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Auditoria no SUS
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
ENFERMAGEM
Auditoria no SUS
Natale Souza
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Auditoria no SUS...............................................................................................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................................................4
Mecanismos de Controle no SUS.............................................................................................................................4
Processo de Auditoria.. ..................................................................................................................................................5
Sistema Nacional de Auditoria (SNA). ..................................................................................................................7
O Sistema Nacional de Auditoria do SUS na Perspectiva da Gestão Estratégica e
Participativa........................................................................................................................................................................7
Conceitos Importantes do Trabalho de Auditoria no Âmbito do SNA...............................................8
Processo de Auditoria na SUS. . .................................................................................................................................9
Sistema Nacional de Auditoria (SNA) — Decreto n. 1.651, de 28 de setembro de 1995.. . .....13
Auditoria nas Assistências Ambulatorial e Hospitalar no SUS..........................................................16
Fase Analítica.. ..................................................................................................................................................................16
Procedimentos Rotineiros. . .......................................................................................................................................16
Fase Operativa. . ................................................................................................................................................................19
Procedimentos Rotineiros. . .......................................................................................................................................19
Fase Operacional da Auditoria na(s) Unidade(s) Hospitalar(es).........................................................21
Fase Operacional da Auditoria na(s) Unidade(s) Ambulatorial(is). ...................................................21
Resumo................................................................................................................................................................................22
Sistema Nacional de Auditoria (SNA): Decreto n. 1.651, de 28 de setembro de 1995............23
Auditoria nas Assistências Ambulatorial e Hospitalar no SUS......................................................... 24
Questões de Concurso................................................................................................................................................25
Gabarito...............................................................................................................................................................................30
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................31
Referências........................................................................................................................................................................40
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Auditoria no SUS
Natale Souza
Apresentação
Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela UEFS — Universidade Esta-
dual de Feira de Santana — em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC — Univer-
sidade Estadual de Santa Cruz — em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004 e
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como Edu-
cadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz — FIOCRUZ — no Projeto Caminhos do Cui-
dado e há 16 anos na docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, mi-
nistrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e
Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos — pela editora Concursos Psicologia,
Legislação do SUS — comentada e esquematizada / Políticas de Saúde, Legislação do SUS e
Saúde Coletiva 500 questões pela editora sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1000 Ques-
tões Comentadas de Enfermagem — Editora Sanar, 1000 Questões Residências em Enferma-
gem — Editora Sanar e fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto como
“concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos e seleções públicas.
Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tempo ao estudo dos Conhecimentos espe-
cíficos de Enfermagem, da Legislação específica do SUS e aos milhares de profissionais que
desejam ingressar em uma carreira pública.
Com o objetivo de melhorar continuamente, solicitamos sempre que após a leitura desta
aula, a avalie.
Profa. Natale Souza
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Auditoria no SUS
Natale Souza
AUDITORIA NO SUS
Introdução
O sistema único de saúde teve suas bases conceituais pensadas na VIII Conferência Na-
cional de Saúde, sua institucionalização na Constituição Federal de 1988 e sua gradual imple-
mentação a partir das Leis Orgânicas da Saúde, publicadas em 1990.
O novo sistema de saúde, que começou a vigorar no País a partir de 1988, surge como um
sistema totalmente includente, rompendo com a assistência previdenciária e contributiva que
até então predominava. A partir do SUS, todos passam a ter acesso à saúde, devendo esse
acesso ser ofertado pelo Estado e de forma gratuita, sendo que o financiamento ficara à cargo
das três esferas de gestão – União, Estado e Municípios.
De acordo com Brasil (2017), o SUS movimenta quase 200 bilhões de reais por ano, consi-
derando as três esferas da federação, e tem contribuído para ampliar o acesso da população
aos serviços básicos de saúde, com importante impacto na redução da mortalidade.
