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Tendências ENARE

2023

Prof Dr. Lucas Guimarães


Saúde Pública
Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990
• Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano,
devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
seu pleno exercício.
• § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na
formulação e execução de políticas econômicas e sociais
que visem à redução de riscos de doenças e de outros
agravos e no estabelecimento de condições que
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
• § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
família, das empresas e da sociedade.
Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
• I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes
e determinantes da saúde;
• II - a formulação de política de saúde destinada a
promover, nos campos econômico e social, a observância
do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
• III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do
Sistema Único de Saúde (SUS):
• I - a execução de ações:
• a) de vigilância sanitária;
• b) de vigilância epidemiológica;
• c) de saúde do trabalhador;
• d) de assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica;
• e) de saúde bucal;
Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990
• Princípios:
• universalidade (atendimento a todos);
• integralidade (cobertura completa);
• equidade (prioridade para quem mais necessita),
• descentralização (organização em níveis de governo),
• regionalização (adequação das ações às necessidades locais);
• hierarquização (baixa (unidades básicas de saúde), média (hospitais
secundários e ambulatórios de especialidades) e alta complexidade
(hospitais terciários).),
• participação social (envolvimento da comunidade);
• prevenção (ênfase em ações preventivas) e a complementaridade do setor
privado.
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da
RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica
I - Princípios:

• a) Universalidade;
• b) Equidade;
• c) Integralidade.
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da
RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica
II - Diretrizes:

• a) Regionalização e Hierarquização:
• b) Territorialização;
• c) População Adscrita;
• d) Cuidado centrado na pessoa;
• e) Resolutividade;
• f) Longitudinalidade do cuidado;
• g) Coordenação do cuidado;
• h) Ordenação da rede; e
• i) Participação da comunidade.
Comissões e Conselhos
• CIT (Comissão Intergestores Tripartite): A CIT é uma instância de
negociação e pactuação composta por representantes do governo
federal, estadual e municipal. Ela desempenha um papel importante
na coordenação e articulação das ações do SUS em nível nacional.
• CIB (Comissão Intergestores Bipartite): A CIB é uma instância
semelhante à CIT, mas em nível estadual, envolvendo representantes
do governo estadual e dos municípios. Ela é responsável por pactuar
as diretrizes e metas do SUS no âmbito estadual.
• CONAS (Conselho Nacional de Saúde): O CONAS é um órgão
colegiado com representantes da sociedade civil e do governo, que
exerce o controle social sobre o SUS, contribuindo para a
formulação de políticas e o acompanhamento da execução das ações
de saúde.
Comissões e Conselhos
• COSEMS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde):
Os COSEMS são entidades que representam as secretarias
municipais de saúde e desempenham um papel fundamental
na gestão do SUS a nível municipal, contribuindo para a
implementação das políticas de saúde nos municípios.
• CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde): O CONASEMS é uma entidade que congrega os
COSEMS de todo o país, promovendo a articulação e a troca
de experiências entre os gestores municipais de saúde e
auxiliando na construção de políticas de saúde.
Objetivos a serem alcançados PNH

