL, 2010).

Segundo a Universidade Federal do Maranhão (2016), pensando no ciclo de gestão, com-


posto por planejamento, monitoramento, avaliação, os indicadores podem ser utilizados nos
seguintes momentos:

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Ex-ante
• No diagnóstico situacional, para subsidiar a definição do problema, o desenho
de uma política e a fixação das referências que se deseja modificar.

In-curso
• Na execução, para monitorar e avaliar, revisar o planejamento e corrigir
desvios.
Ex-post
• Na avaliação do alcance de metas, resultados e impactos no público-alvo
(BRASIL, 2010).

Um indicador precisa ser analisado nos diversos estágios do ciclo de gestão para de fato
refletir a realidade que se deseja medir. Assim, se pensarmos no processo e implementação
dos instrumentos de planejamento do SUS, temos o uso de indicadores no momento ex-ante
que corresponderia à elaboração do PS; no momento in-curso, referente à execução da PAS; e
no momento ex-post referente à elaboração e análise do RAG.

Propriedades Essenciais dos Indicadores


De acordo com a Universidade Federal do Maranhão (2016), existem características que
qualquer indicador deve apresentar e sempre devem ser consideradas critérios de escolha,
independente da fase do ciclo de gestão.
Características essenciais dos indicadores:

Validade Capacidade de representar, com a maior proximidade possível,


a realidade que se deseja medir e modificar.

Confiabilidade Origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias


reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e
divulgação.

Simplicidade Fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação e


entendimento pelo público em geral, interno ou externo (BRASIL,
2010; RIPSA, 2008).

É possível ainda classificar os indicadores de saúde conforme o que se deseja verificar:


Para verificar o estado de saúde da população, utilizamos:

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Morbidade
• Ex.: taxa de doenças infecciosas.

Mortalidade
• Ex.: taxa de mortalidade infantil.

Bem-estar, qualidade de vida, ambiente


• Ex.: taxa de cobertura de abastecimento de água (BRASIL, 2012; CAMPOS;
FARIA; SANTOS, 2010).

Já para os serviços de saúde, utilizamos:

Estrutura:
• existência de recursos físicos (instalações), humanos (pessoal) e
organizacionais (comitês, protocolos assistenciais etc.) adequados.

Processos:
• indicam o que é realmente oferecido durante o cuidado - processos de
trabalho nas áreas de gestão, serviços de apoio e serviços
assistenciais: organização e documentação, protocolos, normas e
rotinas.
Resultados:
• refletem o quanto o usuário teve sua queixa ou problema resolvido -
impacto da assistência prestada na situação de saúde, conhecimento e
comportamento do paciente (ANVISA, 2007).

Quando se faz necessário verificar o ambiente, utilizamos:

Podem estar relacionados a atividades humanas, ambiente e recursos naturais e


agentes econômicos, sociais e ambientais. Exs.:

• Proporção da população com acesso à rede de abastecimento de água.


• Proporção da população com acesso à rede de esgoto.
• Proporção da população com acesso a serviços de coleta de resíduos sólidos.
• Proporção da população exposta a contaminantes ambientais (mercúrio,
chumbo) (BRASIL, 2011).

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Metodologia para Monitorar Indicadores


Definidos os processos e mecanismos de gerenciamento, é importante pontuar o méto-
do que será utilizado para acompanhar os indicadores. Para tanto, é fundamental considerar
as áreas ou programas na sua totalidade, considerando o território e participação dos atores
envolvidos. Não há modelo pronto e exequível em qualquer cenário. Os gestores precisam
analisar a realidade em que se inserem e discutir com as equipes o formato que se adequa ao
contexto local (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, 2016)
O ciclo medir – comparar – emitir juízo de valor – tomar decisão é uma constante em qual-
quer processo de gestão. Cabe à equipe gestora definir se utilizará um painel de acompanha-
mento, uma matriz de indicadores, as etapas e instrumentos relacionados ou quaisquer outras
formas de operacionalizar o monitoramento (MINAS GERAIS, 2010 apud UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DO MARANHÃO, 2016).
A definição dos indicadores, sem uma clareza sobre a teoria da intervenção a ser avaliada
e o contexto político-institucional onde essa se realiza, pode se traduzir numa não correspon-
dência entre o que se quer avaliar e o conjunto de evidências levantado (CRUZ; REIS, 2011 apud
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, 2016).
Observemos a experiência de metodologia de acompanhamento de indicadores que foi
implementada pelo Núcleo de Monitoramento e Avaliação da Secretaria de Estado da Saúde
do Rio Grande do Sul, em seis etapas subsequentes (RIO GRANDE DO SUL, 2007).

