Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em Saúde Pública
Outubro 2023
Lista de Siglas e Abreviaturas
I. Introdução
i. Saúde Pública
ii. A USP do ACeS do Alto Ave
II. Atividade Desenvolvida
i. Doenças de Notificação Obrigatória (DNO) e Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica (SINAVE)
ii. Mandatos de Condução
iii. Programa de Vigilância dos Estabelecimentos de Restauração
iv. Programa de Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE)
v. Investigação em Saúde Pública
III. Reflexão
IV. Referências Bibliográficas
I. Introdução
i. Saúde Pública
Neste sentido, cada USP tem como missão a melhoria do estado de saúde da
população da sua área geográfica de intervenção, visando a obtenção de ganhos em saúde
e concorrendo, de um modo direto, para o cumprimento da missão do respetivo ACeS9.
ii. A USP do ACeS do Alto Ave
A USP do Alto Ave encontra-se integrada no ACeS do Alto Ave, que fornece CSP a uma
população de mais de 250 mil habitantes dos concelhos de Guimarães, Vizela, Fafe,
Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto, dos distritos de Braga e Vila Real. A sede encontra-
se em Urgezes, na cidade de Guimarães, contando com três polos, em Fafe, Cabeceiras de
Basto e Mondim de Basto9.
O trabalho desenvolvido por esta USP é orientado pelo seu Plano de Ação10, o qual
se encontra sustentado em pilares: Planeamento em Saúde, Vigilância Epidemiológica,
Saúde Ambiental e Ocupacional e Promoção e Proteção da Saúde e Prevenção da Doença.
No âmbito de cada área de intervenção da USP, foram delineados diversos programas e
projetos de execução que em última instância definem a atividade diária das equipas.
Além das supracitadas, a equipa de Saúde Pública ainda desenvolve outras atividade
que não estão enquadradas nestes programas ou projetos como a apreciação de queixas de
insalubridade, as avaliações de incapacidade no domicílio, as avaliações no âmbito da Lei
de Saúde Mental, consultas médicas para avaliação da aptidão para condução, Juntas
Médicas de Avaliação de Incapacidade, a atualização e implementação do Sistema Nacional
de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), diligências no âmbito da Comissão de Qualidade e
Segurança do ACeS ou da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, consultas de
Medicina de Viagens, trabalho relacionado com o Grupo de Coordenação Local do Programa
de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, entre outras10.
As DNO são doenças transmissíveis que devem, por Lei, ser abrangidas pela rede de
informação e comunicação estabelecida pelo SINAVE 11. Por sua vez, o SINAVE é um sistema
que permite monitorizar a ocorrência de doenças transmissíveis suscetíveis de constituir um
risco para a Saúde Pública, implementar com rapidez e segurança medidas de prevenção e
controlo destas doenças e cortar a cadeia de transmissão na comunidade e ocorrência de
novos casos de doença e surtos 12.
Nos termos da Lei de Saúde Mental, qualquer pessoa pode ser sujeita a tratamento
involuntário verificados os pressupostos de existência de doença mental, a recusa do
tratamento medicamente prescrito, necessário para prevenir ou eliminar o perigo para bens
jurídicos pessoais ou patrimoniais de terceiros, em razão da doença mental e da recusa de
tratamento, ou do próprio, em razão da doença mental e da recusa de tratamento, quando
a pessoa não possua o discernimento necessário para avaliar o sentido e alcance do
consentimento da finalidade do tratamento, orientado para a recuperação integral da
pessoa, mediante intervenção terapêutica e reabilitação psicossocial. O tratamento
involuntário só pode ter lugar se for a única forma de garantir o tratamento medicamente
prescrito, adequado para prevenir ou eliminar uma das situações de perigo referidas, e
proporcional à gravidade da doença mental, ao grau do perigo e à relevância do bem jurídico.
