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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SÚS)

Criado em 22 de setembro de 1988, Criação do SUS vem da Constituição de 88 ou seja em


1988 é que nós tivemos aqui a criação do Sistema Único de Saúde.

Regulamentação: - lei 8.080/1990(lei orgânica da saúde).

- lei 8142/1990 (controle social no sus).

Promoção e proteção dã sãúde


Existem diversas ações voltadas para a promoção e proteção da saúde, que são fundamentais
para a prevenção de doenças e a manutenção da qualidade de vida das pessoas.

A promoção da saúde se refere às ações que visam melhorar as condições de vida e


saúde da população, promovendo hábitos saudáveis e prevenindo doenças. O SUS oferece
diversas ações de promoção da saúde, como campanhas de vacinação, programas de
alimentação saudável, atividades físicas e de lazer, orientações sobre higiene e saneamento
básico, entre outras.

Já a proteção da saúde se refere às medidas de prevenção e controle de doenças e


agravos à saúde, como a realização de exames e testes diagnósticos, tratamento de doenças,
monitoramento epidemiológico, entre outras. O SUS oferece uma ampla rede de serviços de
saúde para garantir a proteção da saúde da população, que inclui desde a atenção primária à
saúde até os serviços de média e alta complexidade.

1. Atenção primária à saúde: a atenção primária é a porta de entrada do SUS e é


responsável pela realização de consultas médicas, exames e tratamentos
básicos, além de orientar a população sobre hábitos saudáveis e prevenção de
doenças.
2. Programas de vacinação: o SUS oferece uma ampla rede de vacinação gratuita
para prevenir doenças como a gripe, sarampo, rubéola, entre outras.
3. Serviços de diagnóstico e tratamento: o SUS oferece uma ampla rede de
serviços de diagnóstico e tratamento, que inclui desde exames de rotina até
cirurgias de alta complexidade.
4. Programas de prevenção e controle de doenças: o SUS oferece programas de
prevenção e controle de doenças como a dengue, zika, chikungunya,
tuberculose, HIV/AIDS, entre outras.
5. Serviços de saúde mental: o SUS oferece serviços de saúde mental para
prevenir e tratar doenças como a depressão, ansiedade, esquizofrenia, entre
outras.
6. Vigilância epidemiológica: o SUS realiza o monitoramento de doenças e
agravos à saúde para prevenir surtos e epidemias, além de orientar a
população sobre medidas de prevenção.
Politicã de vigilãnciã em sãúde
A Resolução n° 588, de 12 de julho de 2018, do Conselho Nacional de Saúde, estabelece a
Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa política tem como objetivo organizar e fortalecer a vigilância em saúde em todo o país,
visando prevenir, controlar e eliminar doenças e agravos à saúde da população brasileira.

A PNVS está baseada em três princípios fundamentais: integralidade, territorialidade


e intersetorialidade. A integralidade se refere à visão de que a vigilância em saúde deve
contemplar todas as dimensões do processo saúde-doença, considerando os aspectos
biológicos, psicológicos, sociais, ambientais e culturais. A territorialidade se refere à
necessidade de se considerar as particularidades de cada região do país, respeitando as
diferenças culturais, epidemiológicas e de recursos disponíveis. Já a intersetorialidade se
refere à necessidade de se estabelecer uma ação integrada entre as diversas áreas de governo
e sociedade civil para garantir a efetividade das ações de vigilância em saúde.

A PNVS estabelece as seguintes diretrizes para a implementação da política de vigilância em


saúde:

1. Fortalecimento da capacidade de gestão em vigilância em saúde: esta diretriz visa


fortalecer a capacidade dos gestores de saúde em todo o país para coordenar as ações
de vigilância em saúde.
2. Integração da vigilância em saúde com a atenção à saúde: esta diretriz visa integrar as
ações de vigilância em saúde com os serviços de atenção à saúde, visando a
prevenção, detecção e controle de doenças.
3. Ampliação do acesso à informação em saúde: esta diretriz visa ampliar o acesso da
população à informação em saúde, bem como o compartilhamento de informações
entre os profissionais de saúde.
4. Fortalecimento da participação social: esta diretriz visa garantir a participação da
sociedade civil na formulação e implementação das políticas de vigilância em saúde.
5. Promoção da equidade em saúde: esta diretriz visa garantir a equidade no acesso e na
qualidade dos serviços de vigilância em saúde, com atenção especial às populações
mais vulneráveis.
6. Promoção da saúde como estratégia para a vigilância em saúde: esta diretriz visa
promover ações de promoção da saúde como estratégia para prevenção de doenças e
agravos à saúde.
7. Fortalecimento da capacidade laboratorial e epidemiológica: esta diretriz visa
fortalecer a capacidade laboratorial e epidemiológica em todo o país, garantindo a
qualidade dos serviços e a detecção precoce de doenças.
Políticã Nãcionãl de Atenção Bãsicã
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é um conjunto de diretrizes, objetivos, metas e
estratégias que orientam as ações de saúde na atenção básica em todo o país. A PNAB é
regulamentada pela Portaria MS/SAS nº 2.436/2017, que tem como objetivo principal
fortalecer a atenção básica como porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde
(SUS), garantindo o acesso universal, equânime e de qualidade aos serviços de saúde.

A PNAB se baseia em três eixos fundamentais: acesso, acolhimento e vínculo. O eixo do acesso
tem como objetivo garantir a oferta de serviços de saúde de forma equitativa e resolutiva para
toda a população. O acolhimento, por sua vez, se refere à forma como as pessoas são
recebidas e atendidas pelos profissionais de saúde, garantindo um atendimento humanizado,
respeitoso e efetivo. Já o vínculo se refere à relação estabelecida entre os usuários e os
profissionais de saúde, garantindo um acompanhamento contínuo e personalizado da saúde
de cada indivíduo.

Entre as principais diretrizes da PNAB, destacam-se:

1. Ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF): A ESF é considerada a


principal estratégia de organização da atenção básica no país e tem como objetivo
garantir um atendimento integral, resolutivo e de qualidade à população. A PNAB
estabelece a meta de ampliar a cobertura da ESF para 65% da população brasileira.
2. Fortalecimento da atenção básica como porta de entrada preferencial do SUS: A PNAB
reconhece a importância da atenção básica como a porta de entrada preferencial do
SUS, garantindo o acesso da população a serviços de saúde de qualidade e resolutivos.
3. Organização da atenção básica em redes de cuidado: A PNAB estabelece a necessidade
de organização da atenção básica em redes de cuidado, integrando os serviços de
saúde em diferentes níveis de complexidade e garantindo uma atenção integral e
contínua aos usuários.
4. Fortalecimento da participação social: A PNAB reconhece a importância da
participação da sociedade civil na formulação, implementação e avaliação das políticas
de saúde, garantindo a transparência, o controle social e a democratização da gestão
pública.
5. Promoção da saúde e prevenção de doenças: A PNAB reconhece a importância da
promoção da saúde e prevenção de doenças como estratégias fundamentais para a
atenção básica, visando reduzir a incidência de doenças e agravos à saúde.
6. Qualificação dos profissionais de saúde: A PNAB estabelece a necessidade de
qualificação dos profissionais de saúde que atuam na atenção básica, garantindo uma
assistência de qualidade e resolutiva à população.

Essas diretrizes são fundamentais para a organização da atenção básica em todo o país,
garantindo o acesso universal, equânime e de qualidade aos serviços de saúde. Cabe aos
gestores de saúde em todo o país implementar a PNAB de forma efetiva, garantindo o
fortalecimento da atenção básica como porta de entrada.
O Controle Sociãl e Fúndos de sãúde
O Controle Social e os Fundos de Saúde são instrumentos importantes de gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS) no Brasil, e são previstos pela Lei nº 8.142/1990.

O Controle Social é o conjunto de mecanismos e instâncias que permitem à sociedade


participar da formulação, implementação, avaliação e fiscalização das políticas de saúde. É um
processo democrático e participativo que envolve a população na gestão do SUS, garantindo a
transparência, a efetividade e a qualidade dos serviços de saúde prestados à população.

