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Programas de Assistência

à Saúde no SUS
Programas de Assistência à Saúde
no SUS
 O Sistema Único de Saúde do Brasil foi criado em 1988 com a
promulgação da Constituição. O SUS tem como objetivo oferecer à
toda população brasileira acesso universal, integral e gratuito aos
serviços de saúde.
 Além dos procedimentos médicos como consultas, exames, cirurgias e
internações, o sistema é responsável também pelas campanhas de
vacinação e gerenciamento dos programas de doação de órgãos e
medula óssea. Neste conteúdo selecionamos alguns programas do
SUS para que você possa conhecer melhor.
Estratégia Saúde da Família - ESF

 Foi criada em 1994: porta de entrada no Sistema Único de Saúde.


 Não era uma estratégia, mas sim um “programa”,
 Devido ao seu impacto positivo, teve sua abrangência aumentada, bem
como caráter estendido ao nível de estratégia a partir do ano de 2003.
 Hoje, a ESF é baseada na proximidade das equipes médicas com a
família e a comunidade: entender melhor a sua realidade e também
contribui para que haja maior adesão aos tratamentos.
 Conhecer a comunidade é fundamental nessa estratégia pois
cada cidade, região ou bairro tem características específicas e portanto,
necessidades diferentes no que diz respeito à saúde.
Estratégia Saúde da Família - ESF

 A Equipe de Saúde da Família está ligada à Unidade Básica de Saúde e é


composta por:
 Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de
família e comunidade;
 Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou
técnico de enfermagem;
 Agentes comunitários de saúde;
 Cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família e
auxiliar ou técnico em saúde bucal (opcional).
Estratégia Saúde da Família - ESF

 Cabe a essas equipes, além dos atendimentos nas Unidades Básicas de


Saúde: entender a realidade das famílias, os riscos aos quais a população
está exposta e problemas de saúde mais comuns; promover na
comunidade discussões relacionadas à cidadania e direitos de saúde
e incentivar a participação da comunidade nos conselhos locais e
no Conselho Municipal de Saúde.
 Complemente seus conhecimentos sobre a Estratégia Saúde da Família
com este vídeo feito em parceria com o Paulo Sérgio, especialista em
saúde pública:
 https://youtu.be/O0mcrKAlHdA
Programa Nacional de Imunização
Programa Nacional de Imunização

 É um caso de sucesso reconhecido internacionalmente.


 Doenças Erradicadas: varíola e a poliomielite. Somado a isso, foram
reduzidos casos de morte por sarampo, rubéola, tétano, difteria e
coqueluche.
 Oferece gratuitamente todas as vacinas recomendadas pela OMS: como
um de seus princípios a inclusão social.
 Campanhas: conforme calendário de imunização, situação
epidemiológica e diferem para cada etapa da vida. Também, há vacinas
específicas para gestantes, povos indígenas e pessoas que tem como
destino de viagem lugares onde há risco de alguma doença.
Programa Farmácia Popular do Brasil

 Esse programa foi criado em 2004 com o objetivo de fornecer à


população medicamentos considerados essenciais e hoje funciona com
farmácias comerciais que se credenciam ao programa. Os medicamentos
oferecidos gratuitamente são para as seguintes doenças:
 hipertensão;
 diabetes;
 asma.
Programa Farmácia Popular do Brasil

 Para outros remédios são oferecidos descontos. É o caso do colesterol alto,


rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma. Também há a possibilidade de
copagamento para anticoncepcionais e fraldas geriátricas.
 Além dos remédios que são disponibilizados pelo Programa Farmácia
Popular, há diversos outros medicamentos oferecidos pelo SUS em suas
unidades de atendimento, que podem sofrer alguma variação de
município para município. Atualmente são quase 900
remédios fornecidos sem custo pelo SUS e que estão descritos na Relação
Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME.
Prevenção e Controle HIV/AIDS

 Referência mundial no controle dessa epidemia e desde 1996


distribui gratuitamente os antirretrovirais (ARV) à população.
 OMS tem como meta acabar com a doença até 2030. O Brasil já
executa diversas medidas para alcançar essa meta, como campanhas
de prevenção e uso de preservativos associados aos tratamentos
universais.
Prevenção e Controle HIV/AIDS

 Duas formas de prevenção importantes relacionadas à AIDS:


 PrEP – Profilaxia Pré-Exposição: Essa iniciativa utiliza medicamentos antirretrovirais para
a prevenção em pessoas não infectadas pelo vírus, mas pertencentes a grupos de risco,
como por exemplo, gays, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas
transsexuais, trabalhadores(as) do sexo e casais sorodiferentes (quando um deles está
infectado, mas o outro não).
 PEP – Profilaxia Pós-Exposição: Essa medida tem como objetivo prevenir a infecção pelo
HIV após exposição ao risco (até 72h) após de contato com o vírus, como em casos
de violência sexual, relações sexuais desprotegidas e em casos de acidentes com
instrumentos perfurocortantes ou contato com material biológico. A PEP também é
oferecida gratuitamente pelo SUS.
Sistema Nacional de Doação de
Órgãos
 Maior programa público de transplante de órgãos no mundo. Cerca de 87% de
todos os transplantes no país são feitos pelo SUS, exclusivamente com recursos
públicos.
 Doadores vivos ou falecidos. Os receptores estão organizados em lista única
na Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e
pelo Sistema Nacional de Transplantes.
 Os principais órgãos que podem ser doados são: coração, fígado, pâncreas,
pulmão, rim, córnea e tecidos. O tempo de conservação extracorpórea varia
de 4 a 48 horas.
 Apesar de existir um número grande de doadores de órgãos no Brasil, a fila de
espera para transplante ainda é longa, mas essa situação pode ser revertida
com campanhas de conscientização, tanto da população, quanto de equipes
médicas, bombeiros e policiais.
Registro Nacional de Doadores de
Medula Óssea (REDOME)
 Criado em 1993 e é o 3ª maior do mundo, ficando atrás apenas dos Estados
Unidos e da Alemanha. O banco brasileiro, entretanto, é o maior do mundo
financiado com recursos exclusivamente públicos.
 REDOME procura em sua base de dados por doadores compatíveis e entra em
contato para confirmar interesse e disponibilidade. Caso o doador confirme
interesse é dado início aos procedimentos para a realização do transplante.
 O banco de doadores do Brasil está articulado com bancos internacionais e
atualmente as chances de um paciente conseguir a doação de medula é de
64%. Para ser um doador de medula óssea basta comparecer a um
Hemocentro e realizar o cadastro. Que tal se tornar um doador?
Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS)
 A RAPS é um modelo de atenção em saúde social a pessoas que
possuem transtornos mentais e ou sofrimentos decorrentes do uso de
álcool e drogas. A rede funciona a partir do acesso e promoção dos
direitos baseados na convivência dessas pessoas em sociedade. O
atendimento pode ser realizado a partir das UBS ou diretamente nos
CAPS.
 Os CAPS são locais de atenção diária e substituem o modelo de asilo
e recolhimento, valorizando a inserção social dessas pessoas por meio
do trabalho, do lazer e do fortalecimento de laços com a
comunidade e com a família.
Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência - SAMU
 Criado em 2003 como parte da Política Nacional de Atenção a Urgências.
É um atendimento pré-hospitalar que tem como objetivo levar às vítimas
em situações de urgência ou emergência atenção médica necessária da
maneira mais rápida possível, evitando sofrimento, sequelas, ou até
mesmo a morte.
 O serviço realiza atendimentos em qualquer lugar, 24 horas por dia e é
composto por uma equipe capacitada para os atendimentos. Atualmente
o SAMU atende 75% da população brasileira e conta com 2.965 unidades
móveis de atendimento.
Politicas de Atenção a Saúde
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH
 Contextualização da implantação do SUS
 Conhecer o processo de construção do sistema único de saúde é
fundamental para compreender a PNAISH, vamos relembrar alguns
marcos?
 A pactuação e implantação do SUS ocorreu em meio a um cenário de
precárias condições da atenção à saúde no país.
 Objetivo: melhorar a qualidade dos serviços de saúde, adotando-se um
novo modelo de atenção, com base nos mesmos princípios organizativos,
em todo o território nacional.
 Nesse contexto, a responsabilidade de garantia à saúde, em todo o país,
passou a ser das três esferas de governo – União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH
 No Brasil, a Lei nº 8.080/1990 e sua complementação, a Lei nº 8.142/1990,
constituem as leis decisivas para promover a transformação no sistema de
saúde em todas as instâncias governamentais e sociais. São consideradas
as mais importantes do campo da saúde no Brasil contemporâneo.

