PILATES

PARA
IDOSOS
TUDO SOBRE PILATES NOS IDOSOS

E S CRITO POR R ADH IJA MU SSI E CA I O CE Z A R

Pilates para Idosos: Tudo sobre
Pilates na Terceira Idade
Esta introdução é importante para entender que estamos construindo
toda uma história de vida e que a mesma estratégia usada para uma
pessoa pode não ser eficaz com outra, por isso este é um guia completo
sobre Pilates para Idosos.
Alguns adultos, ao longo da sua vida, podem ter praticado alguma
forma de desporto, praticado exercício físico regularmente, cuidaram
da sua dieta, não tendo utilizado tabaco, bebidas alcoólicas ou de
estupefacientes, e têm obtido mais acesso a serviços focados na saúde
e na educação, enquanto outros não.
Todos estes fatores associados à predisposição genética e à construção
biopsicossocial, que é um conceito amplo que engloba fatores
biológicos (genéticos, bioquímicos etc.), fatores psicológicos (estado
de humor, personalidade, comportamento etc.) terão impacto nos
processos de envelhecimento.
Um fator que beneficia a saúde da pessoa de terceira idade, tanto físico
como mental, é a prática dos exercícios físicos. Esta descoberta levou
à criação e ampliação de vários programas para esta população, mas,
torna-se necessário um planejamento para englobar vários elementos,
incluindo a avaliação direcionada às suas necessidades.
Assim, os exames específicos para avaliar a capacidade física do idoso
tornam-se necessários e indispensáveis, pois fornecem uma base
importante para o planeamento e gestão eficazes dos programas de
exercícios físicos que serão realizados nas Pilates para idosos.
Fisiologia do Envelhecimento
Mas no final, quando começa o processo de envelhecimento?
Esta é uma questão muito comum e a resposta é simples. Este processo parte da
fertilização e continua desde o nascimento.
A única diferença é que a partir deste período até à nossa fase adulta estamos na
fase de ganhos biológicos adquirindo aumento da massa muscular, osso, aumentan-
do as nossas capacidades motoras, entre outras.
E depois do ápice dos nossos ganhos em torno de 30 anos e no final desta terceira
década da nossa vida começam a surgir as primeiras alterações funcionais e estrutu-
rais e, no início da quarta década da nossa vida, ou seja, aos 40 anos há uma perda de
aproximadamente 1% da função por cada ano vivido , nos diferentes sistemas orgâni-
cos.
O envelhecimento fisiológico compreende uma série de alterações nas funções or-
gânicas devido exclusivamente aos efeitos da idade avançada no corpo, fazendo com
que perca a capacidade de manter o equilíbrio homeostático e todas as funções fi-
siológicas diminuam gradualmente.
O processo de envelhecimento muda muito entre as pessoas e é influenciado tanto
pelo estilo de vida como pelos fatores genéticos. Os especialistas em envelhecimen-
to acreditam que os humanos em geral podem viver até 115 a 120 anos se o estilo de
vida e o perfil genético fossem ideais.
Pesquisas realizadas nos EUA sobre as perspectivas de vida, revelaram que cerca de 6
em cada 10 americanos disseram que tinham vontade de viver até aos 100 anos.
Dois terços dos americanos que participaram na investigação acreditavam ter algum controle sobre como e quanto viveriam, 9 em cada 10 deles queriam adotar uma atitude mais
positiva, ingerir alimentos mais nutritivos e saudáveis, ou mesmo fazer exercícios regularmente para cumprir esse objetivo em relação à longevidade.

No que diz respeito aos maiores medos, os entrevistados de terceira idade disseram:

• Viver em Asilos (64%)

• Desenvolver Alzheimer (56%)

Entre a geriatria, há conselhos unânimes: exercício físico. De todas as faixas etárias, os idosos beneficiam-se mais da atividade física para alcançar um envelhecimento ativo e sau-
dável.
Há dois processos que ocorrem durante o envelhecimento que são totalmente diferentes uns dos outros, mas os profissionais estão muito confusos, sendo eles: senescência e
senilidade.

Senescência
Processo de envelhecimento natural que ocorre de forma saudável, isto é, sem se comprometer com a manutenção das necessidades básicas de vida, incluindo como exemplo:

• Comida
• Locomoção
• Higiene Pessoal e Relação Interpessoal

Todos eles sendo um processo progressivo de diminuição de reserva funcional.

Senilidade
Processo de envelhecimento associado ao desenvolvimento de condições patológicas que podem ser causadas por: stress emocional, acidentes ou relatos de doenças degenera-
tivas crónicas. Entre elas podemos citar, por exemplo: pressão arterial alta e diabetes.
Além dos maus hábitos de vida, que podem prejudicar o indivíduo gerando deficiências funcionais, insuficiência de órgãos. Estas alterações podem levar à perda de:
1. Resistência
2. Flexibilidade
3. Equilíbrio
4. Coordenação
5. Memória

Todos eles levando a uma considerável perda de autonomia e qualidade de vida da pessoa mais velha.
Principais Patologias na Terceira Idade
Hipertensão arterial sistémica
A hipertensão mais elevada é caracterizada pelo aumento da resistência periférica com
diminuição do volume cardíaco e intravascular, hipertrofia cardíaca concêntrica, redução
da frequência cardíaca e volume sistólico, além de ser acompanhada por alta produção
cardíaca.

