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2.

° SEMESTRE

MARCELO CRIVELLA
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
TALMA ROMERO SUANE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
MARIA HELENA DOS SANTOS PRAZERES COSTA
SUBSECRETARIA DE ENSINO
ISAURA FERNANDES BARRETO
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
REGINA STHELA PEDROSO PASCHOA
GERÊNCIA DE ENSINO FUNDAMENTAL II

INÊS MARIA MAUAD ANDRADE CANALINI


ELABORAÇÃO DE CIÊNCIAS
ANDREIA FERREIRA EDUARDO DA COSTA
VAGNER LÚCIO DE LIMA (REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA)
REVISÃO DE CIÊNCIAS
HAYDEE LIMA DA COSTA
MARCIA LUZ BASTOS
RESPONSÁVEL TÉCNICO DE CIÊNCIAS
GINA PAULA BERNARDINO CAPITÃO MOR
ELABORAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
ALINE DA COSTA SCALERCIO MENDES
ELISABETE BRANDT
REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
GINA PAULA BERNARDINO CAPITÃO MOR
RESPONSÁVEL TÉCNICO DE LÍNGUA PORTUGUESA

DALTON DO NASCIMENTO BORBA


CLOVIS DO NASCIMENTO LEAL
ELABORAÇÃO DE MATEMÁTICA
NELSON GARCEZ LOURENÇO
MONICA SILVA DE ARAUJO (REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA)
REVISÃO DE MATEMÁTICA
FRANCISCO RODRIGUES DE OLIVEIRA EDIGRÁFICA
RESPONSÁVEL TÉCNICO DE MATEMÁTICA EDITORAÇÃO E IMPRESSÃO

LARISSA FERNANDES DOS SANTOS MANHÃES CORRÊA MIGUEL PAIXÃO


SUPERVISÃO GRÁFICA
MARIA DE FÁTIMA CUNHA
SIMONE CARDOZO VITAL DA SILVA
RESPONSÁVEL TÉCNICO (GERAL) CONTATOS E/SUBE
Telefones: 2976-2301 / 2976-2302
subesme@rioeduca.net
ANDRÉA DORIA POÇAS CAMARA materialcarioca@rioeduca.net
DARCI DA CONCEIÇÃO LEITE CORRÊA
DIAGRAMAÇÃO
2.° SEMESTRE

Prezado Aluno, Prezada Aluna,


Sejam bem-vindos(as) ao 2.º semestre de 2019!

Apresentamos mais um material que foi preparado com cuidado e carinho


para apoiar seus estudos. Mantenha a responsabilidade, o empenho e o prazer
investidos no 1.º semestre. Lembre-se de que, a cada tarefa realizada, você
estará ainda mais próximo de novas conquistas. Temos certeza de que você já
está colhendo os frutos de sua dedicação.

Permanecemos comprometidos com a oferta de uma educação pública de


qualidade. Para isso, você está recebendo o Material Didático Carioca – 2.º
semestre, composto por atividades que contemplam as diversas áreas do
nosso currículo.

Certamente, você já percebeu as vantagens da dedicação investida, não é


mesmo? Então, no 2.º semestre, continue contando com o apoio do seu
professor ou da sua professora. Estamos preparados para ajudar você a
conquistar o progresso desejado.

A educação carioca investe e acredita no potencial de cada um de vocês.


Juntos, chegaremos ao final desse ano letivo confirmando nossos índices de
qualidade e sucesso. Seu crescimento é o nosso objetivo.

Com carinho,

TALMA ROMERO SUANE


Secretária Municipal de Educação
2.° SEMESTRE

ANOTE AQUI PARA LEMBRAR...


3.° BIMESTRE
SUMÁRIO
FONTES DE ENERGIA E SEUS TIPOS
CIÊNCIAS – 9.° ANO

ENERGIA ELÉTRICA – ENERGIA DE TODO DIA


7

IMPACTO AMBIENTAL – USOU, VACILOU, DESEQUILIBROU!


8

A ENERGIA ADOTA DIVERSAS FORMAS


9

GRANDEZAS FÍSICAS – TUDO PODE SER MEDIDO


10

PARADO OU EM MOVIMENTO? UMA QUESTÃO DE REFERENCIAL!


11

QUAL É O CAMINHO A SEGUIR, QUAL É A TRAJETÓRIA?


11

MOVIMENTO – ONDE É O MARCO ZERO?


12

MOVIMENTO UNIFORME. TODOS NO MESMO PASSO


13

MOVIMENTO VARIADO. NEM TODOS ESTÃO NO MESMO PASSO!


14

VOCÊ TEM A FORÇA! E NÓS TAMBÉM!


15

LEIS DE NEWTON
18

TRABALHO E POTÊNCIA
21

MÁQUINAS QUE FACILITAM O NOSSO DIA A DIA


22

5
SOL: PRINCIPAL FONTE DE ENERGIA DA TERRA
3.° BIMESTRE

Dizemos que o Sol é a principal


fonte de energia do planeta Terra
porque é o calor do Sol que aquece o
planeta e promove a formação dos O Sol até virou poema na

CIÊNCIAS – 9.° ANO


música do compositor brasileiro
/jornalggn.com.br

climas, o aquecimento dos mares, a


formação e o movimento da Caetano Veloso:
atmosfera. “Luz do sol / Que a folha traga
e traduz / Em verde novo / Em
Essa energia é responsável, direta ou indiretamente, por folha, em graça / Em vida, em
todas as formas de vida existentes. Todos os processos vitais força, em luz...”.
do planeta dependem de energia.
No entanto, não utilizamos apenas a energia solar. 1- Qual é o nome do processo,
Outras fontes e formas de energia são utilizadas para suprir realizado pelas plantas, que
nossas necessidades. necessita da luz solar?
Texto adaptado de www. pre.univesp.br ________________________

As fontes de energia são recursos da natureza ou artificiais utilizados pela sociedade para
a produção de algum tipo de energia. Esta, por sua vez, é utilizada com o objetivo de propiciar o
deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir eletricidade para os mais diversos fins.
Adaptado de https://cooeps.com.br/wp

2- Leia a imagem noturna da cidade do Rio de


Janeiro, ao lado, e identifique, nela, duas fontes
de energia utilizadas por nós. Faça um
comentário sobre a possibilidade de renovação
de cada uma delas.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
epocanegocios.globo.com

_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________

FONTES DE ENERGIA: UMAS SE RENOVAM, OUTRAS NÃO


As fontes de energia ou recursos energéticos podem ser divididas em:

ENERGIAS RENOVÁVEIS ENERGIAS NÃO RENOVÁVEIS


São recursos naturais capazes de São recursos naturais que, quando
manter-se disponíveis durante um longo utilizados, não são repostos pela ação
prazo de tempo. Podem ser recursos humana ou pela natureza, pois sua
repostos pela natureza (biomassa) ou capacidade de renovação é muito reduzida
que se mantêm ativos permanentemente se comparada com sua utilização. Assim,
(solar e outros). a tendência é que essas reservas se
esgotem.

SOLAR – EÓLICA – HIDRÁULICA PETRÓLEO - GÁS NATURAL-


– BIOMASSA - GEOTÉRMICA – CARVÃO MINERAL
MAREMOTRIZ. COMBUSTÍVEIS NUCLEARES. 6
3.° BIMESTRE

1- Quem Sou Eu ? – FONTES DE ENERGIA.


a) Sou o recurso natural não renovável mais importante, fonte de energia da atualidade, apesar
de um pequeno declínio nas últimas décadas._______________________________
CIÊNCIAS – 9.° ANO

b) Sou um recurso natural renovável; a produção de combustíveis vindos a partir de mim faz
parte das políticas de vários países, entre os quais está o Brasil._______________________
c) Sou um recurso natural renovável e o Brasil apresenta grande parte de sua energia originária
dos meus potenciais. _________________________________________________

ENERGIA ELÉTRICA – ENERGIA DE TODO DIA


Você já imaginou sua vida sem computador, sem carro, televisão e geladeira? Sem poder
conservar os alimentos, sem tomar um banho quente, ou mesmo sem ouvir sua música predileta?
Não seria fácil, não é mesmo? Todas essas invenções não seriam possíveis se o ser humano não
tivesse descoberto a energia. Adaptado de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

As formas de energia podem ser convertidas umas nas outras. Veja:


www.marquecomx.com.br

Nos dias de hoje, a energia


mais consumida nas cidades é
a energia elétrica.

1. Energia elétrica em térmica: quando usamos o chuveiro elétrico, a água é aquecida.


Quando usamos o ferro elétrico e a torradeira, eles também aquecem.
2. Energia elétrica em luminosa: quando acendemos uma lâmpada, luz da tela da TV ou do
computador.
3. Energia química em cinética: a transformação dos alimentos (glicose) quando corremos ou
andamos.
4. Energia elétrica em sonora: em rádios, TVs, aparelhos de som.
5. Energia luminosa em química: fotossíntese dos vegetais e outros seres autotróficos.
6. Energia cinética em elétrica: a queda d’água gera energia que faz girar as turbinas nas
usinas hidrelétricas.

Glossário: seres autotróficos – seres vivos que produzem seu próprio alimento, utilizando a energia luminosa ou a energia
7 liberada em reações químicas.
IMPACTO AMBIENTAL –
3.° BIMESTRE
USOU, VACILOU, DESEQUILIBROU!
IMPACTO AMBIENTAL é a alteração que ocorre no meio ambiente, provocada por
determinada ação ou atividade.
Os impactos ambientais são resultado de confrontos diretos ou indiretos entre os seres
humanos e a natureza. Afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades

CIÊNCIAS – 9.° ANO


sociais e econômicas; a biota; as condições de sobrevivência do meio ambiente e a qualidade
dos recursos ambientais. Adaptado de CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

ALGUNS IMPACTOS AMBIENTAIS

grengenhariaambiental.com.br
• Diminuição da biodiversidade • Inversão térmica
• Ilhas de calor • Erosão do solo
• Aquecimento global • Chuvas ácidas
• Desmatamento • Mudanças climáticas
• Destruição da camada de ozônio
Adaptado de .mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental

AÇÕES PARA DIMINUIR OS IMPACTOS AMBIENTAIS


• Reflorestar as áreas desmatadas.
• Utilizar, conscientemente, os recursos naturais.
Meio Ambiente - Cultura Mix

• Evitar qualquer tipo de poluição.


• Reaproveitar, sempre que possível, os produtos existentes.
• Evitar o consumo excessivo de sacolas e invólucros plásticos.
• Criar um processo de despoluição de nossas águas.
• Preferir o consumo de energia limpa.

A energia renovável, cujo processo de produção ou consumo não libera ou libera muito poucos
resíduos ou gases poluentes que contribuem com o aumento do efeito estufa e o aquecimento global,
é chamada de energia limpa. São exemplos de energia limpa: solar, eólica, geotérmica, maremotriz,
biomassa e hidráulica. A utilização de energia limpa é muito importante para o desenvolvimento
sustentável do planeta.
O emprego de energias não renováveis, como na queima do petróleo, gás natural, carvão mineral
e no uso do urânio nas usinas nucleares, está associado a maiores riscos de impactos ambientais,
tanto locais (poluição do ar e vazamento radioativo), como globais (aumento do efeito estufa).
1- Identifique as fontes de energia, classifique-as em renovável ou não renovável e comente
sobre a possibilidade de serem consideradas um tipo de energia limpa ou relacionadas a
impactos ambientais.
__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
worldartsme.com

__________________________ __________________________
__________________________ __________________________
A B

Segundo a ONG ambientalista WWF, desde os anos 1980 a


2 - Escreva o nome de dois
demanda da população mundial por recursos ambientais é maior
tipos de impacto ambiental
do que a capacidade do planeta de renová-los. Dados mais
que você observa no seu
recentes demonstram que estão sendo utilizados 25% a mais do
caminho para a escola.
que aquilo disponível em recursos, ou seja, precisamos de um
_______________________
planeta e mais um quarto dele para sustentar o nosso estilo de
_______________________
vida atual. 8
Adaptado de ONG Ambientalista WWF
3.° BIMESTRE A ENERGIA ADOTA DIVERSAS FORMAS

Sempre que tivermos um objeto em movimento ou com a possibilidade de vir a realizar


movimento, teremos, associado a ele, uma certa quantidade de energia. Essa energia recebe o
nome de energia mecânica. A energia mecânica pode ser de dois tipos: cinética e potencial.
A energia potencial é a energia armazenada em um sistema físico. Ela depende da posição
CIÊNCIAS – 9.° ANO

do corpo em relação a outros corpos. A energia potencial pode ser gravitacional ou elástica.

ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA


É a energia armazenada que um corpo É a energia armazenada em corpos
apresenta quando se encontra a uma elásticos, tais como borrachas, molas,
determinada altura em relação à superfície da elásticos e outros.
Terra. Ao se lançar do alto da ponte, o atleta de
O peixe apresenta energia potencial bungee jumping distende a corda elástica
gravitacional armazenada em seu corpo ao presa a seu corpo. A energia armazenada na
iniciar o movimento de saída do aquário. corda elástica é a energia potencial elástica.

www.bransoninfo.org/
pt.bigpoint.com/

As crianças correndo no parque 1- E você?


possuem energia associada ao Quais as modalidades de
movimento. Essa energia é energia estão associadas
chamada de energia cinética.
saude.cardiomed.com.br/

aos seus movimentos no


caminho de casa até a
Ela depende da massa e
escola?
velocidade do corpo em
______________________
movimento.
______________________

A energia potencial gravitacional é 2- Após ler a imagem, indique que modalidade de


proporcional à altura. À medida que o energia mecânica possui o carrinho da montanha-
carrinho da montanha-russa é russa nas posições A e B:
fisica-extremetiras.com.br/2013/08/conservacao-de-energia.html

elevado, em relação ao solo, tem sua


energia potencial gravitacional
aumentada.
Quando o carrinho é solto da colina
de elevação (que é a mais alta de todo
o percurso), a energia potencial
gravitacional acumulada é
transformada em energia cinética,
que possibilita o movimento do
carrinho. Quando o carrinho chega no
final da descida, sua energia cinética Posição A - _______________________________
é máxima, isto é, move-se à
9 velocidade máxima. Posição B - _______________________________
GRANDEZAS FÍSICAS – TUDO PODE SER MEDIDO 3.° BIMESTRE

No nosso dia a dia, lidamos com diversas grandezas: quando, por exemplo, medimos 1 metro de
tecido ou marcamos 60 segundos em um relógio. As grandezas físicas são reconhecidas em todo o
mundo.
As grandezas físicas são utilizadas para facilitar o ESTUDO DOS FENÔMENOS FÍSICOS.

CIÊNCIAS – 9.° ANO


GRANDEZA é tudo aquilo que pode ser medido por GRANDEZAS FÍSICAS
meio de algum equipamento de medida.

edwardmontenegro.com
A matéria (sendo um corpo ou uma substância) e a
energia podem ser avaliadas quantitativamente.
Cada característica que possa ser quantificada se
constitui em grandeza física. Exemplos: tempo,
distância, velocidade, aceleração, força, energia,
trabalho, temperatura, pressão e outros.
As grandezas são avaliadas pelas unidades de
medida adotadas por convenção e cada unidade tem seu 1- Leia a imagem e, em seguida, dê o
símbolo. O m, por exemplo, é o símbolo do metro. nome de três instrumentos de medida que
O valor de uma grandeza é expresso por um número estão representados:
e uma unidade de medida. Exemplos: 25 ºC, 100 m. __________________________________
Adaptado de www.soq.com.
__________________________________
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI): Para facilitar a comunicação, os cientistas preferem
utilizar um único grupo de unidades, o SI (Sistema Internacional de Unidades). Nesse sistema, a
unidade do comprimento é o metro (m), o volume é o metro cúbico (m³) e a unidade de massa é o
quilograma (kg).
A grandeza física é dividida em grandeza ESCALAR e VETORIAL. A grandeza que fica
perfeitamente determinada quando conhecemos o seu significado físico e o seu número é
chamada de GRANDEZA ESCALAR.

São GRANDEZAS ESCALARES : Massa – Tempo – Temperatura, entre outras.

2- Hoje, levei 1 h da minha casa até a escola. Que grandeza escalar é mencionada no texto?__________

As GRANDEZAS VETORIAIS, ao contrário das grandezas escalares, GRANDEZAS VETORIAIS


necessitam de algo a mais para serem representadas corretamente. - INTENSIDADE (valor
Além da intensidade, representada por uma parte numérica, também numérico com unidade)
chamada de módulo, elas necessitam de uma direção e de um sentido, - DIREÇÃO
para a sua perfeita determinação. - SENTIDO.

Um exemplo de grandeza vetorial é a FORÇA. Imagine uma brincadeira de cabo de guerra, como
esta da imagem:
Faz sentido dizer que o jogo acabou porque o grupo vencedor
puxou a corda com uma força de 40 N?
Não. Para conhecermos o lado vencedor, precisamos saber,
também, a direção e o sentido da força aplicada.
Veja: foi aplicada uma força de 40 N na direção horizontal e
no sentido da esquerda para a direita.
3- Agora, responda, que grupo ganhou a disputa? ___________

Força, aceleração, impulso, deslocamento, Um Newton (N) corresponde


velocidade, quantidade de movimento, entre à força exercida sobre um corpo de massa igual a
outros, são exemplos de grandezas vetoriais. 1 kg, que lhe induz uma aceleração de 1 m/s², na
mesma direção e sentido da força. 10
PARADO OU EM MOVIMENTO?
3.° BIMESTRE
UMA QUESTÃO DE REFERENCIAL!
Carlinhos, sentado na poltrona do carro, afirma que seu pai, João, motorista sentado a seu lado
no carro, não se move, ou seja, está EM REPOUSO.
Ao mesmo tempo, Roberta, que está em pé na calçada com a mãe, em frente ao sinal de
trânsito, vê o carro se aproximando e afirma que João está EM MOVIMENTO.
CIÊNCIAS – 9.° ANO

1- E agora? Você saberia explicar quem está com a razão?

Podemos concluir, então, que o movimento


é relativo, pois o mesmo corpo pode estar
parado (em repouso) ou em movimento,
dependendo do referencial adotado.

2- Na mesma imagem, o guarda de trânsito está no meio da rua, garantindo a travessia dos
pedestres. Se adotarmos, como referencial, o sinal de trânsito, será possível afirmar que o guarda
está em repouso ou em movimento? _____________________________________
PARADO OU EM MOVIMENTO: QUAL É O REFERENCIAL?
Um móvel ou ponto material é um corpo que está em movimento, em relação ao referencial
adotado. Sendo assim: um corpo está em repouso quando sua posição, em relação ao
referencial escolhido, não se altera com o tempo. E um corpo está em movimento quando sua
posição, em relação ao referencial escolhido, se altera com o tempo.

QUAL É O CAMINHO A SEGUIR,


QUAL É A TRAJETÓRIA?
Trajetória é o conjunto de posições
sucessivas ocupadas por um móvel no
decorrer do tempo. O caminho descrito pelo
móvel também caracteriza a trajetória.
A trajetória é um conceito relativo: para ser Na trajetória Na trajetória
RETILÍNEA, o caminho CURVILÍNEA, o caminho
definida, ela depende de um referencial.
percorrido é uma RETA. percorrido é uma CURVA.
A trajetória pode ser classificada em
RETILÍNEA e CURVILÍNEA. Observe: reta – retilínea ; curva - curvilínea

Em relação ao observador, parado no solo, um avião está se movendo com movimento


retilíneo e velocidade constante.
Num determinado instante, um pacote é lançado do avião e cai. Um passageiro, no avião, vê o
pacote cair verticalmente, descrevendo uma reta, enquanto uma outra pessoa parada no solo,
fora do avião, vê o pacote cair, descrevendo uma curva.
alfaconnection.net

3- A trajetória do pacote 4- E a trajetória será ______,


será __________________, se tomarmos como referencial
alfaconnection.net

se o referencial for o avião. a pessoa no solo, olhando o


pacote cair.
11
MOVIMENTO – ONDE É O MARCO ZERO? 3.° BIMESTRE

Maria saiu de casa às 9 h, em direção ao litoral, e chegou à praia desejada às 11 h. Ela


observou, no hodômetro do carro, que, entre sua casa e o litoral, havia percorrido uma
trajetória de 120 quilômetros de distância. Qual foi o MARCO ZERO da viagem de Maria?

CIÊNCIAS – 9.° ANO


Para localizarmos, em cada instante, um
móvel, ao longo de uma trajetória, devemos

clipart
orientá-la e adotar um marco zero como
origem.
Na viagem de Maria, a trajetória é o
caminho de sua casa até a praia e o ponto
inicial ou marco zero é, exatamente, a casa de
Maria, pois é o ponto de partida da trajetória de
sua viagem.
À medida que o tempo (t) passa, varia o espaço (s) de um móvel em movimento, ou seja, varia
a posição do móvel em relação ao ponto de partida.
Na viagem, em uma variação de duas horas, ou seja, entre 9 h e 11 h, Maria percorreu 120 km.
Portanto, a variação de tempo (∆t) foi de 2 horas.
O DESLOCAMENTO (∆s) é a diferença entre a posição final (s) e a posição inicial (s0) do
móvel.

Para descobrir o valor do deslocamento, usa-se a seguinte equação:


onde ∆s é a variação de espaço, s é a posição atual e s0 , a origem.
AGORA,
É COM VOCÊ !!!
1- Observe a trajetória da viagem de Maria na imagem acima e responda:
a) Qual é a posição inicial do carro de Maria ao sair de casa para o litoral?
___________________________________________________________________________
b) Quantos quilômetros Maria percorreu até chegar à posição final? _____________________
c) Qual é a última posição ocupada pelo carro de Maria?______________________________
d) Qual seria a distância percorrida pelo carro, se Maria saísse do marco 10 km?
___________________________________________________________________________
e) Respondendo à pergunta do início: qual foi o marco zero da viagem de Maria?
____________________________________________________________________________

2- Uma pessoa saiu de casa às 9 h, do marco Zero, e chegou às 11 h ao destino desejado,


percorrendo uma distância de 90 quilômetros.
a) Tendo essas informações, complete: s0 = _________ s =_________
t0 = ______________ t = _____________

b) Calcule o deslocamento e o tempo gasto pela pessoa durante o percurso:


∆s = s – s0 ∆t = t – t0
Glossário: hodômetro - instrumento utilizado para medir as distâncias percorridas por automóveis ou pessoas.
Os automóveis têm, no painel, um hodômetro, que marca os quilômetros rodados (www.dicio.com.br/) . 12
3.° BIMESTRE MOVIMENTO UNIFORME. TODOS NO MESMO PASSO

http://guiadoscuriosos.uol.com.br/categorias/3375/1/beisebol.html
No movimento uniforme, a velocidade do móvel não se altera no
decorrer do tempo.
O móvel percorre espaços iguais em tempos iguais, isto é, o
móvel se desloca com velocidade constante, ao longo de todo o seu
CIÊNCIAS – 9.° ANO

caminho.
Embora seja pouquíssimo praticado no Brasil, o beisebol é um esporte de grande aceitação em
países como Estados Unidos, Japão e Venezuela. No Brasil, o beisebol é muito apreciado entre os
imigrantes japoneses, que trouxeram essa cultura esportiva para o nosso país.
Leia a imagem:

Nessa imagem, o jogador de beisebol da figura


se movimenta sempre em linha reta. Quando o
tempo marca zero segundo, sua posição inicial é
zero metro (0 m). A partir desse instante, a cada
3 segundos, o jogador realiza um deslocamento
6m
de 6 metros.
12 m
O jogador se move em distâncias iguais em
18 m tempos iguais. O movimento do atleta é um
exemplo de movimento uniforme.
24 m
www.anhembi.br

A velocidade média é a relação entre o deslocamento de um corpo (Δs) e o intervalo de tempo


(Δt) que esse corpo utilizou para percorrer essa trajetória. A unidade de medida da velocidade, no
sistema internacional (SI), é m/s.
Para representarmos, matematicamente, a velocidade média, utilizamos a seguinte equação:

Vm => velocidade média ∆s => deslocamento ∆t => variação do tempo


Unidade de medida do Δs no SI:(m) ou (km) Unidade de medida do Δt no SI: (s) ou (h)

Calculando a velocidade média do jogador, em qualquer intervalo de tempo, temos:

Tempo de 0s a 3s = Tempo de 0s a 9s =

Tempo de 0s a 12s =
Tempo de 0s a 6s =

Como podemos observar, a velocidade média, em qualquer intervalo de tempo, é sempre


igual a 2 m/s. Logo, temos um movimento uniforme.

Outras situações em que ocorre movimento uniforme: Ao trabalharmos o conceito de


• caminhar em linha reta com velocidade constante. Por velocidade média (Vm), o símbolo ∆
exemplo: 1,5 m/s durante um certo intervalo de tempo; (delta) se refere sempre à variação,
isto é, à diferença entre o valor final e
• o deslocamento do ponteiro de um relógio; o inicial do espaço e do tempo. A
• o movimento da escada rolante de um shopping variação da velocidade ocorrerá
center. Ela se move com velocidade constante. quando trabalharmos com aceleração
no movimento variado.
13 Lembre-se de que o movimento é uniforme quando a velocidade é constante durante todo o percurso.
produto.mercadolivre.com.br

MOVIMENTO VARIADO. NEM TODOS 3.° BIMESTRE


ESTÃO NO MESMO PASSO!
A maior parte dos movimentos que observamos, no nosso dia a dia,
não é uniforme. Por exemplo: uma folha que cai de uma árvore e é
levada pelo vento, ou a água de um rio despencando por uma
portalarcoiris.ning.com

corredeira. Todos esses movimentos não são uniformes. Neles, a

CIÊNCIAS – 9.° ANO


velocidade de corpos, como da folha ou da água, muda
constantemente. Dizemos, então, que esses movimentos apresentam
velocidade variada.
1 - Em um dia de intenso tráfego de veículos em uma cidade, você acha que o movimento dos
veículos é uniforme? Para um motorista ir de um lugar a outro, ele deve repetir, dezenas de
vezes, a mesma sequência de operações: acelera, freia, para; acelera, freia, para...

diariodolitoral.com.br
a) Nesse acelera, freia e para contínuo, a velocidade do carro seria
sempre a mesma ou mudaria? __________________________
b) E a pessoa que atravessa a rua apressadamente? Ela mantém a
velocidade de seus passos? _______________________________

2 - E em uma competição de atletismo? Os atletas mantêm sempre


a mesma distância entre seus passos e, assim, a mesma

oglobo.globo.com/
velocidade? Explique:
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
No MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV), a velocidade do móvel varia, de
maneira constante, aumentando ou diminuindo seu valor, sempre na mesma proporção. A medida
dessa variação é a aceleração e calcula-se por uma relação matemática:

am = ∆v = Vfinal – Vinicial
∆t ∆t
am => aceleração média ∆v => variação da velocidade ∆t => variação do tempo
Unidade de medida no SI: (m/s²) Unidades de medidas no SI: (m) ou (km) Unidades de medidas no SI: (s) ou (h)

3- Um carro que vinha em linha reta entrou no túnel com


velocidade de 10 m/s. Levou 6 segundos para atravessar,
completamente, o túnel e saiu com velocidade de 22 m/s.
CLIPART

Calcule a sua aceleração:


______________________________________________
www.imagensanimadas.com

4- Um caminhão, em movimento retilíneo uniforme, passa às 7 h pelo


km 50 e às 12 h, do mesmo dia, pelo km 350. Qual a velocidade
média desse caminhão, nesse percurso?_______________________

O movimento uniformemente variado caracteriza maior parte dos movimentos presentes


no nosso dia a dia. No MUV, a aceleração é constante em qualquer instante de tempo. 14
3.° BIMESTRE VOCÊ TEM A FORÇA! E NÓS TAMBÉM!

No dia a dia, a palavra força tem vários significados. Muitas vezes, no sentido do esforço muscular, e
um puxão ou empurrão.
Para Física, força é uma ação capaz de:
COLOCAR UM CORPO MODIFICAR O MOVIMENTO
CIÊNCIAS – 9.° ANO

DEFORMAR UM CORPO
EM MOVIMENTO DE UM CORPO

ameliapedrosa3.com.sapo.pt/Forca.htm

Indicamos uma grandeza vetorial por uma letra, acima da


qual é colocada uma seta, como no caso da força F
A força é uma grandeza vetorial, porque, além de intensidade, ela tem sentido e direção.

UMA FORÇA É FORMADA PELOS SEGUINTES Observe os elementos da FORÇA F


ELEMENTOS: neste exemplo:

- PONTO DE APLICAÇÃO: é a parte do corpo


onde a força atua diretamente. Sentido: para cima

ameliapedrosa3.com.sapo.pt/Forca.htm
- SENTIDO: é a orientação que tem a força na
Direção: vertical
direção (esquerda, direita, cima, baixo).
- DIREÇÃO: é a linha de atuação da força
Intensidade: 20 N
(horizontal, vertical, diagonal).
- INTENSIDADE: é o valor da força aplicada em
Ponto de aplicação: a ponta do dedo
Newton (N).

Força é a ação que empregamos para realizar movimentos


a todo momento.

• Ao chutar uma bola, a jogadora exerce uma força sobre ela.


• Ao abrir a garrafa, aplica-se uma força para segurar e outra força
para remover a tampa.
• Uma pessoa aplicando uma força F para empurrar um carro.

1- Cite o nome de uma força que esteja 2- Relacione algumas situações do seu cotidiano
atuando, neste momento, sobre você? em que você possa reconhecer o uso da força:
_________________________________ ________________________________________
_________________________________ ________________________________________
ADILSON SECCO / ARQUIVO DA EDITORA

O dinamômetro é um instrumento constituído de uma mola que


se deforma quando recebe a ação de uma força. Logo, para cada
deformação produzida, temos o dispositivo indicando a intensidade
da força aplicada.
No Sistema Internacional de Medidas (SI), a unidade de medida
de força é o Newton (N). Adaptado de cafw.ufsm.br
15
VOCÊ TEM A FORÇA! E NÓS TAMBÉM!
3.° BIMESTRE
Vamos aplicar o conceito de força?
sites.google.com/site/experimentun/exercicios---vetores

Um segmento orientado
possui todas as características

CIÊNCIAS – 9.° ANO


relacionadas à FORÇA F, isto
é, intensidade, direção e
sentido. Portanto, segmentos
orientados são segmentos
utilizados para representar
grandezas vetoriais.
Considere os seguintes vetores que representam forças. Cada
quadradinho do segmento orientado equivale a uma unidade de
SENTIDO: da esquerda para
medida e corresponde a 1N:
direita.
1- Complete a tabela:
DIREÇÃO: horizontal.

clipart

INTENSIDADE: módulo de 3
unidades.

Analisemos, com atenção, a seguinte situação. José exerce uma força (F1) de 100 Newton na
coleira de seu cão, a fim de puxá-lo. Já o cão exerce uma força (F2) de 80 N na mesma direção,
mas em sentido oposto.

F1 F2
Direção – horizontal. Direção – horizontal.
bemexplicado.pt

Sentido – da direita para Sentido – da esquerda para


a esquerda. a direita.
Intensidade – 100 N Intensidade – 80 N

1- O cão se recusa a mover-se, exercendo uma força F2 no sentido oposto, de intensidade


_____________________________________________________________________________.

Em um corpo que está em movimento ou em repouso, várias forças são aplicadas na mesma
direção, no mesmo sentido ou em sentidos opostos. Quando essas forças agem em um único corpo,
obtém-se a FORÇA RESULTANTE.

As forças 1 e 2 podem ser 2. Qual é o valor da força resultante entre José e seu cão?
substituídas pela força ________________________
resultante FR 3. Quem ganhou a disputa? ________________________

Nas situações da vida real, dificilmente um corpo qualquer está sujeito a, apenas, uma força.
Quando várias forças atuam sobre um corpo, cada uma delas exerce um efeito nesse corpo. O
resultado dos efeitos das forças é igual ao de uma única força: a FORÇA RESULTANTE ( ). 16
3.° BIMESTRE SISTEMA DE FORÇAS – UNIDOS VENCEREMOS!

Quando várias forças são aplicadas ao mesmo tempo sobre um corpo, dizemos que elas
formam um SISTEMA DE FORÇAS. Essas forças podem ter vários sentidos, direções e
intensidade. A força resultante FR é aquela que substitui o sistema por uma única força.
CIÊNCIAS – 9.° ANO

Veja, agora, os casos mais comuns do sistema de forças: SISTEMA DE FORÇAS


CONCORRENTES (MESMO PONTO DE APLICAÇÃO)

CASO (A) Forças com mesma direção e sentido.


A Força resultante (FR) é igual à soma das intensidades das forças componentes.
Veja o exemplo abaixo:

Exemplo 1
1- Complete as setas com os
F1 = 120 N valores corretos do exemplo 1.
F2 = 100 N
pt.slideshare.net/martataliani/vetor-fora

100 N 120 N

F2 F1 FR

2- Qual é o sentido da FR ?
____________________________

CASO (B) Forças com mesma direção e sentidos opostos:


A Força resultante (FR) é dada pela diferença das intensidades de cada
força (maior menos menor).
Fmaior - Fmenor = FR
Veja o exemplo abaixo:
Exemplo 2
F1 = 7 N 3- Complete as setas com os
F2 = 4 N
valores corretos do exemplo 2.

-
Cool Gals

F1 F2 FR

4- Qual é o sentido da FR?


____________________________

5- Determine a intensidade da força resultante nas figuras abaixo.


clipart
clipart

17
1ª LEI DE NEWTON - REPOUSO E MOVIMENTO 3.° BIMESTRE

A Primeira Lei de Newton diz que a tendência dos corpos, quando nenhuma força é
exercida sobre eles, é permanecer em seu estado natural, ou seja, repouso ou movimento
retilíneo e uniforme.
Nessa condição, o corpo

CIÊNCIAS – 9.° ANO


não sofre variação de
velocidade, ou seja, se
www.online-sciences.com

está parado, permanece


parado. Se está em
movimento, permanece
em movimento em linha
reta e com velocidade
constante.

Lei de Newton, também chamada Lei da Inércia:


“Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso e um corpo em

http://www.explicatorium.com/cfq-9/newton-lei-1.html
movimento continua em movimento retilíneo e uniforme (MRU)”.

FORÇA QUE RESISTE AO MOVIMENTO - ATRITO


Define-se a força de atrito como uma força de oposição à tendência do escorregamento. Tal
força é gerada devido a irregularidades entre as duas superfícies que estão em contato. Para
que exista a força de atrito, essas duas superfícies devem ser não polidas ou rugosas.

A força de atrito está presente em, praticamente, todos os momentos do nosso dia a dia. Sem ela,
não poderíamos segurar um objeto, riscar um fósforo, caminhar ou fazer um carro se deslocar na rua.

brejo.com/2014/02/17/governador-inaugura-rodovia-que-liga-logradouro-ao-rn/
As estradas são asfaltadas para diminuir o atrito e facilitar a movimentação dos carros.
Adaptado de efisica.if.usp.br/
Algumas ações da Força de Atrito
Um outro exemplo da ação da força de atrito está no pneu do carro, que é aderente ao asfalto
– áspero. Essa combinação entre as características das superfícies do pneu e do asfalto gera uma
força de atrito que fará o automóvel se movimentar, sem que ele derrape na pista.

1- Por que o carro tem mais facilidade para se movimentar em


estradas asfaltadas do que em terrenos irregulares ou na areia?
______________________________________________________
______________________________________________________

Rangido de porta, janela e maçaneta! O


2- Você abre a porta da frente. que fazer?
. https://pt.wikihow.com/Desemperrar-uma-Porta

Escuta as dobradiças rangerem e se


lembra de que precisa ajeitar isso! Quando tentamos abrir uma vidraça
Por que as dobradiças “rangem”, emperrada, há uma força, trocada entre a
deixando a porta emperrada? vidraça e o batente, que se opõe ao
movimento – o atrito. É impossível eliminar o
_____________________________
atrito entre essas duas superfícies, o que se
3- E o que se pode fazer para melhorar o movimento pode fazer é reduzi-lo ao máximo.
da porta? Uma das maneiras para diminuir o atrito é
__________________________________________ o uso de lubrificantes. Uma substância
__________________________________________ colocada uniformemente entre duas
__________________________________________ superfícies, de forma a diminuir a resistência
ao movimento.
18
3.° BIMESTRE 2.ª LEI DE NEWTON: LEI DA DINÂMICA

Qualquer objeto que acelera está sob a ação de um “empurrão” ou “puxão”: uma força F de
algum tipo. Pode ser um empurrão súbito, como o de um chute em uma bola de futebol, ou a
atração contínua da gravidade. A aceleração é causada pela força.
Adaptado de cejarj.cecierj.edu.br/pdf_mod1/CN/Unidade03_Fis.pdf
CIÊNCIAS – 9.° ANO

A pedra A, na imagem ao lado, precisa de uma força F1 para


i.ytimg.com/vi/zt28Q78dyVc/maxresdefault.jpg

obter uma aceleração e, assim, se mover.


A pedra B, por sua vez, precisa de uma força F2 para obter uma
aceleração e, assim, se mover.

Mas será que as forças F1 e F2 terão a mesma intensidade?


A resposta a essa pergunta foi dada por Newton, na sua segunda lei
do movimento. Ele nos ensinou que, nessas situações, o corpo irá
sofrer uma aceleração proporcional à sua massa.

A força necessária para acelerar um corpo é diretamente proporcional à sua massa.


Quanto maior a massa, maior a força que se deve fazer para obter uma certa aceleração.

1- Então, podemos afirmar que a pedra A precisa de uma força de intensidade ______________
do que a pedra B para adquirir uma aceleração capaz de movê-la.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA 1 N (newton) é a intensidade de


DINÂMICA OU 2.ª LEI DE NEWTON uma força resultante que,
“A força aplicada (força resultante) a atuando em um corpo de massa
um objeto é igual à massa do objeto igual a 1 kg, faz com que ele
multiplicado por sua aceleração.” adquira a aceleração de 1 m/s².

Com frequência, mais de uma única força atua sobre um objeto. Lembre-se de que a combinação de
forças que atuam sobre um objeto é a força resultante. A aceleração depende da força resultante.

PESO, MASSA E ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE


O PESO DE UM CORPO é a força com que a Terra o atrai. Esse peso pode O peso, que é uma
ser variável, quando a gravidade variar, ou seja, quando o corpo não está nas força, representa uma
proximidades da Terra. A força gravitacional age sobre o corpo, conferindo- grandeza vetorial.
lhe peso. Portanto, sem a força gravitacional, os corpos não teriam peso. Por Portanto, apresenta
essa razão, o nosso peso varia de acordo com o valor da força gravitacional, intensidade, direção e
que é diferente em outros planetas e satélites naturais do sistema solar. A sentido. Leia a
MASSA de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia. fórmula:
Na Terra, na Lua e em outros planetas, a aceleração da gravidade, isto é, a
força gravitacional é diferente. Na Lua, a aceleração é 1/6 da aceleração da
gravidade na Terra, isto é, 1,6 m/s2.