1-Observar os resultados do indicador para o território proposto (o estado, uma regional, um


município, um bairro etc.) Esse resultado está adequado? Era o esperado? Está abaixo ou
acima do esperado?
Para responder estas perguntas, é necessário comparar com metas e/ou parâmetros. As metas
são os resultados esperados estabelecidos segundo um determinado propósito e contexto.
2-Observar a evolução dos resultados ao longo de um período (série histórica). Qual é a ten-
dência? Os resultados tendem a melhorar, piorar ou se mantêm estáveis? Esperava-se alguma
modificação nesta tendência? Como se explicaria o resultado?
A busca destas respostas sempre nos leva a examinar a estrutura e os processos.
3-Comparar os resultados: com os outros estados, outras regionais, outros municípios e com
o Brasil.
Estado: os resultados em seu estado estão diferentes ou parecidos dos resultados de outros
estados? Existe similitude de resultados por região do Brasil? E como está a média brasileira?
Como se poderiam explicar as similitudes ou diferenças?
Regionais: podem comparar-se com outras regionais.
Municípios: podem comparar-se com outros municípios de mesmo porte ou de semelhantes
características.

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4-Desagregar os resultados, por territórios menores.


Ao final destas etapas, temos um julgamento de valor (o programa/ projeto/área está indo bem
ou não, está indo conforme o esperado ou não) e algumas pistas das razões deste resultado.
5-A ampla divulgação dos resultados observados no monitoramento.
Nesta etapa, busca-se comunicar os resultados obtidos e envolver o conjunto de atores na
identificação das razões do alcance ou não de metas.
6-Construção de um plano de intervenção para o alcance das metas propostas
Tendo-se identificado razões para o(s) resultado(s) alcançados, faz-se o planejamento de inter-
venções (quando necessárias).

Avaliando Resultados
O ato de avaliar está intrínseco ao processo de monitoramento também. Entretanto, a ava-
liação em saúde, enquanto função, pressupõe a emissão de juízo de valor de maior comple-
xidade sobre o programa, projeto ou política que esteja sendo implementado. Assim, além de
estabelecer os mecanismos de acompanhamento, como forma de obter um monitoramento
efetivo, é importante definir como os resultados serão avaliados.
É possível classificar a avaliação em relação ao que será avaliado, a partir dos critérios de
eficiência, eficácia e efetividade.

Eficiência Eficácia e Efetividade

EFEITOS OBTIDOS X CUSTOS EXECUTADOS

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA

• (conseguir cumprir metas)


• METAS PROPOSTAS/CUSTOS PREVISTOS X METAS
ALCANÇADAS/CUSTOS EXECUTADOS

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AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE

• (alcançar as transformações desejadas por meio de efeitos e impactos)


• SITUAÇÃO ANTES DA/INICIATIVA (EX-ANTE) X SITUAÇÃO DEPOIS DA
INICIATIVA (EX-POST)

Critérios de avaliação de resultados:

Relevância:
• examina a validade e a necessidade de um projeto, observando se os efeitos
esperados atendem às demandas dos beneficiários, se a intervenção é
apropriada para solucionar os problemas identificados, se o conteúdo é
consistente com as políticas, se as estratégias e abordagens adotadas são
relevantes.
Eficácia:
• avalia a implementação do projeto em relação ao alcance dos efeitos para os
beneficiários.
Eficiência:
• avalia a forma como foram utilizados os recursos econômicos e insumos na
promoção dos resultados, observando a relação entre os custos do projeto e
efeitos.
Impacto:
• analisa os efeitos a médio e longo prazos, inclusive direta ou indiretamente,
positiva ou negativamente, intencionais ou não.
Sustentabilidade:
• considera as probabilidades de os efeitos continuarem a ocorrer após o término
da assistência prestada pelo programa, projeto ou política.