O fluxo sanguíneo renal é desproporcionalmente reduzido.

No principal, apesar do endurecimento das artérias que conduzem ao aumento da pres-

são arterial (PA), a pressão arterial alta não pode ser considerada como um envelheci-
mento normal e deve ser considerada como uma doença a ser tratada adequadamente.

Estudos demonstraram claramente que o controle adequado da PA reduz o risco de de-

senvolver insuficiência coronária, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular ce-
rebral e insuficiência renal.

Acidente Vascular Cerebral

O termo AVE (Acidente Vascular Cerebral) significa o compromisso súbito da função ce-
rebral causado por inúmeras

alterações histopatológicas que envolvem um ou mais vasos sanguíneos intracranianos.

Os sinais e sintomas específicos do Ave estão diretamente relacionados com a localiza-
ção e extensão da lesão.

O AVE pode manifestar-se por défice efémero ou sequelas graves, após o AVE, alguns pa-
cientes continuam a ser lúcidos, enquanto outros podem desenvolver confusão mental,
delírio, amnésia, sonolência ou coma.
Os acidentes vasculares cerebrais (AVE) são hoje uma das causas mais comuns de
disfunção neurológica que ocorre na população adulta, sendo responsável por cerca
de 25% das mortes nos países desenvolvidos, além de grande parte das deficiências
físicas que atingem os idosos.

Nos Estados Unidos, cerca de três milhões de pessoas sobrevivem a um AVC e cerca
de 500.000 pessoas têm um novo AVE. Destas, 150.000 pessoas por ano morrerão,
tornando-se a terceira maior causa de mortes por doenças na América, depois de
doenças cardíacas e cancer.

Tão grave que a taxa anual de incidência e mortalidade é a alta probabilidade de um

acidente cerebral recaído, que é muito comum em quase todas as formas de doença
vascular cerebral e cada recorrência constitui um alto risco de mortalidade ou incapa-
cidade e dependência permanente.

Os programas regulares de atividade física desenvolvidos no Brasil, bem como em

grande parte do mundo, têm como principal objetivo, quase sempre, a natureza pre-
ventiva, ou seja, atividades que impedem a ocorrência de um acidente vascular cere-
bral.

Mas os investigadores afirmam que poucos estudos foram desenvolvidos em relação

a acidente vascular cerebral e exercício físico.

No Brasil, nenhum programa de exercício físico e/ou desportivo é conhecido por pes-
soas com sequelas AVE, graduando-se em programas de reabilitação.

Também não existem estudos conhecidos que foram desenvolvidos com o objeti-
vo de verificar as mudanças no comportamento emocional destes indivíduos, após a
realização de um programa regular de exercício físico, com ênfase na melhoria da sua
qualidade de vida.
Diabetes na Terceira Idade
Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome decorrente de deficiência e/ou redução do efeito biológico da insulina, caracterizada pela
presença de hiperglicemia.

Na diabetes tipo 1, em que há deficiência de insulina, 10% da população diabética é submetida a uma sintomatologia complexa de
substância excessiva de glicose e ácidos gordos circulantes, hiperosmolaridade e hipercetonemia, dependentes do nível de redução
da insulina.

Enquanto isso, na diabetes tipo 2, uma síndrome plurimetabólica associada à hiperinsulinemia é evidenciada em que a perturbação
básica decorre da resistência à insulina.

Ao contrário da diabetes tipo 1, esta forma de diabetes é a mais comum (90% da população diabética), especialmente depois dos 40
anos, é frequentemente associada à pressão arterial alta, obesidade, dislipidemia, tabagismo e estilos de vida sedentários.

Um fator agravante da deficiência de insulina refere-se à degradação da gordura (lipólise) nos ácidos gordos isentos de glicerol. Áci-
dos gordos livres são convertidos em cetonas pelo fígado. Na Cetoacidosis existe uma produção de corpos de cetona (cetônicos) de
devido à falta de insulina, o que normalmente evitaria este quadro.

A insulina é a hormona responsável pelo uso da glicose no corpo, funcionando como uma chave de abertura para as células permi-
tindo a entrada de açúcar. Quando, por qualquer razão, ocorre a falta de insulina, as células são privadas do seu principal combustível,
isto é, glicose.

Nesta situação, o corpo necessitará de outras fontes de energia que não necessitem de insulina para uso, utilizando depósitos de
gordura.

Para o uso da gordura corporal como fonte de energia, é transformado em ácidos, conhecidos como corpos cetonônicos, que serão
usados como fonte de alimento para as células.

A persistência da deficiência absoluta ou relativa da insulina faz com que eleve consideravelmente os níveis deste ácido no sangue,
tornando-o ácido, o que é extremamente prejudicial para o corpo.
Osteoartrose/Osteoartrite/
Artrose
3 nomes para a mesma doença. A osteoartrite do joelho é uma doença infla-
matória e degenerativa que causa a destruição da cartilagem articular e leva
a uma deformidade da articulação. Entre as articulações de apoio ao peso, o
joelho é o mais afetado.

Estudos mostram que 85% dos idosos têm pelo menos uma doença crónica,
na maioria das vezes, decorrente da dificuldade de locomoção e problemas
nas articulações, ossos e músculos, e 10% têm pelo menos cinco dessas doen-
ças crônicas.

