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ENFERMAGEM

Auditoria no SUS

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ENFERMAGEM
Auditoria no SUS
Natale Souza

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Auditoria no SUS...............................................................................................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................................................4
Mecanismos de Controle no SUS.............................................................................................................................4
Processo de Auditoria.. ..................................................................................................................................................5
Sistema Nacional de Auditoria (SNA). ..................................................................................................................7
O Sistema Nacional de Auditoria do SUS na Perspectiva da Gestão Estratégica e
Participativa........................................................................................................................................................................7
Conceitos Importantes do Trabalho de Auditoria no Âmbito do SNA...............................................8
Processo de Auditoria na SUS. . .................................................................................................................................9
Sistema Nacional de Auditoria (SNA) — Decreto n. 1.651, de 28 de setembro de 1995.. . .....13
Auditoria nas Assistências Ambulatorial e Hospitalar no SUS..........................................................16
Fase Analítica.. ..................................................................................................................................................................16
Procedimentos Rotineiros. . .......................................................................................................................................16
Fase Operativa. . ................................................................................................................................................................19
Procedimentos Rotineiros. . .......................................................................................................................................19
Fase Operacional da Auditoria na(s) Unidade(s) Hospitalar(es).........................................................21
Fase Operacional da Auditoria na(s) Unidade(s) Ambulatorial(is). ...................................................21
Resumo................................................................................................................................................................................22
Sistema Nacional de Auditoria (SNA): Decreto n. 1.651, de 28 de setembro de 1995............23
Auditoria nas Assistências Ambulatorial e Hospitalar no SUS......................................................... 24
Questões de Concurso................................................................................................................................................25
Gabarito...............................................................................................................................................................................30
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................31
Referências........................................................................................................................................................................40

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Auditoria no SUS
Natale Souza

Apresentação
Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela UEFS — Universidade Esta-
dual de Feira de Santana — em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC — Univer-
sidade Estadual de Santa Cruz — em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004 e
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como Edu-
cadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz — FIOCRUZ — no Projeto Caminhos do Cui-
dado e há 16 anos na docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, mi-
nistrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e
Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos — pela editora Concursos Psicologia,
Legislação do SUS — comentada e esquematizada / Políticas de Saúde, Legislação do SUS e
Saúde Coletiva 500 questões pela editora sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1000 Ques-
tões Comentadas de Enfermagem — Editora Sanar, 1000 Questões Residências em Enferma-
gem — Editora Sanar e fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto como
“concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos e seleções públicas.
Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tempo ao estudo dos Conhecimentos espe-
cíficos de Enfermagem, da Legislação específica do SUS e aos milhares de profissionais que
desejam ingressar em uma carreira pública.
Com o objetivo de melhorar continuamente, solicitamos sempre que após a leitura desta
aula, a avalie.
Profa. Natale Souza

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AUDITORIA NO SUS
Introdução
O sistema único de saúde teve suas bases conceituais pensadas na VIII Conferência Na-
cional de Saúde, sua institucionalização na Constituição Federal de 1988 e sua gradual imple-
mentação a partir das Leis Orgânicas da Saúde, publicadas em 1990.
O novo sistema de saúde, que começou a vigorar no País a partir de 1988, surge como um
sistema totalmente includente, rompendo com a assistência previdenciária e contributiva que
até então predominava. A partir do SUS, todos passam a ter acesso à saúde, devendo esse
acesso ser ofertado pelo Estado e de forma gratuita, sendo que o financiamento ficara à cargo
das três esferas de gestão – União, Estado e Municípios.
De acordo com Brasil (2017), o SUS movimenta quase 200 bilhões de reais por ano, consi-
derando as três esferas da federação, e tem contribuído para ampliar o acesso da população
aos serviços básicos de saúde, com importante impacto na redução da mortalidade.
Ainda de acordo com o referencial acima, o SUS ainda enfrenta uma série de desafios re-
lacionados à aplicação dos recursos públicos visando obter ganhos de eficiência, eficácia e
efetividade e garantir o acesso aos serviços com equidade.
Para assegurar os recursos disponibilizados para a saúde foi necessário que a própria Consti-
tuição e sua legislação infraconstitucional, previsse alguns mecanismos de controle, pois embo-
ra pareçam um montante razoável, estão aquém do necessário para proporcionar um atendimen-
to de qualidade para toda a sociedade, dado o contingente populacional existente em nosso país.

Mecanismos de Controle no SUS


O sistema único de saúde, conforme consta na Constituição, será financiado direta ou indi-
retamente por toda a sociedade, tendo como gestores responsáveis cada esfera de gestão. Os
entes federativos funcionam como o gerente bancário para a sociedade e deverão aplicar os
recursos de forma responsável e equitativa, para que se cumpra o objetivo de ofertar gratuida-
de, universalidade, integralidade e equidade na saúde.
Dessa forma, é necessário que uma fiscalização no sentido de garantir a correta aplicação
de recursos seja cada vez mais fortalecida. No âmbito do SUS, essa fiscalização será exercida
pela sociedade e pelo próprio governo.

Pela sociedade

Controle no SUS

Pelo próprio governo

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De acordo com Brasil (2017), a fiscalização pela sociedade, se dará por meio do Controle
Social feito pelos Conselhos de Saúde. Esses são órgãos colegiados, compostos por repre-
sentantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atuam na
formulação de estratégias que ajustem as ações e os serviços ofertados e disponibilizados de
acordo com as necessidades da comunidade e no controle da execução da política de saúde,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, tendo caráter deliberativo, com decisões
homologadas pela esfera de governo correspondente.
No âmbito governamental, esse controle é realizado por órgãos de controle interno e externo.

Sociedade Governo
Controle Social – Conselhos de Saúde Órgãos de Controle Interno e externos

Controle Interno Controle externo


É aquele em que o Poder Público controla
suas próprias ações, objetivando assegurar a
O controle é considerado externo quando
execução destas dentro dos princípios básicos
é efetivado por um poder sobre o outro.
da administração pública. Compreende as
É realizado por órgãos externos, que
atividades de avaliação do cumprimento das
fiscalizam as ações da administração
metas, da execução dos programas de governo
pública e seu funcionamento, envolvem
e dos orçamentos e de avaliação da gestão dos
a verificação do exercício regular da
administradores públicos, utilizando, como
competência atribuída pela lei.
instrumentos: o monitoramento, a avaliação de
desempenho e a auditoria.

Processo de Auditoria
Auditar significa emitir uma opinião conclusiva sobre uma dada situação encontrada em
relação a um critério disponível ou inferido, dentro dos limites permitidos pelo conjunto de exa-
mes empregados. Ou seja, o objetivo de uma auditoria é sempre verificar em que medida uma
situação encontrada se distancia do que deveria ser segundo algum critério estabelecido nas
leis, normas ou princípios (BRASIL, 2017).
O Tribunal de Contas da União (TCU) define auditoria como o processo sistemático, docu-
mentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para determi-
nar a extensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e
relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário predeterminado (BRASIL, 2017).
Brasil (2017) afirma que é possível subdividir o conceito dado pelo TCU através de elemen-
tos essenciais ao processo de auditoria, conforme segue:

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Se estrutura em três etapas consecutivas, que são o planejamento da auditoria,


Auditoria é
sua execução e a comunicação de seus resultados por meio de relatório formal.
um processo
Além disso, cada fase vale-se de procedimentos específicos que devem ser
sistemático
aplicados de forma rigorosa.
Auditoria é Todos os seus procedimentos e produtos (papéis de trabalho, relatórios)
um processo devem ser registrados segundo determinados padrões de modo a assegurar
documentado sua revisão e a organização das constatações e evidências obtidas.
Auditoria
Por parte do auditor, de modo a assegurar a imparcialidade do seu julgamento,
requer
nas fases de planejamento, execução e emissão de seu parecer, bem como nos
atitude de
demais aspectos relacionados com sua atividade profissional.
independência
Auditoria é O que significa que na execução de suas atividades, o auditor se apoiará em
um processo fatos e evidências que permitam o convencimento razoável da realidade ou
de avaliação a veracidade de fatos, documentos ou situações examinadas, permitindo a
objetiva emissão de opinião com bases consistentes.
A avaliação objetiva é feita comparando-se uma situação real, encontrada na
Critério de
gestão ou atividade auditada, com uma situação ideal, chamada de critério
Auditoria
de auditoria.
A eventual discrepância entre a situação existente e o critério originará a
Constatação constatação de auditoria. Evidências são elementos de comprovação da
de Auditoria discrepância (ou não) entre a situação encontrada (real) e o critério de
auditoria (ideal).
São relatados a um destinatário predeterminado, que normalmente é quem
Resultados de solicitou a auditoria, sem prejuízo de outros interessados. Por meio de um
uma avaliação relatório formal e técnico, o auditor comunica o objetivo, o escopo, a extensão
de auditoria e as limitações do trabalho, as constatações de auditoria, as avaliações,
opiniões, recomendações e conclusões.

