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EPIDEMIOLOGIA NUTRICIONAL
164 minutos

 Aula 1 - Epidemiologia básica

 Aula 2 - Tipos de estudos epidemiológicos

 Aula 3 - Investigação de doenças com fator causal relacionado à alimentação e nutrição

 Aula 4 - Transição nutricional, epidemiológica e demográfica

 Referências

Aula 1

EPIDEMIOLOGIA BÁSICA
Provavelmente você já ouviu falar de dados epidemiológicos ou recebeu alguma informação
referente à porcentagem de pessoas no território nacional que apresentam determinada doença,
por exemplo.
35 minutos

INTRODUÇÃO
Olá!

Provavelmente você já ouviu falar de dados epidemiológicos ou recebeu alguma informação referente à
porcentagem de pessoas no território nacional que apresentam determinada doença, por exemplo. Esses dados
são resultados dos estudos epidemiológicos, visto que a epidemiologia salva vidas e melhora a saúde global em
longo prazo. Os objetivos da epidemiologia são prevenir e reverter resultados negativos de saúde,
especialmente em comunidades que vivenciam muita pobreza ou instabilidade.

Além disso, existe a epidemiologia nutricional, uma subdisciplina da epidemiologia que fornece dados sobre a
relação entre dieta e doença. Com essas ferramentas, é possível compreender o perfil epidemiológico da
população e traçar metas, desenvolvendo programas de prevenção a fim de melhorar a saúde das pessoas.

Bons estudos!

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INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologia é o estudo de doenças em relação às populações, mas, para compreender melhor a importância
dessa ciência, é preciso conhecer um pouco de sua história.

O médico grego Hipócrates é conhecido como o pai da medicina e foi o primeiro epidemiologista. Ele buscava
uma lógica para a doença (COURA, 2002) e é a primeira pessoa conhecida por ter examinado as relações entre a
ocorrência de doenças e as influências ambientais. Hipócrates acreditava que as doenças do corpo humano
eram causadas por um desequilíbrio dos quatro humores (ar, fogo, água e “átomos” da terra) (CASTRO;
ANDRADE; MULLER, 2006). A cura para a doença consistia em remover ou adicionar o humor em questão para
equilibrar o corpo. Essa crença levou à aplicação da sangria e da dieta na medicina (COURA, 2002).

Outro colaborador inicial da epidemiologia foi John Graunt, cientista inglês que publicou uma análise histórica
dos dados de mortalidade em 1662. Esse documento foi o primeiro a quantificar padrões de nascimento, morte
e ocorrência de doenças, observando disparidades entre homens e mulheres, alta mortalidade infantil,
diferenças urbanas/rurais e variações sazonais (PEREIRA; VEIGA, 2014).

A distinção entre “epidemia” e “endemia” foi traçada pela primeira vez por Hipócrates, para distinguir entre
doenças que “visitam” uma população (epidemia) e aquelas que “residem em” uma população (endêmica). O
termo “epidemiologia” parece ter sido usado pela primeira vez para descrever o estudo de epidemias em 1802,
pelo médico espanhol Joaquín de Villalba, em Epidemiología española (KALRA et al., 2015).

Na verdade, a epidemiologia é frequentemente descrita como a ciência básica da saúde pública — e por boas
razões (FRÉROT et al., 2018). Primeiramente, a epidemiologia é uma disciplina quantitativa que se baseia em um
conhecimento prático de probabilidade, estatística e métodos de pesquisa sólidos. Em segundo lugar, a
epidemiologia é um método de raciocínio causal pautado em desenvolvimento e teste de hipóteses
fundamentadas em campos científicos — como biologia, ciências comportamentais, física e ergonomia — para
explicar comportamentos, estados e eventos relacionados à saúde (LAST, 2001). No entanto, a epidemiologia
não é apenas uma atividade de pesquisa; trata-se de um componente integral da saúde pública que fornece a
base para direcionar ações práticas e apropriadas de saúde pública (FRÉROT et al., 2018).

A pesquisa epidemiológica leva à obtenção de conhecimento que pode ser útil nos esforços para prevenir
doenças. Um exemplo é o estudo das mudanças na frequência das doenças ao longo do tempo (LAST, 2001).
Doenças e causas de mortalidade que afligem a humanidade, com algumas exceções, têm mostrado alterações
dramáticas nas nações industrializadas desde o início da medicina moderna até os dias atuais. Em geral, as
condições crônicas substituíram as doenças infecciosas agudas como as principais causas de morbidade e
mortalidade nas sociedades industrializadas contemporâneas. Os dados de mortalidade lançam luz sobre o
estado geral de saúde das populações, sugerem tendências de longo prazo na saúde e ajudam a identificar
subgrupos da população que correm maior risco de mortalidade do que outros subgrupos (LAURENTI; JORGE;
GOTLIEB, 2004).

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A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO


Cada vez mais, a epidemiologia é a chave para entender o impacto das mudanças climáticas na carga de
doenças por meio dos efeitos de temperatura, umidade e sazonalidade na dinâmica das doenças infecciosas e
na expansão dos vetores (FRÉROT et al., 2018). Juntamente com o aumento da desigualdade e da urbanização, a
mudança climática apresenta novos desafios para os programas globais de saúde; à luz disso, a pesquisa
epidemiológica certamente continuará sendo uma pedra angular na orientação das políticas de saúde pública
(PAZ; MAJEED; CHRISTOPHIDES, 2021).

Então, a epidemiologia é importante, mas é uma ciência? Sim (BRANAS, 2022). Na verdade, a epidemiologia é
uma ciência altamente complexa porque precisa considerar múltiplas variáveis associadas a doenças humanas,
como patógenos, dinâmica social ou de viagens e clima (BIZOUARN, 2016). Isso significa que os resultados
obtidos para uma doença e/ou um surto nem sempre podem ser replicáveis para a mesma doença em outro
ambiente (ALMEIDA-FILHO; COUTINHO, 2007).

De modo geral, a epidemiologia oferece ferramentas poderosas para quantificar o grau em que os fatores de
risco e as intervenções humanitárias afetam a saúde da população em uma crise. Essas ferramentas incluem
pesquisas, vigilância, análise de dados do programa e avaliação rápida (COLOMBO; MORGAN; DREWRY, 2009).
Frequentemente, ferramentas diferentes podem fornecer informações sobre o mesmo resultado de saúde ou
indicador de interesse; no entanto, os tipos de informações podem variar. Por isso, muitas vezes é necessária
uma escolha estratégica sobre qual ferramenta usar (BRANAS, 2022).

