A Organização Mundial de Saúde (OMS) realiza constantemente análises sobre
a saúde em nosso planeta. As estatísticas apresentadas pela organização permitem-nos
entender quais são os problemas que afetam a saúde da população e, consequentemente, adotar medidas que visem a melhorar alguns quadros. Uma das estatísticas apresentadas pela OMS fala das causas de morte no mundo. No ano de 2016, foram registradas as causas de 56,9 milhões de mortes e foi feito um ranking com as principais. De acordo com os dados da OMS, os 5 problemas de saúde que mais matam no mundo são respectivamente: Cardiopatia isquêmica, Acidente vascular cerebral (AVC), Doença pulmonar obstrutiva crônica, Infecções das vias respiratórias inferiores e Alzheimer. Dessas causas de morte, destacam-se as duas primeiras (cardiopatia isquêmica e acidente vascular cerebral), que foram responsáveis por 15,2 milhões de mortes, no ano de registro. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, “mais de três quartos das mortes por doenças cardiovasculares ocorrem em países de baixa e média renda”. Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são aquelas que se desenvolvem ao longo da vida, muitas vezes de forma lenta, silenciosa e sem apresentar sintomas, mas que comprometem muito à qualidade de vida e oferecem grave risco ao indivíduo. Entre as principais DCNT estão: doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas (bronquite, asma, rinite), hipertensão, câncer, diabetes e doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia). Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as DCNT são responsáveis por 63% das mortes no mundo. No Brasil, são a causa de 74% dos óbitos. Apesar dessa realidade, a maioria das doenças crônicas pode ser prevenida ou controlada, após diagnóstico correto e tratamento adequado, possibilitando ao indivíduo ter melhor qualidade de vida. Para isso é preciso, em primeiro lugar, conhecer a doença e, em segundo, tratá-la de forma correta, completa e contínua. No início do século passado, às doenças infecciosas eram as que mais levavam ao óbito (cerca de 50%) enquanto que hoje, com as melhorias de condições sócio-econômico-culturais, a mortalidade está associada às doenças crônicas não transmissíveis. A sociedade, no decorrer da história, tem passado por inúmeras transformações, em relação às diferentes necessidades apresentadas pelas pessoas. A escola, inserida nesse contexto precisa também compreender as diferentes necessidades e condições apresentadas por cada um dos alunos diariamente, em especial no tocante aos processos de aprendizagem. Destacamos as crianças com doenças crônicas que precisam realizar constantemente tratamentos e, em alguns casos, apresentam limitações por causa das gravidades e fragilidades da própria doença. Essas crianças necessitam constantemente se ausentar do ambiente escolar para seus tratamentos, o que exige um olhar atento dos professores e das equipes pedagógicas. Essa situação prejudica o processo de escolarização das crianças e, no caso da internação, as afastam do convívio escolar e social. A vivência no ambiente hospitalar torna-se mais difícil porque além de precisarem lidar com suas patologias, estão afastadas do convívio familiar, escolar e de tudo que lhes são familiares. Paula e Zaias (2009) alertam que a Classe Hospitalar ainda encontra diversos desafios em sua implantação dentro de inúmeros hospitais pelas regiões do Brasil, visto que muitas pessoas não sabem que a escola no hospital se constitui como um direito de cidadão e uma maneira das crianças darem continuidade aos seus estudos. Além de ensinar os conteúdos curriculares, a Escola Municipal Antônio Trovão de Caturité - PB também é um espaço de socialização e formação dos alunos enquanto cidadãos e pessoas atuantes na sociedade. É nesse ambiente escolar que são adquiridos conhecimentos importantes para a vida e a promoção da saúde deve fazer parte desses ensinamentos. Com isso, a escola contribui para criar hábitos saudáveis que serão cultivados até a idade adulta, melhorando a qualidade de vida da população em geral. Assim, a criação de hábitos de higiene, conhecimento sobre prevenção de doenças e desenvolvimento de hábitos saudáveis, por exemplo, podem ser abordadas de maneira interdisciplinar para ajudar na conscientização dos estudantes. Algumas ações que podem ser praticadas no ambiente escolar para promover a saúde são: Ensinar sobre cuidados com higiene; Incentivar a prática de atividades físicas; Ensinar a importância de uma alimentação saudável; Incluir frutas, verduras, legumes e outros alimentos nutritivos no cardápio da escola; Conscientizar os alunos sobre a importância de hábitos saudáveis como prevenção de doenças; Promover aulas e discussões sobre saúde mental; Envolver os alunos em atividades práticas, como cuidar de uma horta na escola; e Capacitar os professores para tirar dúvidas e identificar sinais de que o aluno precisa de ajuda.