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CADERNO DE REPERTÓRIOS
XX Concurso Ari de Sá de Poesia, Redação,
Conto e Desenho Artístico

Pré-Universitário

Pré-Universitário
 Caros(as) alunos(as),

Saber aplicar diversas áreas do conhecimento em um texto é

praticamente uma obrigação para um candidato que pretende obter
uma boa nota em redação. Sendo assim, este caderno de repertórios
foi elaborado com o propósito de facilitar sua leitura a respeito dos
10 assuntos escolhidos para compor o Pratique Redação! Nº 7 (TA3),
referente ao XX Concurso Ari de Sá de Poesia, Redação, Conto e
Desenho Artístico. Leia o referido material, absorva os conhecimentos
repassados e procure aplicá-los em suas redações; o resultado,
certamente, será positivo. Experimente!

Boa leitura, boa produção!

Laboratório de Redação
Sumário

Tema 1: Desafios para a garantia do direito à saúde no Brasil........................................4

Tema 2: A prática de trotes universitários no Brasil...........................................................7

Tema 3: A expansão da Educação a Distância em questão no Brasil..........................9

Tema 4: A violência nas escolas brasileiras...........................................................................11

Tema 5: Desafios para combater a transmissão das IST no Brasil................................14

Tema 6: Evasão escolar e suas implicações para a sociedade brasileira...................16

Tema 7: A importância da adoção de crianças e adolescentes no Brasil..................18

Tema 8: Os riscos do uso abusivo de antibióticos................................................................21

Tema 9: A obsolescência programada e os seus impactos na contemporaneidade.....23

Tema 10: Os impactos da fuga de capital humano para a sociedade brasileira..........26

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XX Concurso Ari de Sá de Poesia, Redação, Conto e Desenho Artístico

Tema 1: Desafios para a garantia do direito à saúde no Brasil

Dados relevantes
 O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre cerca de 75% da população do país,
porém os baixos investimentos impedem que as verbas destinadas ao SUS sejam
repassadas. Em 2017, houve corte de aproximadamente 42 bilhões de reais com
gastos públicos, e parte desse dinheiro iria para o SUS. Só em 2019, o SUS perdeu
aproximadamente 9,5 bilhões no orçamento federal.
 Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adverte que, até 2030, haverá um
aumento das taxas de mortalidade infantil no Brasil.
 No Brasil, cerca de 930 adolescentes e jovens dão à luz todos os dias, totalizando
mais de 434,5 mil mães adolescentes por ano. Este número já foi maior e agora
está em queda. Ainda assim, o Brasil registra uma das maiores taxas se comparado
aos países da América Latina e Caribe, chegando a 68,4 nascidos vivos para cada
mil adolescentes e jovens.
 Segundo a Organização Mundial da Saúde, agência da ONU especializada
em saúde, o parâmetro ideal de atenção à saúde é de 1 médico para cada mil
habitantes. O Brasil supera essa razão: hoje, são 2,11 médicos para cada mil
habitantes. Porém, devido à concentração em determinadas áreas, a distribuição
pelo território brasileiro é bastante desigual.

Avanços/Ações
 O Ministério da Saúde lançou, em fevereiro de 2020, a Campanha Nacional de
Vacinação contra o Sarampo com foco em pessoas de 5 a 19 anos. O período de
vacinação ocorreu de 10 de fevereiro a 13 de março em todo o país. A doença
havia sido erradicada, mas desde 2018 o Brasil tem apresentado um número
considerável de casos.
 Disque 136 consiste em um serviço de utilidade pública, gratuito, para os cidadãos
brasileiros. Nele, os cidadãos podem solicitar informações, reclamar, denunciar
e registrar elogios e dar sugestões relacionadas à saúde, via atendimento por
internet, presencial, por carta e por chat. Com a participação social, por meio
desse serviço, o cidadão pode ajudar a melhorar os serviços de saúde para a
população em geral.

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 O lançamento da campanha “Tudo tem seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez

depois”, pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, marcou
o ano de 2020. A campanha busca promover reflexão sobre o desenvolvimento
afetivo com o objetivo de reduzir o número de casos de gravidez na adolescência.
 Por meio do Programa Saúde na Escola, o governo federal contribui para a
formação integral de estudantes, com ações, nas escolas públicas, voltadas para
a promoção da saúde e prevenção de doenças. O programa alcança crianças,
adolescentes e jovens desde 2007.
 O Brasil se destaca por possuir uma ampla rede de assistência à saúde mental da
população. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) se baseia em um modelo de
cuidado que estabelece pontos de atenção para o atendimento de pessoas com
problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras
drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS).
 Dia Mundial da Saúde, a data é celebrada, a cada ano, no dia 7 de abril, com
o intuito de promover a conscientização da sociedade em torno da busca pelo
comprometimento com a saúde e o bem-estar. O evento, promovido pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), na Região das Américas, possui ações
pautadas no lema “Saúde universal: para todas e todos, em todos os lugares”.