Além disso, uma reflexão importante é a reinserção, nos debates contemporâneos, dos saberes perdidos da
saúde pública, adquiridos com os estudos epidemiológicos. Considere, por exemplo, o dilema de como melhor
combater as ameaças à saúde representadas pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, que espalham
o vírus Zika, a febre amarela, a dengue e a chikungunya (WEBB JUNIOR, 2016). Até o momento, o impulso da
comunidade global de pesquisa em saúde tem sido dedicar dinheiro ao desenvolvimento de vacinas — uma
abordagem que pode muito bem parecer a melhor e mais razoável. No entanto, a experiência histórica com
vacinas antivirais tem sido pouco questionada, e o que se sabe sugere algumas lições fortemente cautelosas.
Por exemplo, existe uma vacina altamente eficaz contra a febre amarela desde 1932, mas ela foi administrada
de forma irregular (e, em alguns casos, não foi administrada) a grandes populações de risco. Esse é o pano de
fundo do surto de febre amarela em 2016 em Angola, Uganda e República Democrática do Congo, que se
espalhou pelas vastas populações não imunizadas desses estados africanos (WEBB JUNIOR, 2020).

Com o surgimento da ciência molecular, o controle de vetores perdeu prestígio, a ponto de ser frequentemente
negligenciado nas deliberações sobre o controle de doenças. No entanto, por exemplo, temos nas Américas
cerca de cem anos de controle intermitente de vetores, cujo alvo é o Aedes aegypti; algumas gerações atrás,
essa ameaça de mosquito parecia perto do fim no hemisfério ocidental (WEBB JUNIOR, 2016). Estudos
epidemiológicos históricos podem trazer essas experiências históricas em nossas deliberações contemporâneas
de saúde pública.

APLICABILIDADE DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS


O Brasil dispõe do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que permite a avaliação contínua
da dinâmica epidemiológica em todo o país. Criado na década de 1990, ele registra continuamente casos de
diversas doenças por meio de notificação compulsória pelos estabelecimentos de saúde. Os relatos de casos
vêm principalmente de unidades de saúde públicas, porque o setor de saúde privado parece não cumprir as

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notificações exigidas (COELHO et al., 2016). O Sinan tem gestão centralizada e divulga relatórios anuais com
dados agregados. Tem também uma interface web, onde é possível tabular casos notificados de doenças por
município, mês e covariáveis. Esse sistema de notificação aberta alimentou muitas centenas de estudos
epidemiológicos e contribuiu para o desenvolvimento de uma forte pesquisa epidemiológica brasileira
(MERCHÁN-HAMANN; TAUIL 2021).

No entanto, também existem grandes desvantagens no Sinan; as principais são o ciclo lento de atualização e as
políticas e ferramentas restritivas de acesso a dados. Primeiramente, há um atraso de meses a anos para que os
dados estejam disponíveis para os pesquisadores. Isso se deve à logística, mas também à política de limpeza
dos dados antes da publicação (COELHO et al., 2016). Para análises epidemiológicas em tempo real, é
necessário empregar os dados como eles aparecem, mesmo que sejam corrigidos e atualizados posteriormente
(MERCHÁN-HAMANN; TAUIL, 2021). Em segundo lugar, o Sinan disponibiliza acesso apenas a dados mensais,
uma escala de tempo muito grosseira para a modelagem de doenças. Em geral, vários dos desafios
relacionados à usabilidade do Sinan estão relacionados ao uso de sistemas legados de gerenciamento de banco
de dados e de sistemas de entrada de dados, que fornecem ferramentas insuficientes para evitar erros de
entrada de dados (NOVARETTI, 2017).

O Sinan e outros sistemas de informação em saúde pública também sofrem com problemas de acessibilidade.
Os métodos modernos de epidemiologia matemática e estatística podem consumir grandes volumes de dados e
oferecer informações únicas sobre a dinâmica inicial da transmissão, mas exigem dados legíveis por máquina
(ou seja, pontos finais de dados que podem ser consultados automaticamente por software analítico). Existe
uma oportunidade para o Sinan e outros sistemas nacionais de notificação repensarem sua estrutura e as
políticas de acesso. Se isso não for feito, o Sinan corre o risco de ficar totalmente obsoleto (MELO et al., 2018).

Um bom exemplo de aplicativo com dados de fácil acesso são os sistemas de alerta precoce e previsão para
doenças transmissíveis, como o InfoDengue, que já está em execução no Rio de Janeiro. Ao integrar
adequadamente dados de diferentes fontes, como clima, atividade de mídia social e notificação de doenças,
cada um com seu próprio nível de sensibilidade e especificidade, o InfoDengue reconhece incertezas em cada
uma das fontes individuais e emite alertas e advertências para orientar a ação de saúde pública (CODEÇO et al.,
2016). Políticas de acesso restritivas tornam muito difícil a execução de sistemas de previsão em curto prazo
(NOVARETTI, 2017). A necessidade de permissões específicas e interferência humana para acessar os dados
impõem limitações a tais iniciativas (MELO et al., 2018). Preocupações infundadas sobre confidencialidade e
possíveis efeitos nocivos da transparência de dados estão entre as principais barreiras ao compartilhamento de
dados, mas podem ser gerenciadas adequadamente por técnicas bem estabelecidas, como algum nível de
agregação (COELHO et al., 2016).

VÍDEO RESUMO
Você já conhece a origem e a importância dos estudos epidemiológicos? Quais são os pontos relevantes em
uma pesquisa epidemiológica? A epidemiologia auxilia na compreensão do estado saúde-doença de
determinada população, contribuindo assim para as estratégias traçadas para melhorar tal quadro.

Vamos nos aprofundar nestes assuntos: conceitos básicos da epidemiologia, histórico da epidemiologia e
aplicação e uso da epidemiologia.

 Saiba mais
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A epidemiologia é uma ferramenta importante para obter dados sobre a relação entre saúde e doença em
uma população e traçar planos de promoção de saúde e prevenção de doenças. Acesse este link e saiba
mais sobre o tema.