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Etapas da Avaliação dos Resultados da Iniciativa (Programa/Projeto/


Política)

ETAPA 1 - Observa RESULTADOS

• Identifica o que foi realizado e em que medida


• Verifica a validade dos planos e os valores definidos em relação à base
de dados

ETAPA 2 - Observa IMPLANTAÇÃO DE PROCESSOS

• Analisa o que está acontecendo ou aconteceu no processo para o


alcance do objetivo
• Verifica como a implantação afeta o desenvolvimento
• Verifica se houve planejamento adequado

ETAPA 3 - Observa RELAÇÕES CAUSAIS ETAPAS DA


AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA INICIATIVA

• Determina se os resultados alcançados foram devido à intervenção


realizada com a iniciativa
• Analisa a relação de causalidade entre a iniciativa e o impacto
apresentado

Conforme a Universidade Federal do Maranhão (2016), trazendo esse processo de avalia-


ção para a perspectiva dos instrumentos de gestão, é importante ratificar que o monitoramen-
to como rotina é necessário para garantir a implementação estratégica do PS e do PAS.
Monitorar continuamente permite ajustar as medidas a fim de nos aproximar do alcance
dos objetivos. Porém, a avaliação em saúde, enquanto ampliação da compreensão obtida pelo
monitoramento, é a cartada de mestre dos gestores e equipes para o alcance da gestão focada
na qualidade e nas necessidades de saúde da população.

Avaliação e Monitoramento na Legislação do SUS


Os artigos 15 e 17 da Lei n.. 8.080/90 estabelecem que a União, os estados, o Distrito Fe-
deral e os municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as atribuições de avaliação e
controle de serviços de saúde, além da avaliação e divulgação das condições ambientais e da

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saúde da população; e que é responsabilidade dos estados e dos municípios participar das
ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho (CONASS, 2016).
O Capítulo IV da Lei Complementar n.. 141/12, que trata da transparência, visibilidade, fis-
calização, avaliação e controle menciona que os resultados do monitoramento e avaliação de
cada ente, serão apresentados objetivamente, inclusive por meio de indicadores, e integrarão o
Relatório de Gestão de cada ente federado.
O Decreto n.. 7.508/11 estabelece entre as disposições essenciais do Contrato Organiza-
tivo de Ações e Serviços de Saúde — COAP — a necessidade de que sejam definidos critérios
de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente e o estabelecimento de
estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta
de sua melhoria.

Portaria n. 3.201, de 27 de Novembro de 2020


Institui o Comitê Consultivo de Monitoramento e Avaliação do Sistema Único da Saúde
(CCMA-SUS) no âmbito do Ministério da Saúde.
Art. 1º - Fica instituído o Comitê Consultivo de Monitoramento e Avaliação do Sistema
Único da Saúde (CCMA-SUS) no âmbito do Ministério da Saúde

órgão de caráter consultivo e permanente, com o objetivo de aperfeiçoar as


políticas públicas de saúde, programas e ações.

Art. 2º - Compete ao CCMA-SUS:

I - propor ferramentas, iniciativas e sistemáticas para viabilizar e aprimorar a


aplicação da Política Nacional de Monitoramento e Avaliação do SUS;

II - estruturar um plano de governança para a Política Nacional de Monitoramento e


Avaliação do SUS;

III - elencar políticas, programas, ações e projetos considerados prioritários, no


âmbito de suas respectivas áreas técnicas;

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IV - sugerir linhas de pesquisas, no âmbito de suas respectivas áreas técnicas, que


possam ser fomentadas pelo Departamento de Monitoramento e Avaliação do
Sistema Único de Saúde para reforçar as ações de monitoramento e avaliação;

V - auxiliar a produção e atualização permanente de um plano de desenvolvimento de


competências em monitoramento e avaliação, dirigido aos colaboradores do
Ministério da Saúde; e

VI - elaborar e aprovar seu regimento interno.

Parágrafo único. O regimento interno do CCMA-SUS será disponibilizado no sítio eletrônico


do Ministério da Saúde.
Art. 3º - O CCMA-SUS será composto por 1 (um) representante de cada uma das seguin-
tes unidades:

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I - Departamento de Monitoramento e Avaliação do Sistema Único de Saúde,


que o coordenará;

II - Coordenação-Geral de Monitoramento e Avaliação do Departamento de


Monitoramento e Avaliação do Sistema Único de Saúde;

III - Secretaria de Atenção Especializada à Saúde;

IV - Secretaria de Atenção Primária à Saúde

V - Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em


Saúde;

VI - Secretaria de Vigilância em Saúde;

VII - Secretaria Especial de Saúde Indígena;

VIII - Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde; e

IX - Diretoria de Integridade.

§ 1º Cada membro do CCMA-SUS terá um suplente, que o substituirá em suas


ausências e impedimentos

§ 2º Os membros do CCMA-SUS e seus suplentes serão indicados pelos dirigentes


dos seus respectivos órgãos e unidades e designados por ato do Ministro de Estado
da Saúde.