A ausência de qualquer um desses elementos pode tornar sem efeito o processo de auditoria.
Não é possível, por exemplo, assegurar a qualidade da auditoria se o auditor não está numa posi-
ção de independência ou se não faz uma avaliação baseada em evidências. Não é possível revisar
ou comunicar os resultados da auditoria se o processo não for documentado (BRASIL, 2017).
O processo de auditoria envolve:

um planejamento, que procura antecipar os exames necessários para


descrever a situação encontrada;

a realização dos exames propriamente ditos, que é a fase de execução;

e por fim a elaboração do relatório, que apresenta as constatações e


conclusões

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Quando falamos sobre os tipos de auditoria, uma distinção muito utilizada se dá em razão
dos aspectos focalizados nos trabalhos. Uma auditoria que busque verificar a regularidade
dos atos de gestão praticados com foco em legalidade e legitimidade dos atos é chamada de
auditoria de regularidade ou de conformidade. É por meio da auditoria de conformidade que se
busca identificar fraudes e desvios de recursos (BRASIL, 2017).
Quando o objetivo é avaliar o desempenho da gestão de um órgão, processo ou serviço,
a auditoria é denominada auditoria operacional ou de desempenho. Os aspectos tipicamente
focalizados numa auditoria de desempenho são eficácia, qualidade, equidade e efetividade. Há
aspectos que podem estar presentes tanto num quanto noutro tipo de auditoria (BRASIL, 2017).

Sistema Nacional de Auditoria (SNA)


O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) é o conjunto de órgãos e unidades instituídos em
cada esfera de governo, sob a direção do gestor local do Sistema Único de Saúde, com atribui-
ção de realizar auditorias (BRASIL, 2014)
No plano federal, o componente do SNA é o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Dena-
sus), unidade da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), do Ministério da Saúde.
O Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), órgão integrante da estrutura da
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde e componente federal
do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), exerce atividades de auditoria e fiscalização especia-
lizada no âmbito do SUS. Conforme definido na ParticipaSUS:

A auditoria é um instrumento de gestão para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), contri-
buindo para a alocação e utilização adequada dos recursos, a garantia do acesso e a qualidade da
atenção à saúde oferecida aos cidadãos. (BRASIL, 2011).

O Sistema Nacional de Auditoria do SUS na Perspectiva da Gestão


Estratégica e Participativa
As bases do movimento da Reforma Sanitária, efetivadas na Constituição Federal e na
Lei Orgânica da Saúde, apontaram o rumo da construção do modelo de atenção à saúde fun-
damentado nas necessidades e demandas da população por ações e serviços de promoção,
proteção e recuperação da saúde. As ações do SUS visam garantir o enfrentamento das iniqui-
dades com integralidade e racionalidade (BRASIL, 2011).
A participação social revelou-se essencial e inerente ao processo da luta pela Reforma
Sanitária brasileira e como consequência dessa luta, o direito constitucional à participação da
sociedade no SUS foi garantido e, posteriormente, ampliado com a criação da Secretaria de
Gestão Estratégica e Participativa do SUS (SGEP) (BRASIL, 2011).

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Para Brasil (2011), na SGEP, a auditoria assume o significado de instrumento de gestão que
fortalece o SUS, contribuindo para a alocação e a utilização adequada dos recursos, a garantia
do acesso e a qualidade da atenção à saúde oferecida aos cidadãos. Essa concepção altera a
lógica da produção/faturamento para a da atenção aos usuários e em defesa da vida, incorpo-
rando a preocupação com o acompanhamento das ações e análise dos resultados.
Ainda de acordo com o referencial acima, cabe ao Denasus, além da realização de au-
ditorias, o fortalecimento dos componentes estaduais e municipais do Sistema Nacional de
Auditoria (SNA) do SUS, visando unificar os processos e práticas de trabalho para os três en-
tes federativos, bem como contribuir para o aperfeiçoamento organizacional, normativo e de
pessoal dos órgãos que compõem o SNA.

Conceitos Importantes do Trabalho de Auditoria no Âmbito do SNA.


Para Brasil (2011), o relatório é o produto final da auditoria. Por isso, é necessário cuidado
especial com as informações nele registradas, que devem ser claras e objetivas, considerando
os conceitos a seguir elencados:

É o exame sistemático e independente dos fatos pela observação, medição,


ensaio ou outras técnicas apropriadas de uma atividade, elemento ou
Auditoria sistema para verificar a adequação aos requisitos preconizados pelas leis e
normas vigentes e determinar se as ações e seus resultados estão de acordo
com as disposições planejadas.
É a função de fortalecimento da capacidade de gestão que institui ao poder
público o desenvolvimento de sua capacidade sistemática em responder
às demandas de saúde em seus diversos níveis e etapas do processo de
assistência, de forma a integrá-la às necessidades sociais e coletivas. A
Regulação
regulação da assistência tem como objetivo principal promover a equidade
do acesso, garantindo a integralidade da assistência e permitindo ajustar
a oferta assistencial disponível às necessidades imediatas do cidadão, de
forma equânime, ordenada, oportuna e racional.
Consiste no monitoramento de processos (normas e eventos) para verificar
Controle a conformidade dos padrões estabelecidos e detectar situações de alarme
que requeiram uma ação avaliativa, detalhada e profunda.
É a identificação quantitativa e qualitativa dos resultados (impactos) obtidos
pelo SUS em relação aos objetivos fixados nos programas de saúde e na
Avaliação
adequação aos parâmetros de qualidade, resolutividade, eficiência e eficácia
estabelecidos pelos órgãos competentes do SUS.
Consiste em submeter à atenta vigilância a execução de atos e disposições
Fiscalização
da legislação pelo exercício da função fiscalizadora.
É a atividade realizada sobre um produto final numa fase determinada de um
Inspeção
processo ou projeto, visando detectar falhas ou desvios.

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É a ação orientadora ou de inspeção em plano superior. Consultoria: é a


Supervisão verificação dos fatos para apontar sugestões ou soluções num problema
determinado.
Processo de orientação no qual o orientador, mediante contato com o
Acompanhamento
processo, acompanha o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s).
Trata-se de um conjunto de atos voltados a prestar esclarecimentos, quando
Perícia
designada por autoridade judicial ou policial.
É a atuação objetiva sobre uma não conformidade potencial, evitando sua
Ação preventiva
ocorrência.
Ação corretiva É a eliminação da causa de uma não conformidade evitando sua recorrência.

Processo de Auditoria na SUS


Para Brasil (2017), as auditorias no âmbito do SUS, em princípio, são realizadas pelos com-
ponentes do Sistema Nacional de Auditoria do SUS (SNA), que se estrutura de forma descen-
tralizada, sendo suas ações desenvolvidas em três instâncias de gestão: Ministério da Saúde,
por meio do DENASUS; Secretarias Estaduais de Saúde; e Secretarias Municipais de Saúde.
De acordo com Brasil (2017), a auditoria do SUS deve verificar a execução de ações e servi-
ços de saúde quanto aos aspectos orçamentário, operacional, patrimonial, além de analisar a
conformidade do gasto, bem como dos processos e resultados.
A auditoria, na concepção trazida pelo SNA, é um instrumento de qualificação da gestão
que visa fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de recomendações e orientação
ao gestor para a alocação e utilização adequada dos recursos, a garantia do acesso e a quali-
dade da atenção à saúde oferecida aos cidadãos (BRASIL, 2017).
O processo de auditoria comprometido com o fortalecimento da gestão requer profissio-
nais trabalhando na lógica de um observatório social das questões de resolutividade do SUS,
visando contribuir efetivamente para a construção do modelo de saúde voltado para qualidade
de vida e cidadania.
Dessa forma, as finalidades da auditoria do SUS consistem em:

Aferir a observância dos padrões estabelecidos de qualidade,


quantidade, custos e gastos da atenção à saúde;

Avaliar os elementos componentes dos processos da instituição, serviço


ou sistema auditado, objetivando a melhoria dos procedimentos, por
meio da detecção de desvios dos padrões estabelecidos;

Avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos serviços de saúde


prestados à população;

Produzir informações para subsidiar o planejamento das ações que


contribuam para o aperfeiçoamento do SUS.

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Para Brasil, o cumprimento de suas finalidades far-se-á por intermédio do desenvolvimento


de atividades de auditoria, objetivando:

Determinar
• a conformidade dos elementos de um sistema ou serviço,
verificando o cumprimento das normas e requisitos
estabelecidos;

Levantar
• subsídios para a análise crítica da eficácia do sistema ou
serviço e seus objetivos;

Verificar
• a adequação, legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e
resolutividade dos serviços de saúde e a aplicação dos
recursos da União repassados aos municípios;

Aferir a qualidade
• da assistência à saúde prestada e seus resultados, bem como
apresentar sugestões para seu aprimoramento;

Aferir o grau
• de execução das ações de atenção à saúde, programas,
contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
congêneres;

Verificar o cumprimento da
• Legislação Federal, Estadual, Municipal e normatização
específica do setor Saúde;

Observar o cumprimento
• pelos órgãos e entidades dos princípios fundamentais de
planejamento, coordenação, regulação, avaliação e controle;

Apurar o nível de desenvolvimento


• das atividades de atenção à saúde, desenvolvidas pelas
unidades prestadoras de serviços ao SUS e pelos sistemas de
saúde;

Prover ao auditado
• oportunidade de aprimorar os processos sob sua
responsabilidade .