As principais alterações causadas pelo envelhecimento são o aumento da

quantidade de gordura no corpo, diminuição da força muscular, reflexos de
ação e reação, coordenação, osteoporose, ligamentos e tendões mais fracos,
problemas na capacidade motora e aptidão física.

O aumento da massa ou a maior proporção de gordura corporal podem au-

mentar a sobrecarga do corpo, limitando os movimentos e aumentando o
stress nas articulações e nos músculos, aumentando o risco de incapacidades
em pessoas mais velhas obesas.

A capacidade funcional, ao longo da vida, diminui nos idosos. É por isso que
é importante manter a independência e prevenir as deficiências. Para isso, é
necessário reabilitar para garantir a qualidade de vida. O processo natural de
envelhecimento associado a doenças crónicas é responsável pela limitação do
cliente de terceira idade.
Os doentes obesos devem ser informados de que a gestão e a redução do peso corporal são estratégias essenciais para minimizar os problemas de osteoartrite, principalmente em articulações que su-
portam muito peso.

Os cuidados adequados e o desempenho da fisioterapia nesta doença podem levar a diferenças significativas na qualidade de vida do paciente e impedir que a osteoartrite cause mais danos.

Incontinência urinária
A Sociedade Internacional de Incontinência define a incontinência urinária como a condição em que a perda involuntária da urina é um problema social ou de higiene e está objetivamente comprovada.

A incontinência urinária é frequentemente mal interpretada como uma parte natural do envelhecimento. Alterações que comprometem a vida social como a vergonha, a depressão e o isolamento, fazem
muitas vezes parte do quadro clínico, causando grandes distúrbios aos pacientes e familiares.

Estudos revelam que a prevalência de incontinência urinária na terceira idade varia entre 8% e 34%.

Esta variação da prevalência pode ser parcialmente explicada pelos diferentes tipos de questionários aplicados, por diferentes amostras populacionais, pela falta de uniformidade nas definições, pela au-
sência de acompanhamento a longo prazo das populações estudadas e pelo desconhecimento da história da incontinência urinária.

Uma das alterações de hábitos urinários mais comuns na terceira idade é a nocturia (necessidade de acordar de noite para ir ao banheiro).

Alterações hormonais do envelhecimento, como o aumento da secreção da vasopressina e do hormônio natriurética, podem resultar na eliminação preponderante de fluidos ingeridos (durante o dia) du-
rante o período noturno, o mesmo na ausência de insuficiência venosa, insuficiência cardíaca, doença renal ou obstrução da próstata.

Estas alterações, associadas à ocorrência de distúrbios do sono, significam que as pessoas com mais de 65 anos têm 1 a 2 episódios de nocturia mesmo na ausência de qualquer doença.

Classificamos a incontinência urinária no principal como:

• Nocturia
• Incontinência Urinária Transitória
• Incontinência Urinária Persistente

Urge-incontinência – refere-se aos sintomas clínicos da polaquiuria, urgência urinária, nocturia e incontinência de urge. A incontinência urinária relacionada com o esvaziamento inadequado da bexiga –
incapacidade de esvaziar completamente a bexiga e a incontinência urinária do esforço (é a hipermobilidade uretral decorrente da fraqueza do assoalho pélvico ou consequente aos procedimentos cirúr-
gicos).
Importância da Prática de Exercício Físico no Idoso
O exercício físico regular melhora a força, a massa muscular e a flexibilidade articular especialmente, em indivíduos com mais de 50 anos. A “forma de treinar” de adultos em terceira idade (capacidade de
adaptação fisiológica ao exercício) não difere da dos indivíduos mais jovens.

É um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa etária, especialmente na terceira idade, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas, tais como:

• Aumento do VO2 max

• Maiores Benefícios Circulatórios Periféricos
• Aumento da massa muscular
• Melhor Controle da Glicêmia
• Perfil lipídico melhorado
• Redução do peso corporal
• Melhor repouso e controle da pressão arterial
• Melhor função pulmonar
• Melhoria do equilíbrio e marcha
• Menos Unidade para a Realização de Atividades Diárias
• Melhoria da Autoestima e Autoconfiança
• Melhoria significativa da qualidade de vida