VARIAÇÃO DO PESO EM DIFERENTES GRAVIDADES


a) É mais fácil pular na Terra, na Lua ou em Marte?
spaceflightsystems.grc.nasa.gov

___________________________________________________
b) Se considerarmos a gravidade da Terra de,
aproximadamente, 10m/s², qual será a massa da pessoa da
figura?
___________________________________________________
c) Qual é o peso da pessoa no espaço. Explique.
19 ___________________________________________________
3.ª LEI DE NEWTON – AÇÃO E REAÇÃO 3.° BIMESTRE

A 3ª Lei de Newton é o resultado de observações dos fatos que ocorrem na natureza. Ela
está muito presente no nosso cotidiano. Os atos de caminhar ou de abrir uma porta são
exemplos da aplicação dessa lei.

CIÊNCIAS – 9.° ANO


3ª LEI DE NEWTON – AÇÃO E REAÇÃO.
"Se um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, o corpo B
A 3.ª Lei de Newton
reage e exerce sobre o corpo A uma força de mesmo módulo e
constata que as forças
direção, mas de sentido contrário."
sempre ocorrem em
pares, ou que uma única
Quer saber como é que se anda?
força isolada não pode
s200/a%C3%A7%C3%A3o+rea%C3%A7%C3%A3o.JPG

Ao caminhar, você empurra o chão para trás existir. Nesse par de


com o seu pé. Em resposta, o chão exerce uma forças, uma é chamada
força para a frente, sobre o seu pé (claro, sobre de ação e a outra, de
o seu corpo). Essa força exercida pelo solo reação.
sobre você é que causa a aceleração do seu Elas são iguais em
corpo para a frente. intensidade (módulo) e
direção, mas possuem
1- Agora responda:
sentidos opostos. E
a) Qual é a ação realizada no ato de caminhar?
sempre atuam em
_______________________________________________________
corpos diferentes.
_______________________________________________________
Assim, nunca se anulam.
b) Qual é a reação?
_______________________________________________________
_______________________________________________________

Conclusão: A toda ação corresponde uma reação, com a mesma


intensidade, mesma direção e sentidos contrários.

O ato de caminhar, além das forças de ação e reação, também envolve o atrito entre os
pés e o chão. Por isso, é mais difícil andar sobre o gelo ou superfícies muito polidas.

2- Observe a figura e complete com as palavras:


AÇÃO – REAÇÃO – 3.ª LEI DE NEWTON
slideplayer.com.br/slide/1842474/

a) Podemos explicar a dor que o karateca sente pela


_______________________.
b) O karateca exerce uma força sobre a tábua denominada
______________________.
c) A tábua também experimenta uma força, chamada de ______________, que é resultante
de sua interação com o karateca.

3- Escreva os nomes de outros exemplos da Lei de AÇÃO E REAÇÃO DE NEWTON que


observamos no nosso dia a dia:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
20
FORÇA E DESLOCAMENTO: DUPLA INSEPARÁVEL
3.° BIMESTRE PARA GERAR TRABALHO

Figura 2 Observe as figuras ao lado.


Figura 1
pixabay.com/

1- O rapaz empurrando um carrinho e os alunos estudando


estão realizando TRABALHO?
___________________________________________________
CIÊNCIAS – 9.° ANO

No sentido usual do nosso cotidiano, tanto o rapaz quanto os


Estadão Educação

alunos estão realizando TRABALHO.

Trabalho, nesse caso, é definido como a realização de uma tarefa.


No sentido físico, entretanto, só existe TRABALHO quando, através da aplicação de uma
Adaptado de Fundamentos da Física I, mat.ufmg.br

força, há o deslocamento de um corpo; não havendo esse deslocamento, não há TRABALHO.


2- Portanto, no sentido físico, os alunos da figura 1 ____________ estão realizando TRABALHO,
apesar de “queimarem as pestanas” estudando. Fisicamente, se não há________________, não há
__________________!
3– E o rapaz, da figura 2, está realizando trabalho, no sentido físico? Por quê?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Você trabalha? Muito ou pouco? Será que há alguma maneira de se medir o TRABALHO?

Considere uma força F, constante, com a mesma direção do deslocamento, que move um corpo
da posição inicial A até a posição final B. O TRABALHO será o produto da força F pelo
deslocamento AB.
UNIDADES DE MEDIDAS NO SI de TRABALHO:
Trabalho () = Joules (J);
todamateria.com.br

Força em Newton (N);


Δs em metros (m). Onde: 1 J = 1 N . m

4- Qual é o valor do trabalho realizado por uma força resultante de 100 N (do rapaz) para empurrar o
carrinho da figura a uma distância de 50 m?_________________________________________________.
RAPIDEZ E POTÊNCIA: PARCERIA PARA O SUCESSO
Potência é a rapidez com que o trabalho é Unidades no SI:


realizado. Define-se Potência como sendo o tempo P = potência trabalho = Joule (J)
P = __
gasto para se realizar um determinado trabalho. = trabalho tempo = s
Matematicamente, a relação entre trabalho e t t = tempo potência = Watt (W)
tempo fica da seguinte forma: Onde 1 W = 1J/s

Lembrando sempre que POTÊNCIA é a relação entre trabalho e tempo. Vamos considerar as três
situações da figura em que o ser humano, o cão e a pantera realizam o mesmo trabalho, isto é, puxam o
carrinho de mesmo peso em um mesmo deslocamento. Se um deles realizar o trabalho em um tempo
menor do que o outro, dizemos que ele desenvolveu uma potência maior em relação ao outro.
Tattoo Stencil Panther
kor.pngtree.com

t = 25 s t = 10 s t=5s
princesitairene1.webcindario.com

5 - Complete com o banco de palavras: IGUAL – PANTERA – CÃO – SER HUMANO – MAIOR.
a) O trabalho realizado pela pantera, pelo ser humano e pelo cão foi _______________ nas três
situações.
b) A diferença entre as situações é esta: o trabalho realizado pelo ____________________ foi
executado com __________ rapidez do que pelo ____________________ e mais lentamente do que o
trabalho realizado pela pantera. Podemos, então, afirmar que a _______________________________
21 realizou o trabalho com maior potência.
MÁQUINAS QUE FACILITAM O NOSSO DIA A DIA 3.° BIMESTRE

Ao longo da história, o ser humano buscou melhorar suas condições de trabalho,


principalmente no que se refere à redução de seu esforço físico. Para isso, utilizou meios auxiliares
que lhe permitissem realizar tarefas de modo mais fácil e, assim, diminuir o gasto de sua força
muscular. Esses primeiros meios foram a alavanca, a roldana e o plano inclinado, os quais, por

CIÊNCIAS – 9.° ANO


sua simplicidade, ficaram conhecidos como máquinas simples.
Uma máquina é simples quando é constituída de uma só peça, como no exemplo da alavanca.
Em toda máquina simples estão associados três elementos:

- FORÇA POTENTE ou POTÊNCIA (P) - força capaz de


produzir ou de acelerar o movimento.

Study.com
- FORÇA RESISTENTE ou RESISTÊNCIA (R) - força
capaz de se opor ao movimento.
- PONTO DE APOIO (A) - elemento de ligação entre
potência e resistência, que pode ser um ponto fixo, um
eixo ou um plano.
(Adaptado de Máquinas Simples (Universo da Mecânica - Telecurso 2000)

E é desse terceiro elemento (Ponto de apoio) de onde surgem os três tipos de máquinas
simples: ALAVANCA – ROLDANA – PLANO INCLINADO.
media.escola.britannica.com.br/

Quando se fala em máquina, talvez você


pense logo em uma máquina de lavar, um
liquidificador, o motor de um carro ou um
computador. Mas uma tesoura ou um simples
parafuso também são considerados máquinas.

Máquinas simples modificam e transmitem


a ação de uma força para realizar algum
movimento. São máquinas que facilitam a
atividade humana simplesmente por nos
permitir realizar uma tarefa com menor esforço
físico.

1- Quando uma pessoa não consegue, por si 3- Se uma pessoa não consegue, por si só,

sobiologia.com.br/conteudos/oitava_serie/mecanica18.php
só, retirar um prego fixado na madeira, uma cortar o tecido para confeccionar uma roupa,
máquina simples poderá ajudá-lo (a) a fazer uma máquina simples poderá ajudá-lo (a) a
isso. Qual delas? fazer isso. Qual delas?
______________________________________ _____________________________________
2- Quando uma pessoa não consegue, por si 4- Quando se tira água de um poço, o balde
só, cortar a lenha, uma máquina simples poderá desce ao fundo e volta, graças ao auxílio de
ajudá-lo (a) a fazer isso. Qual delas? uma máquina simples. Qual delas?
____________________________________ ________________________________
http://www.coudec.com/architecture/truc-et-astuce-jardin/

5- Que máquina simples é encontrada na tirinha?


__________________________________________
__________________________________________

22
3.° BIMESTRE MÁQUINAS SIMPLES: ALAVANCAS

Em diversas situações cotidianas, utilizamos alavancas como auxílio no desenvolvimento


de um trabalho. Tesoura, alicate, martelo são exemplos de alavancas.

Mas o que é uma alavanca?

clounaghtechnology.com/2008/03/lever1.gif
CIÊNCIAS – 9.° ANO

Uma alavanca nada mais é do que uma


barra rígida que pode girar em torno de um
ponto de apoio, quando uma força é aplicada
para vencer a resistência.

As alavancas são classificadas conforme a


posição do ponto de apoio em relação à força
→ →
potente (P) e à força resistente (R).

TIPOS DE ALAVANCAS Adaptado de relacionamento.petrobras.com.br

• INTERFIXA: • INTERPOTENTE: • INTER-RESISTENTE:


Com o ponto de apoio entre Com a força potente Com a resistência entre
a força potente e a entre a resistência e o a força potente e o ponto
resistência. ponto de apoio. de apoio.
relacionamento.petrobras.com.br

FERRAMENTA BOCA DE LOBO PÁ CARRINHO DE MÃO

1- Complete as frases adequadamente, utilizando o banco de palavras abaixo:


MÁQUINAS SIMPLES – CARRINHO DE MÃO – ALAVANCA – INTERFIXA – RESISTÊNCIA –
TESOURA - PONTO DE APOIO.
a) As ______________________________ são dispositivos capazes de facilitar as tarefas
diárias das pessoas.

b) Entre elas, está a_______________________. Ela constitui-se de uma barra resistente que
gira em torno de um ____________________ e tem a capacidade de aumentar a força aplicada
sobre ela.

c) Nas alavancas inter-resistentes, a ____________________________________ fica entre o


ponto de apoio e a força potente, como no exemplo do ________________________________.

d) Na alavanca _______________________, o ponto de apoio está localizado entre a força


potente e a resistência, como na _________________________________________________.
23
3.° BIMESTRE
MÁQUINAS SIMPLES: PLANO INCLINADO
Planos Inclinados são superfícies planas, rígidas, inclinadas em relação à horizontal, que
servem para multiplicar forças. Quanto menor a inclinação, menor deverá ser a força aplicada.

1- João e André devem carregar barris idênticos, do chão até o alto da plataforma de madeira.

CIÊNCIAS – 9.° ANO


Quem fará menos força para levar o barril ao alto da plataforma, André ou João? Por quê?
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________

youbioit.com
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
Adaptado de TELECURSO 2000 - Universo da Mecânica, 02 - Máquinas simples.

Planos inclinados são muito usados no nosso dia a dia.


Veja alguns:
A - Rampa – é o exemplo clássico do plano inclinado. Sem ela,

issuu.com/santillanavenezuela
teríamos que deslocar objetos verticalmente, como no exemplo de João
e André, acima. As rampas são também utilizadas em escadas,
escadas rolantes, tobogãs, escorrega e outros.
B - Parafuso - Se observarmos um parafuso, perceberemos que ele
possui um plano inclinado, que é a rosca. Serve para fixar duas peças,
uma na outra, ou para apertar ou afrouxar um equipamento. A rosca é
também utilizada em tampas e vidros de alimentos.
C - Cunha (ferramenta) – é um plano inclinado duplo, posto em um
ângulo agudo. As cunhas são instrumentos cortantes, como facas,
navalhas, tesouras, formões, talhadeiras, cinzéis, prego, machado.

As rampas em espiral, a cunha e os parafusos são exemplos de aplicação do plano


inclinado no nosso cotidiano. As rampas em espiral facilitam o acesso aos andares
superiores nos estacionamentos.

s1600/escada+rolante+10.jpg

2- Observe as imagens ao lado e responda:


Qual a importância de uma rampa ou plano
inclinado para as pessoas hoje em dia?”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Adaptado degeocities.ws/saladefisica7/funciona/rolante.html
_________________________________________________________________________
portaldoprofessor.mec.gov.br/

3- Que máquinas simples são encontradas na tirinha?


Explique-a.
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
24
3.° BIMESTRE MÁQUINAS SIMPLES: ROLDANAS OU POLIAS
As roldanas sempre estiveram presentes em nossa vida. No ato de hastear a bandeira em
solenidades, nos varais caseiros, em equipamento de academias e médicos e guindastes.
Elas tornaram viáveis o esforço que queremos realizar, em geral, mudando de direção a força
necessária ou diminuindo a intensidade do esforço preciso para sustentar um corpo, pois parte
CIÊNCIAS – 9.° ANO

desse esforço é feita pelo teto ou outro dispositivo que sustenta o conjunto.
Adaptado de TELECURSO 2000 - Universo da Mecânica, 02 - Máquinas Simples).

A roldana é uma roda que gira ao redor de um eixo que passa por seu centro. Na borda da
roldana existe um sulco ou canal em que se encaixa uma corda, um cabo flexível ou uma
corrente.

Roldanas fixas –– A roldana fixa não


reduz a força necessária para levantar
um objeto, mas permite puxá-lo em vez
de o erguer (Figura 1).

Roldanas móveis – Para cada roldana


de um sistema de roldanas móveis, a

static.wixstatic.com
força necessária para elevar a carga fica
reduzida à metade (Figura 2).
FIGURA 1 FIGURA 2
1- Dois pedreiros – Chico e João – erguem baldes de concreto
do solo até o segundo andar de um edifício. Chico usa um
sistema com duas roldanas — uma fixa e a outra móvel —,
Física---volume-5--editora-bernoulli---colecao-estudo

enquanto João usa um sistema com uma única roldana fixa,


como mostrado na figura.
Considerando-se essas informações, pergunta-se quem faz
menos força, para erguer baldes de mesma massa até uma
mesma altura, com velocidade constante, Chico ou João? Por
quê?

______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
Adaptado de Física---volume-5--editora-bernoulli---colecao-estudo

A RODA OU O EIXO É UMA DAS MAIORES INVENÇÕES DA HUMANIDADE!


As primeiras surgiram do polimento de madeiras e rochas. Ao longo do tempo, elas foram sendo
aprimoradas e utilizadas em recursos tecnológicos.

Quando se fala em roda, imediatamente pensa-se em eixo,


que é uma segunda roda presa ao centro da primeira. Na pré-
história, os homens usavam troncos arredondados de árvores e
discos de pedra para funcionar como rodas.
Com o passar do tempo e com a descoberta dos metais e de
outros materiais, as rodas foram evoluindo.
Hoje, temos rodas de plástico tão resistentes quanto as de
aço. Máquinas complexas, como torno, furadeira, automóvel,
maçanetas, bicicletas, liquidificador e outros possuem diversos
tipos de rodas, que permitem os mais variados movimentos.
ppposters

2- Onde podemos encontrar exemplos de rodas no nosso dia a dia?


25 _____________________________________________________________________________
4.° BIMESTRE

SUMÁRIO

CIÊNCIAS – 9.° ANO


CALOR E TEMPERATURA – PURA AGITAÇÃO! 27

MEDINDO A TEMPERATURA... 28

CONTRAÇÃO E DILATAÇÃO TÉRMICA 28

ESCALAS TERMOMÉTRICAS E SUAS RELAÇÕES 29

PROPAGAÇÃO DE CALOR – CONDUÇÃO, CONVECÇÃO E IRRADIAÇÃO 30

A PROPAGAÇÃO DAS ONDAS SONORAS 32

A VELOCIDADE DAS ONDAS SONORAS 33

AS QUALIDADES DO SOM 34

POLUIÇÃO SONORA 35

A NATUREZA DA LUZ E SUAS FONTES 36

OS DIVERSOS CAMINHOS DA LUZ! 37

A LUZ SE PROPAGA EM LINHA RETA E DE FORMA INDEPENDENTE 38

FENÔMENOS ÓPTICOS 39

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS 40

ELETRICIDADE – POSITIVO E NEGATIVO E ELÉTRONS EM AÇÃO 41

RELAÇÃO DE EXTREMOS: CONDUTORES E ISOLANTES 44

POTÊNCIA ELÉTRICA E O CONSUMO CONSCIENTE 45

MAGNETISMO – ATRAÇÃO LEGAL! 46


26
4.° BIMESTRE CALOR E TEMPERATURA: PURA AGITAÇÃO!

A matéria é formada por moléculas que estão em constante movimento. Quanto maior o
movimento, maior a energia cinética de cada uma das moléculas e, consequentemente, maior será a
temperatura. Chamamos de temperatura a medida do estado de agitação das moléculas.

Investigando ...
CIÊNCIAS – 9.° ANO

• Quando retiramos alguns cubos de gelo do congelador


de nossa casa, percebemos que eles não possuem um
grau elevado de agitação (temperatura baixa).
• Já, se os deixarmos dentro de um copo por várias horas,
eles passarão por uma transformação (fusão) e tornar-

www2.uol.com.br
se-ão água. Como líquido, o grau de agitação é maior
(temperatura ambiente).

1- Se você pegar um cubo de gelo que estava no congelador a uma temperatura de –5 ºC e


deixá-lo do lado de fora, o que vai acontecer como ele? E com a sua temperatura? Como estará o
grau de agitação de suas moléculas depois de algum tempo?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Quando colocamos em contato térmico dois corpos de temperaturas diferentes, notamos
que eles buscam uma situação de equilíbrio térmico, no qual as temperaturas se tornam
iguais.
Para que isso aconteça, o corpo de maior temperatura fornece ao de menor temperatura certa
quantidade de energia térmica. Isso provoca uma diminuição em sua temperatura e um
aumento na temperatura do corpo inicialmente mais frio, na tentativa de se estabelecer o
equilíbrio térmico.

A temperatura está
relacionada com o estado de Calor é uma forma de energia, em trânsito, que se transfere do
movimento ou de agitação corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura,
das partículas de um corpo. devido à diferença de temperatura entre dois corpos.
www.encinitas2035.info

2- É muito comum ouvirmos algumas expressões


cotidianas, associando calor a altas temperaturas.
Em um dia quente, por exemplo, usa-se a expressão
“Hoje está calor!”.
Qual seria a “fala” correta da espiga de milho?
__________________________________________

27
MEDINDO A TEMPERATURA... 4.° BIMESTRE

A maioria das substâncias dilata-se quando aquecida e se contrai quando resfriada. Esses
fenômenos estão relacionados ao aumento ou à diminuição de temperatura dos materiais. São
denominados, respectivamente, dilatação e contração térmica.
O termômetro é o instrumento que se baseia no equilíbrio térmico e na dilatação e contração

CIÊNCIAS – 9.° ANO


de algumas substâncias: as termométricas. São exemplos de termômetros os de mercúrio e o
álcool comum. O termômetro é utilizado para medir a temperatura de um corpo ou do ambiente.
Existem vários tipos de termômetros, entre eles, os termômetros clínicos, de superfície,
de temperatura do ar e os meteorológicos.

O termômetro clínico é um fino tubo de vidro, ligado a um

CLIPART
bulbo, com um líquido dentro, geralmente o mercúrio (metal que
se dilata facilmente com o aquecimento). Esse termômetro é
definido como um termômetro de máxima, ou seja, termômetro
que marca apenas a maior temperatura atingida.

1- O mercúrio, metal utilizado nos termômetros clínicos, dilata facilmente quando aquecido.
Quanto maior for o comprimento da coluna de mercúrio, maior será a dilatação sofrida e,
portanto, mais alta será a temperatura. Qual é a temperatura marcada no termômetro clínico
acima? Essa temperatura indica febre?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
http://serviceyards.com/pt/stories/1701

O mercúrio é tóxico e perigoso se inalado ou ingerido


por acidente. Se um termômetro de mercúrio quebrar,

http://towbar.com.br
evite tocá-lo. O mercúrio é nocivo ao ambiente. Por isso,
deve ser descartado em local apropriado, pois, ao poluir
a água, por exemplo, pode ser ingerido pelos animais.

CONTRAÇÃO E DILATAÇÃO TÉRMICA


No dia a dia podemos observar que, entre os trilhos de ferro, nas quadras de futebol, em
pontes e viadutos, existem pequenas fendas de dilatação que possibilitam a expansão da
estrutura sem que ocorram possíveis trincas e danos na estrutura. Esses acontecimentos são
explicados pela dilatação térmica. A diminuição de temperatura provoca, por consequência, a
diminuição nas dimensões do corpo, chamada de contração térmica.
2- As grandes pontes e viadutos de concreto e ferro apresentam pequenos espaços entre os
vários blocos que as compõem. Você saberia dizer o motivo e o nome do fenômeno envolvido?
cepesf3dm2016.com

______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
ebah.com.br/content/ABAAAgz_AAB/termologia?part=2
ebah.com.br/content/ABAAAgz_AAB/termologia?part=2

3- Os frascos são úteis para guardar e preservar alimentos, mas, às vezes, são difíceis de abrir.
Por que molhar com água quente a tampa de metal de um vidro faz com que se consiga abri-lo
mais facilmente?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________ 28
4.° BIMESTRE ESCALAS TERMOMÉTRICAS – CADA LOCAL TEM A SUA!

A necessidade de se quantificarem (medirem) as noções de quente


e frio levou a invenção do termômetro e originou as diversas escalas termométricas.
Os valores numéricos de uma

apice.coop.br/FisicaNet/GifJpeg/
escala termométrica são obtidos a
partir de dois valores relativos a
CIÊNCIAS – 9.° ANO

estados térmicos de referência,


denominados pontos fixos: ponto
de fusão do gelo e ebulição da
água, ao nível do mar.

• As escalas mais usuais atualmente são: Celsius (oC), Fahrenheit (oF) e Kelvin (K).
• A Celsius é amplamente usada na maior parte dos países.
• A escala Fahrenheit é usada em países onde a língua oficial seja o inglês, como EUA.
• A Kelvin é uma escala absoluta que tem como referência a temperatura do menor estado
de agitação de qualquer molécula (0K), cujo uso é mais técnico e científico.

RELAÇÕES ENTRE ESCALAS TERMOMÉTRICAS


• Na ESCALA CELSIUS, o ponto de gelo é O ºC e o ponto
de vapor é 100 ºC . Nessa escala, o intervalo entre os
quimicadashotoko.com/2014/10/as-escalas-termometricas.html

pontos fixos é dividido em 100 partes iguais, sendo que cada


divisão corresponde a 1 grau Celsius ( 1 ºC).

• Na ESCALA FAHRENHEIT, o ponto de gelo é 32 ºF e o


ponto de vapor é 212 ºF . Nessa escala, o intervalo entre os
dois pontos fixos é dividido em 180 partes iguais, sendo que
cada divisão corresponde a 1 grau fahrenheit (1 °F).

• Na ESCALA KELVIN, o ponto de gelo é 273 K e o ponto de vapor é 373 K. Nessa escala, o intervalo entre
os dois pontos é dividido em 100 partes iguais, sendo que cada divisão corresponde a 1 kelvin (1 K).

Podemos relacionar as escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Para fazer a mudança de qualquer
valor de uma escala para outra, utilizamos as seguintes relações matemáticas:

CELSIUS E FAHRENHEIT CELSIUS E KELVIN CELSIUS, KELVIN E FAHRENHEIT

Tc = Tf- 32 Tk = Tc + 273 Tc = Tk- 273 = Tf- 32


5 9 5 5 9

Exemplo: Como transformar 2- Como transformar 395 ºC


1- Como transformar 122 ºF
80 ºC em ºF? em K? ___________
em ºC? _______________

TF = 176 °F

80 = TF - 32
16 = TF – 32
5 9
9
144 = TF – 32
144 + 32 = TF TF = 176 ºF
29
OS 3 VILÕES DO ISOLAMENTO TÉRMICO: A CONDUÇÃO, 4.° BIMESTRE
CONVECÇÃO E IRRADIAÇÃO

Em certas situações, mesmo não havendo contato físico entre os corpos, é possível sentir
que algo está mais quente. Um exemplo disso é quando chegamos perto de uma fogueira. É
possível concluir que, de alguma forma, o calor emana dos corpos "mais quentes”, podendo se
propagar de diversas maneiras.

CIÊNCIAS – 9.° ANO


Adaptado de:http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/transm.php

O fluxo de calor acontece no sentido da maior temperatura para a menor temperatura.

Esse trânsito de energia térmica pode ocorrer das seguintes formas: por condução,
convecção e irradiação térmica.

researchgate.net
CONHECENDO AS FORMAS
DE PROPAGAÇÃO DO CALOR...

A condução é a transferência de calor que ocorre entre as moléculas de um objeto quando


aquecido. Ocorre nos sólidos. Na situação acima, o calor se propaga por todo o cabo de metal
da panela, após certo tempo, até que seja atingido o equilíbrio térmico. A condução ocorre
principalmente em materiais sólidos, onde as partículas estão bem próximas uma das outras.

A convecção é a propagação de calor que ocorre devido à diferença de temperatura no fluido


(gases e líquidos). Na figura acima, a água quente, na parte inferior, menos densa, sobe,
enquanto a água fria, na parte superior, mais densa, desce. Esse movimento de água quente e
água fria, chamado de corrente de convecção, faz com que a água se aqueça como um todo.
A convecção é também um importante meio de transferência de calor de massa em fluidos -
líquidos e gases. O ar mais fresco do ventilador chega às pessoas por correntes de convecção.

Ao contrário da convecção e da condução, a irradiação não necessita de meio material: a


transferência da energia radiante ocorre em ondas eletromagnéticas. São exemplos de
irradiação: o aquecimento da Terra pelo Sol, o calor da fogueira e da lareira e cozimento dos
alimentos no forno convencional, como no exemplo da chama do fogão acima.
brasilescola.uol.com.br

1- Observe a figura ao lado e complete de forma adequada as


frases sobre a propagação do calor:
a) O calor se propaga de um corpo de ____________
temperatura para outro de _____________ temperatura.
b) A propagação do calor pode ocorrer de três formas:
_______________________________________________.
c) O calor da fogueira chega às nossas mãos por
_______________________________________________.
d) O calor chega até o ferro e o aquece por
_______________________________________________.
e) O ar quente e mais leve da fogueira chega às pessoas por
correntes de ____________________________________.
30
SITUAÇÕES DO DIA A DIA ENVOLVENDO AS DIFERENTES
4.° BIMESTRE
FORMAS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR
Materiais diferentes conduzem o calor de maneira diversa. A propriedade de conduzir o calor é
chamada de condutividade térmica do material. Os metais são excelentes condutores de calor;
por isso, o alumínio é utilizado na confecção de panelas, enquanto a cerâmica, que é um material
mau condutor ou isolante térmico, é utilizada na confecção de canecas.
CIÊNCIAS – 9.° ANO
Portal do Professor - MEC flicbrindes.com.br/

A lista abaixo mostra alguns materiais do nosso

Adaptado de ufrgs.br/~leila/propaga.htm
cotidiano arrumados em ordem decrescente de
condutividade térmica:
1. Prata 7. Vidro
2. Cobre 8. Cerâmica
3. Alumínio 9. Madeira (pinho)
4. Ferro 10. Amianto
MAUS CONDUTORES OU
5. Zinco 11. Lã
BONS CONDUTORES
DE CALOR ISOLANTES TÉRMICOS 6. Aço 12. Isopor

1- Em geral, sólidos metálicos como


O ar e o gelo também
sistemas.eel.usp.br

___________________________ são bons


são considerados isolantes condutores térmicos. Outros materiais, no
térmicos. O ar é utilizado
entanto, são isolantes térmicos, como
pelos pássaros, no inverno.
Eles eriçam suas penas ___________________________________.
para reter uma camada de ar, isolando o 2- Por que os pássaros eriçam suas penas? Em
corpo do ambiente. E o gelo é utilizado pelos que época do ano isso mais acontece?
esquimós na confecção de iglus, mantendo o _______________________________________
calor no ambiente. _______________________________________

Podemos encontrar, em nossa vida diária, várias situações nas quais as correntes de convecção
desempenham papel importante. A formação das brisas marítimas e terrestres, a circulação de ar no
interior da geladeira, nos condicionadores e aquecedores de ar, nos radiadores de automóveis e
panelas com água fervendo, entre outros.

3 - Escreva o nome de dois exemplos de propagação de calor por convecção no seu caminho
para escola.
_____________________________________________________________________________
4 - A propagação de calor por irradiação não necessita de um meio material. Como ela ocorre?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
5 - Escreva dois exemplos de irradiação térmica comuns no nosso dia a dia:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

.
6- Que tipo de propagação de calor
é observado na tirinha?
______________________________
______________________________
Adapatado de enem.com.br/transmissao-de-calor-simulado-enem/
______________________________
31
ALÔ? ALÔ? ALÔ! A PROPAGAÇÃO DAS ONDAS SONORAS 4.° BIMESTRE
karolclemente2003.wixsite.com

O SOM é uma onda mecânica que possui intensidade e frequência


necessárias para ser percebida pelo ser humano. As ondas sonoras
precisam de meios materiais, como o ar ou o solo, para se propagar. O
espalhamento do som ocorre porque o som é uma onda que se

CIÊNCIAS – 9.° ANO


propaga em todas as direções.

clipart-library.com
Como exemplos de fontes sonoras estão: as pregas vocais, os instrumentos musicais, os
aparelhos de som, a buzina dos carros, os alto-falantes, entre outros.
pixabay.com/pt/alto-falante-desenhos-animados-309554/

galeria.colorir.com
ultrad.com.br
A todo instante, as pessoas estão emitindo sons por suas cordas vocais: em conversas com
familiares ou amigos, cantarolando, assobiando etc. Isso acontece em decorrência da fala e da
audição se constituírem na forma de comunicação mais comum entre as pessoas. Porém, quem
nunca se perguntou como pode o som sair da boca de uma pessoa e chegar aos ouvidos de
outra? Como o som se propaga entre as duas pessoas que conversam? Isto é, o que é o som?
s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2016/02/propagacao_ondas_sonoras.jpg

A voz humana, por exemplo, é produzida


quando o ar que vem dos pulmões passa
pela laringe. Quando o ar atinge as cordas
vocais, na laringe, há vibração, dando
origem ao som. Essa vibração causa uma
perturbação no ar, que é expandido e
comprimido, até chegar às nossas orelhas.

As ondas sonoras saem da boca de uma pessoa (emissor) e se propagam, em constante


movimento de compressão e expansão do ar, até chegar às orelhas da outra pessoa (receptor).
Adaptado de infoescola.com/fisica/ondas-mecanicas

AGORA,
É COM VOCÊ !!!
1- Podemos afirmar que o som é uma perturbação no “caminho
A onda mecânica é aquela
do ar“?
que necessita de um meio
___________________________________________________ material para se propagar e
___________________________________________________ pode ser causada por
2- Qual é a direção de propagação das ondas sonoras? alguém ou por alguma
___________________________________________________ fonte. Essa perturbação
___________________________________________________ propaga-se de um ponto
3- Escreva se as fontes abaixo são produtoras, receptoras de para outro, na forma
de pulsos.
som ou ambas as fontes:
a) buzina – __________________________________________
b) telefone – ________________________________________
c) rádio – __________________________________________
d) orelha – _________________________________________
gratispng.com
32
4.° BIMESTRE ALÔ? ALÔ? ALÔ! A VELOCIDADE DAS ONDAS SONORAS

As ondas sonoras se propagam no ar e em outros meios materiais, como, por exemplo, pelo fio
do telefone ou pelo solo. A maioria dos sons chega à orelha. Eles são transmitidos pelo ar (meio
de propagação). Quanto mais denso o ar, melhor será a propagação do som, pois, nesse caso, as
moléculas do ar estão mais próximas, transmitindo melhor a energia de umas para as outras. Por
CIÊNCIAS – 9.° ANO

esse motivo, a velocidade do som, nos sólidos, é maior do que nos líquidos e a velocidade do som,
nos líquidos, é maior do que nos gases.
As ondas sonoras não se
propagam no vácuo, já que
se transmitem através de

https://joeleriksson.com
vibrações moleculares: as
moléculas precisam estar
próximas, o que não ocorre
no vácuo.

A propagação do som não é


1- Observe a tabela a seguir, leia atentamente o texto acima e instantânea. Podemos verificar
responda. esse fato durante as tempestades:
Você já deve ter observado, nos filmes de faroeste, que, o trovão chega às nossas orelhas
quando um cowboy quer saber se alguém está se segundos depois do relâmpago,
aproximando a cavalo, ele se deita e encosta a orelha no chão embora ambos os fenômenos
e tenta escutar o “galope”. Por quê? (relâmpago e trovão) ocorram no
____________________________________________________ mesmo instante. A propagação da
____________________________________________________ luz, nesse caso o relâmpago, é de
____________________________________________________ 300.000 km/s superior à
____________________________________________________ velocidade do som no ar, que é
2- Complete corretamente: igual a 340 m/s.
a) Um jato supersônico voa com velocidade ___________ do A VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DO
que a velocidade do _________________________________. SOM EM DIFERENTES MEIOS:
b) Quando uma onda sonora se propaga no ar, sua MEIO VELOCIDADE (m/s)
velocidade é de _______________________ m/s, muito
_______________________________do que na água. AR (15 ºC) 340
c) O som é mais rápido no meio ___________________ e ÁGUA 1 498
mais lento no meio _________________________________. VIDRO 4 540
ALUMÍNIO 5 100

3- Leia a tirinha e responda:


a) Que tipos de propagação são
observadas na tirinha?
__________________________
__________________________

b) Por que o trovão e o raio não


ocorrem ao mesmo tempo?
__________________________
__________________________
__________________________
Glossário: supersônico - adj. velocidade superior à do som: avião supersônico.( www.dicio.com.br); vácuo – vazio, sem
33 matéria. (www.dicio.com.br).
ALÔ? ALÔ? ALÔ! AS QUALIDADES DO SOM
4.° BIMESTRE

A orelha humana é capaz de diferenciar algumas qualidades do som, como a altura


(agudo e grave), a intensidade (forte e fraco) e o timbre.
Em nosso dia a dia, os termos volume e altura são utilizados como sinônimos, mas, do ponto de
vista científico, esses dois conceitos são diferentes; veja só:

CIÊNCIAS – 9.° ANO


A altura é a qualidade do som relacionada à sua frequência. Ela nos permite diferenciar os sons
em agudos e graves. Um som agudo possui altas frequências e o som grave, frequências baixas.

Já o volume está relacionado com a intensidade sonora, isto é, a quantidade de energia


transportada pelo som, que nos permite classificá-los em sons fracos ou fortes. Para medir o
nível sonoro, usamos, como unidade, o decibel (dB), em homenagem a Alexander Graham Bell,
inventor do telefone.

O timbre é a qualidade que permite distinguir sons diferentes com a mesma altura e intensidade.
Cada pessoa tem um tipo de voz único, devido à constituição própria do aparelho fonador dela. Por
isso, sabemos distinguir a voz de nossos familiares e amigos de outras pessoas. Por exemplo: a
mesma nota musical, produzida por instrumentos diferentes, possui um timbre diferente.

1- Em relação à qualidade sonora, complete com as palavras


TIMBRE – ALTURA – INTENSIDADE
a) As pessoas podem ser reconhecidas pela voz, porque cada voz Na escala da intensidade
tem o próprio ___________________________________________. sonora, o limiar inferior de
audição é de 0 dB e o superior
b) O som do violino é mais agudo do que o do violão. Essa qualidade corresponde a 120 dB. A
sonora é a _____________________________________________. exposição constante a sons de
c) O som pode ser fraco ou forte, conforme sua ________________. intensidades acima de 85 dB
pode, a longo prazo, causar
2- Para medir o nível sonoro, usamos, como unidade, o______ (dB). danos ao aparelho auditivo.

ALÔ? ALÔ? ALÔ! FREQUÊNCIA DE ONDAS SONORAS Adaptado de portal.saude.gov.br


Todo corpo que é capaz de vibrar tem a sua A orelha humana é sensibilizada somente
frequência natural de vibração. Isso ocorre entre 20 Hz e 20 000 Hz, aproximadamente.
porque o corpo é constituído de moléculas que Não ouvimos as ondas com frequências
vibram. Essas vibrações, em conjunto, inferiores ou superiores à faixa auditiva
determinam a frequência natural de vibração de humana, pois não provocam sensação auditiva
cada corpo. A frequência é o número de ao atingir a orelha. Por isso, os infrassons e os
vibrações ocorridas durante um período de ultrassons, ouvidos por outros animais, não
tempo. Sua unidade de medida é o Hertz (Hz). são audíveis por nós.

Infrassons – Sons com frequências


slideplayer.com.br/slide/282185/

menores que 20 Hz. São produzidos,


exemplificando, por um abalo
sísmico.
Ultrassons – Sons com frequências
maiores que 20 000 Hz. São usados
em aparelhos de ultrassonografia
para diagnose médica.

3- Alguns adestradores de cães usam apitos especiais que, quando soprados, não são ouvidos pelos
humanos. Por quê? _________________________________________________________________ 34
4.° BIMESTRE ALÔ? ALÔ? ALÔ! POLUIÇÃO SONORA
A poluição sonora é prejudicial à saúde humana. O excesso de ruído pode provocar irritabilidade,
insônia, dor de ouvido, estresse, distúrbios mentais, úlceras gástricas e problemas cardíacos. Quando
exposto, diariamente, a ruídos acima de 75 dB, o ser humano, em poucos anos, sofre mudanças em
seu organismo. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o limite de exposição diária ao ruído,
CIÊNCIAS – 9.° ANO

para que um ser humano viva bem, deve ser de 55 dB. Isso se justifica porque o nervo auditivo
humano não é muito resistente à exposição prolongada a ruídos elevados. Pessoas submetidas a
ruídos constantes, acima de 85 dB, por oito horas, estão sujeitas a apresentar perdas auditivas
consideráveis em poucos anos de exposição.
Adaptado de ufsm.br

Veja algumas dicas para prevenir a poluição sonora e


diminuir seus danos:
• Evite locais com muito barulho.
• Não escute música com volume muito alto.

ozonekr.com
• Não grite em locais fechados.
• Evite soltar fogos de artifício.
• Feche as janelas do veículo em locais de trânsito
barulhento.
• Use protetor auricular em locais de trabalho com muito
ruído.
http://www.amplitudeacustica.com.br

1- Analise os dados do termômetro do ruído e responda:


interagindocomaecologia.com

a) Que tipos de sons são considerados ruídos? Por quê?


