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VIOLÊNCIA
O homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima. Os
homens adolescentes e jovens são os que mais sofrem lesões e traumas devido a
agressões, e as agressões sofridas são mais graves e demandam maior tempo de
internação, em relação à sofrida pelas mulheres (Souza, 2005). Determinados
processos de socialização têm o potencial de envolver os homens em episódios de
violência. A agressividade está biologicamente associada ao sexo masculino e, em
grande parte, vinculada ao uso abusivo de álcool, de drogas ilícitas e ao acesso as
armas de fogo. Sob o ponto de vista sociocultural, a violência é uma forma social de
poder que fragiliza a própria pessoa que a pratica.
Fonte:IBGE/MS/SE/DATASUS,2005 Fonte: IBGE/MS/SE/DATASUS,2005 12 A
integralidade na atenção à saúde do homem implica na visão sistêmica sobre o
processo da violência, requerendo a des-essencialização de seu papel de agressor,
por meio da consideração crítica dos fatores que vulnerabilizam o homem à autoria
da violência, a fim de intervir preventivamente sobre as suas causas, e não apenas
em sua reparação.
A violência no sentido amplo deve ser compreendida como determinante dos
indicadores de morbimortalidade por causas externas em todas as suas
dimensões, a saber: acidentes por transporte, agressões e lesões autoprovocadas
voluntariamente e/ou suicídios, de acordo com os dados que serão apresentados na
presente política.
Alcoolismo e Tabagismo
Os homens iniciam precocemente o consumo de álcool, tendem a beber mais e a
ter mais prejuízos em relação à saúde do que as mulheres. No Brasil, as
internações de mulheres por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso
de álcool, segundo o DATASUS (2006), representaram 2% de todas as internações
por transtornos mentais e comportamentais, enquanto os homens apresentaram um
percentual de 20%. Avaliar os determinantes sociais de vulnerabilidade do homem
para os problemas com o álcool torna-se, assim, imperioso para a construção de
ações efetivas de prevenção e promoção da saúde mental deste segmento. Na
medida em que o uso do álcool, como apontam diversos estudos, está sendo
iniciado cada vez mais precocemente por homens e mulheres, as ações de
promoção e prevenção para jovens e adolescentes também merecem mais
investimento e monitoramento. Transtornos graves associados ao consumo de
álcool e outras drogas (exceto tabaco) afetam pelo menos 12% da população acima
de 12 anos, sendo o impacto do álcool dez vezes maior que o do conjunto das
drogas ilícitas, segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas.
Quais as doenças que mais acomete os homens?
Doenças do coração;
Câncer;
Diabetes;
Colesterol;
Pressão arterial alta.
Doenças cardiovasculares:
Homens com mais de 50 anos apresentam mais doenças cardiovasculares do que
mulheres na mesma fase da vida. Isso porque os homens são mais propensos a
desenvolver certos tipos de hábitos, como:
Alcoolismo;
Hipertensão arterial;
Sedentarismo;
Colesterol alto;
Obesidade;
Diabetes.
Em relação às doenças cardíacas, as mais prevalentes no sexo masculino são o
infarto do miocárdio, a angina e o acidente vascular cerebral (AVC).
Diabetes
A diabetes é uma doença silenciosa que atinge um número cada vez maior de
homens, no Brasil e no mundo. E, outra vez, ela está ligada a comportamentos nada
saudáveis. Cerca de 90% dos casos de diabetes tipo 2 estão relacionados a esses
hábitos.
A diabetes é uma condição crônica que ocorre quando o corpo não consegue
produzir insulina suficiente ou não consegue usar efetivamente a insulina que
produz. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e é essencial para
permitir que o açúcar (glicose) entre nas células do corpo, onde é usado como fonte
de energia.
Hipertensão Arterial
Uma doença crônica conhecida como hipertensão arterial é caracterizada por níveis
elevados de pressão sanguínea nas artérias. Ela ocorre quando os valores de
pressão máxima e mínima são iguais ou superiores aos limites 140/90 mmHg (ou 14
por 9).
A pressão alta força o coração a trabalhar mais do que o normal para garantir que o
sangue seja distribuído adequadamente por todo o corpo.
Essa doença afeta 35,8% dos homens no Brasil e é um dos principais fatores de
risco para o desenvolvimento de AVC, infarto, aneurisma arterial, insuficiência renal
e doença cardíaca. As causas mais comuns da doença são uma dieta rica em sal e
a falta de atividade física.
Doenças Hepáticas
As doenças hepáticas que afetam o fígado são mais prevalentes em homens do que
em mulheres, como:
Cirrose;
Hepatite;
Esteatose;
Câncer de fígado.
Este tipo de doença pode ser causado por predisposições genéticas ou vírus, bem
como pelo consumo excessivo de álcool e escolhas de estilo de vida nada
saudáveis. A idade e a obesidade aumentam a probabilidade de desenvolver uma
hepatite.
