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DISCIPLINA:

ENFERMAGEM INTEGRADA

PROFESSOR: THIAGO LANDER


FORMAÇÃO: PÓS-GRADUADO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO,
GRADUANDO EM SAÚDE MENTAL, ATUANTE NO CAPSII- ESPERANÇA.
ASSUNTO: SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SOB A
ÓTICA DA ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIARIA
DE SAÚDE.
O QUÊ É O SUS ?
SUS

 O Sistema Único de Saúde (SUS) é um conjunto de varias instituições nas suas esferas
municipal, estadual, federal e convênios. Para obter um fim comum que e a saúde da
população, O sus foi criado 1988 pela constituição federal. Onde regulamentado e
assinada a lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. que dispõe sobre as condições para
promoção, proteção e recuperação da saúde a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes, instituindo o sistema único de saúde (sus).
SEMPRE FOI ASSIM?
SEMPRE TIVEMOS ACESSO?
A SAÚDE, ANTES DO SUS

A SAÚDE PÚBLICA NEM SEMPRE FOI UM DIREITO DE TODOS, ANTES DO SUS,


A SAÚDE NO BRASIL ERA LIMITADA E LIDERADA PELO INAMPS (INSTITUTO
NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E PREVIDÊNCIA SOCIAL).

AS ÚNICAS PESSOAS QUE TINHAM ACESSO A SAÚDE ERAM AQUELAS QUE


TRABALHAVAM EM EMPREGOS FORMAIS E CONTRIBUIAM COM A
PREVIDÊNCIA SOCIAL.

AS PESSOAS DESEMPREGADAS DAQUELA ÉPOCA, PRECISAVAM RECORRER


AO SISTEMA PRIVADO OU INSTITUÇOES ASSISTÊNCIAS COMO SANTA CASAS E
HOSPITAIS UNIVERSITARIOS.
SEGUNDO O MÉDICO SANITARISTA (HÊIDER AURELIO PINTO) ESSE MODELO
EXCLUSIVO DE SAÚDE PARA OS TRABALHADORES SURGIU DEVIDO A PRESSÃO DE
INSDUSTRIAS E GRANDES EMPRESAS PARA QUE SEUS FUNCIONARIOS NÃO
PERDESSEM DIAS DE TRABALHO E RETORNASSEM COM MAIS AGILIDADE.

OS GASTOS DA SAÚDE ERAM DIVIDIDO ENTRE: GOVERNO E AS PESSOAS, QUE


UTILIZAVAM O SISTEMA DE SAÚDE DA ÉPOCA.

A SAÚDE ERA VISTA COMO PROBLEMA PESSOAL, NOS CASOS DE PERNA QUEBRADA, E
DOENÇAS NÃO TRANSMISSIVEIS.
DEVIDO UMA PRESSÃO POR REFORMA SANITÁRIA EM 1980, O INAMPS PASSOU A
DEIXAR DE FUNCIONAR DEVIDO A SUA MÁ ADMINISTRAÇÃO. E ASSIM SURGI A
CRIAÇÃO DO SUS.
Em 1990 foi CRIADO O SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE SUS.
A SAÚDE É UM DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO
QUEM TEM DIREITO AO SUS?

Todos os brasileiros podem usar o SUS, porque todos nós contribuímos com os
nossos impostos para que ele funcione. O SUS é integral, igualitário e universal,
ou seja, não faz, e nem deve fazer qualquer distinção entre os usuários.
PRINCIPIOS DO SUS DOUTRINARIOS

UNIVERSALIDADE: SAÚDE É UM DIREITO UNIVERSAL DE TODOS, CABE AO ESTADO ESSA


FUNÇÃO.

EQUIDADE: FORNECER MAIS, PARA QUEM PRECISA DE MAIS, DE FORMA IMPACIAL.

