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Conheça o ODS 3 da ONU, que trata sobre

saúde e bem-estar para todos


O ODS 3 faz parte do Pacto Global da ONU e traz metas relacionadas à saúde e bem-
estar. Saiba mais em nosso artigo!

Por meio do Pacto Global, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu inúmeros
objetivos de desenvolvimento sustentável, que envolvem os seus 193 países-membros.
A ideia central é de oferecer condições para um mundo melhor, mais justo e livre de
desigualdades sociais até 2030. Ao todo, foram definidos 17 ODS com grandes temas
que impactam a vida de todos em sociedade.

O primeiro objetivo de desenvolvimento sustentável, por exemplo, visa erradicar a


pobreza, ou seja, eliminá-la de todos os lugares possíveis. Já o segundo é focado
em acabar com a fome e promover a agricultura sustentável pelo mundo.

O terceiro ODS, por sua vez, tem a saúde o bem-estar como tópicos principais. Ele conta
com metas específicas para alcançar o objetivo, como aprimorar a capacidade de todos
os países em reduzir e gerenciar riscos nacionais ou globais de saúde.

Em nosso artigo, vamos mostrar todos os detalhes relacionados ao ODS 3, além dos
problemas nacionais e globais, que dificultam a realização das metas sobre saúde.

Vale salientar que nós, do Instituto Conecta Brasil, usamos os objetivos de


desenvolvimento sustentável da ONU como referência para impulsionar mudanças
estruturais no país.

Hoje, mais de 500 organizações da sociedade civil (OSCs) estão cadastradas em nosso
site. Elas divulgam suas campanhas pelo conectabrasil.org para captar recursos que
serão destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.

Muitas delas, inclusive, têm o intuito de somar forças para garantir saúde e bem-estar
(ODS 3). Para conhecer e contribuir com as iniciativas atualmente abertas, basta acessar
a categoria de “Campanhas” do nosso site.

Do que se trata o ODS 3 da ONU?


De acordo com a ONU, o ODS 3 visa “assegurar uma vida saudável e promover o bem-
estar para todas e todos, em todas as idades”. O assunto é mais complexo do que
geralmente imaginamos, pois a saúde não diz respeito somente à ausência de doença ou
enfermidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, divulgou o conceito mais amplo a


respeito do tema. Ele envolve o estado completo de bem-estar físico, mental e social.
Além do mais, a qualidade de vida também possui inúmeros pontos de conexão com o
significado de saúde.

Metas do ODS 3
Para alcançar o ODS 3, a ONU definiu as metas específicas que todos os seus países-
membros precisam cumprir até 2030. São elas:

3.1. Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por
100.000 nascidos vivos;

3.2. Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de
5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos
12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo
menos 25 por 1.000 nascidos vivos;

3.3. Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças
tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras
doenças transmissíveis;

3.4. Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não
transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar;

3.5. Reforçar a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de


drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool;

3.6. Até 2020, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes em
estradas;

3.7. Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva,
incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da
saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais;

3.8. Atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o


acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e
vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos;
3.9. Até 2030, reduzir substancialmente o número de mortes e doenças por produtos
químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e água do solo;

3.a. Fortalecer a implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco em


todos os países, conforme apropriado;

3.b. Apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para as doenças


transmissíveis e não transmissíveis, que afetam principalmente os países em
desenvolvimento, proporcionar o acesso a medicamentos e vacinas essenciais a preços
acessíveis, de acordo com a Declaração de Doha, que afirma o direito dos países em
desenvolvimento de utilizarem plenamente as disposições do acordo TRIPS sobre
flexibilidades para proteger a saúde pública e, em particular, proporcionar o acesso a
medicamentos para todos;

3.c. Aumentar substancialmente o financiamento da saúde e o recrutamento,


desenvolvimento e formação, retenção do pessoal de saúde nos países em
desenvolvimento, especialmente nos países menos desenvolvidos e nos pequenos
Estados insulares em desenvolvimento;

3.d. Reforçar a capacidade de todos os países, particularmente os países em


desenvolvimento, para o alerta precoce, redução de riscos e gerenciamento de riscos
nacionais e globais de saúde.

