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A OMS possui o entendimento de saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade (CONSTITUIÇÃO DA
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1946).
A OMS, como forma de estabelecer o acesso universal à saúde, promove uma série de atividades,
por meio da cooperação técnica em conjunto com seus membros, orientadas para melhorias no
saneamento; na saúde familiar; na capacitação de trabalhadores na área de saúde; no
fortalecimento dos serviços médicos; na formulação de políticas de medicamentos e pesquisa
biomédica; e principalmente, na luta contra as doenças.
Um ambiente que respeite e proteja os direitos básicos civis, políticos, socioeconômicos e culturais é
fundamental para a promoção da saúde mental, disse a Organização Pan-Americana da
Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
Sem a segurança e a liberdade asseguradas por esses direitos, torna-se muito difícil manter um
elevado nível de saúde mental, disse a organização no dia mundial para o tema.
Segundo a organização, diversos fatores podem colocar em risco a saúde mental dos indivíduos;
entre eles, rápidas mudanças sociais, condições de trabalho estressantes, discriminação de gênero,
exclusão social, estilo de vida não saudável, violência e violação dos direitos humanos.
A promoção da saúde mental envolve ações que permitam às pessoas adotar e manter estilos de
vida saudáveis. Neste Dia Mundial da Saúde Mental, veja abaixo como a organização tem
trabalhado na resposta a esse problema de saúde pública.

Determinantes da saúde mental


Múltiplos fatores sociais, psicológicos e biológicos determinam o nível de saúde mental de uma
pessoa. Por exemplo, as pressões socioeconômicas contínuas são reconhecidas como riscos para a
saúde mental de indivíduos e comunidades. A evidência mais clara está associada aos indicadores
de pobreza, incluindo baixos níveis de escolaridade.
Uma saúde mental prejudicada também está associada a rápidas mudanças sociais, condições de
trabalho estressantes, discriminação de gênero, exclusão social, estilo de vida não saudável, risco
de violência, problemas físicos de saúde e violação dos direitos humanos.
Há também fatores psicológicos e de personalidade específicos que tornam as pessoas vulneráveis
aos transtornos mentais. Por último, há algumas causas biológicas, incluindo fatores genéticos, que
contribuem para desequilíbrios químicos no cérebro, segundo a OMS.
A Constituição da OMS, elaborada em 1946, traz entre seus princípios fundamentais a definição de
saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a
ausência de doença ou enfermidade", comprometendo a Organização, em seu artigo 1º, com o
objetivo de "alcançar para todos os povos o nível mais elevado possível de saúde". Sua aprovação,
em 7 de abril de 1948, teve o Brasil como um dos signatários. No artigo 2º, entre as funções da OMS
está a de "promover, em cooperação com outras agências especializadas quando necessário, a
melhoria das condições de nutrição, moradia, saneamento, recreação, econômicas ou de trabalho, e
outros aspectos de higiene ambiental"15.
Saúde:
(i) todos os anos, seis milhões de crianças morrem de má nutrição antes de fazerem cinco anos;
(ii) mais de 50% dos africanos sofrem de doenças relacionadas à qualidade da água, como cólera e
diarreia infantil;
(iii) todos os dias, o HIV mata 6.000 pessoas e infecta outras 8.200;
(iv) a cada 30 segundos, uma criança africana morre devido à malária - o que significa mais de um
milhão de crianças mortas por ano;
(v) a cada ano, aproximadamente 300 a 500 milhões de pessoas são infectadas pela malária, das
quais cerca de três milhões morrem por causa dessa doença;
(vi) a tuberculose (TB) é a principal causa de morte relacionada à AIDS e, emalgumas partes da
África, 75% dos portadores do vírus HIV também têm TB.
Fome:
Mais de 800 milhões de pessoas vão se deitar todas as noites com fome; dentre elas, 300 milhões são
crianças; dessas, 8% são vítimas de fome ou de outras condições de emergência. Mais de 90% sofrem de má
nutrição prolongada e de um déficit de micronutrientes; e a cada 3,6 segundos mais uma pessoa morre de
fome, em sua grande maioria, são crianças com menos de 5 anos.

Água:
(i) mais de 2,6 bilhões de pessoas - mais de 40% da população mundial - carecem de saneamento básico e
mais de um bilhão continuam a usar fontes de água impróprias para o consumo;
(ii) quatro em cada dez pessoas no mundo carecem de acesso a uma simples latrina; e
(iii) cinco milhões de pessoas, na sua maioria crianças, morrem todos os anos de doenças relacionadas à
qualidade da água.
Em dezembro de 2017, com o tema "Por um planeta sem poluição", a Assembleia
do Meio Ambiente das Nações Unidas, que convoca ministros do meio ambiente
de todo o mundo, adotou uma resolução sobre meio ambiente e saúde, pediu
parcerias abrangentes entre agências e parceiros relevantes das Nações Unidas
e para um plano de implementação para combater a poluição.
Entre as áreas prioritárias de cooperação entre a OMS e a ONU Meio Ambiente, estão:

Qualidade do ar – Monitoramento mais eficaz da qualidade do ar, incluindo orientação para os


países em procedimentos operacionais padrão; avaliações mais precisas sobre ambiente e saúde,
também com avaliação econômica; e advocacy, como exemplifica a campanha BreatheLife,
promovendo reduções na poluição do ar para benefícios climáticos e para a saúde.

Clima – Combater as doenças transmitidas por vetores e outros riscos para a saúde relacionados ao
clima, inclusive por meio de uma melhor avaliação dos benefícios para a saúde decorrentes de
estratégias de mitigação climática e adaptação.

Água – Garantir um monitoramento efetivo dos dados sobre a qualidade da água, até mesmo por
meio do compartilhamento de dados e análise colaborativa de riscos de poluição para a saúde.

Resíduos e produtos químicos – Promoção de uma gestão mais sustentável de resíduos e


produtos químicos, particularmente em relação aos pesticidas, fertilizantes e uso de antimicrobianos.
A colaboração visa avançar rumo ao objetivo de uma boa gestão dos produtos químicos para o ciclo
de vida até 2020, estabelecido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável de 2012.

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