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São objetos da Auditoria no âmbito do SNA:


• A aplicação dos recursos transferidos pelo Ministério da Saúde a entidades públicas,
filantrópicas e privadas;
• A aplicação dos recursos transferidos pelo Ministério da Saúde às secretarias estaduais
e municipais de saúde;
• A gestão e a execução dos planos e programas de saúde do Ministério da Saúde, da Se-
cretaria de Estado da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde que envolvam recursos
públicos, observando os seguintes aspectos: a) Organização; b) Cobertura assistencial; c)
Perfil epidemiológico; d) Quadro nosológico; e) Resolubilidade/resolutividade;
• Eficiência, eficácia, efetividade e qualidade da assistência prestada à saúde;
• A prestação de serviços de saúde na área ambulatorial e hospitalar;
• Os contratos, convênios, acordos, ajustes e instrumentos similares firmados pelas se-
cretarias de saúde e os prestadores de serviços de saúde do SUS.

De acordo com Brasil (2014), o foco de atuação da auditoria do SUS atende a três objetivos:

Verificar se as ações e os serviços de saúde estão sendo


realizados em conformidade com os padrões e os critérios
estabelecidos.

Detectar situações de não conformidade e aprofundar na


verificação e análise.

Auditar as estruturas, os processos e os resultados.

Conforme Brasil (2014), a auditoria no SUS atua seguindo três diretrizes:


• Capilaridade, descentralização e integração para garantir atuação em todo o território na-
cional, com divisão e definição de tarefas específicas de cada esfera de gestão do SUS.
• Integração com outros órgãos das estruturas gestoras do SUS, como planejamento, mo-
nitoramento e avaliação, regulação e vigilância em saúde e outros órgãos integrantes do
sistema de controle interno e externo.
• Ênfase na mensuração do impacto das ações de saúde, na aplicação dos recursos e na
satisfação do usuário.

As fases da auditoria no âmbito do SNA recebem nomes específicos:

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A fase analítica tem por objetivo organizar informações de maneira a facilitar execução
do trabalho de campo. O produto dessa fase é o relatório analítico, que traz uma síntese da
coleta de dados sobre o objeto da auditoria e indica a natureza, a extensão e a profundidade
dos exames (BRASIL, 2014).
A fase operativa consiste no trabalho de campo propriamente dito. O produto dessa fase
é o relatório preliminar, o qual descreve as constatações preliminares da equipe de auditoria
e presta-se a embasar a notificação do auditado para que apresente justificativas em caso de
falhas ou irregularidades (BRASIL, 2014).
A terceira fase, de elaboração do relatório final de auditoria, faz a análise das justificativas
dos responsáveis (se houver) e apresenta constatações, recomendações e a conclusão do
trabalho (BRASIL, 2017).
Para Brasil (2011), estão definidas três formas de operacionalização da auditoria, de acor-
do com a origem dos profissionais que nela atuam:

Direta

• Auditoria realizada com a participação de técnicos de um


mesmo componente do SNA;

Integrada

• Auditoria realizada com a participação de técnicos de


mais de um dos componentes do SNA;

Compartilhada

• Auditoria realizada com a participação de técnicos do


SNA, junto com os demais técnicos de outros órgãos de
controle interno e externo

No âmbito do SNA, as auditorias podem ser de conformidade — Examina a legalidade dos


atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto assistencial,
contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Podem ainda ser operacional — Avalia os sis-
temas de saúde, observados aspectos de eficiência, eficácia e efetividade.
No tocante à natureza, as auditorias podem ser:
— Regular ou Ordinária — Ações inseridas no planejamento anual de atividades dos compo-
nentes de auditoria;
— Especial ou Extraordinária — Ações não inseridas no planejamento, realizadas para apu-
rar denúncias ou para atender alguma demanda específica.

Quanto aos níveis de execução, as auditorias podem ser:


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1. Auditoria no Nível Central — desenvolvida sob a responsabilidade do


Departamento de Controle, Avaliação e Auditoria e suas Coordenações,
em conjunto com as projeções das UF, ou em cooperação técnica com
Estados e Municípios.

2. Auditoria no Nível Federal/Local — desenvolvida sob a


responsabilidade do componente federal do SNA, das projeções nas UF,
das GEREST/MS, pelos auditores da DIVAD ou em cooperação técnica
com Estados e Municípios.

3. Auditoria no Nível Estadual — desenvolvida sob a responsabilidade


do componente estadual do SNA ou em cooperação técnica com as
DIVAD/GEREST/MS e/ou Municípios.

4. Auditoria no Nível Municipal — desenvolvida sob a responsabilidade


do componente municipal do SNA ou em cooperação técnica com as
DIVAD/GEREST/MS e/ou Estado.

Sistema Nacional de Auditoria (SNA) — Decreto n. 1.651, de 28 de


setembro de 1995.

O Sistema Nacional de Auditoria — SNA, previsto no art. 16, inciso XIX da Lei n. 8.080, de
19 de setembro de 1990, e no art. 6º da Lei n. 8.689, de 27 de julho de 1993, é organizado na
forma deste Decreto, junto à direção do Sistema Único de Saúde - SUS. Em todos os níveis de
governo, sem prejuízo da fiscalização exercida pelos órgãos de controle interno e externo.
O artigo 2º do Decreto 1.651, prevê que SNA exercerá sobre as ações e os serviços desen-
volvidos no âmbito do SUS as atividades de:

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I - controle da execução,

• para verificar a sua conformidade com os padrões


estabelecidos ou detectar situações que exijam maior
aprofundamento;

II - avaliação da estrutura,

• dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para


aferir sua adequação aos critérios e parâmetros exigidos de
eficiência, eficácia e efetividade;

III - auditoria da regularidade


• dos procedimentos praticados por pessoas naturais e
jurídicas, mediante exame analítico e pericial.

Parágrafo único. — Sem embargo das medidas corretivas, as conclusões obtidas com o exercício
das atividades definidas neste artigo serão consideradas na formulação do planejamento e na exe-
cução das ações e serviços de saúde.

No artigo 3º, o Decreto afirma que para o cumprimento do disposto no artigo anterior, o
SNA, nos seus diferentes níveis de competência, procederá:

I — à análise:
a) do contexto normativo referente ao SUS;
b) de planos de saúde, de programações e de relatórios de gestão;
c) dos sistemas de controle, avaliação e auditoria;
d) de sistemas de informação ambulatorial e hospitalar;
e) de indicadores de morbimortalidade;
f) de instrumentos e critérios de acreditação, credenciamento e cadastramento de serviços;
g) da conformidade dos procedimentos dos cadastros e das centrais de internação;
h) do desempenho da rede de serviços de saúde;
i) dos mecanismos de hierarquização, referência e contrarreferência da rede de serviços de saúde;
j) dos serviços de saúde prestados, inclusive por instituições privadas, conveniadas ou contratadas;
k) de prontuários de atendimento individual e demais instrumentos produzidos pelos sistemas de
informações ambulatoriais e hospitalares;
II — à verificação:
a) de autorizações de internações e de atendimentos ambulatoriais,
b) de tetos financeiros e de procedimentos de alto custo;
III — ao encaminhamento de relatórios específicos aos órgãos de controle interno e externo, em
caso de irregularidade sujeita a sua apreciação, ao Ministério Público, se verificada a prática de
crime, e o chefe do órgão em que tiver ocorrido infração disciplinar, praticada por servidor público,
que afete as ações e serviços de saúde.

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Auditoria no SUS
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Outro artigo que merece destaque é o artigo 5º do Decreto que trata sobre as competên-
cias do SNA, afirmando que observadas a Constituição Federal, as Constituições dos Estados-
-Membros e as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, compete ao SNA verificar,
por intermédio dos órgãos que o integram:

I - no plano federal

• a) a aplicação dos recursos transferidos aos Estados e Municípios


mediante análise dos relatórios de gestão de que tratam o art. 4°,
inciso IV, da Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e o art. 5° do
Decreto n° 1.232, de 30 de agosto de 1994;
• b) as ações e serviços de saúde de abrangência nacional em
conformidade com a política nacional de saúde;
• c) os serviços de saúde sob sua gestão;
• d) os sistemas estaduais de saúde;
• e) as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão
estadual de controle, avaliação e auditoria;

II - no plano estadual

• a) a aplicação dos recursos estaduais repassados aos


Municípios. de conformidade com a legislação específica de
cada unidade federada;
• b) as ações e serviços previstos no plano estadual de saúde;
• c) os serviços de saúde sob sua gestão, sejam públicos ou
privados, contratados ou conveniados;
• d) os sistemas municipais de saúde e os consórcios
intermunicipais de saúde;
• e) as ações, métodos e instrumentos implementados pelos
órgãos municipais de controle, avaliação e auditoria;

III - no a) as ações e serviços estabelecidos no plano municipal


plano de saúde;
municipal:
b) os serviços de saúde sob sua gestão, sejam públicos
ou privados, contratados e conveniados;

c) as ações e serviços desenvolvidos por consórcio


intermunicipal ao qual esteja o Município associado.