O que falta para alcançar o terceiro objetivo de desenvolvimento


sustentável?
O ODS 3 foi elaborado em 2015 por meio do Pacto Global, mas ele ainda está longe de
ser alcançado pelos países. O sedentarismo, de acordo com a OMS, pode levar 500
milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras
doenças não transmissíveis até 2030.

Os dados foram divulgados em outubro de 2022 por meio do relatório “Status Global
sobre Atividade Física”. Conforme a pesquisa, o custo com saúde saltará para US$ 27
bilhões ao ano se os países não implementarem políticas públicas de incentivo a
atividades físicas. Isso de maneira efetiva.

Para completar o pacote, a pandemia da COVID-19 desacelerou as iniciativas voltadas


para esse fim e ampliou a desigualdade no acesso de exercícios físicos. E não para por
aí: também não temos evoluções globais quando o assunto é taxa de mortalidade
infantil.
O Grupo Interagencial das Nações Unidas para Estimativa da Mortalidade Infantil (UN
IGME) divulgou, no início de janeiro de 2023, um relatório com dados alarmantes. Estima-
se que, em 2021, 5 milhões de crianças morreram antes de seu quinto aniversário.
Outros 2,1 milhões de jovens, com idade entre cinco e 24 anos, perderam a vida no
mesmo ano.

E muitas mortes seriam evitadas com o amplo acesso à saúde maternal, além de
neonatais. “Todos os dias, muitos pais e mães enfrentam o trauma de perder seus filhos e
filhas, às vezes antes mesmo de sua primeira respiração”, afirma Vidhya Ganesh, diretora
da Divisão de Análise de Dados, Planejamento e Monitoramento do UNICEF.

Caso medidas rápidas não sejam tomadas para melhorar os serviços de saúde, cerca
de 59 milhões de jovens morrerão antes mesmo de 2030. Outros 16 milhões de bebês,
inclusive, já nascerão mortos até lá.

Isabela Mendes, analista de ações sociais do Instituto Conecta Brasil, explica que a saúde
e o bem-estar são os pilares para uma sociedade mais justa e emancipadora.

“Sem qualidade de vida, não há condições de desenvolvimento sustentável. É a base de


qualquer cidade, estado e país. E a saúde está relacionada não somente com bem-estar
do corpo, mas também da mente”, reforça.

No primeiro semestre de 2022, a OMS divulgou sua maior revisão sobre saúde mental
desde a virada do século. A equipe de pesquisadores informou que, em 2019, quase um
bilhão de pessoas viviam com algum tipo de transtorno mental.

O suicídio foi o responsável por mais de uma em cada 100 mortes na época. Além do
mais, a OMS explicou que pessoas com condições graves de saúde mental falecem de 10
a 20 anos mais cedo do que o restante da população. Isso ocorre principalmente em
razão de doenças físicas evitáveis.

“Todos conhecemos alguém afetado por transtornos mentais. A boa saúde mental se
traduz em boa saúde física e este novo relatório é um argumento convincente para a
mudança”, destaca o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Situação da saúde no Brasil


De acordo com a OMS, o Brasil é um dos países mais sedentários de toda a América
Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial. O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) também trouxe alguns dados em sua última Pesquisa Nacional de
Saúde, feita em 2019.
Ao menos 40,3% da população, com 18 anos ou mais, é considerada como “fisicamente
inativa”. Isso quer dizer que grande parte dos brasileiros não praticam atividades físicas
de maneira satisfatória.

E tem mais! A Fundação Getúlio Vargas (FGV), durante estudo publicado em abril de
2023, ressalta que a idade, condições socioeconômicas e ausência de atividade física são
os principais agravantes para o aumento do nível da obesidade no país.

Conforme o estudo, a taxa saltará para 24,5% da população caso a doença continue
crescendo no mesmo ritmo. E em relação ao controle da mortalidade infantil no Brasil,
como estamos? Bom, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam que o
país está retrocedendo no assunto.