________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________

b) Dentre as opções a seguir, assinale aquela que


apresenta o nível de intensidade sonora mais coerente com
o interior da biblioteca:
(A) 30 dB. (B) 60 dB. (C) 110 dB. (D) acima de 130 dB.
Evitar a exposição
constante aos ruídos é c) Qual é o limite tolerável para a audição humana?
essencial à qualidade de ________________________________________________
vida das pessoas que
vivem nas grandes d) Cite dois cuidados para prevenir os efeitos da poluição
cidades. sonora:
________________________________________________
As árvores ajudam a ________________________________________________
diminuir a poluição sonora, e) O que pode acontecer com as pessoas que moram perto
porque servem como bloqueio de aeroportos?
natural às ondas de som, de ________________________________________________
acordo com professor da ________________________________________________
IAG/USP, Augusto Pereira ________________________________________________
Filho.
"A vegetação amortece as f) As pessoas, ao trocarem um segredo, geralmente o fazem
ondas de som. O som viaja pelo cochichando. Assinale, nas opções a seguir, aquela que
ar e, se você tem uma barreira – apresenta o nível de intensidade sonora mais coerente com
no caso, uma barreira natural – , o do cochicho:
(A) 140 dB. (B) 100 dB. (C) 60 dB. (D) abaixo de 30 dB.
35 ela retém o som“.
A NATUREZA DA LUZ E SUAS FONTES
4.° BIMESTRE
O ser humano sempre teve interesse em conhecer a
natureza da luz, ou do que ela é feita. A luz visível é um
conjunto de ondas cuja frequência é capaz de provocar
sensação visual num observador normal. Transporta uma

http://crv.educacao.mg.gov.br
energia, a energia radiante, que é capaz de sensibilizar as
células de nossa retina e provocar a sensação de visão.

CIÊNCIAS – 9.° ANO


O Sol, as lâmpadas elétricas e a vela acesa são exemplos de
emissores de energia radiante. A menina vê parte da luz do Sol
refletida pela árvore.
FONTE DE LUZ é todo corpo capaz de emitir luz, ou seja, todo corpo visível.
https://pt.slideshare.net/frenaspa/slides-de-ptica-geomtrica/4

- Os corpos que emitem luz própria recebem o nome de FONTE


PRIMÁRIA ou corpos luminosos, como, por exemplo, o Sol, a
lâmpada, o vagalume, o palito de fósforo aceso e a vela acesa.

- Os corpos que emitem a luz que recebem de outras fontes são


chamados de FONTE SECUNDÁRIA ou corpos iluminados,
como, por exemplo, a lua, os planetas, as árvores, as nuvens, o
espelho, a cantora no palco, vidros, os campos, as madeiras e
outros.

1 - Leia o texto abaixo e responda:


Tente se imaginar dentro de um quarto sem janelas nem lâmpadas,

ciclovivo.com.br/inovacao/tecnologia
completamente escuro, onde não é possível ver as frestas da porta.
Mesmo depois de alguns minutos, já acostumado com a escuridão, não
se consegue enxergar nada. Nem a toalha branca, o espelho na parede,
o brilho dos olhos do gato, a caixa de metal do relógio. Nada mesmo!

Pense e liste três coisas importantes que aconteceram com você hoje. Separe aquelas que
estejam ligadas à sua capacidade de ver.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Imagine agora que você tenha entrado naquele quarto com uma lanterna de mão, que a
acendeu e ficou só olhando, sem se mexer. Você só conseguiu ver o que estava na região
iluminada pela lanterna. Para ver o resto, teve de mover a lanterna. A luz que sai da lanterna
chega até o objeto, por exemplo, a mesa, bate nela e volta por todos os lados, até onde você
está. A gente diz que a mesa refletiu a luz que chegou até ela. Na verdade, nem sempre o
que vemos é resultado da chegada de luz refletida por algum objeto. A televisão, por
exemplo, emite a luz que torna possível você assistir a um desenho animado ou a um jogo de
futebol. A mesma coisa ocorre com o cinema, a vela ou a lâmpada acesa.
2 - Leia o texto acima e retire dele dois exemplos de corpos luminosos e corpos iluminados.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Adaptado de Uma luz sobre a visão. Ciência Hoje na Escola, v. 5: Ver e Ouvir. 36
4.° BIMESTRE OS DIVERSOS CAMINHOS DA LUZ!

Quando uma fonte de luz emite um feixe de luz, a luz passa a se propagar numa velocidade
de 300 000 km/s no vácuo. O vácuo é o único meio com trajetórias regulares, definidas e
transparentes. A luz, ao contrário do som, se propaga no vácuo. Mas a luz também tem
capacidade de se propagar em outros meios materiais, como, por exemplo, ar, vidro, papel.
CIÊNCIAS – 9.° ANO

Vejamos como os raios de luz se comportam quando atravessam diferentes meios.


Meios transparentes Materiais opacos
A luz atravessa o meio
material de forma regular. A luz não atravessa o
Adaptado de www.cfq.org.br/naciin-kosta

Vê-se nitidamente o que está meio material e por


exposto na vitrine. isso NÃO atravessa a
parede.

São exemplos o ar, o vidro, o Os metais, a madeira ou o granito são


acrílico, o papel celofane. exemplos desses tipos de materiais.

Materiais translúcidos 1- Através de uma camada pouco


A luz atravessa o meio profunda de água dos oceanos, é possível
material parcialmente, de ver, nitidamente, os peixes. Nesse caso, a
forma irregular. Vê-se com água é um meio __________________ e,
pouca nitidez através da nesse meio, a luz percorre trajetórias
porta de vidro fosco. _________________________________.
HALLIDAY,D.; RESNICK,R ; Fundamentos da Física Vol.3 8ª Ed. 2009 - Editora LTC

O vidro fosco, o papel vegetal


e a gelatina são exemplos.

PROPAGAÇÃO DA LUZ EM ALGUNS MEIOS


• No vácuo e no ar, a luz tem
MEIO VELOCIDADE DA LUZ (km/s) praticamente a mesma velocidade.
VÁCUO 300 000 • Quanto mais denso for o meio material,
AR 300 000 menor será a velocidade da luz.
ÁGUA 225 000
2- Em que meio a luz tem sua maior velocidade?
VIDRO 200 000 Como você classificaria esse meio material?
DIAMANTE 125 000 _____________________________________
3- Zezé cantava no banho. A mãe, do lado de fora do banheiro, pedia para Zezé
cantar mais baixo, para que ela pudesse falar ao telefone. A mãe não podia ver
Zezé, somente ouvir a sua voz. Por quê? Que meio material é a parede?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
http://lh3.ggpht.com/

4- A cortina da banheira de Zezé é fosca, por isso uma pessoa, mesmo dentro do banheiro, não
conseguiria ver Zezé com precisão. Por quê? Que meio material é a cortina da banheira de Zezé?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5- Nas últimas décadas, o cinema tem produzido inúmeros filmes de ficção científica, apresentando
cenas de guerras espaciais, que apresentam explosões e efeitos luminosos espetaculares: tudo isso
no espaço interplanetário. Esses efeitos luminosos apresentados estão de acordo com as leis da
Física? Por quê?
_________________________________________________________________________________
37 _________________________________________________________________________________
A LUZ SE PROPAGA EM LINHA RETA E DE
4.° BIMESTRE
FORMA INDEPENDENTE
Numa lâmpada elétrica acesa, nos raios solares que entram pela janela, na chama de uma vela
ou no fósforo aceso, a luz se propaga (espalha), atingindo todos os objetos ao seu redor. A luz
se espalha através de raios luminosos que se propagam em linha reta. Uma lâmpada elétrica, o
Sol, uma vela ou um fósforo emitem uma infinidade de raios de luz.

CIÊNCIAS – 9.° ANO


Chamamos de raio de luz a um feixe de luz muito estreito, que indica a direção e o sentido de
propagação da luz.

REPRESENTAMOS O RAIO O RAIOS DE LUZ DO SOL


DE LUZ POR UMA RETA COM ENTRANDO EM LINHA
UMA SETA. RETA PELA JANELA O princípio da
propagação retilínea da

crv.educacao.mg.gov.br/
luz diz que em um meio
homogêneo e
transparente, como o ar,
aulas-fisica-quimica.com

a luz se propaga em linha


reta. Uma das

autodesk.typepad.com
consequências desse
comportamento da luz é a
formação de sombra, que
Embora a luz possa interagir com os materiais com os quais se dá quando a luz
entra em contato, não interage com ela mesma. Quando raios de encontra em seu caminho
luz se cruzam, cada um segue sua trajetória, independente dos um objeto opaco (todo
outros. Há uma independência de propagação. Esse é o princípio objeto que não permite a
de independência dos raios de luz. propagação da luz
através de si).
pt.dhgate.com

Adaptado de ufjf.br/profis/files/2017/01
cursoenemgratuito.com.br/luz-fisica-enem/
Muito cuidado ao manusear materiais nos experimentos.
Toda experimentação deve contar com a participação do
seu Professor, sua Professora ou de um outro adulto.

1- Podemos observar que a luz se propaga em linha reta. Com auxílio


de seu (sua) Professor(a), pegue dois pedaços de cartão opacos, faça
um furo em cada um (usando, para isso, um prego pequeno) e
posicione-os em frente a uma vela. Observe a figura ao lado.
Figura e experimento adaptado da Companhia Das Ciências – 9.º Ano – 3.ª Ed. 2015

a) Se colocarmos os cartões sobrepostos e alinhados à vela, na mesma reta, o que


observaremos?________________________________________________________________
b) E se colocarmos os cartões e a vela fora de alinhamento?____________________________
c) O que podemos provar com isso?
_____________________________________________________________________________
2- “Quando dois ou mais raios de luz vindos de fontes diferentes se cruzam, seguem suas
trajetórias de forma independente, como se os outros não existissem.” Esse texto caracteriza o
_____________________________________________________________________________
38
4.° BIMESTRE
FENÔMENOS ÓPTICOS
REFLEXÃO: a reflexão é regular 1- Qual é a propriedade da luz observada na
quando os raios de luz incidem figura? Você saberia explicar por que vemos
sobre uma superfície totalmente as montanhas na água como em um
polida e são refletidos, todos, na espelho?
CIÊNCIAS – 9.° ANO

mesma direção, e paralelos entre ___________________________________


si. A reflexão é difusa quando os ___________________________________

aulas-fisica-quimica.com/8f_15.html
raios de luz incidem sobre uma ___________________________________
___________________________________
print-it.net.br

superfície irregular e são refletidos


em várias direções. ___________________________________
___________________________________
2- Procure, no dicionário, o significado de difusa:
________________________________________________________________________________

3- Por que é sempre escuro, REFRAÇÃO: O feixe de luz, ao


no fundo dos oceanos, seja incidir obliquamente, muda de
dia ou noite, se a água é direção quando passa de um
print-it.net.br

transparente? meio transparente (AR) para

perierga.gr
outro meio, também transparente
____________________________________ (ÁGUA), que apresenta
____________________________________ velocidade da luz diferente do
____________________________________ primeiro meio. Com a
____________________________________ profundidade, a luz tem a sua
____________________________________ velocidade diminuída.
4- É fato incontestável que uma
pessoa, ao usar roupa escura num
ABSORÇÃO: A luz incide em uma
dia de sol, sentirá mais calor que
superfície. No entanto não é
outra que esteja vestida com
refletida e nem refratada, sendo
roupa de cor clara. Como você
absorvida pelo corpo, aquecendo-
print-it.net.br

explica este fato?


o. Ocorre em roupas ou objetos de

Adaptado de portal impacto


cor escura. _____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
O arco-íris é um fenômeno óptico causado pela refração e reflexão da luz solar nas gotas
de água presentes na atmosfera. A refração divide a luz solar, branca, em espectros coloridos,
que caracterizam o arco-íris. Adaptado de brasilescola.com.br

5- Em relação à tirinha ao lado:


a) Qual é o fenômeno óptico mencionado?
________________________________________
Criado pela elaboradora.

b) Por que isso acontece?


_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
39
AS DIFERENTES ONDAS DE NOSSO DIA A DIA -
4.° BIMESTRE
ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
A energia radiante se propaga no espaço, na forma de ondas eletromagnéticas. Existem
vários tipos de radiação eletromagnética, algumas podemos ver e outras não. Aquelas que
conseguimos ver com nossos olhos são as de luz visível. É por isso que vemos: as cores, os
objetos, enfim, tudo a nossa volta. Tudo? Pois é, quase tudo, porque existe um outro tipo de “luz”

CIÊNCIAS – 9.° ANO


que os nossos olhos não conseguem ver – a luz invisível. Essa “luz” é captada pelos rádios, pelos
aparelhos de TV, pelo telefone celular. Ela “caminha” pelo espaço em todas as direções,
transportando uma variedade de informações.
É por meio dessas ondas que os astronautas conseguem se comunicar do espaço com as
pessoas aqui na Terra; que o mundo todo consegue assistir à final das Olimpíadas quase ao
mesmo tempo; que a mesma rádio pode ser sintonizada na sua casa e na de seus vizinhos.
Adaptado de São Paulo Faz Escola – caderno 9º ano

O espectro eletromagnético nos


mostra os tipos de ondas
eletromagnéticas, que são
mundoeducacao.bol.uol.com.br

classificadas pela sua frequência


de oscilação ou pelo seu
comprimento de onda. O espectro
ao lado classifica as ondas pelo
seu comprimento de onda.

A luz visível é um conjunto de ondas cujas frequências (comprimento de onda) sensibilizam o


olho humano. Cada frequência está associada a uma determinada quantidade de energia. É dessa
forma que conseguimos distinguir cores diferentes.
Existem vários tipos de radiação eletromagnética, como ondas
de rádio e TV, Raios X, micro-ondas, infravermelho,
Com um certo tipo de onda ultravioleta.
eletromagnética conseguimos
“fotografar” nossos ossos, quando
tiramos uma “chapa de raios X”, ou

descomplica.com.br
o nosso cérebro, por exemplo,
quando realizamos um exame de
Adaptado de São Paulo faz escola/ caderno 9º ano

tomografia computadorizada. As
radiações de alta frequência têm
outros usos fora da medicina;
também podem ser utilizadas nas
artes, essa radiação é usada para
mapear os pigmentos utilizados 1- A faixa do espectro eletromagnético da radiação solar que
pelo artista e, assim, aperfeiçoar o contribui para o efeito mostrado na tirinha é caraterizada como
trabalho de restauração de uma (A) visível. (B) amarela. (C) ultravioleta. (D) infravermelha.
pintura e até podem avaliar sua
autenticidade. Quando passamos 2- Como as imagens de raios X podem ajudar nas artes?
protetor solar antes de ir para a _____________________________________________________
praia, estamos protegendo a nossa _____________________________________________________
pele de outro tipo de onda
eletromagnética: a radiação 3- Por que os seres humanos não conseguem ver todos os tipos
ultravioleta (UV). A radiação gama de radiação eletromagnética?
é nociva à saúde humana, pois
_____________________________________________________
pode causar má-formação nas
_____________________________________________________
células do corpo humano. 40
4.° BIMESTRE ELETRICIDADE
A ELETRICIDADE sempre existiu no Universo. Há indícios de que os fenômenos elétricos
estiveram presentes, praticamente, desde o início do planeta Terra. Podem ser citadas, como exemplo,
as grandes descargas elétricas – raios e relâmpagos –, que ocorrem desde a formação do planeta.

1- Escreva o nome de dois fenômenos elétricos encontrados na natureza.


CIÊNCIAS – 9.° ANO

____________________________________________________________________________

No século VI A.C., o filósofo Tales de Mileto Mas como os humanos


descobriu uma resina fóssil vegetal (o âmbar), que, descobriram a eletricidade?
ao ser atritada a uma pele de animal, tinha a
propriedade de atrair pequenos objetos, como fios de

diaadiaeducacao.pr.gov.br
palha e penas. Em grego, o nome dado ao âmbar é
electron. Vem daí a palavra elétrico para designar os
fenômenos que ocorrem com o âmbar.
mesoatomic.com/

VAMOS ENTENDER MELHOR REPETINDO O EXPERIMENTO DE TALES DE


MILETO COM MATERIAL DO NOSSO COTIDIANO
http://alissoncorea.blogspot.com/2011/04/energia-eletrostatica.html

Adaptado de www.rc.unesp.br
MATERIAIS A - O que aconteceu?
- um pedaço de papel higiênico ______________________________
- um pente de plástico ______________________________
______________________________
PROCEDIMENTO Esfregue o pente entre os fios de seu
Corte o pedaço de papel cabelo.
higiênico em pedacinhos. B- Agora, aproxime, novamente, o pente do papel em pedacinhos.
Aproxime o pente do papel em O que aconteceu agora?
pedacinhos. _____________________________________________________
_____________________________________________________
A ELETRICIDADE EM TODOS OS LUGARES
Esquentar água, iluminar os ambientes internos de uma residência, um
escritório, providenciar uma torrada para o café da manhã, falar ao telefone,
utilizar o aspirador de pó, encerar o chão, fazer as contas para ver se o
www.iped.com.br/

dinheiro será suficiente para pagá-las, assistir a um filme em vídeo, ou a um


jogo esportivo ao vivo, ouvir música, acordar ao som das notícias do dia,
enviar mensagens através de uma rede de computadores etc., todos esses
são exemplos de atividades que fazemos hoje com a ajuda da eletricidade.

Não é à toa que, nos momentos em que o fornecimento da eletricidade é interrompido, a nossa vida
sofre uma reviravolta! Ficamos, de certo modo, “desamparados” em casa, o metrô e os trens urbanos
não funcionam, o sinal de trânsito apaga... Adaptado de www.if.usp.br/gref/
2- Faça uma lista de 6 aparelhos, instrumentos, componentes elétricos e eletrônicos que são utilizados
em sua casa ou no seu lazer:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
Se pensarmos no processo de fabricação dos aparelhos listados acima, certamente a eletricidade
também estará presente.
41
ELETRICIDADE: POSITIVO E NEGATIVO 4.° BIMESTRE

Todos os corpos são compostos por átomos, que contêm nêutrons (sem carga), prótons (com
carga positiva) e elétrons (com carga negativa). Os corpos, normalmente, estão com as cargas em
equilíbrio, isto é, a carga positiva é igual à negativa (corpo neutro). Contudo, se atritamos um corpo,
alguns elétrons são arrancados dele, passando para o objeto com o qual é atritado. Com isso, o corpo

CIÊNCIAS – 9.° ANO


atritado fica carregado.

A carga elétrica é uma propriedade física.


SÉRIE TRIBOELÉTRICA
• Um corpo está carregado positivamente quando há quantidade de
elétrons menor que a de prótons. E está carregado negativamente É uma tabela que indica se
quando há excesso de elétrons em relação à quantidade de prótons. os materiais ganharão ou
• Objetos carregados com cargas elétricas opostas se atraem e com perderão cargas negativas
após sofrerem eletrização
cargas iguais se repelem.
por atrito. A série
triboelétrica é organizada de
https://brainly.com.br/tarefa/5028776

modo que o material que


possui posição superior na
lista adquire carga elétrica
de sinal positivo (perde
elétrons). Assim sendo, o
material de posição inferior
www2.fc.unesp.br/

recebe elétrons e é
eletrizado negativamente.

www2.fc.unesp.br/
1- Vamos completar o quadro:

2- Um aluno afirmou que sua borracha era eletricamente neutra porque não possuía cargas
elétricas positivas nem negativas. Utilizando seu conhecimento sobre a estrutura da matéria,
indique o erro na afirmação do estudante.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
3- Observe a série triboelétrica e escreva o nome do material mais negativamente eletrizado.
_______________________________________________________________________________

´ ´
http://grupodeestudosss.com/2013/06/tudo-sobre-eletricidade.html

fisicaevestibular.com.br/

4- Na força de interação entre as partículas eletrizadas, as partículas de


mesmo sinal se repelem e as de sinais opostos se atraem.
Leia o texto acima e explique a tirinha.
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
42
4.° BIMESTRE ELÉTRONS EM AÇÃO: CORRENTE ELÉTRICA

A eletricidade está diariamente presente em nossa vida, seja sob a forma de um


relâmpago, seja no simples ato de acender uma lâmpada. À nossa volta fluem cargas elétricas
que produzem luz, som e calor.
CIÊNCIAS – 9.° ANO

Quando a eletricidade passa por um fio


condutor, durante certo tempo, dizemos que, pelo

www.emaze.com/
fio, circula uma “corrente elétrica”.

A corrente elétrica pode aquecer fios, quando


passa por eles. Um fio especial que chega a se
Tendo a corrente elétrica, a
aquecer muito, a ponto de emitir luz intensa, é o lâmpada se acende e se aquece
filamento das lâmpadas. com determinada intensidade.

Como se interpreta, eletronicamente, a passagem de eletricidade através do fio?

Dizemos que, pelo fio, passam elétrons. Os


elétrons vão empurrando (tensão elétrica) os
“elétrons livres” que existem no fio condutor,

www.emaze.com/
produzindo, assim, a corrente elétrica.

A eletricidade é obtida por meio do movimento dos elétrons, através de corpos condutores,
como o fio de cobre.
1- Relacione três materiais que também são condutores de
eletricidade, como o cobre:
portaldoprofessor.mec.gov.br/

____________________________________________________
2- Qual é a fonte geradora de energia elétrica da figura?
____________________________________________________
3- Que outra fonte geradora de energia elétrica você conhece?
____________________________________________________
https://www.youtube.com/watch?v=bWvVvmPT930

Por que os pássaros, quando pousam nos fios elétricos, não morrem?
A corrente elétrica só pode circular entre dois condutores – um deles pode
ser a terra – junto aos quais exista uma diferença de cargas positivas e
negativas, isto é, voltagem. O corpo do pássaro é condutor. Quando as suas
patas estão sobre um mesmo fio, ele não sente nada. Se tocasse em dois fios
ao mesmo tempo, seria eletrocutado porque geraria uma diferença entre os
elétrons em movimento .
De uma forma mais simples: Os pássaros não morrem se não tocarem em mais nada além do fio em
que estão pousados. Se tocassem ao mesmo tempo em dois fios, ou no fio e na terra, na água ou em
qualquer coisa que conduza os elétrons, poderiam morrer. Adaptado do livro Por quê? 500 Perguntas 1000 Respostas
4- Observe as figuras numeradas à direita e relacione-as às
seguintes afirmativas:
http://fisicaevestibular.com.br/exe_els_1.htm

a) ( ) Transformar a energia elétrica em luz e calor.

b) ( ) Gerar eletricidade.

c) ( ) Conduzir a eletricidade.

d) ( ) Abrir e fechar o circuito.


43
RELAÇÃO DE EXTREMOS: CONDUTORES E ISOLANTES 4.° BIMESTRE

Os fenômenos elétricos dependem dos portadores de carga elétrica. Materiais que possuem
elétrons livres são os condutores elétricos. Os que não possuem elétrons livres são os
isolantes.
CONDUTORES ELÉTRICOS

CIÊNCIAS – 9.° ANO


Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados nos fios dos Os ametais
aparelhos elétricos: ferro (Fe), ouro (Au), platina (Pt), cobre (Cu), prata (Ag). são isolantes
elétricos pois
ISOLANTES ELÉTRICOS só possuem
O vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha não permitem a passagem do fluxo de elétrons para
elétrons ou deixam passar apenas um pequeno número deles. São os chamados suas próprias
materiais isolantes, usados para recobrir fios e aparelhos elétricos. ligações!
FIO DE COBRE = CONDUTOR
Existem materiais bons condutores de eletricidade e
materiais maus condutores de eletricidade.
pngtree

Os fios de cobre são bons condutores de eletricidade e a


borracha é um isolante elétrico.
CAPA DE BORRACHA = ISOLANTE ELÉTRICO
DIAMANTE = ISOLANTE AGORA,
É COM VOCÊ !!!
É apenas uma pedra, de estrutura 1- Os diamantes estão sendo criados em laboratórios para
simples, composta por átomos do serem um material que pode se tornar o trampolim para um
elemento que forma a vida - o novo salto tecnológico. Escreva duas propriedades do diamante
carbono. É uma joia muito cobiçada. que o tornam o material perfeito:
Diamantes são os melhores ___________________________________________________
condutores térmicos, isto é, dissipam ___________________________________________________
calor mais rápido que qualquer outra ___________________________________________________
substância, ao passo que são ___________________________________________
isolantes elétricos, impedindo a 2- Classifique os seguintes materiais em CONDUTORES e
passagem de correntes elétricas. ISOLANTES ELÉTRICOS.
Esse antagonismo é o que os a) vidro - b) ferro -
cientistas buscam aperfeiçoar e
garantem que o diamante pode se c) ouro - d) madeira -
tornar o trampolim de um novo salto e) plástico - f) diamante -
tecnológico.
Adaptado Revista Superinteressante ed.44.05/1991 3 - Dentre algumas recomendações sobre pipas, adverte-se
não utilizar papel laminado na confecção dessas.
Por que essa recomendação é importante para a segurança
CHOQUE ELÉTRICO
de quem brinca com a pipa?
O choque elétrico é a passagem de
(A) Porque o papel laminado pode conter metais em sua
corrente elétrica através do corpo de
composição e esses são bons condutores de eletricidade.
uma pessoa, utilizando-o como um
condutor. A passagem dessa (B) Porque o papel laminado pode conter metais em sua
corrente pode causar susto, composição e esses são bons isolantes de eletricidade.
queimaduras ou até mesmo a morte
do indivíduo. (C) Porque o papel laminado pode conter metais em sua
No atendimento à vítima de choque, composição e esses são maus condutores de eletricidade.
o socorrista deve primeiramente 4- De modo geral, os isolantes elétricos, que formam os
desligar a chave geral de energia materiais utilizados no socorro à vitima de choque, são
elétrica e/ou separar a vítima da fonte materiais isolantes elétricos e, por isso, dificultam a
de energia, utilizando-se de materiais passagem da corrente elétrica.
isolantes, que dificultam a passagem Escreva o nome de três materiais isolantes elétricos.
da corrente elétrica. _______________________________________________
Adaptado de MPC 9c2ba ano cicloiii professor final _______________________________________________ 44
4.° BIMESTRE POTÊNCIA ELÉTRICA E O CONSUMO CONSCIENTE

Muitas vezes, na propaganda de certos produtos eletrônicos ou elétricos, como, por exemplo,
aparelhos de som, chuveiros e fontes de computadores, destaca-se a potência dos aparelhos. Sabemos
que esses aparelhos necessitam de energia elétrica para funcionar. Ao receber essa energia elétrica,
eles a transformam em outra forma de energia, como energia mecânica, térmica ou luminosa. Quanto
mais energia for transformada em um menor intervalo de tempo, maior será a potência do aparelho.
CIÊNCIAS – 9.° ANO

VAMOS ANALISAR SITUAÇÕES COTIDIANAS DE GASTO DE ENERGIA


A tabela, apresentada abaixo, mostra a energia elétrica consumida, em uma hora, por alguns
aparelhos elétricos que servirão para compararmos o consumo de eletricidade em uma residência:

APARELHO POTÊNCIA ENERGIA 1- Qual dos equipamentos consumirá


(W) CONSUMIDA EM 1 mais energia elétrica?
HORA ( kWh)
_______________________________
aparelho de som 120 0,12
chuveiro elétrico 3 000 3,0 2- E qual consumirá menos?
ferro elétrico 500 0,50 _______________________________
televisão 200 0,20
3- Escreva três medidas que podem ser
geladeira 200 0,20
tomadas por nós para reduzir o consumo
rádio 50 0,05 de energia elétrica em nossa residência:
lâmpada _________________________________
incandescente 100 0,10
_________________________________
Adaptado de Moderna.com.br

Vou propor um desafio: você tem dez segundos para correr todos os cômodos de sua casa e tentar
identificar alguma forma de desperdício de energia! Quer uma ajuda? Observe, por exemplo, se tem
alguma lâmpada acesa desnecessariamente, se o chuveiro está ligado na temperatura alta,
esperando por alguém que nem chegou ao banheiro, ou se o rádio está cantando para as moscas e
mosquitos...

Qual foi a conclusão do desafio proposto acima? Você identificou alguma


Energia forma de desperdício de energia na sua casa?
elétrica não é _______________________________________________________________
um recurso _______________________________________________________________
inesgotável. ______________________________________________________________
Por isso,
descubra o que
você pode Usando a luz solar, não acenda a luz durante o dia.
fazer para Tirando aparelhos eletrônicos da tomada.
utilizar a Utilizando a lâmpada certa.
energia Usando aparelhos elétricos desnecessariamente.
elétrica, na sua Não deixando a porta da geladeira aberta.
casa, de forma Usando o ferro elétrico menos vezes na semana.
racional.

Hoje, a iluminação elétrica é responsável por, aproximadamente, um quarto do consumo


de energia elétrica no mundo. Então, o aumento da eficiência das lâmpadas é de grande
importância para reduzir o consumo de energia, reduzindo assim, a demanda pelos
ventro.com.br

recursos do planeta. O dispositivo LED (diodo emissor de luz) é energeticamente muito


eficiente na produção de luz. As lâmpadas de LED são vantajosas por três razões: iluminam
mais, têm maior durabilidade e, principalmente, gastam menos energia quando comparadas
às lâmpadas incandescentes e fluorescentes.
Adaptado de ambientelegal.com.br/reinvencao-da-lampada/
45
www.imaeneodimio.com.br/tag/gauss/

MAGNETISMO – ATRAÇÃO LEGAL!


4.° BIMESTRE
Magnetismo é a capacidade de atração em imãs,
ou seja, a capacidade que um objeto possui de atrair ou
repelir outros objetos.
Os ímãs naturais são compostos por pedaços de ferro
A força magnética do ímã atua magnético ou rochas magnéticas, como a magnetita (óxido

CIÊNCIAS – 9.° ANO


sobre certos metais, atraindo-os, de ferro, Fe3O4). Os ímãs artificiais são produzidos por
como o ferro (Fe), o níquel (Ni) ligas metálicas, tal como, por exemplo, o níquel-cromo.
e o cobalto (Co). Todo ímã apresenta duas regiões distintas, chamadas
polos, que possuem comportamentos opostos: polo norte
e polo sul.

A Terra pode ser considerada um imã gigantesco. O


magnetismo terrestre é atribuído a enormes correntes
elétricas que circulam no núcleo do planeta, que é

galileo.netii.net
constituído de ferro (Fe) e níquel (Ni) no estado líquido,
devido às altas temperaturas.

Campo magnético é a região ao redor de um ímã, na


qual ocorre um efeito magnético. No interior do ímã, as
linhas de campo vão do polo sul para o polo norte.

www.ufrj.br/fisicaecidadania

Na Grécia antiga (séc. VI a.C.), em uma


A bússola é um objeto utilizado para
região chamada Magnésia, observou-se a
orientação geográfica, é um imã, assim
existência de uma pedra com a propriedade
como o planeta Terra.
de atrair materiais como o ferro. Nessa época,
a pedra recebeu o nome de imã. Hoje,
imagensanimadas.com

A bússola tem uma agulha magnética que é


atraída para o polo magnético terrestre, ou seja, o sabemos que se trata da magnetita (oxido de
norte-sul magnético que se localiza bem próximo ferro, Fe3O4).
do norte-sul geográfico da Terra.
Ao estudo dos imãs denominou-se magnetismo.
Adaptado de infoescola.com/geografia/bussola
O eletromagnetismo é a relação entre a eletricidade e o magnetismo. Uma aplicação do
campo eletromagnético criado por uma corrente elétrica são os eletroímãs.
Eletroímãs são ímãs temporários, pois só atuam como ímã quando o circuito elétrico estiver
fechado. São utilizados em telefones, computadores, campainhas de porta, alto-falantes e em
guindastes usados na separação de sucatas metálicas em depósitos.
1- O que é imã? Que corpos são atraídos pelo imã?
_________________________________________________________
Devido à ação do _________________________________________________________
campo magnético
da Terra, alguns 2- Por que a Terra é considerada um imã gigante?
animais parecem _________________________________________________________
ter um radar natural
3- Observe, no decorrer do dia, quantos aparelhos utilizam eletroímãs
de orientação. Aves ao seu redor e anote aqui:
Portal de Professor - A Terra, um grande imã

migratórias e _________________________________________________________
tartarugas -
marinhas, por 4- Uma bússola pode ajudar uma pessoa a se orientar devido à
exemplo, utilizam existência, no planeta Terra, de um campo ______________________
informações
magnéticas para 5- Algumas aves e tartarugas marinhas utilizam o campo magnético da
encontrar seu Terra como _______________________________ para saber ir e vir no
caminho. seu processo de caminho migratório. 46
SUMÁRIO 3.° BIMESTRE

TEXTO 1 - A PALAVRA 49
TEXTO 2 - RECEITA DE ACORDAR PALAVRAS 49
TEXTO 3 - O LIVRO DA SOLIDÃO 50

TEXTO 4 - TIRINHA DA MAFALDA 51


TEXTO 5 - O AMANHÃ DOS LIVROS 52

TEXTO 6 - POEMA – SYLVIA ORTHOF 54

TEXTO 7 - DESENCONTRÁRIOS 54
TEXTO 8 - PAIXÃO (TRECHO) 55

TEXTO 9 - POEMA DE MANOEL DE BARROS 55


TEXTO 10 - GUARDAR 55
TEXTO 11 - SONETO DO MAIOR AMOR 56
TEXTO 12 - O APANHADOR DE POEMAS 56

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


TEXTO 13 - CANTIGAS DE LEMBRANÇAS 57
TEXTO 14 - UMA CRIANÇA COM SEU OLHAR 58

TEXTO 15 - TIRINHA DE LINIERS 59


TEXTO 16 - QUERO 59
TEXTO 17 - CALMA AÍ, CORAÇÃO 60

TEXTO 18 - O MUNDO 61
TEXTO 19 - APELO 61
TEXTO 20 - O DESAPARECIDO 62
TEXTO 21 - ABRA OS OLHOS! NÃO PERCA OS DETALHES POÉTICOS NAS CENAS DA VIDA 63
TEXTO 22 - POEMA DE AUGUSTO DE CAMPOS 64
TEXTO 23 - PÁSSARO EM VERTICAL 65
TEXTO 24 - POEMA DE LEMINSKI. 65

TEXTO 25 - POEMA DE LEMINSKI. 65


TEXTO 26 - RITMO 66

TEXTO 27 - CANTIGA DO VENTO 66


TEXTO 28 - CANÇÃO DE NUVEM E VENTO 67
TEXTO 29 - CANÇÃO PARA UMA VALSA LENTA 68
TEXTO 30 - QUADRILHA 69
TEXTO 31 - QUADRILHA DA SUJEIRA 70
TEXTO 32 - PNEU FURADO 71
TEXTO 33 - ADIVINHA? 72
TEXTO 34 - TIRINHA DA MAFALDA 72

TEXTO 35 - TRECHOS DE “O PEQUENO PRÍNCIPE” 73


TEXTO 36 - TIRINHA DE LINIERS 76
TEXTO 37 - DEDICATÓRIA 77
48
3.° BIMESTRE

Bem-vindo ao terceiro bimestre!


Caro Aluno, Cara Aluna, convidamos você a continuar sua viagem pela leitura. O cardápio de
textos desse material está variado! Demos uma especial atenção ao universo dos textos literários.
A cada bimestre os conceitos referentes à linguagem literária já foram sendo apresentados e,
agora, vamos retomá-los com textos de diferentes gêneros: poemas, tirinhas, letras de canção,
crônicas, artigo de opinião... e até o trecho de um dos livros mais lidos no mundo.
Desta vez, o fio condutor do material será o modo de utilizar a língua portuguesa – para
emocionar, convencer, criticar, contar... fazer rir... para dizer.
Nossa língua portuguesa, com seus recursos expressivos, é o foco. Boas leituras!

Leia os textos e se prepare para um primeiro desafio!


Texto 1
Texto 2
A palavra
Receita de acordar palavras
[...] ... Amo tanto as palavras... As
inesperadas... As que avidamente a gente
Palavras são como estrelas
espera, espreita até que de repente caem ...
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

facas ou flores
Vocábulos amados... Brilham como pedras
elas têm raízes pétalas espinhos
coloridas, saltam como peixes de prata, são
são lisas ásperas leves ou densas
espuma, fio, metal, orvalho... Persigo algumas
para acordá-las basta um sopro
palavras... São tão belas que quero colocá-las
em sua alma
todas em meu poema... [...]Tudo está na
e como pássaros
palavra... Uma ideia inteira muda porque uma
vão encontrar seu caminho
palavra mudou de lugar ou porque outra se
sentou como uma rainha dentro de uma frase que MURRAY, Roseana. Receitas
não a esperava e que a obedeceu [...]. São de olhar. São Paulo:FTD,1997.
antiquíssimas e recentíssimas. Vivem no féretro
escondido e na flor apenas desabrochada ... [...]

NERUDA, Pablo. Confesso que Vivi — Memórias. Rio


de Janeiro: Difel, 1978.

Escolha uma palavra que você gostaria de


“ACORDAR”. Escreva-a no espaço a seguir e justifique
a sua escolha em um texto escrito em primeira pessoa.