§ 1º À Comissão Corregedora Tripartite caberá:


I — Velar pelo funcionamento harmônico e ordenado do SNA;
II — Identificar distorções no SNA e propor à direção correspondente do SUS a sua correção;

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III — resolver os impasses surgidos no âmbito do SNA;
IV — Requerer dos órgãos competentes providências para a apuração de denúncias de irregularida-
des, que julgue procedentes;
V — Aprovar a realização de atividades de controle, avaliação e auditoria pelo nível federal ou estadu-
al do SNA, conforme o caso, em Estados ou Municípios, quando o órgão a cargo do qual estiverem
afetas mostrar-se omisso ou sem condições de executá-las.

Auditoria nas Assistências Ambulatorial e Hospitalar no SUS


Fase Analítica
Na fase analítica de auditoria na Assistência Ambulatorial e Hospitalar do SUS é realizada a
avaliação do objeto a ser auditado. Permite traçar o perfil de um sistema, atividade ou serviço.
Tendo como referência o objeto a ser auditado, identificam-se os documentos e/ou os da-
dos disponíveis em sistemas informatizados a serem avaliados. A fase analítica é finalizada
com a elaboração do relatório que poderá, inclusive, subsidiar a formulação de constatações
da fase operativa in loco.

Procedimentos Rotineiros
Para a realização da fase analítica da auditoria assistencial ambulatorial e hospitalar serão
avaliados:

a) Sistema de Informações Hospitalares — SIH

O SIH disponibiliza informações das internações efetuadas por meio da Autorização de


Internação Hospitalar (AIH) e coleta mais de 50 variáveis relativas às internações como: iden-
tificação e qualificação do paciente, procedimentos, exames e atos médicos realizados, diag-
nóstico, motivo da alta, valores devidos etc.
Na fase analítica no SIH/SUS é necessário retratar o perfil da unidade a ser auditada, para
tanto utilizam-se os relatórios, documentos gerenciais e sistemas, como:

1. Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES)

2. Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos,


Medicamentos e OPM do SUS (Sigtap)

3. Relatório de Frequência de Procedimentos

4. Relatório Demonstrativo de AIHs pagas por competência

5. Relatório
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6. Relatório Comparativo
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OPM
Medicamentos e OPM do SUS (Sigtap)

3. Relatório de Frequência de Procedimentos ENFERMAGEM


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4. Relatório Demonstrativo de AIHs pagas por competência Natale Souza

5. Relatório de Serviços Profissionais (SP)

6. Relatório Comparativo entre Procedimento Solicitado e/ou Realizado e


OPM

7. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

8. Sistema de Controle de Óbito da Previdência Social (Sisobi/Dataprev).

O CNES é a base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, visa dispo-


nibilizar informações das atuais condições e infraestrutura de funcionamento dos Estabeleci-
mentos de Saúde em todas as esferas de gestão: federal, estadual e municipal; e administrati-
vas: públicos, privados e filantrópicos, prestadores de serviços ao SUS ou não.
O Sigtap é uma ferramenta de gestão que permite o acompanhamento sistemático, inclusi-
ve com série histórica, das alterações realizadas a cada competência, detalhando os atributos
de cada procedimento, compatibilidades e relacionamentos. Permite a geração de inúmeros
relatórios e disponibiliza informações atualizadas.
O Relatório Demonstrativo de AIHs Pagas é resultado dos arquivos com extensão DBC, que
podem ser abertos no Excel com todos os dados da AIH, com exceção do nome do paciente.
São individualizados por hospital e refletem todos os serviços prestados e pagos por meio da
AIH. São também apresentados sob a forma de colunas: Mês de competência; Número da AIH;
Data de internação; Data de saída; Procedimento Solicitado; Procedimento Realizado; Data de
nascimento; Sexo do paciente; Motivo do Encerramento; CID principal; Valor total da AIH; Ho-
mônimo; e CPF do Gestor.
Relatório de Serviços Profissionais (SP) é resultante de arquivos com extensão DBC, que
podem ser abertos no Excel com os dados lançados na tela Serviços Realizados da AIH. São
individualizados por hospital e apresentados sob a forma de colunas: Ano; Mês de competência;
Número da AIH; Procedimento Realizado; Ata de internação; Data de saída; CNPJ/CPF (identifica
o credor do ato); Atos Profissionais Executados; Quantidade de Atos; Pontos (rateio de SP); Nota
Fiscal (OPM); Valor do Ato; CBO Executante; PF DOC (CPF/CNS pessoa física executante do pro-
cedimento); PJ DOC (CNES/CNPJ pessoa jurídica executante/fornecedor do procedimento) e CID.
O Relatório Comparativo entre Procedimento Solicitado e/ou Realizado e OPM Utilizados
discrimina todas as órteses, as próteses e os materiais especiais utilizados por UF, por esta-
belecimento, numa determinada competência. Permite verificar as variáveis: N. da AIH paga
com OPM; Procedimento Solicitado (código e denominação); Procedimento Realizado (Código
e denominação); Material (OPM) cobrado (código e denominação); Fornecedor de OPM (CNPJ
e Nome da empresa); Tipo de Financiamento; Quantidade de OPM cobrada; Valor de OPM co-
brado; Nota Fiscal (número).
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O SIM disponibiliza dados sobre mortalidade no País e possui variáveis que permitem, a
partir da causa mortis, construir indicadores e processar análises epidemiológicas. Na fase
analítica deve-se cruzar a data do óbito do paciente constante do SIM, com o motivo de encer-
ramento lançado no relatório gerencial de Apac ou de AIH.
O Sisobi é um sistema informatizado de coleta e guarda das informações cadastrais e regis-
tros de óbitos comunicados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pelos serviços de regis-
tro civil de pessoas naturais, com atualização mensal, sob responsabilidade dos cartórios civis.

b) Sistema de Informações Ambulatoriais — SIA

O SIA disponibiliza o registro dos atendimentos ambulatoriais, padronizado em nível nacio-


nal, que possibilita a geração de informações, facilitando o processo de planejamento, contro-
le, avaliação e auditoria.
Na fase analítica no SIA/SUS, é necessário retratar o perfil da unidade a ser auditada, para
tanto, utilizam-se os relatórios e/ou documentos gerenciais:

1. Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde


(SCNES)

2. Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos,


Medicamentos e OPM do SUS (Sigtap)

3. Relatório de Frequência de Procedimentos

4. Relatório Demonstrativo de Autorizações de Procedimentos


Ambulatoriais de Alta Complexidade (Apac)

5. Relatório de Acompanhamento da Produção Físico-Orçamentária

6. Relatório de Síntese de Produção Ambulatorial

7. Relatório de Síntese de Produção de Apac

8. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

9. Sistema de Controle de Óbito da Previdência Social


(Sisobi/Dataprev).

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Fase Operativa
Na fase operativa de auditoria na Assistência Ambulatorial e Hospitalar do SUS, as ativida-
des são desenvolvidas na(s) unidade(s) em que as ações e os serviços foram realizados. Tem
por finalidade aferir a adequação, a eficiência, a eficácia e os resultados, mediante a observa-
ção direta dos controles internos, fatos, dados, documentos e situações.
Nessa fase, uma vez identificadas distorções, devem ser indicados à direção da unidade
auditada os ajustes necessários, permitindo também um processo educativo com vistas à me-
lhoria da qualidade do atendimento.

Procedimentos Rotineiros
Levar os seguintes documentos relacionados para conhecimento e providências do gestor,
elaborados na fase analítica da auditoria:

Ofício de Apresentação da equipe,

• no qual constará o objetivo do trabalho, o nome do


coordenador da equipe e o período em que o grupo atuará
naquele local. Será emitido em duas vias, sendo a primeira
destinada ao responsável pela unidade a ser auditada.

Comunicado de Auditoria (CA)

• é utilizado para solicitar documentos, informações e/ou


esclarecimentos pertinentes aos trabalhos de auditoria. Deve
ser encaminhado, com antecedência, nas situações em que a
auditoria se reveste de magnitude e/ou complexidade,
evitando-se o comprometimento do tempo destinado à
verificação in loco, com busca de documentos.