Legislação

 A Constituição Federal de 1988 prevê, em alguns artigos, o direito à saúde como

um direito universal, que deve ser garantido pelo Estado a todos os cidadãos.
Dentre os artigos, destaca-se o Art. 196, que diz que “a saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
 Desde 2001, no Brasil, a Lei nº 10.216 estabeleceu a Política Nacional de Saúde
Mental, que garante a proteção e os direitos das pessoas com transtornos e
problemas mentais.
 Lei nº 13.798, de 3 de janeiro de 2019, estabelece a Semana Nacional de Prevenção
à Gravidez na Adolescência, a ser realizada a cada ano, em fevereiro, com o intuito
de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas de orientação
de modo a contribuir para a redução dos casos de gravidez na adolescência.

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Fatos

 Em 2020, o Ministério da Saúde, pela primeira vez, participou do Fórum Econômico

Mundial, realizado em Davos, na Suíça. No evento, o Brasil foi reconhecido
pelo desenvolvimento de novas vacinas, pelos investimentos para complexos
industriais e pelas boas práticas do Sistema Único de Saúde (SUS). Em todos os
dias do evento, o ministro brasileiro fortaleceu o diálogo internacional em busca
de soluções para a saúde do Brasil e do Mundo. Ele participou de debates sobre
tuberculose, vacinas, novas doenças e obesidade infantil.
 Surtos epidemiológicos: O surgimento constante de surtos epidemiológicos, em
especial de doenças que haviam sido erradicadas, como sarampo e febre amarela,
caracteriza um dos principais desafios para a garantia da saúde pública atual. Por
exemplo, o Brasil não registrava casos de sarampo desde 1999, no entanto, em
2018, o país perdeu o certificado de eliminação da doença, que é concedido pela
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), por ter registrado cerca de 10 mil
casos.
 Terapia genética: Segundo o Ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta, a partir
de 2019, o Brasil se prepara para lançar o projeto genoma, que trará plataformas
que vão ser a tônica do século 21. “A terapia genética é a grande fronteira da
ciência médica. Estamos atrasados nisso e precisamos investir na terapia gênica.
Por meio dela, poderemos ter soluções para doenças como câncer, Alzheimer e
diabetes”, disse o ministro.

Outros repertórios

Séries
 Sob pressão é uma série de televisão brasileira de drama médico exibida pela
Rede Globo. É obra derivada do filme de mesmo título, lançado em 2016, baseado
no livro Sob Pressão: A Rotina de Guerra de Um Médico Brasileiro, de Marcio
Maranhão. A obra retrata as dificuldades do ofício médico e os conflitos para
enfrentar a rotina no ambiente sob pressão e extremamente caótico de uma
emergência no subúrbio do Rio de Janeiro.
Citações
 “O SUS é o melhor sistema de saúde do mundo. ” Médica sanitarista Zilda Arns

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Tema 2: A prática de trotes universitários no Brasil

Dados
 Pesquisa realizada pelo especialista em trotes Antônio Zuin aponta que 80% dos
alunos que participam do trote dizem que passaram por pelo menos alguma coisa
de que não gostaram ou se ofenderam.

Avanços/Ações
 A Assembleia Legislativa de São Paulo formou, em 2014, uma Comissão Parlamentar
de Inquéritos para investigar abusos de direitos humanos nas práticas envolvendo
trotes. A CPI dos Trotes, como ficou conhecida, foi considerada um marco no
combate aos trotes violentos e ao silêncio que geralmente envolve os casos.
 Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desde 2014, a prática de trote
universitário é expressamente proibida.
 A USP lançou, em 2019, um aplicativo para receber denúncias de abusos contra
calouros, na tentativa de rever a cultura de violência e promover a solidariedade
entre os estudantes.
 A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no ano de 2013, lançou uma campanha
contra os trotes violentos, com o intuito de mobilizar a sociedade civil e os órgãos
públicos para o combate a esse tipo de prática. A ação teve como slogan “Entrar
na universidade tem que ser motivo de alegria”.

Legislação
 Lei Municipal nº 10.671, em Florianópolis, sancionada em janeiro de 2020, proíbe
trotes excessivos que ofendam a integridade física, moral e psicológica ou que
exponham publicamente de forma vexatória os calouros. A lei, já em vigor, vale para
escolas privadas e públicas do município.
 Código Penal: Diversas práticas de trotes, mesmo que não previstas em leis
específicas, podem ser consideradas crimes pelo Código Penal. Um exemplo
disso são os trotes que obrigam os calouros, por exemplo, a rolar na lama, cortar
o cabelo sem consentimento, ingerir bebidas alcoólicas forçadamente, a fazer
exercícios extremos. Veja mais artigos que podem ser violados pelas práticas dos
trotistas: lesão corporal (artigo 129), injúria (artigo 140), ameaça (artigo 147l),
constrangimento ilegal (artigo 146) e até homicídio (artigo 121).
 Em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), de
1948, para diversos especialistas, as situações de trotes excessivos configuram
violações dos direitos humanos previstos nesse documento.