 A promulgação dessas leis lançou um grande desafio, a garantia de


acesso à saúde para todas as pessoas (universalização), além de ser um
dos objetivos centrais. Veja na linha do tempo, acontecimentos
importantes que auxiliaram na construção do sistema de saúde brasileiro.
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH
 https://youtu.be/Qc-rbT0goBE
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH

 Relembrar a construção do sistema de saúde é um processo muito


importante para a compreensão do cenário atual da saúde no Brasil.
Agora que você observou os marcos históricos, recordaremos os princípios
doutrinários que estabelecem os pilares para o SUS.
 Para tanto, procure relacionar o princípio do SUS e a sua definição nos
quadros abaixo:
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH
Politica Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem - PNAISH
Política Nacional da Atenção
Básica - PNAB
 A PNAB caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde
individuais e coletivas, de promoção, proteção, reabilitação
e manutenção da saúde. Essas ações devem ser
desenvolvidas de maneira descentralizada e o mais próximo
possível das pessoas, tendo a Estratégia Saúde da Família
(ESF) como organizadora do modelo de atenção (BRASIL,
2011).
 A PNAB trata, entre outros, dos seguintes temas:
Política Nacional da Atenção
Básica - PNAB
 A PNAB trata, entre outros, dos seguintes temas:
Política Nacional da Atenção
Básica - PNAB
A PNAB, instrui sobre as funções da rede de atenção à saúde (RAS), definida, conforme
normatização vigente do SUS (Portaria GM/MS nº 4.279/10), como estratégia para um
cuidado integral e direcionado às necessidades de saúde da população.
Política Nacional da Atenção
Básica - PNAB
 Outro ponto fundamental da PNAB refere-se à consolidação dos Núcleos
de Apoio à Saúde da Família (NASF).
 Esses núcleos são constituídos por equipes compostas por profissionais de
diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira
integrada e apoiar os profissionais das equipes de Saúde da Família e das
equipes de AB que atendem populações específicas (consultórios na rua,
equipes ribeirinhas e fluviais e Academia da Saúde, por exemplo)
Política Nacional da Atenção
Básica - PNAB
A porta de entrada para os
homens no SUS
 AB: porta de entrada preferencial, mas para os homens, é necessário o
envolvimento das três esferas do governo.
 De acordo com as diretrizes da PNAISH, baseadas na integralidade,
factibilidade, coerência e viabilidade, a implementação da política está
diretamente relacionada aos três níveis de gestão e do controle social, a
quem se condiciona o comprometimento e a possibilidade da execução
dos objetivos propostos (BRASIL, 2009).
 A própria Política, por meio de suas diretrizes, sugere como pode ser
estruturada essa forma de adequar o atendimento a algumas das
demandas dos homens (BRASIL, 2009).
A porta de entrada para os
homens no SUS
A porta de entrada para os
homens no SUS
 Nesta direção, e de forma inequívoca, a PNAISH tem investido fortemente
nos profissionais e homens, mas segundo Schwarz e Machado (2012),
 o grande desafio da PNAISH: atender a necessidades individuais e
coletivas das diversas populações masculinas, a partir de práticas
democráticas e participativas nos três níveis de gestão – federal, estadual
e municipal, visibilizando e integrando as especificidades das necessidades
das populações masculinas na lógica dos serviços oferecidos, conforme a
atenção básica lhe garante e a RAS preconiza.
A porta de entrada para os
homens no SUS
 Desta forma, fica estabelecida a necessidade de estruturar os serviços de
saúde, principalmente a ESF, a fim de atender a saúde do homem em sua
integralidade.
 A ausência ou a invisibilidade dos homens nos serviços de saúde sinaliza a
inadequação entre as necessidades e/ou expectativas de saúde dos
homens e a falta de conhecimento específico por parte das equipes de
saúde sobre as peculiaridades deste segmento, a estrutura e
funcionamento dos serviços de saúde, particularmente na AB à saúde.
 Não se trata, contudo, de responsabilizar os homens ou os serviços de
saúde, mas de considerar a complexa relação que se estabelece entre
ambos, tomando as particularidades de um e de outro (KNAUT et al., 2012).
A porta de entrada para os
homens no SUS
População masculina em seus
diversos contextos socioculturais
 Historicamente, o senso comum considera os homens como o sexo forte.
Desde pequenos, os meninos são educados, entre outras coisas, para
serem competitivos, corajosos, destemidos, poderosos, violentos,
invulneráveis, provedores e protetores, sendo também treinados para
suportar, sem chorar, suas dores físicas e emocionais (WHO, 2000).
 Bento (2015) conta em seu livro a história de alguns homens, veja em uma
das falas como as características descritas anteriormente se expressam na
vida de João
População masculina em seus
diversos contextos socioculturais
“Eu choro, eu choro. Agora, eu fui criado pela máxima de que
homem não chora, mas eu aprendi o quanto que é bom
chorar: “vou chorar”. Aliás, você já vê por aí algumas coisas,
até mesmo públicas, o homem chorando, artistas de televisão
e tal. A geração dos meus pais e a comunidade onde eu fui
criado é muito machista. Eu fui criado na periferia do Rio de
Janeiro, num bairro chamado Cordovil, na Baixada Fluminense,
perto de Caxias, e a lei ali é a lei do mais forte. Todos esses
preconceitos machistas fizeram parte da minha educação [...].
Hoje eu choro com um pouco mais de facilidade, sem
bloqueio e sem vergonha, até porque muitas vezes a gente
não solta a emoção exatamente pelos condicionamentos de
que homem não chora, é macho. Meu pai falava muito isso. Eu
hoje não tenho mais isso, se tiver que chorar vou chorar
mesmo, não tô preocupado (João). (BENTO, 2015, p. 114).
População masculina em seus
diversos contextos socioculturais
Os homens são geralmente educados para responder às
expectativas sociais de modo proativo, em que o risco não é
algo a ser evitado, mas sim superado. Nessa condição, a
noção de autocuidado dá lugar a um estilo de vida
autodestrutivo e, em diversos sentidos, vulnerável (INSTITUTO
PAPAI; RHEG, 2009).
Desta forma, pode ocorrer a exclusão da expressão genuína
do cuidado, da sensibilidade e do afeto na vida destes
homens, dificultando o autocuidado com a saúde e o acesso
deles aos serviços da AB.
População masculina em seus
diversos contextos socioculturais
 Para contribuir com o desafio da saúde do homem, a PNAISH reconhece a
necessidade de identificar os elementos psicossociais que acarretam as
principais vulnerabilidades e fatores de morbimortalidade, como uma
estratégia de enfrentamento dessa questão (BRASIL, 2009).
 A principal estratégia para lidar com esse desafio consiste em incluir os
homens, com suas especificidades em saúde, no planejamento das ações
de saúde e de outras políticas transversais (Segurança Pública, Transporte,
Trabalho e Desenvolvimento Social etc), buscando melhorar os indicadores
sociais e de saúde e assegurar melhor qualidade de vida para essa
população.
 Procure refletir:
População masculina em seus
diversos contextos socioculturais
 Procure refletir:
Quais são os contextos e as situações de saúde,
econômicas e sociais na sua localidade que colocam os
homens em situações vulneráveis?
População masculina em seus
diversos contextos socioculturais
 Cartazes divulgados pelo Ministério da Saúde. Não importa o tipo de
homem, o importante é que ele se cuide!
Principais Elementos da PNAISH

