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INTRODUÇÃO

O sistema internacional de saúde é um conjunto de organizações, acordos e


iniciativas que visam promover e proteger a saúde de todas as pessoas no mundo.
Algumas das entidades que fazem parte desse sistema são:

 A Organização Mundial da Saúde (OMS), que é o órgão especializado


em saúde das Nações Unidas e que coordena e direciona a saúde internacional
dentro do sistema da ONU12. A OMS trabalha com os países membros para
combater doenças transmissíveis e não transmissíveis, fortalecer os sistemas de
saúde, responder a emergências e desastres, e promover a saúde ao longo do
curso de vida.

 A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que é a agência


internacional de saúde para as Américas e o escritório regional da OMS para essa
região3. A OPAS oferece cooperação técnica em saúde aos seus países membros,
apoia a inovação, o acesso a medicamentos e tecnologias, a prevenção e o
controle de doenças, os determinantes sociais e ambientais para a equidade em
saúde, e a agenda de saúde sustentável nas Américas.

 A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), que é um


instituto especializado da OMS dedicado ao estudo do câncer como uma das
principais causas de mortalidade no mundo4. A IARC conduz pesquisas sobre as
causas, os mecanismos, a prevenção e o tratamento do câncer, além de fornecer
informações científicas e recomendações para as políticas públicas de saúde

Ao abrigo da Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde (SNS), é da


responsabilidade do Estado angolano a promoção e garantia do acesso de todos
os cidadãos aos cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos e
financeiros disponíveis.

No entanto, a promoção e a defesa da saúde pública são efectuadas através da


actividade do Estado e de outros agentes públicos ou privados, podendo as
organizações da sociedade civil serem associadas àquela actividade.

DESENVOLVIMENTO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência especializada em saúde,
fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações
Unidas1. Sua sede é em Genebra, na Suíça1. A OMS tem suas origens nas
guerras do fim do século XIX (México, Crimeia). Após a Primeira Guerra Mundial,
a SDN criou seu comitê de higiene, que foi o embrião da OMS.
A OMS começou quando sua Constituição entrou em vigor em 7 de abril de
1948 – data que celebramos todos os anos como Dia Mundial da Saúde 2. Hoje,
a OMS conta com mais de 7.000 pessoas trabalhando em 150 escritórios de
país, em seis escritórios regionais e em sua sede em Genebra, Suíça.

O principal papel da OMS é direcionar e coordenar a saúde internacional dentro


do sistema das Nações Unidas2. Ela trabalha com 194 Estados-Membros, em
seis regiões e em mais de 150 escritórios 2. A OMS luta para combater doenças
transmissíveis como gripe e HIV, e doenças não transmissíveis como câncer e
doenças cardíacas2. Ela também ajuda mães e crianças a sobreviver e prosperar
para que possam esperar por uma velhice saudável.

Além disso, a OMS garante a segurança do ar que as pessoas respiram, a comida


que comem, a água que bebem – e os medicamentos e vacinas de que
precisam2. A organização também patrocina programas para prevenir e tratar
doenças. A OMS apoia o desenvolvimento e distribuição de vacinas seguras e
eficazes, diagnósticos farmacêuticos e medicamentos.

Depois de mais de duas décadas de luta contra a varíola, a OMS declarou em


1980 que a doença havia sido erradicada. A primeira doença na história a ser
erradicada pelo esforço humano.

O Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Angola é composto por um grande


sistema público, gerido pelo Estado, que serve à maioria da população 1. Este
sistema é complementado pelo setor privado, gerido por fundos de seguros de
saúde privados e entidades privadas, e pelas entidades sem fins lucrativos.

O sistema de saúde em Angola é basicamente dividido em 3 níveis: primário,


secundário e terciário2. A rede primária abrange os postos/centros de saúde e
os hospitais municipais. A rede secundária contém os hospitais provinciais e
regionais (essas duas redes são administradas pelos governos provinciais). A
rede terciária é constituída pelos hospitais de referência e nacionais, os centros
de cirurgia cardíaca, os centros oftalmológicos, os centros de hemodiálise e os
centros de tratamento oncológico.