Aula 2

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS


Você já aprendeu sobre os conceitos básicos de epidemiologia, sua aplicabilidade na saúde
pública e como é importante ter acesso aos dados epidemiológicos para trabalhar, de forma mais
eficaz, os métodos de promoção da saúde e prevenção de doenças.
36 minutos

INTRODUÇÃO
Olá!

Você já aprendeu sobre os conceitos básicos de epidemiologia, sua aplicabilidade na saúde pública e como é
importante ter acesso aos dados epidemiológicos para trabalhar, de forma mais eficaz, os métodos de
promoção da saúde e prevenção de doenças. Em resumo, a epidemiologia é o estudo (científico, sistemático e
pautado em dados) de distribuição e determinantes (causas, fatores de risco) de estados e eventos relacionados
à saúde (não apenas doenças) em populações específicas (vizinhança).

Além disso, é necessário compreender os diferentes tipos de estudos aplicados na epidemiologia, bem como
suas particularidades, analisadas pelo epidemiologista para escolher o melhor método para cada pesquisa.

Bons estudos!

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
A epidemiologia descritiva pode identificar padrões entre os casos e nas populações por tempo, local e pessoa.
A partir dessas observações, os epidemiologistas desenvolvem hipóteses sobre as causas de tais padrões e os
fatores que aumentam o risco de doenças (FONTAINE, 2018).

Em um estudo observacional, o epidemiologista investiga a exposição e o estado da doença de cada


participante do estudo (MUNNANGI; BOKTOR, 2022). Veja a seguir os tipos mais comuns de estudos
observacionais.

Os estudos ecológicos se concentram em grupos, e não em indivíduos. A exposição e os fatores de risco são
conhecidos apenas no nível do grupo. Um exemplo seria a correlação entre as concentrações médias de
poluição do ar em diferentes cidades do Noroeste e doenças pulmonares crônicas nessas mesmas cidades.
Estudos ecológicos podem ser usados para gerar ou testar hipóteses de uma associação entre exposição e
doença (LU, 2009).

Já os estudos de coorte avaliam um conjunto de pessoas que têm em comum um evento que se deu no mesmo
período (GAD, 2014). O epidemiologista registra se cada participante do estudo está exposto ou não e, em
seguida, rastreia os participantes para ver se eles desenvolvem a doença de interesse (MUNNANGI; BOKTOR
2022). Após um período, o investigador compara a taxa de doença no grupo exposto com a taxa de doença no
grupo não exposto. Se a taxa de doença for substancialmente diferente no grupo exposto em comparação com
a do grupo não exposto, diz-se que a exposição está associada à doença (MANN, 2003).
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Em estudos de caso controle, os investigadores começam inscrevendo um grupo de pessoas com a doença (LU,
2009). Como grupo de comparação, é inscrito também um grupo de pessoas sem a doença (controle). A partir
disso, são comparadas as exposições anteriores entre os dois grupos (MANN, 2003); o de controle fornece uma
estimativa da linha de base ou quantidade esperada de exposição nessa população (ETMINAN, 2004).

Por sua vez, estudos transversais tendem a avaliar a presença (prevalência) do desfecho de saúde naquele
momento sem levar em conta a duração. Uma amostra de pessoas de uma população é incluída, e suas
exposições e seus resultados de saúde são medidos simultaneamente (LU, 2009).

Em estudos experimentais, o investigador determina, por meio de um processo controlado, a exposição de cada
indivíduo (ensaio clínico) ou comunidade (ensaio comunitário) e, em seguida, rastreia os indivíduos ou
comunidades ao longo do tempo para detectar os efeitos da exposição (MANCUSO et al., 2013). Em estudos
com intervenção clínica, a seleção dos pacientes pode ser de forma randomizada, ou seja, eles são alocados
aleatoriamente nos grupos e recebem tratamentos diferentes (SIL et al., 2019). Já em ensaios comunitários, o
grupo de estudo é toda a comunidade, e não indivíduos. Conceitualmente, a diferença é se a intervenção é ou
não implementada de modo separado para cada indivíduo. Se apenas duas comunidades estiverem envolvidas
em um estudo, uma das quais receberá a intervenção e a outra não, a designação aleatória da comunidade que
recebe a intervenção não é necessária; as diferenças nas características da linha de base serão as mesmas
independentemente do método de atribuição   — somente a direção das diferenças será afetada (HANNAN et
al., 1994).

Por fim, a metanálise é um processo de pesquisa usado para sistematicamente sintetizar ou mesclar as
descobertas de estudos únicos e independentes, empregando métodos estatísticos para calcular um efeito
geral ou “absoluto”. Dessa forma, permite examinar o impacto de certas características dos estudos clínicos
sobre o efeito observado e obter evidências empíricas para associações hipotéticas (GAD, 2014).

APROFUNDANDO-SE NOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS


Nos ensaios comunitários, as intervenções são atribuídas a todos os membros em cada uma das várias
comunidades (HANNAN et al., 1994). Por exemplo, para estudar a eficácia da adição de flúor ao abastecimento
de água da comunidade visando prevenir a cárie dentária, duas cidades no estado de Nova York foram
estudadas no ensaio de fluoretação da água. Em uma delas, o flúor foi adicionado ao abastecimento de água;
por outro lado, nada foi feito na outra cidade. Os residentes de ambas as localidades fizeram exames dentários
durante um período de vários anos para medir o efeito da intervenção (HANNAN; ESPINOZA, 2021).

Na pesquisa experimental, os sujeitos são designados aleatoriamente para um grupo de tratamento ou controle
(MANCUSO et al., 2013). Quando o resultado é influenciado por outros aspectos do tratamento de um paciente,
bem como pelos tratamentos em comparação, pode ser desejável que os responsáveis sejam “cegos” sobre
essa distinção. Nesse caso, cegar significa reter a informação sobre a qual grupo cada participante pertence. Os
estudos podem usar cegamento simples, duplo ou triplo (SIL et al., 2019).