Art. 4º - A Coordenação-Geral de Monitoramento e Avaliação do Departamento de Monito-


ramento e Avaliação do Sistema Único de Saúde
• exercerá a função de Secretaria-Executiva e prestará o apoio técnico, logístico e admi-
nistrativo necessários ao desenvolvimento dos trabalhos do CCMA-SUS.

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Art. 5º O CCMA-SUS se reunirá, em caráter ordinário, bimestralmente, e, em


caráter extraordinário, sempre que convocado por seu Coordenador. Parágrafo
único. O quórum de reunião e de deliberação do CCMA-SUS é de maioria
simples.

Art. 6º Poderão participar das reuniões do CCMA-SUS, como convidados


especiais, sem direito a voto, representantes de outros órgãos e entidades,
públicas ou privadas, bem como especialistas em assuntos afetos ao tema em
discussão, cuja presença pontual seja considerada necessária para o
cumprimento do disposto nesta Portaria.

Art. 7º Os membros do CCMA-SUS que se encontrarem no Distrito Federal se


reunirão presencialmente ou virtualmente, quando a participação presencial for
impossibilitada, e os membros que se encontrarem em outros entes federativos
participarão da reunião remotamente.

Art. 8º - A participação do CCMA-SUS será considerada prestação de serviço público rele-


vante, não remunerada.
Art. 9º O CCMA-SUS elaborará relatório final sobre suas atividades, anualmente, que será
encaminhado ao Ministro de Estado de Saúde.

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RESUMO
A atuação do gestor do SUS, nas três esferas de governo, consubstancia-se pelo exercício
das funções gestoras na saúde, cujas atribuições e subfunções compreendem:

formulação de políticas/planejamento;

financiamento;

coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/redes e dos


prestadores públicos ou privados); e
prestação direta de serviços de saúde

As funções de monitoramento e avaliação são ferramentas fundamentais para melhor orien-


tar a tomada de decisão, o que possibilita o aprimoramento da qualidade da gestão em saúde.

Para Brasil (2010), monitoramento é o acompanhamento continuado de


compromissos (objetivos, metas e ações), explicitados em planos, programações ou
projetos, de modo a verificar se estes estão sendo executados conforme preconizado.

Para Portela (2000), a Avaliação em Saúde produz informações quanto à adequação, efei-
tos e custos associados ao uso de tecnologias, programas de saúde ou serviços de tecno-
logias. E, assim, pode subsidiar a tomada de decisão em relação às práticas ou serviços de
saúde e ao estabelecimento de políticas concernentes ao setor.
De acordo com Portela (2000), a Avaliação em Saúde pressupõe:

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A seleção de problemas relevantes e sensíveis, as medidas de ação viáveis nos


níveis técnico, político e econômico;

A medição de atributos pertinentes a tecnologias, programas ou serviços de saúde,


que se constituem em alternativas para a solução, ou a minimização de problemas
em uma população;

O julgamento e a comparação do comportamento desses atributos, como critérios


de apreciação da adequação, dos benefícios, dos efeitos adversos e dos custos
associados às alternativas, levando-se em conta a população de referência e o
conhecimento, ou o arsenal tecnológico existente/disponível; e

A alimentação dos processos de análise e de formulação de condutas, ou


recomendações, para ação gerencial ou governamental.

A qualidade em saúde é um dos objetivos da avaliação em saúde, sendo aferida por meio
de indicadores:
Exemplos de indicadores de qualidade em saúde:

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O número de profissionais de saúde a atender uma população;

As condições de armazenamento de medicamentos em uma farmácia;

O percentual de prescrições realizadas em um serviço de saúde e atendidas pela


farmácia do próprio serviço;

A sensibilidade (probabilidade do exame diagnosticar a doença se o indivíduo


tem a patologia) e a especificidade (probabilidade do exame ser negativo se o
indivíduo não tem a doença) de um exame diagnóstico (Eddy, 1993);

A taxa de infecção hospitalar em um hospital; e

A existência de um sistema de referência e contrarreferência de pacientes dentro


de uma rede de serviços de saúde.

Um conjunto de indicadores de saúde tem como


propósito

• produzir evidência sobre a situação sanitária e suas tendências,


inclusive documentando as desigualdades em saúde (RIO GRANDE DO
SUL, 2007).