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Fatos

 A prática de trote é tão antiga que pesquisadores, como o professor Antônio

Ribeiro, professor do Departamento de Educação da UFSCar (Universidade
Federal de São Carlos), apontam que há relatos sobre esse ritual de passagem
desde a época de Platão, na Grécia Antiga.
 O primeiro trote no Brasil foi registrado em 1831, durante a recepção dos alunos da
Faculdade de Direito de Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Na ocasião, o calouro Francisco Cunha e Menezes discordou das brincadeiras
realizadas, mas, ao tentar sair do local, infelizmente, foi morto a facadas por um
veterano.
 O Brasil possui um histórico de casos de trotes universitários que ganharam
repercussão, inclusive com fatalidades. Em 1999, a morte do estudante de
medicina Edson Tsung Chi Hsueh, que foi encontrado na piscina da Atlética da
Faculdade de Medicina, gerou comoção no país inteiro, chamando atenção para a
prática de trotes violentos.

Outros repertórios
Filmes

 O trote: Após um terrível ataque contra si e se recuperar das sequelas deixadas,

Brad, um jovem de dezenove anos, matricula-se na faculdade junto com o seu
irmão. Os dois acabam entrando na mesma fraternidade, porém o que acontece
lá, em nome da lealdade entre os integrantes, testa os dois irmãos e seu
relacionamento de maneiras brutais.

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Tema 3: A expansão da Educação a Distância em questão no Brasil

Dados relevantes

 De acordo com o censo de 2019 da Associação Brasileira de Educação a Distância,

de 2017 para 2018, o número de matrículas em todas as modalidades de educação
a distância teve um salto de 17%.
 Hoje a modalidade EAD é a que mais cresce em número de alunos, totalizando
mais de 9 milhões de alunos no Brasil. Conforme o Censo do Ensino Superior,
realizado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), a EAD ofertou mais vagas que
os cursos presenciais, foram 7.170.567 vagas remotas (cursos a distância) contra
6.358.534 vagas locais (cursos presenciais).
 O perfil do aluno EAD difere muito dos alunos da modalidade presencial. O
histórico educacional indica que os estudantes de cursos presenciais costumam
ingressar nas universidades na faixa etária dos 18 aos 24 anos; já na EAD, em 30%
das instituições, cerca de 75% dos alunos ingressam entre os 26 e os 40 anos, em
geral alunos que voltam a estudar na idade adulta ou que precisam custear sua
graduação com recursos próprios.
 A expansão da EAD faz parte de ações do MEC para cumprir as metas do Plano
Nacional da Educação (PNE), mais especificamente a Meta 12, que exige que o
país aumente tanto a taxa de matriculados em Instituições de Ensino Superior
(IES) como o número de alunos entre 18 e 24 anos.
 Enquanto a Argentina e o Chile têm cerca de 30% de seus jovens na educação
superior – percentual que ultrapassa os 60% nos Estados Unidos e no Canadá –, o
Brasil amarga um índice inferior aos 20%, por isso a expansão da EAD no país tem
sido estimulada pelo governo federal.

Legislação

 A oferta de cursos a distância já estava prevista no Art. 80 da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação (LDB), nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, mas somente a
partir dos anos 2000 essa oferta passou a ser mais acessível à população.

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 No Brasil, o Decreto nº 9.057/2017, atualiza a legislação sobre o tema e

regulamenta a Educação a Distância no país. Com esse decreto, as instituições
poderão oferecer, exclusivamente, cursos a distância, sem a oferta simultânea de
cursos presenciais. Além disso, esse decreto prevê a oferta de EAD para o ensino
médio e para a educação profissional técnica de nível médio.

Avanços/Ações

 No Brasil, há a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), que é uma

sociedade científica sem fins lucrativos, que foi criada para o desenvolvimento
da educação a distância no país, fundada em 1995. Essa associação organiza
congressos, seminários, reuniões e cursos voltados para divulgar o saber em EAD.
 A cada ano, comemora-se, no Brasil, o Dia Nacional da Educação a Distância, em 27
de novembro. A data foi escolhida para reforçar a importância dessa modalidade
de ensino para a educação.