Ainda de acordo com o referencial acima, o SUS ainda enfrenta uma série de desafios re-
lacionados à aplicação dos recursos públicos visando obter ganhos de eficiência, eficácia e
efetividade e garantir o acesso aos serviços com equidade.
Para assegurar os recursos disponibilizados para a saúde foi necessário que a própria Consti-
tuição e sua legislação infraconstitucional, previsse alguns mecanismos de controle, pois embo-
ra pareçam um montante razoável, estão aquém do necessário para proporcionar um atendimen-
to de qualidade para toda a sociedade, dado o contingente populacional existente em nosso país.
Pela sociedade
Controle no SUS
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Auditoria no SUS
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De acordo com Brasil (2017), a fiscalização pela sociedade, se dará por meio do Controle
Social feito pelos Conselhos de Saúde. Esses são órgãos colegiados, compostos por repre-
sentantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atuam na
formulação de estratégias que ajustem as ações e os serviços ofertados e disponibilizados de
acordo com as necessidades da comunidade e no controle da execução da política de saúde,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, tendo caráter deliberativo, com decisões
homologadas pela esfera de governo correspondente.
No âmbito governamental, esse controle é realizado por órgãos de controle interno e externo.
Sociedade Governo
Controle Social – Conselhos de Saúde Órgãos de Controle Interno e externos
Processo de Auditoria
Auditar significa emitir uma opinião conclusiva sobre uma dada situação encontrada em
relação a um critério disponível ou inferido, dentro dos limites permitidos pelo conjunto de exa-
mes empregados. Ou seja, o objetivo de uma auditoria é sempre verificar em que medida uma
situação encontrada se distancia do que deveria ser segundo algum critério estabelecido nas
leis, normas ou princípios (BRASIL, 2017).
O Tribunal de Contas da União (TCU) define auditoria como o processo sistemático, docu-
mentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para determi-
nar a extensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e
relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário predeterminado (BRASIL, 2017).
Brasil (2017) afirma que é possível subdividir o conceito dado pelo TCU através de elemen-
tos essenciais ao processo de auditoria, conforme segue:
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Auditoria no SUS
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A ausência de qualquer um desses elementos pode tornar sem efeito o processo de auditoria.
Não é possível, por exemplo, assegurar a qualidade da auditoria se o auditor não está numa posi-
ção de independência ou se não faz uma avaliação baseada em evidências. Não é possível revisar
ou comunicar os resultados da auditoria se o processo não for documentado (BRASIL, 2017).
O processo de auditoria envolve:
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Auditoria no SUS
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Quando falamos sobre os tipos de auditoria, uma distinção muito utilizada se dá em razão
dos aspectos focalizados nos trabalhos. Uma auditoria que busque verificar a regularidade
dos atos de gestão praticados com foco em legalidade e legitimidade dos atos é chamada de
auditoria de regularidade ou de conformidade. É por meio da auditoria de conformidade que se
busca identificar fraudes e desvios de recursos (BRASIL, 2017).
Quando o objetivo é avaliar o desempenho da gestão de um órgão, processo ou serviço,
a auditoria é denominada auditoria operacional ou de desempenho. Os aspectos tipicamente
focalizados numa auditoria de desempenho são eficácia, qualidade, equidade e efetividade. Há
aspectos que podem estar presentes tanto num quanto noutro tipo de auditoria (BRASIL, 2017).
A auditoria é um instrumento de gestão para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), contri-
buindo para a alocação e utilização adequada dos recursos, a garantia do acesso e a qualidade da
atenção à saúde oferecida aos cidadãos. (BRASIL, 2011).
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Para Brasil (2011), na SGEP, a auditoria assume o significado de instrumento de gestão que
fortalece o SUS, contribuindo para a alocação e a utilização adequada dos recursos, a garantia
do acesso e a qualidade da atenção à saúde oferecida aos cidadãos. Essa concepção altera a
lógica da produção/faturamento para a da atenção aos usuários e em defesa da vida, incorpo-
rando a preocupação com o acompanhamento das ações e análise dos resultados.
