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UNIDADE - I. SAÚDE COLECTIVA E PARTICIPAÇÃO
COMUNITÁRIA
Saúde colectiva
Participação da comunidade
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seu próprio desenvolvimento, em vez de se limitarem ao papel de beneficiários
passivos da sociedade. Ajuda ao desenvolvimento… Se a comunidade precisa ter o
desejo de aprender, o dever cabe ao sistema de saúde para explicar e aconselhar,
bem como fornecer informações claras sobre as consequências favoráveis e
prejudiciais das intervenções propostas, bem como sobre seus custos relativos.
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indicadores actualizados, o país deverá actualizar objectivos e metas de saúde
de acordo com o nível de desenvolvimento económico do país.
O país está a viver uma transição em saúde com incidência nos indicadores
demográficos, epidemiológicos e nutricionais.
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saúde. Deveremos dar melhor resposta às determinantes das doenças, e prevenir
os riscos de epidemias, pandemias e de outras catástrofes, garantindo deste
modo a segurança nacional em saúde, e contribuindo para a segurança em saúde
a nível mundial. A melhoria do padrão epidemiológico do país deverá conduzir-
nos à redução do peso das doenças, diminuição dos índices de mortalidade
materna e infantil, e aumento da esperança de vida à nascença.
Diagnóstico do sector
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Mortalidade em menores de 5 anos
de idade 167/1000 NV 90/1000 NV
Mortalidade materna 4,5/1000 NV 5/1000 NV
Taxa de mortalidade em adultos 383/1000
1560 anos de idade 314/1000 habitantes
Informação não
Acesso aos serviços de saúde 44,6% disponível
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• Recursos humanos insuficientes sob o ponto de vista quantitativo e
qualitativo e má distribuição do pessoal nas áreas rurais e periurbanas;
• Fraquezas no Sistema de Gestão em Saúde, incluindo o sistema de
informação, de logística e de comunicação;
• Insuficiência de recursos financeiros e inadequação do modelo de
financiamento;
• Fraca colaboração intersectorial na promoção das determinantes da saúde,
tais como, o acesso à água potável, energia, higiene e saneamento.
Em relação às infra-estruturas, sublinha-se que a rede pública de prestação
de cuidados de saúde é constituída por 3.023 unidades sanitárias, sendo 2.1 20
postos de saúde, 700 centros de saúde, 145 hospitais municipais, 46 hospitais
provinciais e 12 hospitais centrais.
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de Medicina Pública em Cabinda, Malanje, Benguela, Huambo, e Huíla, está a ser
reforçado o número de médicos em Angola.
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acesso à água potável, higiene e saneamento do meio. No âmbito da abordagem
comum da saúde humana e animal, é importante também a criação de um
mecanismo intersectorial para uma melhor gestão da interface entre o meio
selvagem e urbano no sentido da prevenção de zoonoses de potencial epidémico
e de infecções por outros agentes patogénicos emergentes e reemergentes. A
inclusão social como estratégia de consciencialização, solidariedade social e
participação dos cidadãos e de outros agentes interessados no processo nacion al
de desenvolvimento sanitário sobretudo no tocante às medidas de promoção da
saúde, prevenção das doenças e protecção social em relação ao acesso a
cuidados de saúde.
PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
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O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a
todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou
população e considera que ambas estão interligadas e são consequência dos
mesmos factores. De acordo com esse conceito, a determinação do estado de
saúde de uma pessoa é um processo complexo que envolve diversos factores.
Diferentemente da teoria da unicausalidade, muito aceita no início do século XX,
que considera como factor único de surgimento de doenças um agente etiológico
- vírus, bactérias, protozoários -, o conceito de saúde-doença estuda os factores
biológicos, económicos, sociais e culturais e, com eles, pretende obter possíveis
motivações para o surgimento de alguma enfermidade.