 A partir da década de 1970 o tema saúde do homem veio à tona com os


primeiros debates em torno da relação entre o modelo de masculinidade
hegemônica na sociedade e os agravos à saúde do homem (GOMES;
NASCIMENTO, 2006). Confira na linha do tempo alguns eventos importantes
para a saúde do homem.
 1970
Houve campanhas contra o alcoolismo e as chamadas “doenças
venéreas”, destinadas a espaços de socialização masculina, como bares e
bordéis.
Principais Elementos da PNAISH

 1990
A saúde do homem tornou-se pauta internacional em dois acordos: em
1994, a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento
(Cairo, Egito); em 1995, a IV Conferência Mundial sobre a Mulher (Pequim,
China).
 2007
A saúde do homem como política pública passou a ter visibilidade no Brasil
quando uma das metas prioritárias foi a implantação de uma “política
nacional para assistência à saúde do homem” no âmbito do SUS. O
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), da
Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), do Ministério da Saúde (MS), cria e
estrutura a Área Técnica de Saúde do Homem (ATSH).
Principais Elementos da PNAISH

 2009
Instituída a PNAISH no âmbito do SUS (Portaria nº 1.944, de 27 de agosto de
2009).
2013

A Área Técnica de Saúde do Homem (ATSH) passou a ser denominada
Coordenação Nacional de Saúde dos Homens (CNSH).
Principais Elementos da PNAISH

 Os acordos das conferências internacionais apontaram a necessidade de


incluir os homens e suas especificidades nas políticas de saúde. Neles
discutiu-se a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos, sob uma
perspectiva de promoção da igualdade de gênero, reconhecendo-se que
as relações de poder entre homens e mulheres são desiguais.
 Ainda, foram lançadas as bases para o consenso internacional de que
melhores indicadores sociais e de saúde das mulheres e crianças podem
ser alcançados se os homens estiverem envolvidos na esfera do cuidado
(LEAL; FIGUEIREDO; NOGUEIRA-DA-SILVA, 2012).
Principais Elementos da PNAISH

 Com a publicação da PNAISH, o Brasil


tornou-se o primeiro país das Américas
com uma política destinada à saúde
dos homens – e o segundo no mundo,
após a Irlanda ter formulado a sua
própria política, em 2008.
A PNAISH: PRINCÍPIOS