O exercício físico regular diminui a incidência de quedas, o risco de fraturas e morta-
lidade nos portadores da doença de Parkinson.
Para benefício adicional, o exercício físico nestes pacientes deve incluir treino de
equilíbrio, exercícios de caminhada e força. O exercício físico também tem sido de-
fendido para outras patologias neurológicas, como a esclerose múltipla e a doença
de Alzheimer.
O exercício físico regular nos idosos – em particular os exercícios em que se baseiam
os exercícios de peso e força – promove uma maior fixação do cálcio nos ossos, aju-
dando na prevenção e tratamento da osteoporose.
Aumenta ainda a força e resistência muscular, o equilíbrio e a flexibilidade, com a
consequente diminuição da incidência de quedas, fraturas e suas complicações.
Clientes que possuem osteoartrose também podem e devem praticar exercícios re-
gularmente, desde que adaptados à sua condição.
Assim, o método Pilates é visto como uma prática essencial de exercício físico para
a população idosa com benefícios aos quais muitos estudos científicos apontam na
sua investigação o impacto positivo na qualidade de vida dos idosos.
Benefícios da Prática de Pilates para idosos
Pilates para idosos vem ganhando cada vez mais seguidores, porque é uma técnica dinâmi-
ca que visa trabalhar força, alongamento e flexibilidade, preocupando-se em manter as cur-
vaturas fisiológicas do corpo e ter o abdómen como centro de força, que é constantemente
trabalhado em todos os exercícios da técnica, realizado com poucas repetições.
A técnica apresenta muitas variações de exercícios e benefícios que ajudariam a prevenir e
proporcionar alívio da dor crónica.
Pode ser realizado por pessoas que procuram alguma atividade física, por indivíduos que
têm alguma patologia ou cirurgia musculoesquelética onde a reabilitação é necessária, e
também por atletas que pretendem melhorar o seu desempenho.
A abordagem clara e precisa do método Pilates é exigir que o indivíduo mantenha a sua
mente focada para controlar o PowerHouse a toda a hora, através da respiração.
É vital respirar profundamente e plenamente e antes de qualquer benefício alcançado com
a utilização do método, é necessário aprender a respirar corretamente, mesmo que esta
não seja uma conquista fácil.
No cliente de terceira idade, o método Pilates trabalha principalmente para treino de força,
flexibilidade, postura, equilíbrios estáticos e dinâmicos, coordenação motora, estimulação
propioceptiva, melhor capacidade cardiorrespiratória e consciência corporal.
Pilates engloba uma série de exercícios e alongamentos que desenvolvem no praticante
uma consciência corporal, o princípio da “Contrologia (pilates)” promove a harmonia entre o
corpo e a mente proporcionando benefícios efetivos para o indivíduo.

Indicação ideal de exercício para
cada pessoa de terceira idade
É importante salientar neste tópico que cada exercício tem uma leitura
dinâmica do movimento único e individualizado.
Ou seja, cada exercício tem mais do que um objetivo diferente, no qual
só é obtido se a pessoa de terceira idade estiver bem posicionada para
executar cada sequência de movimentos necessários no decurso de cada
fase do exercício e, acima de tudo, lembrar que a limitação do movimento
e as particularidades únicas de cada cliente de terceira idade devem ser
respeitadas.
Para indicar quais os exercícios do método Pilates para terceira idade é
ideal para cada cliente precisamos entender a leitura do movimento pri-
meiro. Mas o que significa isto?
De uma forma clara e objetiva, a leitura do movimento é resumida na
análise e compreensão das competências necessárias para a realização
de cada movimento dentro de cada fase de movimento que o exercício
irá promover e juntar esta leitura à capacidade do seu paciente de execu-
tar cada etapa. Com base nesta análise, devemos questionar:
Será que o aluno está capacitado para realizar a mobilidade total que o
exercício propõe?
Com base nesta questão, temos de fazer a união entre o que o exercício
exige e o que o meu paciente mais velho pode fazer.
A partir deste prisma começamos a separar o exercício por etapas, em
que podemos chamá-lo de preparatória ou educativa, dividindo o exer-
cício em estágios e observando como o meu paciente mais velho exe-
cuta cada um deles.
Além disso, vou adaptando o exercício sempre que seja necessário para
que o cliente de terceira idade possa realizar o mesmo de forma segura
e eficaz, respeitando as suas limitações.
Sendo assim, é evidente que para escolher corretamente o repertório
ideal de exercícios do método Pilates para adultos devemos conectar
perfeitamente entre:
• O objetivo que a pessoa mais velha quer alcançar com a prática do
método Pilates
• O seu objetivo como instrutor do método Pilates
• O objetivo do exercício proposto, juntamente com os requisitos bási-
cos do exercício escolhido, são os seis princípios do método Pilates que
são: concentração, respiração, centralização, controlo, precisão e fluidez.
Agora está claro, certo?
A prudência e a responsabilidade com a escolha do exercício com base
na leitura do movimento farão com que o repertório escolhido tenha
um impacto positivo e eficaz na melhoria da independência funcional e
se refletirá na qualidade de vida do cliente de terceira idade.
Exercícios de Pilates com Bola
Tenha cuidado com exercícios que promovam a instabilidade, porque se forem executados indevi-
damente, ou por uma pessoa idosa que não esteja apta a realizar o exercício com esta base instá-
vel (sentada na bola, por exemplo), pode sofrer uma queda, o que pode levar a complicações graves
desajustadas do quadro clínico que esta pessoa idosa já possui.

Antes de colocar a pessoa idosa em alguma base instável certifique que possui um excelente con-
trole de ajuste postural realizado pelos músculos profundos do tronco que são responsáveis pelo
equilíbrio e alinhamento postural, além da necessária estabilidade articular, ou seja, todo o cuidado
é pouco.

Com base neste raciocínio, antes de colocar qualquer base instável siga a sequência lógica de es-
tabilidade e evolução do equilíbrio e propriocepção que engloba:

• Exercícios em bases estáveis com suporte bipedal e olhos abertos: sentados e depois de ficar
em pé;
• Exercícios com bases estáveis com suporte unipodal, olhos abertos e MMSS suportados numa
base que proporciona segurança e depois evoluem sem suporte de um só Ms e depois sem os
dois MMSS (Nunca ao revés);
• Depois dos treinamentos acima realizados e com respostas positivas é que vamos pensar em
bases instáveis e seguir uma sequência progressiva com uso de recursos instáveis como: ba-
lance disc, bosu e, finalmente, a bola.

Vale a pena notar que a pessoa idosa NUNCA se levanta ou se ajoelha numa bola!