O tratamento involuntário pode ter lugar em ambulatório, assegurado pelos serviços locais
de saúde mental e/ou equipas comunitárias de saúde mental, exceto se o internamento for
a única forma de garantir o tratamento medicamente prescrito, cessando logo que o
tratamento possa ser retomado em ambulatório.13
Os mosquitos têm um ciclo de vida que compreende 4 estádios: ovo, larva, pupa que
correspondem às fases imaturas e em desenvolvimento, e o mosquito adulto, o inseto
terrestre voador, como o habitualmente o reconhecemos. Com a exceção do adulto, todos
os estádios do ciclo de vida são aquáticos e dependem obrigatoriamente da água para o seu
desenvolvimento. O ciclo de vida dos mosquitos, do ovo ao mosquito adulto tem a duração
de 7 a 14 dias, dependendo da espécie e das condições ambientais. Os mosquitos adultos
alimentam-se de néctares da vegetação à semelhança de outros insetos. Só as fêmeas têm
a necessidade de fazer refeições de sangue através de picadas em animais vertebrados,
incluindo humanos, pois necessitam de componentes específicos do sangue para realizar a
postura dos ovos e completarem o ciclo de vida.16
Em suma:
✓ O PNS 2030 propõe uma nova tipologia, mais abrangente e inclusiva, de problemas
de saúde, que se foca também nos problemas com potencial de risco em ascensão
devido ao aumento da intensidade ou prevalência de determinantes de elevada
relevância, como os problemas associados às alterações climáticas, tendo sido
adotada uma classificação dos determinantes de saúde que inclui os determinantes
ambientais, nomeadamente o aumento da temperatura e os eventos extremos de
calor e/ou frio, com elevado impacte negativo na saúde das populações, direto
(designadamente na mortalidade) ou indireto, pelos impactes negativos aos níveis
social, económico e da resiliência dos sistemas de saúde. 18
✓ São as pessoas mais frágeis, do ponto de vista dos seus antecedentes de saúde
pessoais, mas também sociais e económicos, que estarão entre os mais
adversamente afetados e menos capazes de lidar com as consequências negativas
das alterações climáticas, nomeadamente no âmbito da saúde. 18
✓ O prognóstico da evolução dos problemas de saúde associados às alterações
climáticas é variável, e depende da evolução das mesmas. Mantendo-se a
necessidade de contrariar, e de forma mais efetiva e rápida, a tendência de variação
climática, os determinantes de saúde decorrentes das alterações climáticas e suas
consequências na saúde devem merecer atenção particular no horizonte temporal
do PNS 2021-2030. 18
✓ A variação da ATD apresenta-se como um bom indicador meteorológico da
tendência das alterações climáticas e os modelos meteorológicos preveem um
aumento generalizado da ATD média nas próximas décadas, nomeadamente no
mundo, em Portugal Continental, na Região Norte do país e, em particular, na região
do Ave, onde está geograficamente inserido o ACeS do Alto Ave. 19-57
✓ Estudos demonstram que o aumento da ATD é, já, atualmente, fator de risco
independente para a saúde humana, nomeadamente associando-se a aumento das
admissões hospitalares por DCV, IC, DPOC e asma, e a aumento da mortalidade por
todas causas e por DCV, sendo o risco mais preponderante em indivíduos idosos,
mulheres e habitantes de zonas rurais, compatível com uma porção predominante
da população servida pelo ACeS do Alto Ave. 19-57
✓ Dado que não se prevê uma diminuição do peso da elevação da ATD na saúde
humana19-57, impõe-se a necessidade de políticas de saúde pública direcionadas
para a diminuição do impacto negativo da elevação da ATD na saúde das
populações, em particular os grupos mais vulneráveis, por exemplo, no âmbito da
gestão dos recursos em saúde, reforçar a prática assistencial (serviços de urgência,
hospitais, cuidados de saúde primários) em épocas de maior variação de
temperatura diária tendo em conta a previsão de maior procura de cuidados de
saúde, assim como o estabelecimento de medidas preventivas (de saúde pública,
sociais e económicas) para proteger os grupos mais vulneráveis e cronicamente
expostos à variação extrema da temperatura diária (residentes de zonas rurais,
piores condições habitacionais, nomeadamente de isolamento térmico, grupos
sociais desfavorecidos, extremos de idade) dos efeitos adversos em saúde da
elevação da ATD.
III. Reflexão
Como limitação do estágio, há que referir a janela temporal restrita em que o mesmo
se encontra balizado, condicionando a quantidade e diversidade de atividades nas quais é
possível participar. Futuramente, talvez se configurasse como oportuna uma reflexão, por
parte da Tutela, sobre os moldes em que este estágio é desenvolvido no contexto do IFG,
desenhando-se aqui a sugestão de uma transição para um modelo de visitas pontuais à USP,
aquando do período previsto para o estágio de CSP, em dias pré-estabelecidos, nos quais
estivessem programadas atividades de interesse para os objetivos formalmente delineados,
numa calendarização que abarcasse, tanto quanto possível, todo o espetro de atuação da
USP na qual o estágio é concretizado, maximizando-se assim a interação com a mesma.