Ainda de acordo com o referencial acima, cabe ao Denasus, além da realização de au-
ditorias, o fortalecimento dos componentes estaduais e municipais do Sistema Nacional de
Auditoria (SNA) do SUS, visando unificar os processos e práticas de trabalho para os três en-
tes federativos, bem como contribuir para o aperfeiçoamento organizacional, normativo e de
pessoal dos órgãos que compõem o SNA.
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Determinar
• a conformidade dos elementos de um sistema ou serviço,
verificando o cumprimento das normas e requisitos
estabelecidos;
Levantar
• subsídios para a análise crítica da eficácia do sistema ou
serviço e seus objetivos;
Verificar
• a adequação, legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e
resolutividade dos serviços de saúde e a aplicação dos
recursos da União repassados aos municípios;
Aferir a qualidade
• da assistência à saúde prestada e seus resultados, bem como
apresentar sugestões para seu aprimoramento;
Aferir o grau
• de execução das ações de atenção à saúde, programas,
contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
congêneres;
Verificar o cumprimento da
• Legislação Federal, Estadual, Municipal e normatização
específica do setor Saúde;
Observar o cumprimento
• pelos órgãos e entidades dos princípios fundamentais de
planejamento, coordenação, regulação, avaliação e controle;
Prover ao auditado
• oportunidade de aprimorar os processos sob sua
responsabilidade .
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De acordo com Brasil (2014), o foco de atuação da auditoria do SUS atende a três objetivos:
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A fase analítica tem por objetivo organizar informações de maneira a facilitar execução
do trabalho de campo. O produto dessa fase é o relatório analítico, que traz uma síntese da
coleta de dados sobre o objeto da auditoria e indica a natureza, a extensão e a profundidade
dos exames (BRASIL, 2014).
A fase operativa consiste no trabalho de campo propriamente dito. O produto dessa fase
é o relatório preliminar, o qual descreve as constatações preliminares da equipe de auditoria
e presta-se a embasar a notificação do auditado para que apresente justificativas em caso de
falhas ou irregularidades (BRASIL, 2014).
A terceira fase, de elaboração do relatório final de auditoria, faz a análise das justificativas
dos responsáveis (se houver) e apresenta constatações, recomendações e a conclusão do
trabalho (BRASIL, 2017).
Para Brasil (2011), estão definidas três formas de operacionalização da auditoria, de acor-
do com a origem dos profissionais que nela atuam:
Direta
Integrada
Compartilhada
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O Sistema Nacional de Auditoria — SNA, previsto no art. 16, inciso XIX da Lei n. 8.080, de
19 de setembro de 1990, e no art. 6º da Lei n. 8.689, de 27 de julho de 1993, é organizado na
forma deste Decreto, junto à direção do Sistema Único de Saúde - SUS. Em todos os níveis de
governo, sem prejuízo da fiscalização exercida pelos órgãos de controle interno e externo.
O artigo 2º do Decreto 1.651, prevê que SNA exercerá sobre as ações e os serviços desen-
volvidos no âmbito do SUS as atividades de:
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I - controle da execução,
II - avaliação da estrutura,
Parágrafo único. — Sem embargo das medidas corretivas, as conclusões obtidas com o exercício
das atividades definidas neste artigo serão consideradas na formulação do planejamento e na exe-
cução das ações e serviços de saúde.