O simples-cego ocorre em muitos tipos de estudos, mas o duplo e o triplo são usados principalmente em
pesquisas médicas. Um estudo duplo-cego retém, tanto do participante quanto do pesquisador que realiza o
experimento, a designação de grupo de cada sujeito. Se os participantes souberem essa informação, existe o
risco de que possam mudar seu comportamento e impactar os resultados (THOMAS, 2020). Por outro lado, se
os pesquisadores souberem a qual grupo cada participante foi designado, podem agir de forma a revelar a
informação ou influenciar diretamente os resultados. Isso também pode levar a vieses, especialmente o do
observador. O duplo-cego protege contra esses riscos, garantindo que qualquer diferença entre os grupos
possa ser atribuída ao tratamento (BHANDARI, 2021).
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Por exemplo, em um estudo de vacina simples-cego, apenas os pacientes não sabem se estão recebendo
placebo ou fármaco (Figura 1). Imagine que tenha sido desenvolvida uma nova vacina contra a gripe. Para testar
a eficácia desse novo tratamento, é realizado um experimento, dando à metade dos participantes a vacina
contra a gripe e, à outra metade, uma vacina falsa que não terá efeito (para controlar o efeito placebo). Se os
participantes do grupo de controle perceberem que receberam uma vacina falsa e não estão protegidos contra
a gripe, podem modificar seu comportamento de forma a diminuir suas chances de adoecer — lavando as mãos
com frequência, evitando áreas lotadas etc. —, estreitando a lacuna nas taxas de doença entre o grupo de
controle e o grupo de tratamento, o que faz com que a vacina pareça menos eficaz do que realmente é
(ROCKMAN et al., 2020). Para evitar tal resultado alterado, em um estudo simples-cego, o pesquisador esconde
dos participantes a informação referente a qual composto (real ou falso) cada um deles recebeu (THOMAS,
2020).

Figura 1 | Estudo simples-cego

Fonte: elaborada pela autora.

Na metanálise, são usados métodos sistemáticos bem reconhecidos para explicar as diferenças em tamanho da
amostra, variabilidade na abordagem do estudo e descobertas (efeitos do tratamento) e testar a sensibilidade
de seus resultados em relação ao próprio protocolo de revisão sistemática (seleção do estudo e análise
estatística) (GAD, 2014). Ao realizar uma metanálise, um investigador deve fazer escolhas que podem afetar os
resultados, incluindo decidir como pesquisar estudos, selecioná-los com base em um conjunto de critérios
objetivos, lidar com dados incompletos, analisar os dados e contabilizar ou escolher não levar em conta o viés
de publicação. Isso torna a metanálise maleável no sentido de que essas escolhas metodológicas feitas na
conclusão não são determinadas, mas podem afetar os resultados (DEEKS; HIGGINS; ALTMAN, 2022).

INFORMAÇÕES SOBRE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS OBSERVACIONAIS


Um estudo de coorte, um dos tipos de estudo observacional existentes, rastreia dois ou mais grupos desde a
exposição até o resultado. Pode ser feito avançando no tempo desde o presente (estudo de coorte prospectivo)
ou voltando no tempo para identificar as coortes e acompanhá-las até o presente (estudo de coorte
retrospectivo) (GRIMES; SCHULZ, 2002). Em projetos prospectivos e retrospectivos, um estudo de coorte se
move na mesma direção, embora a coleta de dados, não. A exposição de interesse é medida no início do
estudo, e os dois grupos são definidos com base na exposição ou no nível de exposição a um fator específico
(BELBASIS; BELLOU, 2018). 

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Estudos de coorte prospectivos constituem o tipo mais confiável de estudos observacionais e apresentam
muitas vantagens. A sequência temporal entre a causa putativa e o resultado geralmente é clara, uma vez que
os expostos e não expostos podem frequentemente ser vistos como livres do resultado no início do estudo
(GRIMES; SCHULZ, 2002). Além disso, estudos de coorte são úteis na investigação de múltiplos desfechos que
podem surgir após uma única exposição (GRIMES; SCHULZ, 2002). Por exemplo, um estudo de coorte pode ser
projetado para avaliar a associação entre o peso ao nascer e múltiplos resultados ou características de saúde.
No entanto, nesse caso, viés de publicação e viés de relatório são observados com frequência quando os
pesquisadores publicam ou relatam apenas os resultados estatisticamente significativos (IOANNIDIS et al.,
2014).

Um estudo de caso controle é um estudo epidemiológico observacional de pessoas com a doença de interesse e
um grupo de controle adequado de pessoas sem a doença (PORTA, 2014). Esses tipos de estudos não podem
indicar as taxas de incidência, mas fornecem uma razão de chances, derivada da proporção de indivíduos
expostos em cada um dos grupos (BELBASIS; BELLOU, 2018). 

Os estudos de caso controle são considerados um desenho de estudo eficiente em termos de tempo, dinheiro e
esforço. Especificamente, são apropriados para investigar doenças com baixa taxa de incidência e aquelas que
apresentam um longo período de latência, como o câncer (SCHULZ; GRIMES, 2002). No entanto, os estudos de
caso controle também apresentam algumas desvantagens e, nesses casos, os estudos de coorte são
considerados um desenho mais adequado. Se a frequência de exposição for baixa, os estudos de caso controle
rapidamente se tornam ineficientes, porque os pesquisadores teriam que examinar muitos casos e controles
para encontrar um que tivesse sido exposto (BELBASIS; BELLOU, 2018). 

O termo “viés de seleção” é usado para descrever “o viés na associação estimada ou efeito de uma exposição
em um resultado que surge dos procedimentos usados para selecionar indivíduos para o estudo ou análise”
(PORTA, 2014, [s. p.], tradução nossa). Os investigadores podem reduzir o viés de seleção minimizando o
julgamento no processo de seleção, que deve ser definido e descrito em detalhes tanto para o grupo de caso
quanto para o de controle (SCHULZ; GRIMES, 2002). Durante o processo de seleção, os investigadores devem se
concentrar em casos incidentes em vez de casos prevalentes, visto que os padrões de diagnóstico mudam ao
longo do tempo, e isso pode afetar a consistência do diagnóstico entre casos incidentes e prevalentes
(BELBASIS; BELLOU, 2018).

VÍDEO RESUMO
Você já conhece os tipos de estudos epidemiológicos e as características de cada um deles? Para melhor
compreender a epidemiologia, é importante se aprofundar nos métodos utilizados nas pesquisas de dados
epidemiológicos em determinada população.

Vamos nos aprofundar nos conceitos de estudos observacionais (transversal, coorte, ecológico e caso controle);
estudos experimentais (ensaio clínico randomizado e ensaio comunitário); e metanálise.

