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Aspectos clínicos

No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 250.000 mortes por ano, e
a hipertensão arterial sistêmica (HAS) participa de quase metade delas. Estudos recentes
mostram que, entre os idosos, sua prevalência varia de 52% a 63% o que permite identificar a
HAS como um problema de saúde pública, conferindo ao paciente um alto risco cardiovascular.

Ensaios clínicos de tratamento da HAS no idoso realizadas na última década comprovam a


necessidade do controle pressórico como forma de redução do risco cardiovascular, tanto no
caso de hipertensão sisto-diastólica ou hipertensão sistólica isolada. Uma revisão de oito
ensaios incluindo mais de 15.000 pacientes com 60 anos ou mais mostrou que o uso de
medicação anti-hipertensiva reduz em 13% a mortalidade, 30% o acidente vascular cerebral e
23% os eventos coronarianos.

Infelizmente, dados provenientes de alguns estudos sugerem que 30% a 50% dos pacientes
hipertensos, mesmo em tratamento medicamentoso, não apresentam pressão arterial
controlada e em cerca de 10% dos idosos, o diagnóstico de HAS somente é feito após um
evento clínico decorrente da pressão elevada por vários anos.

A maior parte dos pacientes com hipertensão apresenta excesso de peso, e estudos de
diferentes populações mostram que o sobrepeso e a obesidade podem ser responsáveis por
20% a 30% dos casos de hipertensão arterial. Estudos clínicos no tratamento da pressão
arterial sugerem modificações do estilo de vida com a realização de atividades físicas e
redução do peso corporal

Medicamentos

Diversas classes de anti-hipertensivos já demonstraram reduzir o risco cardiovascular e, na


maioria dos casos, torna-se necessário associar fármacos com mecanismos de ação diferentes.
Além da evidência de benefício clínico, a escolha do anti-hipertensivo deve considerar fatores
como comorbidades do paciente, o perfil de efeitos adversos, a interação medicamentosa, a
posologia e até mesmo o preço do fármaco no mercado. Diferentemente dos jovens, os idosos
possuem em média três a cinco doenças crônicas associadas e somente 6% são considerados
livres de doenças.

Fonte: https://www.redalyc.org/pdf/4038/403834042008.pdf Acessado em: 16/09/2019


Aspectos midiáticos

A televisão por ser o meio de comunicação mais difundido entre a população é responsável
muitas vezes por estimular e criar moldes aos hábitos de consumo, de forma a inserir na
alimentação, estruturas ideológicas e simbológicas das necessidades de alimentos, que na
maioria das vezes são prejudiciais para o corpo de forma fisiológica e nutricional agravando
assim a saúde pública da população. As populações norte-americanas são famosas por seus
sistemas de comidas rápidas, tais como: fast foods e self-service que com a chegada do
mercado globalizado, acabou disseminando essa prática ideológica para as demais nações
através de lanchonetes e restaurantes que atravessaram fronteiras e fincaram a bandeira em
shoppings e praças de alimentação pelo mundo.

Ortigoza (1997) afirma que: “os Estados Unidos sempre foram o centro difusor de consumo do
mundo, já que sempre estiveram a frente no que concerne à racionalidade do processo de
acumulação, por isso foram capazes de disseminar pelo mundo todo, formas, usos e hábitos”.
Dessa maneira, a mídia veio através do novo mercado - já conquistado no seu país, atravessar
fronteiras e criar novos hábitos no mundo. Por exemplo, certas populações deixaram de
cozinhar seus alimentos para a compra rápida e prática oferecida pelos drives through, disque-
entregas ou mesmo em pratos de elaboração instantânea encontradas em supermercados. Em
consequência, a trajetória deste modelo de consumo de alimentação rápida acarreta
malefícios para a saúde pública, uma vez que sem saber, acabam ingerindo alimentos com
grandes quantidades de calorias, sódio e aditivos alimentares que diretamente afetam a
saúde, que por ventura causam diversas doenças não-transmissíveis, e consequentemente,
preocupações com as questões salutares e estéticas. De tal modo, percebe-se que os mais
afetados por esses hábitos alimentares é o público infanto-juvenil, indivíduos em fase de
desenvolvimento corporal e mental, que são mais susceptíveis as mudanças e facilmente
influenciáveis. Para os próprios norte-americanos a ideia de alimentação fast food tornou-se
ao passar dos anos um costume social que vem dominando a população desde a sua infância
até indivíduos de outras nações, continentes, raças e culturas.

Garcia (2003) relata que alimentar-se atualmente demonstra um modo de vida urbano que se
caracteriza pela escassez de tempo tanto para o preparo, quanto para o consumo de
alimentos, pela presença de produtos com novas tecnologias de preservação e consumo, pelo
deslocamento das refeições de casa para os estabelecimentos fornecedores de comida e pela
flexibilização de horários para se alimentar, ainda há o fator de igual ou maior importância que
é o aspecto social da alimentação, pois, observou-se que as pessoas sentem um grande prazer
em consumir alimentos em locais públicos, pois é uma forma de interagir socialmente.

Fonte: http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/5523/1791

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