Principais entraves
 Dificuldades com disciplina e organização: Um dos principais problemas da EAD
para os estudantes é a dificuldade em cumprir com toda a carga horária exigida
pelos cursos on-line. Em geral, essa dificuldade pode estar associada à própria
falta de gestão do tempo de estudo do estudante ou a outros fatores, como
distrações com outras atividades.
 Baixa socialização: Os críticos da modalidade EAD de ensino defendem que a
interação no ambiente virtual é restrita e limitada em comparação com as aulas
presenciais, pois o contato com outros alunos e com situações em salas presenciais
são fundamentais para o desenvolvimento socioemocional dos estudantes.
 Falta de domínio das ferramentas: Embora a expansão da Educação a Distância
tenha se dado de forma muito intensa, em uma era marcada pelos avanços das
Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC), muitos estudantes
possuem dificuldade de domínio de noções básicas de informática, de internet e
acerca das próprias plataformas de ensino on-line.
 Dependência de equipamentos: O modelo EAD depende de equipamentos e de
internet de qualidade. Tanto algumas instituições como parte dos estudantes não
dispõem de equipamentos de alta qualidade e de internet com velocidade de
conexão alta, o que prejudica os estudantes.

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Tema 4: A violência nas escolas brasileiras

Dados relevantes
 De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 42% dos alunos da rede
pública de ensino relataram ser vítima de violência física ou verbal. Os dados
mais recentes da pesquisa, obtidos em 2016 e 2017 a partir do monitoramento
de 50 escolas em Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS), reafirmam o triste panorama
vivenciado pelos estudantes brasileiros. Mais da metade dos alunos do 1º e
2º ano afirma sofrer com xingamentos, brigas e bullying em redes sociais.
 O cenário também se repete em Minas Gerais. Somente no primeiro semestre
de 2018, a Secretaria de Segurança Pública do estado registrou cerca de 10,6 mil
casos de violência em escolas da rede pública e particular. As situações envolvem
estudantes, trabalhadores e outras pessoas com acesso às instituições de ensino.
Entre as modalidades de violência mais comuns, estão furtos, ameaças, lesão
corporal, dano ao patrimônio, desacato e atrito verbal.
 O País lidera um ranking de violência nas escolas elaborado pela Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com mais de 100 mil
professores e diretores de escola do segundo ciclo do Ensino Fundamental e
do Ensino Médio (alunos de 11 a 16 anos). O levantamento considera dados de
2013, quando 12,5% dos professores brasileiros ouvidos relataram ser vítimas de
agressões verbais ou de intimidação de alunos ao menos uma vez por semana. A
média entre os 34 países pesquisados é de 3,4%. O Brasil é seguido por Estônia
(11%) e Austrália (9,7%).

Ações/Avanços
 7 de abril é o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas. A
data foi instituída em 2016, por meio da Lei nº 13.277, relacionada à tragédia que
ocorreu em 2011, quando um jovem de 23 anos invadiu a Escola Municipal Tasso
da Silveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, e matou 11 crianças.

Legislação
 Lei antibullying (13.663/18): A Lei 13.185/2015 garante que “é dever do
estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar
medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à
intimidação sistemática (bullying)” e que “os entes federados poderão firmar
convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta execução
dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta Lei”.

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 O presidente Michel Temer sancionou a Lei 13.663 de 14 de maio de 2018, que

altera o artigo 12 da lei 9.394 de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional). A atualização na lei inclui a responsabilidade das escolas na promoção
de medidas de combate ao bullying, além de incluir a obrigatoriedade de
implementação de ações para a promoção da cultura de paz. Nela, é vista a
promoção de medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos
os tipos de violência e a promoção da cultura de paz entre as incumbências dos
estabelecimentos de ensino.
 Lei nº 11.875, de 19 de janeiro de 2005, institui a Política de Prevenção à Violência
Contra Educadores da Rede de Ensino do Estado de São Paulo.

Fatos
 Massacre de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999: Os autores do crime,
os alunos Eric Harris e Dylan Klebold, mataram 12 alunos e um professor. Eles
também feriram outras 21 pessoas e mais outras três ficaram feridas enquanto
tentavam fugir da escola. A dupla cometeu suicídio. (Pode-se comparar com o
Massacre de Realengo)
 Massacre de Realengo: Refere-se à chacina ocorrida em 7 de abril de 2011, na
Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, no município
do Rio de Janeiro. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola
armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes.
A motivação do crime figura incerta, porém a nota de suicídio de Wellington e o
testemunho público de sua irmã adotiva e o de um colega próximo apontam que
o atirador era reservado, sofria bullying.
 Tragédia em Goiânia, em 2017: Estudante de 14 anos matou 2 colegas e feriu outros
quatro em escola particular de ensino infantil e fundamental. Segundo policiais
e outros estudantes, o jovem sofria bullying e era chamado de “fedorento” por
alguns colegas.
 Ataque à escola de Suzano: O Massacre de Suzano foi um massacre escolar ocorrido
em 13 de março de 2019, na Escola Estadual Professor Raul Brasil, no município de
Suzano, no estado de São Paulo. A dupla de atiradores Guilherme Taucci Monteiro
e Luiz Henrique de Castro, ambos ex-alunos, mataram cinco estudantes e duas
funcionárias da escola. Antes do ataque, num comércio próximo à escola, a dupla
também matou o tio de um dos assassinos. Após o massacre, um dos atiradores
matou o comparsa e, em seguida, cometeu suicídio.