INTEGRALIDADE: CONSIDERA O INDIVIDUO COMO UM TODO, OBSERVANDO SUAS


NECESSIDADES.
PRINCIPIOS ORGANIZACIONAIS

REGIONALIZAÇÃO:
A População deve estar vinculada a uma rede de saúde hierarquizada,
organizada por região, com área geográfica definida,
A organização de oferta de serviços se baseia em critérios
epidemiológicos. Oferecer à determinada comunidade o que ela
realmente necessita.
A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já
existem, visando o seu comando unificado.
HIERAQUIZAÇÃO:
Os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de
complexidade.
Deve incorporar as redes de apoio e fluxos de encaminhamentos como
referência.
A hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir
formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida
pelo caso nos limites dos recursos disponíveis em uma dada região.
Resolubilidade:
Quando um indivíduo ou comunidade tem um problema de saúde, o
serviço correspondente deve estar preparado para resolvê-lo até o
âmbito de sua competência.
Para tanto, é necessária a capacitação constante dos profissionais
relacionados ao serviço de saúde. Organização e planejamento
referentes aos recursos técnicos e materiais, bem como à sua
manutenção.
Descentralização:
É a redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de
saúde entre os vários níveis do governo: MUNICIPIO, ESTADO E UNIÃO.
CADA UM COM SUAS RESPONSABILIDADES.
O MUNICIPIO DEVE TER CONDIÇÕES DE GERENCIAR, CONDIÇÕES TECNICAS
E FINANCEIRAS.
Participação popular:
A sociedade deve participar no dia a dia do sistema. Para isso devem ser
criados os conselhos e as conferências de saúde, que visam formular
estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
Conselhos de saúde: usuário, governo, profissionais de saúde e
prestadores de serviço.
Conferências de saúde: periódicas, definem prioridades e linhas de ação.
NIVEIS DE ATENÇÃO A SAÚDE

A ASSISTÊNCIA EM SAÚDE E FEITA ATRAVES DO NIVEL DE COMPLEXIDADE DE CADA


INDIVIDUO, DIVIDAS EM:

ATENÇÃO PRIMARIA:
É A PORTA DE ENTRADA, SÃO OS SERVIÇOS OFERTADOS EM POSTO DE SAÚDE COMO:
UBS, ESF, ESPAÇOS PUBLICOS COMUNITARIOS, DOMICILIO, VACINAÇÃO
OFERECE: PREVENÇÃO, TRATAMENTO DE FERIMENTOS, VACINAS REDUÇÃO DE
RISCOS E CUIDADOS COM DOENÇAS.
ATENÇÃO SECUNDÁRIA:
ATENÇÃO DE MÉDIA COMPLEXIBILIDADE, CONTATO COM PROFISSINAIS MAIS
ESPECIALIZADOS E RECURSOS MAIS TECNOLOGICOS

UPAS, POLICLINICAS, HOSPITAIS E CENTROS DE ATENDIMENTO COM EQUIPAMENTOS


PARA EXAMES MAIS AVANÇADOS, COMO ELETROCARDIOGRAMA, ENDOSCOPIAS,
AMBULATORIOS ESPECIALIZADOS, LABORATORIOS...
ATENÇÃO TERCIARIA:
ATENÇÃO DE ALTA COMPLEXIBILIDADE, ALTA TECNOLIGIA, ALTO CUSTO.