 A PNAISH está voltada, principalmente, para a atenção à saúde dos


homens na faixa etária entre 25 a 59 anos, que em 2009 correspondia a 41%
desta população no Brasil. A partir da Constituição de 1988, e da PNAISH,
reconhece-se a saúde enquanto dever do Estado e um direito social
básico, incluindo a saúde do homem.
 Neste sentido, a PNAISH afirma princípios consonantes aos do SUS
relacionados, por exemplo, à “humanização, qualidade de vida e
promoção da integralidade do cuidado na população masculina
promovendo o reconhecimento e respeito à ética e aos direitos do homem,
obedecendo às suas peculiaridades socioculturais” (BRASIL, 2009).
A PNAISH: PRINCÍPIOS
 Para que seja possível cumprir os princípios da PNAISH, consideram-se oito
elementos principais, observe com atenção (BRASIL, 2009, p. 48):
A PNAISH: PRINCÍPIOS
 Para que seja possível cumprir os princípios da PNAISH, consideram-se oito
elementos principais, observe com atenção (BRASIL, 2009, p. 48):
A PNAISH: Objetivos
 A PNAISH traz como objetivo principal:
 facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculina às
ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, mediante
a atuação nos aspectos socioculturais, sob a perspectiva de gênero,
contribuindo de modo efetivo para a redução da morbidade, da
mortalidade e a melhoria das condições de saúde (BRASIL, 2009, p. 53).
A PNAISH: Objetivos
 Além desse, a Política também apresenta três objetivos específicos, são eles
(BRASIL, 2009, p. 53 e 54).
 Organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo território brasileiro, a
atenção integral a saúde do homem, dentro dos princípios que regem o
Sistema Único de Saúde.
 Estimular a implantação e implementação da assistência em saúde sexual e
reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde.
 Ampliar, através da educação, o acesso dos homens às informações sobre
as medidas preventivas contra os agravos e enfermidades que os atingem.
 Esses objetivos se dividem em três grandes grupos e trabalham de maneira
a garantir a integralidade da atenção por meio da perspectiva de linhas de
cuidado, abrangendo os diferentes níveis de atenção em saúde (BRASIL,
2009, p. 53 e 54).
EIXOS CENTRAIS E DIRETRIZES
PNAISH
 Em uma política de saúde, as diretrizes funcionam como orientações e/ou
guias que devem reger a elaboração dos planos, programas, projetos e
atividades. A construção das diretrizes da PNAISH, norteadas pela
humanização e qualidade da assistência, foram elaboradas considerando
quatro elementos:
EIXOS CENTRAIS E DIRETRIZES
PNAISH
EIXOS CENTRAIS E DIRETRIZES
PNAISH
 As diretrizes foram construídas destacando-se um conjunto de ações com
foco em promoção, prevenção, assistência e recuperação, nos diferentes
níveis de atenção à saúde, priorizando a AB, integrando governo e
sociedade civil.
A mudança na atenção à saúde
através da PNAISH
 A avaliação da PNAISH tem como finalidade verificar sua efetividade por
meio do cumprimento dos princípios e diretrizes da Política. Em outras
palavras, significa verificar o seu resultado sobre a saúde dos indivíduos e,
consequentemente, sobre a qualidade de vida da população masculina
(BRASIL, 2009).
 Desta forma, para que possamos compreender como a PNAISH chega
aos serviços da AB no SUS e quais são os desafios de promover as
mudanças necessárias, selecionamos dois artigos que fazem parte de dois
estudos maiores intitulados:
A mudança na atenção à saúde
através da PNAISH

