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As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis pela

maioria das mortes no Brasil e no mundo, aponta Organização Mundial da Saúde


(OMS). Entre as dez doenças crônicas que mais matam destacam-se as doenças
cardiovasculares, cânceres, diabetes e doenças respiratórias.
As doenças cardíacas lidera o ranking, sendo a principal causa de morte em
todo o mundo. A causa de ataques cardíacos geralmente é uma combinação de
fatores de risco, como o uso de tabaco, dietas inadequadas e obesidade,
sedentarismo e o uso nocivo do álcool, hipertensão etc.
O câncer, de variados tipos, é uma das doenças mais temidas, mata milhões
de pessoas no mundo. As causas relacionadas ao câncer também são plurais.
Sabe-se que a maioria das causas de câncer é relacionada ao estilo de vida não
saudável.
O diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de
açúcar no sangue, o que pode provocar danos em vários órgãos, se não for tratado.
Está relacionada a falta de uma alimentação saudável, a obesidade, a atividade
física regularmente, a ingestão de algumas substâncias etc.
As doenças respiratórias crônicas são doenças das vias aéreas e outras
estruturas do pulmão. Além da fumaça do tabaco, há outros fatores de risco que
incluem poluição do ar, produtos químicos, poeira ocupacionais e infecções
respiratórias mais frequentes durante a infância.

De modo geral, as DCNTs são doenças que se desenvolvem ao longo da


vida, as vezes de forma lenta, silenciosa e sem apresentar sintomas, mas que
comprometem muito a qualidade de vida e oferecem grave risco ao indivíduo,
independentemente da idade.
Os fatores relacionados a tais doenças, e por conseguinte, ao aumento da
mortalidade, são múltiplos, porém deve-se destacar que fatores comportamentais
e/ou estilos de vida são os principais responsáveis, como o uso de tabaco, dietas
não saudáveis e obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool etc. Vale
salientar que a população menos favorecida socioeconomicamente é a mais afetada
por estas doenças, visto que esta é a camada que mais sofre, não só por problemas
financeiros, mas também por falta de conhecimento já que muitos não têm, ou não
tiveram, uma educação que prezasse pela qualidade da saúde.
Frente aos diversos desafios que nos traz a realidade atual, a sociedade
necessita de uma educação integral e inclusiva que promova o pleno
desenvolvimento de potencialidades, competências. É neste contexto que a
educação deve se aproximar da saúde, identificando as condições de risco,
estimulando a permanência e a continuidade do processo de desenvolvimento dos
alunos, oferecendo ações que satisfaçam as demandas ligadas aos períodos de
tratamento, recuperação, prevenção de agravos e promoção do desenvolvimento
global do aluno, promovendo assim, a equidade.
Infelizmente, nem todos os sistemas de ensino têm uma proposta pedagógica
consolidada para os alunos com DCNTs, não foge à regra o sistema de ensino d o
município de Cachoeirinha – PE. Contudo, poderia ser proposto de início, um
gerenciamento para identificação dos casos e depois, de forma democrática e
participativa da comunidade escolar, buscar meios inclusivos para “abraçar” esses
alunos, de modo que a escola além de se voltar para a sua clientela portadora das
DCNTs, não esqueça dos demais, com o seu papel de orientadora, com uma
perspectiva de prevenção e assim contribuir para uma melhor qualidade de vida de
todos.

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