Em termos de infraestruturas, a rede de prestação de cuidados de saúde é


constituída por 1.721 unidades sanitárias, incluindo 8 hospitais centrais; 32
hospitais províncias, 228 hospitais municipais e 1.453 postos de
saúde3. Atualmente, Angola conta com 995 médicos angolanos e 1.273 médicos
expatriados, totalizando 2.268 médicos.

No entanto, o sistema enfrenta vários desafios. Para além da inexistência ou


precariedade de estruturas de atendimento primário, secundário e terciário em
grandes áreas do território nacional, falta leitos de internamento hospitalar,
além da lentidão ou morosidade de atendimento dos doentes e ainda a falta de
pessoal especializado em certos serviços e áreas específicas da medicina e de
cuidados básicos e intermediários de saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem várias funções principais:


Estabelecer normas e padrões: A OMS formula, verifica e promove a
adoção de normas e padrões internacionais para alimentos, produtos
farmacêuticos e normas biológicas.

Promover a saúde: A OMS realiza campanhas para aumentar a


conscientização sobre questões de saúde importantes. Por exemplo, a
OMS realiza campanhas para aumentar o consumo de frutas e vegetais
em todo o mundo e desencorajar o uso do tabaco.

Fornecer liderança em questões críticas de saúde: A OMS fornece


liderança em questões críticas de saúde que afetam a humanidade. Isso
inclui fornecer orientação durante emergências de saúde pública.

Formular pesquisas: A OMS realiza pesquisas em áreas como doenças


transmissíveis e não transmissíveis, doenças tropicais e outras áreas.

Promover o acesso à pesquisa em saúde: A OMS trabalha para


melhorar o acesso à pesquisa em saúde e à literatura em países em
desenvolvimento.

Coordenar esforços internacionais: A OMS coordena esforços


internacionais para controlar surtos de doenças, como a malária e a
tuberculose, e também patrocina programas para prevenir e tratar tais
doenças.

Desenvolver políticas de saúde: A OMS ajuda os países a desenvolver


políticas de saúde que promovam uma vida mais saudável para seus
cidadãos.

Monitorar a situação da saúde: A OMS monitora a situação da saúde e


as tendências relacionadas à saúde em todo o mundo

Funções do Sistema Nacional de Saúde


O Sistema Nacional de Saúde (SNS), também conhecido como Sistema
Único de Saúde (SUS) no Brasil, tem várias funções importantes:

Controlar e fiscalizar procedimentos, medicamentos e necessidades


de saúde da população: Isso inclui a supervisão de procedimentos
médicos, a garantia da qualidade dos medicamentos disponíveis e a
identificação das necessidades de saúde da população.
Manter ações de cuidado epidemiológico e de vigilância sanitária: Isso
envolve o monitoramento e controle de doenças, bem como a garantia
da segurança sanitária.

Participar da criação de medidas de saneamento básico: O SNS


desempenha um papel na implementação de medidas para melhorar o
saneamento básico.

Incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico da saúde: Isso


pode envolver o apoio à pesquisa médica e à inovação em tecnologia de
saúde.

Fiscalizar a formação dos profissionais de saúde do país: Isso envolve


a garantia de que os profissionais de saúde recebam a formação
adequada.
Acompanhar o tratamento e o transporte de substâncias tóxicas,
radioativas e psicoativas: Isso envolve a supervisão do uso e transporte
dessas substâncias para garantir a segurança.

Fiscalizar a qualidade dos alimentos e da água consumida pela


população: Isso envolve a garantia da segurança alimentar e da
qualidade da água.

Ajudar a proteger o meio ambiente: Isso pode envolver a


implementação de medidas para proteger o meio ambiente em relação
à saúde pública2.