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
49 __________________________________________________________________________
Vamos falar sobre literatura lendo Cecília Meireles. 3.° BIMESTRE

https://br.pinterest.com/
pin/3995537981845402
72/?autologin=true

Cecília Meireles (1901-1964) foi poetisa, professora, jornalista e pintora


brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura
brasileira, com mais de 50 obras publicadas.
https://www.ebiografia.com/cecilia_meireles/

Texto 3

O livro da solidão
Os senhores todos conhecem a pergunta famosa universalmente repetida: "Que livro escolheria para
levar consigo, se tivesse de partir para uma ilha deserta...?"[...]
Os que nunca tiveram tempo para fazer leituras grandes, pensam em obras de muitos volumes. É certo
que numa ilha deserta é preciso encher o tempo... E lembram-se das Vidas de Plutarco, dos Ensaios de
Montaigne, ou, se são mais cientistas que filósofos, da obra completa de Pasteur. Se são uma boa mescla de

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


vida e sonho, pensam em toda a produção de Goethe, de Dostoievski, de Ibsen. Ou na Bíblia. Ou nas Mil e
uma noites.
Pois eu creio que todos esses livros, embora esplêndidos, acabariam fatigando; e, se Deus me
concedesse a mercê de morar numa ilha deserta (deserta, mas com relativo conforto, está claro — poltronas,
chá, luz elétrica, ar condicionado) o que levava comigo era um Dicionário. Dicionário de qualquer língua, até
com algumas folhas soltas; mas um Dicionário.
Não sei se muita gente haverá reparado nisso — mas o Dicionário é um dos livros mais poéticos, se não
mesmo o mais poético dos livros. O Dicionário tem dentro de si o Universo completo.
Logo que uma noção humana toma forma de palavra — que é o que dá existência às noções — vai
habitar o Dicionário. As noções velhas vão ficando, com seus sestros de gente antiga, suas rugas, seus
vestidos fora de moda; as noções novas vão chegando, com suas petulâncias, seus arrebiques, às vezes, sua
rusticidade, sua grosseria. E tudo se vai arrumando direitinho, não pela ordem de chegada, como os
candidatos a lugares nos ônibus, mas pela ordem alfabética, como nas listas de pessoas importantes, quando
não se quer magoar ninguém...[...]
O Dicionário responde a todas as curiosidades, e tem caminhos para todas as filosofias. Vemos as
famílias de palavras, longas, acomodadas na sua semelhança, — e de repente os vizinhos tão diversos! Nem
sempre elegantes, nem sempre decentes, — mas obedecendo à lei das letras, cabalística como a dos
números...
O Dicionário explica a alma dos vocábulos: a sua hereditariedade e as suas mutações.
E as surpresas de palavras que nunca se tinham visto nem ouvido! Raridades, horrores, maravilhas...
Tudo isto num dicionário barato — porque os outros têm exemplos, frases que se podem decorar, para
empregar nos artigos ou nas conversas eruditas, e assombrar os ouvintes e os leitores...[...]
E como o bom uso das palavras e o bom uso do pensamento são uma coisa só e a mesma coisa,
conhecer o sentido de cada uma é conduzir-se entre claridades, é construir mundos tendo como laboratório
o Dicionário, onde jazem, catalogados, todos os necessários elementos.
Eu levaria o Dicionário para a ilha deserta. O tempo passaria docemente, enquanto eu passeasse por
entre nomes conhecidos e desconhecidos, nomes, sementes e pensamentos e sementes das flores de
retórica.
Poderia louvar melhor os amigos, e melhor perdoar os inimigos, porque o mecanismo da minha
linguagem estaria mais ajustado nas suas molas complicadíssimas. E sobretudo, sabendo que germes pode
conter uma palavra, cultivaria o silêncio, privilégio dos deuses, e ventura suprema dos homens.

SÃO PAULO, FOLHA DA MANHÃ, 11 DE JULHO DE 1948.In:MEIRELES, Cecília. Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1.
Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998. http://www.releituras.com/cmeireles_olivro.asp 50
1 – O texto se dirige aos leitores de modo formal ou informal? Justifique,
3.° BIMESTRE citando um trecho do primeiro parágrafo:
__________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
2 – "Os senhores todos conhecem a pergunta famosa universalmente repetida:" Que significado tem,
no trecho, o termo destacado?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3 – No trecho "Que livro escolheria para levar consigo, se tivesse de partir para uma ilha deserta...?" :
a) O que o uso das aspas indica?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
b) A forma verbal destacada indica uma situação real ou hipotética?
Que outro termo reforça essa ideia expressa pelo verbo?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
4 – Do terceiro parágrafo, destaque uma opinião.
__________________________________________________________________________________
5 – Para que são utilizados os parênteses no terceiro parágrafo?
__________________________________________________________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

__________________________________________________________________________________
6 – Que relação é estabelecida pelos termos destacados em: “E tudo se vai arrumando direitinho, não
pela ordem de chegada, como os candidatos a lugares nos ônibus, mas pela ordem alfabética, como
nas listas de pessoas importantes, quando não se quer magoar ninguém...” ?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
7 – No trecho: “E como o bom uso das palavras e o bom uso do pensamento são uma coisa só e a
mesma coisa, conhecer o sentido de cada uma é conduzir-se entre claridades,” a que se refere o
termo destacado? ___________________________________________________________________
8 – Cite um motivo pelo qual o dicionário seria o livro escolhido para ser levado para uma ilha
deserta.___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
9 – Por que o título do texto é “Livro da solidão”? Esse título tem a ver com as características do
dicionário, segundo o texto? _________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Texto 4

QUINO. Toda a Mafalda.


São Paulo: Martins
Fontes, 1993.

1 – Na tirinha, Mafalda observa seu pai. O que indica a expressão da menina no primeiro e no terceiro
quadrinhos?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2 – Como é construído o humor na história?
__________________________________________________________________________________
51 __________________________________________________________________________________
ESPAÇO O desafio agora é seu! Você, junto com seus colegas, 3.° BIMESTRE
CRIAÇÃO vai elaborar a maleta literária da turma.

Você e cada um de seus colegas devem responder à pergunta feita no texto “Livro da solidão”:
que livro vocês levariam para uma ilha deserta?
Elaborem, em conjunto, a “maleta literária” da turma, com os títulos que vocês selecionaram. E
viajem na leitura! Funcionará assim: cada um escreve uma resenha do livro que selecionou para a
maleta. Desse modo, os colegas poderão consultar as resenhas e escolher um dos livros para uma
viagem da leitura. Vocês já estudaram o texto resenha crítica. Se precisar, voltem a esse material e
consultem. O objetivo da sua resenha é apresentar o livro e conquistar o leitor.
A viagem literária pode acontecer várias vezes! Aproveite! Combine toda a atividade com o(a)
Professor(a).Que tal combinar também uma visita à Sala de Leitura?

Continuando a perceber o modo de utilizar a língua portuguesa, você vai ler, agora,
um artigo em que se expressa um ponto de vista e se defende esse ponto de vista com
argumentos.

Texto 5
Gabriel Bocorny Guidotti
O amanhã dos livros

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Sou um “livrólatra”. Tenho vício em livros. Começo um, devoro e parto para outros. Não posso
evitar. Devo admitir que o momento de pós-leitura é melhor do que a leitura em si, pois passo a
diagnosticar os motivos pelos quais o enredo chegou ao clímax. Refletir faz parte dessa arte léxica.
Assim posto, meu gostar de livros é condicionado: jamais cederei à literatura digital. A experiência não
tem a mesma tenacidade, em minha opinião.
Durante a semana observei, dentro de um ônibus, alguns jovens usando aparelhos de e-books.
Sem temer olhares paralelos, eles liam arquivos que outrora eram impressos e colocados com orgulho
na estante. Parei para pensar. Será que os livros eletrônicos vão acabar com o bom e velho livro em
sua forma ortodoxa? Será que todo papel, por uma questão de praticidade, será substituído por um link
dentro de computadores?
Desde Gutenberg, fundador da prensa gráfica – que permitiu a propagação de um imenso
universo literário – o homem deu asas à criação. A comunicação escrita, restrita então às classes
dominantes, viu na impressão uma expansão por todos os cantos da Europa e do mundo. E tal
evolução permanece em constante movimento, pois os impressos, tidos como grande referência de
conhecimento, tiveram de se adaptar às novas tendências, ganhando outros formatos e se propagando
pelo meio digital.
E-books, desse modo, são a prensa gráfica do século XXI. Se eles vão amealhar corações e
acabar com a forma tradicional de leitura? Bem, o futuro dirá. Jamais se pode condenar a tecnologia,
pois ela surge para nos auxiliar. A inovação sempre será uma opção. Você pode utilizá-la ou não. Eu
optei. Tocar o papel, sentir o cheiro de um livro novo, manusear as páginas do conhecimento… o livro
impresso é mais do que mera circunstância de leitura.
Um livro digital pode ser carregado em um mínimo pen drive. Mais do que isso, dentro de leitores
digitais é possível armazenar milhares de títulos e explorar universos que vão muito além da tela de
cristal líquido. Os impressos, entretanto, são cult e carregam as memórias de um passado brilhante.
Observar suas capas, escolher entre um e outro num jogo de encontros e desencontros são fatores
diferenciais para leitores assíduos como eu. Um caso de amor, diga-se de passagem, para a vida
inteira.
http://gazetadotriangulo.com.br/tmp/noticias/artigo-de-opiniao-o-amanha-dos-livros/ 29 de março de 2016.

1 – Por que são utilizadas aspas em “livrólatra”? Você conhece outras palavras que tenham formação
semelhante?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 52
2 – O texto é um artigo de opinião e se organiza em torno de uma
3.° BIMESTRE reflexão principal, sobre a qual se posiciona o autor.
a)Qual é essa reflexão principal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
b) Sublinhe, no primeiro parágrafo do texto, as marcas explícitas da opinião do autor.
3 – Envolva, no texto, algumas marcas do uso da primeira pessoa do discurso.
4 – Segundo o texto, qual a consequência da invenção da prensa gráfica, ou seja, da imprensa?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
5 – Releia o parágrafo: “Sou um “livrólatra”. Tenho vício em livros. Começo um, devoro e parto para
outros. Não posso evitar. Devo admitir que o momento de pós-leitura é melhor do que a leitura em si,
pois passo a diagnosticar os motivos pelos quais o enredo chegou ao clímax. Refletir faz parte dessa
arte léxica. Assim posto, meu gostar de livros é condicionado: jamais cederei à literatura digital. A
experiência não tem a mesma tenacidade, em minha opinião.”
a) Que palavras retomam “livros” no terceiro período?
__________________________________________________________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

b) Qual a relação estabelecida pelos termos sublinhados?


__________________________________________________________________________________

6 – Qual o significado da palavra destacada no trecho: “...eles liam arquivos que outrora eram
impressos e colocados com orgulho na estante.”
__________________________________________________________________________________

7 – O termo destacado no trecho “E tal evolução permanece em constante movimento...” serve para a
coesão textual, a “costura” das ideias do texto, pois retoma algo já citado. O que ele retoma? A que se
refere?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
8 – No trecho “Se eles vão amealhar corações e acabar com a forma tradicional de leitura? Bem, o
futuro dirá.” , a pergunta feita não tem como resposta uma certeza, só o “futuro dirá”. Que palavra é
utilizada para estabelecer relação com o trecho anterior e reforçar a ideia de dúvida?
__________________________________________________________________________________
9 – Nos dois últimos parágrafos, o autor reforça a sua opção pelos livros impressos. Cite dois
argumentos utilizados para defender essa opinião:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
10 – Ainda que opte pelo livro tradicional, o autor reconhece o valor do livro digital. Essa contraposição
está no trecho destacado a seguir. Que palavra, ao “costurar” o texto, estabelece essa relação de
oposição, de contraposição? Sublinhe essa palavra.
“Um livro digital pode ser carregado em um mínimo pen drive. Mais do que isso, dentro de leitores
digitais é possível armazenar milhares de títulos e explorar universos que vão muito além da tela de
cristal líquido. Os impressos, entretanto, são cult e carregam as memórias de um passado brilhante.”

11 – Qual é a tese defendida no texto?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
53 __________________________________________________________________________________
No texto literário, a palavra é utilizada de forma 3.° BIMESTRE
predominantemente artística, subjetiva e figurada.

Vamos nos dedicar, agora, aos textos literários do gênero poema.


E, para falar de poema, nada melhor do que recorrer... ao próprio poema. O que os
poemas dizem sobre o poema? E sobre a poesia? Poema... poesia... Siga refletindo...

Texto 6 1 – O poema associa à adolescência imagens...quais?


VIII _____________________________________________________
Todo o mundo não me entende 2 – O uso dessas imagens reforça uma ideia positiva ou negativa
Eu sofro na tempestade de adolescência? Explique.
De um naufrágio adolescente! _____________________________________________________
Procuro um confidente _____________________________________________________
Que se apoete comigo.
É tão curta a mocidade... 3 – Qual o sentido de se “apoete”?
Não tarde! _____________________________________________________
ORTHOF, Sylvia. Adolescente _____________________________________________________
poesia. Rio de Janeiro: Rovelle, _____________________________________________________
2010.

4 – Qual o efeito do uso das reticências?

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
5 – O que significa a expressão “Não tarde”?
___________________________________________________________________________________

Texto 7 O título desse poema é uma palavra inventada... Como você


Desencontrários acha que se formou essa palavra? O que o título faz você
Paulo Leminski antecipar sobre o poema?
________________________________________________
Mandei a palavra rimar, ________________________________________________
ela não me obedeceu. ________________________________________________
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa. A palavra não obedeceu? Como você pode confirmar essa
Parecia fora de si, ideia no texto?
a sílaba silenciosa. ________________________________________________
________________________________________________
Mandei a frase sonhar, ________________________________________________
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército, De que se aproxima a poesia?___________________
para conquistar um império extinto.

LEMINSKI, Paulo. Distraídos venceremos. São


Paulo: Brasiliense,1987.

A imagem utilizada nos dois últimos versos afasta a poesia de que ideia?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Assista ao Morde a língua sobre poema.


É o episódio 4 - O poeta é um fingidor: poesia
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/assista/webtv/9345-o-poeta-%C3%A9-um-
fingidor-poesia 54
3.° BIMESTRE Observe que esse trecho do poema nos
fala do olhar poético. Como é esse olhar?
Texto 8 __________________________________
_________________________________
Paixão (trecho)
Como o eu poético enxerga sem o olhar
“De vez em quando Deus me tira a poesia. da poesia?
Olho pedra, vejo pedra mesmo. __________________________________
O mundo, cheio de departamentos, _________________________________
não é a bola bonita caminhando solta no espaço.”

PRADO, Adélia. O coração disparado. Rio de Janeiro: Record, 2006.

Releia a palavra destacada nesse


Texto 9 verso. Trata-se de uma palavra
No descomeço era o verbo. inventada. No poema, ela marca o
Só depois é que veio o delírio do verbo. tempo... Segundo o texto, descomeço
O delírio do verbo estava no começo, lá onde marca que tempo?
a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. ________________________________
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona ________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

para cor, mas para som. ________________________________


Então se a criança muda a função de um verbo, ele ________________________________
Delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é voz de fazer Como fazer um verbo “delirar”?
Nascimentos – ________________________________
O verbo tem que pegar delírio. ________________________________
BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Record, 2000.

O que seria uma voz de “fazer nascimentos”?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Ao ler o próximo poema, observe com que sentido é usada

https://revistagalileu.globo.com
a palavra “guardar”. Antes de ler, pare um pouco e reflita: que
sentido(s) você conhece para essa palavra?
Texto 10
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Por isso se escreve, por isso se diz, por
Em cofre não se guarda coisa alguma. [isso se publica,
Em cofre perde-se a coisa à vista. por isso se declara e declama um poema:
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por Para guardá-lo:
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Para que ele, por sua vez, guarde o que
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por [ guarda:
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, Guarde o que quer que guarda um poema:
isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso o lance do poema:
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro Por guardar-se o que se quer guardar.
55 Do que um pássaro sem voos. CÍCERO, Antônio. Guardar: poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Record, 1997.
3.° BIMESTRE

1 - O sentido dado à palavra guardar no poema é o mesmo que você já conhecia? Reflita e converse
com os colegas.
2 - Explique um novo sentido criado pelo poema para a palavra Guardar.
___________________________________________________________________________________
3 - Segundo o texto, para que se escreve um poema?
__________________________________________________________________________________
Perceba que um recurso utilizado para a musicalidade do poema é a rima.
Rima é a coincidência de sons no fim de palavras ou versos.
Cuidado: há poemas sem rima e rimas não existem apenas nos poemas.

Texto 11
SONETO DO MAIOR AMOR

Maior amor nem mais estranho existe Louco amor meu, que quando toca, fere
Que o meu, que não sossega a coisa amada E quando fere vibra, mas prefere
E quando a sente alegre, fica triste Ferir a fenecer - e vive a esmo
E se a vê descontente, dá risada.

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Fiel à sua lei de cada instante
E que só fica em paz se lhe resiste Desassombrado, doido, delirante
O amado coração, e que se agrada Numa paixão de tudo e de si mesmo.
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada. MORAES, Vinicius de. Antologia Poética. Rio de Janeiro.1960.

1 – O texto é um soneto. O soneto é um tipo de poema de forma fixa, que costuma ter o mesmo número de
versos e estrofes. Leia o texto e deduza como o soneto se estrutura.
______________________________________________________________________________________
2 – Na primeira estrofe, há várias ideias que se opõem, construindo o que chamamos de antítese.
a) Sublinhe essas ideias opostas.
b) Que efeito essas antíteses provocam?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

3 – O que mais agrada ao eu lírico?


______________________________________________________________________________________

4 – No último terceto (estrofe de 3 versos), qual o significado de “lei de cada instante”?


______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

A seguir você vai ler um texto que fala sobre o poema.


Texto 12
O apanhador de poemas

Um poema sempre me pareceu algo assim como um pássaro engaiolado... E que, para
apanhá-lo vivo, era preciso um cuidado infinito. Um poema não se pega a tiro. Nem a laço. Nem a
grito. Não, o grito é o que mais o espanta. Um poema, é preciso esperá-lo com paciência e
silenciosamente como um gato. É preciso que lhe armemos ciladas: com rimas, que são o seu
alpiste; há poemas que só se deixam apanhar com isto. Outros que só ficam presos atrás das
quatorze grades de um soneto. É preciso esperá-lo com assonâncias e aliterações, para que ele
cante. É preciso recebê-lo com ritmo, para que ele comece a dançar. E há os poemas livres,
imprevisíveis. Para esses é preciso inventar, na hora, armadilhas imprevistas.
QUINTANA, Mario. Poemas para ler na escola – Mário Quintana. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. 56
3.° BIMESTRE

1 – A que é comparado o poema no texto ?


_________________________________________________________________________________
2 – Há, no texto, comparação e metáfora. Transcreva um exemplo de cada:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3 – Que armadilhas deve-se usar para “pegar” os poemas, segundo o texto?
_________________________________________________________________________________
4– No texto, a que se referem as “quatorze grades de um soneto”?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Texto 13 De repente o conhecido, ..................................................
Cantigas de lembranças sussurro de que falei Vida boa! só agora
traz de novo a meus ouvidos descobri quem é o amigo
Como doido, vou cantando uns sons de cristais partidos que, intransigente, a toda hora,
num reino que não tem rei. das risadas que já dei! caminha junto comigo:
E uma voz, de quando em quando, Paro, à força de um desejo. viva eu em paraísos,
− Quem dá risadas assim?
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

como alguém que não me ouvisse, caminhe por entre infernos,


murmura (donde nem sei) palmilhe mundos sem fim,
velhas frases que eu já disse, trarei sempre estes eternos
Olho em volta, mas não vejo
cantigas que eu já cantei! murmúrios feitos de risos
quem ri tão perto de mim!
Paro, súbito. Procuro. em mistura com lembrança:
Não vejo, entanto, caminho.
– Quem será que canta assim? a voz da eterna criança
E, a cada passo que dou,
Nada vejo: é muito escuro que vive dentro de mim!
sinto que não vou sozinho:
o mundo em torno de mim.
como se eu próprio voltasse
Nada vejo, mas prossigo GULLAR, Ferreira. Poesia
à vida que já passou,
pelas terras do ninguém. completa e prosa. Rio de Janeiro:
percebo que em mim renasce
Sei que levo alguém comigo, Lacerda Editores, 2008.
o José que eu já não sou!
mas não posso saber quem.
1 - O que o título faz você imaginar? Pela escolha das palavras, é possível antecipar o tema?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
2 - O texto tem várias perguntas. A quem elas se dirigem?
_____________________________________________________________________________
3 - O eu poético viaja...caminha...por onde? Ele vai a um lugar determinado? Será? Marque, no texto,
palavras e/ou expressões que se refiram a esse lugar e... imagine!
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

4 - Qual o efeito de sentido provocado pelo tracejado que separa os duas estrofes?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
5 - Afinal, quem acompanha o eu poético?
___________________________________________________________________________________

6 - Qual o tema do texto?


___________________________________________________________________________________

O próximo texto é uma letra de canção. Os textos desse gênero também se


57 organizam em versos e estrofes.
Texto 14
Uma criança com seu olhar 3.° BIMESTRE
Charlie Brown Jr.

https://br.pinterest.com/pin/824510644255468148/
Aqui estou na difícil missão de levar a você
Uma mensagem que possa ser
Como uma luz ou um mantra, nós não somos mais crianças
Um dia acontece, a gente tem que crescer

Temos que encarar a responsa


Eu não deixei de achar graça nas coisas
Simplesmente hoje eu quero ser levado a sério
As coisas mudam sempre mas a vida não é só como eu espero

Existe um dom natural que todos temos


Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos Armadilhas do tempo são como o vento
Mas se for pra falar de algo bom Levando as folhas para lugares distantes,
Eu sempre vou lembrar de você O meu pensamento é o mesmo que o seu
Mas hoje meu coração bate mais forte
Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu [que antes
Fácil perceber que seu amor é meu

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Difícil não lembrar do que nunca se esqueceu Certa vez na história,
Fácil perceber que meu amor é seu Eu vim de muito longe só pra ver você,
Fui pra muito longe pra encontrar você,
Eu quero estar amanhã ao seu lado quando você acordar Eu te entreguei minha alma.
Eu quero estar amanhã sossegado e continuar a te amar
Eu quero um sonho realizado, uma criança com seu olhar http://www.vagalume.com.br/charlie-brown-jr/uma-
Eu quero estar sempre ao seu lado, você me traz paz [...] crianca-com-seu-olhar.html#ixzz3ZaKovP1a

1 – No poema “Cantigas de lembranças” você percebeu que o eu poético tinha um interlocutor muito
especial? Na letra da canção “Uma criança com seu olhar”, quem é o interlocutor do eu poético?
Indique trechos que confirmem sua análise:
___________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2 – Na letra da canção há marcas do uso da linguagem informal. Retire dois versos que comprovem
essa afirmação, exemplificando marcas diferentes:
__________________________________________________________________________________
3 – Indique, na letra da canção, um verso em que há uma relação de comparação:
__________________________________________________________________________________
4 – Qual a relação estabelecida pelo termo destacado em “As coisas mudam sempre mas a vida não é
só como eu espero” ?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
5 – Quando, num texto, são utilizadas palavras que representam sentidos opostos, constrói-se a figura
de pensamento denominada Antítese. Cite, do texto, versos que apresentam antíteses, destacando
as ideias opostas.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
6 – Pode-se afirmar que os textos “Cantigas de lembranças” e “Uma criança com seu olhar”, sendo
diferentes, têm pontos de aproximação na forma e no conteúdo? Explique.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
58
Use seu olhar poético. Há poesia também
3.° BIMESTRE em tirinhas! Siga aprendendo sempre mais.

Adaptado de www.macanudo.com.ar
Tudo segue Nada Posso me sentar
igual. muda. aqui?
Sim.

Texto 15

1 – Observe a expressão fisionômica do menino nos dois primeiros quadrinhos. Como ele parece
estar?
_________________________________________________________________________________
2 – Qual a mudança que acontece no terceiro quadrinho?
_________________________________________________________________________________
3 – Que elementos não verbais estão relacionados a essa mudança no quarto quadrinho? Que
significados podem ter esses elementos?
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Compare os assuntos dos próximos dois textos:

Texto 16 Quero ser amado por e em tua palavra


Quero nem sei de outra maneira a não ser esta
Quero que todos os dias do ano de reconhecer o dom amoroso,
todos os dias da vida
de meia em meia hora a perfeita maneira de saber-se amado:
de 5 em 5 minutos amor na raiz da palavra
me digas: Eu te amo. e na sua emissão,
amor
Ouvindo-te dizer: Eu te amo, saltando da língua nacional,
https://br.pinterest.com/pi
creio, no momento, que sou amado. amor n/477733472952807990/

No momento anterior feito som


e no seguinte, vibração espacial.
como sabê-lo?
No momento em que não me dizes:
Quero que me repitas até a exaustão Eu te amo,
que me amas que me amas que me amas. inexoravelmente sei
Do contrário evapora-se a amação que deixaste de amar-me,
pois ao não dizer: Eu te amo, que nunca me amaste antes.
desmentes
apagas Se não me disseres urgente repetido
teu amor por mim. Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
Exijo de ti o perene comunicado. eu me precipito no caos,
Não exijo senão isto, essa coleção de objetos de não-amor.
isto sempre, isto cada vez mais.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

1 – O título do texto deixa claro que ele vai revelar um desejo do eu poético. Qual é esse desejo?
59 _______________________________________________________________________________
3.° BIMESTRE

2 – Releia a primeira estrofe. Nela o texto se constrói com expressões em uma gradação de um tempo
muito grande – “todos os dias do ano/ todos os dias da vida” – até um período bem curto – “de 5 em 5
minutos”. Qual o efeito de sentido dessa gradação (aumento ou diminuição contínua e gradual)?
___________________________________________________________________________________

3 – A que se refere o termo destacado em “sabê-lo” no último verso da segunda estrofe?


___________________________________________________________________________________

4 – Qual o significado de “perene” no trecho: “Exijo de ti o perene comunicado.”?


___________________________________________________________________________________

5 – Qual o sentido que é reforçado pela escolha do verbo exigir na 4.ª estrofe?
___________________________________________________________________________________

6 – Na terceira estrofe, o eu lírico cria um neologismo. Indique-o e explique:


___________________________________________________________________________________

7 – Nas estrofes 4, 5 e 6, há palavras relacionadas à língua/ linguagem. Destaque-as:


___________________________________________________________________________________

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


___________________________________________________________________________________

8 – Que sentido pode-se dizer que é reforçado pela construção “amoamoamoamoamo”?


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

http://www.revistabula.com/391
Carlos Drummond de Andrade é um dos maiores poetas da língua portuguesa.
No site http://www.memoriaviva.com.br/drummond/index2.htm você consegue ouvir o
próprio Drummond declamando alguns de seus poemas. É imperdível!

Texto 17
Calma aí, coração
Zeca Baleiro

Eu já falei tantas vezes Bandido cansado de enganos

https://br.pinterest.com/pin/477733472952807990/
E você nada de me ouvir Heróis de capa e espada na mão
Vão-se os dias, anos e meses Esquece metas, retas e planos
E tudo que você sabe fazer é sentir Veleja no mar escuro da ilusão

Quantas canções falam de você


Tantas paixões sem você não são http://www.vagalume.com.br/zeca-
Não pare nunca pra eu não morrer baleiro/calma-ai-
coracao.html#ixzz44dJCGHLs
Nem voe tão mais além do chão

Deixa, me deixa em paz, ó meu coração 1 – A quem se refere o termo destacado no verso “E
Chega, o que liberta é também prisão você nada de me ouvir”?
Deixa, deixa assim, só e salvo e são ___________________________________________
Quem tanto bate um dia apanha
Chega de manha, não me assanha 2 – Que verso da segunda estrofe orienta o
Doido, louco, maluco coração interlocutor do eu lírico a ser realista?
___________________________________________
Coração surdo não tem juízo
Não ouve nunca a voz da razão 3 – Que característica marca o interlocutor do eu
E razão você sabe, é preciso lírico? Sublinhe, no texto, versos que comprovem sua
Pra curar a sua loucura, coração. resposta.____________________________________
60
4 – Que sentidos podem-se perceber no termo destacado no verso “Quem
3.° BIMESTRE tanto bate um dia apanha”?
__________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
5 – A quem se refere o trecho “só e salvo e são”?
___________________________________________________________________________________
6 – Retire um trecho da letra da canção que prove que houve PERSONIFICAÇÃO:
___________________________________________________________________________________

Agora você vai ler mais alguns textos em prosa.


Texto 18 Relembrando...
O mundo POESIA, de forma
Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu geral, pode ser
subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá compreendida como tudo o
do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas. que toca a sensibilidade.
— O mundo é isso — revelou —. Um montão de gente, um mar Sugerir emoções através
de fogueirinhas. das diferentes linguagens –
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não e não só pela palavra – é
poesia.
existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras
PROSA é um texto
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno,


organizado em linhas
que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de
contínuas e parágrafos. Um
chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas texto em prosa também
outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar pode tocar a sensibilidade,
para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo. ter poesia, o que se chama
Adaptado de GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços. Porto Alegre: L&PM,
prosa poética.
1995

1 – O texto é rico em imagens. Qual a metáfora principal?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
2 – Qual o efeito da repetição no trecho “Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras
de todas as cores.” ?
_________________________________________________________________________________
3 – No último parágrafo, destaque uma relação de consequência:
_________________________________________________________________________________
Texto 19 Ahhh, o amor! Leia este texto em prosa, um conto de Dalton Trevisan.
Apelo

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a
verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por
uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no
espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos
poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um
corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os
amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na
varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é
saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho
botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a
Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por
favor.
61 TREVISAN, Dalton. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Editora Record,1979.
1 – Quem é o narrador do texto? Confirme sua resposta com um 3.° BIMESTRE
trecho do texto:
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
2 – A quem o narrador se dirige? Qual o tratamento escolhido para se dirigir ao interlocutor? Que efeito
essa escolha provoca no texto?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
3 – No primeiro e no segundo parágrafos, qual a função dos dois pontos?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
4 – Qual o sentido da expressão: “dar parte de fraco” no segundo parágrafo do texto?
____________________________________________________________________________________
5 – Que estratégia o texto utiliza para dar pistas de que o narrador e a mulher tinham intimidade e
compartilhavam a vida?
____________________________________________________________________________________

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


____________________________________________________________________________________
6 – No trecho “Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham.” qual a relação
estabelecida pelo termo destacado?
____________________________________________________________________________________

7 – O que significa “Apelo” no texto? E que expressão reforça esse sentido no texto?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

O próximo texto é uma crônica. Converse com seu (sua) Professor(a)


e relembre o que você já aprendeu sobre CRÔNICAS.
Sugerimos que você assista ao Morde a língua episódio
denominado “Um vídeo sobre a nossa vida: crônica”, disponível em
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/assista/webtv/9349-um-v%C3%ADdeo-sobre-a-nossa-vida-cr%C3%B4nica

Texto 20
O desaparecido

Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio na
alma quando a tarde estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade de noivo, e
penso em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece
que estou te embalando dentro de mim.
Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar
ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma crônica muito antiga num dia
sem assunto, uma crônica de rapaz; e, entretanto, eu hoje não me sinto rapaz, apenas um menino, com
o amor teimoso de um menino, o amor burro e comprido de um menino lírico. Olho-me no espelho e
percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com esses cabelos brancos parece que não
vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou ficando menos nítido, estou parecendo um
desses clichês sempre feitos com fotografias antigas que os jornais publicam de um desaparecido que
a família procura em vão.
Sim, eu sou um desaparecido cuja esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página
interior de jornal, eu sou o irreconhecível, irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais nunca,
mas só tu sabes que em alguma distante esquina de uma não lembrada cidade estará de pé um
homem perplexo, pensando em ti, pensando teimosamente, docemente em ti, meu amor.
BRAGA, Rubem. A Traição das Elegantes. Rio de Janeiro: Editora Sabiá, 1969.
62
1 – O texto é escrito em primeira pessoa. Retire um trecho que confirme
3.° BIMESTRE essa afirmativa:
__________________________________________________________
2 – O que significa uma “saudade de noivo”?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3 – Qual o efeito da repetição no trecho “[...] e penso em ti devagar, bem devagar[...]”?
_________________________________________________________________________________
4 – Você percebeu que, no trecho seguinte, também há uma repetição? E a estrutura também se
repete, observe: “[...] com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom[...]” . Essas repetições
ajudam a criar um ritmo para o texto. Esse ritmo é anunciado como uma consequência. Releia o
trecho em que isso é explicitado e escreva aqui.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5 – A quem o eu do texto se dirige? Que marcas linguísticas deixam isso claro?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
O próximo texto também é em prosa e faz um pedido ao leitor.
Siga refletindo ...
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

Texto 21
Abra os olhos! Não perca os detalhes poéticos nas cenas da vida
Clara Baccarin
É fim de tarde de outono, há uma nuvem enorme Uma criança cisma em chamar a sua atenção,
cor de rosa no céu e tudo em volta dela é amarelo ouro, subindo e descendo o rosto no banco do ônibus a
um céu de baunilha brilha em cima de sua cabeça e você sua frente, você quase se distrai, mas respira
não vê. Absorvido pelo celular, perdeu o show gratuito. fundo, expira a monotonia que vem de dentro e
As paredes descascadas daquela casa antiga que volta a se embrenhar nas nuvens densas e
você passa todos os dias formam desenhos de bichos e importantes dos seus pensamentos.
rostos; a janela quebrada da mesma casa é uma moldura Desenharam um coração com chocolate em
para um jardim selvagem, mas você, imerso em pós no seu cappuccino, mas você só consegue ficar
preocupações, nunca olhou para o lado, não perde tempo mergulhada na lembrança do seu coração
com terrenos baldios. machucado.
No caminho ainda, há uma porta aberta para um Tanta coisa a ser resolvida, tanta coisa a ser
brechó antigo e uma senhora idosa, talvez a dona do digerida, é preciso foco no que importa, é preciso
estabelecimento, toma chá numa cadeira de balanço, seguir rápido, é preciso pensar no amor, no
quase tornando-se parte do insólito lugar. Mas você não trabalho, nas conquistas a serem atingidas, nas
se interessa por lugares tão escondidos, roupas tão frustrações de não ter chegado aonde queria ainda,
velhas e pessoas que já saíram de moda. é preciso não se deixar perder nas pequenas coisas,
Na estrada para a praia, você no carro olhando pela o tempo urge, a vida é curta, as pessoas se
janela e tudo parece monótono, mas as várias espécies atropelam, a corrida é injusta, a canseira toma seu
de plantas – samambaias, trepadeiras, bromélias… – se corpo e sua alma. É preciso ver a vida em preto e
emaranham, crescem, sobem umas nas outras, branco por todos os lados cegos que se olha até
confundindo-se, criando um mutualismo loucamente que, depois de muita luta, você conquiste
brasileiro em vários tons de verde e ainda por cima nasce finalmente o direito de se libertar e apreciar as
uma flor roxa no meio. Mas você não viu, porque, singelezas da vida. Se é que até lá seu olhar saberá
impaciente, matava o tempo jogando no celular. encantar-se novamente.
Seu amigo fez a janta, colocou folhinhas de Mas agora, a vida, os detalhes, as pequenas
manjericão colhidas na hora em cima do simples belezas… ficam para quem tem tempo de se
macarrão com molho vermelho, você nem olhou a permitir ser criança para sempre. Não é mesmo?
refeição que engolia quase sem paladar. Seu amor beijou http://www.contioutra.com/
seus olhos e suas mãos quando você se queixou da
https://br.pinter
417034890215
est.com/pin/16

canseira do trabalho, mas você não tinha mais energia


63 para sentir e perceber o gesto de carinho.
3909/
1 – Retire do primeiro parágrafo do texto um trecho 3.° BIMESTRE
que confirme o diálogo com o leitor:
_________________________________________ Em alguns poemas, a própria imagem
gráfica na página (o visual) provoca o leitor.
2 – No primeiro parágrafo, qual a causa de não ser Leia os dois exemplos:
vista a tarde de outono? Texto 22
_________________________________________
_________________________________________
3 – A que se refere a expressão “show gratuito”?
_________________________________________
_________________________________________
4 – Segundo o narrador do texto, no segundo
parágrafo, outras coisas deixam de ser vistas...
Qual a causa disso?
_________________________________________
_________________________________________
5 – Observe a pontuação no trecho: “Tanta coisa a
ser resolvida, tanta coisa a ser digerida, é preciso
foco no que importa, é preciso seguir rápido, é

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


preciso pensar no amor, no trabalho, nas
conquistas a serem atingidas, nas frustrações de
não ter chegado aonde queria ainda, é preciso não
se deixar perder nas pequenas coisas, o tempo
urge, a vida é curta, as pessoas se atropelam, a
corrida é injusta, a canseira toma seu corpo e sua
alma.”
Que efeito ela provoca?
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
6 – Volte ao título do texto. Qual o efeito provocado
pelo uso do verbo e do ponto de exclamação? CAMPOS, Augusto de. Outro. Perspectiva, 2015.
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 1 – Que concepção sobre poesia esse texto traz e
_________________________________________ que já foi anunciada em textos anteriores?
ESPAÇO ________________________________________
________________________________________
CRIAÇÃO

Seu desafio agora é escrever uma CRÔNICA, 2 – O eu do texto anuncia o desejo de


contando, de forma poética, uma cena do seu desaprender, esquecer, emudecer. Qual a
cotidiano. consequência dessas ações?
Pode ser algo que aconteceu no caminho até a _______________________________________
escola. Prepare o seu olhar para prestar atenção _______________________________________
aos detalhes simples que, muitas vezes, passam 3 – Que ideia a forma do poema pode dar para
sem que você perceba. reforçar o seu sentido?
Após a escrita, não se esqueça da revisão. _______________________________________
Combine com seu (sua) Professor(a). Se desejar, _______________________________________
apresente a sua crônica para os colegas. _______________________________________ 64
3.° BIMESTRE

Texto 23 Texto 24

LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

1 – Leia o texto. Formule uma hipótese para as


LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

letras embaralhadas que estão no meio do texto.


_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________

Texto 25

NEVES, Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte:


Movimento Perspectiva,1965.

1 – Observe a forma resultante da disposição


das palavras no poema. Que parte do
poema se relaciona a essa forma?
____________________________________
2 – Como a musicalidade se constrói nos três
primeiros versos do poema?
____________________________________ LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras,
____________________________________ 2013.
____________________________________
____________________________________ 1 – Qual o efeito de sentido provocado pela
3 – Como é representada, no poema, a queda forma como estão escritas as palavras “pétala” e
do pássaro? “despetalá-la”.
____________________________________ _______________________________________
____________________________________ _______________________________________

Escolha uma palavra ou frase e brinque com ela. Construa seu texto,
ESPAÇO
relacionando a forma e o conteúdo da palavra ou frase. Combine com o(a)
CRIAÇÃO seu(sua) professor(a) uma forma de expor os trabalhos.
65
Para saber mais...
3.° BIMESTRE
Num poema, a musicalidade e o ritmo são muito importantes.
Os sons são combinados para criar sentidos novos, inesperados.
A repetição é um instrumento importante para construir a musicalidade e o ritmo no poema. A rima
também. O ritmo, em um poema, se dá pela alternância de sílabas tônicas e não tônicas em cada verso, tendo
também muito a ver com a métrica (tamanho, número de sílabas dos versos), e com a sonoridade provocada
pela rima. As repetições também determinam o ritmo em um poema. Ao ler um poema, observe todos esses
aspectos.

