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Por meio do Pacto Global, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu inúmeros
objetivos de desenvolvimento sustentável, que envolvem os seus 193 países-membros.
A ideia central é de oferecer condições para um mundo melhor, mais justo e livre de
desigualdades sociais até 2030. Ao todo, foram definidos 17 ODS com grandes temas
que impactam a vida de todos em sociedade.
O terceiro ODS, por sua vez, tem a saúde o bem-estar como tópicos principais. Ele conta
com metas específicas para alcançar o objetivo, como aprimorar a capacidade de todos
os países em reduzir e gerenciar riscos nacionais ou globais de saúde.
Em nosso artigo, vamos mostrar todos os detalhes relacionados ao ODS 3, além dos
problemas nacionais e globais, que dificultam a realização das metas sobre saúde.
Hoje, mais de 500 organizações da sociedade civil (OSCs) estão cadastradas em nosso
site. Elas divulgam suas campanhas pelo conectabrasil.org para captar recursos que
serão destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.
Muitas delas, inclusive, têm o intuito de somar forças para garantir saúde e bem-estar
(ODS 3). Para conhecer e contribuir com as iniciativas atualmente abertas, basta acessar
a categoria de “Campanhas” do nosso site.
Metas do ODS 3
Para alcançar o ODS 3, a ONU definiu as metas específicas que todos os seus países-
membros precisam cumprir até 2030. São elas:
3.1. Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por
100.000 nascidos vivos;
3.2. Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de
5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos
12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo
menos 25 por 1.000 nascidos vivos;
3.3. Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças
tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras
doenças transmissíveis;
3.4. Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não
transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar;
3.6. Até 2020, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes em
estradas;
3.7. Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva,
incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da
saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais;
Os dados foram divulgados em outubro de 2022 por meio do relatório “Status Global
sobre Atividade Física”. Conforme a pesquisa, o custo com saúde saltará para US$ 27
bilhões ao ano se os países não implementarem políticas públicas de incentivo a
atividades físicas. Isso de maneira efetiva.
E muitas mortes seriam evitadas com o amplo acesso à saúde maternal, além de
neonatais. “Todos os dias, muitos pais e mães enfrentam o trauma de perder seus filhos e
filhas, às vezes antes mesmo de sua primeira respiração”, afirma Vidhya Ganesh, diretora
da Divisão de Análise de Dados, Planejamento e Monitoramento do UNICEF.
Caso medidas rápidas não sejam tomadas para melhorar os serviços de saúde, cerca
de 59 milhões de jovens morrerão antes mesmo de 2030. Outros 16 milhões de bebês,
inclusive, já nascerão mortos até lá.
Isabela Mendes, analista de ações sociais do Instituto Conecta Brasil, explica que a saúde
e o bem-estar são os pilares para uma sociedade mais justa e emancipadora.
No primeiro semestre de 2022, a OMS divulgou sua maior revisão sobre saúde mental
desde a virada do século. A equipe de pesquisadores informou que, em 2019, quase um
bilhão de pessoas viviam com algum tipo de transtorno mental.
O suicídio foi o responsável por mais de uma em cada 100 mortes na época. Além do
mais, a OMS explicou que pessoas com condições graves de saúde mental falecem de 10
a 20 anos mais cedo do que o restante da população. Isso ocorre principalmente em
razão de doenças físicas evitáveis.
“Todos conhecemos alguém afetado por transtornos mentais. A boa saúde mental se
traduz em boa saúde física e este novo relatório é um argumento convincente para a
mudança”, destaca o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
E tem mais! A Fundação Getúlio Vargas (FGV), durante estudo publicado em abril de
2023, ressalta que a idade, condições socioeconômicas e ausência de atividade física são
os principais agravantes para o aumento do nível da obesidade no país.
Conforme o estudo, a taxa saltará para 24,5% da população caso a doença continue
crescendo no mesmo ritmo. E em relação ao controle da mortalidade infantil no Brasil,
como estamos? Bom, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam que o
país está retrocedendo no assunto.
Quando o assunto é saúde mental, também existem grandes pontos de atenção no país.
O relatório Mental Health Million Project, divulgado em 2023 pela Sapien Labs, mostra
que o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental em ranking com 64 países, ficando
atrás apenas do Reino Unido e África do Sul.
33,5% brasileiros (um a cada três) relataram múltiplos sintomas de ordem neurológica.
Por sua vez, o estudo também ressalta que as populações do Brasil e dos demais países
não conseguiram recuperar o bem-estar psíquico, que ficou comprometido durante a
pandemia da COVID-19.
“Sem o básico, não é possível avançar na discussão a respeito da saúde no país. E como
podemos contribuir para reverter esse cenário? Várias OSCs estão cadastradas no site
conectabrasil.org. Elas abrem campanhas para a compra de cestas básicas e/ou itens de
higiene pessoal, que serão destinadas às famílias vulneráveis. Contribuir com estas
causas já é um ótimo ponto de partida, por exemplo”, explica Isabela Mendes, analista de
ações sociais do Conecta Brasil.
Em nosso site, também é possível encontrar diversas OSCs que oferecem atendimento
psicológico para quem não consegue arcar com o tratamento. Outras
também promovem práticas desportivas para incentivar crianças e adolescentes na
busca pela ascensão social.
“Essas instituições fazem parte de uma grande corrente do bem que, definitivamente, faz
a diferença no dia a dia de muitas pessoas. Além de campanhas para captar recursos, as
OSCs também abrem vagas de voluntariado para melhorar os serviços e expandir o
impacto social”, argumenta.
O que falar sobre a ODS 3?
O ODS 3 visa garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas
de qualquer idade, garantindo assim o desenvolvimento sustentável. Entre suas várias
metas merecem destaque a redução da taxa de mortalidade materna e acabar com as
mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos.
Sobre os fatores que mais impedem que o país o ODS 3, os especialistas destacaram
a má gestão (70,5%), a corrupção no sistema de saúde (59,9%) e a baixa participação da
sociedade nas decisões e no acompanhamento das políticas de saúde (47,7%).