 O percurso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens


(PNAISH), desde a sua formulação até sua implementação nos serviços
públicos locais de atenção à saúde.
 https://www.scielo.br/pdf/csc/v17n10/10
A mudança na atenção à saúde
através da PNAISH
 Para a coleta de dados, foram selecionados cinco localidades, uma em cada
macrorregião do país, que se constituíram em Projetos-Piloto para implantação da
PNAISH: Goiânia (GO), Joinville (SC), Petrolina (PE), Rio Branco (AC) e Rio de Janeiro (RJ).
 A porcentagem dos serviços de AB que incorporaram as diretrizes de atenção da PNAISH
na lógica da AB variou de 18,8% em Rio Branco, 30,6% em Goiânia e 100,0% em Joinville.
Embora tenham sido instruídas a utilizar as diretrizes, Petrolina e Rio de Janeiro não tinham
informação sobre este dado (MOURA; LIMA; URDANETA, 2012).
 Dentre as queixas sobre a implantação da PNAISH destaca-se a ausência de diretrizes de
atenção, ou seja sem mecanismos de como efetuá-la na prática (LEAL; FIGUEIREDO;
NOGUEIRA-DA-SILVA, 2012).
 Em concordância com a política, na atenção à saúde do homem devemos priorizar a
AB. Evidencia-se que esse nível de atenção apresenta-se ainda como um cenário ideal,
apesar de ter que avançar para que efetivamente sejam desenvolvidas as ações
preconizadas pela política.
Estratégias de atuação da Atenção
Básica para a efetivação da PNAISH
 Reconhecimento social da população masculina no território
 Sabe-se que a procura dos homens pelos serviços de saúde é reduzida em relação à
procura das mulheres, e que eles apresentam menor índice de adesão às propostas
terapêuticas, à prevenção e à promoção da saúde.
 Este panorama evidencia que muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens
frequentassem com mais regularidade os serviços de AB.
 A partir deste contexto, é necessário e possível traçar estratégias para fortalecer e
qualificar a AB de forma a tornar os serviços mais amigáveis, promovendo maior e melhor
acesso e acolhimento dos homens nos territórios de saúde, resguardando a integralidade
das ações dos serviços de saúde, a equidade, a longitudinalidade da assistência e a
coordenação do cuidado.
Estratégias de atuação da Atenção
Básica para a efetivação da PNAISH
 Reconhecimento social da população masculina no território
 A partir deste contexto, é necessário e possível traçar estratégias para
fortalecer e qualificar a AB de forma a tornar os serviços mais amigáveis,
promovendo maior e melhor acesso e acolhimento dos homens nos
territórios de saúde, resguardando a integralidade das ações dos serviços
de saúde, a equidade, a longitudinalidade da assistência e a
coordenação do cuidado.
 A maneira como os homens foram preparados, desde a infância até a
vida adulta, para o desempenho das masculinidades – hábitos, valores e
crenças sobre o que é ser homem – representa uma barreira cultural
importante para a prevenção e a promoção da saúde.
Estratégias de atuação da Atenção
Básica para a efetivação da PNAISH
 Reconhecimento social da população masculina no território
 Para favorecer a aproximação masculina das práticas de cuidado, as equipes de saúde
precisam reconhecer as necessidades e as demandas em saúde específicas deste
grupo.
 Observe ao lado o que a inclusão dos homens na atenção à saúde requer.
 ESFORÇOS permanentes de todos os envolvidos na rede SUS no combate à discriminação
e ao preconceito contra as diversidades sexual, de gênero, étnico-racial e a grupos em
situação de vulnerabilidade pela segregação socioeconômica.
 INVESTIMENTOS na operacionalidade do SUS – procedimentos laboratoriais, cirúrgicos,
organização dos serviços, pensamento clínico e perspectiva médica – e investimentos
em serviços aptos a responderem aos desafios sociais e culturais.
Estratégias de atuação da Atenção
Básica para a efetivação da PNAISH
 Reconhecimento social da população masculina no território
 Para conhecer as necessidades em saúde dos homens de todas as matrizes e colocar em
ação o princípio da equidade, é necessário que os profissionais considerem a maneira
com que cada usuário lida com a saúde. Conheça alguns questionamentos que
permearão nossas discussões nesta unidade, e procure refletir conforme o seu cotidiano
profissional.
 Quais fatores afastam os homens dos serviços de saúde, e como as
masculinidades têm influência sobre esse cuidado?
Estratégias de atuação da Atenção
Básica para a efetivação da PNAISH
 Importante refletir sobre seu papel como profissional de saúde, diante dos desafios da
atenção à saúde do homem. Antes, precisamos definir alguns conceitos importantes para
abordar a saúde dos homens sob a ótica de gênero, estabelecendo, assim, referenciais
comuns (CONNELL; MESSERSCHMIDT, 2013).
Estratégias de atuação da Atenção
Básica para a efetivação da PNAISH
Conceitos Importantes!