Classificação do Sistema Internacional de Saúde


A classificação do sistema internacional de saúde é feita principalmente
através da Classificação Internacional de Doenças (CID), que é uma
ferramenta fundamental para estabelecer políticas públicas alinhadas
com as necessidades sociais1. A CID serve de base para identificar
tendências estatísticas de saúde em todo o mundo.
A 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da
Organização Mundial da Saúde (OMS) entrou em vigor recentemente.
A CID-11 fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais
de saúde compartilhar informações padronizadas em todo o mundo 2. É
a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o
mundo, contendo cerca de 17 mil códigos únicos para lesões, doenças e
causas de morte, sustentados por mais de 120 mil termos codificáveis.

Usando combinações de códigos, mais de 1,6 milhão de situações


clínicas podem agora ser codificadas. Comparada com as versões
anteriores, a CID-11 é totalmente digital, tem um novo formato e
recursos multilíngues que reduzem a chance de erro.

A Classificação foi compilada e atualizada com informações de mais de


90 países e envolvimento sem precedentes de prestadores de serviços
de saúde, permitindo a evolução de um sistema imposto aos médicos
para um banco de dados de classificação clínica e terminologia
verdadeiramente capacitador, que atende a uma ampla gama de usos
para registrar e relatar estatísticas na saúde.

Classificação do Sistema Nacional de Saúde


Os sistemas de saúde nacionais podem ser classificados de várias
maneiras, dependendo dos critérios utilizados. Uma maneira comum de
classificar os sistemas de saúde é com base no modelo de financiamento
e prestação de serviços. Nesse sentido, existem três principais tipos de
sistemas de saúde:

Sistema de Dominância de Mercado: Este modelo é caracterizado pelo


financiamento privado. As seguradoras privadas atuam como mediadoras
coletivas e a escolha da empresa prestadora de serviços na saúde é feita
pelo cidadão.

Sistema de Seguros Sociais Obrigatórios: Neste modelo, o seguro é


obrigatório, o que garantiria uma cobertura quase total da população
para assistência à saúde.

Sistema de Dominância Estatal: Este tipo propõe um sistema de saúde


nacional, com base nos princípios universais da igualdade social e
geográfica, gestão com democracia e planejamento das ações de
saúde1.
Além disso, existem índices que classificam os sistemas de saúde
nacionais com base em um conjunto de indicadores. Por exemplo, o
Índice Europeu de Assistência ao Consumidor em Saúde (EHCI) é uma
classificação anual dos sistemas de saúde nacionais da Europa.

Os municípios desempenham um papel crucial no Sistema Nacional de


Saúde (SNS). Eles são responsáveis pelo planejamento, organização,
coordenação, regulação, controle, avaliação e auditoria das ações e dos
serviços de saúde sob gestão municipal.

Os municípios que não aderem ao processo de habilitação permanecem


na condição de prestadores de serviços, e não gestores, ao Sistema
Único de Saúde. Nesse caso, cabe ao estado a gestão do SUS naquele
território municipal.

Além disso, os municípios têm a responsabilidade de garantir o direito à


saúde. A possibilidade de responsabilização pela garantia dos direitos
sociais decorre diretamente da definição legal de tais direitos,
exequível na esfera local de governo.

Em resumo, os municípios têm um papel fundamental na implementação


e gestão do SNS, garantindo que os serviços de saúde cheguem a todos
os cidadãos

CONCLUSÃO
O sistema internacional de saúde é coordenado principalmente pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), uma agência especializada em
saúde da Organização das Nações Unidas. Fundada em 7 de abril de
1948, a OMS tem como objetivo desenvolver ao máximo possível o nível
de saúde de todos os povos.

O Sistema Nacional de Saúde (SNS) é um complexo de serviços do setor


público e do setor privado voltados para ações de interesse da saúde,
abrangendo atividades que visam a promoção, proteção e recuperação
da saúde1. O SNS é o único sistema de saúde pública do mundo que
atende mais de 190 milhões de pessoas, sendo que 80% delas dependem
exclusivamente dos serviços públicos para qualquer atendimento de
saúde.

O SNS é composto pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios,


conforme determina a Constituição Federal2. Cada ente tem suas co-
responsabilidades. O Ministério da Saúde, como gestor nacional do SUS,
formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e ações, em
articulação com o Conselho Nacional de Saúde.

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