Saúde
Bem-estar físico
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disso, é válido ter sempre em mente que os exercícios físicos aumentam a
expectativa de vida, diminuem o estresse, além de proporcionarem mais beleza
quando o assunto é estético.
Bem-estar mental
Bem-estar social
O bem-estar social, por sua vez, diz respeito às relações sociais de cada
indivíduo. Para estar bem socialmente, é necessário manter boas relações com a
família, no ambiente de trabalho e com a sociedade em geral. Essa interação com
outros indivíduos é fundamental para o bem-estar individual.
Doença
Causa da doença
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• Infecciosas
Doenças infecciosas são aquelas causadas por diferentes agentes,
representados por vírus, bactérias, fungos, protozoários e até mesmo vermes.
• Não infecciosas
São aquelas causadas por agentes: agentes químicos, agentes físicos,
agentes psicológicos, agentes sociais e gentes genéticos.
Agente etiológico
Reservatório e fonte
Vias de eliminação
Vias de transmissão
Penetração
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Agente
Hospedeiro Etiológico
susceptível
Reservatório
E fonte
Penetração
Via de
Via de
Eliminação
Transmissão
Reservatório e fonte
• Vias de eliminação
− Porta de saída de microrganismos;
− Secreções, sangue, excretas
• Vias de transmissão
− Modo pelo qual um agente pode disseminar-se para um novo hospedeiro.
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por meio de secreções oronasais dotadas da capacidade de conduzir agente
infeccioso.
Penetração
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UNIDADE II. - CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE
Declaração de alma-ata
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principais metas sociais dos governos, das organizações internacionais e de toda
a comunidade mundial na próxima década deve ser a de que todos os povos do
mundo, até o ano 2000, atinjam um nível de saúde que lhes permita levar uma
vida social e economicamente produtiva. Os cuidados primários de saúde
constituem a chave para que essa meta seja atingida, como parte do
desenvolvimento, no espírito da justiça social.
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doenças infecciosas, prevenção e controle de doenças localmente
endêmicas, tratamento apropriado de doenças e lesões comuns e
fornecimento de medicamentos essenciais.
− Envolvem, além do setor saúde, todos os setores e aspectos correlatos do
desenvolvimento nacional e comunitário, mormente a agricultura, a
pecuária, a produção de alimentos, a indústria, a educação, a habitação,
as obras públicas, as comunicações e outros setores.
− Requerem e promovem a máxima autoconfiança e participação comunitária
e individual no planejamento, organização, operação e controle dos
cuidados primários de saúde, fazendo o mais pleno uso possível de
recursos disponíveis, locais, nacionais e outros, e para esse fim
desenvolvem, através da educação apropriada, a capacidade de
participação das comunidades.
− Devem ser apoiados por sistemas de referência integrados, funcionais e
mutuamente amparados, levando à progressiva melhoria dos cuidados
gerais de saúde para todos e dando prioridade aos que têm mais
necessidade.
− Baseiam-se, aos níveis local e de encaminhamento, nos que trabalham no
campo da saúde, inclusive médicos, enfermeiras, parteiras, auxiliares e
agentes comunitários, conforme seja aplicável, assim como em praticantes
tradicionais, conforme seja necessário, convenientemente treinados para
trabalhar, social e tecnicamente, ao lado da equipe de saúde e para
responder às necessidades expressas de saúde da comunidade.
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OMS/UNICEF sobre cuidados primários de saúde constitui sólida base para o
aprimoramento adicional e a operação dos cuidados primários de saúde em todo
o mundo.
Objectivos da Conferência
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3. Aferir a presente situação da saúde e de seus serviços em todo o mundo,
na medida em que se relaciona com os cuidados primários de saúde e pode
por estes ser melhorada;
4. Definir os princípios dos cuidados primários de saúde e os meios
operacionais para superar problemas práticos no desenvolvimento desses
serviços;
5. Definir o papel de governos e de organizações nacionais e internacionais
em matéria de cooperação técnica e apoio ao desenvolvimento dos
cuidados primários de saúde;
6. Formular recomendações para o desenvolvimento dos cuidados primários
de saúde.