Não obstante, com base na minha experiência, entendo que este estágio cumpriu o
seu propósito de dar a conhecer a realidade diária de uma área dos CSP que assume uma
importância estrutural na missão global do Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa fase
fulcral da formação médica pós-graduada, enquanto ano de transição para uma prática
clínica autónoma e especializada que contactará diariamente, de forma mais ou menos
direta, com os produtos dos esforços incitados pela grande e complexa máquina da Saúde
Pública, nas últimas décadas, a nível nacional e internacional.
1. Portaria n.º 268/2018 de 21 de setembro. Diário da República n.º 183/2018, Série I de 2018-09-21,
páginas 4832 – 4836.
2. Winslow CE. The untilled fields of public health. Science. 1920 Jan 9;51(1306):23-33. doi:
10.1126/science.51.1306.23. PMID: 17838891.
3. WHO. Programmes and projects. Trade, foreign policy, diplomacy and health. Glossary of terms. 2010.
4. Luís Graça. A Escola Nacional de Saúde Pública: origens e história do ensino da saúde pública em
Portugal. Port J Public Health 10 September 2019; 36 (3): 115–133.
https://doi.org/10.1159/000496515.
5. Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos. Competências Essenciais ao Exercício do Médico
Especialista em Saúde Pública. 31 maio 2013.
6. Beaglehole R, Bonita R, Horton R, Adams O, McKee M. Public health in the new era: improving health
through collective action. Lancet. 2004 Jun 19;363(9426):2084-6. doi: 10.1016/S0140-
6736(04)16461-1. PMID: 15207962.
7. Associação Portuguesa de Médicos de Saúde Púiblica, “sobre a especialidade, disponível em:
”https://www.anmsp.pt/sobre-a-especialidade
8. Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de fevereiro. Diário da República n.º 38/2008, Série I de 2008-02-22,
páginas 1182 – 1189.
9. Unidade de Saúde Pública do ACeS do Alto Ave. Manual de Acolhimento – Novos
Profissionais/Internos/Alunos 2022-2023. Guimarães;
10. USP do ACeS do Alto Ave – Plano de Ação 2020. Guimarães; 2019.
11. Despacho n.º 15385-A/2016, de 21 de dezembro. Diário da República n.º 243/2016, 1º Suplemento,
Série II de 2016-12-21, páginas 2 – 22.
12. Lei 81/2009, de 21 de Agosto. Diário da República n.º 162/2009, Série I de 2009-08-21.
13. Lei de saúde mental 2023
14. Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. REVIVE – Rede de Vigilância de Vetores. Dezembro
2022.
15. “Os técnicos de saúde ambiental no programa REVIVE”, A Saúde Ambiental da ESTESL, disponível em:
http://saudeambiental.net/2008/07/os-tecnicos-de-saude-ambiental-no-programa-revive.html
16. Folheto “Aproveite o ar livre, mas esteja atento aos mosquitos”. Administração Regional de Saúde do
Norte, I.P. REVIVE – Rede de Vigilância de Vetores. Dezembro 2022.
17. “Diagnóstico de Situação de Saúde” ACES Tâmega II – Vale do Sousa Sul, Outubro 2019, disponível em
https://bicsp.min-
saude.pt/pt/biufs/1/10003/QUEM%20SERVIMOS/Diagn%C3%B3stico%20saude%20publica2019.pd
f
18. Plano Nacional de Saúde 2021-2030, disponível em: https://www.dgs.pt/documentos-em-discussao-
publica/plano-nacional-de-saude-2021-2030-em-consulta-publica-ate-7-de-maio1.aspx
19. Instituto Português do Mar e da Atmosfera 2023, disponível em
https://www.ipma.pt/pt/saude/temperatura/
20. Portal do Clima – Alterações Cliimáticas em Portugal, http://portaldoclima.pt/pt/
21. Liang, WM., Liu, WP. & Kuo, HW. Diurnal temperature range and emergency room admissions for chronic
obstructive pulmonary disease in Taiwan. Int J Biometeorol 53, 17–23 (2009).
https://doi.org/10.1007/s00484-008-0187-y
22. The Roles of Direct Airway Effects and Cutaneous Reflex Mechanisms, Heikki O. Koskela, MD, Hannu O.
Tukiainen, MD, Anna K Koskela, MD, DOI:https://doi.org/10.1378/chest.110.3.632
23. Liang, WM., Liu, WP., Chou, SY. et al. Ambient temperature and emergency room admissions for acute
coronary syndrome in Taiwan. Int J Biometeorol 52, 223–229 (2008).