 Saiba mais
Os diferentes estudos epidemiológicos auxiliam a identificar a etiologia (ou causa), a extensão e a
progressão da doença, além de contribuírem para a avaliação de medidas preventivas e terapêuticas.
Acesse este link e saiba mais sobre o tema.

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Aula 3

INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS COM FATOR CAUSAL


RELACIONADO À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Nas aulas anteriores, estudamos a importância dos estudos epidemiológicos em determinada
população, mas qual é a aplicabilidade desses estudos ao avaliar doenças relacionadas à
nutrição?
35 minutos

INTRODUÇÃO
Olá!

Nas aulas anteriores, estudamos a importância dos estudos epidemiológicos em determinada população, mas
qual é a aplicabilidade desses estudos ao avaliar doenças relacionadas à nutrição?

Por exemplo, nas últimas décadas, a população brasileira passou a consumir mais alimentos ultraprocessados
(em geral, altamente calóricos e pobres em nutrientes) e menos alimentos in natura. Esses dados ajudam a
nortear a implementação de medidas que minimizem os problemas relatados.

Bons estudos!

EPIDEMIOLOGIA E DOENÇAS RELACIONADAS À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO


As doenças transmitidas por alimentos (DTAs) são consideradas um importante e crescente problema de saúde
pública e representam uma causa significativa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. DTAs são o
resultado da ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas, principalmente por uma variedade de bactérias
ou suas toxinas, vírus e parasitas (FINGER et al., 2019).

No Brasil, os surtos de DTAs começaram a ser notificados às autoridades de saúde em 2000, por meio do
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos (VE-DTA), sob a
responsabilidade do Ministério da Saúde (DRAEGER et al., 2018). Os órgãos de vigilância epidemiológica de cada
região/cidade do país são responsáveis pela investigação de eventuais surtos de DTAs e pela inclusão de
informações relevantes no VE-DTA, incluindo morbidade, mortalidade e letalidade, formas de transmissão e
contaminação, período de incubação, suscetibilidade e resistência dos indivíduos.

Embora existam vários sistemas de vigilância de DTAs nos níveis municipal, estadual e federal em muitos países,
estima-se que apenas uma fração dos surtos de DTAs seja notificada às autoridades competentes, visto que
uma pequena proporção de indivíduos acometidos procura assistência médica (NSOESIE; KLUBERG;
BROWNSTEIN, 2014; WELKER et al., 2010). Consequentemente, a falta de dados dificulta a avaliação da real
dimensão do problema e o desenvolvimento de estratégias de controle.

Apesar dessa escassez de informações, muitos estudos apontam para um aumento no número de casos em
todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos casos de DTAs poderiam ser
evitados se medidas preventivas fossem tomadas em toda a cadeia produtiva de alimentos, exigindo esforço
dos governos, da indústria alimentícia e dos consumidores (AUNG; CHANG, 2014).

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A obtenção de uma boa nutrição depende e abrange toda a oferta alimentar, sendo vital não apenas para o
crescimento e o desenvolvimento de humanos e animais, mas também para a prevenção e o tratamento de
doenças (OHLHORST et al., 2013). Assim, pesquisas inovadoras e educação nutricional fornecem a base para
solucionar questões mais amplas relacionadas à saúde, permitindo que os indivíduos desfrutem de vidas mais
saudáveis e produtivas (OHLHORST et al., 2013).

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) visa mapear o padrão de consumo — e, portanto, os gastos da
população brasileira — e é utilizada por pesquisadores como fonte de dados para identificar o padrão de
consumo alimentar dos brasileiros, que vem passando por mudanças ao longo do tempo (FISBERG et al., 2019).

O campo da pesquisa qualitativa em saúde é uma parte vital dos processos de tomada de decisão que
direcionam o desenvolvimento de políticas e práticas de saúde (ROLFE et al., 2018). As questões passíveis de
pesquisa qualitativa são numerosas e diversas (OHLHORST et al., 2013). Os exemplos incluem: “Por que alguns
pacientes com doença renal falham em aderir a uma dieta com baixo teor de potássio?” ou “Como as mães de
baixa renda se sentem em relação à compra de alimentos de marcas econômicas?”.

Também é importante reconhecer que a pesquisa qualitativa em nutrição e dietética não se limita apenas ao
comportamento alimentar. Da mesma forma, pode ser usada para investigar como e por que os profissionais
de saúde se comportam de determinadas maneiras na prática; por exemplo, “Como os nutricionistas lidam com
clientes agressivos durante as consultas?” ou “Por que os enfermeiros não alimentam pacientes internados que
não conseguem se alimentar sozinhos?” (SWIFT; TISCHLER, 2010).

APROFUNDANDO-SE NA INVESTIGAÇÃO NUTRICIONAL


As doenças transmitidas por alimentos são tipicamente causadas pela ingestão de alimentos contaminados com
microrganismos ou suas toxinas, resultando em distúrbios gastrointestinais e, em alguns casos graves,
hospitalização e morte. No Brasil, as doenças transmitidas por alimentos são causadas principalmente por
Salmonella, Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Os principais fatores que provocam surtos são exposição
de alimentos a temperaturas inadequadas, preparação inadequada de alimentos e contaminação de matéria-
prima ou água usada para preparar alimentos (RITTER; TONDO, 2014).