• a melhoria do acesso dos usuários aos serviços de


saúde, mudando-se a forma tradicional de entrada por
filas e a ordem de chegada;
• a humanização das relações entre profissionais de saúde
e usuários no que se refere à forma de escutar os
usuários em seus problemas e suas demandas;
• a mudança de objeto (da doença para o sujeito);
• uma abordagem integral a partir de parâmetros
humanitários de solidariedade e cidadania;
Objetivos a serem alcançados PNH
• o aperfeiçoamento do trabalho em equipe com a integração e a
complementaridade das atividades exercidas por cada categoria
profissional, buscando-se orientar o atendimento dos usuários
nos serviços de saúde pelos riscos apresentados, pela
complexidade do problema, pelo acúmulo de conhecimentos,
saberes e de tecnologias exigidas para a solução;
• o aumento da responsabilização dos profissionais de saúde em
relação aos usuários e a elevação dos graus de vínculo e
confiança entre eles;
• a operacionalização de uma clínica ampliada que implica a
abordagem do usuário para além da doença e suas queixas,
bem como a construção de vínculo terapêutico para aumentar o
grau de autonomia e de protagonismo dos sujeitos no processo
de produção de saúde.
Princípios PNH
• Transversalidade
A Política Nacional de Humanização (PNH) deve se fazer presente e estar inserida
em todas as políticas e programas do SUS. A PNH busca transformar as relações
de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as
pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das relações de poder
hierarquizadas. Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e
práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido.
Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável.
• Indissociabilidade entre atenção e gestão
As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por isso,
trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos
serviços e da rede de saúde, assim como participar ativamente do processo de
tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva. Ao
mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às
responsabilidades da equipe de saúde. O usuário e sua rede sócio-familiar devem
também se corresponsabilizar pelo cuidado de si nos tratamentos, assumindo
posição protagonista com relação a sua saúde e a daqueles que lhes são caros.
Princípios PNH
• Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e
coletivos
Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída
com a ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que
compartilham responsabilidades. Os usuários não são só pacientes, os
trabalhadores não só cumprem ordens: as mudanças acontecem com o
reconhecimento do papel de cada um. Um SUS humanizado reconhece
cada pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua
atuação na produção de saúde.
Influenza Aviária (IA)
• É uma doença infecciosa que pode infectar aves e mamíferos,
incluindo humanos.
• De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal
(OMSA), desde o ano de 2022 observa-se surtos de Influenza
Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas, aves
e mamíferos silvestres em diversos países da região das Américas
como Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México,
Panamá, Peru, Uruguai, Venezuela e, mais recentemente, no
Brasil. O vírus influenza subtipo A(H5N1) é predominante nesses
surtos e é a primeira vez que se nota uma persistência na
ocorrência dos casos nas aves, e de forma prolongada.
Influenza Aviária (IA)
• Globalmente, desde 2003, foram notificados à Organização
Mundial da Saúde (OMS) um total de 874 infecções humanas,
incluindo 458 óbitos, caracterizando alta letalidade;
• Na região das Américas, três casos de influenza aviária A(H5N1)
em humanos foram identificados: um nos Estados Unidos (abril
de 2022), um no Equador (janeiro de 2023) e um no Chile
(março de 2023);
• No Brasil, em 15 de maio de 2023, o Departamento de Saúde
Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da
Agricultura e Pecuária (DSA/SDA/Mapa) notificou à
Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) as primeiras
detecções de influenza aviária em aves silvestres.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Podem ocorrer desde um quadro de infecção respiratória leve até a
progressão rápida para desconforto respiratório, pneumonia grave e
óbito. Sintomas gastrointestinais como náusea, vômito e diarreia têm
sido relatados com mais frequência na infecção por influenza A
(H5N1);
• Os sintomas iniciais comuns são febre alta (maior ou igual a 38°C) e
tosse seguida de dispneia ou desconforto respiratório. Dor de garganta
ou coriza, são menos comuns;
• Outros sintomas como diarreia, vômito, dor abdominal, sangramento
do nariz ou gengivas, encefalite e dor no peito também foram relatados
no curso clínico de alguns pacientes;
• As complicações da infecção incluem pneumonia grave, insuficiência
respiratória, falência de múltiplos órgãos, choque séptico e infecções
bacterianas e fúngicas secundárias.
TRANSMISSÃO
• As aves, quando infectadas, podem disseminar vírus através
da saliva, secreções de mucosas e fezes;
• A infecção se dá tanto pelo contato direto (respirar o vírus
contido em gotículas ou partículas transportadas pelo ar) ou
pelo contato com superfícies contaminadas por ave infectada
e depois tocando seus próprios olhos, boca ou nariz;
• As pessoas raramente contraem a influenza aviária, mas
quando isso ocorre, geralmente é devido ao contato direto
desprotegido (sem uso de equipamentos de proteção
individual como luvas, roupas de proteção, máscaras,
respiradores ou proteção dos olhos) com aves infectadas.
TRANSMISSÃO
• Transmissão de ave para pessoa: A transmissão do
vírus da IA para os humanos é rara. Quando ocorre, se
dá por exposição a aves infectadas ou inalação de
partículas contaminadas com as suas excreções.