https://doi.org/10.1007/s00484-007-0116-5
24. R. Eccles (2002) An Explanation for the Seasonality of Acute Upper Respiratory Tract Viral Infections,
Acta Oto-Laryngologica, 122:2, 183-191, DOI: 10.1080/00016480252814207
25. Stewart, S., Keates, A., Redfern, A. et al. Seasonal variations in cardiovascular disease. Nat Rev Cardiol
14, 654–664 (2017). https://doi.org/10.1038/nrcardio.2017.76
26. Min-zhen Wang, Shan Zheng, Shi-lin He, Bei Li, Huai-jin Teng, Shi-gong Wang, Ling Yin, Ke-zheng Shang,
Tan-shi Li, The association between diurnal temperature range and emergency room admissions for
cardiovascular, respiratory, digestive and genitourinary disease among the elderly: A time series study,
Science of The Total Environment, Volumes 456–457, 2013, Pages 370-375, ISSN 0048-9697,
https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2013.03.023.
(https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969713003161)
27. (Diurnal Temperature Range is a Risk Factor for Coronary Heart Disease Death, Jingyan Cao, Yuexin
Cheng, Ni Zhao, Weimin Song, Cheng Jiang, Renjie Chen, Haidong Kan,
https://doi.org/10.2188/jea.JE20080074)
28. Youn-Hee Lim, Yun-Chul Hong, Ho Kim, Effects of diurnal temperature range on cardiovascular and
respiratory hospital admissions in Korea, Science of The Total Environment, Volumes 417–418, 2012,
Pages 55-60, ISSN 0048-9697, https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2011.12.048.
(https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969711015142
29. Tang H, Wang X, Kang Y, Zheng C, Cao X, Tian Y, Hu Z, Zhang L, Chen Z, Song Y, et al. Long-Term Impacts
of Diurnal Temperature Range on Mortality and Cardiovascular Disease: A Nationwide Prospective
Cohort Study. Metabolites. 2022; 12(12):1287. https://doi.org/10.3390/metabo12121287
30. Cheng, J., Xu, Z., Zhu, R. et al. Impact of diurnal temperature range on human health: a systematic
review. Int J Biometeorol 58, 2011–2024 (2014). https://doi.org/10.1007/s00484-014-0797-5
31. Zhou X, Zhao A, Meng X, Chen R, Kuang X, Duan X, Kan H. Acute effects of diurnal temperature range
on mortality in 8 Chinese cities. Sci Total Environ. 2014 Sep 15;493:92-7. doi:
10.1016/j.scitotenv.2014.05.116. Epub 2014 Jun 14. PMID: 24937494.
32. Zhou X, Zhao A, Meng X, Chen R, Kuang X, Duan X, Kan H. Acute effects of diurnal temperature range
on mortality in 8 Chinese cities. Sci Total Environ. 2014 Sep 15;493:92-7. doi:
10.1016/j.scitotenv.2014.05.116. Epub 2014 Jun 14. PMID: 24937494
33. Lee W, Kim Y, Sera F, Gasparrini A, Park R, Michelle Choi H, Prifti K, Bell ML, Abrutzky R, Guo Y, Tong S,
de Sousa Zanotti Stagliorio Coelho M, Nascimento Saldiva PH, Lavigne E, Orru H, Indermitte E, Jaakkola
JJK, Ryti NRI, Pascal M, Goodman P, Zeka A, Hashizume M, Honda Y, Hurtado Diaz M, César Cruz J,
Overcenco A, Nunes B, Madureira J, Scovronick N, Acquaotta F, Tobias A, Vicedo-Cabrera AM, Ragettli
MS, Guo YL, Chen BY, Li S, Armstrong B, Zanobetti A, Schwartz J, Kim H. Projections of excess mortality
related to diurnal temperature range under climate change scenarios: a multi-country modelling study.