No artigo 3º, o Decreto afirma que para o cumprimento do disposto no artigo anterior, o
SNA, nos seus diferentes níveis de competência, procederá:
I — à análise:
a) do contexto normativo referente ao SUS;
b) de planos de saúde, de programações e de relatórios de gestão;
c) dos sistemas de controle, avaliação e auditoria;
d) de sistemas de informação ambulatorial e hospitalar;
e) de indicadores de morbimortalidade;
f) de instrumentos e critérios de acreditação, credenciamento e cadastramento de serviços;
g) da conformidade dos procedimentos dos cadastros e das centrais de internação;
h) do desempenho da rede de serviços de saúde;
i) dos mecanismos de hierarquização, referência e contrarreferência da rede de serviços de saúde;
j) dos serviços de saúde prestados, inclusive por instituições privadas, conveniadas ou contratadas;
k) de prontuários de atendimento individual e demais instrumentos produzidos pelos sistemas de
informações ambulatoriais e hospitalares;
II — à verificação:
a) de autorizações de internações e de atendimentos ambulatoriais,
b) de tetos financeiros e de procedimentos de alto custo;
III — ao encaminhamento de relatórios específicos aos órgãos de controle interno e externo, em
caso de irregularidade sujeita a sua apreciação, ao Ministério Público, se verificada a prática de
crime, e o chefe do órgão em que tiver ocorrido infração disciplinar, praticada por servidor público,
que afete as ações e serviços de saúde.
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Outro artigo que merece destaque é o artigo 5º do Decreto que trata sobre as competên-
cias do SNA, afirmando que observadas a Constituição Federal, as Constituições dos Estados-
-Membros e as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, compete ao SNA verificar,
por intermédio dos órgãos que o integram:
I - no plano federal
II - no plano estadual
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III — resolver os impasses surgidos no âmbito do SNA;
IV — Requerer dos órgãos competentes providências para a apuração de denúncias de irregularida-
des, que julgue procedentes;
V — Aprovar a realização de atividades de controle, avaliação e auditoria pelo nível federal ou estadu-
al do SNA, conforme o caso, em Estados ou Municípios, quando o órgão a cargo do qual estiverem
afetas mostrar-se omisso ou sem condições de executá-las.
Procedimentos Rotineiros
Para a realização da fase analítica da auditoria assistencial ambulatorial e hospitalar serão
avaliados:
5. Relatório
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6. Relatório Comparativo
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OPM
Medicamentos e OPM do SUS (Sigtap)
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O SIM disponibiliza dados sobre mortalidade no País e possui variáveis que permitem, a
partir da causa mortis, construir indicadores e processar análises epidemiológicas. Na fase
analítica deve-se cruzar a data do óbito do paciente constante do SIM, com o motivo de encer-
ramento lançado no relatório gerencial de Apac ou de AIH.
O Sisobi é um sistema informatizado de coleta e guarda das informações cadastrais e regis-
tros de óbitos comunicados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pelos serviços de regis-
tro civil de pessoas naturais, com atualização mensal, sob responsabilidade dos cartórios civis.
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Fase Operativa
Na fase operativa de auditoria na Assistência Ambulatorial e Hospitalar do SUS, as ativida-
des são desenvolvidas na(s) unidade(s) em que as ações e os serviços foram realizados. Tem
por finalidade aferir a adequação, a eficiência, a eficácia e os resultados, mediante a observa-
ção direta dos controles internos, fatos, dados, documentos e situações.
Nessa fase, uma vez identificadas distorções, devem ser indicados à direção da unidade
auditada os ajustes necessários, permitindo também um processo educativo com vistas à me-
lhoria da qualidade do atendimento.
Procedimentos Rotineiros
Levar os seguintes documentos relacionados para conhecimento e providências do gestor,
elaborados na fase analítica da auditoria:
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RESUMO
O Tribunal de Contas da União (TCU) define auditoria como o processo sistemático, docu-
mentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para determi-
nar a extensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e
relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário predeterminado.
O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) é o conjunto de órgãos e unidades instituídos em
cada esfera de governo, sob a direção do gestor local do Sistema Único de Saúde, com atribui-
ção de realizar auditorias (BRASIL, 2014).
Auditoria é o exame sistemático e independente dos fatos pela observação, medição, en-
saio ou outras técnicas apropriadas de uma atividade, elemento ou sistema para verificar a
adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações
e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas.