Levantamento divulgado em 2022 revela que duas em cada três mortes de


bebês poderiam ter sido evitadas com medidas básicas de saúde. Ou seja, o Brasil
registra mais de 20 mil casos de crianças ao ano que perdem a vida em razão de diarreia
ou pneumonia, por exemplo.

Quando o assunto é saúde mental, também existem grandes pontos de atenção no país.
O relatório Mental Health Million Project, divulgado em 2023 pela Sapien Labs, mostra
que o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental em ranking com 64 países, ficando
atrás apenas do Reino Unido e África do Sul.

33,5% brasileiros (um a cada três) relataram múltiplos sintomas de ordem neurológica.
Por sua vez, o estudo também ressalta que as populações do Brasil e dos demais países
não conseguiram recuperar o bem-estar psíquico, que ficou comprometido durante a
pandemia da COVID-19.

Como o Conecta Brasil contribui para o ODS 3?


A saúde, seja corporal ou mental, está diretamente relacionada com a qualidade de vida.
Pelo menos 15,4 milhões de pessoas, conforme relatório da ONU publicado em 2022,
passaram por insegurança alimentar ao considerar a média entre 2019 e 2021.

“Sem o básico, não é possível avançar na discussão a respeito da saúde no país. E como
podemos contribuir para reverter esse cenário? Várias OSCs estão cadastradas no site
conectabrasil.org. Elas abrem campanhas para a compra de cestas básicas e/ou itens de
higiene pessoal, que serão destinadas às famílias vulneráveis. Contribuir com estas
causas já é um ótimo ponto de partida, por exemplo”, explica Isabela Mendes, analista de
ações sociais do Conecta Brasil.
Em nosso site, também é possível encontrar diversas OSCs que oferecem atendimento
psicológico para quem não consegue arcar com o tratamento. Outras
também promovem práticas desportivas para incentivar crianças e adolescentes na
busca pela ascensão social.

“Essas instituições fazem parte de uma grande corrente do bem que, definitivamente, faz
a diferença no dia a dia de muitas pessoas. Além de campanhas para captar recursos, as
OSCs também abrem vagas de voluntariado para melhorar os serviços e expandir o
impacto social”, argumenta.
O que falar sobre a ODS 3?

O ODS 3 visa garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas
de qualquer idade, garantindo assim o desenvolvimento sustentável. Entre suas várias
metas merecem destaque a redução da taxa de mortalidade materna e acabar com as
mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos.

Quais são os indicadores da ODS 3?

O ODS 3 tem seu foco principal na saúde da população. Por isso,


apresenta metas como: a redução drástica da mortalidade materna
(3.1), o fim das mortes evitáveis de bebês e crianças (3.2), o
combate a doenças como a AIDS, a tuberculose, a malária, a
hepatite, entre outras transmissíveis (3.3).

Qual é o fator mais impeditivo para o alcance da ODS 3?

Sobre os fatores que mais impedem que o país o ODS 3, os especialistas destacaram
a má gestão (70,5%), a corrupção no sistema de saúde (59,9%) e a baixa participação da
sociedade nas decisões e no acompanhamento das políticas de saúde (47,7%).

Quais os dois eixos a serem levados em consideração para o cumprimento do ODS


3?

Saúde e bem-estar são os eixos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 3 da


ONU. A Justiça do Trabalho do Ceará dá continuidade ao engajamento na divulgação da
Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que engloba 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Como está a ODS 3 no Brasil?

O ODS 3 - Saúde e Bem-Estar - possui nove metas a


serem alcançadas até 2030, que servem como base para
analisar a evolução dos resultados. Em 2021, o Rio
Grande do Sul registrou uma mortalidade neonatal (de
zero a 27 dias de vida) de 7,2 por cada 1.000 nascidos
vivos.3 de ago. de 2023

Quantas metas tem o ODS 3?

E, suas metas possuem foco global levando em consideração as diferentes realidades


entre os países envolvidos, capacidades e níveis de desenvolvimento. Desse modo, todos
os ODS e suas 169 metas são o resultado de um processo sério, inclusivo e
participativo.5 de maio de 2020

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