 No Brasil, a segurança alimentar é uma responsabilidade compartilhada em todos os níveis de governo. Os
órgãos responsáveis pelo controle alimentar são o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o
Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (GOMES; FRANCO; DE
MARTINIS, 2013). Além disso, os laboratórios públicos são responsáveis por realizar análises de alimentos
disponíveis para consumo em programas de vigilância sanitária de rotina e de itens suspeitos de envolvimento
em surtos de doenças transmitidas por alimentos. Todas essas informações coletadas por essas organizações
podem ser usadas por autoridades de saúde e profissionais da indústria de alimentos para direcionar esforços
de prevenção contra patógenos e alimentos que podem causar surtos (NUNES; MOTA; CALDAS, 2013). Nesse
cenário, para se obter dados epidemiológicos, é preciso aplicar um estudo adequado escolhendo métodos
quantitativos e/ou qualitativos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2018, um total de 13.163 surtos de DTAs foram notificados
à Secretaria de Vigilância em Saúde, que estima que 2.429.220 indivíduos foram expostos, resultando em
247.570 doentes e 195 óbitos. A maior incidência foi registrada nas regiões Sudeste e Sul do país,
correspondendo a 70,4% dos casos notificados. A região Nordeste foi responsável por 18,2% dos casos, seguida
pelas regiões Centro-Oeste (6,1%) e Norte (5,3%). A maioria desses surtos de DTAs foi confirmada após
investigação com base em inquéritos epidemiológicos (22,7%), análises clínicas (13,2%), análises bromatológicas
(10,1%) e análises epidemiológica-clínica-bromatológicas (8,8%) (FINGER et al., 2019).
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Abordagens qualitativas estão se tornando mais comuns na pesquisa em saúde e dependem de análises
conceituais, e não numéricas. A pesquisa qualitativa é usada para discernir processos sociais complexos,
entender como determinado fenômeno é percebido pelos pacientes do estudo e descobrir crenças, valores ou
motivações subjacentes a seu comportamento (ANDERSON, 2010). Os métodos se expandiram nas últimas duas
décadas para incluir etnografia, teoria fundamentada, estudos de caso, pesquisa fenomenológica, pesquisa
narrativa, pesquisa-ação participativa e análise do discurso. Esses métodos podem ser empregados quando
existe pouco conhecimento sobre determinada área de pesquisa e podem gerar hipóteses para futuras
pesquisas quantitativas (CURRY; NEMBHARD; BRADLEY, 2009). Em situações para as quais os dados
quantitativos sozinhos não serão suficientes, a adição de abordagens qualitativas pode ser útil; a combinação é
chamada de abordagem de “métodos mistos” (SAFDAR et al., 2016).

PRINCIPAIS NECESSIDADES DE PESQUISA EM NUTRIÇÃO


Sabe-se que a pesquisa é necessária para entender melhor o papel da dieta e dos componentes individuais dos
alimentos no crescimento e no desenvolvimento normais. Isso inclui o papel das dietas pré-concepcionais dos
pais, a dieta materna durante a gravidez e os eventos nutricionais iniciais. Além disso, a nutrição tem um
impacto direto na fertilidade materna e paterna e na capacidade de conceber, assim como desempenha um
papel fundamental na prevenção de doenças relacionadas aos órgãos reprodutivos, incluindo câncer de
próstata e ovário (OHLHORST et al., 2013).

No Brasil, por exemplo, a concentração média de selênio (Se) na castanha-do-pará varia de 2,07 mg kg−1 (Mato
Grosso) a 68,15 mg kg−1 (Amazonas); dependendo de sua origem, uma única castanha-do-pará pode fornecer de
11% (Mato Grosso) a 288% (Amazonas) da necessidade diária de um homem adulto (SILVA JUNIOR et al., 2017).
Os alimentos também podem conter pesticidas, micotoxinas, aditivos alimentares, metais pesados e
contaminantes ambientais que raramente são medidos ou levados em consideração ao avaliar a dieta (CALDAS;
JARDIM, 2012). Além disso, devido ao processamento dos alimentos, a biodisponibilidade dos nutrientes pode
aumentar ou diminuir dependendo do processo e do próprio alimento (VERHOOG; MARQUES-VIDAL; FRANCO,
2019).

Em uma pesquisa qualitativa voltada à nutrição, é importante atentar para alguns aspectos (TUCKER et al.,
2013).

1. Compreender a variabilidade nas respostas individuais à dieta e aos alimentos, entendendo melhor a
variabilidade nas respostas metabólicas à dieta e aos alimentos. Essas pesquisas ajudam a explicar respostas
semelhantes ou diferentes à dieta e componentes alimentares por subpopulações, influenciadas por diferenças
genéticas, epigenéticas e étnicas e/ou raciais.

2. Compreender o impacto da nutrição no crescimento, no desenvolvimento e na reprodução saudáveis. Sabe-


se que a pesquisa é necessária para entender melhor o papel da dieta e dos componentes individuais dos
alimentos no crescimento e no desenvolvimento normais. Isso inclui o papel das dietas pré-concepcionais dos
pais, a dieta materna durante a gravidez e os eventos nutricionais iniciais.

3. Compreender o papel da nutrição na manutenção da saúde: a manutenção da saúde inclui a prevenção e o


tratamento de doenças não transmissíveis, bem como o controle do peso. São necessárias pesquisas para
definir mais detalhadamente as necessidades de nutrientes que melhor apoiem a manutenção da saúde em
todas as populações e seus subgrupos, desde a infância até a vida adulta.

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4. Compreender o papel da nutrição na gestão médica: a tradução rápida dos avanços da pesquisa nutricional
em práticas e políticas com base em evidências é uma prioridade para garantir o atendimento ideal ao paciente
e o gerenciamento eficaz da doença.

5. Compreender os comportamentos relacionados à nutrição: compreender a ligação entre comportamento e


escolhas alimentares pode ajudar a combater a obesidade e outras questões relacionadas à nutrição que são
prioridades em saúde pública.

VÍDEO RESUMO
Você conhece a relação existente entre epidemiologia e nutrição? Qual é a importância desses estudos na
prevenção e no tratamento de doenças?

Vamos nos aprofundar nestes conceitos: meios de investigação em surtos de doenças; bases da investigação
em doenças nutricionais; métodos qualitativos de dados: análise aplicada à investigação.

 Saiba mais
A epidemiologia nutricional é o estudo de como os alimentos que ingerimos estão envolvidos na etiologia
da doença. Isso inclui avaliar como padrões dietéticos, componentes, nutrientes e contaminantes
associam-se causalmente e não causalmente com resultados de saúde ou marcadores de doenças. Acesse
os artigos a seguir e saiba mais sobre o tema:

Estado nutricional de menores de 5 anos de idade no Brasil: evidências da polarização epidemiológica


nutricional.

Aula 4

TRANSIÇÃO NUTRICIONAL, EPIDEMIOLÓGICA E


DEMOGRÁFICA
Vimos que, ao longo do tempo, em virtude do avanço da tecnologia ou do crescimento industrial,
as pessoas mudaram hábitos alimentares, meios ocupacionais, formas de lazer, costumes etc.
38 minutos

INTRODUÇÃO
Olá!