Texto 26
Ritmo
1 – Leia o poema, observando o ritmo que as
Na porta repetições nele contidas determinam para a leitura.
a varredeira varre o cisco Marque as repetições.
varre o cisco
2 – Releia o último verso do poema: “e o mundo
varre o cisco
gira imóvel como um pião!”
Na pia
a) Nele, estabelece-se uma comparação. Que
a menininha escova os dentes
palavra estabelece essa comparação?
escova os dentes
_________________________________________

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


escova os dentes
b) A metáfora, recurso de linguagem já abordado
No arroio
neste material, é também isso: uma comparação
a lavadeira bate a roupa
sem o elemento de comparação. Experimente
bate a roupa
reescrever o verso, usando o recurso da metáfora:
bate a roupa
_________________________________________
até que enfim
c) Explique a relação que o eu poético estabelece
se desenrola
entre o giro do mundo e o de um pião:
toda a corda
_________________________________________
e o mundo gira imóvel como um pião!
_________________________________________
_________________________________________
QUINTANA, Mario. Poemas para infância. In Poesia
completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. _________________________________________

Leia, em voz alta, os próximos poemas. https://www.pinterest.es/gloriamgmgs54/vento-ventania/

Texto 27
Cantiga do vento De repente,
o vento vira rock
O vento vem vindo e vira invencível serpente.
de longe, E voa violento
de não sei onde, e vai velhaco,
vem valsando, vem brincando, vozeirão varrendo
sem vontade de ventar. várzeas, verduras
e violetas
Vem vindo devagar, O vento, mesmo veloz,
devagarinho, E vira violinista tem tempo pra brincadeira,
mais viração vibra na vidraça, tem tempo pra causar vexame.
que vem em vão, vira copo e vira taça, E enche a casa de sujeira
e vai e volta e zoa e zoa e zoa e ergue o vestido da madame.
e volta e vai. – uma zorra!
JOSÉ, Elias. Namorinho de portão. São
Paulo: Moderna, 1986.
66
3.° BIMESTRE

Agora, responda, sobre o texto 27:

a) Que recurso foi utilizado para marcar a sonoridade do poema?

__________________________________________________________________________________

b) O que esse recurso sonoro nos faz lembrar?


__________________________________________________________________________________
Texto 28
Canção de nuvem e vento
Medo da nuvem
Medo Medo
Medo da nuvem que vai crescendo
Que vai se abrindo
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

Que não se sabe


O que vai saindo
Medo da nuvem Nuvem Nuvem
Medo do vento
Medo Medo

https://br.pinterest.com/pin/837458493187634319/?lp=true
Medo do vento que vai ventando
Que vai falando
Que não se sabe
O que vai dizendo
Medo do vento Vento Vento
Medo do gesto
mudo
Medo da fala
Surda Agora, responda, sobre o texto 28:
a) Que recurso foi utilizado para marcar a sonoridade do
Que vai movendo poema?
Que vai dizendo _______________________________________________
Que não se sabe b) Qual o efeito da repetição em “Medo da nuvem Nuvem
Que bem se sabe Nuvem”?
_______________________________________________
Que tudo é nuvem que tudo é vento
Nuvem e vento Vento Vento!

QUINTANA, Mario. Poemas para ler na escola.


Companhia das letras, 2008.

Continue a observar a musicalidade dos poemas...


67
3.° BIMESTRE
https://www.pinclipart.com/pindetail/Tooom_svg-black-and-white-download-dancers-silhouette-at/

Texto 29
Canção para uma valsa lenta Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Minha vida não foi um romance... Glória a ti que me enches a vida
Nunca tive até hoje um segredo. De surpresa, de encanto, de medo!
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo... Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Minha vida não foi um romance, Pobre vida que toda depende
Minha vida passou por passar. De um sorriso... de um gesto... um olhar...
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
QUINTANA, Mario. Poesias. Porto Alegre: Globo/MEC,1972.

1 – A voz poética do texto repete que sua vida não foi um romance. Pelo que se lê, em cada estrofe do

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


texto, como deve ser a vida para ser “um romance”?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

2 – O eu do texto é jovem? Que versos comprovam isso?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

3 – Como o eu do texto qualifica a própria vida?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

4 – Releia os versos “Glória a ti que me enches a vida/ De surpresa, de encanto, de medo!” (3.ª
estrofe) e responda:

a) A quem se refere a palavra em destaque?


__________________________________________________________________________________

b) O que acontece de diferente na vida do eu poético, enchendo-a “De surpresa, de encanto, de


medo!”?
__________________________________________________________________________________

5 – Perceba o ritmo do poema. Volte ao título. Você sabe o que é uma valsa? Uma valsa é um ritmo
marcado em três tempos. Releia os dois últimos versos de cada estrofe e marque seu ritmo. Que efeito
isso provoca?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
68
3.° BIMESTRE

Agora você vai ler dois textos e compará-los. Observe como se dá o


diálogo entre eles: a INTERTEXTUALIDADE.

Texto 30
Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo


que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

1 – Qual o tema do poema?


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

2 – Pode-se dizer que o poema se organiza em duas partes. O que a segunda parte representa em
relação à primeira?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

3 – Leia o verbete e responda: por que o título do texto é quadrilha?


“qua·dri·lha (espanhol cuadrilla)
substantivo feminino
[...]5. Grupo de quatro pares que executam um bailado.
6. Dança figurada de quatro ou mais pares que se defrontam uns com os outros. = CONTRADANÇA
[...]”
Adaptado de Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
https://www.priberam.pt/dlpo/quadrilha

________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

4 - No texto pode-se perceber uma visão otimista ou pessimista do amor? Explique:


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

Assista ao Morde a língua, episódio 2 -Tinha uma irmã no meio do


caminho: intertextualidade.
Combine com o(a) seu(sua) professor(a).

69
3.° BIMESTRE
Texto 31
Quadrilha da sujeira

João joga um palitinho de sorvete na


rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que
joga um saquinho plástico na rua de
Joaquim que joga uma garrafinha
velha na rua de Lili.
Lili joga um pedacinho de isopor na
rua de João que joga uma embalagenzinha
de não sei o quê na rua de Teresa que
joga um lencinho de papel na rua de
Raimundo que joga uma tampinha de
refrigerante na rua de Joaquim que joga
um papelzinho de bala na rua de J.Pinto
Fernandes que ainda nem tinha
entrado na história.

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


AZEVEDO, Ricardo. Você Diz que Sabe Muito Borboleta[Sabe Mais! Rio de Janeiro: Moderna, 2007.

1 – Qual o tema do texto?


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

2 – Qual o efeito produzido pelo uso do diminutivo no texto?


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

3 – Como esse texto dialoga com o texto de Drummond?


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

Siga lendo e escrevendo poemas!

Da difícil facilidade
É preciso escrever um poema várias vezes para que dê a impressão de que foi escrito pela
primeira vez.

QUINTANA, Mario. Poemas para ler na escola – Mário Quintana. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

‘O que quer, o que pode essa língua”, já dizia Caetano Veloso na música
Língua. Na próxima sequência de textos, essa língua pode nos fazer...rir! Para
ouvir a música de Caetano, acesse o link
http://letras.mus.br/caetano-veloso/44738/

70
janeiro-e-dia-internacional-do-riso/
https://www.jb.pt/2019/01/dia-18-de-
3.° BIMESTRE

Texto 32
PNEU FURADO
Luís Fernando Veríssimo 1 – O narrador do texto é personagem ou
O carro estava encostado no meio-fio, com observador? Justifique sua resposta, citando
um pneu furado. De pé, ao lado do carro, olhando um trecho do texto:
desconsoladamente para o pneu, uma moça ______________________________________
muito bonitinha. ______________________________________
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e 2 – Como a moça é apresentada e o que fazia
dele desceu um homem dizendo: “Pode deixar”. no momento inicial da história?
Ele trocaria o pneu. ______________________________________
- Você tem macaco? – perguntou o homem. ______________________________________
- Não – respondeu a moça. ______________________________________
- Tudo bem, eu tenho – disse o homem. –
3 – Retire do texto o trecho que indica a causa
Você tem estepe?
de, embora a moça não ter pedido ajuda, um
- Não – disse a moça.
homem ter parado o carro para ajudá-la:
- Vamos usar o meu – disse o homem.
______________________________________
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

______________________________________
o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o 4 – Explique o uso das aspas em ‘“Pode
ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou deixar”. Ele trocaria o pneu.
ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se ______________________________________
afastar. ______________________________________
Dali a pouco chegou o dono do carro.
5 – Qual a quebra de expectativa que gera o
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito
humor na história?
obrigado.
______________________________________
- É. Eu … Eu não posso ver pneu furado.
______________________________________
Tenho que trocar.
- Coisa estranha. 6 – No primeiro parágrafo do texto, um trecho
- É uma compulsão. Sei lá. contribui para criar a expectativa de que o carro
VERISSIMO, Luis Fernando. Pai não entende nada. fosse da moça. Qual é esse trecho?
______________________________________
Porto Alegre: L&PM, 1991. ______________________________________

7 – Que expressão reforça que o homem foi surpreendido com a situação?


_________________________________________________________________________________
8 – Que efeito de sentido tem a interrupção, seguida de reticências, no trecho “- É. Eu … Eu não posso
ver pneu furado. Tenho que trocar.” ?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

O assunto é... humor!


Os textos de humor, em geral, veiculam informações de forma sintética. Afinal, não é nem um
pouco engraçado explicar a piada, não é?
Então, cabe a você, leitor, compreender o que não foi dito explicitamente, seguindo as pistas que
o texto dá e trazendo para a leitura seus conhecimentos.
Um cuidado importante que devemos ter com os textos de humor é o de compreender que eles,
muitas vezes, lidam com estereótipos ou mesmo com preconceitos. Desse modo, é preciso ficar atento
para fazer uma leitura crítica, questionadora. Muitas vezes a piada mais engraçada não tem graça
nenhuma...
Ao ler um texto de humor o leitor precisa perceber se está em jogo alguma duplicidade de
sentido, para detectar os dois sentidos, colocar de lado o mais óbvio e compreender o menos óbvio.
71 O efeito surpresa, a quebra de expectativa, é fundamental para se conseguir produzir humor.
Texto 33 3.° BIMESTRE
Adivinha?
A mãe vai ao restaurante com seus filhos.
– Meninos, querem ouvir uma adivinha?
– Sim, mamãe!!!
– Sabem qual é a diferença entre a água e o refrigerante?
– Não, mamãe!
– Água para todos.
LELARGE, Fabrice. 365 Piadas . São Paulo: Editora Girassol, 2008.

1 – Como a segunda pergunta da mãe é compreendida pelos filhos?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2 – Ao final do texto, pode-se perceber a intenção da mãe. Ela corresponde à expectativa dos
filhos? Explique.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


____________________________________________________________________________

Texto 34

QUINO. Toda a Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

1 – Qual o significado das aspas no primeiro quadrinho?


_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
2 – Observe o quadrinho 2: o formato do balão, a expressão da Mafalda e o uso das reticências
expressam o quê?
______________________________________________________________________________

3 – Que crítica pode-se perceber na tirinha?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Agora você vai ler trechos do livro “O Pequeno


Príncipe”. Esse é um livro clássico, que vem
encantando gerações desde a década de 1940.
Vamos ler alguns trechos e nós torcemos para que
você deseje ler o livro por inteiro.
72
3.° BIMESTRE

Texto 35 - Capítulo I

Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, "Histórias Vividas",
uma imponente gravura. Representava ela uma jiboia que engolia uma fera. [...]
Dizia o livro: "As jiboias engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, não podem
mover-se e dormem os seis meses da digestão."
Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro
desenho. Meu desenho número 1 era assim:

Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo.
Responderam-me: "Por que é que um chapéu faria medo?"
Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante.
Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas
têm sempre necessidade de explicações. Meu desenho número 2 era assim:
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou


fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que
abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor.[...]
Tive pois de escolher uma outra profissão e aprendi a pilotar aviões.[...]
Tive assim, no correr da vida, muitos contatos com muita gente séria. Vivi muito no meio das
pessoas grandes. Vi-as muito de perto. Isso não melhorou, de modo algum, a minha antiga opinião.
Quando encontrava uma que me parecia um pouco lúcida, fazia com ela a experiência do meu
desenho número 1, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se ela era verdadeiramente
compreensiva. Mas respondia sempre: "É um chapéu". Então eu não lhe falava nem de jiboias, nem de
florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me ao seu alcance. Falava-lhe de bridge, de golfe, de
política, de gravatas. E a pessoa grande ficava encantada de conhecer um homem tão razoável.

Capítulo II
Vivi portanto só, sem amigo com quem pudesse realmente conversar, até o dia, cerca de seis
anos atrás, em que tive uma pane no deserto do Saara. Alguma coisa se quebrara no motor. E como
não tinha comigo mecânico ou passageiro, preparei-me para empreender sozinho o difícil conserto.
Era, para mim, questão de vida ou de morte. Só dava para oito dias a água que eu tinha.
Na primeira noite adormeci pois sobre a areia, a milhas e milhas de qualquer terra habitada.
Estava mais isolado que o náufrago numa tábua, perdido no meio do mar. Imaginem então a minha
surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:
– Por favor ... desenha-me um carneiro...
– Hem!
– Desenha-me um carneiro ...
Pus-me de pé, como atingido por um raio. Esfreguei os olhos. Olhei bem. E vi um pedacinho de
gente inteiramente extraordinário, que me considerava com gravidade. [...]
Olhava pois essa aparição com olhos redondos de espanto. Não esqueçam que eu me achava a
mil milhas de qualquer terra habitada. Ora, o meu homenzinho não me parecia nem perdido, nem
morto de fadiga, nem morto de fome, de sede ou de medo. Não tinha absolutamente a aparência de
uma criança perdida no deserto, a mil milhas da região habitada. Quando pude enfim articular palavra,
perguntei-lhe:
– Mas ... que fazes aqui? [...]
73
1 – Qual o nome do livro lido pelo narrador? (1.º parágrafo)
________________________________________________________ 3.° BIMESTRE
2 – Como o narrador se refere aos adultos no texto?
____________________________________________________________________________________
3 – O adjetivo séria no trecho “Tive assim, no correr da vida, muitos contatos com muita gente séria”, está
sendo utilizado de forma negativa ou positiva?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
4 – Qual a opinião do narrador sobre os adultos?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
5 – Os adultos aconselharam o narrador a deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas.
Qual o significado de “deixar de lado”?
____________________________________________________________________________________
6 – Pode-se inferir a opinião dos adultos sobre os desenhos do narrador? Qual é essa opinião?
____________________________________________________________________________________
7 – Qual a consequência da opinião dos adultos sobre os desenhos do narrador?
____________________________________________________________________________________

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


8 – Por que o narrador afirma, no 9.º parágrafo, que ele viveu só, sem amigos?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
9 – Transcreva do 10.º parágrafo:
a) um termo e uma expressão que dão ideia de tempo
_____________________________________________________________________
b) um trecho que apresenta uma comparação
_____________________________________________________________________
10 – Qual o motivo da surpresa do narrador no 10.º parágrafo?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
11 – Que palavras retomam os termos “meu homenzinho”?
____________________________________________________________________________________
12 – Tomando por base o primeiro trecho, capítulos I e II, qual seria a situação inicial da história? E o
conflito gerador? Que marcas linguísticas sinalizam esses momentos?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Vamos continuar a leitura, passando para trechos dos capítulos XX e XXI:
[...] E, deitado na relva, ele chorou.
– Bom dia, disse a raposa.
– Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
– Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
– Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa, disse a raposa
– Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
– Ah! desculpa, disse o principezinho.
– Após uma reflexão, acrescentou: https://saopauloparacriancas.com.br/o-pequeno-principe-no-
– Que quer dizer "cativar"? mosteiro-de-sao-bento-mostra-prorrogada-ate-6-de-agosto/
74
3.° BIMESTRE

– Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?


– Procuro os homens, disse o principezinho – Que quer dizer "cativar"?
– Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo!
Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem – Tu
procuras galinhas?
– Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
– É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços”.
– Criar laços?
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto
inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma
raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.
Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...[...]
– Por favor... cativa-me disse ela.
– Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e
muitas coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de
amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim,
assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de
mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ...
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da
tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei
feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu
vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração ...[...]
SAINT-EXUPÉRY, Antonie de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 1967.

13 – Que marcas do texto nos deixam perceber que se trata de um diálogo?


___________________________________________________________________________________
14 – Como a raposa explica o significado de “criar laços”?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
15 – O texto não contém informações a respeito da seguinte fala da raposa: “Criam galinhas também. É
a única coisa interessante que eles fazem.” Por esse motivo, precisa-se conhecer um hábito do animal
para que se possa entender o que a raposa quis dizer. O que podemos inferir a respeito da raposa?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
16 – Qual a opinião da raposa sobre os homens?
___________________________________________________________________________________
17 – No texto, qual o recurso utilizado para tratar carinhosamente o Pequeno Príncipe?
___________________________________________________________________________________
18 – Leia, novamente, o último parágrafo. Por que esperar a hora combinada é importante?
___________________________________________________________________________________
19 – Segundo a raposa, por que os homens não têm mais amigos?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
75
3.° BIMESTRE
E agora o último trecho que selecionamos para leitura:

E agora, certamente, já se vão seis anos ... jamais contara essa

SAINT-EXUPÉRY, Antoine de.O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 1967.


história. Os camaradas ficaram contentes de ver-me são e salvo. Eu
estava triste, mas dizia: É o cansaço...
Agora já me consolei um pouco. Mas não de todo. Sei que ele
voltou ao seu planeta; pois, ao raiar do dia, não lhe encontrei o
corpo. Não era um corpo tão pesado assim ... E gosto, à noite, de
escutar as estrelas. Quinhentos milhões de guizos ...[...]
Esta é, para mim, a mais bela paisagem do mundo, e também a
mais triste. [...] Foi aqui que o principezinho apareceu na Terra, e
desapareceu depois.
Olhem atentamente esta paisagem para que estejam certos de
reconhecê-la, se viajarem um dia na África, através do deserto. E se
acontecer passarem por ali, eu lhes suplico que não tenham pressa
e
que esperem um pouco bem debaixo da estrela! Se então um menino vem ao encontro de vocês, se
ele ri, se tem cabelos de ouro, se não responde quando interrogam, adivinharão quem é. Então, por

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


favor, não me deixem tão triste; escrevam-me depressa que ele voltou...

1 – Volte ao capítulo II e responda: a que fato o trecho “Os camaradas ficaram contentes de ver-me são
e salvo” se refere?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2 – Por que o narrador estava triste?
__________________________________________________________________________________
3 – A quem se refere o pronome ELE no trecho “[...] escrevam-me depressa que ele voltou...”
__________________________________________________________________________________
4 – A quem o narrador se dirige no último parágrafo?
__________________________________________________________________________________

Agora, você vai ler uma tirinha.

Texto 36
www.macanudo.com.br

Você percebeu o diálogo entre os textos?


76
3.° BIMESTRE

www.entretenimento.uol.com.br/álbum/2015.
Observe
várias capas
de diferentes
edições do
livro.

Pinterest
A obra também já foi adaptada para o cinema. Leia
a sinopse de um dos filmes de 1975.

Um menino cai na Terra vindo de


LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

outro planeta. Trata-se de um


pequeno príncipe, que vaga pelo
deserto do Saara até encontrar um
piloto que acaba de sofrer um
acidente com seu avião. Os dois
desenvolvem uma grande amizade,
Esse outro filme é uma animação
nutrida por histórias fantasiosas e
que, de acordo com o cartaz, é
muitas mensagens de solidariedade e
“baseada” no livro “O Pequeno
companheirismo.
Príncipe”. Ele foi lançado em 2015 e
http://www.adorocinema.com/filmes/filme- tem tido destaque pela forma de
57986/trailer-19520162/ animação utilizada.

Texto 37 - Dedicatória ESPAÇO


Para Léon Werth CRIAÇÃO
Peço perdão às crianças por dedicar
Após ler a dedicatória do livro, você é
este livro a um adulto. Tenho uma boa
desafiado a escrever!
razão: esse adulto é meu melhor
O autor faz uma crítica aos adultos que,
amigo no mundo. Outro motivo: ele é
segundo ele, raramente se lembram de que
capaz de compreender inclusive os
foram crianças...
livros infantis. [...]
Uma das funções principais da escrita é o
registro. No movimento da vida, você está,
Se todos esses motivos não forem
prezado aluno, se tornando adulto. Desejamos
suficientes, dedico esse livro, então, à
que você leve consigo o seu “eu criança”...
criança que esse adulto foi um dia.
Para não se esquecer, escreva um texto:
Todos os adultos um dia foram
O que você quer levar, pela vida, do seu
crianças. (Porém, raros se lembram
“eu criança”?
disso.) Assim, corrijo minha
dedicatória:
PARA LÉON WERTH,
QUANDO CRIANÇA.
77
SUMÁRIO 4.° BIMESTRE

Texto 1 - Trem-bala 79
Texto 2 - Amor pra recomeçar 81
Texto 3 - Cantiga quase de roda 82
Texto 4 - Poema de Ferreira Gullar 83

Texto 5 - Chamava-se amarelo 83

Texto 6 - Gentileza, o segredo da felicidade 84

Texto 7 - Estranhas gentilezas 88

Texto 8 - Ivan Ângelo 89

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Texto 9 - Gentileza gera gentileza 90

Texto 10 - O poder transformador do sorriso :) 92

Texto 11- Tom Jobim estava errado: é possível ser feliz sozinho, diz estudo 93

Texto 12 - Que me perdoem os solitários, mas é impossível ser feliz sozinho 94

Texto 13 - Wave 95

Texto 14 - Embora soneto 97

Texto 15 - Tirinha da Mafalda 99

Texto 16 - O olhador de anúncios 99

Texto 17 - Você sabe como resistir aos apelos da propaganda? 100

Texto 18 - Propaganda – Doação de órgãos. 101

Texto 19 - Carinhoso 102

Texto 20 - Propaganda Ford 103

Texto 21 - Propaganda Gol 103

Texto 22 - Um cego em paris (criatividade) 104

Texto 23 - Capítulo IX - Nas garras do primeiro amor 105


78
Prezado Aluno, Prezada Aluna
4.° BIMESTRE
O ano já está quase chegando ao fim! Quantas experiências você
viveu neste período! Você, com certeza, não é a mesma pessoa que era lá no começo do ano.
Você foi desafiado a ler, a escrever e... a crescer.
E o desafio continua! A vida segue e logo terá início uma nova fase. Vamos, então, aproveitar
este último bimestre! Neste material didático você vai ler sobre tempo, escolhas, felicidade, gentileza,
amor... O cardápio de textos possui poemas, crônicas, propagandas, artigos de opinião, trechos de
romance, letras de canção... A leitura vai ajudá-lo a refletir sobre a vida. Como está a vida? Que vida
queremos construir?
Bom trabalho!
Texto 1
Trem-bala A gente não pode ter tudo
Ana Vilela Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso, eu prefiro sorrisos
Não é sobre ter E os presentes que a vida trouxe
Todas as pessoas do mundo pra si Pra perto de mim
É sobre saber que em algum lugar
Alguém zela por ti Não é sobre tudo que o seu dinheiro
É sobre cantar e poder escutar É capaz de comprar
Mais do que a própria voz E sim sobre cada momento
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

É sobre dançar na chuva de vida Sorriso a se compartilhar


Que cai sobre nós Também não é sobre correr
Contra o tempo pra ter sempre mais
É saber se sentir infinito Porque quando menos se espera
Num universo tão vasto e bonito A vida já ficou pra trás
É saber sonhar
E, então, fazer valer a pena cada verso Segura teu filho no colo
Daquele poema sobre acreditar Sorria e abrace teus pais
Enquanto estão aqui
Não é sobre chegar no topo do mundo Que a vida é trem-bala, parceiro
E saber que venceu E a gente é só passageiro prestes a partir
É sobre escalar e sentir [...]
Que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo
E também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo
Em todas as situações https://www.vagalume.com.br/ana-vilela/trem-bala.html

1. Na letra da canção há um paralelo entre o que é e o que não é a vida. Retire do texto os trechos
que iniciam versos e constroem essa ideia:
_______________________________________________________________________________
2. O texto se utiliza da linguagem figurada, conotativa. Explique as metáforas construídas nos
versos:
a) “Não é sobre chegar no topo do mundo
E saber que venceu
É sobre escalar e sentir
Que o caminho te fortaleceu”
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
b) “Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir”
_____________________________________________________________________________
79 _____________________________________________________________________________
4.° BIMESTRE
3 . Cite um aspecto da vida que é criticado no texto e outro que é
ressaltado.
__________________________________________________________________________________

4. Retire do texto um verso que mostre a interlocução com o leitor:


__________________________________________________________________________________
5. Na última estrofe, leia os verbos dos dois primeiros versos. Que tom eles reforçam no texto?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

PRODUÇÃO DE TEXTO.
Leia os textos a seguir e se inspire.

O que é, o que é?
Gonzaguinha

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita https://tirasarmandinho.tumblr.com

Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz

http://www.macanudo.com.ar/
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será “Pois aqui está a minha vida.
Mas isso não impede Pronta para ser usada.
Que eu repita Vida que não se guarda
É bonita, é bonita nem se esquiva, assustada.
E é bonita Vida sempre a serviço
da vida.
https://www.letras.mus.br/gonzagui
nha/463845/
Para servir ao que vale
a pena e o preço do amor.” [...]

MELLO, Thiago de. Faz escuro mas eu


canto. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1999.

Agora, o seu desafio é escrever sobre a vida...


Em folha separada, escreva um texto (uma crônica, um poema, um texto de opinião...)
a partir das seguintes indagações:
O que você quer e o que você não quer que faça parte da sua vida?
Que vida você quer construir?
80
Vamos ler mais uma letra de canção. Ao longo dos versos, o eu
4.° BIMESTRE poético expressa vários bons desejos. Observe que esses desejos
são dirigidos a alguém, o leitor/interlocutor:

Texto 2
Amor pra recomeçar
Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília
1. Marque, na letra da canção,
Eu te desejo Desejo dois versos que mostrem o
Não parar tão cedo Que você tenha a quem amar diálogo com o leitor.
Pois toda idade tem E quando estiver bem cansado
Prazer e medo... Ainda exista amor 2. O eu do texto declara o que ele
Pra recomeçar deseja ao leitor. Enumere esses
E com os que erram
Pra recomeçar... desejos, parafraseando a letra da
Feio e bastante
canção:
Que você consiga
Eu desejo
Ser tolerante...
Que você ganhe dinheiro ___________________________
Quando você ficar triste Pois é preciso ___________________________
Que seja por um dia Viver também ___________________________
E não o ano inteiro E que você diga a ele ___________________________
E que você descubra Pelo menos uma vez ___________________________
Que rir é bom Quem é mesmo ___________________________
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

Mas que rir de tudo O dono de quem... ___________________________


É desespero... [...] ___________________________
[...] ___________________________
Eu te desejo muitos amigos Desejo ___________________________
Mas que em um Que você tenha a quem amar ___________________________
Você possa confiar E quando estiver bem cansado ___________________________
E que tenha até Ainda exista amor ___________________________
Inimigos Pra recomeçar... ___________________________
Pra você não deixar
De duvidar...
Adaptado de https://www.letras.mus.br/frejat/46044/
[...]
3. Alguns desses desejos aparecem, no texto, com um conselho a mais. Observe:
“[...] E que você descubra / Que rir é bom / Mas que rir de tudo / É desespero...[...]”
Marque a palavra que liga as ideias e indique a relação que ela estabelece:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
4. Segundo o texto, para que servem os inimigos?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5. No trecho “Eu desejo/ Que você ganhe dinheiro/Pois é preciso/Viver também/ E que você diga a ele
/Pelo menos uma vez/Quem é mesmo/O dono de quem...”:
a) diga a quem se refere o termo destacado - ____________________________________________
b) explique que relação é estabelecida pelo conectivo POIS - ________________________________
_________________________________________________________________________________
c) explique o que significa “ser dono” nesse trecho?
_________________________________________________________________________________
d) Escreva um parágrafo, explicando como deve ser a relação do ser humano com o dinheiro,
segundo o texto. Escreva no seu caderno. Apresente, em seguida, para os seus colegas e para o(a)
seu(sua) Professor(a).
6. Após a leitura, você infere que o amor é um sentimento inabalável e que nunca muda? Explique:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
81 _________________________________________________________________________________
Você leu, anteriormente, uma letra de canção. Sua estrutura se
assemelha muito a de um poema, gênero que você estudou no 4.° BIMESTRE
bimestre passado. Você vai ler, a seguir, um poema. Observe a
semelhança na estrutura dos dois textos:

Texto 3
Cantiga quase de roda

Na roda da vida De pena, o menino Na roda do mundo, O menino entrega ao


lá vai o menino começa a cantar. ao lado dos homens, mundo
trazendo contente (Cantigas afastam lá vai o menino o dom da sabedoria
um canto no peito as coisas escuras.) rodando e cantando que nasce do coração.
na fronte uma estrela. seu canto de amor. Porque é de amor e de
Porquanto ele sabe infância
Mal chega e descobre que os homens, embora Um canto que faça que o mundo tem
que o mundo é feroz se façam de fortes, o mundo mais manso, precisão.
e o tempo é de sombras. se façam de grandes, cantigas que tornem
Os homens caminham no fundo carecem a vida mais limpa, .
calados, sozinhos, de aurora e de infância. um canto que faça
com medo de amar. os homens mais crianças.

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


http://basilio.fundaj.gov.br
MELLO, Thiago de. Faz escuro mas eu canto. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1999

Thiago de Mello nasceu em 1926, na cidade de Barreirinha, no Amazonas. Foi aluno interno
do Colégio Batista, no Rio de Janeiro, por volta de 1942, e estudou na Faculdade Nacional de
Medicina, mas não concluiu o curso. Foi amigo pessoal de Manuel Bandeira, Carlos Drummond
de Andrade e de Pablo Neruda [...].
Adaptado de http://editora.cosacnaify.com.br/Autor/287/Thiago-de-Mello.aspx

1. Qual o sentimento do menino na 1.ª estrofe?


__________________________________________________________________________________
2. Qual o sentido da expressão “Mal chega” que inicia a segunda estrofe?
__________________________________________________________________________________
3. Na terceira estrofe, por que o menino começa a cantar?
__________________________________________________________________________________
4. Explique o uso dos parênteses na terceira estrofe:
__________________________________________________________________________________
5. Qual a relação estabelecida entre a terceira e a quarta estrofes pela palavra destacada em
“Porquanto ele sabe”?
__________________________________________________________________________________
6. Qual o sentido da palavra “precisão” na última estrofe?
__________________________________________________________________________________
7. No texto, pode-se perceber uma visão negativa do tempo e do mundo. Sublinhe, no poema, versos
que comprovem essa afirmativa.
8. Você sabe que, para ler um poema, é preciso... desconfiar! Então, explique: o que simboliza o
menino no poema? Se, ao invés de “menino”, o texto dissesse “adulto”, ou simplesmente “rapaz”,
“homem”... o que essa mudança causaria no sentido do texto?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________ 82
4.° BIMESTRE Compare o poema de Thiago de Mello
com o próximo poema, de Ferreira Gullar:

Texto 4

[...]
(para ser cantada com a música da
Bachiana n.º 2, Tocata, de Villa-Lobos) 1. Observe os versos 1 e 2 do texto 3.
Transcreva do texto 4 os versos que mantêm
lá vai o trem com o menino com eles uma semelhança de significado:
lá vai a vida a rodar
lá vai ciranda e destino _____________________________________
cidade e noite a girar _____________________________________
lá vai o trem sem destino _____________________________________
pro dia novo encontrar
correndo vai pela terra 2. No Texto 4, a palavra trem é usada como
vai pela serra metáfora. Que relação de semelhança essa
vai pelo mar metáfora estabelece?
cantando pela serra do luar
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

correndo entre as estrelas a voar _____________________________________


no ar _____________________________________
no ar _____________________________________
[...]

GULLAR, Ferreira. Poema sujo. In: Poesia completa, teatro e prosa. Rio
de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.

Leia, a seguir, a crônica de Rubem Braga que fala de memórias de infância:

Texto 5
Chamava-se amarelo

Nasci em Cachoeiro de Itapemirim, em uma casa à beira de um


córrego, o Amarelo, poucos metros antes de sua entrada no rio
Itapemirim. Eu devia ser ainda de colo quando meu pai derrubou essa
casa e comprou outra do outro lado do córrego. Desde muito pequenos,
antes da idade de se aventurarem pelas correntezas do rio e depois pelas
ondas do mar, os meninos da casa brincavam no Amarelo.
A gente passava as horas de folga ali, pescando de anzol quando o córrego estava
cheio, ou de peneira, quando ele estava raso. A fauna não era muito variada: piabas (que no
Espírito Santo para o Norte é o que no Sul chamam de lambari); carás, dourados, um peixe
de fundo que a gente chamava moreia, e que não pinicava a isca, dava um puxão longo
inconfundível; outro de boca maior chamado cumbaca; pequenos mandis que ninguém
comia e duas ou três espécies de camarão, entre os quais um que a gente chamava de
lagosta porque tinha para mais de vinte centímetros. [...]
Conhecíamos o nosso pequeno trecho de córrego, palmo a palmo, desde a
cachoeirinha em que ele se despencava do morro até a beira do rio − cada pedra, cada tufo
de capim, cada tronco atravessado, cada pé de inhame ou de taioba. [...]
Um pouco para cima o córrego formava um açude fundo, que em alguns lugares não
dava pé. De um lado havia árvores grandes, de sombra muito suave, de outro era a aba do
83 morro.
A gente escorregava do alto do morro, pelo capim, cada um sentado
em uma folha de pita ─ tchibum n´água! Com troncos de pita ou de 4.° BIMESTRE
bananeira, improvisávamos toscas jangadas amarradas a cipó. O
córrego e seu açude eram uma festa permanente para nós.
O açude não existe mais.
O açude não existe mais e o córrego está morrendo. Sempre que vou a Cachoeiro o
vejo, porque nossa casa continua a mesma. Há coisa de quatro meses estive lá, e fui até a ponte dar
uma espiada no córrego. Embora no último inverno tenha chovido bem por aquelas bandas, o Amarelo
estava tão magrinho, tão sumido. Tão feio, que me cortou o coração. Era pouco mais que um fio
d´água escorrendo entre as pedras, a foz quase entupida de areia.
[...]
O Brasil está secando. A gente lê nos jornais artigos sobre desflorestamento,
necessidade de proteger os cursos d´água, essas coisas que desde criança a gente sabe porque lê
nos artigos de jornais. [...]
Não, esta crônica não pretende salvar o Brasil. Vem apenas dar testemunho, perante
a História, a Geografia e a Nação, de uma agonia humilde: um córrego está morrendo. E ele foi o mais
querido, o mais alegre, o mais terno amigo de minha infância.
BRAGA, Rubem. Casa dos Braga: memória de infância. Rio de Janeiro: Record, 1997.

1. No primeiro parágrafo, pode-se perceber uma diferença entre o rio e o córrego existentes na cidade

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


do cronista. Que diferença é essa?
___________________________________________________________________________________
2. No trecho “A gente passava as horas de folga ali [...]” (segundo parágrafo), a que se refere a palavra
destacada?
___________________________________________________________________________________
3. Qual o significado da palavra pinicava, no segundo parágrafo?
___________________________________________________________________________________
4. Por que pode-se entender que o córrego e o açude eram uma festa permanente para os meninos?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

5. No quarto parágrafo, existe uma onomatopeia (figura de linguagem que representa um som, um
ruído). Transcreva-a:
___________________________________________________________________________________
6. No sexto parágrafo, pode-se observar o que mudou e o que não mudou, segundo o narrador.
Transcreva esses trechos:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
7. Segundo o cronista, qual o objetivo dessa crônica?
___________________________________________________________________________________

Neste momento de nossas leituras, já conseguimos refletir um pouco sobre a vida.


Todos querem uma vida feliz. Mas será que sabemos qual o segredo da felicidade?