• Transmissão de pessoa para pessoa: A propagação do


vírus H5N1 entre humanos, pelo contato próximo
prolongado e desprotegido, tem sido relatada muito
raramente, sendo limitada, ineficiente e não sustentada.
PREVENÇÃO E CONTROLE
• Considerando que a forma de transmissão primária da IA para humanos
se dá pelo contato direto ou indireto com aves infectadas (doentes ou
mortas) ou suas excretas e secreções, as principais medidas de prevenção
ao contágio dizem respeito à restrição desse contato;
• Dada a extensão e frequência observadas de casos de influenza aviária
em aves silvestres, o público em geral deve evitar estritamente o contato
com aves doentes ou mortas, incluindo aves silvestres, e deve relatar a
existência de aves mortas entrando em contato com as autoridades locais
de meio ambiente, saúde ou agricultura.
• Para pessoas com exposição laboral ou recreativo a aves são
recomendadas medidas de precaução e utilização de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI);
• Além de evitarem tocar em boca, olhos e nariz após contato com animais
ou superfícies contaminadas, lavar as mãos com sabão e trocar de roupas
após contato com animais.
Nutrição Básica
Aminoácidos
Vitaminas
Hidrossolúveis
Vitamina C - Ácido Ascórbico

• Funções:
- Importante na síntese do colágeno;
- Atua na composição das cartilagens e tecidos fibrosos;
- Ação antioxidante;
- Absorção e metabolismo do ferro;
- Componente importante na cicatrização de feridas e fraturas;
- Participa da conversão do colesterol em ácidos biliares;
- Estimula as funções das defesas orgânicas.
Vitamina B1 - Tiamina

• Função:
- Envolvida no metabolismo energético dos carboidratos;

- Não é armazenada, deve ser consumida diariamente;

• Deficiência:
- Beribéri

• Fontes: gema de ovo, carnes, peixes e vísceras, cereais integrais e


leguminosas.
Vitamina B9 – ÁCIDO FÓLICO

• Funções:
- Síntese de DNA e RNA;
- Metabolismo dos aminoácidos;
- Maturação das células sanguíneas na medula óssea.
- Importante na formação do tubo neural em fetos;

• Deficiência:
- Retardo no crescimento
- Distúrbio gastrintestinal
- Anemia megaloblástica
Vitamina B12 - Cobalamina
• Funções:
- Síntese de DNA;
- Atua no metabolismo dos lipídios;
- Maturação das células sanguíneas na medula óssea;
- Produção de mielina;
• Deficiência:
- Anemia megaloblástica
- Neuropatia
• Fontes:
- Basicamente em alimentos de origem animal: fígado, leite, queijos, peixe, ovos,
carnes, aves;
Vitaminas
Lipossolúveis
Vitamina D - Calciferol

• D2 ergocalciferol (Plantas expostos aos raios UV)

• D3 colecalciferol (Alimentos de origem animal e síntese cutânea)

• Funções:
- Associada ao metabolismo do Cálcio e do Fósforo: aumento da
absorção deles no intestino e ossos;
- Crescimento e mineralização dos ossos;
Vitamina D - Calciferol
• Deficiência:

- Na criança: Raquitismo (Retardo do crescimento e e deformidades


ósseas nos ossos longos, bacia e costelas)

- No adulto: Osteomalácia

o Fontes Alimentares: Principalmente de origem animal: leite, fígado,


manteiga, peixes (Salmão), gema de ovo...
Vitamina A - Retinol
• Funções:
- Crescimento e manutenção do tecido epitelial;
- Aumenta a resistência às infecções;
- Desenvolvimento dos ossos;
- Manutenção da visão;
- Papel antioxidante;

• Pode ser armazenada no fígado e nos depósitos de gordura,


pulmões e rins.
Vitamina A - Retinol
• Deficiência:
- Cegueira noturna ou cegueira irreversível;
- Baixa resistência às infecções;
- Retardo do crescimento;
- Lesões oculares (Xeroftalmia);

• Na forma de Retinol – nos alimentos de origem animal : leite e


derivados, vísceras, gema de ovo, óleo de fígado de peixes;

• Encontrada como Betacaroteno – nos vegetais de cor amarela e


verde: cenoura, abóbora, mamão, couve agrião; Também em azeite
e óleo de dendê.
Vitamina E - Tocoferol
• Funções:

- Potente antioxidante;

- Previne a lesão da membrana celular, sendo um protetor contra


a ação dos radicais livres;

- Atua juntamente com Selênio e Zinco.


Vitamina E - Tocoferol
• Deficiência é rara, mas pode causar: alteração do sistema nervoso
central causando disfunções neurológicas.

• Fontes: óleo de peixe, oleaginosas (castanhas, nozes, amendoim),


óleos vegetais, sementes, cereais integrais.
Minerais
Minerais
• Elementos com funções orgânicas essenciais que atuam como
constituintes de enzimas, hormônios, secreções e proteínas do
tecido orgânico.

• Macroelementos: Cálcio, Magnésio, Sódio, Potássio, Fósforo...

• Microelementos: Ferro, Flúor, Iodo, Zinco, Cobre...