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Segue-se a reafirmação da responsabilidade de todos os governos pela
promoção de saúde, e a reivindicação da atenção primária como factor de viabilidade
para uma universalização dos cuidados, mediante a abrangência e a melhoria social
que possibilitam, integrando governo com todos os sectores da sociedade, em prol da
igualdade social.
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É um conjunto de técnicas aplicadas com objectivo de garantir a
manutenção de saúde do homem entre esses procedimentos temos os cuidados
com a água, esgoto e lixo. Saneamento básico: baseia-se no abastecimento de
água, destino dos dejectos, lixo, esgoto, controle dos vectores, conservação e
manutenção da limpeza nas escolas.
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- Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação e de
recreação e dos hospitais;
O saneamento básico tem como seu principal objectivo zelar pela saúde do
ser humano, tendo em conta que muitas doenças podem se desenvolver quando
há um saneamento precário.
Saúde e saneamento
Sanear quer dizer tornar são, sadio, saudável. Pode-se concluir, portanto,
que Saneamento equivale a saúde. Entretanto, a saúde que o Saneamento
proporciona difere daquela que se procura nos hospitais e nas chamadas casas
de saúde. É que para esses estabelecimentos são encaminhadas as pessoas que
já estão efectivamente doentes ou, no mínimo, presumem que estejam. Ao
contrário, o Saneamento promove a saúde pública preventiva, reduzindo a
necessidade de procura aos hospitais e postos de saúde, porque elimina a chance
de contágio por diversas moléstias. Isto significa dizer que, onde há Saneamento,
são maiores as possibilidades de uma vida mais saudável e os índices de
mortalidade - principalmente infantil - permanecem nos mais baixos patamares.
Abastecimento de água
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- Falta de recursos financeiros, falta de perenidade de serviço de
aprovisionamento de água e falta de higiene.
- Encamisado ou perfurado;
- Água pluviais.
- Garrafa de água.
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O lixo tem sido nos últimos anos é um dos maiores problemas ambientais,
principalmente nos grandes centros urbanos. O modelo de produção e consumo
estabelecido na sociedade capitalista gera muitos resíduos, e sua colheita,
disposição em aterros sanitários e tratamento, nem sempre são adequados.
CLASSIFICAÇÃO DE LIXO
1. LIXO ORGÂNICO
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É composto por toda matéria orgânica descartada, como os restos de
alimentos, borra de café, folhas e galhos de árvores, pelos de animais, cabelo
humano, papel, madeira, tecidos, etc.
2. LIXO INORGÂNICO
• Lixo domiciliar
• Lixo comercial
• Lixo público
• Lixo agrícola
• Lixo especial
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Apresenta características especiais, passa a merecer, por tanto, atenção
diferenciada no seu acondicionamento, transporte, manipulação e disposição.
São eles os resíduos industriais, os gerados pela construção civil, os de serviços
de saúde, os lixos radioactivos, os de portos, aeroportos e terminais ferroviários
e rodoviários.
• Lixo industrial
• Colheita domiciliar
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passível de ser removido pela colheita domiciliar regular. É proveniente de lojas,
padarias, bares, restaurantes, supermercados, estabelecimentos bancários, etc.
COLHEITA DE ENTULHO
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É a Colheita do resíduo da construção civil, composto por materiais de
demolições, restos de obras, solos de escavações diversas, etc. O entulho é
geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento, porém, pode conter
uma vasta gama de materiais que podem lhe conferir toxidade, com destaque
para os restos de tintas e de solventes, peças de amianto e metais diversos, cujos
componentes podem ser remobilizados caso o material não seja disposto
adequadamente.
ATERROS SANITÁRIOS
INCINERADORES
COLHEITA SELECTIVA
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Consiste na separação dos resíduos sólidos dos resíduos orgânicos, para
facilitar a reciclagem ou a sua incineração.