NUNCA coloque uma pessoa idosa numa base instável sem medidas de segurança e sem estar
perto dela.

Antes de colocar a pessoa idosa para se sentar numa bola, sente-se num disco de equilíbrio, de-
pois num bosu, e finalmente na bola. Lembre-se de começar sempre do mais estável e depois siga
para o instável e fique sempre ao lado do paciente mais velho!

Podemos ser criativos, mas nunca imprudentes, portanto devemos ser muito cuidadosos!
Método pilates para idosos obesos
Durante o processo de envelhecimento podemos observar que ocorrem alterações em relação à composição corporal nos idosos, das quais notamos principalmente a diminui-
ção da massa muscular e o aumento do tecido adiposo primordialmente na região abdominal.

Nos adultos que não se exercitam fisicamente e não têm uma dieta equilibrada, sabemos que este aumento do tecido adiposo na região abdominal pode apresentar riscos em
relação à doença cardíaca e ao aparecimento de síndromes metabólicas como o diabetes mellitus, que contribuem para o aumento da mortalidade.

Por esta razão, a prática de exercícios físicos de baixo impacto para adultos obesos torna-se indicada para prevenir e proteger as articulações que sofrem com sobrecargas e de-
sajustes motores durante a marcha.

O acompanhamento nutricional deve ser associado ao exercício físico para melhorar os resultados e promover um melhor ganho em relação ao condicionamento físico e perda
de tecido adiposo (gordura).

Com base neste prisma, o método Pilates para idosos obesos, associados ao acompanhamento nutricional, contribui para a redução das medidas de adiposidade, além de contri-
buir para a melhoria dos ajustes dinâmicos do equilíbrio durante a marcha.

Estes fatores são geralmente observados na população como o desfasamento motor em relação ao eixo de deslocamento do corpo e as fases de marcha que conduz à quedas
aumentadas e ferimentos graves e prejudica a interação biopsicossocial do idoso.

Assim, o método Pilates para adultos maiores obesos promove não só o condicionamento físico, mas também mental, contribuindo para melhorar a concentração e ajudar a “es-
vaziar a mente” e focar-se nos seus objetivos, como um repertório de exercícios sistematizados que usa o próprio peso corporal ou a resistência à base de molas.
Isto leva ao aumento da massa magra (músculos) e à dimi- Pré Pilates
nuição do tecido adiposo, sendo esta linha entre massa ma-
gra, músculo e tecido adiposo, inversamente proporcional, • Circulos de braços (Arm Circles)
ou seja, quanto mais massa magra (músculos) o idoso tenha • Dissociação coxofemoral
no corpo, menos tecido adiposo se acumulará no seu corpo. • Leg Up and Down
• Variação (Side Kicks)
Podemos notar esses fatores, como resultado final do idoso • Treino de extensão da coluna do pé
obeso que pratica o método Pilates, associado ao acompa-
nhamento nutricional: • Agachamento com apoio

• Força aumentada Cadillac

• Flexibilidade • Mermaid
• Equilíbrio • Spine strech
• Reeducação postural
• Melhoria do Desempenho para a Realização das Suas Reformer
Atividades diárias • Arm series completos (sentada na caixa)
• Variação de splits com ajuda
Exercícios do método de Pilates para o Obeso
Mat/Colchonete Chair
Decúbito ventral com cunha de posicionamento para evitar • Variación Footwork Sentado
desconforto respiratório.
• Variación Footwork de Pie
Método pilates para idosos
com Alzheimer
Esta é a forma de demência mais provável de atingir os idosos, e a patologia é progressiva, va-
riável e irreversível e seu risco aumenta com ao longo dos anos causando alterações no teci-
do cerebral, cujo curso é dividido em três fases: leve, moderada e grave.

Foi primeiramente analisada e documentada pelo Dr. Alois Alzheimer, que verificou que altera-
ções sofridas no tecido cerebral ocorreram nesta patologia, o que leva a déficits de alguns fa-
tores, incluindo:

• Memória
• Propiocepção
• Aprendizado
• Comunicação
• Linguagem
• Alteração de personalidade

E, consequentemente, devido à perda de flexibilidade e rigidez muscular, gerou uma diminui-

ção na faixa geral de movimento que prejudica o desempenho das atividades cotidianas que
leva, por exemplo, a uma dificuldade de andar, fazendo com que a pessoa mais velha que pos-
sui essa patologia apresente passos curtos, sem coordenação e arrastando os pés , aumen-
tando a instabilidade corporal e deixando-o propício ao risco de quedas.

O método pilates para pacientes com Alzheimer torna-se uma ótima ferramenta para ter um
repertório de exercícios de baixo impacto e que exercita:
 • Amplitude melhorada do movimento
• Mobilidade
• Flexibilidade
• Coordenação Motora
• Equilíbrio
• Contribui para a concentração
• Melhoria da Memória pela Sequência de Exercícios – como coreografia – gerando mais capacidade de associação, percepção, execução e reação de movimentos que refletem diretamente,
por exemplo, na melhoria da velocidade da marcha.

Ao realizar uma leitura do movimento de forma didática podemos verificar que o método pilates para maiores que possuem a doença de Alzheimer contribui de forma clara e objetiva para a di-
minuição da progressão da doença e complicações que podem levar a deformidades musculares e atrofias musculares.