Documentos a Serem Solicitados no Comunicado de Auditoria — CA


• Listagem nominal dos gestores e/ou diretores com CPF e registro no(s) respectivo(s)
conselho(s) profissional(is) e período de exercícios na abrangência da auditoria.
• Listagem nominal dos profissionais médicos e odontólogos com CPF, registros nos
Conselhos respectivos, tipo de vínculo, especialidade e carga horária.
• Listagem nominal dos profissionais de Enfermagem, com respectivos registros no Co-
ren, tipo de vínculo e carga horária.
• Listagem nominal dos demais profissionais de nível superior, por categoria profissional,
com registros correspondentes nos Conselhos e carga horária.
• Listagem nominal dos demais funcionários por categoria.
• Escala mensal do plantão de todos os profissionais.
• Escala mensal do ambulatório de todos os profissionais.
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• Documento que instituiu a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), o Ser-


viço de Verificação de Óbito (SVO) e a Comissão de Revisão de Prontuário, bem como
atas da última reunião.
• Licença para funcionamento da unidade, expedida pela Vigilância Sanitária Estadual e/
ou Municipal. Licença para funcionamento da farmácia (quando houver), expedida pela
Vigilância Sanitária Estadual e/ou Municipal.

Documentos a Serem Analisados na(s) Unidade(s) Auditada(s)

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Fase Operacional da Auditoria na(s) Unidade(s) Hospitalar(es)


Estrutura e/ou Funcionalidade — Na etapa analítica, a equipe de auditoria deve se apropriar da
legislação vigente sobre estrutura físico-funcional para cada tipo de unidade a ser visitada, bem
como consultar o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnec) sobre sua habilitação.

Fase Operacional da Auditoria na(s) Unidade(s) Ambulatorial(is)


Estrutura e/ou Funcionalidade — Na etapa analítica, a equipe de auditoria deve se apropriar
dos documentos de orientação de trabalho, que são os regulamentos técnicos para funciona-
mento dos serviços ambulatoriais a serem auditados, as RDCs/Anvisa e portarias técnicas do
Ministério da Saúde, exemplo:
• Serviço de Diálise: RDC/Anvisa n. 50, de 21 de fevereiro de 2002, RDC/Anvisa n. 11, de
13 de março de 2014 e Portaria MS/GM n. 389, de 13 de março de 2014.
• Serviço de Oncologia: RDC n. 50/2002 e Portaria MS/GM n. 140, de 27 de feverei-
ro de 2014.

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RESUMO
O Tribunal de Contas da União (TCU) define auditoria como o processo sistemático, docu-
mentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para determi-
nar a extensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e
relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário predeterminado.
O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) é o conjunto de órgãos e unidades instituídos em
cada esfera de governo, sob a direção do gestor local do Sistema Único de Saúde, com atribui-
ção de realizar auditorias (BRASIL, 2014).
Auditoria é o exame sistemático e independente dos fatos pela observação, medição, en-
saio ou outras técnicas apropriadas de uma atividade, elemento ou sistema para verificar a
adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações
e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas.
Para Brasil (2017), as auditorias no âmbito do SUS, em princípio, são realizadas pelos com-
ponentes do Sistema Nacional de Auditoria do SUS (SNA), que se estrutura de forma descen-
tralizada, sendo suas ações desenvolvidas em três instâncias de gestão: Ministério da Saúde,
por meio do DENASUS; Secretarias Estaduais de Saúde; e Secretarias Municipais de Saúde.
As finalidades da auditoria do SUS consistem em:

Aferir a observância dos padrões estabelecidos de qualidade,


quantidade, custos e gastos da atenção à saúde;

Avaliar os elementos componentes dos processos da instituição,


serviço ou sistema auditado, objetivando a melhoria dos
procedimentos, por meio da detecção de desvios dos padrões
estabelecidos;

Avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos serviços de


saúde prestados à população;

Produzir informações para subsidiar o planejamento das ações que


contribuam para o aperfeiçoamento do SUS.

De acordo com Brasil (2014), o foco de atuação da auditoria do SUS atende a três objetivos:

Verificar se as ações e os serviços de saúde estão sendo


realizados em conformidade com os padrões e os
critérios estabelecidos.

Detectar situações de não conformidade e aprofundar na


verificação e análise.

Auditar as estruturas, os processos e os resultados.

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As fases da auditoria no âmbito do SNA recebem nomes específicos:

Fase
Fase analítica Relatório
operativa

Para Brasil (2011), estão definidas três formas de operacionalização da auditoria, de acor-
do com a origem dos profissionais que nela atuam:

Direta

• Auditoria realizada com a participação de técnicos de um


mesmo componente do SNA;

Integrada

• Auditoria realizada com a participação de técnicos de


mais de um dos componentes do SNA;

Compartilhada

• Auditoria realizada com a participação de técnicos do


SNA, junto com os demais técnicos de outros órgãos de
controle interno e externo

Sistema Nacional de Auditoria (SNA): Decreto n. 1.651, de 28 de se-


tembro de 1995.

O artigo 2º do Decreto 1.651, prevê que SNA exercerá sobre as ações e serviços desenvol-
vidos no âmbito do SUS as atividades de:

I - controle da execução,

• para verificar a sua conformidade com os padrões


estabelecidos ou detectar situações que exijam maior
aprofundamento;

II - avaliação da estrutura,

• dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para


aferir sua adequação aos critérios e parâmetros exigidos de
eficiência, eficácia e efetividade;

III - auditoria da regularidade


• dos procedimentos praticados por pessoas naturais e
jurídicas, mediante exame analítico e pericial.

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Auditoria nas Assistências Ambulatorial e Hospitalar no SUS


Na fase analítica de auditoria na Assistência Ambulatorial e Hospitalar do SUS é realizada a
avaliação do objeto a ser auditado. Permite traçar o perfil de um sistema, atividade ou serviço.
Na fase operativa de auditoria na Assistência Ambulatorial e Hospitalar do SUS, as ativida-
des são desenvolvidas na(s) unidade(s) em que as ações e os serviços foram realizados. Tem
por finalidade aferir a adequação, a eficiência, a eficácia e os resultados, mediante a observa-
ção direta dos controles internos, fatos, dados, documentos e situações.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBADE /PREFEITURA DE ARACRUZ — ES/2019) De acordo com o Manual de Audito-
ria no SUS do MS, as atividades de auditoria, no âmbito do SNA, estão organizadas nas se-
guintes fases:
I — analítica.
II — operacional.
III — relatório.
IV — implementação.
Estão corretas:
a) I, II e IV apenas.
b) I, II e III apenas.
c) II, III e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) I, III e IV apenas.

002. (CEV—URCA/PREFEITURA DE CRATO—CE/2021) Nas Orientações Técnicas sobre Au-


ditoria na Assistência Ambulatorial e Hospitalar no SUS do MS, são elencadas várias espé-
cies nos relatórios de Saída Efetivos do Sistema de Informações Hospitalares — SIH, dentre
eles estão presentes:
I – Relatório de Dados Cadastrais do Hospital
II – Relatório Demonstrativo de AIH Pagas no Processamento
III – Relatório Comparativo entre Procedimento Solicitado/Realizado e OPM Utilizados
assinale:
a) Se somente a afirmativa I estiver correta.
b) Se somente todas as alternativas estiverem corretas
c) Se afirmativas I e II estiverem corretas.
d) Se afirmativas I e II estiverem erradas
e) Se apenas a afirmativas III estiver correta

003. (IBADE/PREFEITURA DE JARU — RO/2019) Uma das formas de controle social no SUS
é realizada através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), vinculado à Se-
cretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP). O Denasus é a unidade do Ministério da
Saúde competente para realizar atividade de auditoria para verificar a adequação das ações e
serviços públicos de saúde e a sua regularidade quanto aos aspectos técnico-científicos, con-
tábeis, financeiros e patrimoniais da aplicação dos recursos do SUS, sendo o órgão central do
Sistema Nacional de Auditoria (SNA). No plano federal, compete ao SNA:
a) os serviços de saúde sob sua gestão, sejam públicos ou privados, contratados ou conveniados.
b) as ações, métodos e instrumentos implementados pelos órgãos municipais de controle,
avaliação e auditoria.
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c) as ações e serviços previstos no plano estadual de saúde.


d) as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual de controle, avalia-
ção e auditoria.
e) os serviços desenvolvidos por consórcio intermunicipal ao qual esteja o município associado.

004. (CESPE/CEBRASPE/EBSERH/2018) Julgue o item seguinte, no que tange à audito-


ria em saúde.
O sistema nacional de auditoria do Sistema Único de Saúde brasileiro utiliza diferentes siste-
mas e redes de informações como ferramentas para obtenção de dados, análise e suporte à
realização de auditorias analíticas e auditorias operacionais (in loco). Falta, no entanto, a defi-
nição de orientações técnicas sobre auditoria na assistência ambulatorial e hospitalar no SUS.