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Outros repertórios
Filmes
 Pro Dia Nascer Feliz (2007).
Dirigido por João Jardim, o documentário Pro Dia Nascer Feliz investiga o
comportamento de adolescentes em colégios brasileiros, ouvindo alunos de várias
classes sociais e levantando discussões sobre temas como violência, relação entre
aluno e professor e desigualdade social. A produção venceu três prêmios no Festival de
Gramado de 2006, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Música e Prêmio Especial
do Júri.
 The class (2007).
Esse é outro filme dedicado exclusivamente à violência escolar — e, dessa vez,
baseado em fatos. Ele retrata a vida de Joosep, um garoto que atura os valentões do
colégio, submetido diariamente às agressões praticadas por esses estudantes.
Sua história começa a mudar quando um outro aluno, Kaspar, sente empatia
pela situação e decide defendê-lo de seus agressores. Além disso, ele permite explorar
a questão da omissão, já que, na maioria das vezes, outros alunos sabem exatamente o
que acontece, mas preferem se manter distantes da situação por comodismo ou medo
de represálias.
Citações
 Para Mario Sergio Cortella, filósofo brasileiro, “A escola, por exemplo, não cria
violência sozinha, apenas reproduz a violência dentro dela, mas também pode ser
um meio de diminuí-la se atuar com conteúdos que ofereçam sentidos à vida dos
alunos”.

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Tema 5: Desafios para combater a transmissão das IST no Brasil

Dados relevantes
 Pesquisa realizada em 2017, com 1,5 mil pessoas em todo o Brasil, pela organização
sem fins lucrativos DKT International, identificou que 47% dos entrevistados com
idade entre 14 e 24 anos não usam camisinha nas relações sexuais.
 Dados do Unaids, programa das Nações Unidas especializado na epidemia,
indicam que o Brasil apresentou aumento de 21% no número de novos casos de
infecções por HIV de 2010 a 2018, o que vai na contramão mundial, já que, no
mesmo período, a queda foi de 16% no planeta.
 Dados do Boletim Epidemiológico da Sífilis – 2018 mostram que a taxa de detecção
da sífilis adquirida aumentou de 44,1 para cada grupo de 100 mil habitantes, em
2016, para 58,1/100 mil, em 2017. No mesmo período, a infecção em gestantes
cresceu de 10,8 casos por mil nascidos vivos para 17,2. Já a sífilis congênita passou
de 21.183 casos em 2016 para 24.666 em 2017. O número de óbitos por sífilis
congênita foi de 206 casos em 2017, enquanto em 2016, tinha ficado em 195.

Fatos
 Todos os dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são
contabilizados no mundo mais de 1 milhão de casos de infecções sexualmente
transmissíveis (IST) curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos. E essas doenças estão
em alta no Brasil, segundo dados coletados pelo Ministério da Saúde. A sífilis é o
caso mais gritante: foram 158 mil notificações da doença em 2018, levando a uma
taxa de 75,8 casos para cada 100 mil habitantes — em 2017, eram 59,1 casos/100
mil habitantes.
 O Ministério da Saúde compra e distribui itens de prevenção, como camisinhas
masculinas e femininas para a rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS)
e medicamentos diferentes para cada tipo de doença.

Avanços/Ações
 O Ministério da Saúde lançou a nova campanha de combate às doenças
sexualmente transmissíveis, com o slogan utilizado “Se ver já é desagradável,
imagine pegar. Sem camisinha você assume esse risco. Use camisinha e se proteja
dessas IST e de outras, como HIV e hepatites.” O público-alvo são os jovens entre
15 e 29 anos.

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 A campanha publicitária lançada pelo Ministério da Saúde alusiva ao Dia Mundial

de Luta Contra a aids tem como foco a importância do diagnóstico do HIV, com este
objetivo apresenta o conceito “HIV/aids. Se a dúvida acaba, a vida continua”, a ação
tem objetivo de mudar, na população jovem brasileira, a atitude e a percepção da
importância da prevenção, teste e tratamento do HIV para evitar a aids.
 “Caia na Folia com sua Saúde em Dia” é um campanha educativa realizada pelo
Sesc há mais de catorze anos. De 1º a 29 de fevereiro, nas unidades do Sesc em
Fortaleza, Iparana, Iguatu, Sobral, Crato, Juazeiro e nos centros comerciais da
capital e região metropolitana, os educadores do Sesc informam a população sobre
os cuidados para prevenir o contágio de Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST), como a AIDS, as hepatites virais e a sífilis.