Além de trabalhar a respiração e possuir ferramentas que levem à melhoria da marcha e do equilíbrio, que refletem na redução do risco de quedas promovendo em seus exercícios: movilidade,
propiocepção e controle motor, contribuindo efetivamente para a independência funcional.

Assim, podemos ver que o método pilates para adultos com Alzheimer impacta diretamente na melhoria da qualidade de vida do idoso.

Veja alguns exercícios do método pilates para adultos com Alzheimer:

Cadillac
• Variação roll up – Fortalecimento de MMII, Abdominais e Assoalho Pélvico
• Variação Mermaid – Flexores do tronco lateral de alongamento
• Spine Strech - Movilidade da Coluna e Estiramento da Cadeia traseira

Chair
• Footwork Sentado – Enfoque en Estabilizadores Profundos de Tronco responsables por el Equilibrio
• Footwork de Pie – Equilibrio, Descarga de Peso, Fortalecimiento de MMII y Movilidad Articular (rodilla, cadera y tobillo)
• Haminstreching – Movilidad de Columna y Estiramiento de Cadena Posterior

Reformer
• Footwork – Movilidade Articular (tornozelo), Fortalecimento do MMII
• Splits Variación – Liberación de Cadera, Cuádriceps y Cadena Posterior
Método pilates para idosos hipertensos
A hipertensão arterial sistêmica é uma das doenças que mais atingem a maior população levando ao maior número de internações hospitalares e, muitas vezes, à morte.

O objetivo principal do Pilates para idosos com hipertensão é a melhoria da força, disposição diurna e relaxamento corporal. Melhorando, sua consciência corporal, controle de
movimento e capacidade respiratória, mantendo-se equilibrado e calmo.

No momento do exercício, alterações na circulação sanguínea aumentam o oxigênio e a nutrição para tecidos que estão em movimento, e isso acontece devido ao esforço car-
díaco.

Os requisitos metabólicos que a demanda de atividade física exige é compensada por adaptações do sistema circulatório central e periférico, como aumento da frequência car-
díaca, pressão arterial máxima e vasodilatação periférica.

Uma contração das artérias ocorre nas regiões que não necessitam de tanto suprimento de oxigênio, por exemplo, nas vísceras. E dilata as regiões de estresse dos músculos
das pernas e braços, que requerem a demanda máxima por oxigênio.

Portanto, é de extrema importância que o instrutor tenha conhecimento e noção para indicar um certo exercício.

Devemos estar atentos a algumas precauções e cuidados com o idoso hipertenso.

• Não fique com os braços levantados acima da cabeça por longos períodos;
• Não realize exercícios isométricos, por conta do aumento da frequência cardíaca e, consequentemente, aumento da pressão arterial.
• Não fique com as pernas levantadas e ainda por muito tempo;
• Cuidado com mudanças bruscas de posturas e posições, seja sempre lento para fazer mudanças de decúbito;
• Não deixe a cabeça cair para trás sem suporte.• Não realize posturas invertidas;
• Cuidado com a hiperventilação. Às vezes, o mais velho pode “prender” o ar ou expirar muitas vezes alterando a taxa de respiração.
• Cuidado com tonturas, náuseas, dor de cabeça, e sangramentos nasais. Devemos interromper a aula se um desses sintomas for observado.
• Peça ao seu aluno idoso para fazer acompanhamento médico e exames de rotina.
Método pilates para idosos diabéticos
Diabetes é uma síndrome metabólica onde o corpo não produz insulina ou não pode
usar adequadamente o que produz. Quando você tem diabetes, seu corpo não pode
produzir energia a partir dos alimentos que você come.

A glicose pode aumentar no sangue, e não atingir as células do corpo, o que é um

processo fundamental para uma vida saudável. Assim, sem insulina, a glicose consumida
(doces, frutas, massas) não consegue ser transformada em energia dentro das células e
a pessoa fica com a alta taxa de glicose no sangue (hiperglicemia).

A hiperglicemia leva a mudanças nas estruturas de colágeno, tornando a cartilagem

e os tendões mais rígidos, causando casos clínicos como capsulite adesiva, tendinite,
artrite e osteoartrite, sendo que, com o processo de envelhecimento, essa degradação
pode ocorrer mais rapidamente, por esse motivo pode limitar a flexibilidade e reduzir a
funcionalidade das articulações e tecidos.

O idoso diabético, ao se submeter ao método pilates, terá melhor aproveitamento

da glicose pelos músculos, ajudando na diminuição das taxas de açúcar no sangue e
também aumenta a absorção celular da insulina.

O ganho de massa muscular resultante de exercícios de força também é percebido,

melhorando a absorção de glicose, além do aumento da massa magra e consequente
controle de peso que são benéficos para o maior diabético. É claro que uma dieta
adequada e uma prática regular de exercícios são necessárias.
Método pilates para idosos em grupos
Sempre pensando na segurança do idoso durante a prática do método Pilates as aulas em grupo devem ser realizadas apenas por idosos que tenham um bom
grau de independência funcional e que o grupo seja homogêneo.

Ou seja, ter habilidades semelhantes que não possuem grandes limitações, além de ter alguma independência funcional e nunca ter um déficit de equilíbrio, para
evitar que alguém desse grupo sofra uma queda.

Uma dica importante é separar o grupo pilates para idosos por nível de suas habilidades e limitações, para que os exercícios propostos possam realmente ser efi-
cazes de forma coletiva e respeitando as limitações do grupo.