Vimos que, ao longo do tempo, em virtude do avanço da tecnologia ou do crescimento industrial, as pessoas
mudaram hábitos alimentares, meios ocupacionais, formas de lazer, costumes etc. Essas modificações
impactam o perfil saúde-doença, trazendo transições demográficas e epidemiológicas.

Conceitualmente, a teoria da transição epidemiológica enfoca a alteração complexa nos padrões de saúde e
doença e as interações entre esses padrões e seus determinantes, bem como as consequências demográficas,
econômicas e sociológicas. Por exemplo, a expectativa de vida do brasileiro aumentou nas últimas décadas: 77
anos em 2021, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Bons estudos!
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TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, DEMOGRÁFICA E NUTRICIONAL DA


POPULAÇÃO
O termo “transição demográfica” refere-se à mudança nas taxas vitais dentro de grupos populacionais (local,
regional e nacional): de um padrão de altas taxas de natalidade (fertilidade) e mortalidade (mortalidade) para
um padrão de baixas taxas (MCCRACKEN; PHILLIPS, 2017). Já a transição epidemiológica influencia o declínio da
mortalidade nessa transição: mudança de um regime de causa de morte dominado por doenças infecciosas
para outro com prevalência de doenças crônicas degenerativas ou não transmissíveis (MCCRACKEN; PHILLIPS,
2009).

Por sua vez, a transição nutricional é uma modificação na dieta, comumente observada quando países ou
regiões de baixa e média renda passam de uma dieta tradicional rica em nutrientes para uma dieta ocidental.
Mudanças econômicas, demográficas e de saúde são algumas das principais causas da transição nutricional.
Dessa forma, a globalização fomenta a importação de itens processados de outros países e a comercialização
da indústria alimentícia. Além disso, as regiões se tornam mais urbanizadas, o que aumenta a adoção de
tendências culturais ocidentais, preços de alimentos e empregos sedentários (JOHNSTON, 2019).

Uma importante consequência da transição demográfica e epidemiológica é a mudança da estrutura etária da


população, passando de uma dominância numérica de jovens para idosos, ou seja, uma transição envelhecida
(MCCRACKEN; PHILLIPS, 2017). Várias outras transições estão, por sua vez, associadas a essas mudanças, tanto
nas interações de causa quanto nas de efeito; por exemplo, nutrição, mobilidade, urbanização, tecnologia e
desenvolvimento social e econômico (MCCRACKEN; PHILLIPS, 2017). Essas modificações trazem consequências
para o perfil saúde-doença da população; até meados do século XX, por exemplo, as doenças infecciosas eram
as principais responsáveis por morte e incapacidade nos Estados Unidos (YOSHIKAWA, 2000).

A descoberta da teoria do microrganismo causador de doenças trouxe avanços médicos como saneamento,
medidas de saúde pública, antissepsia, antibióticos e vacinação, que contribuíram substancialmente para a
redução de mortes e morbidade de doenças infecciosas nos países industrializados na segunda metade do
século XX (AMUNA; ZOTOR, 2008).

Atualmente, as três principais causas de morte para a população em geral são doenças cardíacas, cânceres e
derrames; isso também vale para a população idosa. No entanto, entre os idosos, pneumonia e influenza são a
quarta causa mais comum de morte; diabetes mellitus e suas complicações, incluindo infecções, são a sexta; e
complicações de bacteremia ocupam a nona posição dessa lista (ADOGU et al., 2015).

Sabe-se que a alimentação influencia as condições de saúde de uma população, por isso é importante estudar a
epidemiologia nutricional, que examina fatores dietéticos e nutricionais em relação à ocorrência de doenças em
nível populacional. Por exemplo, grande parte da população apresenta síndrome metabólica (SM), caracterizada
por um agrupamento de fatores de risco inter-relacionados, incluindo obesidade abdominal, hiperglicemia,
hipertensão e dislipidemia (ALBERTI; ZIMMET; SHAW, 2005).

A prevalência da SM tem crescido em todo o mundo; estima-se que aproximadamente 20% a 25% da população
mundial têm SM (ALBERTI; ZIMMET; SHAW, 2005). Nos países em desenvolvimento, especialmente na América
do Sul, as rápidas transições socioeconômicas e demográficas promoveram grandes aumentos em taxas de
obesidade, estilos de vida sedentários, bem como profundas mudanças nos padrões alimentares (ABALLAY et
al., 2013). Estudos realizados em países latino-americanos mostraram uma elevada prevalência de SM, variando
de 12,3% a 42,7%. No Brasil, de acordo com uma revisão sistemática de 2013, a média ponderada de
prevalência de SM era de 29,6% (intervalo: 14,9% e 65,3%).

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TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL


Em 1960, Notestein descreveu, em Mortality, fertility, the size-age distribution, and the growth rate, que o
crescimento populacional e a composição etária são variáveis que servem para entender os demais
componentes da dinâmica demográfica. Ele observou que as taxas de natalidade poderiam ser entendidas
como o aumento do tamanho da população e do número de crianças na população, enquanto a taxa de
mortalidade poderia ocorrer em qualquer faixa etária, mas poderia estar mais associada a certos riscos
característicos de determinadas idades (em crianças, adolescentes e idades posteriores, por exemplo) (MELLO;
DE PAULA, 2020). Por questões biológicas, as mulheres tinham períodos de fertilidade e fecundidade — em
teoria e em média — definidos para a faixa entre 15 e 50 anos de idade e raramente tinham filhos fora desses
limites. Diante de tais considerações, Notestein acreditava que a taxa de natalidade diminuiria, principalmente
em virtude do avanço da urbanização e da industrialização, bem como do papel da educação, introduzindo
fatores socioeconômicos e, de certa forma, também culturais. Essas definições apresentadas foram essenciais
para que a versão contemporânea da teoria da transição demográfica se expandisse e complexificasse
(MONTGOMERY, 2000).

Conforme afirmado por Notestein, o Brasil vem experimentando uma rápida queda nos níveis de fecundidade
desde a década de 1960. Enquanto em 1960 cada mulher tinha cerca de 6,3 filhos, esse número caiu para
aproximadamente 1,8 filho em 2020 e cairá para 1,7 em 2060. A taxa bruta de natalidade, definida como o
número de nascidos vivos por mil habitantes, também diminuiu significativamente após a década de 1960: de
44 nascimentos para 14 nascimentos por mil, em 2020 (TRAVASSOS; COELHO; ARENDS-KUENNING, 2020).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019), os cerca de 210 milhões de habitantes que
viviam no Brasil em 2019 são resultado de uma história populacional marcada pelo crescimento econômico
desigual e pelos consequentes desequilíbrios regionais.