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EXERCÍCIOS
001. (ESAF/MPOG/2012) Sobre monitoramento das ações e serviços de saúde no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS), é correto afirmar:
a) o monitoramento precede a avaliação no processo de planejamento das ações e servi-
ços de saúde.
b) o monitoramento é um procedimento de caráter técnico, isento das ingerências políticas
que marcam a avaliação.
c) o monitoramento concentra-se nos resultados das ações, enquanto a avaliação, no seu pro-
cesso de execução.
d) o monitoramento é parte do processo avaliativo, com o objetivo de observar se as atividades
e ações estão sendo executadas conforme o planejado e estão tendo os resultados esperados.
e) o monitoramento das ações e serviços de saúde independe das metas e objetivos explicita-
dos no processo de planejamento.

002. (INÉDITA/2022) A atuação do gestor do SUS, nas três esferas de governo, consubstan-
cia-se pelo exercício das funções gestoras na saúde.
As funções de monitoramento e avaliação são ferramentas que auxiliam os gestores na toma-
da de decisões em relação à saúde.

003. (INÉDITA/2022) Sobre a avaliação em Saúde, julgue o item que segue:


Avaliação em Saúde produz informações quanto à adequação, efeitos e custos associados
exclusivamente ao uso de tecnologias em saúde.

004. (INÉDITA/2022) A avaliação que se inscreve para além de um julgamento, leva em conta
os sujeitos sociais envolvidos em uma determinada situação e seus interesses, assim como o
objeto avaliado.
A avaliação e o monitoramento devem ser dissociados, com o intuito de garantir a confiabili-
dade das informações.

005. (INÉDITA/2022) A avaliação em Saúde pressupõe, exceto:


a) A seleção de problemas relevantes e sensíveis, as medidas de ações viáveis nos níveis téc-
nico, político e econômico;
b) A medição de atributos pertinentes as tecnologias, programas ou serviços de saúde, que se
constituem em alternativas para a solução, ou a minimização de problemas em uma população;
c) O julgamento e a comparação do comportamento desses atributos, como critérios de apre-
ciação da adequação, dos benefícios, dos efeitos adversos e dos custos associados às alter-
nativas, levando-se em conta a população de referência e o conhecimento, ou o arsenal tecno-
lógico existente/disponível;

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d) A alimentação dos processos de análise e de formulação de condutas, ou recomendações


para ação gerencial ou governamental.
e) A priorização de alocação dos recursos oriundos do orçamento da Seguridade Social em
cidades com baixo índice de desenvolvimento humano.

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GABARITO
1. d
2. C
3. E
4. E
5. e

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GABARITO COMENTADO
001. (ESAF/MPOG/2012) Sobre monitoramento das ações e serviços de saúde no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS), é correto afirmar:
a) o monitoramento precede a avaliação no processo de planejamento das ações e servi-
ços de saúde.
b) o monitoramento é um procedimento de caráter técnico, isento das ingerências políticas
que marcam a avaliação.
c) o monitoramento concentra-se nos resultados das ações, enquanto a avaliação, no seu pro-
cesso de execução.
d) o monitoramento é parte do processo avaliativo, com o objetivo de observar se as atividades
e ações estão sendo executadas conforme o planejado e estão tendo os resultados esperados.
e) o monitoramento das ações e serviços de saúde independe das metas e objetivos explicita-
dos no processo de planejamento.

Monitoramento e avaliação caminham juntos, sendo que o monitoramento é contínuo, como


parte do processo avaliativo. Para Brasil (2010), monitoramento é o acompanhamento conti-
nuado de compromissos (objetivos, metas e ações), explicitados em planos, programações ou
projetos, de modo a verificar se estes estão sendo executados conforme preconizado.
Letra d.

002. (INÉDITA/2022) A atuação do gestor do SUS, nas três esferas de governo, consubstan-
cia-se pelo exercício das funções gestoras na saúde.
As funções de monitoramento e avaliação são ferramentas que auxiliam os gestores na toma-
da de decisões em relação à saúde.

As funções de monitoramento e avaliação são ferramentas fundamentais para melhor orientar


a tomada de decisão, o que, possibilita o aprimoramento da qualidade da gestão em saúde.
Certo.

003. (INÉDITA/2022) Sobre a avaliação em Saúde, julgue o item que segue:


Avaliação em Saúde produz informações quanto à adequação, efeitos e custos associados
exclusivamente ao uso de tecnologias em saúde.