005. (FGV/FUNSAÚDE—CE/2021) Com base nas disposições do Sistema Nacional de Audito-


ria — SNA, analise as afirmativas a seguir.
I – Os órgãos do SNA devem exercer atividades de controle e auditoria nas entidades privadas,
especialmente as que têm contrato ou convênio com o SUS.
II – Auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas
no âmbito do SUS é uma atribuição do SNA.
III – O SNA abrange os órgãos de avaliação e controle compreendidos estritamente no âmbito
da União e dos Estados.
Está correto o que se afirma em:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

006. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA—ES/2020) O Sistema Nacional de Auditoria (SNA)


do SUS foi criado em 1993 com o objetivo de melhorar a qualidade das ações e dos serviços
prestados pelo sistema. Dentre os diversos setores e segmentos das Unidades de Saúde os
laboratórios de análises clínicas conveniados ao SUS são também auditados através do SNA.
Em 2017, o Ministério da Saúde criou os Princípios, Diretrizes e Regras da auditoria do SUS no
âmbito do Ministério da Saúde. Com relação ao SNA leia as afirmativas:
I — Uma das finalidades da auditoria é produzir informações que auxiliem o planejamento das
ações que contribuam de forma regular e consistente para o aperfeiçoamento do SUS.
II — O processo de auditoria do SUS está subdividido em 3 fases: Fase Analítica, Fase Opera-
tiva, Fase do Relatório Final.
III — O processo de auditoria do SUS está subdividido em 4 fases: Fase Analítica, Fase Opera-
cional, Fase Localizada ou in loco, Fase do Relatório Final.

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Dos itens acima, estão corretos, apenas:


a) I, II e III.
b) I e II.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) I e III.

007. (IBADE/PREFEITURA DE JARU—RO/2019)


O Decreto n. 1.651/1995 regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria (SNA) no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). A respeito do SNA, pode-se dizer que este sistema:
a) é organizado, junto à direção do SUS, em todos os níveis de governo.
b) exercerá auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e
jurídicas mediante observação in loco.
c) verificará, por intermédio dos órgãos que o integram, no plano federal, os sistemas munici-
pais de saúde e os consórcios intermunicipais de saúde.
d) possui uma Comissão Corregedora Bipartite que deve velar pelo funcionamento harmônico
e ordenado do SNA.
e) compreende os órgãos que forem instituídos em cada nível de governo, sob a supervisão
dos gestores estaduais e vereadores de cada município.

008. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ — ES/2019) Segundo o Decreto n. 1651/95 o Siste-


ma Nacional de Auditoria (SNA) exercerá sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito
do SUS, as atividades de:
I — auditoria in loco dentro de todas as unidade básicas de saúde, sob supervisão do gestor
municipal.
II — controle da execução, para verificar a sua conformidade com os padrões estabelecidos.
III — avaliação da estrutura, dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para aferir
sua adequação aos critérios e parâmetros exigidos de eficiência, eficácia e efetividade;
IV — auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas,
mediante exame analítico e pericial.
Estão corretas:
a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV apenas.
c) II e III apenas.
d) III e IV apenas.
e) II, III e IV apenas.

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009. (EBSERH — INSTITUTO AOCP /2015) Por que a auditoria no SUS é importante?
a) Sua existência traz maleficência ao SUS.
b) Tem a finalidade de contribuir com a gestão por meio da análise dos resultados das ações
e serviços privados de saúde.
c) Colabora para a imprudência da gestão pública.
d) Favorece o uso de recursos com a finalidade de diminuir o desperdício e combater a
corrupção.
e) Tem papel importante no controle do desperdício dos recursos públicos.

010. (MGS/IBFC/2015) Considerando as formas de operacionalização da auditoria no SUS, a


auditoria realizada com a participação de técnicos de mais de um dos componentes do Siste-
ma Nacional de Auditoria é chamada de auditoria:
a) Direta.
b) Indireta.
c) Integrada.
d) Compartilhada

011. (MPOG/ESAF/2012) Assinale a opção correta sobre o processo de auditoria no Sistema


Único de Saúde.
a) A auditoria no SUS é prerrogativa de órgãos de controle externos ao Sistema, como forma de
salvaguardar a veracidade das informações obtidas por meio da verificação da base de dados
que formam o seu Sistema de Informações.
b) A auditoria no SUS está circunscrita ao âmbito gerencial das unidades de saúde tais como a
regularidade das contas e cumprimento de contratos, uma vez que não é de sua competência
interferir nos aspectos que envolvem a execução de ações e serviços de saúde.
c) O processo de auditoria no SUS concentra-se sobre os Relatórios de Gestão, não sendo ob-
jeto de análise, no referido processo, os planos e as programações em saúde.
d) Os órgãos de auditoria produzem seus próprios bancos de dados e informações, sendo des-
necessário o recurso a outros sistemas de informações existentes no SUS.
e) A auditoria no SUS está voltada para o aprimoramento da gestão desse Sistema, visando a
maior eficiência, eficácia e efetividade de suas ações.

012. (SSA—HMDCC/IBFC/2015) No âmbito do Sistema Nacional de Auditoria do SUS, o tipo de


auditoria que examina a legalidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdi-
ção, quanto ao aspecto assistencial, contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial é a auditoria:
a) Operacional.
b) De Gestão.
c) De Conformidade.
d) Especial.

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013. (EBSERH/INSTITUTO AOCP /2015) A fase da Auditoria Analítica ou Pré-Auditoria é de


fundamental importância para o sucesso da auditoria operativa. O relatório analítico deve ser
substanciado e objetivo, de modo que possibilite à equipe, na fase de auditoria operativa, ele-
mentos para o bom desenvolvimento dos trabalhos. Em relação à fase da Auditoria Analítica,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) Tem a finalidade de subsidiar a verificação in loco
b) É um conjunto de procedimentos especializados que consiste na análise de relatórios, pro-
cessos e documentos.
c) É um conjunto de procedimentos especializados que consiste na verificação in loco.
d) Seus resultados subsidiarão o planejamento da auditoria operativa.
e) Nessa fase do processo utilizam-se dados extraídos dos Sistemas de Informações do SUS.

014. (EBSERH/INSTITUTO AOCP/2015) A auditoria do SUS verifica a execução das ações e


serviços de saúde quanto aos aspectos orçamentário, operacional, patrimonial, além de ana-
lisar a conformidade do gasto, bem como dos processos e resultados. Assinale a alternativa
que corresponde a uma das Diretrizes para a atuação da auditoria do SUS.
a) Capilaridade, centralização e desintegração para garantir atuação em todo o território nacional.
b) Multiplicação de tarefas específicas de cada esfera de gestão do SUS.
c) Desintegração dos órgãos das estruturas gestoras do SUS.
d) Improvisação, monitoramento e avaliação, regulação e vigilância em saúde e outros órgãos
integrantes do sistema de controle interno e externo.
e) Ênfase na mensuração do impacto das ações de saúde, na aplicação dos recursos e na sa-
tisfação do usuário.

015. (MPOG/ESAF/2012) Sobre o Sistema Nacional de Auditoria (SNA), no âmbito do Sistema


Único de Saúde (SUS), é correto afirmar:
a) é organizado, junto à direção do Sistema Único de Saúde, em cada esfera de governo em
substituição a outros órgãos de controle interno e externo.
b) exerce, no âmbito do SUS, o controle e a execução de ações e serviços de saúde em confor-
midade com padrões estabelecidos na legislação.
c) além de medidas corretivas, as conclusões obtidas com as atividades exercidas pelo SNA
serão consideradas na formulação do planejamento das ações de saúde.
d) sendo um órgão de controle, o SNA possui as mesmas prerrogativas e atribuições dos con-
selhos de saúde.
e) enquanto órgão de controle, o SNA faz parte do organograma da Controladoria Geral da
União (CGU).

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GABARITO
1. b
2. b
3. d
4. E
5. b
6. b
7. a
8. e
9. e
10. c
11. e
12. c
13. c
14. e
15. c

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GABARITO COMENTADO
001. (IBADE /PREFEITURA DE ARACRUZ — ES/2019) De acordo com o Manual de Auditoria no
SUS do MS, as atividades de auditoria, no âmbito do SNA, estão organizadas nas seguintes fases:
I — analítica.
II — operacional.
III — relatório.
IV — implementação.
Estão corretas:
a) I, II e IV apenas.
b) I, II e III apenas.
c) II, III e IV apenas.
d) II e III apenas.
e) I, III e IV apenas.

As fases da auditoria recebem nomes específicos — Fase analítica; Fase operativa/operacional


e Fase de Relatório.
Letra b.

002. (CEV—URCA/PREFEITURA DE CRATO—CE/2021) Nas Orientações Técnicas sobre Au-


ditoria na Assistência Ambulatorial e Hospitalar no SUS do MS, são elencadas várias espé-
cies nos relatórios de Saída Efetivos do Sistema de Informações Hospitalares — SIH, dentre
eles estão presentes:
I – Relatório de Dados Cadastrais do Hospital
II – Relatório Demonstrativo de AIH Pagas no Processamento
III – Relatório Comparativo entre Procedimento Solicitado/Realizado e OPM Utilizados
assinale:
a) Se somente a afirmativa I estiver correta.
b) Se somente todas as alternativas estiverem corretas
c) Se afirmativas I e II estiverem corretas.
d) Se afirmativas I e II estiverem erradas
e) Se apenas a afirmativas III estiver correta

I – Correto. Através do CNES são gerados os dados cadastrais dos hospitais.