Lancet Planet Health. 2020 Nov;4(11):e512-e521. doi: 10.1016/S2542-5196(20)30222-9. PMID:
33159878; PMCID: PMC7869581
34. https://www.hospitalipo.com/ipo-e-voce/noticias/2023/07/amplitude-termica-qual-o-impacto-na-
saude
35. (Zha, Q., Chai, G., Zhang, ZG. et al. Effects of diurnal temperature range on cardiovascular disease
hospital admissions in farmers in China’s Western suburbs. Environ Sci Pollut Res 28, 64693–64705
(2021). https://doi.org/10.1007/s11356-021-15459-0
36. Zhai, G., Zhang, J., Zhang, K. et al. Impact of diurnal temperature range on hospital admissions for
cerebrovascular disease among farmers in Northwest China. Sci Rep 12, 15368 (2022).
https://doi.org/10.1038/s41598-022-19507-8
37. Ponjoan A, Blanch J, Alves-Cabratosa L, Martí Lluch R, Comas-Cufí M, Parramon D, García-Gil MM, Ramos
R, Petersen I. Extreme diurnal temperature range and cardiovascular emergency hospitalisations in a
Mediterranean region. Occup Environ Med. 2021 Jan;78(1):62-68. doi: 10.1136/oemed-2019-
106245. Epub 2020 Oct 13. PMID: 33051384.)
38. Wei Q, Zhong L, Gao J, Yi W, Pan R, Gao J, Duan J, Xu Z, He Y, Liu X, Tang C, Su H. Diurnal temperature
range and childhood asthma in Hefei, China: Does temperature modify the association? Sci Total
Environ. 2020 Jul 1;724:138206. doi: 10.1016/j.scitotenv.2020.138206. Epub 2020 Mar 25. PMID:
32247134.)
39. Lee W, Bell ML, Gasparrini A, Armstrong BG, Sera F, Hwang S, Lavigne E, Zanobetti A, Coelho MSZS,
Saldiva PHN, Osorio S, Tobias A, Zeka A, Goodman PG, Forsberg B, Rocklöv J, Hashizume M, Honda Y,
Guo YL, Seposo X, Van Dung D, Dang TN, Tong S, Guo Y, Kim H. Mortality burden of diurnal temperature
range and its temporal changes: A multi-country study. Environ Int. 2018 Jan;110:123-130. doi:
10.1016/j.envint.2017.10.018. Epub 2017 Oct 28. PMID: 29089167) Liang, WM., Liu, WP. & Kuo, HW.
Diurnal temperature range and emergency room admissions for chronic obstructive pulmonary disease
in Taiwan. Int J Biometeorol 53, 17–23 (2009). https://doi.org/10.1007/s00484-008-0187-y
40. The Roles of Direct Airway Effects and Cutaneous Reflex Mechanisms, Heikki O. Koskela, MD, Hannu O.
Tukiainen, MD, Anna K Koskela, MD, DOI:https://doi.org/10.1378/chest.110.3.632
41. Liang, WM., Liu, WP., Chou, SY. et al. Ambient temperature and emergency room admissions for acute
coronary syndrome in Taiwan. Int J Biometeorol 52, 223–229 (2008).
https://doi.org/10.1007/s00484-007-0116-5
42. R. Eccles (2002) An Explanation for the Seasonality of Acute Upper Respiratory Tract Viral Infections,
Acta Oto-Laryngologica, 122:2, 183-191, DOI: 10.1080/00016480252814207
43. Stewart, S., Keates, A., Redfern, A. et al. Seasonal variations in cardiovascular disease. Nat Rev Cardiol
14, 654–664 (2017). https://doi.org/10.1038/nrcardio.2017.76
44. Min-zhen Wang, Shan Zheng, Shi-lin He, Bei Li, Huai-jin Teng, Shi-gong Wang, Ling Yin, Ke-zheng Shang,
Tan-shi Li, The association between diurnal temperature range and emergency room admissions for
cardiovascular, respiratory, digestive and genitourinary disease among the elderly: A time series study,
Science of The Total Environment, Volumes 456–457, 2013, Pages 370-375, ISSN 0048-9697,
https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2013.03.023.
(https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969713003161)
45. (Diurnal Temperature Range is a Risk Factor for Coronary Heart Disease Death, Jingyan Cao, Yuexin
Cheng, Ni Zhao, Weimin Song, Cheng Jiang, Renjie Chen, Haidong Kan,
https://doi.org/10.2188/jea.JE20080074)
46. Youn-Hee Lim, Yun-Chul Hong, Ho Kim, Effects of diurnal temperature range on cardiovascular and
respiratory hospital admissions in Korea, Science of The Total Environment, Volumes 417–418, 2012,
Pages 55-60, ISSN 0048-9697, https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2011.12.048.