Para Brasil (2017), as auditorias no âmbito do SUS, em princípio, são realizadas pelos com-
ponentes do Sistema Nacional de Auditoria do SUS (SNA), que se estrutura de forma descen-
tralizada, sendo suas ações desenvolvidas em três instâncias de gestão: Ministério da Saúde,
por meio do DENASUS; Secretarias Estaduais de Saúde; e Secretarias Municipais de Saúde.
As finalidades da auditoria do SUS consistem em:
De acordo com Brasil (2014), o foco de atuação da auditoria do SUS atende a três objetivos:
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Fase
Fase analítica Relatório
operativa
Para Brasil (2011), estão definidas três formas de operacionalização da auditoria, de acor-
do com a origem dos profissionais que nela atuam:
Direta
Integrada
Compartilhada
O artigo 2º do Decreto 1.651, prevê que SNA exercerá sobre as ações e serviços desenvol-
vidos no âmbito do SUS as atividades de:
I - controle da execução,
II - avaliação da estrutura,
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBADE /PREFEITURA DE ARACRUZ — ES/2019) De acordo com o Manual de Audito-
ria no SUS do MS, as atividades de auditoria, no âmbito do SNA, estão organizadas nas se-
guintes fases:
I — analítica.
II — operacional.
III — relatório.
IV — implementação.
Estão corretas:
a) I, II e IV apenas.
b) I, II e III apenas.
c) II, III e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) I, III e IV apenas.
003. (IBADE/PREFEITURA DE JARU — RO/2019) Uma das formas de controle social no SUS
é realizada através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), vinculado à Se-
cretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP). O Denasus é a unidade do Ministério da
Saúde competente para realizar atividade de auditoria para verificar a adequação das ações e
serviços públicos de saúde e a sua regularidade quanto aos aspectos técnico-científicos, con-
tábeis, financeiros e patrimoniais da aplicação dos recursos do SUS, sendo o órgão central do
Sistema Nacional de Auditoria (SNA). No plano federal, compete ao SNA:
a) os serviços de saúde sob sua gestão, sejam públicos ou privados, contratados ou conveniados.
b) as ações, métodos e instrumentos implementados pelos órgãos municipais de controle,
avaliação e auditoria.
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009. (EBSERH — INSTITUTO AOCP /2015) Por que a auditoria no SUS é importante?
a) Sua existência traz maleficência ao SUS.
b) Tem a finalidade de contribuir com a gestão por meio da análise dos resultados das ações
e serviços privados de saúde.
c) Colabora para a imprudência da gestão pública.
d) Favorece o uso de recursos com a finalidade de diminuir o desperdício e combater a
corrupção.
e) Tem papel importante no controle do desperdício dos recursos públicos.
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GABARITO
1. b
2. b
3. d
4. E
5. b
6. b
7. a
8. e
9. e
10. c
11. e
12. c
13. c
14. e
15. c
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GABARITO COMENTADO
001. (IBADE /PREFEITURA DE ARACRUZ — ES/2019) De acordo com o Manual de Auditoria no
SUS do MS, as atividades de auditoria, no âmbito do SNA, estão organizadas nas seguintes fases:
I — analítica.
II — operacional.
III — relatório.
IV — implementação.
Estão corretas:
a) I, II e IV apenas.
b) I, II e III apenas.
c) II, III e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) I, III e IV apenas.