Texto 6
promovem-a-campanha-gentileza-gera-gentileza/
http://noticias.unis.edu.br/alunos-do-grupo-unis-

Gentileza, o segredo da felicidade


Atitudes de carinho, respeito e atenção trazem mais
benefícios do que você imagina. Doçura e gentileza,
além de ajudar os outros, nos deixam mais felizes e
também nos ajudam a viver mais.
Claire Buckis.
Muito do que torna a vida mais difícil – uma
batidinha no carro, uma porta que alguém não segurou
quando você passou – se deve à falta de consideração. 84
4.° BIMESTRE
de igrejas verificou que os que ajudavam os outros
Imagine só como seria o mundo se todos fossem regularmente tinham mais saúde mental e menos
um pouquinho mais gentis. Ao tentarmos entrar depressão. Outros estudos constataram que as pessoas
numa rua movimentada, por exemplo, alguém nos solidárias têm menos probabilidade de sofrer de
cede a passagem. No supermercado, você deixa doenças crônicas, e seu sistema imunológico tende a
alguém apressado entrar na sua frente na fila do ser melhor. “Existe uma relação direta entre bem-
caixa. No metrô lotado, você se levanta para dar estar, felicidade e saúde nas pessoas gentis”, diz Post.
lugar a quem parece cansado. A gentileza talvez ajude a regular as emoções, o que
Uma nova teoria, chamada “sobrevivência do causa impacto positivo sobre a saúde. Se nosso instinto
mais gentil”, diz que foi graças à gentileza que a biológico automático do tipo “lutar ou correr” ficar
espécie humana prosperou. O Professor Sam ativo demais por causa do estresse, o sistema
Bowles, do Instituto Santa Fé, nos Estados Unidos, cardiovascular é afetado e a imunidade do corpo
analisou sociedades antigas e verificou que a enfraquece. “É difícil ficar zangado, ressentido ou
gentileza era componente fundamental da amedrontado quando se demonstra amor altruísta
sobrevivência das comunidades. “Grupos com pelos outros”, afirma Post.
muitos altruístas tendem a sobreviver”, diz ele. “Os O mundo está preparado para pessoas gentis?
altruístas cooperam e contribuem para o bem-estar A gentileza pode ser uma virtude, mas isso não quer
dos outros integrantes da comunidade.” dizer que seja fácil. Diego Villaveces decidiu realizar
Isso quer dizer que temos em nós a capacidade atos aleatórios de gentileza para com estranhos,
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

de ajudar os outros, principalmente os que nos são inspirado por alguém que “teve uma vida dificílima,
próximos, a fim de garantir nossa sobrevivência. mas, apesar disso, conseguiu manter a generosidade
Sobre gentileza: a doçura traz felicidade para com os outros”.
A pesquisa demonstra que a gentileza também Villaveces deu entradas de cinema, vales-refeição e
pode nos deixar mais felizes. A Professora Sonja livros a estranhos nas ruas, mas provocou algumas
Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, pediu reações esquisitas.
aos participantes de um estudo que praticassem “Algumas pessoas se mostraram muito
ações gentis durante dez semanas. Ela verificou que perplexas”, diz ele. “Muita gente fica sem graça ao
a felicidade aumentou no período do estudo, receber presentes de estranhos. Algumas chegaram a
embora houvesse um senão: quem teve atitudes de devolvê-lo, dizendo que não queriam minha
gentileza variadas – segurar a porta aberta para um generosidade. Tive de aprender a aceitar e respeitar
estranho passar, lavar a louça do colega de quarto – isso.”
registrou nível bem mais alto de felicidade, mesmo Villaveces, 38 anos, que trabalha com marketing e
um mês depois do fim do estudo, do que quem mora em Sydney, na Austrália, com a mulher e os
repetiu o mesmo ato várias vezes. filhos, a cada ato gentil aleatório dá também um
Não faz diferença em termos de felicidade se cartão, que pede ao destinatário para fazer uma boa
ajudamos um ente querido ou um estranho, mas o ação para outra pessoa.
resultado pode ser diferente. “O ato pequeno e “Decidi que queria fazer algo mais pela
anônimo faz com que a gente se sinta uma pessoa humanidade”, afirma. “A gentileza pode criar uma
muito boa”, diz a Professora Lyubomirsky. “Mas um onda significativa de mudanças à nossa volta.”
grande ato de gentileza feito a alguém que Ele criou um site para acompanhar o progresso dos
conhecemos pode ter consequências sociais: cartões, mas admite que, até agora, a resposta tem
podemos fazer um novo amigo ou receber sido modesta.
agradecimentos generosos.” “Pensei que seria mais fácil levar os outros a
Assim, pagar um café para um estranho pode participar, mas isso também faz parte do desafio, e eu
levantar o astral por algum tempo, mas auxiliar um o aceito.”
vizinho idoso a fazer compras talvez ajude a É justo dizer que, como descobriu Villaveces, há um
melhorar de fato um relacionamento. certo nível de cinismo diante da gentileza.[...] Todos
Para ter saúde: altruísmo gostamos da ideia de sermos gentis, mas, ao mesmo
A gentileza nos faz bem de outras maneiras. O tempo, os gentis não acabam sendo sempre os
Professor Stephen Post, autor de Why Good Things últimos? Agir pela bondade do coração vai diretamente
Happen to Good People (Por que coisas boas contra a teoria da evolução pela “sobrevivência do
acontecem a pessoas boas), examinou os indícios de mais apto”, segundo a qual os seres humanos são
que ser gentil faz bem à saúde. Um estudo com levados a competir pela vida de modo bastante
85 2016 frequentadores egoísta.
Em 1968, os pesquisadores Bibb Latané e John Darley 4.° BIMESTRE
descobriram um fenômeno conhecido como “efeito do
espectador”: quando alguém precisa de ajuda num lugar
público, a probabilidade de ser ajudado é menor quanto Ser gentil ou individualista é opção de
mais gente houver em volta. Os pesquisadores acreditam cada um.
que o efeito surge porque todo mundo imita o Um dos sinônimos de bondade é
comportamento da maioria e pressupõe que algum outro humanidade. Em essência, a bondade e a
assumirá a responsabilidade. Nas cidades grandes, as gentileza são o reconhecimento do fato de que
pessoas também não se sentem seguras para interagir todos somos humanos, o reconhecimento de que
com estranhos. estamos juntos.
“Muito do que faz a vida valer a pena
Gentileza X Egoísmo depende de que pelo menos alguns de nós
[...] Alguns cientistas dizem que, como só somos sejamos altruístas de vez em quando”, diz
altruístas pelo bem do grupo e para sentir a descarga de Bowles. “Não podemos enfrentar problemas
dopamina, isso significa que, na verdade, a gentileza é como a mudança climática global, a disseminação
egoísta. “Talvez, em algum nível, a maioria dos casos de de doenças e a violência mundial apelando
altruísmo seja em proveito próprio”, diz Bill Von Hipple, apenas para o individualismo.”
Professor de Psicologia da Universidade de Queensland. A boa notícia é que é fácil aprender a ser
“Que importância tem se a gentileza é egoísta?”, gentil. “Basta praticar mais atos de gentileza do
pergunta a escritora Catherine Ryan Hyde. Seu livro Pay que estamos acostumados, e de forma regular;
It Forward (Pague depois) conta a história de um garoto por exemplo: cinco atos de gentileza toda

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


angustiado que decide começar a pagar todas as boas segunda-feira”, diz Sonja Lyubomirsky.
ações que recebe praticando três boas ações a outras A gentileza, portanto, é apenas uma
pessoas. O livro se transformou em filme (no Brasil, o questão de opção: é uma atitude que adotamos e
filme chama-se Corrente do Bem) e provocou um que pode fazer diferença, ainda que pequena, na
movimento de gente dedicada ao bem na vida real. A vida dos outros.
iniciativa ilustra como a gentileza pode ser Diego Villaveces acredita que a gentileza
verdadeiramente altruísta: estranhos ajudam estranhos tem de começar por dentro.
sem expectativa de ganho pessoal. “Às vezes afastamos os outros de nós para
Ryan Hyde diz que não importa o que motiva as nos sentirmos mais seguros, mas isso também
pessoas a doar; o que importa é que decidiram doar. “Se nos isola do restante do mundo”, diz ele. “Todas
tanto quem ajuda quanto quem é ajudado se sente bem, as grandes religiões têm o amor como princípio
parece-me um exemplo em que todos saem ganhando. universal. A gentileza leva o amor a um nível mais
Não há jeito errado de fazer uma gentileza.” [...] terno e acessível, com o qual a maioria se sente à
vontade. Fazer o bem aos outros é reconhecer
que todos à nossa volta são iguais a nós.”
Adaptado de
http://www.selecoes.com.br/mundo-melhor/gentileza-o-segredo-
da-felicidade_3152.htm
http://facesg.edu.br/espetaculo-em-uma-manha-de-sol//

1. Que atos aparecem no texto como exemplos de gentileza?


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
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2. Qual a ideia defendida nos três primeiros parágrafos?
___________________________________________________________________________________
3. Qual argumento de autoridade foi utilizado para sustentar essa ideia?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
4. Segundo o texto, qual a diferença entre ajudar um ente querido e ajudar um estranho?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________ 86
5. Segundo o texto, qual a relação entre saúde e altruísmo?
4.° BIMESTRE _________________________________________________________
_________________________________________________________
6. No trecho: “Algumas pessoas se mostraram muito perplexas”, diz ele. “Muita gente fica sem graça ao
receber presentes de estranhos. Algumas chegaram a devolvê-lo, dizendo que não queriam minha
generosidade. Tive de aprender a aceitar e respeitar isso.”, a que se refere o termo em destaque?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
7. Releia o trecho: “Ele criou um site para acompanhar o progresso dos cartões, mas admite que, até
agora, a resposta tem sido modesta. “Pensei que seria mais fácil levar os outros a participar, mas isso
também faz parte do desafio, e eu o aceito.”. Qual o sentido da palavra em destaque?
__________________________________________________________________________________
8. Segundo o texto, qual a diferença entre a teoria da sobrevivência do mais gentil e a da sobrevivência
do mais apto?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
9. No trecho Gentileza X Egoísmo, transcreva um exemplo de paradoxo: Paradoxo: afirmativa
aparentemente
__________________________________________________________________________________ absurda,
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

resultante da união de
10. Que movimento surgiu com a publicação do livro Pague depois, que
ideias contraditórias.
virou, no Brasil, o filme Corrente do Bem?
__________________________________________________________________________________
11. Transcreva da última parte do texto (Ser gentil ou individualista é opção de cada um) duas
opiniões:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

12. Observe o parágrafo:

“Muito do que torna a vida mais difícil – Ideia


uma batidinha no carro, uma porta que alguém principal
não segurou quando você passou – se deve à
falta de consideração. Imagine só como seria o
mundo se todos fossem um pouquinho mais
gentis. Ao tentarmos entrar numa rua
movimentada, por exemplo, alguém nos cede a
Ideias
passagem. No supermercado, você deixa alguém
secundárias
apressado entrar na sua frente na fila do caixa.
No metrô lotado, você se levanta para dar lugar a
quem parece cansado.”

Marque a ideia principal e as secundárias no parágrafo:

“Uma nova teoria, chamada “sobrevivência do mais gentil”,


diz que foi graças à gentileza que a espécie humana prosperou.
O Professor Sam Bowles, do Instituto Santa Fé, nos Estados
Unidos, analisou sociedades antigas e verificou que a gentileza
era componente fundamental da sobrevivência das
comunidades. “Grupos com muitos altruístas tendem a
sobreviver”, diz ele. “Os altruístas cooperam e contribuem para o
87 bem-estar dos outros integrantes da comunidade.”
4.° BIMESTRE
arioinformal.com.br
https://www.dicion

E, por falar em gentileza... uma crônica!


/gentileza/

Texto 7
Estranhas gentilezas
Caminhões baixam os faróis, mulheres sorriem. Muito suspeito

Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades não têm o
hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito,
nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a
gente.
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me com
inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de
borboleta, quase nada. A impressão de que há algo estranho tomou corpo mesmo foi na semana
passada. Um vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que nos afastava,
intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a
amizade, mas a inimizade morria ali.
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio do vizinho
fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas distantes. E as

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


próximas?
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonema fico
aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um número
inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas,
sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins. Num restaurante caro da Rua Amauri, o maitre, com uma
piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um
homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador. O
jornaleiro larga sua banca na Avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal chegou. Os
vizinhos de cima silenciam após as 10 da noite.
Caminhões baixam a luz dos faróis quando cruzam comigo na Via Anhanguera. Motoristas,
mesmo mulheres, cedem-me a preferência nas esquinas. Vendedores de bugigangas nos faróis de
trânsito passam direto pelo meu carro, sem me olhar. Até crianças me cumprimentam cúmplices: oi,
tio.
Que está acontecendo? Quem e por que está querendo me convencer de que as pessoas são um
doce? Penso: não são gentilezas, são homenagens aos meus cabelos brancos, por eu ter aguentado
tanto, como se fosse um atleta de maratona, daqueles retardatários que são mais aplaudidos na
chegada que os vencedores.
A última manobra: botaram um pintassilgo a cantar para mim na árvore em frente à janela do
meu apartamento de 2.º andar.
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é esse? Que vão pedir em troca de tanta
gentileza?
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque alguém
segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de entrar pela
porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam cheques de outra pessoa para pagar contas, saio
xingando do banco, atravesso a avenida arriscando a vida entre bólidos, um caminhão respinga-me a
água suja de uma poça, entro no apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a
sonhar.
ÂNGELO, Ivan. O comprador de aventuras e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2000.

88
4.° BIMESTRE

1. No primeiro parágrafo do texto, uma ideia é apresentada como verdade. Qual é essa ideia
defendida no primeiro parágrafo? E qual a sua causa?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
2. Qual o sentido de “ventinho de asas de borboleta” no texto?
___________________________________________________________________________________
3. Qual a causa do fim da inimizade apresentada no texto?
___________________________________________________________________________________
4. Que palavras foram usadas no 3.º parágrafo para retomar a ideia apresentada nos parágrafos
anteriores?
___________________________________________________________________________________
5. Qual o sentido de “embrulhado nos enfeites da conversa”, no 4.º parágrafo?
___________________________________________________________________________________
6. Que estratégia textual foi usada, no 4.º e no 5.º parágrafos, para ratificar a ocorrência de estranhas
gentilezas?
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

___________________________________________________________________________________
7. Transcreva do 6.º parágrafo um trecho em que se estabelece uma relação de comparação:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
8. Que efeito de sentido tem a repetição dos trechos interrogativos no 8.º parágrafo?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
9. O que o último parágrafo da crônica nos permite perceber a respeito do que foi narrado
anteriormente?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

Para saber mais...


Nos materiais dos bimestres anteriores você já leu várias crônicas e também já foi
apresentado ao conceito de crônica. Para ampliar seus conhecimentos sobre esse gênero, leia
o próximo texto. Ele é uma crônica que trata de... crônicas. Aproveite!

Texto 8
“[...] Uma leitora se refere aos textos aqui publicados como "reportagens". Um leitor os
chama de "artigos". Um estudante fala deles como "contos". Há os que dizem: "seus
comentários". Outros os chamam de "críticas". Para alguns, é "sua coluna". Estão errados?
Tecnicamente, sim – são crônicas –, mas... Fernando Sabino, vacilando diante do campo
aberto, escreveu que "crônica é tudo que o autor chama de crônica".
A dificuldade é que a crônica não é um formato, como o soneto, e muitos duvidam que
seja um gênero literário, como o conto, a poesia lírica ou as meditações à maneira de Pascal.
Leitores, indiferentes ao nome da rosa, dão à crônica prestígio, permanência e força. Mas vem
cá: é literatura ou é jornalismo? Se o objetivo do autor é fazer literatura e ele sabe fazer... Há
crônicas que são dissertações, como em Machado de Assis; outras são poemas em prosa,
como em Paulo Mendes Campos; outras são pequenos contos, como em Nelson Rodrigues;
ou casos, como os de Fernando Sabino; outras são evocações, como em Drummond e Rubem
Braga; ou memórias e reflexões, como em tantos.
89
A crônica tem a mobilidade de aparências e de discursos que a 4.° BIMESTRE
poesia tem – e facilidades que a melhor poesia não se permite. Está
em toda a imprensa brasileira, de 150 anos para cá. O Professor
Antônio Candido observa: "Até se poderia dizer que sob vários
aspectos é um gênero brasileiro, pela naturalidade com que se aclimatou aqui e pela originalidade
com que aqui se desenvolveu". [...] Como se fosse escrita para um leitor, como se só com ele o
narrador pudesse se expor tanto. Conversam sobre o momento, cúmplices: nós vimos isto, não é
leitor?, vivemos isto, não é?, sentimos isto, não é? O narrador da crônica procura sensibilidades irmãs.
Se é tão antiga e íntima, por que muitos leitores não aprenderam a chamá-la pelo nome? É que ela
tem muitas máscaras. [...]
Elementos que não funcionam na crônica: grandiloquência, sectarismo, enrolação, arrogância,
prolixidade. Elementos que funcionam: humor, intimidade, lirismo, surpresa, estilo, elegância,
solidariedade. [...]
Ivan Ângelo, Revista VEJA SP, de 25/04/2007.

1. Por que, segundo o texto, pode-se dizer que a crônica é um “campo aberto”?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2. Retire do texto um trecho em que o cronista se dirige, explicitamente, ao leitor.


_________________________________________________________________________________

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Agora, seu desafio será escrever, em seu caderno, uma crônica. Planeje seu texto,
ESPAÇO a partir do roteiro apresentado abaixo. Após a escrita, lembre-se da revisão. Releia
CRIAÇÃO o texto que escreveu, prestando bastante atenção aos elementos de articulação...
Seu texto está coeso?

Escolha um assunto e faça aqui A quem vai se dirigir sua crônica?


anotações sobre ele. Defina seu leitor.

Que organização terá o seu texto?


Após a escrita:
Faça um roteiro. Que tal pensar em três partes: começo, meio e fim? revisão e
circulação dos
textos. Combine
com seu(sua)
Professor(a).

O texto a seguir também aborda a gentileza. Leia.


Texto 9
Gentileza gera gentileza
Marleth Silva
Quem me inspirou o assunto para este texto foram leitores que me escrevem ou falam comigo
na rua. Quando penso neles me vem à cabeça uma palavra – gentileza. Esses leitores são gentis,
extremamente gentis. Contam pequenas histórias, comentam uma lembrança que lhes ocorreu ao
ler um texto e repassam informações que são como pequenos presentes. [...]
Mostrar que você reconhece a existência de alguém (com um cumprimento) e dirigir-lhe uma
palavra ou aceno é a primeira, a mais básica e a mais relevante das gentilezas. Ser invisível não
combina com a natureza humana. Ser ignorado é uma agressão. Ser reconhecido é um carinho.
Temos chance de praticar esse tipo de gentileza/carinho muitas vezes ao dia. São dezenas de
encontros fortuitos com conhecidos e quase desconhecidos: o porteiro, o vizinho, o manobrista, o
colega do outro departamento, o ascensorista. 90
Há gentilezas mais elaboradas: elogiar algo bom que uma pessoa
4.° BIMESTRE fez (se encaminhar o elogio ao chefe dela, melhor ainda); ligar para
saber como está o colega que não foi trabalhar porque está doente;
ouvir alguém que parece precisar desabafar.
Tudo passa por notar os outros e julgá-los importantes o bastante para merecer algumas palavras
nossas ou alguns minutos de atenção.
Os franceses complementam a palavra de agradecimento (merci) com a frase “você está sendo
gentil” (vous êtes gentil), que corresponde ao nosso “é gentil da sua parte”. A frase dos franceses serve
pare reconhecer o gesto a mais, o empenho do outro em fazer um pouco mais do que é socialmente
exigido (mas não vá esperar que um francês diga isso com um belo sorriso no rosto, que aí já é querer
demais...).
Em inglês, a expressão também existe e está muito mais viva que no nosso português. Aliás,
seguindo o jeito brasileiro de ser, “é gentileza sua” é frase em desuso e quando aparece é para
agradecer um elogio. Gentileza é palavra démodé, apesar de ser linda. O que mostra que não há
justiça estética nem moral na escolha das palavras que usamos. Tem mais gente por aí falando como
um personagem do filme Tropa de Elite do que como o Profeta Gentileza.
Gentileza era um senhor de longas barbas brancas que registrou suas mensagens nas pilastras
do Viaduto do Caju, no Rio de Janeiro, usando um grafismo que ele mesmo inventou e que ganhou
reputação de arte original. A mais conhecida de suas mensagens: “Gentileza gera gentileza”.
A história desse homem merece ser conhecida. Em 1961, um circo pegou fogo em Niterói e
matou 500 crianças. Dizendo-se comandado por uma força superior, José Datrino, então com 44 anos,
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

deixou sua vida de trabalhador humilde e foi para o local da tragédia consolar as famílias. A partir daí
virou Profeta. Sobrenome: Gentileza. Dizem que não era gentil em tempo integral, que gritava como um
louco quando via mulheres de minissaia ou calça justa, a quem atribua responsabilidade por metade
dos problemas do Brasil. A outra metade da responsabilidade por nossas desgraças ele imputava ao
dinheiro, que, dizia ele, cria um estilo de vida onde não sobra espaço para a gentileza. Tudo indica que
Gentileza era um pouco confuso mentalmente, mas alguém há de discordar de sua sabedoria?
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/colunistas/marleth-silva/gentileza-gera-gentileza-0c63az3tq71hzzg8yas8i0cwe

1. Qual a ideia principal do texto?


__________________________________________________________________________________

2. No segundo parágrafo, aponte a ideia principal e fatos usados para defendê-la:


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3. A que é associada a gentileza, no segundo parágrafo? Que recurso é utilizado para expressar essa
associação?
__________________________________________________________________________________

4. No quinto parágrafo há vários parênteses. Eles têm a mesma função? Explique.


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
5. Ainda no quinto parágrafo, é possível inferir uma opinião da colunista sobre o modo de ser dos
franceses. Explique:
__________________________________________________________________________________

6. Segundo o texto, qual o sentido da palavra “démodé” (6.º parágrafo)? Que pista o texto lhe deu para
chegar a essa conclusão?
__________________________________________________________________________________
7. No último parágrafo, há uma opinião sobre o dinheiro. Sublinhe esta opinião. Ela não é da colunista.
Que marca linguística permite afirmar isso?
91 _________________________________________________________________________________
4.° BIMESTRE

O próximo texto, de certa forma, também apresenta uma receita de felicidade... Ele é um artigo
de opinião. O artigo de opinião é um texto jornalístico escrito, que pode ser publicado em jornais e
revistas impressos ou digitais. Ele pode ser assinado por um articulista, uma pessoa reconhecida
como autorizada a comentar uma questão atual e importante.
O objetivo de um artigo de opinião é persuadir ou convencer o leitor, tornando-o aliado do
articulista na defesa de seu ponto de vista.

Texto 10

O poder transformador do sorriso :)


Thiago Galerani

Tenho notado, ao longo da vida, que um simples sorriso faz muita diferença na vida das
pessoas, assim como a falta dele.
Se você sorri, está propagando algo positivo, algo bom, afinal, sorrisos são pequenas fagulhas,
poderosas centelhas de felicidade.
Quando alguém sorri pra você, o seu dia melhora.

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Quando você deixa de sorrir, há uma sementinha boa que deixa de ser plantada no coração das
pessoas. Talvez esse sorriso que não veio à face pudesse transformar positivamente o dia de
alguém... Por isso, é melhor não arriscar, sorria sempre!
Invariavelmente, um sorriso não é apenas sinal de alegria, mas de pacifismo, diplomacia,
interesse em socialização e amizade. Até mesmo do ponto de vista estratégico vale a pena sorrir:
segundo Shakespeare, "é mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada."
[...]
Existem muitos tipos de sorriso: tem o autêntico, o sedutor, o tímido... Mas o bom sorriso é
aquele que vem da alma, puro, simples.
Sorrir não custa nada. Aliás, a natureza é tão perfeita que nem parece que movimentamos 14
músculos para sorrir!
Sei que é difícil sorrir em certos momentos, mas tenho que dizer: sorria sempre!
É com um sorriso que finalizo o presente artigo, brindando o nobre leitor com a célebre frase de
Mário Quintana: "O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores.”

http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-poder-transformador-do-sorriso/56431/

1. Complete com
a) a tese defendida no texto:
___________________________________________________________________________________
b) um argumento que sustenta a tese:
___________________________________________________________________________________
c) a conclusão:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
2. Destaque uma METÁFORA no texto:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
3. Segundo o texto, qual a consequência de deixar de sorrir?
___________________________________________________________________________________

92
O texto a seguir também fala de felicidade, contrariando uma opinião
4.° BIMESTRE
de um famoso compositor brasileiro. Leia com atenção.

Texto 11
Tom Jobim estava errado: é possível ser feliz sozinho, diz estudo
Pessoas que evitam conflitos são mais felizes fora de relacionamentos
Marília Marasciulo
Ao contrário do que cantou Tom Jobim, aparentemente é possível, sim, ser feliz sozinho — e isso quem diz é
um estudo da Universidade de Auckland. Feita com neozelandeses de 18 a 94 anos, a pesquisa revelou
que, diferentemente das pessoas que buscam intimidade, aquelas que preferem evitar conflitos são mais felizes
solteiras, independentemente do gênero ou do período da vida em que se encontram.
"Mesmo as melhores relações podem ser difíceis e expor o indivíduo a mágoas e decepções“ (Yuthika Girme,
psicóloga e autora do estudo)
Até agora, estudos sobre relacionamentos costumavam indicar que os comprometidos são ligeiramente mais
felizes e saudáveis que os solteiros. A lógica parece simples: o apoio de um parceiro ajudaria a lidar com o
estresse cotidiano, o que provocaria maior sensação de bem-estar. “Mas mesmo as melhores relações podem
ser difíceis e expor o indivíduo a mágoas e decepções”, explica a autora do estudo, a psicóloga Yuthika Girme.
Em alguns casos, são motivo inclusive de ansiedade e depressão. E, para certas pessoas, passar por isso
simplesmente não vale a pena.
Segundo a psicóloga, existem duas maneiras de construir relacionamentos: buscando intimidade ou evitando
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

conflitos. Enquanto pessoas do primeiro grupo buscam oportunidades de tornar os vínculos mais intensos e se
sentem mais satisfeitas quando estão comprometidas, aquelas que preferem evitar desentendimentos ou
brigas costumam ser mais felizes solteiras.
Em contrapartida, explica a autora, estar sozinho aumenta a possibilidade de melhorar a relação com
parentes e amigos e de dedicar-se a hobbies, à carreira e a outras atividades que podem proporcionar bem-
estar. “Embora ainda exista pressão para você namorar ou casar, a solteirice está se tornando cada vez mais
comum e nem sempre é sinônimo de insatisfação ou tristeza”, diz Girme.
Adaptado de http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/10/tom-jobim-estava-errado-e-possivel-ser-feliz-sozinho-diz-estudo.html

1. Qual é a opinião de Tom Jobim que o texto contraria?


__________________________________________________________________________________
2. Qual é a tese defendida no texto?
__________________________________________________________________________________
3. No trecho “é possível, sim, ser feliz sozinho” que efeito de sentido tem a palavra em destaque?
__________________________________________________________________________________

4. O que nos leva a entender que a tese é defendida por um argumento de autoridade?
_________________________________________________________________________________
5. A pesquisa revela que “diferentemente das pessoas que buscam intimidade, aquelas que preferem
evitar conflitos são mais felizes solteiras, independentemente do gênero ou do período da vida em
que se encontram.” Com que sentido foi usada a palavra em destaque?
_________________________________________________________________________________
6. Que efeito de sentido tem o uso do itálico e das aspas no 2.º parágrafo?
_________________________________________________________________________________
7. No terceiro parágrafo, o que contrariaria a tese defendida de que é possível ser feliz sozinho?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
8. Nesse mesmo parágrafo, que outro argumento de autoridade confirma a tese?
_________________________________________________________________________________
9. No 4.° parágrafo, a que se referem os termos b) “aquelas”? _______________________
a) “primeiro grupo”? _____________________ __________________________________
93 ______________________________________ __________________________________
10. No parágrafo final, com que outros argumentos a psicóloga, autora
4.° BIMESTRE
do artigo, reforça sua tese?
__________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

Texto 12
Que me perdoem os solitários, mas é impossível ser feliz sozinho
Karen Curi
É impossível ser feliz sozinho… Já dizia Tom Jobim. Ninguém passa por essa vida sem um amigo, sem alguém
para dividir momentos, o peso dos fardos e a leveza dos sorrisos. Você já reparou? Nenhuma história se faz
com apenas um personagem. Eu li certa vez sobre uma pesquisa que apontava pessoas solitárias como as mais
inteligentes. Que sejam. Eu sei que felicidade é uma virtude para todos, e que só é possível alcançá-la quando
nos seguramos em outras mãos. Acredito no conceito de que felicidade grande é alegria compartilhada, e
acrescento que a construção e a realização das coisas boas só acontecem em comunhão.
Não existe um ser autossuficiente o bastante para vencer sem precisar de ninguém. Eu disse precisar. Sim.
Nós não nos bastamos. Carecemos uns dos outros porque sozinhos os nossos passos não são largos o bastante,
nossa força é modesta, nosso impulso não é suficientemente forte. Juntos nós conseguimos levantar a cabeça
quando é preciso e sair em disparada quando é necessário.
[...]

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Agora sim, discordo daqueles que demandam um outro coração para que existam como seres humanos. Não
somos pares, somos indivíduos vivendo em comunidade. É isso. Usar o amor como muleta é a maior covardia
do homem. Uma coisa é a dependência de um outro coração que faça pulsar o seu. Outra coisa é o acolhimento
de alguém que caminha junto, propulsionando os seus passos.
A vida seria mesmo muito miserável se fosse apenas uma prova de resistência a sós, um teste de esforço em
retiro ou coisa parecida. Seria penosa, tediosa, rancorosa. Se não fossem os momentos felizes, de que valeria a
pena viver? Além disso, qual é a graça de ser feliz em isolamento, sem ter ninguém para dividir o riso [...]?
Se os ermitãos são, de fato, mais inteligentes, eu não sei dizer. Mas decerto que tristes eles são. [...]

http://www.revistabula.com/6213-que-me-perdoem-os-solitarios-mas-e-impossivel-ser-feliz-sozinho

1.Transcreva do 1.º parágrafo uma opinião da autora que confirma o título:


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
2. Em que trecho do 1.º parágrafo se faz uso da ANTÍTESE, ou seja, um jogo de palavras/ideias
opostas?
___________________________________________________________________________________
3. No início do 2.º parágrafo, que significado tem a expressão “um ser autossuficiente”?
___________________________________________________________________________________
4. De acordo com o texto, o que nos leva a precisarmos uns dos outros?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
5. No trecho “A vida seria mesmo muito miserável se fosse apenas uma prova de resistência a sós, um
teste de esforço em retiro ou coisa parecida.”, sublinhe a palavra que indica uma condição e circule a
que indica uma alternativa:
___________________________________________________________________________________

https://br.freepik.com/vetores-gratis/formas-de-coracoes-de-linha-minima-em-fundo-amarelo_3774267.htm
94
6. Pesquise e diga o significado de
4.° BIMESTRE a) “demandam” (3.º p.) - ____________________________________
_________________________________________________________
b) “ermitãos” (5.º p.) - _________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

Para curtir e relacionar aos textos que você leu, segue a letra da canção de Tom Jobim.
Texto 13

Wave
Tom Jobim

Vou te contar Da primeira vez era a cidade


Os olhos já não podem ver Da segunda, o cais e a eternidade
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor Agora eu já sei
É impossível ser feliz sozinho Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O resto é mar O amor se deixa surpreender
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

É tudo que não sei contar Enquanto a noite vem nos envolver
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho https://www.letras.mus.br/tom-jobim/49074/

https://br.freepik.com/vetores-premium/navio-paisagem-de-
papel-mar-nuvem-estrela-ilustracao-dos-desenhos-
animados_1761539.htm

Agora, é a vez de você dar sua opinião por escrito. Imagine que foi
convidado(a) por uma revista semanal para opinar sobre o que é a felicidade.
ESPAÇO Durante o ano, trabalhamos muito o texto de opinião, sua estrutura, como ele se
CRIAÇÃO organiza. Se necessário, volte e reveja o que registrou anteriormente. Reflita e
escreva o seu texto: um artigo de opinião. Lembre-se de que é muito importante
revisar o que escrevemos! Use seu caderno, mas siga o esquema abaixo.

Agora, é só
escrever!

Para escrever a primeira


versão do seu texto, utilize
o quadro apresentado
na próxima página.
95
4.° BIMESTRE
______________________________________________
(Título)
Introdução

Apresentação do assunto
e formulação da tese.
Podem ser utilizadas como
estratégias: uma breve
narração; uma afirmação
geral sobre o assunto etc.
Também pode anunciar como
será organizado o texto.
Desenvolvimento

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Desdobramento da ideia
principal. Fundamentação
da tese com argumentos –
evidências, exemplos,
justificativas etc.
Elabore pelo menos
dois parágrafos.
Conclusão

Retomada da ideia central


e, tendo em vista a
argumentação anterior,
conclusão, reafirmando o que
foi dito, propondo, criticando,
abrindo uma nova questão
sobre o tema etc.

Ei, volte!
Lembre-se da revisão!
- Verifique a pontuação, a Reescreva o seu texto e combine com o
ortografia... (a) Professor(a) um modo de divulgá-lo.
- Veja se o seu texto está
coerente e coeso.
96
4.° BIMESTRE
ESPAÇO PES UISA

No início deste ano letivo você foi orientado a prestar bastante atenção aos
conectivos. Vários autores sistematizam os conectivos e as relações que
estabelecem, agrupando as palavras e/ou expressões e chamando-as também de
articuladores, operadores... Agora, seu desafio será organizar uma tabela com os principais
conectivos e as relações que costumam estabelecer. Você pode consultar o livro didático
e/ou uma gramática da língua portuguesa. Combine com o(a) seu(sua) Professor(a).
Para facilitar, você pode seguir o modelo desta tabela:

Observe algumas das relações. Palavras ou Volte aos textos lidos e busque
expressões que dão ideia de... exemplos, se houver.

Oposição Mas, contudo, porém,


Expressam conclusões todavia, entretanto, no
contrárias ao esperado. entanto, embora, apesar de,
não obstante, ao contrário
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

etc.

Sugerimos que constem da tabela:


• Finalidade
• Adição
• Causa
• Consequência
• Condição etc.

O próximo texto é para você curtir e refletir. O estudo dos conectivos é importante pelas
relações que eles estabelecem no texto, pelos sentidos que você pode construir na sua leitura.
Veja como o texto é rico e também provoca uma reflexão sobre a vida e suas contradições,
esperanças e superação.
Converse com seus colegas e com o seu (a sua) Professor(a).

TEXTO 14 Desando ou desbundo.


Embora soneto Viver é apesar
Amar é a despeito
Vivo meu porém Ser é não obstante.
No encontro do todavia Destarte
Sou mas. Sou outrossim
Contudo Ilusão, sem embargo
Encho-me de ainda Malgrado senão.
Na espera do quando

Paulo Alberto M. Monteiro de Barros


[Artur da Távola.] Calentura. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1986

97
Lembre-se de que a tabela de conectivos é só uma referência. 4.° BIMESTRE
Em uso, as palavras são vivas e os significados se constroem! Use
esses instrumentos de consulta ao ler os próximos textos, quando
sentir necessidade. Combine com o(a) seu(sua) Professor(a).
A seguir, uma revisão do que já foi estudado durante este ano.

ARRUMANDO Você já aprendeu que um texto não é um amontoado de ideias, mas


AS IDEIAS... uma unidade de sentido. Vem estudando, também, os mecanismos de
articulação dos textos. No esquema abaixo, você pode sistematizar um
Coesão = ligação, pouco mais esse assunto. Não se preocupe em memorizar os nomes,
conexão. mas em compreender os processos para utilizá-los nos seus escritos e
leituras. Consulte o quadro sempre que achar necessário.
Faz-se usando termos Os exemplos a seguir foram retirados de textos que você já leu
que retomam neste material.
vocábulos ou
expressões que já
Através da reiteração (repetição de termos):
ocorreram, porque
Mostrar que você reconhece a existência de alguém (com um
existem entre eles
cumprimento) e dirigir-lhe uma palavra ou aceno é a primeira, a mais

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


traços significativos
básica e a mais relevante das gentilezas. [...]Temos chance de praticar
semelhantes, e até
esse tipo de gentileza/carinho muitas vezes ao dia. [...]
mesmo opostos.
Há gentilezas mais elaboradas: elogiar algo bom que uma pessoa
fez [...].
Faz-se por meio das GENTILEZA GERA GENTILEZA, Marleth Silva
concordâncias
nominais e verbais, da
ordem dos vocábulos, Através da substituição:
dos pronomes – “Que importância tem se a gentileza é egoísta?”, pergunta a escritora
pessoais (retos e Catherine Ryan Hyde. Seu livro Pay It Forward (Pague depois) conta a
oblíquos), possessivos, história de um garoto angustiado que decide começar a pagar todas
demonstrativos, as boas ações que recebe, praticando três boas ações a outras
indefinidos, pessoas. O livro se transformou em filme (no Brasil, o filme chama-se
interrogativos, relativos Corrente do Bem) e provocou um movimento de gente dedicada ao bem
–, de diversos tipos de na vida real. A iniciativa ilustra como a gentileza pode ser
numerais, advérbios e verdadeiramente altruísta [...].”
artigos definidos, dos Gentileza, o segredo da felicidade
conectivos que
estabelecem diversas
relações.
“Tudo passa por notar os outros e julgá-los importantes o bastante para
merecer algumas palavras nossas ou alguns minutos de atenção.”
GENTILEZA GERA GENTILEZA, Marleth Silva

“Se os ermitãos são, de fato, mais inteligentes, eu não sei dizer.


Mas decerto que tristes eles são.”
QUE ME PERDOEM OS SOLITÁRIOS, MAS É IMPOSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO

“Até agora, estudos sobre relacionamentos costumavam indicar


que os comprometidos são ligeiramente mais felizes e saudáveis
que os solteiros.”
TOM JOBIM ESTAVA ERRADO: É POSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO, DIZ ESTUDO

98
4.° BIMESTRE

Voltando ao assunto...Nos dias de hoje, como as pessoas tratam o assunto felicidade?

Texto 15

QUINO.Toda a Mafalda.São Paulo:Martins Fontes, 1993.

1. No humor da tirinha há uma crítica. O que está sendo criticado?


LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

___________________________________________________________________________________

Leia o que Carlos Drummond de Andrade nos diz sobre o assunto propaganda.

TEXTO 16
O olhador de anúncios

Eis que se aproxima o inverno, pelo menos nas revistas, cheias de anúncios de cobertores, lãs e
malhas. O que é o desenvolvimento! Em outros tempos, se o indivíduo sentia frio, passava na loja e
adquiria os seus agasalhos. Hoje são os agasalhos que lhe batem à porta, em belas mensagens coloridas.
Mas sempre é bom tomar conhecimento das mensagens (...). É o mundo visto através da arte
de vender. “As lojas tal fazem tudo por amor.” Já sabemos (...) que esse tudo é muito relativo. “Em
nossas vitrinas a japona é irresistível”. Então, precavidos, não passaremos diante das vitrinas. E essa
outra mensagem é, mesmo, de alta prudência: “Aprenda a ver com os dois olhos”. (...) “No liquidificador
nacional, a casa X tritura os preços.” Os preços virando pó, num país inteiramente líquido: vejam a força
da imagem. [...].
Prosseguimos, invocados, sonhando “o sonho branco das noites de julho”: “Ponha uma onça
no seu gravador.” “A alegria está no açúcar.” “Pneu de ombros arredondados é mais pneu.” “Tip-tip tem
sabor de céu.” “Use nossa palmilha voadora.” “Seus pés estão chorando por falta das meias Rouxinol, que
rouxinolizam o andar.” “Nesse relógio, você escolhe a hora.” “Ponha você neste perfume.” “Toda a sua
família cabe neste refrigerador e ainda sobra espaço para o peru de Natal.” [...]
O olhador sente o prazer de novas associações de coisas, animais e pessoas; e esse prazer é
poético. Quem disse que a poesia anda desvalorizada? A bossa dos anúncios prova o contrário. E, ao
vendermos qualquer mercadoria, eles nos dão de presente “algo mais”, que é produto da imaginação e
tem serventia, como as coisas concretas, que também de pão abstrato se nutre o homem.
ANDRADE, Carlos Drummond de. O poder ultrajovem. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974.

Japona - espécie de jaquetão curto.


1. A que o texto se refere quando diz “são os agasalhos que lhe batem à porta, em belas
mensagens coloridas”?
_________________________________________________________________________________
2. Para que são usadas as aspas no segundo e terceiro parágrafos?
_________________________________________________________________________________
99
3. O que os anúncios nos “dão de presente” ao mesmo tempo que 4.° BIMESTRE
vendem uma mercadoria?

___________________________________________________________________________________

4. Segundo o texto, por que esse presente tem serventia?


___________________________________________________________________________________

5. O que significa, no texto, a expressão “pão abstrato”?


___________________________________________________________________________________

Texto 17
Você sabe como resistir aos apelos da propaganda?

Você já parou para pensar quantas vezes ficou triste porque não pôde comprar alguma coisa
que queria muito? Hoje a Turminha do MPF (Ministério Público Federal) quer lhe convidar a

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


refletir sobre a natureza desse sofrimento. Será que ele é real? Será que viver sem aquele tênis
de marca famosa ou o celular que acaba de ser lançado no mercado pode realmente ser tão
importante para nossa felicidade? Ou estamos apenas nos deixando levar pela máquina eficiente
e poderosa da propaganda?
Até que ponto você desenvolveu sua capacidade crítica para perceber o poder de manipulação
que está por trás de um comercial de TV e é livre para dizer não a ele? Isso é realmente uma
questão vital, pois se não formos capazes de perceber que nossos desejos estão sendo
alimentados do exterior, nos tornaremos como robôs dirigidos pelas campanhas de marketing e
não pessoas livres e autônomas, capazes de decidir o que realmente precisam para viver bem.
Os anúncios de publicidade apelam para as nossas emoções para criar novas necessidades de
consumo em nós. Eles nos dão a ilusão de que comprar um determinado produto trará muitos
benefícios para nossa vida. E muitas das coisas que prometem são falsas. Nesses casos, se o
consumidor sentir-se enganado, tem o direito de reclamar. Esse direito está previsto no Código
de Defesa do Consumidor.
[...] É difícil não prestar atenção ao assédio da publicidade ou escapar das falsas necessidades
que ela cria em nossas mentes.
Se não tivermos um olhar crítico para esses anúncios que invadem as nossas vidas, onde quer
que estejamos, nos tornaremos grandes consumistas ou estaremos sempre infelizes por não
poder comprar tudo o que desejamos.
A publicidade é feita com a intenção de provocar em nós um grande interesse pelo produto ou
serviço que ela anuncia e depois nos induzir a comprá-lo, mesmo que até então ele não
significasse nada para nós. A linguagem da publicidade é persuasiva e sabe como nos influenciar
até de forma inconsciente. Ela associa o produto que quer nos vender a imagens prazerosas,
fazendo-nos acreditar que, ao comprá-lo, alcançaremos alegria e felicidade.