(https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969711015142
47. Tang H, Wang X, Kang Y, Zheng C, Cao X, Tian Y, Hu Z, Zhang L, Chen Z, Song Y, et al. Long-Term Impacts
of Diurnal Temperature Range on Mortality and Cardiovascular Disease: A Nationwide Prospective
Cohort Study. Metabolites. 2022; 12(12):1287. https://doi.org/10.3390/metabo12121287
48. Cheng, J., Xu, Z., Zhu, R. et al. Impact of diurnal temperature range on human health: a systematic
review. Int J Biometeorol 58, 2011–2024 (2014). https://doi.org/10.1007/s00484-014-0797-5
49. Zhou X, Zhao A, Meng X, Chen R, Kuang X, Duan X, Kan H. Acute effects of diurnal temperature range
on mortality in 8 Chinese cities. Sci Total Environ. 2014 Sep 15;493:92-7. doi:
10.1016/j.scitotenv.2014.05.116. Epub 2014 Jun 14. PMID: 24937494.
50. Zhou X, Zhao A, Meng X, Chen R, Kuang X, Duan X, Kan H. Acute effects of diurnal temperature range
on mortality in 8 Chinese cities. Sci Total Environ. 2014 Sep 15;493:92-7. doi:
10.1016/j.scitotenv.2014.05.116. Epub 2014 Jun 14. PMID: 24937494
51. Lee W, Kim Y, Sera F, Gasparrini A, Park R, Michelle Choi H, Prifti K, Bell ML, Abrutzky R, Guo Y, Tong S,
de Sousa Zanotti Stagliorio Coelho M, Nascimento Saldiva PH, Lavigne E, Orru H, Indermitte E, Jaakkola
JJK, Ryti NRI, Pascal M, Goodman P, Zeka A, Hashizume M, Honda Y, Hurtado Diaz M, César Cruz J,
Overcenco A, Nunes B, Madureira J, Scovronick N, Acquaotta F, Tobias A, Vicedo-Cabrera AM, Ragettli
MS, Guo YL, Chen BY, Li S, Armstrong B, Zanobetti A, Schwartz J, Kim H. Projections of excess mortality
related to diurnal temperature range under climate change scenarios: a multi-country modelling study.
Lancet Planet Health. 2020 Nov;4(11):e512-e521. doi: 10.1016/S2542-5196(20)30222-9. PMID:
33159878; PMCID: PMC7869581
52. https://www.hospitalipo.com/ipo-e-voce/noticias/2023/07/amplitude-termica-qual-o-impacto-na-
saude
53. (Zha, Q., Chai, G., Zhang, ZG. et al. Effects of diurnal temperature range on cardiovascular disease
hospital admissions in farmers in China’s Western suburbs. Environ Sci Pollut Res 28, 64693–64705
(2021). https://doi.org/10.1007/s11356-021-15459-0
54. Zhai, G., Zhang, J., Zhang, K. et al. Impact of diurnal temperature range on hospital admissions for
cerebrovascular disease among farmers in Northwest China. Sci Rep 12, 15368 (2022).
https://doi.org/10.1038/s41598-022-19507-8
55. Ponjoan A, Blanch J, Alves-Cabratosa L, Martí Lluch R, Comas-Cufí M, Parramon D, García-Gil MM, Ramos
R, Petersen I. Extreme diurnal temperature range and cardiovascular emergency hospitalisations in a
Mediterranean region. Occup Environ Med. 2021 Jan;78(1):62-68. doi: 10.1136/oemed-2019-
106245. Epub 2020 Oct 13. PMID: 33051384.)
56. Wei Q, Zhong L, Gao J, Yi W, Pan R, Gao J, Duan J, Xu Z, He Y, Liu X, Tang C, Su H. Diurnal temperature
range and childhood asthma in Hefei, China: Does temperature modify the association? Sci Total
Environ. 2020 Jul 1;724:138206. doi: 10.1016/j.scitotenv.2020.138206. Epub 2020 Mar 25. PMID:
32247134.)
57. Lee W, Bell ML, Gasparrini A, Armstrong BG, Sera F, Hwang S, Lavigne E, Zanobetti A, Coelho MSZS,
Saldiva PHN, Osorio S, Tobias A, Zeka A, Goodman PG, Forsberg B, Rocklöv J, Hashizume M, Honda Y,
Guo YL, Seposo X, Van Dung D, Dang TN, Tong S, Guo Y, Kim H. Mortality burden of diurnal temperature
range and its temporal changes: A multi-country study. Environ Int. 2018 Jan;110:123-130. doi:
10.1016/j.envint.2017.10.018. Epub 2017 Oct 28. PMID: 29089167)