Cálcio
• É o mineral encontrado em maior quantidade no corpo humano;

• Encontra-se principalmente nos ossos e dentes;

• Funções:
- Formação de ossos e dentes;
- Transporte em nível de membrana celular;
- Contração muscular;
- Transmissão dos impulsos nervosos;
Cálcio
• Deficiência:
- Atraso no crescimento em crianças (Raquitismo);

- Osteoporose (Descalcificação óssea) principalmente em idosos e


mulheres pós-menopausa;

- Tetania: espasmos (contração involuntária muscular) e dores


musculares

• Fontes:
- Leite e produtos lácteos, brócolis, couve, leguminosas.
Fósforo (P)

• É o segundo mineral mais abundante do corpo;

• Presente nos ossos e dentes (80 a 85% fosfato de cálcio) e também no


fluidos extracelulares e células.

• Função:
- Formação de ossos e dentes e equilíbrio ácido-básico;
- Componente dos fosfolipídios e lipoproteínas;
- Participa do metabolismo energético;
- Manutenção do Ph
Fósforo
• Deficiência: - Fraqueza, desmineralização óssea, perda de apetite,
dores articulares

• Fontes:
- Principalmente em alimentos protéicos: Leite e derivados, carnes,
leguminosas, peixes, ovos e oleaginosas.
Potássio (K)
• Função:
- Equilíbrio hídrico e ácido-básico;
- Relaxamento muscular.

• Deficiência:
- Câimbras musculares, ritmo cardíaco irregular, confusão mental e perda
de apetite.

• Fontes:
- Batata, mamão, melão, banana, laticíneos, feijão, folhas verdes, frutas
secas, tomate, espinafre, brócolis.
Sódio (Na)

• Função:
- Equilíbrio hidroeletrolítico e regulação renal.

• Deficiência:
- Câimbras, apatia mental e redução de apetite.
• Fontes:
- Sal refinado (Cloreto de Sódio – NaCl), alimentos industrializados,
enlatados, biscoitos salgados, carnes e bacalhau, condimentos.
Magnésio (Mg)
• Função:
- Ativador de diversas enzimas;
- Mineralização de ossos e dentes junto com o Ca e P;
- Controle na contração da musculatura cardíaca;

• Deficiência:
- Tremor, espasmo muscular, anorexia, náuseas e vômitos.

• Fontes: Cereais integrais, sementes, frutos secos, leguminosas,


oleaginosas, verduras (espinafre, acelga, beterraba...)
Iodo (i)

• Função:
- Componente de hormônio da tiróide.

• Deficiência:
- Bócio (aumento da tiróide).

• Fontes:
- Peixes do mar, crustáceo, embutidos, legumes enlatados e sal
iodado.
Zinco (Zn)
• Função:
- Antioxidante
- Presente em processos bioquímicos relacionados à imunidade, à
formação óssea e à cicatrização.

• Deficiência:
- Prejuízo do crescimento, queda de cabelo, dificuldade de cicatrização,
diminuição do apetite e alteração do paladar.

• Fontes: Carnes, fígado, ovos, leite, grãos integrais.


Ferro (Fe)

• Ferro Heme: maior absorção e Ferro não Heme: menor absorção

• Função:
- Componente da hemoglobina e de enzimas envolvidas no metabolismo
energético.
- Transporte de oxigênio.

• Deficiência:
- Anemia ferropriva (fadiga, redução da resistência às infecções).

• Fontes: Carnes vermelhas, feijão, ovo e folhosos.


DRI’s
by Cuppari 2019
DRI’ 2023
DRI’ 2023
• O EER para o primeiro trimestre de gravidez deve ser estimado a
partir das equações de predição de ETE de não gestantes. Como o
ganho de peso é pequeno e variável no primeiro trimestre, não se
leva em conta a deposição de energia. A deposição de energia é
baseada no GWG recomendado pela IOM para o segundo e terceiro
trimestres
GESTANTES

• Mães com baixo peso: + 300 kcal/d;


• Mães com peso normal: + 200 kcal/d;
• Mães com sobrepeso: + 150 kcal/d;
• Mães com obesidade: – 50 kcal/d.
Lactantes
Lactantes

• 0 a 6 meses após o parto: 540 kcal/dia;


• 7 a 12 meses: 380 kcal/dia.
Infância
Dos 6 meses aos 3 anos, o custo energético de crescimento para meninas varia entre:
6 meses a 1 ano 20 kcal/d
1 a 3 anos: 15 kcal/d

Dos 3 aos 13.99 anos, o custo energético do crescimento para meninos varia entre:
3 anos: 20 kcal/d
4 a 8 anos: 15 kcal/d;
9 a 13 anos: 25 kcal/d.