Ainda de acordo com o IBGE (2009), no final da década de 1960 e cada vez mais ao longo da década de 1970, a
sociedade brasileira foi transformada por fortes movimentos migratórios do campo para a cidade, levando a
uma intensificação da urbanização. Dessa forma, é possível afirmar que estudo do envelhecimento populacional
tem suscitado importantes debates sobre causas da pobreza na população idosa, demanda agregada de
consumo e possíveis políticas para reduzir as desigualdades decorrentes da transição demográfica (TRAVASSOS;
COELHO; ARENDS-KUENNING, 2020).

Compreender a situação atual do Brasil é fundamental para projetar políticas econômicas para o futuro. As
circunstâncias sociais e econômicas enfrentadas pelo envelhecimento da população — como aposentadoria
tardia, melhoria da saúde e capacidade funcional e políticas públicas e privadas que influenciam o bem-estar
individual — seguem em estado de contínua evolução e transição (MELLO; DE PAULA, 2020).

A epidemiologia nutricional examina fatores dietéticos ou nutricionais em relação à ocorrência de doenças nas
populações. Dessa forma, os achados geralmente contribuem para as evidências usadas nas recomendações
dietéticas para a prevenção do câncer e de outras doenças (MCCULLOUGH; GIOVANNUCCI, 2006).

TRANSIÇÃO NUTRICIONAL E SAÚDE PÚBLICA


Nas últimas três a quatro décadas, muitos países e regiões mudaram drasticamente para o estágio de transição
nutricional definido por alto consumo de alimentos ultraprocessados (UPFs) e reduções significativas na
atividade física (ABARCA-GÓMEZ et al., 2017). Acompanhando esse estágio está o rápido aumento na

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prevalência de sobrepeso/obesidade e de outras doenças não transmissíveis (DNTs) relacionadas à nutrição,


como diabetes, hipertensão, outros aspectos da doença coronariana e cânceres. No Brasil, essas doenças são as
principais causas de mortalidade (MARINHO et al., 2018).

As mudanças econômicas e demográficas relacionadas produziram elevação de renda, urbanização, mídia de


massa e marketing, avanços tecnológicos e comércio global de bens de serviços e tecnologia. Além disso, na
última década, adquirimos uma compreensão das políticas em nível nacional que podem retardar
significativamente as alterações na dieta que influenciam o aumento das DNTs (POPKIN; NG, 2021).

No Brasil, dados de pesquisas regionais e nacionais sugerem que as tendências nutricionais estão alinhadas
com as tendências globais (ABARCA-GÓMEZ et al., 2017). Em 2014, o Brasil foi classificado como o terceiro país
com o maior número absoluto de homens obesos (11,9 milhões). Entre as mulheres, observou-se um intervalo
de tendência plana para obesidade de 1989 a 2003, logo revertida para uma tendência crescente no período de
2003 a 2009 (GOMES et al., 2019). Uma queda de 5% no Índice de Massa Corpórea (IMC) médio da população
poderia economizar US$ 273 bilhões em 40 anos no Brasil (RTVELADZE et al., 2013).

A deficiência de ingestão de energia resultante da desnutrição está associada à pobreza e afeta principalmente
crianças. A desnutrição era um fardo grave para os brasileiros, mas hoje não é um problema de saúde pública
em comparação com a obesidade (COUTINHO; GENTIL; TORAL, 2008).

No contexto histórico, o Brasil passou por importantes mudanças estruturais e econômicas nos últimos 50
anos. Após 21 anos de ditadura militar, em 1988 uma Assembleia Constituinte editou uma nova Constituição
que estabelece a saúde como um “direito de todos” e um “dever do Estado”, levando a reformas da saúde para
criar o Sistema Único de Saúde (SUS) (PAIM et al., 2011).

Os programas nacionais de imunização fornecem vacinas a todos os cidadãos desde 1973, e desde 1994 a
Estratégia Saúde da Família (ESF) reorganizou os serviços básicos de saúde para garantir o acesso universal,
melhorar a educação em saúde e aumentar a promoção da saúde. Essas reformas ocorreram em um contexto
nacional cada vez mais urbano e globalizado, que mudou as estruturas sociais e afetou ainda mais os padrões
de doença (PAIM, 2013). As melhorias nos resultados de saúde decorrentes de doenças transmissíveis foram um
resultado notável das reformas, enquanto a carga crescente de DNTs apresenta um novo desafio (NAGHAVI et
al., 2017). Industrialização, urbanização, crescimento econômico, mudanças na desigualdade de renda e
introdução de programas de saúde nacionais e comunitários estão entre os fatores que estimularam declínios
na mortalidade e na fertilidade no Brasil (PAIM, 2013; PAIM et al., 2011). A subsequente expansão da população
idosa e a diminuição da população na força de trabalho exigem novas políticas de saúde e previdência social
(WONG; CARVALHO, 2006).

As mudanças demográficas e epidemiológicas no Brasil não ocorreram uniformemente entre os estados;


constatam-se disparidades subnacionais na saúde e cargas correspondentes nos sistemas de saúde (MARINHO
et al., 2018).

VÍDEO RESUMO
Você conhece a importância de estudar as mudanças demográficas e epidemiológicas em uma população no
decorrer do tempo? Essas alterações relacionadas com avanços na ciência, urbanização, desenvolvimento
industrial etc. fazem parte da estruturação de novos perfis populacionais que ditam as doenças ligadas aos
índices de mortalidade.

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Vamos nos aprofundar em conceitos básicos de transição epidemiológica e demográfica, conceitos básicos de
transição nutricional: comparativo de dados da população brasileira, e importância da epidemiologia na
nutrição.

 Saiba mais
A queda das taxas de fecundidade no Brasil na última década teve profundas implicações na evolução
demográfica de sua pirâmide, e os dados mostram um crescimento do número de idosos. Acesse este link
e saiba mais sobre o tema.

REFERÊNCIAS
20 minutos

Aula 1
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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