 Retomando o conceito de masculinidades hegemônicas, há desafios – tais como


protestos de movimentos sociais pela diversidade sexual e de gênero, das
feministas, dos grupos étnicos marginalizados, das mulheres que se apropriam de
aspectos das masculinidades hegemônicas no campo profissional – que remetem
ao dinamismo e à complexidade das relações de gênero.
 Tratamos aqui, sobre o significado do termo masculinidades, seu uso está
diretamente relacionado ao campo da saúde, e busca atender aos propósitos de:
 apontar barreiras no acesso dos homens aos serviços de
saúde;
 qualificar o acolhimento a partir da reflexão crítica sobre a ideia dominante do
que é ser homem.
Estratégias de acesso e adesão ao
serviço de saúde
 As práticas em saúde dizem respeito à vivência cotidiana do usuário. Ao
profissional cabe articular as dimensões técnica e instrumental (uso de
protocolos de atendimento, aplicação de condutas, manejo de
medicamentos) com o propósito de enfatizar a importância dos hábitos e
da qualidade de vida na manutenção da saúde. Os homens, quando
orientados pelo padrão de masculinidades dominante, têm dificuldade de
expressar sentimentos e necessidades no que diz respeito a cuidados.
Alguns homens não reconhecem, de fato, o que precisam em relação à
saúde, não encontrando, assim, formas de traduzir necessidades em
demandas. Apenas quando os problemas agravam é que elas são
identificadas (SCHRAIBER et al., 2010).
ESTRATÉGIAS DE INCENTIVO AO
USUÁRIO
 Ações de controle social, fórum no qual podem assumir o direito, em
alguma medida, ao protagonismo pela realidade dos serviços. O recurso
da participação social é um grande avanço propiciado pelo SUS e
também pode ser considerado uma prática de cuidado.
 nvestir na educação das crianças. As meninas, por exemplo, costumam ser
incentivadas a brincar de boneca e casinha, ensaiando o papel de
cuidadora. Tais brincadeiras dificilmente são oferecidas aos meninos e, em
casos mais extremos, são repreendidos quando expressam desejo de
participar. Se, no decorrer da vida, o cuidado não for estimulado, irá
permanecer como atribuição das mulheres – primeiro das mães e,
posteriormente, das parceiras (VALDÉS; OLAVARRÍA, 1998).
ESTRATÉGIAS DE INCENTIVO AO
USUÁRIO
 É interessante observar o que o profissional de saúde representa para o
usuário – se ele o vê como autoridade com a qual pode ou não debater
sobre saúde; se tem medo ou vergonha; se oferece resistência, opondo-se
sistematicamente às prescrições. Estas observações podem ajudar a
reverter problemas de relacionamento entre o usuário e o profissional,
quando houver.
 Alguns homens consideram certos assuntos inapropriados para serem
abordados em presença de mulheres ou têm receio de expor situações nas
quais se sintam desvalorizados. Quando isto acontecer, o usuário não deve
ser pessoalmente exposto, mas o assunto pode ser tratado como uma
questão coletiva e discutido em um grupo.
ESTRATÉGIAS DE INCENTIVO AO
USUÁRIO
 Quando se consolidam ações de inclusão dos homens no cuidado em
saúde, as vulnerabilidades e as necessidades podem ser reconhecidas
pelos profissionais, favorecendo respostas efetivas para as demandas e
dando visibilidade para outros fatores de adoecimento, além dos
exclusivamente biomédicos, tais como questões de ordem afetiva, familiar,
socioeconômica, entre outros.
 A partir destas premissas, a resolutividade das questões pode ser mais
efetiva, facilitando a construção de projetos terapêuticos que superem as
barreiras existentes entre os homens e a promoção da equidade de gênero
em saúde.
 Veja como estão representadas algumas potencialidades na AB para
incorporação da população masculina.
ESTRATÉGIAS DE INCENTIVO AO
USUÁRIO
 Além das potencialidades que você acabou de ver, destacamos a
comunicação efetiva resultante do encontro entre profissional e usuário, a qual
acarreta diversos benefícios. Do ponto de vista clínico, a comunicação favorece
a prática de cuidados e o êxito do tratamento, traz subsídios para novas ideias e
aprendizagens para ambos, alimenta o debate e o exercício da cidadania, e
além disso transforma o trabalho e o processo de saúde/adoecimento em
experiências mais amplas de vida.
 Essa nobre tarefa oferece a possibilidade da disseminação em todo território
nacional da PNAISH e da assimilação da categoria “gênero” como um
determinante social de saúde estratégico para alavancar melhores indicadores e
maior qualidade de vida para todas as populações em seus ciclos de vida.
 A transposição das barreiras institucionais e culturais de acesso e acolhimento e a
introdução de novas práticas de cuidado para a população masculina consistem
em um grande desafio para o SUS.
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1
 Parabéns! Lembre que para que a AB se torne a porta de entrada
preferencial dos homens nos serviços do SUS, é necessário o envolvimento
das três esferas do governo.
