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S A Ú D E COLETIVA I

Profª Enfª Luciene Capone Pio


Espª Saúde da Família
O QUE É S A Ú D E COLETIVA?

𝖮 É a ciência e a arte de prevenir doenças,


prolongar a vida e promover a saúde física
e a eficiência do indivíduo através de
esforços organizados da comunidade
visando o saneamento do meio ambiente,
combate das doenças transmissíveis que
ameaçam a coletividade.
Q U A N D O SURGIU A S A Ú D E COLETIVA?

𝖮 A saúde coletiva surgiu na década de 7 0


contestando os atuais paradigmas de
saúde existentes na América Latina
buscando uma forma de superar a crise
no campo da saúde.
N AS C I M E N TO D O S U S
𝖮 A constituinte de 1 9 8 8 no capítulo VIII da
Ordem social e na seção II referente à saúde
define no artigo 196 que: “A S A Ú D E É
DIREITO D E TOD OS E D EVER D O ESTADO”.

𝖮 Garantindo mediante políticas sociais e


econômicas que visem a redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação.
PRÍNCIPIOS DOUTRINÁRIOS D O S U S
𝖮 UNIVERSILIDADE – O acesso às ações e serviços deve ser
garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo,
raça, renda, ocupação, ou outras características, sociais ou
pessoais;
𝖮 EQUIDADE – É u m princípio de justiça social que garante a
igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve
estar atenta às necessidades reais da população a ser
atendida;
𝖮 INTEGRALIDADE – Significa considerar a pessoa como u m
todo, devendo as ações de procurar atender à todas as suas
necessidades.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS D O SUS:
𝖮 REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO – Entendida como
u m conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os níveis de complexidade do
sistema; referência e contra referência;

𝖮 PARTICIPAÇÃO POPULAR – A s o c i e d a d e d e v e p a r t i c i p a r
n o d i a - a - d i a d o s i s t e m a . Pa r a i s t o , e x i s t e m o s
Conselhos e as Conferencias de Saúde

𝖮 DESCENTRALIZAÇÃO – Redistribuir poder e


responsabilidade entre os três níveis de governo.
OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES D O SUS;

𝖮 Lei 8.080, estabelece que os recursos destinados ao SUS


seriam provenientes do Orçamento da Seguridade Social,
estabelecendo o repasse de recursos financeiros a serem
transferidos para estados e municípios.

𝖮 NOB – Norma Operacional Básica, trata da edição de


normas operacionais para o funcionamento e
operacionalização do SUS de competência do Ministério da
Saúde.
INSTRUMENTO S D E EMANCIPAÇÃO D O S U S
𝖮 Acolhimento – Neste trabalha-se a escuta, valorizando
s u a s queixas e problemas (Você pode produzir saúde e m
seu cliente pelo simples fato de ouvi-lo)
𝖮 Visita Domiciliar – A equipe de enfermagem analisa as
condições de tratamento entre os componentes da família,
o que cada u m faz, como agem, se o que fazem que pode
causar adoecimento ou morte, considera-se também a
condição financeira.
𝖮 Consulta de Enfermagem – Profissinal e m contato com o
cliente
PERFIS EPIDEMIOLÓGICOS

𝖮 S ã o resultados da conjunção entre os perfis


de reprodução social (determinantes do processo
saúde-doença) e os perfis de fortalecimento e
desgaste (resultados do processo saúde-doença)
dos grupos sociais, os quais devem ser
monitorados como atividade nuclear no controle
de saúde coletiva.
A L G U M A S S I G L AS UTILIZÁVEIS D O SUS;

𝖮 S IPAC – S istem a de inform ação de ag entes comunitários de


saúde.
𝖮 S IAB – S istem a de inform ação de atenção básica.
𝖮 S I M – Sistema de informação de mortalidade.
𝖮 S I N A S C – Sistema de informação de nascidos vivos.
𝖮 S IA/SU S – S is tem a de inform ação ambulatorial do
sistema único de saúde.
𝖮 SISVAN – Sistema de informação da vigilância alimentar e nutricional.
POLÍTICA NACIONAL D E P R O M O Ç Ã O D A
SAÚDE
A s condições de trabalho, moradia, alimentação, do meio
ambiente e de lazer, dentre outras, determinam n ossa
m aior ou m enor s aúde.

A Promoção da Saú de é u m a das estratégias deste setor


(SAÚDE) montada para buscar a melhoria da qualidade
de vida da população. Se u objetivo é, produzir a gestão
com partilhada entre u suários , m ovim entos s ociais ,
trabalhadores do s etor s anitário e de outros s etores ,
produzindo autonomia e co-responsabilidade.

A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), aprovada


e m 3 0 de março de 2006, dá diretrizes e aponta estratégias
de organização das ações de promoção da saúde n os três
níveis de gestão do Sistema Único de Saú de (SUS) para
garantir a integralidade do cuidado.
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE (DSS)

O s debates sobre o conceito de Determinantes Sociais da Saúde


(DSS) iniciaram-se nos anos 70/80 a partir do entendimento de que
as intervenções curativas para o risco de adoecer eram insuficientes
para a produção da saúde e da qualidade de vida e m uma
sociedade. As condições como:
𝖮 classe social,
𝖮 escolaridade,

𝖮 segurança alimentar,

𝖮 habitação,

𝖮 moradia,

𝖮 acesso a serviços e bens públicos, vem desafiando a execução de

práticas inter setoriais como estratégias provocadoras de mudanças


no nível de saúde dos indivíduos e de grupos sociais.
SAÚDE-DOENÇA
Saúde não é somente a ausência de doença!
𝖮 No processo SAÚDE-DOENÇA temos que; Olhar o individuo

através de uma visão holística; Vê-lo como u m todo, não


somente como “corpo doente ou são”, mas, “biopsicossocial”.