PROCEDIMENTOS: ONCOLOGICOS, CARDIOVASCULARES, TRANSPLANTES, PARTOS DE


ALTO RISCO, CIRURGIAS REPARADORAS, PROCESSO DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA,
DISTURBIOS GENÉTICOS E HEREDITARIOS.
 A Fundação Oswaldo Cruz, fez uma avaliação do SUS em decorrência
das comemorações dos 25 anos de implantação, em 2013.
 Entre as conquistas destacadas estão:
 o controle e a eliminação de doenças por meio da vacinação;
 socorro para 110 milhões de pessoas na rede pública;
 assistência farmacêutica;
 financiamento de transplantes e
 vigilância sanitária atuante.
 Os desafios são mais visíveis no dia a dia do SUS, como a força
de trabalho, a gestão do sistema e a administração. Com
relação à atenção básica, os desafios são a necessidade de
priorização política do investimento, viabilizando os
instrumentos de gestão, a ampliação da estratégia de Saúde da
Família e do Programa de Agentes Comunitários.
 Em 2015, uma nova assembleia da ONU reuniu mais de 150
nações, lançou-se o compromisso mundial com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), um conjunto de 17
propósitos, com várias metas a serem alcançadas até o ano de
2030, entre elas, a terceira é dedicada à Saúde e Bem-Estar:
 3º Propósito do ODS: assegurar uma vida saudável e promover
o bem-estar para todos, em todas as idades.
 Perfil demográfico e epidemiológico
 O alcance das metas apresentadas pela ONU em 2015 será possível
com o estabelecimento de políticas públicas que visem à geração de
emprego, distribuição de renda, moradia digna e ambiente com baixo
adensamento domiciliar.
 Para ter uma visão da condição social e de saúde da população
brasileira, há informações disponíveis nos vários sistemas de
informação coordenados pelo Ministério da Saúde, como: Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos (Sinasc) e Sistema de Informações sobre Agravos de
Notificação (Sinan).
 Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a Análise de
Situação de Saúde (Asis)
 É um processo analítico-sintético para caracterizar, medir e explicar o
perfil de saúde-doença de uma população, incluindo os danos ou
problemas de saúde.
 Conhecer o número total de pessoas residentes e a sua estrutura
permite dimensionar a população-alvo de ações e serviços; contribui
para o planejamento, a gestão e a avaliação de políticas públicas.
 Na avaliação de dados epidemiológicos, propõe-se uma sequência de
avaliações, que possibilitam verificar o objetivo do levantamento das
informações. Suas possíveis falhas, fonte coletora, método de coleta
de dados e possíveis interpretações de dados.
 Com dados do Censo, realizado a cada dez anos, pode-se identificar
que o Brasil apresentará um potencial de crescimento populacional
até 2030, quando se acredita que a população atinja o chamado
“crescimento zero”.
 Estamos observando um aumento expressivo na expectativa de vida
dos brasileiros nas últimas décadas, de 43,3 anos em 1950 para 70,4
anos em 2000. O envelhecimento da população é resultado do
declínio na fecundidade e não só na mortalidade.
 O rápido e generalizado declínio da fecundidade observado no final
da década de 1960 –a taxa de fecundidade total passou de 6,1 filhos
por mulher, nos anos 30; para 5,8, nos anos 1970 e para 2,3 filhos por
mulher em 2000 –leva o país em um nível de fecundidade próximo ao
de reposição (número de nascimentos constante é igual ao número de
óbitos, gerando crescimento nulo).
 Outras tendências na dinâmica populacional precisam ser refletidas,
como o aumento significativo da gravidez na adolescência: 1 em cada
5 partos ocorre entre adolescentes –menores de 20 anos.
 Por outro lado, a violência e os acidentes de trânsito produzem uma
sobremortalidade masculina na adolescência.
 O progressivo declínio da proporção de menores de 5 anos de idade
em todas as regiões do país reflete a redução dos níveis de
fecundidade. Nas regiões Sudeste e Sul do país esse fenômeno é mais
evidente. (SOUZA, 2015).
 As causas mais comuns de óbito neonatal são as afecções originadas
no período perinatal e as malformações congênitas, enquanto nos
óbitos pós-neonatais as principais causas são as doenças infecciosas e
parasitárias e também as doenças do aparelho respiratório.
 A taxa de mortalidade infantil se eleva quando consideradas a
situação rural do domicílio, a diminuição da renda familiar e a
diminuição da escolaridade da mãe. Condições socioeconômicas tais
como renda e escolaridade ajudam a explicar essa diferença.
 Nos últimos anos, o declínio da mortalidade infantil também foi
favorecido pela expansão do ESF, com resultados positivos na
prevalência de aleitamento materno e na redução da desnutrição
infantil.
 Revolução contraceptiva: dissociação da sexualidade da reprodução.
 Revolução sexual, principalmente para as mulheres: separação entre
sexualidade e casamento.
 Revolução no papel social da mulher e nas relações de gêneros
tradicionais: homem provedor versus mulher cuidadora.
 Essas revoluções interferem diretamente nos arranjos familiares,
fecundidade, aumento da população e repercutem na interpretação
da razão de dependência.
 Quando se avalia a razão de dependência, se observa crianças,
jovens e idosos que dependem física e emocionalmente de um adulto.
 Medem a distribuição de fatores determinantes da situação de saúde,
relacionados à dinâmica populacional na área geográfica referida.
 Indicadores socioeconômicos: PIB,renda per capita,IDH, taxa de
desemprego e a oferta de serviços públicos.
 Indicadores de mortalidade: informam a ocorrência e distribuição
das causas de óbito no perfil da mortalidade da população residente
na área geográfica referida.
 Indicadores de fatores de risco/fatores de proteção: medem fatores
de risco como tabaco e álcool ou proteção, como alimentação
saudável, atividade física, aleitamento, que predispõem a doenças e
agravos ou protegem das doenças e agravos.
 Indicadores de recursos: medem a oferta e a demanda de recursos
humanos, físicos e financeiros.
 Indicadores de cobertura: medem o grau de utilização dos meios
oferecidos pelo setor público e pelo setor privado para atender às
necessidades de saúde da população na área geográfica referida.
 Permitem aos demógrafos trabalhar os dados recolhidos sobre uma
população.
 São medidas de mortalidade e morbidade: morbidade é um termo
genérico, usado para designar o conjunto de casos de uma dada
doença ou a soma de agravos à saúde que atinge um grupo de
indivíduos. A mortalidade (taxa de mortalidade) é o número de óbitos
em relação ao número de habitantes. A taxa de mortalidade é
controlada através de um registo das Declarações de Óbito.
 Indicadores do estado nutricional.
 Indicadores demográficos.
 Indicadores socioeconômicos.
 Indicadores relacionados à saúde ambiental.
 Indicadores relacionados aos serviços de saúde.

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