O instrutor do método pilates que realizará esse cuidado com os idosos em grupo deve estar atento ao nível do grupo e selecionar um repertório de exercícios
que promovam a progressão de todos, sem desfavorecer nenhum dos idosos e principalmente estar atento para que não haja compensações e não haja exposição
ao risco de queda.

Nunca realize o serviço em grupo com os maiores que têm déficits de equilíbrio. Os idosos com déficits de equilíbrio devem ser sempre atendidos individualmente,
bem como aqueles que, por algum motivo específico, não podem ser atendidos em grupos por qualquer compromisso que precise de mais atenção e cuidado.

Na avaliação inicial já podemos indicar a melhor forma de atendimento para cada pessoa idosa dentro de cada quadro clínico analisado.

Respeite a necessidade individual de cada pessoa mais velha. Devemos sempre pensar no melhor serviço para que o idoso possa evoluir de forma significativa, se-
gura e eficaz e sem nunca expô-los a qualquer forma de risco de quedas.

Devemos sempre rever nossa análise e indicação para a pessoa idosa e sua família de forma clara e objetiva e justificar com argumentos baseados em conceitos
biomecânicos, morfológicos e fisiológicos cada indicação.

Isso transmitirá a confiança e credibilidade adequadas em seu trabalho, no final sempre colocamos nossos entes queridos nas melhores mãos possíveis e com os
melhores profissionais para que eles possam ser bem assistidos e realmente evoluir.

Acima de tudo, sempre trate uma pessoa idosa como se ele fosse sua querida entidade, como se ele fosse seu pai, sua mãe, seu avô, sua avó. Essa linha de pensa-
mento sempre levará à escolha da melhor indicação para cada pessoa idosa.
Exercícios de Pilates para pessoas
idosas fazerem em casa
O principal objetivo do Pilates é proporcionar conforto e segurança para o cliente, es-
pecialmente se o idoso tem algumas limitações para se mover, seja ela motorizada ou
dependente de alguém para levá-lo embora e buscá-lo no Estúdio de Pilates.

A princípio é importante que o profissional avalie o ambiente em que o idoso passa

mais tempo do dia, pois a aula será realizada neste local.

Colete objetos que dificultem a movilidade ou possam causar quedas, adapte o local
para se tornar seguro, sabendo que o instrutor não estará por perto o tempo todo.

Para aulas em casa podemos usar alguns acessórios que podem ser facilmente trans-
portados, como: Banda Flex, Mini Band, Tonning Ball, Over Ball e Fitness Circle.

A aula segue uma sequência onde realizamos:

• Aquecimento – Movilização Conjunta, Movilidade escapular e pélvica, Dissociação

e rotação da cintura
• Fortalecimento global
• Alongamento
Aula de Pilates para a Pessoa Mais
Velha com Acessórios
Aquecimento
Posso começar a aula de Pilates para idosos, deixá-lo sentado em uma cadeira ou em
pé, vai depender de como ele se apresente para você, no sentido clínico.

Mantendo sempre o alinhamento axial, começa realizando movilidade articular de es-

cápula, com os braços estendidos para a frente, realize prolongamento (protração e
retração, depois elevação e depressão escapular.

De pé, segurando uma cadeira ou mesmo na mão do instrutor, o idoso move uma per-
na para frente e para trás e, em seguida, com os braços dobrados com uma mão sobre
a outra na frente do corpo, realiza uma pequena rotação de um lado para o outro.

De pé com a base aberta na altura dos ombros e braços ao longo do corpo, o idoso
avança com uma perna para frente e move o braço oposto da perna para frente tam-
bém, então retorna para a posição inicial e muda os lados.

Fortelecimento
Coloque o idoso sentado em uma cadeira e fiquei na frente dele. Com a Flex Band
exercite o fortalecimento de MMII. Eu posiciono a Flex Band na parte de trás dos
meus pés (metatarso) e peço para executar uma extensão do joelho contra a resistên-
cia.

Ele faz o movimento com as duas pernas ao mesmo tempo e depois alternado, posi-
cionando a Flex Band sob a sola dos pés, com as pernas estendidas o major realiza o
movimento de dobra dos joelhos. Faz o movimento com as duas pernas ao mesmo
tempo e depois alternado.
Com a Mini Band posicionada na região do joelho, realiza o movimento de abdução do quadril. Pode ser realizada com a mini banda mais distal, nos tornozelos, para aumentar a força mé-
dia da nádega. Utilizando o Círculo fitness (magic circle) entre os joelhos, realiza o trabalho de fortalecimento de adutores, apertando o círculo.

Se o professor não tem esse acessório, ele ou ela podem usar um travesseiro mais resistente. O agachamento tem que ser bem realizado e orientado para que não haja compensações e
você possa usar a cadeira, pedindo para o paciente sentar e levantar, pensando no alinhamento da coluna vertebral e na contração do abdômen.

De pé, segurando a parte de trás da cadeira, o idoso realiza a flexão plantar dos dois pés e retorna ao chão e também pode fazer o movimento alternando os tornozelos (exercícios de dan-
çarino). Você pode treinar em um degrau, e observar a maior dificuldade que ele pode apresentar e orientar da maneira mais correta para que ele não tenha alterações posturais e desequi-
líbrios.