𝖮 CORPO
𝖮 PSIQUICO – MENTE
𝖮 ALMA – SENTIMENTOS EMOÇÕES
𝖮 ESTADO D E ESPÍRITO – SEU CR EDO RELIGIOSO

𝖮 Como o PACIENTE/CLIENTE está?


𝖮 Trata-lo no processo saúde-doença não como sendo a doença

em si, ele tem N O M E – FAMÍLIA – QUER E PRECISA D E CURA. E


O CURADOR É VOCÊ!
PRINCIPAIS FATORES DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

𝖮 1. sedentarismo;
𝖮 2. tabagismo;

𝖮 3. obesidade;

𝖮 4. alcoolismo;

𝖮 5. estresse;

𝖮 6. baixo auto-estima;

𝖮 7. uso incorreto de medicamentos - Hipocondríaco;

𝖮 8. uso inadequado da alimentação;


𝖮 9. problemas colaborativos, problemas preexistentes;

𝖮 10. relações interpessoais prejudicadas;

𝖮 11. renda insuficiente;

𝖮 12. educação inadequada;

𝖮 13. disposição ineficaz de agenda para tratamento;


𝖮 14. problemas com os cuidadores dos parciais ou totalmente

dependentes.
IDENTIFICAÇÃO D O S PRINCIPAIS G R U P O S D E R I S C O
DO PROCESSO SAÚDE – DOENÇA
𝖮 TRABALHO – Quem trabalha na casa? São participantes do mercado
formal ou informal? É trabalho escravo? Tem direito salubridade?

𝖮 RENDA FAMILIAR – Qual a renda familiar? O chefe da família é o


único provedor?

𝖮 ALIMENTAÇÃO – A família recebe cesta básica? Há algum membro


desnutrido?

𝖮 MORADIA/HABITAÇÃO – Qual o tipo de construção? alvenaria, barro,


madeira... Quantos cômodos tem? É bem arejada? Recebe iluminação
natural? É adequada p/ leitura? Há umidade? Há rede elétrica? Onde
fica o botijão de gás? O banheiro é de uso coletivo? A higiene é
adequada?
𝖮 SANEAMENTO BÁSICO –Como é abastecimentode água? Há água encanada?
Utilizam água de poço ou rio? Como ocorre a eliminação de excretas? Há
esgoto? Como se dá a coleta de lixo? Qual a periodicidade da coleta? Onde é
despejado o lixo coletado? Fica a céu aberto ou é incinerado? Há algum projeto
de reciclagem do lixo?

𝖮 EDUCAÇÃO – Qual o nível de escolaridade dos membros da família? Se a mãe


trabalha, tem filhos matriculados na creche? Na família há crianças com idade
escolar? Esta frequentando a escola com regularidade? Como é o rendimento
escolar da criança?

𝖮 TRANSPORTE – Qual é o meio de transporte mais utilizado pela família? Há


riscos de acidente? A família recebe auxílio-transporte? Há acesso para escolas,
unidade de saúde e demais serviços da comunidade?
𝖮ACESSO À SERVIÇOS DE SAÚDE – A família tem acesso à unidade de
saúde da região? O ACS tem contato com essa família ou vai na
casa e nunca encontra ninguém? – Na visita domiciliar o primeiro a
dar a solução aos problemas da família é o ACS, mediante sua
visita e análise das necessidades da casa virá a Equipe
multidisciplinar. Como promotores da saúde temos que analisar
diversos quesitos, com:
𝖮 Gestante?
𝖮 Vítima de violência doméstica?
𝖮 Período puerperal?
𝖮 Imunização?
𝖮 Hipertensos e Diabéticos são cadastrados nos programas?
𝖮 Saúde da mulher, homem e idoso?
𝖮 Hanseníase, Tuberculose?
𝖮 Saúde bucal, mental e consultas médicas?
S AÚD E C OLETIVA – S U S – PRO M OVE M
A S A Ú D E E M ÂMBITOS DIFERENTES
E S F - E S T R AT É G I A
H O S P I TA L A R
S A Ú D E D A FA M Í L I A

Enfermeiro Enfermeiro
𝖮 Técnico de Enfermagem 𝖮 Técnico de enfermagem
𝖮 Auxiliar de enfermagem 𝖮 Auxiliar de Enfermagem
𝖮 Parteiras 𝖮 ACS
(reg ulam entadas por 𝖮 Médico,
portaria do M IN IS TÉR IO 𝖮 Psicólogo,
DA SAÚDE)
𝖮 Odontólogo,
𝖮 Médico
𝖮 Terapeuta Ocupacional,
𝖮 Psicólogo
𝖮 Farmacêutico;
𝖮 Assistente Social
𝖮 A responsabilidade da Promoção da Saúde
em qualquer âm bito, é principalm ente da
ENFERMAGEM, pois a m es m a mostra-se
como sendo a face coordenadora dos
s istem as que oferecem s aúde, nas es feras
FED E RAL, ES TAD U AL OU M UN ICIPAL.

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