Desafios
 Para o médico infectologista Anastácio Queiroz, o cenário epidemiológico atual
indica que o País como um todo ainda deve investir muito na prevenção, não só
de grupos específicos, mas da população em geral. Com base em uma variação
maior ou menor de IST distintas ao longo dos períodos, o especialista avalia como
essencial que se conheçam o público acometido por cada patologia para, assim,
criarem-se ações de prevenção específicas para cada um.
 Para Mauro Romero Leal Passos, coordenador do setor de DST da Universidade
Federal Fluminense (UFF) e fundador da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente
Transmissíveis (SBDST), a principal razão do aumento é que muitas dessas doenças
são silenciosas, podendo ficar meses ou anos sem apresentarem sinais e sintomas.
 “Por não sentirem nada, as pessoas não procuram o médico e não descobrem que
estão infectadas. Sem saberem, a chance de transmissão do vírus ou da bactéria
para os parceiros, com sexo sem proteção, é muito maior”, comenta o médico.

Legislação
 A Lei nº 13.430, de 31 de março de 2017, institui o Dia Nacional de Combate
à Sífilis e à Sífilis Congênita, a ser comemorado no terceiro sábado do mês de
outubro de cada ano.
 Aprovada pelo Senado em outubro, foi publicada no Diário Oficial da União, a
Lei 13.504, que institui a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras
infecções sexualmente transmissíveis (Dezembro Vermelho). A campanha terá
foco na prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das
pessoas que vivem com HIV/Aids. Serão realizadas, ao longo do mês de dezembro,
atividades e mobilizações tais como iluminação de prédios públicos com luzes
na cor vermelha; veiculação de campanhas de mídia; palestras e atividades
educativas; e promoção de eventos.

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Tema 6: Evasão escolar e suas implicações para a sociedade brasileira

Dados relevantes
 O Brasil tem 2,8 milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos que não
estudam, de acordo com o Censo Escolar de 2016.
 Em Santo Estevão-Ba, conforme dados da Delegacia, nos últimos 75 atos
infracionais (crimes cometidos por menores de 18 anos) registrados, 71 (94%)
foram praticados por menores que eram analfabetos, ou só possuíam parte do 1º
grau ou haviam abandonado a escola.
 Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase quatro (36,5%) em
cada dez brasileiros de 19 anos não concluíram o ensino médio em 2018, idade
considerada ideal para esta etapa de ensino. Entre eles, 62% não frequentam
mais a escola e 55% pararam de estudar ainda no ensino fundamental.

Avanços/Ações
 O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), lançou o
Programa “Nem Um Aluno Fora da Escola”, que tem o objetivo de garantir acesso
e permanência de todas as crianças e os jovens de 4 a 17 anos nas instituições
de ensino. A rede pública estadual de ensino do Estado apresentou redução
histórica do abandono escolar em uma década. A taxa em 2007 alcançou 16,4% e
foi reduzida para 6,6% em 2017.
 “Encantar para Ficar” é um projeto de redução da evasão escolar desenvolvido
por professores e estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-
-Americana (Unila) em duas escolas públicas de ensino médio em Foz do Iguaçu,
Paraná. O projeto reúne educadores da universidade, acadêmicos do curso de
ciências da natureza que se preparam para o magistério em Química, Física e Biologia,
supervisores e 90 alunos do ensino médio público das escolas Dom Pedro II e Gustavo
Dobrandino da Silva. O projeto tem o apoio do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência (Pibid) do Ministério da Educação.
 À frente das iniciativas governamentais, o Unicef realiza nos municípios brasileiros
o projeto “Busca Ativa Escolar”, cuja intenção é identificar, mapear e matricular
crianças e adolescentes em idade para estudar em escolas regulares, e que estão
fora das escolas.

Legislação
 Foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro a Lei 13.803, de 2019, que
determina a notificação imediata aos conselhos tutelares, no caso de faltas
escolares de alunos dos ensinos fundamental ou médio que ultrapassarem em
30% o percentual permitido pela legislação em vigor.
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 Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90, e a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9.394/96, na ocorrência de um número
elevado de faltas sem justificativa e da evasão escolar, que ferem os direitos
das crianças e dos adolescentes, a instituição escolar deve valer-se de todos os
recursos dispostos para garantir a permanência dos alunos na escola.
 Abandono Intelectual: “Art. 246. Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária
de filho em idade escolar: Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.