Com o uso da Tonning Ball o idoso pode realizar flexão e extensão dos ombros em uma amplitude que não sinta dor. Exercitar a abdução, adução, fortalecimento do manguito rotador e
exercícios isométricos realizados por alguns segundos no final do movimento.

Los rowings (exercícios que simulan remadas e conhecidos no pilates) podem ser feitos com o uso da Flex Band e o instrutor ajuda segurando a Flex Band para que o idoso faça o movi-
mento. Para fazer exercícios, o professor segura as mãos do idoso, palma com palma da mão e pede pra ele fazer o movimento para empurrar o professor, que ao mesmo tempo exerce
uma pequena resistência.

Realizar treinamento de corrida com ou sem ajuda. Todos os exercícios de fortalecimento podem ser realizados de 10 a 12 repetições.

Alongamento
Ao final da aula é realizado alongamento passivo de MMSS e MMII.
Contra indicação de exercícios de Pilates para idosos
Devemos estar atentos aos exercícios que trarão benefícios que idealizamos de acordo com as metas desejadas pelo idoso e nossas metas
estabelecidas com base em nossa avaliação como instrutores do método pilates.

Sendo assim, o alerta que sempre faço é: CUIDADO COM A LEITURA DO EXERCÍCIO. Agora você deve estar perguntando, “Como é isso?”

A resposta é simples: um erro comum que acontece e que observo como coach do método pilates é que muitas vezes o instrutor busca
“novos exercícios” ao procurar fontes para criar um repertório da aula de Pilates para adultos, focando apenas no exercício e no objetivo do
exercício e não percebe sua aplicabilidade.

Será que o aluno está apto para executar os exercícios de Pilates para idosos que você escolheu? E você deve pensar também em ...como
dividir o exercício em etapas para que ele possa executar o exercício?

Um exemplo claro que podemos usar é pensar em um exercício no qual você deseja direcionar sua atenção para fornecer o alongamento da
cadeia posterior de MMII.

Se você pesquisar você encontrará um exercício que é chamado: one straight leg stretch e em sua descrição diz: “Excelente exercício de
alongamento dos músculos da região posterior do MMII”, em sua cabeça você já concluiu: “Perfeito, vou usar este exercício!” Bem, é aí que
há o perigo.

Realmente o exercício escolhido realmente promove o alongamento dos músculos da cadeia posterior de MMII, mas será que seu aluno
idoso está apto para executar esse movimento? Além de ser um exercício de nível intermediário/avançado que não é indicado para ser rea-
lizado em estágio inicial, o exercício não funciona apenas assim.

Este exercício requer outros componentes, como a força dos músculos do abdômen e já requer antecipadamente um bom alongamento
dos músculos da cadeia posterior de MMII. Com base nesse princípio, este exercício não é indicado em um primeiro momento, sendo uma
contraindicação relativa.

Existem algumas contraindicações absolutas relacionadas à prescrição de um repertório de exercícios de Pilates para adultos como reali-
zar inversões (tipo o exercício Jack Knife/ ou a famosa Vela) com um idoso no Cadillac, um alto risco que deve ser evitado, além de respeitar
cada patologia e sua fisiopatologia, isso determinará que a contraindicação é relativa ou absoluta.
Conclusão...
A compreensão completa do processo de envelhecimento, associada ao conhecimento
em biomecânica, morfologia, fisiologia e fitopatologia do envelhecimento humano, tor-
na-se de extrema importância.

Dessa forma, o instrutor do método Pilates pode realizar a leitura do movimento e

transmitir com segurança e eficácia para os idosos um repertório do método pilates
que atenda às reais necessidades funcionais dos idosos.

E, consequentemente, proporcionar resultados eficientes, escolhendo sabiamente cada

exercício e de acordo com a leitura do movimento fazer as adaptações necessárias para
evitar lesões durante a prática do método pilates para adultos.

Para uma progressão eficiente é necessário que os estímulos oferecidos através dos
exercícios do método Pilates forneçam uma curva ascendente de progressão, ou seja,
não deixando a pessoa idosa em sua “zona de conforto”.

Lembrando que cada caso deve ser analisado individualmente e que a particularidade
de cada pessoa idosa deve ser respeitada. Com base nesse princípio, os estímulos ofere-
cidos aos idosos dentro do método Pilates precisam ser escolhidos de forma assertiva e
sem “palpites”.

Cada princípio deve ser respeitado e cobrado de acordo com a progressão do idoso,
com cuidado para não exigir nem muito nem menos, pois os dois extremos são prejudi-
ciais à sua saúde.
Quando o repertório do método pilates é escolhido de forma correta para cada idoso, dentro dessa li-
nha de raciocínio que mencionamos anteriormente, os benefícios adquiridos são:

• Melhoria do equilíbrio e consequentemente diminuição do risco de quedas e lesões.

• Melhoria da força dos membros superiores e inferiores, músculos da região do tronco e assoalho
pélvico, ou seja fortalecimento de forma global.
• Melhoria da postura, marcha, consciência corporal, propriocepção, qualidade do sono, flexibilidade e
independência funcional.
• Proporciona melhor socialização.
• Diminuição dos quadros álgicos (dolorosos) devido à reorganização corporal global, o que também
contribui para a diminuição de alguns tipos de medicamentos.
• Mejoría de la independencia funcional y consecuentemente proporcionar mejor socialización