RECICLAGEM DE LIXO
O LIXO RECICLADO
Controle de vectores
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100% cobertas por rede de água e esgoto, facilitando a propagação destas
doenças.
Mosquitos do género
Aedes Chikungunya Vírus Chikungunya
Mosquitos do género Arbovírus do género
Aedes Flavivírus Dengue
Arbovírus do género
Mosquitos do género Flavivírus e família
Aedes Flaviviridae Febre amarela
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Bactéria Salmonella
Mosca typhi Febre Tifóide
Mosquitos do género Protozoário do género
Anopheles Plasmodium Malária
Controle de vector
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• Patógenos: são microorganismos, entre eles alguns vírus, bactérias,
protozoários ou fungos que se agem provocando enfermidades e epizootias
entre as pragas e vectores.
3. Controle legal: implica no uso de instrumentos jurídicos (leis ou portaria) que
exigem, regulamentam ou restringe determinadas acções, podendo se lançar
mão em eficácia, nas questões de saúde pública, sobretudo pelas autoridades
municipais.
4. Controle químico: pressupõe o uso de produtos químicos para eliminar ou
controlar vectores de doenças ou pragas agrícolas.
Controle de excreta
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• Ingestão de alimentos contaminados por vectores, especialmente as
moscas. As moscas pousam em locais poluídos por excreta. De seguida,
pousam nos alimentos contaminando-os. Dentre as doenças transmitidas
contam-se: as diarreias infecciosas, as febres tifóide eparatifoides.
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Epidemiológica e Sanitária -, aplica os modelos de transmissão de doenças (controle
de riscos), realiza acções de educação sanitária e fiscaliza a produção e a distribuição
de bens e serviços definidos como de interesse da saúde na perspectiva reducionista
do risco sanitário, definido pela clínica biomédica. Ademais, é o agente que assume
as tarefas do planejamento normativo, que define objectivos e metas sem considerar
outros pontos de vista que o do Estado e sem ter em conta a distribuição do poder na
sociedade, e da administração sanitária, orientada pelas tentativas de controle
burocrático dos trabalhadores subalternos.
Carta de Ottawa
Histórico
Características
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por todos os sectores políticos, económicos, sociais, culturais, ambientais,
comportamentais e biológicos, como o maior recurso para o desenvolvimento
social, económico e pessoal, assim como uma importante dimensão da qualidade
de vida. Através da garantia de oportunidades e recursos igualitários para todas
as pessoas no intuito de realizar completamente seu potencial de saúde, através
de ambientes favoráveis, acesso à informação, a experiências e habilidades na
vida, e a liberdade para a escolha de uma vida mais sadia.
Referências bibliográficas
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3. ALAM, N., WOJTYNIAC, B., HENRY, F.J., RAHAMAN, M.M. Mother's
personal and domestic hygiene and diarrhoea incidence in young children
in rural Bangladesh. International Journal of Epidemiology, v.18, n.1, p.242-
247, Mar. 1989.
4. ALMEIDA FILHO, N. O estatuto científico da epidemiologia. Revista Saúde
Pública, v.25, n.5, p.339-340, 1991.
5. AULIA, H., SURAPATY, S.C., BAHAR, E. et al. Personal and domestic
hygiene and its relationship to the incidence of diarrhoea in South
Sumatera. Journal of Diarrhoeal Diseases Research, v.12, n.1, p.42-48,
Mar. 1994.
6. Controle de vectores, procedimentos de segurança (ministério de saúde-
fandação nacional de saúde.
7. Conferência internacional sobre cuidados primários de saúde alma-ata,
urss, 6-12 de Setembro de 197.
8. Guia de vigilância - volume único 3ª edição.
9. Contribuição do sector saúde para o plano nacional de desenvolvimento
2018-2022-república de Angola ministério da saúde.
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