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Para Portela (2000), a Avaliação em Saúde produz informações quanto à adequação, efeitos e
custos associados ao uso da tecnologia nos serviços de saúde e também ao custo relaciona-
dos aos serviços de tecnologia. E, assim, pode subsidiar a tomada de decisão em relação às
práticas ou serviços de saúde e ao estabelecimento de políticas concernentes ao setor.
Errado.

004. (INÉDITA/2022) A avaliação que se inscreve para além de um julgamento, leva em conta
os sujeitos sociais envolvidos em uma determinada situação e seus interesses, assim como o
objeto avaliado.
A avaliação e o monitoramento devem ser dissociados, com o intuito de garantir a confiabili-
dade das informações.

Pode-se afirmar que o monitoramento e avaliação são faces complementares entre si de um


mesmo processo. O monitoramento acompanha no tempo o desenvolvimento de determina-
das atividades e formula hipóteses a respeito destas atividades.
Errado.

005. (INÉDITA/2022) A avaliação em Saúde pressupõe, exceto:


a) A seleção de problemas relevantes e sensíveis, as medidas de ações viáveis nos níveis téc-
nico, político e econômico;
b) A medição de atributos pertinentes as tecnologias, programas ou serviços de saúde, que se
constituem em alternativas para a solução, ou a minimização de problemas em uma população;
c) O julgamento e a comparação do comportamento desses atributos, como critérios de apre-
ciação da adequação, dos benefícios, dos efeitos adversos e dos custos associados às alter-
nativas, levando-se em conta a população de referência e o conhecimento, ou o arsenal tecno-
lógico existente/disponível;
d) A alimentação dos processos de análise e de formulação de condutas, ou recomendações
para ação gerencial ou governamental.
e) A priorização de alocação dos recursos oriundos do orçamento da Seguridade Social em
cidades com baixo índice de desenvolvimento humano.
Gabarito: E

De acordo com Portela (2000), a Avaliação em Saúde pressupõe:


• A seleção de problemas relevantes e sensíveis, as medidas de ações viáveis nos níveis
técnico, político e econômico;

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• A medição de atributos pertinentes as tecnologias, programas ou serviços de saúde, que


se constituem em alternativas para a solução, ou a minimização de problemas em uma
população;
• O julgamento e a comparação do comportamento desses atributos, como critérios de
apreciação da adequação, dos benefícios, dos efeitos adversos e dos custos associa-
dos às alternativas, levando-se em conta a população de referência e o conhecimento,
ou o arsenal tecnológico existente/disponível; e
• A alimentação dos processos de análise e de formulação de condutas, ou recomenda-
ções, para ação gerencial ou governamental.
Letra e.

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REFERÊNCIAS

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resultado do processo avaliativo 2004-2006. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 84f. Dispo-
nível em: <http://www. anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/pnass.pdf>. Acesso em: 12 out.
2022.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A Gestão do SUS. Brasília: CONASS, 2015.
133 p. (Para Entender a Gestão do SUS - 2015). Disponível em: < https://www.conass.org.br/
biblioteca/pdf/A-GESTAO-DO-SUS.pdf>. Acesso em: 14 out. 2022.

_____. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investi-


mentos Estratégicos. Indicadores de programas: guia metodológico. Brasília: MP, 2010. 128p.
Disponível em: < https://bibliotecadigital.economia.gov.br/bitstream/777/84/1/Indicadores_
programas-guia_metodologico.pdf. Acesso em: 11 out. 2022.

CONASS. Guia de apoio à gestão estadual do SUS: monitoramento e avaliação. 2016. Dispo-
nível em: < https://www.conass.org.br/guiainformacao/monitoramento-e-avaliacao/. Acesso
em: 12 out. 2022.

CONTANDRIOPOULOS, A. et al. A avaliação na área da saúde: conceitos e métodos. In: HARTZ,


Z. M. A. (Org.) Avaliação em saúde: dos modelos conceituais à prática na análise da implanta-
ção de programas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1997. 132p. Disponível em: < https://static.scielo.
org/scielobooks/3zcft/pdf/hartz-9788575414033.pdf. >. Acesso em: 12 out. 2022.

CRUZ, M.M. Avaliação de políticas e programas de saúde: contribuições para o debate. 2012.
Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4447979/mod_resource/content/1/
ANALISE%20POLITICAS%201%20E%202_LIVRO%20IMS.pdf. Acesso em: 12 out. 2022.

Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA. Gestão pública em saúde: monitoramen-


to e avaliação no planejamento do SUS/Ana Emilia Figueiredo de Oliveira; Regimarina Soares
Reis. - São Luís, 2016.

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Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.

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