Fatos
 O problema da evasão atinge mais forte as escolas situadas em comunidades
carentes, indica a diretora do Departamento de Ensino Fundamental da Secretaria
Municipal da Educação, Leticia de Mara Meira. Para reduzir o abandono ainda
no ensino fundamental, a rede municipal apostou na aproximação dos pais.
“Quando a criança tem baixa frequência, contatamos a família, chamamos para
reunião. Se ela continua faltando, notificamos o Conselho Tutelar por meio da
Ficha de Comunicação do Aluno (FICA), e, junto ao órgão, vamos fazer a busca
ativa dessa criança”, diz, citando os programas intersetoriais Abrace e Equidade,
que envolvem também o MP-PR.
 A partir de dados do MEC, facilmente se avalia que nem mesmo a estrutura física
das unidades de ensino cumpre satisfatoriamente o papel de estimular esses
jovens a darem continuidade aos estudos. O levantamento do Censo Escolar
mostra que, nas escolas da rede pública que contam com ensino médio, 54,6%
não dispõem de laboratórios de ciências, 37% não possuem banheiro adequado
para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida, 12% não têm sequer
uma biblioteca e 10,7% estão sem água.
 O Governo Federal aposta na construção de unidades de educação em tempo
integral para transformar as escolas em espaços mais acolhedores. O volume
de matrículas nessa modalidade, segundo dados do Censo Escolar, chegou a ser
de 8,4% do total de estudantes em 2017 contra 6,7% em 2016. O Ceará tem se
destacado com esse modelo, e as experiências têm sido positivas no objetivo de
aproximar os jovens das escolas.
Implicações
 Deixar de frequentar uma instituição de ensino e renunciar ao direito à educação
é uma decisão que traz graves consequências futuras, como salários mais baixos e
maior dependência de programas governamentais, aponta a promotora de justiça
da Promotoria de Proteção à Educação do Ministério Público do Paraná (MP-PR),
Hirmínia Dorigan de Matos Diniz.
 Os bairros com os piores índices de abandono escolar em 2016 são territórios com
elevada incidência de assassinato de jovens, segundo dados da Coordenadoria de
Medicina Legal (Comel), referente a 2015.

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Tema 7: A importância da adoção de crianças e adolescentes no Brasil

Dados relevantes
 Segundo o Cadastro Nacional de Adoção, entre 2016 e 2018, houve um crescimento
tímido no número de adoções no País. Em 2016: pouco mais de 1700. Em 2018:
2184.
 De acordo com dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), apresentados em
maio de 2019, no Brasil, 5.039 crianças e adolescentes ainda aguardam para serem
adotados. Na fila de espera, são 42.472 pretendentes.
Avanços/Ações
 Cadastro Nacional de Adoção: Criado em 2008, já ajudou a formar mais de 12 mil
famílias. Por meio dele, as varas da infância de todo o país passaram a se comunicar
com facilidade, tornando as adoções interestaduais mais ágeis.
 O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou, em 2019, a campanha virtual
#AdotarÉAmor dedicada a dar visibilidade à causa da adoção de crianças e
adolescentes. O CNJ propõe que toda a sociedade se mobilize em torno do tema.
 O Aplicativo Adoção tem por finalidade aproximar crianças e adolescentes que
estão à espera de um lar e suas futuras famílias. A ferramenta é uma iniciativa do
Poder Judiciário, em parceria com o Ministério Público do Estado.
 O objetivo do aplicativo é promover a adoção de menores que respondem pela
grande maioria do perfil disponível: adolescentes, grupos de irmãos e jovens com
deficiência. A ideia é que a humanização da busca, com fotos, vídeos, cartas e
desenhos, possa despertar o interesse e a flexibilização do perfil desejado pelos
candidatos habilitados.
Legislação
 Em 1990, com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA através
da Lei nº 8.069/90, os processos de adoção foram facilitados.
 O Artigo 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente define adoção como o ato
legal que atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios.

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 Lei 12.010/09 ou Lei Nacional da Adoção: Passa a disciplinar o processo de adoção

no País. O objetivo da nova Lei é facilitar mais o acesso para quem quer adotar uma
criança e com isso reduzir o número de crianças sem famílias. A legislação muda
as regras de adoção de crianças e adolescentes e traz alterações significativas, por
exemplo:
Permanência no abrigo
• Antes: Não havia prazo estipulado para a permanência da criança.
• Agora: A partir de agora, a criança poderá ser mantida por, no máximo, dois anos
sem destituição do poder familiar.
 Lei nº 13.509/2017 ou Nova Lei Nacional da Adoção: Prioridade para as adoções
“necessárias”, visando agilizar os processos de adoções para pretendentes com
perfis de grupos de irmãos ou crianças, adolescentes com deficiência, doença
crônica ou necessidades específica de saúde.

Fatos
 No dia 25 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Adoção, criado em 1996, no
I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.
 Um desfile que reuniu adolescentes aptos para adoção em Cuiabá (MT), em
2019, foi alvo de duras críticas. No evento, chamado de “Adoção na Passarela,
18 adolescentes acima de 12 anos desfilaram em uma passarela criada em um
shopping de Cuiabá. Conforme a entidade, cerca de 200 pessoas – muitas delas
interessadas em adoção – acompanharam da plateia.
 Nas redes sociais, o evento foi duramente criticado. “As crianças na passarela, para
pretendentes ver o quão bonitas, simpáticas e desenvoltas são, parece-me uma
antiga feira de escravo, onde os senhores viam os dentes e o corpo dos africanos
para negociar o lance. Não acho legal, aliás, acho péssimo”, escreveu o advogado
mato-grossense Eduardo Mahon.