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Fibrose e Cirrose:
A fibrose hepática é a formação excessiva de tecido fibroso no fígado, muitas vezes
como resposta a lesões ou inflamação crônica. Se não controlada, pode levar à cirrose
hepática.
A cirrose hepática é uma condição em que o tecido hepático normal é substituído por
tecido cicatricial, prejudicando a função do fígado.
Causas comuns incluem hepatite crônica, consumo excessivo de álcool e outras
doenças hepáticas crônicas.
Os sintomas podem incluir fadiga, fraqueza, inchaço abdominal e icterícia.
O tratamento visa tratar a causa subjacente e pode envolver mudanças no estilo de
vida, medicamentos e, em casos graves, transplante de fígado.
Úlcera Gástrica, Úlcera Duodenal e Úlcera Péptica:
Úlceras são feridas abertas que se formam no revestimento do estômago (úlcera
gástrica) ou na parte superior do intestino delgado, chamado duodeno (úlcera
duodenal).
As úlceras pépticas ocorrem quando há um desequilíbrio entre os fatores agressivos
(como ácido estomacal) e os fatores de defesa do revestimento do estômago ou do
duodeno.
Causas incluem infecção por H. pylori, uso prolongado de anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs) e fatores de estilo de vida.
Os sintomas incluem dor abdominal, queimação, indigestão e náuseas.
O tratamento pode envolver medicamentos para reduzir a produção de ácido,
antibióticos (se houver infecção por H. pylori) e mudanças no estilo de vida.
Peritonite:
A peritonite é a inflamação do peritônio, a membrana que reveste a cavidade
abdominal e cobre os órgãos abdominais.
Pode ser causada por infecções bacterianas, perfuração do trato gastrointestinal,
apendicite, entre outras causas.
Os sintomas incluem dor abdominal intensa, sensibilidade à pressão, inchaço
abdominal e febre.
O tratamento geralmente envolve antibióticos e, em casos graves, pode ser necessária
cirurgia para corrigir a causa subjacente.
Colecistite:
A colecistite é a inflamação da vesícula biliar, muitas vezes associada à presença de
cálculos biliares.
Causas comuns incluem a obstrução do ducto biliar por cálculos biliares.
Os sintomas incluem dor abdominal intensa, especialmente após comer, náuseas,
vômitos e febre.
O tratamento pode envolver medicamentos para aliviar a inflamação e a remoção
cirúrgica da vesícula biliar em casos graves.
Tumores:
Os tumores que incidem com maior freqüência na faixa etária dos 25 - 59 anos são
oriundos dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário.
A mortalidade por câncer do aparelho digestivo, no ano de 2005, teve sua maior
expressão numérica no câncer de estômago, ainda que imediatamente seguida pelo
câncer de boca e de esôfago.
As neoplasias malignas do aparelho respiratório determinaram o maior número de
mortalidade na faixa populacional dos 25-59 anos, tendo ocorrido um total de 12.005
óbitos no ano de 2005.
No contexto geral das 10 neoplasias malignas que mais freqüentemente causaram a
morte, logo após o câncer de pulmão, traquéia e brônquios, aparece o câncer de
próstata.
O câncer da próstata é uma neoplasia que geralmente apresenta evolução muito
lenta, de modo que a mortalidade poderá ser evitada quando o processo é
diagnosticado e tratado com precocidade.
DIRETRIZES:
integralidade, factibilidade, coerência e viabilidade.
No que tange a coerência, as diretrizes que serão propostas estão baseadas nos
princípios anteriormente enunciados, estando compatível com os princípios do SUS.
Diretrizes:
• Entender a Saúde do Homem como um conjunto de ações de promoção,
prevenção, assistência e recuperação da saúde, executado nos diferentes níveis de
atenção. Deve-se priorizar a atenção básica, com foco na Estratégia de Saúde da
Família, porta de entrada do sistema de saúde integral, hierarquizado e
regionalizado;
• Reforçar a responsabilidade dos três níveis de gestão e do controle social, de
acordo com as competências de cada um, garantindo condições para a execução
da presente política;
• Nortear a prática de saúde pela humanização e a qualidade da assistência a ser
prestada, princípios que devem permear todas as ações;
• Integrar a execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde;
• Promover a articulação interinstitucional, em especial com o setor Educação, como
promotor de novas formas de pensar e agir;
• Reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os
homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por
sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que
necessitem de cuidados;
• Integrar as entidades da sociedade organizada na co-responsabilidade das ações
governamentais pela convicção de que a saúde não é só um dever do Estado, mas
uma prerrogativa da cidadania;
• Incluir na Educação Permanente dos trabalhadores do SUS temas ligados a
Atenção Integral à Saúde do Homem;
• Aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira a possibilitar um melhor
monitoramento que permita tomadas racionais de decisão; e
• Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações da
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.