Dos 3 aos 13.99 anos, o custo energético do crescimento para meninas pode variar de:
3 anos: 15 kcal/d;
4 a 8 anos: 15 kcal/d;
9 a 13 anos: 30 kcal/d.
Atualizações
2022/2023
OMS
• As orientações buscam reduzir o excesso de peso e de doenças não
transmissíveis relacionadas com a alimentação, como o diabetes tipo
2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer
• A qualidade e a quantidade são ambas importantes para uma boa
saúde, conforme indica a OMS;
• Os adultos devem limitar a ingestão total de gordura a 30% da
ingestão total de energia ou menos. Ainda para esse público, o ideal é
que o consumo diário abranja, no mínimo, 400 gramas de frutas e
vegetais e 25 gramas de fibras.
OMS
• Em crianças com 2 anos ou mais, a gordura consumida
precisa ser composta, principalmente, de ácidos graxos
insaturados (alimentos de origem vegetal e alguns peixes,
como oleaginosas, coco, abacate e salmão);
Em termos de consumo de frutas e vegetais, a OMS indica:
• 2-5 anos: 250g no mínimo por dia
• 6-9 anos: 350g no mínimo por dia
• 10 anos ou mais: 400g no mínimo por dia
OMS
Em relação à ingestão de fibras, as diretrizes trazem as
seguintes orientações:

• 2-5 anos: 15g no mínimo por dia


• 6-9 anos: 21g no mínimo por dia
• 10 anos ou mais: 25g no mínimo por dia
Prebióticos
• Um prebiótico é definido como “um ingrediente alimentar não
digerível que afeta de forma benéfica o hospedeiro, por
estimular seletivamente o crescimento e/ou a atividade de um
número único ou limitado de bactérias no cólon (como as
bifidobactérias), capaz de conferir benefícios ao bem-estar e à
saúde desse hospedeiro;”
• Grande parte do interesse no desenvolvimento de novos
prebióticos aponta para os oligossacarídeos não digeríveis —
polissacarídeos de cadeia curta que consistem em 2 a 20
unidades de sacarídeos. Os exemplos desses compostos incluem
frutanos tipo inulina, galacto-oligossacarídeos (GOS), isomalto-
oligossacarídeos (IMO), xilo-oligossacarídeos (XOS),
oligossacarídeos da soja (SOS), gluco-oligossacarídeos,
lactosacarose e fruto-oligossacarídeos (FOS).
Prebióticos
• O butirato é um ácido graxo de cadeia curta e um dos
combustíveis preferenciais do intestino grosso e supre
aproximadamente 70% das necessidades energéticas diárias do
cólon; o propionato pode ter importantes efeitos sobre o
metabolismo hepático, e o acetato é um importante
combustível sistêmico.
Obesity classifcation based on weight history, Arch
Endocrinol Metab. 2022 NOVA CLASSIFICAÇÃO OBESIDADE
• Ferramenta adjuvante/complementar;
• Como funciona?

1. Identificar o peso máximo que uma pessoa


alcançou na vida (exceto gestação);

2. Quanto de peso ela já perdeu no passado;


OBESIDADE REDUZIDA OBESIDADE CONTROLADA

IMC entre 30 e 39, 9 kg/m2 3. Calcula-se a porcentagem que essa perda.


Perdas que representem de 5% a 10% do Perdas acima de 10% do peso mais alto
peso mais alto

IMC igual ou maior do que 40kg/m2

Perda deve representar mais 10% do peso Perdas acima de 15% do peso mais alto
mais alto
Atualização SBD 2022
Macronutrientes SBD, 2022 SBD, 2019
Carboidratos 45-65% / Low Carb* 45 a 60%
Pode reduzir CHO para DM2 de forma individualizada
Proteína 15-20%
Gordura 20-35%
Preferir ácidos graxos mono e Preferir ácidos graxos mono e
poliinsaturado em detrimento da gordura poliinsaturado; Gordura saturada 10%;
saturada isenta de gordura trans.
Fibras Pré DM: 25 a 30 DM1: 14g/1000 kcal
DM2: 14g/1000 kcal, com um mínimo de DM2: 20g/1000kcal
25g/dia
Sacarose Evitar 5 a 10% do VET
Frutose -- Não se recomenda
Temas aqui
Temas aqui
Temas aqui
Disfunção Renal
IRA  fórmulas enterais padrão
VET ~ demais pacientes críticos
Se distúrbios eletrolíticos importantes  fórmulas especializadas