II – Correto. Um dos relatórios obtidos através do SIH é o Relatório Demonstrativo de AIHs
pagas por competência.
III – Correto. Outro relatório é o Relatório Comparativo entre Procedimento Solicitado e/ou
Realizado e OPM.
Letra b.
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003. (IBADE/PREFEITURA DE JARU — RO/2019) Uma das formas de controle social no SUS
é realizada através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), vinculado à Se-
cretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP). O Denasus é a unidade do Ministério da
Saúde competente para realizar atividade de auditoria para verificar a adequação das ações e
serviços públicos de saúde e a sua regularidade quanto aos aspectos técnico-científicos, con-
tábeis, financeiros e patrimoniais da aplicação dos recursos do SUS, sendo o órgão central do
Sistema Nacional de Auditoria (SNA). No plano federal, compete ao SNA:
a) os serviços de saúde sob sua gestão, sejam públicos ou privados, contratados ou conveniados.
b) as ações, métodos e instrumentos implementados pelos órgãos municipais de controle,
avaliação e auditoria.
c) as ações e serviços previstos no plano estadual de saúde.
d) as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual de controle, avalia-
ção e auditoria.
e) os serviços desenvolvidos por consórcio intermunicipal ao qual esteja o município associado.

Art. 5º Observadas a Constituição Federal, as Constituições dos Estados — Membros e as Leis Or-
gânicas do Distrito Federal e dos Municípios, compete ao SNA verificar, por intermédio dos órgãos
que o integram:
I – no plano federal
a) a aplicação dos recursos transferidos aos Estados e Municípios mediante análise dos relatórios
de gestão de que tratam:
b) as ações e serviços de saúde de abrangência nacional em conformidade com a política nacional
de saúde;
c) os serviços de saúde sob sua gestão;
d) os sistemas estaduais de saúde;
e) as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual de controle, avaliação e
auditoria;
Letra d.

004. (CESPE/CEBRASPE/EBSERH/2018) Julgue o item seguinte, no que tange à audito-


ria em saúde.
O sistema nacional de auditoria do Sistema Único de Saúde brasileiro utiliza diferentes siste-
mas e redes de informações como ferramentas para obtenção de dados, análise e suporte à
realização de auditorias analíticas e auditorias operacionais (in loco). Falta, no entanto, a defi-
nição de orientações técnicas sobre auditoria na assistência ambulatorial e hospitalar no SUS.

Esta questão requer o conhecimento sobre a existência de um manual que possa normatizar as
técnicas sobre a auditoria na assistência ambulatorial e hospitalar. Já foram divulgadas algumas
versões, que estão disponíveis para acesso nos portais do Ministério da Saúde, dentre outros.
Errado
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005. (FGV/FUNSAÚDE—CE/2021) Com base nas disposições do Sistema Nacional de Audito-


ria — SNA, analise as afirmativas a seguir.
I – Os órgãos do SNA devem exercer atividades de controle e auditoria nas entidades privadas,
especialmente as que têm contrato ou convênio com o SUS.
II – Auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas
no âmbito do SUS é uma atribuição do SNA.
III – O SNA abrange os órgãos de avaliação e controle compreendidos estritamente no âmbito
da União e dos Estados.
Está correto o que se afirma em:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

I – Incorreto. Note que a palavra “especialmente”, indica que o SNA deverá exercer as ativida-
des em todas as instituições privadas, mas que de forma especial nas contratadas ou conve-
niadas, o que deixa o item incorreto. A palavra correta poderia ser exclusivamente nas institui-
ções privadas, contratadas ou conveniadas ao SUS.
II – Correto. Inciso III do art. 2º do Decreto n. 1.651/ 95:

III – — auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas,
mediante exame analítico e pericial.

III – Incorreto. Conforme o art. 4º do Decreto n. 1.651/ 95:

O SNA compreende os órgãos que forem instituídos em cada nível de governo, sob a supervisão da
respectiva direção do SUS.
Letra b.

006. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA—ES/2020) O Sistema Nacional de Auditoria (SNA)


do SUS foi criado em 1993 com o objetivo de melhorar a qualidade das ações e dos serviços
prestados pelo sistema. Dentre os diversos setores e segmentos das Unidades de Saúde os
laboratórios de análises clínicas conveniados ao SUS são também auditados através do SNA.
Em 2017, o Ministério da Saúde criou os Princípios, Diretrizes e Regras da auditoria do SUS no
âmbito do Ministério da Saúde. Com relação ao SNA leia as afirmativas:
I — Uma das finalidades da auditoria é produzir informações que auxiliem o planejamento das
ações que contribuam de forma regular e consistente para o aperfeiçoamento do SUS.

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II — O processo de auditoria do SUS está subdividido em 3 fases: Fase Analítica, Fase Opera-
tiva, Fase do Relatório Final.
III — O processo de auditoria do SUS está subdividido em 4 fases: Fase Analítica, Fase Opera-
cional, Fase Localizada ou in loco, Fase do Relatório Final.
Dos itens acima, estão corretos, apenas:
a) I, II e III.
b) I e II.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) I e III.

I – Correto. Uma das finalidades da auditoria no SUS é produzir informações para subsidiar o
planejamento das ações que contribuam para o aperfeiçoamento do SUS.
II – Correto. As fases da auditoria recebem nomes específicos - Fase analítica; Fase operativa/
operacional e Fase de Relatório.
III – Incorreto. São 3 fases e não 4.
Letra b.

007. (IBADE/PREFEITURA DE JARU—RO/2019)


O Decreto n. 1.651/1995 regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria (SNA) no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). A respeito do SNA, pode-se dizer que este sistema:
a) é organizado, junto à direção do SUS, em todos os níveis de governo.
b) exercerá auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e
jurídicas mediante observação in loco.
c) verificará, por intermédio dos órgãos que o integram, no plano federal, os sistemas munici-
pais de saúde e os consórcios intermunicipais de saúde.
d) possui uma Comissão Corregedora Bipartite que deve velar pelo funcionamento harmônico
e ordenado do SNA.
e) compreende os órgãos que forem instituídos em cada nível de governo, sob a supervisão
dos gestores estaduais e vereadores de cada município.

O Sistema Nacional de Auditoria — SNA, previsto no art. 16, inciso XIX da Lei n. 8.080, de 19 de
setembro de 1990, e no art. 6º da Lei n. 8.689, de 27 de julho de 1993, é organizado na forma
deste Decreto, junto à direção do Sistema Único de Saúde — SUS. Em todos os níveis de gover-
no, sem prejuízo da fiscalização exercida pelos órgãos de controle interno e externo.
Letra a.

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008. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ — ES/2019) Segundo o Decreto n. 1651/95 o Siste-


ma Nacional de Auditoria (SNA) exercerá sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito
do SUS, as atividades de:
I — auditoria in loco dentro de todas as unidade básicas de saúde, sob supervisão do gestor
municipal.
II — controle da execução, para verificar a sua conformidade com os padrões estabelecidos.
III — avaliação da estrutura, dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para aferir
sua adequação aos critérios e parâmetros exigidos de eficiência, eficácia e efetividade;
IV — auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas,
mediante exame analítico e pericial.
Estão corretas:
a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV apenas.
c) II e III apenas.
d) III e IV apenas.
e) II, III e IV apenas.

Observe que a banca requer o conhecimento do artigo 2º do Decreto 1.651, que traz:

Art. 2º O SNA exercerá sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito do SUS as atividades de:
I — Controle da execução, para verificar a sua conformidade com os padrões estabelecidos ou de-
tectar situações que exijam maior aprofundamento;
II — Avaliação da estrutura, dos processos aplicados e dos resultados alcançados, para aferir sua
adequação aos critérios e parâmetros exigidos de eficiência, eficácia e efetividade;
III — Auditoria da regularidade dos procedimentos praticados por pessoas naturais e jurídicas, me-
diante exame analítico e pericial.

Note que somente o item I não consta no artigo 2º.


Letra e.

009. (EBSERH — INSTITUTO AOCP /2015) Por que a auditoria no SUS é importante?
a) Sua existência traz maleficência ao SUS.
b) Tem a finalidade de contribuir com a gestão por meio da análise dos resultados das ações
e serviços privados de saúde.
c) Colabora para a imprudência da gestão pública.
d) Favorece o uso de recursos com a finalidade de diminuir o desperdício e combater a
corrupção.
e) Tem papel importante no controle do desperdício dos recursos públicos.

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a) Errada. Um dos objetivos das auditorias é justamente beneficiar o SUS e a população por ele
assistida.
b) Errada. A auditoria tem por finalidade, avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos
serviços de saúde prestados à população (seja ele público ou privado de forma conveniada).
c) Errada. Dispensa comentários.
d) Errada. A auditoria não favorece o uso de recursos e sim, controla e fiscaliza para que não
ocorra desperdício e corrupção.
e) Certa. Descrição perfeita de um papel importante das auditorias no âmbito do SUS.
Letra e.