 Sua resposta está correta C
 Lembre que a discussão sobre masculinidades e a análise crítica da
perspectiva relacional de gênero enquanto categoria no contexto da
saúde é fundamental para todos os atores envolvidos na rede SUS e na
articulação com outras políticas públicas.
2
 Muito bem, é isso mesmo! Lembre que o Sistema deveria adotar um novo
modelo de atenção, com base nos mesmos princípios organizativos e
ideológicos, em todo o território nacional.
 Sua resposta está correta C.
 Lembre que, durante dois anos de Assembleia Constituinte, os embates
concernentes ao setor saúde foram acompanhados pela Comissão
Nacional da Reforma Sanitária, que assessorou os parlamentares, de modo
que, pela primeira vez, em uma Constituição Brasileira, apareceram artigos
estabelecendo o direito à saúde como dever do Estado (do Art. 196 ao
200). Foi, assim, criado o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como
princípios fundantes a universalidade, a equidade, a integralidade, a
hierarquização e o controle social.
3
 Muito bem! Lembre que a Lei n. 8.080/1990 e sua complementação, a Lei n.
8.142/1990 – denominadas “Leis Orgânicas da Saúde” –, constituem-se
como leis decisivas para promover a transformação no sistema de saúde
em todas as instâncias governamentais e sociais.
 Sua resposta está correta C.
 Lembre que um objetivo central e ainda um grande desafio, a partir da
promulgação dessas leis, é a garantia de acesso à saúde para todas as
pessoas (universalização).
4
 É isso mesmo! Lembre que o objetivo é estabelecer um modelo de
atenção orientado para a vigilância à saúde e que priorizasse as ações
de prevenção e de promoção da saúde.
 Sua resposta está correta B.
 Lembre que os princípios doutrinários do SUS estabeleceram os pilares
para tentar reverter a lógica da provisão de ações e serviços, calcada
até então, predominantemente, na assistência médico-hospitalar.
5
 Muito bem, é isso mesmo. Além destes, a PNAB trata de temas como a
alteração da carga-horária de trabalho do profissional médico na ESF; a
estruturação do Programa Saúde na Escola (PSE); a estruturação das
Equipes de Saúde Ribeirinhas e Unidades da Família Fluvial e a definição
do financiamento da Atenção Básica (AB).
 Sua resposta está correta A.
 Lembre que a proximidade e a capacidade de acolhimento, vinculação,
responsabilização e resolutividade são fundamentais para o
fortalecimento e a efetivação da Atenção Básica como contato e porta
de entrada preferencial da rede de atenção.
6
 Muito bem: a única opção falsa era a segunda, pois, na verdade, para
adequar o atendimento a orientação é nortear a prática de saúde pela
humanização e a qualidade da assistência a ser prestada, princípios que
devem permear todas as ações.
 Sua resposta está correta C.
 Deve-se priorizar a AB, com foco na ESF, como porta de entrada do
sistema de saúde integral, hierarquizado e regionalizado.
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 É isso mesmo! Lembre que a inclusão dos homens na atenção à saúde
requer ainda esforços permanentes de todos os envolvidos na rede SUS,
no combate à discriminação e ao preconceito contra a diversidade
sexual e de gênero, a diversidade étnico-racial e grupos em situação de
vulnerabilidade pela segregação socioeconômica.
 Sua resposta está correta E.
 Os profissionais de saúde, como força motriz do SUS, apresentam um
papel crucial na transposição deste desafio de incorporar a população
masculina na sua complexidade aos serviços de saúde nos seus diversos
níveis de atenção, sobretudo na atenção básica.
8
 Resposta correta! É importante que os profissionais de saúde,
independente de crenças pessoais, respeitem o modo singular de
expressão do usuário. Lembre que, neste Curso, o significado do termo
masculinidades é diretamente relacionado ao campo da Saúde,
buscando atender ao propósito de: 1. apontar barreiras no acesso dos
homens aos serviços de saúde; 2. qualificar o acolhimento a partir da
reflexão crítica sobre a ideia dominante do que é ser homem.
 Sua resposta está correta D.
 Lembre que as formas de exercício da masculinidade atendem à
singularidade e às diferentes construções sociais dos homens.
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 Parabéns! Lembre que a estratégia de elaboração escolhida pela PNAISH foi investigar
os principais agravos de saúde que acometiam os homens, por meio do recorte de
sexo, na faixa etária entre 25 a 59 anos, e que, em 2009, correspondia a 41% da
população de homens no Brasil.
 Sua resposta está correta A
 Lembre que, no que tange ao quesito avaliação na PNAISH, esta tem como finalidade
verificar sua efetividade por meio do cumprimento dos princípios e diretrizes da política.
Em outras palavras, significa verificar o seu resultado sobre a saúde dos indivíduos e,
consequentemente, sobre a qualidade de vida da população masculina (BRASIL, 2009).

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