PTN em pacientes hipercatabólicos com IRA


Sem TRR = 1,3-1,5 g/kg/dia
TRR intermitente = 1,5 g/kg/dia
TRR contínua = 1,7-2,5 g/kg/dia
Não fazer restrição PTN com objetivo de evitar ou retardar o início de TRR
PANCREATITE

Avaliar a gravidade da pancreatite aguda  estratégia nutricional


Não grave (leve e moderada)  controle sintomático  sem recomendação de rotina de
TNE ou TNP

TNE: sem ≠ via gástrica ou jejunal


Eutróficos: NPT só em contraindicação de uso TGI ou < 60% após 7 dias de TNE
Desnutridos: necessidades devem ser atingidas o mais breve
Sem evidência: Probióticos ou fórmulas hidrolisadas
Glutamina: 0,3-0,5 g/kg/dia pode ser considerada via TNE ou TNP
Trauma

TNE precoce

VET inicial 15-20 kcal/kg


Progredir até 40 kcal/kg
2,0 a 2,5 g PTN/kg

Glutamina e outros imunomoduladores


podem ser considerados (TCE)
Obesidade
TNE precoce em impossibilidade VO
Parâmetros habituais de avaliação + marcadores de síndrome metabólica
TN hipocalórica e hiperproteica
Meta kcal: 60-70% CI
11 – 14 kcal/kg IMC entre 30 e 50 kg/m2 ou
22 – 25 kcal/kg PI se IMC > 50 kg/m2
2,0 g PTN/kg PI IMC 30-40
Até 2,5 g PTN/kg PI IMC>40
Queimaduras

TNE precoce (24 horas)

> 20% SCQ  VET por CI semanal


PTN: 1,5 – 2,0 g/kg

GLN sem evidência


Principais insumos da NP
• Um grama (g) ou (=ml) de glicose anidra corresponde a 3,75 Kcal,
enquanto um grama de glicose monoidratada corresponde a 3,4 Kcal;

• Aminoácidos (cristalinos) Um grama (g) ou (=ml) corresponde a 4


Kcal;

• Emulsões lipídicas (EL 10% - 1,1Kcal/mL; EL 20% - 2 Kcal/mL).


Avaliação Nutricional
Calorimetria
• A Calorimetria Direta é aquela que mede a transferência de
calor do organismo para o meio ambiente;

• Enquanto a Calorimetria Indireta é aquela que mede a


produção de energia a partir dos equivalentes calóricos de
oxigênio consumido e do gás carbônico produzido.
TRIAGEM NUTRICIONAL
Triagem Público Aspectos avaliativos
Miniavaliação Nutricional Idosos Peso, estatura, perda de peso, estilo de vida, uso de
(MAN) medicamentos, mobilidade, autonomia e autopercepção
de saúde.
Avaliação Subjetiva Global Doença renal e Hepatopatias. percentual de perda de peso nos últimos 6 meses;
modificação na consistência dos alimentos ingeridos;
Pacientes oncológicos ASG-PPP sintomatologia gastrintestinal persistente por mais de 2
semanas;
presença de perda de gordura subcutânea e de edema.

MUST Desnutridos ou em risco de IMC, percentual de perda de peso não intencional em três
desnutrição a seis meses e interrupção da ingestão alimentar (presente
ou prévia).
Strong Kids Crianças e adolescentes Ingestão, perda de peso, sintomas gastrintestinais, doença
com alto risco nutricional.
TRIAGEM NUTRICIONAL
Triagem Público Aspectos avaliativos
NRS 2002 Pacientes hospitalizados Perda de peso indesejada (quantidade e tempo), Índice de
Massa Corporal (IMC) para adultos e percentil de peso para
a altura para crianças, apetite, capacidade de mastigação e
deglutição, presença de sintomas gastrointestinais (vômitos
e diarréia) e fatores de estresse da doença, levando-se em
consideração as consequências do estado clínico do
paciente para suas necessidades nutricionais.
TRIAGEM NUTRICIONAL NÃO É EXCLUSIVO DO NUTRICIONISTA
• Métodos diretos e indiretos de avaliação nutricional

• Métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos de avaliação da


composição corporal
CP

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