Adaptado de http://www.turminha.mpf.mp.br/sei-comprar/propaganda/copy_of_voce-sabe-como-resistir-aos-apelos-da-propaganda
100
4.° BIMESTRE

1. Observe que o primeiro parágrafo do texto é construído com várias perguntas. Qual o propósito
dessa estratégia?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. No segundo parágrafo, qual a consequência apontada para “se não formos capazes de
perceber que nossos desejos estão sendo alimentados do exterior”?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

3. No trecho abaixo, indique que relação foi estabelecida pelo conectivo se:
“Se não tivermos um olhar crítico para esses anúncios que invadem as nossas vidas, onde quer
que estejamos, nos tornaremos grandes consumistas ou estaremos sempre infelizes por não
poder comprar tudo o que desejamos.”
______________________________________________________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

4. Segundo o texto, qual a estratégia da linguagem da publicidade para nos levar ao consumo
até mesmo de forma inconsciente?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

5. Qual a ideia comum nos textos 16 e 17?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Ao ler propagandas você vai observar que vários argumentos são utilizados para
convencer o leitor, levá-lo a comprar os produtos e as ideias anunciadas. Há quem afirme que,
na verdade, não consumimos produtos, mas as ideias por trás desses produtos – ideias de
beleza, vigor, poder... ideias que mexem com as nossas emoções.

Texto 18

https://www.aquinoticias.com/colunas/os-destaques-de-guacui-sul-do-espirito-santo-adele-recusa-cache-milionario/

101
4.° BIMESTRE
Como você já pode observar, os textos publicitários não
vendem somente produtos, também vendem ideias.

1. Qual a ideia que está sendo “vendida” no texto?


________________________________________________________________________________

2. Que elemento do texto faz um apelo emocional ao leitor?


______________________________________________________________________________

3. Como o modo verbal contribui com o efeito que o texto quer provocar?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

4. Qual a finalidade da propaganda?


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

5. Pesquise com seus colegas e com seu(sua) Professor(a) e descubra com que texto essa
propaganda tem uma relação intertextual.

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Agora você é convidado a ler a letra da canção que dialoga com o texto 18.
Texto 19
Carinhoso
Pixinguinha e João de Barro 1. Como o eu poético se considera na letra da
canção?
Meu coração, não sei por quê _____________________________________
Bate feliz quando te vê _____________________________________
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo, 2. A quem se dirige o eu poético do texto?
Mas mesmo assim foges de mim. _____________________________________
_____________________________________
Ah se tu soubesses
Como sou tão carinhoso 3. Da primeira estrofe, retire um exemplo de
E o muito, muito que te quero. personificação.
E como é sincero o meu amor, _____________________________________
Eu sei que tu não fugirias mais de mim. _____________________________________

Vem, vem, vem, vem, 4. Sublinhe, na primeira estrofe, o verso que


Vem sentir o calor dos lábios meus explicita tratar-se de um amor não
À procura dos teus. correspondido.
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração 5. Explique o uso da conjunção adversativa no
E só assim então serei feliz, último verso da primeira estrofe. Que relação
Bem feliz. ela estabelece com o que foi dito
anteriormente?
http://www.dicionariompb.com.br/pixinguinha/obra _____________________________________
https://www.algosobre.com.br/biografias/

_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
pixinguinha.html

Pixinguinha João de Barro 102


6. Quais os argumentos utilizados pelo eu poético, na segunda estrofe,
4.° BIMESTRE para persuadir o seu interlocutor?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
7. Se o interlocutor for convencido pelos argumentos do eu poético, qual será a consequência (3.ª
estrofe) ?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

Siga, refletindo... Agora, vamos viajar ao passado da propaganda.

Texto 20 Texto 21
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

http://www.maxpressnet.com.br/e/vw/vw_30-05-12.html
Desde que foi lançado, o gol só vem
colecionando vitórias. Em 93, pelo sétimo
ano consecutivo, ele foi o carro mais
Na indústria automobilística, nenhum outro vendido do Brasil, batendo seu próprio
fabricante apresenta uma experiência tão longa na recorde ao ultrapassar 180 mil unidades
construção de automóveis, como a Ford. Vinte e sete vendidas. Mais que popular, o Gol está
milhões de carros dão-lhe a liderança desta moderna e provando ser o carro que melhor se adapta
avançada indústria. Por isso, para possuir um carro às estradas e ao modo de vida dos
expoente, rigorosamente moderno, luxuoso, seguro e brasileiros: é robusto, econômico, eficiente,
econômico, escolha o Ford de Luxo para 1939,
com uma mecânica simples e confiável. [...]
indiscutivelmente o melhor Ford até hoje construído.
É por essas e outras que o Gol já entrou
para a história da indústria automobilística
brasileira, superando a marca de 1 milhão
de carros vendidos desde o seu
lançamento. Isso é que é ganhar de
goleada. O resto é zebra.
Agora, você vai analisar os textos.
Vamos começar com a propaganda da Ford:
1. Que argumentos a propaganda utiliza para convencer o leitor a adquirir o veículo?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

2. Dentre esses argumentos, qual o principal? O que permite fazer essa afirmativa?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
3. Que palavra marca, no texto, uma certeza?
___________________________________________________________________________________
103
4.° BIMESTRE
Agora, analise a propaganda do Gol:

1. A que se referem os termos destacados em “É por essas e outras que o Gol já entrou para a história
da indústria automobilística brasileira [...]”?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

2. Repare que o texto se utiliza de palavras do mesmo campo de ideias: o futebol. Escreva, aqui, as
palavras que permitem fazer essa afirmativa:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

3. Transcreva do texto um fato:


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

4. Quais os argumentos utilizados para defender a ideia de que o Gol é o automóvel que “melhor se
adapta às estradas e ao modo de vida dos brasileiros”?

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

O próximo texto mexe com a emoção. Vamos ler atentamente...

Texto 22
Um cego em Paris (criatividade)

Havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de
madeira que, escrito com giz branco, dizia:
“Por favor, ajude-me, sou cego“.
Um publicitário que passava em frente a ele parou e viu umas poucas moedas no boné, e,
sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu um texto diferente, voltou a
colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.
Pela tarde o publicitário voltou a passar pelo cego que pedia esmola, porém agora, o seu
boné estava repleto de notas e moedas.
O cego reconheceu as pisadas do publicitário e lhe perguntou se havia sido ele quem
reescreveu seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali.
O publicitário então respondeu:
– Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras.
E completou:
“Hoje é primavera em Paris e eu não posso vê-la”.
Quando nada acontece, é melhor mudar de estratégia!

IN KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2016.

https://br.pinterest.com/pin/345018021451997443/
104
4.° BIMESTRE

1.Quais as diferenças entre o primeiro texto escrito na placa e o que o publicitário escreveu?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

2. Qual a consequência da mudança de estratégia no texto?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3. Converse com seus colegas e com seu(sua) Professor(a) e formule um parágrafo, expondo a sua
hipótese para a pergunta: Por que o novo texto teve um efeito diferente?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

ESPAÇO PES UISA


Agora, você e seus colegas são desafiados a reunir propagandas e promover uma Roda de
Leitura com elas. Cada um de vocês deve apresentar a propaganda escolhida e comentar:
• a finalidade;
• as estratégias que utiliza para convencer o leitor;
• os valores / emoções / ideias que fundamentam sua mensagem.

Há quem diga que o amor é um elemento fundamental para a felicidade. Leia o próximo texto.

TEXTO 23

Capítulo IX
NAS GARRAS DO PRIMEIRO AMOR

Um dia perguntei à Mariana:


— Você quer ser minha namorada?
A sociedade secreta Olho de Gato havia deixado de se reunir, mas Mariana e eu continuávamos
nos encontrando, apenas como amigos. Os outros dois agentes secretos continuavam também por
ali, prontos para entrar em ação, quando convocados: Hindemburgo com as suas cachorrices, e
Pastoff sempre acoelhado no fundo do quintal.
A resposta de Mariana me deixou estatelado de surpresa:
— Você ainda é criança.
— E daí? — gaguejei, despeitado: — Você também não é?
Ela olhou para um lado e para o outro, vendo se não havia ninguém por perto, e aproximou a boca
do meu ouvido:
— Eu já tenho namorado.
Minha surpresa foi ainda maior. Tentei disfarçar com um gracejo:
— Não vai me dizer que é o Pastoff. Mariana tinha um carinho especial pelo coelho. Mas ela
continuou séria:
— Se você jura que não conta para ninguém, eu digo quem é.
105
4.° BIMESTRE
Jurei com os dedos em cruz.
— Então espera um instante.
Foi até sua casa e em pouco voltava a correr, trazendo um recorte de revista:
— Olha aqui ele.
Era o retrato de um famoso artista de cinema, nem me lembro qual.
— Ora, isso aí não é namorado nenhum — comentei, com desdém, mas no fundo aliviado: — Eu
digo é namorado mesmo. Gente de verdade, como eu.
Ainda me sentia ferido no meu amor-próprio, desprezado em favor de um rival inexistente:
— Esse não passa de um pedaço de papel. Ela não se abalou:
— Pois fique sabendo que é a ele que eu amo — e beijou o retrato com fervor diante de meus
olhos. Depois fez meia-volta e correu para dentro de casa, recorte apertado contra o peito.
Mais de uma vez eu já tinha ido observar os casais nos bancos da praça, ou passeando entre os
jardins. O que me intrigava era o jeito meio solene, a compostura deles. Por que ficavam sozinhos?
Que é que tanto conversavam? E, principalmente, por que às vezes não diziam nada, calados um
junto do outro, como se estivessem aborrecidos ou pensando na morte da bezerra? Por que não iam
fazer alguma coisa, tratar da vida, cada um para o seu lado?
Naquela época não se admitia que os namorados nem mesmo se dessem as mãos — a menos
que já estivessem comprometidos: feito o pedido de casamento e celebrado oficialmente o noivado,
podiam os dois sair então de braço dado pela rua. Podiam até mesmo ficar conversando baixinho,
sentados na varanda ou no sofá da sala, desde que na presença vigilante de alguém — em geral a

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


mãe da moça a tricotar na cadeira de balanço.
Eu já sabia tudo isto e sabia também que namorar, embora meio proibido pelos pais, ou por isso
mesmo, era uma coisa boa. Mas só para as meninas. Elas é que não tinham outro assunto,
principalmente as mais velhas, quando se reuniam, aos risinhos e cochichos. Para nós, homens de
sete, oito, nove anos, namorar era uma bobagem, coisa para mulher. O que vinha a ser um
contrassenso: como as meninas poderiam se dedicar ao namoro, se os meninos não pensavam em
fazer o mesmo?
Foi o que me levou naquele dia a quebrar a regra que nos havíamos imposto de não dar confiança
às mulheres, e perguntar à Mariana se queria me namorar. Jamais esperava uma negativa, e sua
reação me deixou humilhado: quem ela pensava que era? Alguma princesa?
Mas num ponto não deixava de ter razão — foi o que logo concluí: namoro era coisa séria, de gente
grande, e para toda a vida — namoro, noivado, casamento. Não era brincadeira de menino. Por isso
tinha escolhido um homem para namorar e não queria saber de uma criança como eu. Pouco
importava que ela também fosse criança e ele um artista de cinema, que nunca seria visto em carne e
osso.
Decidi fazer o mesmo. Passei a reparar nas artistas, a fim de escolher uma para mim, a que me
parecesse mais bonita. Em meio aos retratos de meus ídolos, que eram em geral jogadores de futebol
e lutadores de boxe, passei a colecionar também o de atrizes de cinema, em figurinhas que
acompanhavam as balas Fruna. Mas amava todas elas, indistintamente, não me decidia por nenhuma
em particular. Ao contrário de Mariana, não me contentava em ter como namorada alguém que só
existia no papel ou na tela.
Foi quando surgiu em Belo Horizonte aquela que passou a encarnar na vida real a figura do meu
primeiro amor.
[...]
Glossário:
contrassenso- absurdo; desdém- desprezo, indiferença; despeitado- magoado.

1. O que o título sugere como assunto do capítulo?


__________________________________________________________________________________

2. O 3.º parágrafo dá pistas sobre quem sejam Hindemburgo e Pastoff. Que pistas são essas e o que
revelam sobre eles?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________ 106
3. Qual a causa da surpresa do narrador quando Mariana lhe disse
4.° BIMESTRE
que ele era ainda uma criança (para namorar)?
__________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

4. Qual foi a segunda surpresa do narrador?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

5. Transcreva o trecho em que Mariana impõe uma condição para contar ao narrador quem é seu
namorado. Destaque, no trecho, a palavra que indica tratar-se de uma condição:
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

6. Que gesto reforça o juramento feito pelo narrador?


__________________________________________________________________________________

7. No trecho “─ Olha aqui ele.” (parágrafo 15), a quem se refere a palavra destacada?
__________________________________________________________________________________

8. Por que o narrador considerava o namorado de Mariana um rival inexistente?


LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

__________________________________________________________________________________

9. O que, no parágrafo 21, indicam as interrogações que o narrador se faz?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

10. Qual o significado de “pensar na morte da bezerra” (parágrafo 21)?


__________________________________________________________________________________

11. No parágrafo 22, que expressão revela que o narrador está se referindo à sua infância?
__________________________________________________________________________________

12. Observe o trecho “Eu já sabia tudo isto e sabia também que namorar, embora meio proibido pelos
pais, ou por isso mesmo, era uma coisa boa.” (parágrafo 23)
a) A que se refere a expressão em destaque?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

b) Na opinião do narrador, namorar era uma coisa boa, mesmo ou por causa da proibição dos pais.
Que termos indicam essas duas ideias?
__________________________________________________________________________________

13. No trecho “O que vinha a ser um contrassenso: como as meninas poderiam se dedicar ao namoro,
se os meninos não pensavam em fazer o mesmo?”, que função têm os dois pontos?
__________________________________________________________________________________

14. Que reação de Mariana deixou o narrador humilhado?


__________________________________________________________________________________

15. A que conclusão o narrador chega com a negativa de Mariana?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

16. Que consequência teve para o narrador a negativa de Mariana?


107 __________________________________________________________________________________
4.° BIMESTRE
(FINAL DO CAPÍTULO IX)
Na manhã seguinte encontrei debaixo de minha porta um envelope fechado.
Abri-o ansiosamente com o meu canivetinho, já adivinhando de quem seria. Retirei um pequeno bilhete:

Saí do quarto precipitadamente, mas não encontrei a Cíntia na sala, nem em seu quarto, nem em lugar
nenhum. Dei com meu pai na copa tomando o seu café:
— Cíntia foi embora? — perguntei, aflito.
— Ela saiu — ele informou tranquilamente, e acrescentou logo, rindo: — Mas não com o Peixoto. Saiu com
sua mãe, foram fazer compras na cidade.
Cíntia estava de partida na manhã seguinte. Não tive, desde então, oportunidade de estar com ela a sós um
momento sequer, para de alguma maneira responder ao seu bilhete. Quando fui para a escola, ela ainda não
tinha chegado, e ao voltar, ela estava em companhia de algumas amigas que havia feito em Belo Horizonte, e
que ficaram para jantar. Só na manhã seguinte pude lhe dirigir uma palavra furtiva, já na hora de sua partida:
— Eu também, Cíntia — disse-lhe baixinho.
— Você também o quê? — e ela se curvou para me abraçar, se despedindo.

LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO


Deu-me um beijo em cada face, e eu me aproveitei para sussurrar ao seu ouvido:
— Eu também te amo.
Ela ficou parada um segundo, surpreendida, e depois se abriu num sorriso que eu guardo até hoje entre as
lembranças mais lindas da minha vida.
Depois que ela se foi, tranquei-me no quarto e busquei seu bilhete para relê-lo ainda uma vez, por entre as
lágrimas que me escorriam dos olhos. Ao enfiar os dedos no envelope, puxei com o bilhete um outro pedaço de
papel, onde, surpreso, dei com as seguintes palavras:

Era apenas um pedaço do bilhete, que eu havia cortado em dois ao abrir o envelope. Juntei os pedaços e
pude enfim ler o bilhete completo:

Naquela mesma tarde a Mariana, que andava sumida, deu o ar de sua graça:
— Então, sua amiguinha já foi embora? — perguntou com voz irônica.
Respirei fundo, espantando de mim o resto da minha mágoa:
— Minha amiguinha é você, Mariana.

SABINO, Fernando. O menino no espelho. Rio de Janeiro: Record, 2009.

17. O que levou o narrador a sair correndo pela casa à procura de Cintia?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
108
4.° BIMESTRE

18. O que o riso do pai, ao acrescentar que Cintia não havia saído com Peixoto, deixa-nos perceber?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

19. De acordo com o contexto, o que levou o narrador a dizer “Eu também, Cintia.”?
____________________________________________________________________________

20. O narrador acaba completando a afirmação ao dizer “— Eu também te amo.” Qual a


reação de Cíntia ao ouvir essa declaração?
____________________________________________________________________________

21. O que causou o equívoco entre o narrador e Cíntia?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
LÍNGUA PORTUGUESA – 9.° ANO

22. No trecho “Naquela mesma tarde a Mariana, que andava sumida, deu o ar de sua graça:
“— Então, sua amiguinha já foi embora? — perguntou com voz irônica.”
a) Que significado tem a expressão dar o ar de sua graça?
__________________________________________________________________________________

b) Que efeito de sentido tem o uso do diminutivo em “amiguinha”?


__________________________________________________________________________________

23. Que personagens participam desse final de capítulo?


__________________________________________________________________________________

24. Qual é o foco narrativo do capítulo?


__________________________________________________________________________________

25. Onde se passa a cena final do capítulo?


__________________________________________________________________________________

Chegamos ao final deste Material Didático


Carioca e ao final do ano.
Você também está concluindo sua jornada
pelo Ensino Fundamental. Durante toda a sua
permanência na Rede Municipal de Ensino, você
pôde se desenvolver, se apropriar cada vez mais
Traduzido de http://www.porliniers.com/

da língua portuguesa, construir sua competência


como leitor e autor. Agora, vai seguir pela vida
aprendendo...
Isso é o mais importante: aprender sempre.
Foi uma alegria fazer parte da sua história!
Um afetuoso abraço!

Equipe de Língua Portuguesa SME


109
3.° BIMESTRE

SUMÁRIO
RAZÃO TRIGONOMÉTRICA 112

Seno, cosseno e tangente 112

Tabela de razões trigonométricas 113

Ângulos notáveis (30º, 45º e 60º) 114

PLANO CARTESIANO 115

Localização de pontos no plano cartesiano 115

Quadrantes do plano cartesiano 115

FUNÇÃO 117

Noções de função 117

Representação de função através de diagrama 119

Notação de função 120

FUNÇÃO POLINOMIAL DE 1.º GRAU 121


MATEMÁTICA – 9.° ANO

Representação gráfica 123

Função crescente e decrescente 126

Coeficiente angular e linear 129

Zero de uma função polinomial de 1.º grau 130

Problemas envolvendo função polinomial de 1.º grau 131

RECAPITULANDO 132
111
RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS 3.° BIMESTRE

A trigonometria é considerada uma das áreas mais importantes da Matemática. Possui


diversas aplicações nos estudos relacionados à Física, Geografia, Engenharia, Navegação
Marítima e Aérea, Astronomia, Topografia, Cartografia, Agrimensura, entre outras.

SENO, COSSENO E TANGENTE DE UM ÂNGULO AGUDO


Para o triângulo retângulo ABC:

* Hipotenusa é o lado
oposto ao ângulo reto.

No triângulo retângulo, podemos definir:


medida do cateto oposto 𝑐𝑎𝑡 𝑜𝑝
seno de um ângulo agudo =
medida da hipotenusa  sen  =
ℎ𝑖𝑝

medida do cateto adjacente 𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗


cosseno de um ângulo agudo =  cos  =
medida da hipotenusa
ℎ𝑖𝑝

medida do cateto oposto 𝑐𝑎𝑡 𝑜𝑝


tangente de um ângulo agudo =  tg  =
medida do cateto adjacente
𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗

AGORA,
!!!
2- No triângulo retângulo, apresentado
É COM VOCÊ a seguir, calcule:

MATEMÁTICA – 9.° ANO


1- Observe a figura e determine:

a) sen  = _____ d) sen  = _____

a) sen  = _____
b) cos  = _____ e) cos  = _____
b) cos  = _____

c) tg  = _____ c) tg  = _____ f) tg  = _____


112
3.° BIMESTRE
TABELA DE RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS

A tabela trigonométrica relaciona um ângulo aos seus respectivos valores de seno,


cosseno e tangente. Ela foi criada para facilitar quaisquer cálculos envolvendo trigonometria.
Fazendo uso da tabela, basta procurar os valores numéricos de seno, cosseno e tangente
referentes a um ângulo qualquer.
Como vimos anteriormente, seno, cosseno e tangente são resultados da divisão dos
comprimentos de dois lados de um triângulo retângulo. Para definir essas divisões, é
necessário saber que, em um triângulo retângulo, o lado oposto ao ângulo de 90° é chamado
de hipotenusa (r) e que os outros dois lados são chamados de catetos (𝑥 e 𝒗).

Representamos
tangente por “tg”
ou por “tan”.

AGORA,
É COM VOCÊ !!!
Com o auxílio da tabela,
MATEMÁTICA – 9.° ANO

determine:

a) sen 25o -
_____________________

b) cos 78o -
_____________________

c) tg 50o -
_____________________

d) o ângulo que possui


seno igual a 0,97437 -
_____________________

113
ÂNGULOS NOTÁVEIS 3.° BIMESTRE
As razões trigonométricas dos ângulos 30o, 45o e 60o aparecem
com muita frequência em situações-problema. Para facilitar,
vamos organizar essas razões trigonométricas em uma tabela na
forma fracionária.

30° 45° 60° Recordando:


𝑐𝑎𝑡 𝑜𝑝
sen  =
ℎ𝑖𝑝
sen
𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗
cos  =
ℎ𝑖𝑝
cos
𝑐𝑎𝑡 𝑜𝑝
tg  =
𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗
tg 1

Observe estas situações-problema:


1) Calcular a medida da hipotenusa, no 2) Uma escada encostada na extremidade
triângulo retângulo, em que um dos ângulos superior de uma parede faz ângulo de 30o
mede 60º e o cateto a ele adjacente mede com o chão. Sabendo que ela possui 6
20 cm. metros de comprimento, qual é a altura da
hipotenusa = 𝑥 parede? 𝑐𝑎𝑡 𝑜𝑝
sen 30o =
ℎ𝑖𝑝
1 𝑥
𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗 =
cos 60º = 2 6
ℎ𝑖𝑝
1 20 1
𝑥= .6
= 2
2 𝑥
6
𝑥 = 40 𝑥=
2

𝒙=3m

AGORA,
É COM VOCÊ !!! 1- Calcule o valor de 𝑥 em cada um dos triângulos:

MATEMÁTICA – 9.° ANO


a) b)

c) d)

114
3.° BIMESTRE

2- Quando o ângulo de elevação do sol é de 65º, a sombra de um


edifício mede 18 m. Qual é a altura, aproximada, deste edifício?

x = altura do edifício

Resposta:____________________________________________

PLANO CARTESIANO: LOCALIZAÇÃO DE PONTOS


Exemplos:
Vamos localizar os seguintes pares ordenados: Lembre-se de que o
y primeiro valor do par
(eixo das ordenadas)
A (1, 4) ordenado tem que ser
sempre o valor no eixo
B (– 3, – 4) 𝒙 (abscissa do ponto).
C (– 2, 3)

D (3, – 3)
x
(eixo das
abscissas)

MULTIRIO
MATEMÁTICA – 9.° ANO

y
Quadrantes
As retas x e y dividem o plano cartesiano em quatro
regiões chamadas quadrantes. Os quadrantes são
numerados conforme a figura ao lado.
QUADRANTE Os pontos localizados possuem:
1.º abscissa e ordenada positivas x
2.º abscissa negativa e ordenada positiva
3.º abscissa e ordenada negativas
4.º abscissa positiva e ordenada negativa

115
3.° BIMESTRE

AGORA,
É COM VOCÊ !!!
1- Escreva as coordenadas inteiras (𝑥, 𝑦) que melhor representam a localização de
cada figura que aparece no plano cartesiano abaixo:
y
Casa: (____,____)

Avião: (____,____)

Bola: (____,____)

Carro: (____,____)

Piscina: (____,____)

Árvore: (____,____)

Bicicleta: (____,____)

Barco: (____,____)
Clipart

2- Agora, localize os pontos no plano cartesiano:

M (3, 2)

N (– 2, 4) y

MATEMÁTICA – 9.° ANO


O (– 3, – 3)

P (4, – 2)

Q (– 2, 0)
x
R (0, – 4)

S (2, 0)

T (0, 2)

116
3.° BIMESTRE NOÇÕES DE FUNÇÃO
Leia, atentamente, as seguintes situações:
1.ª situação:
Um estacionamento cobra, para a primeira hora, o valor de 7 reais. Pelas demais horas
excedentes, R$ 2,00 por hora. Logo, o valor a ser pago, ao final, depende do número de horas
em que o carro ficará estacionado.

Valor da 1.ª hora


R$ 7,00
Elaborado por Dalton Borba

Horas excedentes
R$ 2,00
por hora

Organizando essas informações em uma tabela...

Horas Preço Total Me ajude a


excedentes (em real) (𝑦) completar a
tabela!!!
0 7 7

1 7 + 1∙2 __________

2 7 + 2∙2 __________

3 7 + 3∙2 __________

4 7 + 4∙2 __________
MATEMÁTICA – 9.° ANO

MULTIRIO

⁞ ⁞ ⁞

𝑥 7 + 𝑥∙2 7 + 2𝑥

Vamos indicar por 𝑥 o número de horas excedentes e por 𝑦 o preço total a ser pago. Podemos,
então, montar uma sentença, com essas duas grandezas, da seguinte maneira:
𝑦 = 7 + 2𝑥 → lei de formação

Lei de formação - constitui a sentença que define uma função, ou seja, diz como as
117 grandezas 𝑥 e y se correspondem.
.
Observe que, a cada valor atribuído à letra 𝑥, obteremos um único
valor para a letra 𝑦. Exemplo: 3.° BIMESTRE

● para 𝑥 = 0, temos
𝑦 = 7 + 2𝑥
𝑦 = 7 + 2∙0
𝑦=7+0
𝑦=7

Isso significa que, se o proprietário do carro não passar de 1 hora, pagará R$ 7,00.
Vamos indicar por 𝑥 o número de horas excedentes e por 𝑦 o
preço total a ser pago. Podemos, então, montar uma sentença
com essas duas grandezas:

𝑦 = 7 + 2𝑥 → lei de formação
● para 𝑥 = 1, temos
𝑦 = 7 + 2∙1
𝑦 = 7 + _____
𝑦 = _______
Se o motorista ficar 1 hora excedente,
pagará R$ ______

● para 𝑥 = 2, temos
𝑦 = 7 + 2∙2
𝑦 = 7 + _____
𝑦 = ____

Se o motorista ficar 2 horas excedentes,


pagará R$_____
WWW.GOOGLE.COM.BR/MAPS
Com isso, poderemos dizer que o preço (𝑦)
a pagar é obtido em função do número de
horas extras (𝑥) que o carro permanecer no

MATEMÁTICA – 9.° ANO


estacionamento.

Dizemos que a grandeza 𝑦 é função da grandeza 𝑥, se há entre elas uma


correspondência na qual, para todo 𝑥, existe um único valor de 𝑦.

Também podemos dizer que 𝑦 é uma função de 𝑥 escrevendo 𝑦 = f(𝑥).


Então, a função dada pela lei de correspondência 𝑦 = 7 + 2𝑥 pode ser representada
por f(𝑥) = 7 + 2𝑥

MULTIRIO

• “f” simboliza a função, ou seja, a correspondência entre 𝑥 e 𝑦. É o nome que damos à


função.
• “f(𝑥)” é um número que simboliza o valor 𝑦. O valor que a função f faz corresponder a 𝑥.

118
3.° BIMESTRE REPRESENTAÇÃO DE FUNÇÃO ATRAVÉS
DE DIAGRAMA
Exemplos:
São funções de A em B as relações representadas nos seguintes diagramas:

Observe que:
→ em A, não sobra elemento; em B
pode sobrar.

→ em A, de cada elemento parte uma


única flecha;
em B, um elemento pode receber
mais de uma flecha.

Não são funções de A em B, as relações representadas a seguir.

Exemplo I: Exemplo II:


o elemento de A está ligado a dois está sobrando um elemento de A.
elementos de B.

DOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO


Seja f uma função de A em B (significa que, a cada elemento de A, a função f faz
corresponder um único elemento de B).

O conjunto
f imagem é um
MATEMÁTICA – 9.° ANO

subconjunto de B.
Isso é, os
elementos do
conjunto imagem
pertencem ao
MULTIRIO conjunto B.

Podemos dizer que a função f parte de A para chegar a B. O conjunto A é o domínio(D) da


função. É como chamamos o conjunto de “partida”.

D = {1, 2, 3}

No conjunto de “chegada” B, destacamos a imagem (Im) da função, que é formada por todos
os elementos de B que estão associados a elementos de A:
Im = {2, 3, 4} (conjunto imagem)
119
NOTAÇÃO DE FUNÇÃO 3.° BIMESTRE
Considere a função f definida de IR em IR, tal que 𝑦 = 2𝑥 – 1:

Para 𝑥 = 2, teremos 𝑦 = 2∙2 – 1 = _______.


Para 𝑥 = 3, teremos 𝑦 = 2∙3 – 1 = _______.
Para 𝑥 = 4, teremos 𝑦 = 2∙4 – 1 = _______.

Dizemos que:
● 3 é a imagem de 2 pela função f. → f(2) = _____
● 5 é a imagem de 3 pela função f. → f(3) = _____
● 7 é a imagem de 4 pela função f. → f(4) = _____

Observando os exemplos dados, complete:

1- Dada a função definida por f(𝑥) = 𝑥 + 2, calcule:

a) f (0) b) f (𝑥) = 5
Solução:
Substituindo 𝑥 por 0 Igualamos f(𝑥) a 5
f (0) = 0 + 2 𝑥+2=5

f (0) = _______ 𝑥 = _______

f (0) = ______ 𝑥 = ______

AGORA,
É COM VOCÊ !!!
1- Dada a função definida por: f(𝑥) = 2𝑥 – 1, 3- Sendo f(𝑥) = 3𝑥 – 1, determinar o valor MATEMÁTICA – 9.° ANO
calcule: de 𝑥 de modo que:
a) f(0) b) f(2) a) f(𝑥) = 14 b) f(𝑥) = – 10

2- Dada a função definida por: f(𝑥) = 𝑥² – 6𝑥 + 9, 4- Sendo f(𝑥) = 𝑥² – 6𝑥 + 8, determinar o


calcule: valor de 𝑥 de modo que:
a) f(0) b) f(1) a) f(𝑥) = 0

120
3.° BIMESTRE FUNÇÃO POLINOMIAL DE 1.º GRAU

Leia, atentamente, o exemplo a seguir:

O perímetro do hexágono, apresentado ao lado, depende dos valores que forem atribuídos a
𝑥. Indicando o perímetro por 𝑦, temos:

𝑦 = 4𝑥 + 30

A função definida pela lei de formação 𝑦 = 4𝑥 + 30 é um exemplo de função polinomial de


1.o grau.

Uma função polinomial de 1.o grau é toda função cuja lei é do tipo

𝑦 = a𝑥 + b
com a e b sendo números reais ( a ≠ 0) e é definida para 𝑥 que
pertença ao Conjunto dos Números Reais.

Uma função definida por f:


IR→IR chama-se afim
quando existem
constantes a e b que
pertencem ao conjunto dos
números reais (ou a uma
MATEMÁTICA – 9.° ANO

parte dele),tais que,


f(𝑥) = a𝑥 + b (a≠0) para
𝑥 ∈ IR.

Observe os exemplos:
a) 𝑦 = 5𝑥 − 6 sendo a = 5 e b= −6

b) 𝑦 = −𝑥 + 4 sendo a = −1 e b= 4

c) 𝑦 = −3𝑥 sendo a = 3 e b= 0
𝑥 1
d) 𝑦 = 3 + 1 sendo a = 3 e b= 1 MULTIRIO

121
AGORA,
É COM VOCÊ !!! 3.° BIMESTRE

1- Assinale as leis de formação que representam funções polinomiais de 1.º grau:

( ) 𝑦 = 2𝑥 – 7 ( ) 𝑦 = 4 – 2𝑥

( ) 𝑦 = 𝑥² – 3 ( ) 𝑦 = – 4𝑥

( )𝑦=5 ( ) 𝑦 = 4 – 2𝑥3

2- Determine os coeficientes a e b de cada função afim apresentada abaixo:

a) 𝑦 = 𝑥 – 4 a = _____ e b = _____

b) 𝑦 = 5 – 2𝑥 a = _____ e b = _____

c) 𝑦 = 3𝑥 a = _____ e b = _____

3
d) 𝑦 = – 𝑥 + a = _____ e b = _____
2

3- Dados os valores de a e b, escreva a lei de formação de cada função polinomial de 1.º grau:

a) a = 3 e b = 5 𝑦 = _____________

b) a = 1 e b = – 3 𝑦 = _____________

c) a = – 1 e b = 0 𝑦 = _____________

d) a = – 2 e b = 1 𝑦 = _____________

MATEMÁTICA – 9.° ANO


4- Considerando o retângulo apresentado a seguir, determine:

35

a) o perímetro em função de 𝑥:__________________________

b) o perímetro para 𝑥 = 15:_____________________________


122
3.° BIMESTRE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA FUNÇÃO
POLINOMIAL DE 1.º GRAU

1.º) Vamos construir o gráfico da função, com f: ℝ → ℝ, 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑙𝑒𝑖 é


𝑦=𝑥+1
Primeiro, vamos atribuir quaisquer valores para 𝑥. Depois, obteremos os valores
correspondentes de 𝑦, através de substituição. Observe:
Vamos completar
os pares ordenados
𝑦=𝑥+1 𝑦 (𝑥, 𝑦) que estão faltando
na tabela?
Para 𝑥 = 2 𝑦=2+1 𝑦=3 (2, 3)

Para 𝑥 = 1 𝑦=1+1 𝑦 = ______ (_____, ____)

Para 𝑥 = 0 𝑦=0+1 𝑦 = ______ (_____, ____)

Para 𝑥 = –1 𝑦 = (–1) + 1 𝑦 = ______ (_____, ____)


MULTIRIO

Para 𝑥 = –2 𝑦 = (–2) + 1 𝑦 = ______ (_____, ____)


Observe que os pares ordenados
representam os pontos a serem
marcados no gráfico.

Agora, representaremos os pontos da última coluna no plano cartesiano. Unindo-os,


obteremos a representação gráfica da função definida por 𝑦 = 𝑥 + 1, que é uma reta.

O gráfico de uma
função polinomial de
1.º grau é sempre uma
reta (não vertical e não
horizontal).
MATEMÁTICA – 9.° ANO

MULTIRIO

123
3.° BIMESTRE
2.º) Vamos construir o gráfico da função, com
f: ℝ → ℝ , cuja 𝑙𝑒𝑖 é

𝑦 = 2𝑥 – 3

Agora, vamos atribuir quaisquer valores para 𝑥 e obter os valores correspondentes de 𝑦,


através da substituição:

𝑥 𝑦 = 2𝑥 – 3 𝑦 (𝑥, 𝑦)

𝑥=3 𝑦 = 2∙3 – 3 𝑦=3 (3, 3)

𝑥=2 𝑦 = 2∙2 – 3 𝑦 = _______ (_____, ____)

𝑥=1 𝑦 = 2∙1 – 3 𝑦 = _______ (_____, ____)

𝑥=0 𝑦 = 2∙0 – 3 𝑦 = _______ (_____, ____)

𝑥 = –1 𝑦 = 2∙(–1) – 3 𝑦 = _______ (_____, ____)

Agora, representaremos os pontos da ultima coluna no plano cartesiano e, unindo-os,


obteremos a representação gráfica da função definida por 𝑦 = 2𝑥 – 3, que é uma reta:

MATEMÁTICA – 9.° ANO

124
3.° BIMESTRE 3.º) Vamos construir o gráfico da função, com f: ℝ → ℝ :
𝑦 = – 2𝑥
Vamos atribuir quaisquer valores para 𝑥 e obter os valores correspondentes de 𝑦, através
da substituição. Observe:
Agora, representaremos os pontos da ultima
𝑥 𝑦 = – 2𝑥 𝑦 (𝑥, 𝑦) coluna no plano cartesiano e, unindo-os,
𝑥=2 𝑦 = – 2∙2 𝑦=–4 (2, – 4) assim iremos obter a representação gráfica da
função definida por 𝑦 = – 2𝑥, que é uma reta.
𝑥=1 𝑦 = – 2∙1 𝑦 = _______ (_____, _____)

𝑥=0 𝑦 = – 2∙0 𝑦 = _______ (_____, _____)

𝑥=–1 𝑦 = – 2∙(– 1) 𝑦 = _______ (_____, _____)

𝑥=–2 𝑦 = – 2∙(– 2) 𝑦 = _______ (_____, _____)

Como a representação gráfica de uma


função polinomial de 1.º grau é sempre uma
reta (não vertical e não horizontal), não
precisamos determinar cinco pares ordenados.
Somente dois seriam necessários. Mas nada
impede que determinemos quantos pontos
quisermos. Todos eles pertencerão à reta.

https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/sitting

𝑥
4.º) Vamos construir o gráfico da função: 𝑦=−
2
MATEMÁTICA – 9.° ANO

Vamos atribuir quaisquer valores para 𝑥 e obter


os valores correspondentes de 𝑦, através da
substituição. Observe:
𝒙
𝑥 𝒚=− 𝑦 (𝑥, 𝑦)
𝟐
2
𝑥=2 𝑦=− 𝑦=–1 (_____, _____)
2
0
𝑥=0 𝑦=− 𝑦 = _______ (_____, _____)
2
(−2)
𝑥 = –2 𝑦=− 𝑦 = _______ (_____, _____)
2

Agora, representaremos os pontos da última


coluna no plano cartesiano e, unindo-os,
obteremos a representação gráfica da função
𝑥
125 definida por 𝑦 = – , que é uma reta.
2
FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE
Vamos observar os gráficos que já traçamos até aqui. 3.° BIMESTRE
Leia os gráficos:

Página
124
Página
123
𝑦=x+1

𝑦 = 2𝑥 – 3

Página 𝑦=–𝑥
2
125
Página
125
𝑦 = – 2𝑥

Observe que:
Então, é só olhar o sinal do
Nos gráficos de 𝑦 = 𝑥 + 1 e 𝑦 = 2𝑥 – 3 coeficiente de 𝑥?
Assim ficou fácil!!!