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Auditoria no SUS
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003. (IBADE/PREFEITURA DE JARU — RO/2019) Uma das formas de controle social no SUS
é realizada através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), vinculado à Se-
cretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP). O Denasus é a unidade do Ministério da
Saúde competente para realizar atividade de auditoria para verificar a adequação das ações e
serviços públicos de saúde e a sua regularidade quanto aos aspectos técnico-científicos, con-
tábeis, financeiros e patrimoniais da aplicação dos recursos do SUS, sendo o órgão central do
Sistema Nacional de Auditoria (SNA). No plano federal, compete ao SNA:
a) os serviços de saúde sob sua gestão, sejam públicos ou privados, contratados ou conveniados.
b) as ações, métodos e instrumentos implementados pelos órgãos municipais de controle,
avaliação e auditoria.
c) as ações e serviços previstos no plano estadual de saúde.
d) as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual de controle, avalia-
ção e auditoria.
e) os serviços desenvolvidos por consórcio intermunicipal ao qual esteja o município associado.
Art. 5º Observadas a Constituição Federal, as Constituições dos Estados — Membros e as Leis Or-
gânicas do Distrito Federal e dos Municípios, compete ao SNA verificar, por intermédio dos órgãos
que o integram:
I – no plano federal
a) a aplicação dos recursos transferidos aos Estados e Municípios mediante análise dos relatórios
de gestão de que tratam:
b) as ações e serviços de saúde de abrangência nacional em conformidade com a política nacional
de saúde;
c) os serviços de saúde sob sua gestão;
d) os sistemas estaduais de saúde;
e) as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual de controle, avaliação e
auditoria;
Letra d.
Esta questão requer o conhecimento sobre a existência de um manual que possa normatizar as
técnicas sobre a auditoria na assistência ambulatorial e hospitalar. Já foram divulgadas algumas
versões, que estão disponíveis para acesso nos portais do Ministério da Saúde, dentre outros.
Errado
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I – Incorreto. Note que a palavra “especialmente”, indica que o SNA deverá exercer as ativida-
des em todas as instituições privadas, mas que de forma especial nas contratadas ou conve-
niadas, o que deixa o item incorreto. A palavra correta poderia ser exclusivamente nas institui-
ções privadas, contratadas ou conveniadas ao SUS.
II – Correto. Inciso III do art. 2º do Decreto n. 1.651/ 95:
III – — auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas,
mediante exame analítico e pericial.
O SNA compreende os órgãos que forem instituídos em cada nível de governo, sob a supervisão da
respectiva direção do SUS.
Letra b.
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II — O processo de auditoria do SUS está subdividido em 3 fases: Fase Analítica, Fase Opera-
tiva, Fase do Relatório Final.
III — O processo de auditoria do SUS está subdividido em 4 fases: Fase Analítica, Fase Opera-
cional, Fase Localizada ou in loco, Fase do Relatório Final.
Dos itens acima, estão corretos, apenas:
a) I, II e III.
b) I e II.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
I – Correto. Uma das finalidades da auditoria no SUS é produzir informações para subsidiar o
planejamento das ações que contribuam para o aperfeiçoamento do SUS.
II – Correto. As fases da auditoria recebem nomes específicos - Fase analítica; Fase operativa/
operacional e Fase de Relatório.
III – Incorreto. São 3 fases e não 4.
Letra b.
O Sistema Nacional de Auditoria — SNA, previsto no art. 16, inciso XIX da Lei n. 8.080, de 19 de
setembro de 1990, e no art. 6º da Lei n. 8.689, de 27 de julho de 1993, é organizado na forma
deste Decreto, junto à direção do Sistema Único de Saúde — SUS. Em todos os níveis de gover-
no, sem prejuízo da fiscalização exercida pelos órgãos de controle interno e externo.
Letra a.
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Observe que a banca requer o conhecimento do artigo 2º do Decreto 1.651, que traz:
Art. 2º O SNA exercerá sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito do SUS as atividades de:
I — Controle da execução, para verificar a sua conformidade com os padrões estabelecidos ou de-
tectar situações que exijam maior aprofundamento;
II — Avaliação da estrutura, dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para aferir sua
adequação aos critérios e parâmetros exigidos de eficiência, eficácia e efetividade;
III — Auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas, me-
diante exame analítico e pericial.