010. (MGS/IBFC/2015) Considerando as formas de operacionalização da auditoria no SUS, a


auditoria realizada com a participação de técnicos de mais de um dos componentes do Siste-
ma Nacional de Auditoria é chamada de auditoria:
a) Direta.
b) Indireta.
c) Integrada.
d) Compartilhada

a) Errada. Auditoria Direta — Auditoria realizada com a participação de técnicos de um mesmo


componente do SNA;
b) Errada. Auditoria Indireta — Não consiste em uma das formas de operacionalização das
auditorias no SUS.
c) Certa. Auditoria Integrada — Auditoria realizada com a participação de técnicos de mais de
um dos componentes do SNA.
d) Errada. Auditoria Compartilhada — Auditoria realizada com a participação de técnicos do
SNA, junto com os demais técnicos de outros órgãos de controle interno e externo.
Letra c.

011. (MPOG/ESAF/2012) Assinale a opção correta sobre o processo de auditoria no Sistema


Único de Saúde.
a) A auditoria no SUS é prerrogativa de órgãos de controle externos ao Sistema, como forma de
salvaguardar a veracidade das informações obtidas por meio da verificação da base de dados
que formam o seu Sistema de Informações.
b) A auditoria no SUS está circunscrita ao âmbito gerencial das unidades de saúde tais como a
regularidade das contas e cumprimento de contratos, uma vez que não é de sua competência
interferir nos aspectos que envolvem a execução de ações e serviços de saúde.

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c) O processo de auditoria no SUS concentra-se sobre os Relatórios de Gestão, não sendo ob-
jeto de análise, no referido processo, os planos e as programações em saúde.
d) Os órgãos de auditoria produzem seus próprios bancos de dados e informações, sendo des-
necessário o recurso a outros sistemas de informações existentes no SUS.
e) A auditoria no SUS está voltada para o aprimoramento da gestão desse Sistema, visando a
maior eficiência, eficácia e efetividade de suas ações.

a) Errada. A auditoria no SUS é realizada pelo DENASUS, órgão integrante do SNA.


b) Errada. A auditoria também terá como objeto os aspectos que envolvem a execução de
ações e serviços de saúde.
c) Errada. O Processo de Trabalho na Auditoria tem início com a elaboração da Programação
Anual de Atividades, que corresponde à programação interna dos componentes do SNA, a par-
tir das diretrizes definidas pelos gestores em decorrência do Plano de Saúde.
d) Errada. Os sistemas de informações que existem no SUS são de suma importância para o
trabalho das auditorias.
e) Certa. Um dos objetos da auditoria no SUS é a Eficiência, eficácia, efetividade e qualidade da
assistência prestada à saúde.
Letra e.

012. (SSA—HMDCC/IBFC/2015) No âmbito do Sistema Nacional de Auditoria do SUS, o tipo


de auditoria que examina a legalidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
jurisdição, quanto ao aspecto assistencial, contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial é a
auditoria:
a) Operacional.
b) De Gestão.
c) De Conformidade.
d) Especial.

a) Errada. A auditoria operacional, avalia os sistemas de saúde, observados aspectos de efici-


ência, eficácia e efetividade.
b) Errada. Não consta como um tipo de auditoria no âmbito do SNA.
c) Certa. A auditoria de conformidade, examina a legalidade dos atos de gestão dos responsá-
veis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto assistencial, contábil, financeiro, orçamentá-
rio e patrimonial.
d) Errada. Dispensa comentários.
Letra c.

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013. (EBSERH/INSTITUTO AOCP /2015) A fase da Auditoria Analítica ou Pré-Auditoria é de


fundamental importância para o sucesso da auditoria operativa. O relatório analítico deve ser
substanciado e objetivo, de modo que possibilite à equipe, na fase de auditoria operativa, ele-
mentos para o bom desenvolvimento dos trabalhos. Em relação à fase da Auditoria Analítica,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) Tem a finalidade de subsidiar a verificação in loco
b) É um conjunto de procedimentos especializados que consiste na análise de relatórios, pro-
cessos e documentos.
c) É um conjunto de procedimentos especializados que consiste na verificação in loco.
d) Seus resultados subsidiarão o planejamento da auditoria operativa.
e) Nessa fase do processo utilizam-se dados extraídos dos Sistemas de Informações do SUS.

a) Certa. A fase analítica tem por objetivo organizar informações de maneira a facilitar execu-
ção do trabalho de campo.
b) Certa. O produto dessa fase é o relatório analítico, que traz uma síntese da coleta de dados
sobre o objeto da auditoria e indica a natureza, a extensão e a profundidade dos exames.
c) Errada. A verificação IN LOCO estará na fase operativa.
d) Certa. A afirmativa corrobora com a alternativa A.
e) Certa. Uma das fontes de informação nesta fase são os sistemas de informações em saúde.
Letra c.

014. (EBSERH/INSTITUTO AOCP/2015) A auditoria do SUS verifica a execução das ações e


serviços de saúde quanto aos aspectos orçamentário, operacional, patrimonial, além de ana-
lisar a conformidade do gasto, bem como dos processos e resultados. Assinale a alternativa
que corresponde a uma das Diretrizes para a atuação da auditoria do SUS.
a) Capilaridade, centralização e desintegração para garantir atuação em todo o território nacional.
b) Multiplicação de tarefas específicas de cada esfera de gestão do SUS.
c) Desintegração dos órgãos das estruturas gestoras do SUS.
d) Improvisação, monitoramento e avaliação, regulação e vigilância em saúde e outros órgãos
integrantes do sistema de controle interno e externo.
e) Ênfase na mensuração do impacto das ações de saúde, na aplicação dos recursos e na sa-
tisfação do usuário.

a) Errada. A capilaridade constitui uma das diretrizes da auditoria, porém, as demais estão em
desacordo com tais diretrizes.
b) Errada. Uma das diretrizes das auditorias, no tocante à descentralização, prevê divisão e
definição de tarefas específicas de cada esfera de gestão do SUS.

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c) Errada. Uma das diretrizes da auditoria é a integração com outros órgãos das estruturas
gestoras do SUS, como planejamento, monitoramento e avaliação, regulação e vigilância em
saúde e outros órgãos integrantes do sistema de controle interno e externo.
d) Errada. Vide a assertiva C.
e) Certa. Uma das diretrizes da Auditoria é a ênfase na mensuração do impacto das ações de
saúde, na aplicação dos recursos e na satisfação do usuário.
Letra e.

015. (MPOG/ESAF/2012) Sobre o Sistema Nacional de Auditoria (SNA), no âmbito do Sistema


Único de Saúde (SUS), é correto afirmar:
a) é organizado, junto à direção do Sistema Único de Saúde, em cada esfera de governo em
substituição a outros órgãos de controle interno e externo.
b) exerce, no âmbito do SUS, o controle e a execução de ações e serviços de saúde em confor-
midade com padrões estabelecidos na legislação.
c) além de medidas corretivas, as conclusões obtidas com as atividades exercidas pelo SNA
serão consideradas na formulação do planejamento das ações de saúde.
d) sendo um órgão de controle, o SNA possui as mesmas prerrogativas e atribuições dos con-
selhos de saúde.
e) enquanto órgão de controle, o SNA faz parte do organograma da Controladoria Geral da
União (CGU).

a) Errada. Não há substituição de outros órgãos, a auditoria vem justamente trabalhar em com-
plemento com os demais órgãos de controle interno e externo.
b) Errada. Exerce, no âmbito do SUS, o controle e a fiscalização de ações e serviços de saúde
em conformidade com padrões estabelecidos na legislação.
c) Certa. Uma das finalidades da auditoria no SUS é produzir informações para subsidiar o pla-
nejamento das ações que contribuam para o aperfeiçoamento do SUS.
d) Errada. De forma alguma, as atribuições de ambos são distintas e específicas.
e) Errada. O SNA está subordinado ao Ministério da Saúde.
Letra c.

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REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento Na-
cional de Auditoria do SUS. Vamos conversar sobre auditoria do SUS? / Ministério da Saúde,
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento Nacional de Auditoria do SUS.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 20 p.: il. (Série Auditoria do SUS; v. 2)

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Sistema Nacional de


Auditoria. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Auditoria do SUS: orientações básicas /
Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Sistema Nacional de Audi-
toria. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Manual de Normas de Auditoria / Diretora, Deildes de Oliveira Prado et allii. - Brasília: Ministério
da Saúde, 1998

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de


Auditoria do SUS. Auditoria do SUS no contexto do SNA: qualificação do relatório de auditoria
/ Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Audi-
toria do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento Na-


cional de Auditoria do SUS. Princípios, diretrizes e regras da auditoria do SUS no âmbito do Mi-
nistério da Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e
Participativa, Departamento Nacional de Auditoria do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Brasil. Decreto n. 1.651, DE 28 de setembro de 1995. Regulamenta o Sistema Nacional de


Auditoria no âmbito do Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/1995/D1651.htm#art16. Acesso em: 18 out. 2022

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento Na-


cional de Auditoria do SUS. Auditoria nas assistências ambulatorial e hospitalar no SUS: Orien-
tações técnicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Depar-
tamento Nacional de Auditoria do SUS. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

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Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.

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