● quanto mais se aumenta o valor de 𝑥, o valor de 𝑦 também aumenta. MATEMÁTICA – 9.° ANO

Chamamos de:
a>o
função crescente (a > 0)
valor positivo
multirio
𝑥
Nos gráficos de 𝑦 = – 2𝑥 e 𝑦=–
2 Exemplos:
● quanto mais se aumenta o valor de 𝑥, o valor de 𝑦 diminui. a) 𝑦 = 𝑥 + 7 → a > 0, então,
função crescente
b) 𝑦 = – 3𝑥 + 4 → a < 0, então,
Chamamos de: função decrescente
função decrescente (a < 0) a<o
valor negativo c) 𝑦 = 5𝑥 – 3 → a > 0, então,
função crescente 126
AGORA,
3.° BIMESTRE
É COM VOCÊ !!!
1- Construa o gráfico das funções definidas por

a) 𝑦 = 𝑥 + 3

𝑥 𝑦=𝑥+3 𝑦 (𝑥, 𝑦)

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

b) 𝑦 = 2𝑥 – 1

𝑥 𝑦 = 2𝑥 – 1 𝑦 (𝑥, 𝑦)

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )
MATEMÁTICA – 9.° ANO

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

127
3.° BIMESTRE

c) 𝑦 = – 𝑥 + 1

𝑥 𝑦 = –𝑥 + 1 𝑦 (𝑥, 𝑦)

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

d) 𝑦 = 𝑥 – 1

𝑥 𝑦=𝑥–1 𝑦 (𝑥, 𝑦)

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )
MATEMÁTICA – 9.° ANO
𝑥= 𝑦= 𝑦= ( , )

128
3.° BIMESTRE
COEFICIENTE ANGULAR E COEFICIENTE
LINEAR
Já sabemos que o gráfico da função polinomial de 1.º grau:

𝑦 = a𝑥 + b ( a ≠ 0)
é uma reta não horizontal e não vertical.
O coeficiente angular (a) representa a inclinação dessa reta (é a tangente do seu ângulo
de inclinação) em relação ao eixo das abscissas (𝑥). O coeficiente linear (b) representa o
valor numérico por onde a reta passa no eixo das ordenadas (𝑦).

𝑦 = 2𝑥 – 3
𝑦


𝑥

tg  = 2
Coeficiente linear
Na função definida por
𝑦 = 2𝑥 – 3, temos que:
Coeficiente angular: 2
Coeficiente linear: – 3.
AGORA,
!!!
MATEMÁTICA – 9.° ANO

É COM VOCÊ

1- Determine o coeficiente angular e o coeficiente linear do gráfico de


cada função definida a seguir por:
a) 𝑦 = 𝑥 – 3 b) 𝑦 = – 2𝑥 + 1
Coeficiente angular: ____ Coeficiente angular: ____
Coeficiente linear: ____ Coeficiente linear: ____

c) 𝑦 = 3𝑥 + 12 d) 𝑦 = – 𝑥 – 2
Coeficiente angular: ____ Coeficiente angular: ____
Coeficiente linear: ____ Coeficiente linear: ____

129
ZERO DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL 3.° BIMESTRE
DE 1.º GRAU
Chama-se zero de uma função de 1.º grau definida por 𝑦 = a𝑥 + b o valor de 𝑥 para o qual
𝑦 = 0.
Para calcular o zero da função, basta substituir 𝑦 por zero e resolver a equação de 1.º grau
resultante: a𝑥 + b = 0 .
Substituindo 𝑦 por zero:
Exemplo:
Determinando o zero da função definida por 𝑦 = 2𝑥 + 8. 2𝑥 + 8 = 0
2𝑥 = – 8
8
𝑥=–
2
𝑦 = 2𝑥 + 8
𝑥=–4

A reta 𝑦 = 2𝑥 + 8 corta o eixo 𝑥 no


ponto (–4, 0).

O zero da função é exatamente


o ponto que a reta “toca” no
eixo das abscissas (eixo 𝑥).

MULTIRIO

AGORA,
É COM VOCÊ !!!
MATEMÁTICA – 9.° ANO
1- Calcule o zero de cada função definida a seguir por:

a) 𝑦 = 𝑥 – 3 c) 𝑦 = 5𝑥

b) 𝑦 = – 𝑥 + 7 d) 𝑦 = 3𝑥 + 12

130
PROBLEMAS ENVOLVENDO FUNÇÃO
3.° BIMESTRE
POLINOMIAL DE 1.º GRAU
1- Lídia comprou um terreno retangular cujo comprimento é de 80 m. Representando por
𝑦 o perímetro e por 𝑥 a largura do terreno, responda:

80 m
a) Como poderemos representar a função entre o perímetro e a largura do terreno?

_________________________________________________________________________
b) Qual será o perímetro do terreno se a largura for 35 m?

c) Qual será a largura do terreno se o perímetro for de 300 m?

2- A fábrica de camisas de Camile possui uma despesa diária de 320 reais e mais 8 reais
por camisa produzida.

a) Como podemos representar a função custo (C) em relação à quantidade (𝑥) de camisas
produzidas ao final de um dia?
________________________________________________________________________

b) Se ela produzir 15 camisas em um dia, qual será o seu custo diário?


MATEMÁTICA – 9.° ANO

________________________________________________________________________

c) Se cada uma das 15 camisas for vendida a 25 reais, ela terá, ao final do dia, lucro ou
prejuízo? De quanto?

_______________________________________________________________________

d) Se ela produzir 60 camisas por dia, qual será o seu custo diário?

________________________________________________________________________

e) Se cada uma das 60 camisas for vendida a 25 reais, ela terá, ao final do dia, lucro ou
prejuízo? De quanto?

________________________________________________________________________
131
3.° BIMESTRE

1- Seu José cobra, por um frete, uma taxa fixa de R$ 250,00 mais R$ 10,00 por
quilômetro rodado. A função f que melhor representa essa relação é

(A) f(𝑥) = 250𝑥 + 10


(B) f(𝑥) = 250 + 10𝑥
(C) f(𝑥) = 250 – 10𝑥
(D) f(𝑥) = 260𝑥

2- Leia o plano cartesiano apresentado a seguir:

Os vértices, da figura que se encontra neste plano cartesiano, estão localizados nos
pontos

(A) (– 4, – 2), (– 3, 1), (1, 1), (0, – 2)


(B) (– 4, – 2), (3, – 1), (1, 1), (0, – 2)
(C) (– 4, – 2), (– 3, 1), (1, 1), (2, – 2)
(D) (– 4, 2), (– 3, – 1), (1, 1), (2, – 2)

3- O gráfico que representa uma função polinomial de 1.º grau é

MATEMÁTICA – 9.° ANO


(A) (B)

(C) (D)

132
3.° BIMESTRE

4- Seja f uma função de A em B representada pelo diagrama


A B

2 4
8
4 16
32
8 64

O conjunto imagem é

(A) {32, 64} (B) {2, 4, 8}

(C) {4, 8, 16} (D) {4, 8, 16, 32, 10}

5- Uma função definida por f(𝑥) = 3𝑥 – 6, tem como zero de função o número

(A) 2. (B) 3.

(C) 6. (D) 9.

6- Observando o plano cartesiano, podemos afirmar que o ponto M está localizado na


coordenada
y

(A) (2, 3)

(B) (2, –2)


MATEMÁTICA – 9.° ANO

(C) (–2, 2)

(D) (–3, 2)

7- Qual das funções definidas a seguir é polinomial de 1.º grau e decrescente?

(A) 𝑦 = 2𝑥 – 3 (B) 𝑦 = –3𝑥² + 2

(C) 𝑦 = –𝑥 – 5 (D) 𝑦 = –3 + 4𝑥

133
3.° BIMESTRE

8- Dada a função definida por f(𝑥) = 5𝑥 – 30, podemos afirmar que o valor da imagem
para 𝑥 = 0 é

(A) –30. (B) 0.

(C) 5. (D) 6.

9- Um foguete foi lançado de sua base, formando com ela um ângulo de 60º. Após
uma trajetória de 3 000 m em linha reta, a altura atingida por este foguete foi de,
aproximadamente,

(A) 4 000 m.

(B) 3 500 m.

(C) 2 550 m.

(D) 2 000 m.

10- Podemos afirmar que o único ponto que pertence a função representada no
gráfico apresentado a seguir é

(A) (2, 3).


(B) (0, 2).
(C) (0, –2).

MATEMÁTICA – 9.° ANO


(D) (–2, 2).

11- Um cabo de aço foi fixado no ponto mais alto de um prédio até um ponto distante
5 m de sua base. Sabendo que a medida deste cabo de aço é de 13 m, determine a
altura do prédio.

(A) 12 m
(B) 13 m
(C) 25 m
(D) 30 m
134
3.° BIMESTRE

12- (ENEM 2005 – Adaptado) A escolaridade dos jogadores de futebol nos grandes
centros é maior do que se imagina, como mostra a pesquisa abaixo, realizada com os
jogadores profissionais dos quatro principais clubes de futebol do Rio de Janeiro. Leia
o gráfico:

De acordo com esses dados, o percentual dos jogadores dos quatro clubes que
concluíram o Ensino Médio é de, aproximadamente,

(A) 34%.
(B) 46%.
(C) 54%.
(D) 60%.
(E) 62%.

13 - (Adaptado - ENEM – 2005) No gráfico apresentado a seguir, mostra-se como


variou o valor do dólar, em relação ao real, entre o final de 2001 e o início de 2005.
(Por exemplo, em janeiro de 2002, um dólar valia cerca de R$ 2,40.)
VALOR DO DÓLAR EM RELAÇÃO AO REAL
4,00

3,60
MATEMÁTICA – 9.° ANO

3,20
REAL

2,80

2,40

2,00

1,60

1,20

PERÍODO
Durante esse período, a época em que o real esteve mais desvalorizado em relação ao
dólar foi no

(A) final de 2001.


(B) final de 2002.
(C) início de 2003.
(D) final de 2004.
135 (E) início de 2005.
4.° BIMESTRE

SUMÁRIO
FUNÇÃO POLINOMIAL DE 2.º GRAU (FUNÇÃO QUADRÁTICA) 137

Gráfico de uma função polinomial de 2.º grau 137

Representação gráfica 138

Características da função quadrática 143

Coordenadas do vértice 143

Concavidade 144

Zeros da função quadrática 146

Problemas envolvendo função quadrática 150

ÁREA DE FIGURAS PLANAS 151

Retângulo, Quadrado e Paralelogramo 151

Losango, Trapézio e Triângulo 152

CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO 153 MATEMÁTICA – 9.° ANO

Comprimento de uma circunferência 154

Área do círculo 155

JUROS 156

Juros simples e compostos 156

RECAPITULANDO 157
136
4.° BIMESTRE
FUNÇÃO POLINOMIAL DE 2.° GRAU
(FUNÇÃO QUADRÁTICA)
Uma função polinomial de 2.º grau é toda função cuja lei de correspondência é do tipo

𝒚 = ax² + bx + c ou f(x) = ax² + bx + c

com a, b e c sendo números reais, sendo a ≠ 0, e 𝓍 é um número real.

Leia os exemplos:

a) 𝒚 = x² – 6𝓍 + 3
sendo a = 1, b = – 6 e c = 3

b) 𝒚 = – x² + 8
sendo a = – 1, b = 0 e c = 8

c) 𝒚 = – 2x² – 6x
sendo a = – 2, b = – 6 e c = 0

GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DE 2.° GRAU


Para entender o gráfico da função polinomial de 2.o grau, acompanhe o seguinte exemplo:
A bola de basquete faz a seguinte trajetória até a cesta (Veja a imagem). Essa curva dá a
ideia aproximada do que se chama gráfico de uma função polinomial de 2.° grau e que se
chama PARÁBOLA.

O gráfico de uma função


polinomial de 2.° grau é
uma PARÁBOLA com
MATEMÁTICA – 9.° ANO

concavidade (abertura da
parábola) voltada para
cima ou para baixo.
https://www.umlivroaberto.org/BookCloud/Volume
_1/Figuras_Vetores/view/AF209-9.html

http://www.museuvirtualbrasil.com.br

Ponte JK, que liga o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião ao


137 Passarela do Samba – Sambódromo - RJ Plano Piloto em Brasília. Possui três arcos em forma de parábola.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA 4.° BIMESTRE
FUNÇÃO POLINOMIAL DE 2.° GRAU
Para construir o gráfico de uma função polinomial de 2.º grau, podemos fazer o mesmo que
fizemos na função polinomial de 1.º grau:

 atribuímos valores para 𝓍 e encontramos o correspondente em 𝒚;


 localizamos esses pontos no plano cartesiano;
 ligamos esses pontos por meio de uma linha curva denominada parábola.

Exemplos:
A) Construindo o gráfico da função definida por 𝒚 = x² – 4x + 3.

𝒚 = (–1)² – 4(–1) + 3
𝒚=8 (–1, 8)
𝒚=1+4+3

𝒚 = (0)² – 4(0) + 3
𝒚 = ___ (0, ____)
𝒚=0–0+3

𝒚 = (1)² – 4(1) + 3
𝒚 = ___ (___,___)
𝒚=1–4+3

𝒚 = (2)² – 4(2) + 3
𝒚 = ___ (___,___)
𝒚=4–8+3

𝒚 = (3)² – 4(3) + 3
𝒚 = ___ (___,___)
𝒚 = 9 – 12 + 3

𝒚 = (4)² – 4(4) + 3
𝒚 = ___ (___,___)
𝒚 = 16 – 16 + 3
𝒚 = 𝒙² – 4𝒙 + 3
𝒚 = (5)² – 4(5) + 3
𝒚 = ___ (___,___)
𝒚 = 25 – 20 + 3

𝒚
Observe os pares ordenados (𝒙, 𝒚)
no plano cartesiano. A união deles 9

MATEMÁTICA – 9.° ANO


formou a parábola.
(–1, 8) 8 (5, 8)
O vértice encontra-se, neste
exemplo, exatamente, no ponto 7
mais baixo da parábola.
6

(0, 3)
3 (4, 3)

Vértice da parábola
1

(1, 0) (3, 0)
–2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7

–1
MULTIRIO
(2, –1)
138
–2
4.° BIMESTRE
Complete a tabela ao
lado.
B) Construindo o gráfico da função definida por 𝒚 = x² – 2x + 1. Observe os pares
ordenados (x, 𝒚) no
Complete a tabela abaixo. plano cartesiano.
Marque os pontos
𝒚 = x² – 2x + 1 𝒚 determinados por esses
pares.
𝒚 = (–1)² – 2(–1) + 1 Ligando-os,
𝒚=4 (–1, 4)
𝒚=1+2+1 construiremos a
parábola.
𝒚 = (0)² – 2(0) + 1
𝒚 = _____ (0,__)
𝒚=0–0+1

𝒚 = (1)² – 2(1) + 1
𝒚 = _____ (1,__)
𝒚=1–2+1

𝒚 = (2)² – 2(2) + 1
𝒚 = _____ (2,__)
𝒚=4–4+1

𝒚 = (3)² – 2(3) + 1
𝒚 = _____ (3,__)
𝒚=9–6+1 MULTIRIO

Construa o gráfico utilizando os dados obtidos na tabela. Localize o vértice da parábola.

As coordenadas do
vértice da parábola
são (1, 0).

multirio
MATEMÁTICA – 9.° ANO

139
4.° BIMESTRE

C) Construindo o gráfico da função definida por 𝒚 = −𝒙𝟐 + 2𝒙 − 𝟐

𝒚 Localize, no plano
cartesiano, os
𝒚 = – (–1)² + 2(–1) – 2 pontos (𝒙, 𝒚).
𝒚 = –5 (–1, –5)
𝒚=–1–2–2 Depois, trace a
parábola!!!
𝒚 = – (0)² + 2(0) – 2
𝒚= (0, – 2)
𝒚=–0+0–2

𝒚 = – (1)² + 2(1) – 2
𝒚= (1, – 1)
𝒚=–1+2–2

𝒚 = – (2)² + 2(2) – 2
𝒚= (2, – 2)
𝒚=–4+4–2

𝒚 = – (3)² + 2(3) – 2
𝒚= (3, – 5) MULTIRIO
𝒚=–9+6–2

Neste exemplo, o
vértice da parábola é o
seu ponto mais alto.
Suas coordenadas
são (1, – 1).

MATEMÁTICA – 9.° ANO

1 –1

multirio 140
AGORA,
4.° BIMESTRE
É COM VOCÊ !!!
1- Complete a tabela: 3- Complete a tabela:

𝑥 𝒚 = 𝑥² – 3 𝒚 (𝒙, 𝒚) 𝑥 𝒚 = – 𝒙² + 2𝒙 + 3 𝒚 (𝒙 + 𝒚)
𝒚 = (–2)² – 3 𝒚 = – (–1)² + 2(–1) + 3
–2 1 (–2, 1) –1 0 (–1, 0)
𝒚=4–3 𝒚=–1–2+3

–1 0

0 1

1 2

2 3

2- Localize os pares ordenados da 4- Localize os pares ordenados da


atividade anterior no plano cartesiano atividade anterior no plano cartesiano
apresentado a seguir. Depois, trace a apresentado a seguir. Depois, trace a
parábola: parábola:
MATEMÁTICA – 9.° ANO

141
4.° BIMESTRE

5- Complete a tabela: 7- Complete a tabela:

𝒚 𝒚

𝒚 = (–3)² + 2(–3) – 3 𝒚 = (0)² – 4(0) + 4


–3 0 (– 3, 0) 0 4 (0, 4)
𝒚=9–6–3 𝒚=0–0+4

1
–2

2
–1

3
0

4
1

6- Localize os pares ordenados da 8- Localize os pares ordenados da atividade


atividade anterior no plano cartesiano anterior no plano cartesiano apresentado a
apresentado a seguir. Depois, trace a seguir. Depois, trace a parábola:
parábola:

MATEMÁTICA – 9.° ANO


𝒙 5
–3 –2 –1 0 1 2

4
–1

–2
2

–3
1

–4 –1 0 1 2 3 4 5

–1
–5

142
CARACTERÍSTICAS DA FUNÇÃO QUADRÁTICA
4.° BIMESTRE
(FUNÇÃO POLINOMIAL DE 2.° GRAU)
Seja a função quadrática definida por 𝒚 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄
a) Quanto à concavidade da parábola:

● Se a > 0  concavidade voltada para “cima”.

● Se a < 0  concavidade voltada para “baixo”.


O vértice da parábola de
uma função quadrática é o
ponto de máximo ou o
ponto de mínimo da curva
(depende da concavidade).

b) Quanto às coordenadas do vértice:

● Se a > 0  o vértice é o ponto de mínimo (ponto mais baixo).

● Se a < 0  o vértice é o ponto de máximo (ponto mais alto).


MATEMÁTICA – 9.° ANO

−𝑏
❖ A abscissa (x) do vértice pode ser calculada pela seguinte fórmula: 𝑥𝑣 =
2𝑎

❖ A ordenada (𝒚) do vértice pode ser calculada, substituindo-se o 𝓍 encontrado, na lei


da correspondência da função dada. Observe este exemplo:
Determinar as coordenadas do vértice do gráfico da função definida por 𝒚 = 𝒙² – 6𝒙 + 4.
−𝒃 − −6 6
𝒙𝒗 = = = = ______
𝟐𝒂 2∙1 2
V = (3, –5)

2
143 𝑦𝑣 = ____ − 6 _____ + 4 = ____ − ____ + 4 = ______
4.° BIMESTRE
c) Quanto ao discriminante ( = b² – 4ac):

I. Se  > 0  a parábola “corta” o eixo x II. Se  = 0  a parábola tangencia o eixo x


em dois pontos distintos. em um único ponto.

=0
>0
A parábola
A parábola “corta” “toca” o eixo 𝒙,
o eixo 𝒙 em dois apenas, em um
pontos distintos. ponto.

<0
III. Se  < 0  a parábola não “toca” no
eixo x. A parábola não
“toca” o eixo 𝒙.

Quando Quando
RESUMO
a>0 a<0

Quando
>0

MATEMÁTICA – 9.° ANO

Quando
=0

Quando
<0
144
AGORA,
4.° BIMESTRE
É COM VOCÊ !!!
1- Sabendo-se que o gráfico de cada função quadrática é uma parábola, determine a
concavidade de cada uma delas (para cima ou para baixo):

a) 𝒚 = x² + 7x + 6 ____________________________________________________________

b) 𝒚 = – 2x² + x – 3 ___________________________________________________________

c) 𝒚 = – x² + 5 ______________________________________________________________

d) 𝒚 = 3x² – 4x – 1 ___________________________________________________________

2- Determine as coordenadas do vértice da parábola que representa cada uma das funções
quadráticas definidas por:

a) 𝒚 = x² – 10x + 9 b) 𝒚 = 𝔁² + 2x – 8 c) 𝒚 = x² – 2x + 1

3- Determine o ponto de mínimo ou o ponto de máximo em cada um dos gráficos.


Indique as coordenadas de cada um desses pontos:
3
a) b) 1

2
–4 –3 –2 –1 0 1

1
–1

–1 0 1 2 3 4 5
–2

–1
–3
MATEMÁTICA – 9.° ANO

–2
–4

–3
–5

4- Determine a existência e a quantidade de pontos em que o gráfico da função quadrática


intersecta o eixo das abscissas (eixo x).

a) 𝒚 = 𝒙² – 7𝒙 + 6 b) 𝒚 = 2𝒙² + 5𝒙 + 3 c) 𝒚 = 𝒙² – 6𝒙 + 10 d) 𝒚 = 𝒙² + 14𝒙 + 49

Glossário: Intersectar → ter interseção com; ter ponto em comum com.


145
4.° BIMESTRE
ZEROS DA FUNÇÃO QUADRÁTICA

Os zeros da função quadrática definida por 𝒚 = 𝑎𝔁 ² + b𝔁 + c são os valores de x para os


quais 𝒚 = 0 (os pontos em que a parábola corta ou tangencia o eixo x). Ou seja, são as
raízes da equação 𝑎𝔁 ² + b𝔁 + c = 0.
Isso significa que, para achar os zeros de uma função quadrática, é só substituir 𝒚 por zero
na lei de correspondência da função e resolver a equação de 2.° grau resultante.
Vamos ler estes exemplos?

Exemplo:

Determinar os zeros da função definida por 𝒚 = 𝔁 ² – 5𝔁 + 6.

Solução:
Igualando 𝒚 a zero:
x² – 5x + 6 = 0
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −𝑏 ± ∆
a=1 𝑥=
2𝑎
 = (–5)² – 416
b = –5
c=6  = 25 – 24 −(−5) ± 1
𝑥= =
2∙1 5+1 6
=1 𝑥′ = = = 3
2 2
5±1
𝑥= =
2 5−1 4
𝑥 ′′ = = = 2
2 2
Resposta: Os zeros da função 𝒚 = 𝔁 ² – 5𝔁 + 6 são 2 e 3.

AGORA,
É COM VOCÊ !!!
1- Determine os zeros de cada função quadrática: MATEMÁTICA – 9.° ANO
a) f(𝔁) = 𝔁 ² + 2𝔁 – 3

b) f(𝔁) = 5𝔁 ² + 20

c) f(𝔁) = 𝔁² – 8𝔁 + 16

d) f(𝒙) = 2𝒙² – 4𝒙

146
4.° BIMESTRE

2- Sendo 𝒚 = x² – 2𝒙 + 1, determine
a) os zeros da função (𝒚 = 0): b) as coordenadas do vértice 𝑥𝑣 , 𝑦𝑣 :

c) A concavidade da parábola está voltada para cima ou para baixo?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

d) o esboço do gráfico:
MATEMÁTICA – 9.° ANO

Glossário: esboço – traçado que dá apenas uma ideia geral; primeira noção de alguma coisa.
147
4.° BIMESTRE

3- Sendo 𝒚 = – x² + 4, determine
a) os zeros da função (𝒚 = 0): b) as coordenadas do vértice 𝑥𝑣 , 𝑦𝑣 :

c) A concavidade da parábola está voltada para cima ou para baixo?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

d) O esboço do gráfico:

MATEMÁTICA – 9.° ANO

148
4.° BIMESTRE

4- Sendo 𝒚 = 𝔁² – 4𝔁 + 5, determine b) as coordenadas do vértice 𝑥𝑣 , 𝑦𝑣 :


a) os zeros da função (𝒚 = 0):

c) A concavidade da parábola está voltada para cima ou para baixo?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

d) o esboço do gráfico:
MATEMÁTICA – 9.° ANO

149
PROBLEMAS ENVOLVENDO FUNÇÃO 4.° BIMESTRE
POLINOMIAL DE 2.° GRAU
Leia o exemplo:

Certa maçã, lançada para cima, por um dispositivo, a partir do solo, tem sua altura h (em
metros) expressa em função do tempo t (em segundos), decorrido após o lançamento, pela
seguinte lei de formação:

h(t) = 20t – 5t2

a) Qual a altura em que esta maçã se encontra, um segundo após o lançamento?


t=1s
h(1) = 20 ∙ 1 – 5 ∙ 1²
h(1) = 20 – 5 = 15

Resposta: 15 m.
MULTIRIO

b) Qual a altura máxima que pode ser atingida pela maçã?


Altura máxima é dada pelo 𝒉𝒗 do vértice, valor máximo da função. Veja:

−𝒃 𝒉𝒗 = 20t – 5t2
𝒕𝒗 =
𝟐𝒂
𝒉𝒗 = 20 ∙ 2 – 5 ∙ 22
−𝟐𝟎
𝒕𝒗 =
𝟐 ∙ (−𝟓) 𝒉𝒗 = 40 – 20

𝒕𝒗 = 𝟐 𝒉𝒗 = 20 Resposta: 20 m.

AGORA, Demonstre, para os seus colegas e para o seu Professor,


É COM VOCÊ !!! de que forma você chegou aos resultados.
1- Uma bola lançada verticalmente para cima, a partir do solo, tem sua altura h (em

MATEMÁTICA – 9.° ANO


metros) expressa em função do tempo t (em segundos), decorrido após o lançamento,
pela lei:
h(t) = 40t – 5t2

a) Qual a altura em que a bola se encontra, um segundo após o lançamento?

b) Qual a altura máxima atingida pela bola?

2- Um golfinho realiza um salto percorrendo uma trajetória cuja


altura é descrita por h(t) = – 5t² + 8t, em que h é a altura, em
metros, dada em função do tempo t, em segundos. Determine a
altura máxima atingida pelo golfinho.
pixabay.com

150
4.° BIMESTRE
ÁREA DE FIGURAS PLANAS

ÁREA DO RETÂNGULO ÁREA DO QUADRADO ÁREA DO


PARALELOGRAMO

A = base(b) x altura(h) A = l (lado) x l (lado) A = base(b) x altura(h)


ou
ou ou

A=b.h A=l ² A=b.h

AGORA,
É COM VOCÊ !!! 3- Determine a área de cada figura:

1- Determine a área de cada retângulo: a)

a)
4 cm

8 cm

b)
9,5 cm

b)
MATEMÁTICA – 9.° ANO

Mesa de
5 cm tampo
quadrado
2- Sabendo-se que o campo do Maracanã
tem 105 m de comprimento por 68 m de
largura, qual a sua área?

c)
4,2 cm

8 cm

151
ÁREA DE FIGURAS PLANAS 4.° BIMESTRE

ÁREA DO LOSANGO
ÁREA DO TRAPÉZIO

ÁREA DO TRIÂNGULO

5- Determine a área de cada figura:


4- Determine a área de cada figura:
a)
a)

MATEMÁTICA – 9.° ANO


b)
6,4 cm
b)

4 cm

c)
c)

152
4.° BIMESTRE CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

CIRCUNFERÊNCIA
A circunferência é formada por todos os pontos de um plano que estão localizados a uma
mesma distância r de um ponto fixo denominado centro da circunferência.
Essa distância constante r é denominada raio da circunferência.

https://www.freeimages.com/photo/wedding-rings-1314297
Existem diversos
r objetos que nos dão Anéis
ideia de circunferência!!!

Pulseira

MULTIRIO

Elementos da circunferência Se você observar, a medida


do diâmetro é o dobro da
medida do raio!!!
MATEMÁTICA – 9.° ANO

MULTIRIO

O = centro da circunferência
* O diâmetro mede o dobro do valor do
r = raio raio:

d = diâmetro d = 2r
a = arco • O diâmetro é a maior corda que pode
c = corda ser traçada em uma circunferência.
E sempre passa pelo centro.
153
COMPRIMENTO DE UMA CIRCUNFERÊNCIA 4.° BIMESTRE
Observe a imagem da praça:
Se realizarmos um estudo para cercar essa praça,
que fica numa rotatória em Salvador, precisaremos
conhecer o comprimento de seu contorno.
Para esse cálculo, utiliza-se a fórmula do

C = 2 r
comprimento da circunferência:

C é o comprimento da circunferência;
http://desal.salvador.ba.gov.br/index.php/galeria-pracas/pracas/praca-rotatoria-cajazeiras-xi  representa o irracional 3,14159...
(usualmente consideramos  = 3,14);
r é o raio da circunferência.

Exemplos:
1- A Praça da cidade de Salvador possui a forma de um círculo, cujo raio é de
aproximadamente 16 metros. De quantos metros deverá ser o comprimento da grade que irá
cercá-la? (Use  = 3,14) C = 2  3,14  16
C = 2 r
C ≅ 108,8

Resposta: A grade terá, aproximadamente, 109 m de comprimento.


2- Se uma circunferência possui 31,4 cm de comprimento, quanto mede seu raio?
(Use  = 3,14) 31,4 = 2  3,14  r
C = 2 r
31,4 = 6,28r

r = 31,4 ÷ 6,28

r≅5

MATEMÁTICA – 9.° ANO


Resposta: Seu raio mede, aproximadamente, 5 cm.

AGORA,
É COM VOCÊ !!! 2- Qual o raio de uma circunferência que
possui um comprimento aproximado de
62,8 metros?
1- Calcule o comprimento de uma
circunferência quando

a) o raio mede 5 cm: b) o raio mede 8 m:

3- Bruno dará 10 voltas ao redor de uma


praça circular cujo diâmetro mede 24 m.
c) o diâmetro mede d) o diâmetro mede
Quantos metros, aproximadamente, ele
14 mm: 30 m:
percorrerá?

154
4.° BIMESTRE ÁREA DO CÍRCULO
Para comemorar as Olimpíadas de 2016, no Brasil, a Casa da Moeda
https://www.casadamoeda.gov.br/portal

lançou, em 2012, a moeda de prata “ENTREGA DA BANDEIRA


OLÍMPICA”.
Essa moeda possui um diâmetro de 40 milímetros. Para conhecermos a
área de sua face, é necessário utilizarmos a seguinte fórmula:

A é a área do círculo;
 representa o irracional 3,14159... (usualmente consideramos  = 3,14);
A =  r² r é o raio do círculo.

Sendo o diâmetro da moeda de 40 milímetros, qual é a área de sua superfície (face)?


A = 3,14  20²
diâmetro = 40 mm
raio = 20 mm A =  r² A = 3,14 ∙ 400

A = 1 256
Resposta: A área da face da moeda é de, aproximadamente, 1 256 mm² (ou 12,56 cm²).

AGORA,
!!!
3- Esta figura mostra a imagem de satélite
É COM VOCÊ do furacão Katrina (28/08/2005). Sabendo-
se que um furacão como esse pode
1- Calcule a área de um círculo quando: chegar a 1 000 km de diâmetro, podemos
afirmar que a área total que ele abrange
a) o raio mede 6 m: será de quantos quilômetros quadrados?
(considere  = 3,14.)
https://tempojoaopessoa.jimdo.com

b) o raio mede 7 cm:

c) o diâmetro mede 15 m:
MATEMÁTICA – 9.° ANO

d) o diâmetro mede 30 cm: 4- Paulo quer colocar piso em uma sala de


formato circular com 12 metros de
diâmetro. Faça uma estimativa da
despesa de Paulo, sabendo-se que o
metro quadrado do piso custa R$ 32,50.
2- Qual o raio de um círculo que possui
área aproximada de 31 400 cm²?

155
JUROS 4.° BIMESTRE

Juro ou juros (termo mais usado) é o rendimento obtido por uma instituição
financeira quando empresta dinheiro por um determinado período. Os juros são
para o credor (aquele que tem algo a receber) um acréscimo referente ao período que o
capital esteve emprestado.
Por outro lado, quem faz um empréstimo em dinheiro ou faz uma compra a crédito,
geralmente, terá que pagar um acréscimo pela utilização do dinheiro ou pelo
parcelamento da totalidade do valor do produto ou do bem. A esse acréscimo também dá-
se o nome de juro. Existem dois tipos básicos de juros:

JURO SIMPLES JURO COMPOSTO

O juro é simples quando seu valor é Já o sistema de juro composto é calculado, ao fim
calculado tendo como base o valor de cada período, a partir da dívida total
inicial emprestado e o número de acumulada até o fim do período anterior, na qual
períodos do empréstimo sem a já há juros. Em outras palavras: os juros
incidência de juros sobre juros. compostos são os “juros sobre juros”.

Exemplo: Um investimento de R$ 1.000,00 foi aplicado por 3 meses,


a uma taxa de 10% ao mês.

Com juros simples. Com juros compostos.


Mês R$ 1.000,00 Mês R$ 1.000,00
1 1 000 + 1 000∙10% = 1 100 1 1 000 + 1 000∙10% = 1 100
2 1 100 + 1 000∙10% = 1 200 2 1 100 + 1 100∙10% = 1 210
3 1 200 + 1 000∙10% = 1 300 3 1 210 + 1 210∙10% = 1 331
Pagamento realizado após três meses Pagamento realizado após três meses.

AGORA,
É COM VOCÊ !!! Agora, responda:

1- As tabelas, apresentadas a seguir, a) Qual o valor, em reais, do juro mensal


MATEMÁTICA – 9.° ANO
apresentam os valores obtidos em na tabela 1?
função do tempo em que foram __________________________________
investidos R$ 2.000,00, a partir do mês
b) Qual o valor, em reais, do juro mensal
de março.
na tabela 2?
Tabela 1 Tabela 2
__________________________________
Valor Tempo Valor Tempo
(R$) (R$) c) Com base no que você observou,
2.000,00 Março 2.000,00 Março
complete as frases com as expressões
simples ou compostos:
2.200,00 Abril 2.200,00 Abril
Na tabela 1, incidem juros
2.400,00 Maio 2.420,00 Maio
_____________________.
2.600,00 Junho 2.662,00 Junho Na tabela 2, incidem juros
2.800,00 Julho 2.928,20 Julho ______________________.
156
4.° BIMESTRE

1- Qual das funções apresentadas a seguir é quadrática?

(A) 𝒚 = 𝒙³ – 3𝒙² + 5 (B) 𝒚 = 𝒙² + 7𝒙 – 1

(C) 𝒚 = 𝒙 – 3𝒙 + 5 (D) 𝒚 = – 4𝒙 + 9

2- A função definida por 𝒚 = a𝔁² + b𝓍 + c terá a concavidade voltada para cima se

(A) a = 0. (B) a for positivo.

(C) a for negativo. (D) a não for par.

3- A função definida por 𝒚 = 𝒙² – 6𝒙 + 8 tem, como zero(s),

(A) 6 e 8. (B) 5 e –5.

(C) 2 e 4. (D) 1 e 9.

4- O valor do coeficiente de x² é

(A) zero. (B) positivo.

(C) negativo. (D) irracional.

5- Dada a lei de correspondência entre números reais: 𝒚 = 𝒙² – 4𝒙 − 3, o valor de 𝒚


quando x = 0 é
MATEMÁTICA – 9.° ANO

(A) –3. (B) 0.

(C) 3. (D) 5.

6- Dada a função definida por f(𝔁) = 3𝔁 2 – 10𝔁 + 3, assinale a única opção


verdadeira:

(A) f(0)= –10.

(B) O gráfico é uma reta.

(C) O gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para cima.

(D) O gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para baixo.


157
4.° BIMESTRE

7- Na reta, apresentada a seguir, a letra que melhor representa a localização da 31 é:

(A) A. (B) B.

(C) C. (D) D.

8- A única sentença que representa uma função polinomial de 2.º grau é:

(A) 𝒚 = 2𝒙 – 7. (B) 𝒚 = 5𝒙² – 3𝒙 + 4.

(C) 𝒚 = 𝒙³ – 3𝒙 ² + 5𝒙. (D) 𝒚 = 2(3𝒙 – 4).

9- O lucro (𝒚), em reais, de uma pequena confecção é calculado através da função


dada por 𝒚 = 𝒙² – 15𝒙, sendo 𝒙 o número de peças produzidas. Se a confecção
produzir 40 peças de roupa, terá, de lucro,

(A) 800 reais. (B) 1 000 reais.

(C) 1 600 reais. (D) 2 400 reais.

10- A função polinomial de 2.º grau, definida por 𝒚 = – 𝒙² – 3𝒙 + 4, tem como zeros da
função:

MATEMÁTICA – 9.° ANO


(A) – 4 e 1. (B) – 4 e 3.

(C) 1 e 3. (D) 3.

11- A Professora Penha escreveu, no quadro, a seguinte lei de função:


f(𝒙) = 𝒙² – 16

Na construção do gráfico, o vértice ficou localizado pelo par ordenado:

(A) (8, 0). (B) (1, 6).

(C) (0, –16). (D) (– 3, 3).

158
4.° BIMESTRE

12- O gráfico que melhor representa a função definida por 𝒚 = 𝒙 ² – 1 é:

(A) (B)

(C) (D)

13- Para colocar piso em uma sala, de formato retangular, com 6 m de comprimento e
3,5 m de largura, serão necessários

(A) 30 m² de piso. (B) 21 m² de piso.

(C) 9,5 m² de piso. (D) 2,5 m² de piso.

14- O comprimento de uma circunferência com 10 cm de raio é, aproximadamente, em


cm,

(A) 3,14. (B) 13,14.


MATEMÁTICA – 9.° ANO

(C) 31,4. (D) 62,8.

15- A circunferência, apresentada a seguir, possui raio de 7,5 cm. Com essa
informação, podemos afirmar que o segmento AB mede, em cm,

(A) 7,5. (B) 15.

(C) 20. (D) 75.

16- Diego aplicou, na poupança, 7 mil reais a uma taxa de 2% ao mês, durante 10
meses. Quanto ele recebeu de juros simples ao final desses 10 meses?

(A) 14 reais. (B) 140 reais.

159 (C) 1 400 reais. (D) 14 000 reais.

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