As principais instâncias de Controle Social previstas pela Lei nº 8.142/1990 são:

1. Conferências de Saúde: realizadas a cada quatro anos, as conferências de saúde são


espaços de discussão e deliberação sobre as políticas de saúde, com a participação de
representantes do governo e da sociedade civil.
2. Conselhos de Saúde: são órgãos colegiados de caráter deliberativo e consultivo,
compostos por representantes do governo e da sociedade civil. Os conselhos têm a
função de fiscalizar a implementação das políticas de saúde, participar da elaboração
do plano de saúde e das diretrizes orçamentárias, e acompanhar a execução do
orçamento da saúde.
3. Ouvidorias de Saúde: são instâncias de recepção, análise e encaminhamento de
denúncias, reclamações, sugestões e elogios sobre os serviços de saúde, com o
objetivo de garantir a participação e o controle social na gestão do SUS.
4. Os Fundos de Saúde, por sua vez, são instrumentos financeiros que têm como objetivo
garantir recursos para o financiamento das ações e serviços de saúde. Os fundos são
compostos por receitas oriundas de diferentes fontes, como o orçamento da União,
dos estados e dos municípios, além de outras fontes como doações, convênios, entre
outras.
5. Os Fundos de Saúde são geridos por um Conselho de Saúde, que é responsável por
decidir sobre a aplicação dos recursos, em conformidade com as políticas e diretrizes
definidas pelo SUS. A gestão do Fundo de Saúde é realizada de forma transparente e
participativa, com a realização de audiências públicas e a divulgação das informações
sobre a execução orçamentária.

Em resumo, a Lei nº 8.142/1990 estabelece a importância do Controle Social e dos Fundos de


Saúde como instrumentos fundamentais para a gestão do SUS, garantindo a participação da
sociedade na formulação e implementação das políticas de saúde, bem como a destinação de
recursos para o financiamento das ações e serviços de saúde.
O Decreto Presidenciãl
O Decreto Presidencial nº 7.508/2011 regulamenta a Lei nº 8.080/1990, que dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, estabelecendo as
diretrizes para a organização do SUS em todo o país.

O principal objetivo do Decreto é promover a regionalização da saúde no país, com a criação


de regiões de saúde articuladas entre si e com as demais políticas públicas, visando garantir o
acesso universal, integral e equânime às ações e serviços de saúde.

Para isso, o Decreto estabelece algumas diretrizes, como:

1. Regionalização da saúde: o SUS deve ser organizado em regiões de saúde, que devem
ser articuladas entre si e com as demais políticas públicas, com o objetivo de garantir a
integralidade da assistência à saúde.
2. Planejamento integrado: os planos de saúde devem ser elaborados de forma integrada
entre as esferas federal, estadual e municipal, com a participação da sociedade civil e
dos trabalhadores da saúde.
3. Regulação: o SUS deve contar com mecanismos de regulação, controle e avaliação da
oferta, produção, distribuição e utilização de serviços de saúde, com o objetivo de
garantir a efetividade e a qualidade da assistência.
4. Participação e Controle Social: a participação da sociedade na gestão do SUS deve ser
assegurada, com a criação de conselhos de saúde, conferências de saúde e ouvidorias
de saúde.
5. Financiamento: o SUS deve contar com recursos financeiros adequados e suficientes,
com a criação de Fundos de Saúde e a alocação de recursos orçamentários de acordo
com as necessidades de cada região de saúde.
6. Além disso, o Decreto estabelece a necessidade de instituir os Colegiados de Gestão
Regional, compostos por representantes das três esferas de governo e da sociedade
civil, responsáveis por elaborar o Plano de Ação Regional e o Plano de Ação da Rede de
Atenção à Saúde, além de acompanhar a execução das políticas de saúde na região.

Em resumo, o Decreto Presidencial nº 7.508/2011 é um instrumento fundamental para a


organização do SUS em todo o país, estabelecendo diretrizes para a regionalização da saúde, o
planejamento integrado, a regulação, a participação e controle social, e o financiamento
adequado e suficiente para a garantia do acesso universal, integral e equânime às ações e
serviços de saúde.

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