009. (EBSERH — INSTITUTO AOCP /2015) Por que a auditoria no SUS é importante?
a) Sua existência traz maleficência ao SUS.
b) Tem a finalidade de contribuir com a gestão por meio da análise dos resultados das ações
e serviços privados de saúde.
c) Colabora para a imprudência da gestão pública.
d) Favorece o uso de recursos com a finalidade de diminuir o desperdício e combater a
corrupção.
e) Tem papel importante no controle do desperdício dos recursos públicos.
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a) Errada. Um dos objetivos das auditorias é justamente beneficiar o SUS e a população por ele
assistida.
b) Errada. A auditoria tem por finalidade, avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos
serviços de saúde prestados à população (seja ele público ou privado de forma conveniada).
c) Errada. Dispensa comentários.
d) Errada. A auditoria não favorece o uso de recursos e sim, controla e fiscaliza para que não
ocorra desperdício e corrupção.
e) Certa. Descrição perfeita de um papel importante das auditorias no âmbito do SUS.
Letra e.
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c) O processo de auditoria no SUS concentra-se sobre os Relatórios de Gestão, não sendo ob-
jeto de análise, no referido processo, os planos e as programações em saúde.
d) Os órgãos de auditoria produzem seus próprios bancos de dados e informações, sendo des-
necessário o recurso a outros sistemas de informações existentes no SUS.
e) A auditoria no SUS está voltada para o aprimoramento da gestão desse Sistema, visando a
maior eficiência, eficácia e efetividade de suas ações.
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a) Certa. A fase analítica tem por objetivo organizar informações de maneira a facilitar execu-
ção do trabalho de campo.
b) Certa. O produto dessa fase é o relatório analítico, que traz uma síntese da coleta de dados
sobre o objeto da auditoria e indica a natureza, a extensão e a profundidade dos exames.
c) Errada. A verificação IN LOCO estará na fase operativa.
d) Certa. A afirmativa corrobora com a alternativa A.
e) Certa. Uma das fontes de informação nesta fase são os sistemas de informações em saúde.
Letra c.
a) Errada. A capilaridade constitui uma das diretrizes da auditoria, porém, as demais estão em
desacordo com tais diretrizes.
b) Errada. Uma das diretrizes das auditorias, no tocante à descentralização, prevê divisão e
definição de tarefas específicas de cada esfera de gestão do SUS.
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c) Errada. Uma das diretrizes da auditoria é a integração com outros órgãos das estruturas
gestoras do SUS, como planejamento, monitoramento e avaliação, regulação e vigilância em
saúde e outros órgãos integrantes do sistema de controle interno e externo.
d) Errada. Vide a assertiva C.
e) Certa. Uma das diretrizes da Auditoria é a ênfase na mensuração do impacto das ações de
saúde, na aplicação dos recursos e na satisfação do usuário.
Letra e.
a) Errada. Não há substituição de outros órgãos, a auditoria vem justamente trabalhar em com-
plemento com os demais órgãos de controle interno e externo.
b) Errada. Exerce, no âmbito do SUS, o controle e a fiscalização de ações e serviços de saúde
em conformidade com padrões estabelecidos na legislação.
c) Certa. Uma das finalidades da auditoria no SUS é produzir informações para subsidiar o pla-
nejamento das ações que contribuam para o aperfeiçoamento do SUS.
d) Errada. De forma alguma, as atribuições de ambos são distintas e específicas.
e) Errada. O SNA está subordinado ao Ministério da Saúde.
Letra c.
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REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento Na-
cional de Auditoria do SUS. Vamos conversar sobre auditoria do SUS? / Ministério da Saúde,
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento Nacional de Auditoria do SUS.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 20 p.: il. (Série Auditoria do SUS; v. 2)
Manual de Normas de Auditoria / Diretora, Deildes de Oliveira Prado et allii. - Brasília: Ministério
da Saúde, 1998
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Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
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