Outros repertórios
Filmes
 Um sonho possível (2009):
Baseado em fatos reais, conta a história de Michael Oher (Quinton Aaron), um
jovem que não tinha onde morar e foi acolhido pela família de Leigh Anne Tuohy (Sandra
Bullock). Após esse encontro, sua vida muda radicalmente e aquilo que era apenas um
sonho vira realidade: Michael Oher se tornou um astro do futebol americano.

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Séries
 Anne With An E (Anne com “e” em português) é umas das novas séries produzidas
pela Netflix, que se origina do famoso livro Anne de Green Gables, escrito por
L. M. Montgomery, em 1908, e que foi um sucesso mundial mesmo em sua época.
A série conta a história dos irmãos Marílla (Geraldine James) e Mathew Cuthbert (R.
H. Thomson) e da pequena Anne Shirley (Amybeth McNulty). Tudo começa quando
os irmãos Cuthbert decidem adotar um menino órfão para ajudar nos afazeres da
fazenda, porém os irmãos são surpreendidos quando, ao invés de um garoto, quem
aparece é uma menininha de cabelos vermelhos, sardas e uma mente brilhante
que, depois de passar por tantos lares adotivos, está maravilhada por finalmente
ter uma casa.
Importância
 A convivência familiar e comunitária é um direito fundamental de crianças e
adolescentes garantido pela Constituição Federal (artigo 227) e pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).
 É uma medida protetiva à parcela infantojuvenil. Isso quer dizer que, muito além
dos interesses dos adultos envolvidos, a adoção é um processo que prioriza o bem-
-estar das crianças e dos adolescentes que estão em situação de adoção. O objetivo
fundamental é ofertar a esses indivíduos oportunidades de desenvolvimento físico,
psicológico, educacional e social.
Entraves
 O perfil desejado por muitos que querem adotar não é compatível com aquele
das crianças que estão à espera da adoção. A maior incompatibilidade se dá em
relação à idade: 91% dos pretendentes do cadastro só aceitam crianças até seis
anos, enquanto 92% das crianças têm entre 7 e 17 anos de idade, segundo o CNJ.
 Um estudo elaborado em 2017 a pedido do Conselho Nacional de Justiça mostra
que há carência de profissionais que trabalham na área técnica das Varas da Infância
e da Juventude e que as equipes são insuficientes para suprir a demanda atual de
processos.

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Tema 8: Os riscos do uso abusivo de antibióticos

Dados relevantes
 Segundo o relatório Review on Antimicrobial Resistance (UK Department of Health), a
resistência bacteriana causa 700 mil mortes por ano. O mesmo relatório ainda prevê
que, em 2050, esse número pode chegar a 10 milhões de pessoas. A OMS estima que
haverá mais mortes em decorrência das superbactérias do que do câncer.

Avanços/Ações
 2015 – Criação pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de um plano de ação
para enfrentar a resistência aos antibióticos.
 No Brasil, como resposta: Plano de Ação Nacional para Prevenção e Controle da
Resistência aos Antimicrobianos do Brasil (PAN-BR), em 2018.
 Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos: Ocorre todos os anos no
mês de novembro e tem como objetivo chamar a atenção para o problema da
resistência aos antibióticos, que é quando bactérias se tornam resistentes aos
medicamentos disponíveis, e aumentar a conscientização sobre a importância do
uso responsável de antibióticos.
 Cartilha alerta para os riscos da resistência aos antibióticos: material desenvolvido
por pesquisadores do IOC (Instituto Oswaldo Cruz) destaca a importância do uso
correto dos medicamentos para prevenir o surgimento das “superbactérias”, uma
questão de saúde global que traz impactos sociais, econômicos e ambientais.

Legislação
 A resolução RDC 44/2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
diz que os antibióticos só podem ser vendidos em farmácias e drogarias do
país mediante apresentação da receita de controle especial em duas vias pelo
consumidor.

Fatos
 1928 – Descoberta, por Alexander Fleming, de substância capaz de matar muitas
bactérias comuns que infectam o homem: penicilina.
 Início dos anos 1940 – Início da venda da penicilina no mercado em larga escala.
 Segundo o Departamento de Saúde dos Estados Unidos, 15 anos após a introdução
dos antibióticos no mercado, no início da década de 1940, cerca de 1,5 milhão de
norte-americanos foram salvos da morte.

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 No Brasil, segundo dados do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, as mortes por
febre tifoide baixaram de 14% para 0,7% no mesmo período de tempo (início da
década de 1940).
 No Brasil: Há registros em diversos estados brasileiros de surtos de KPC, uma
superbactéria que ataca em ambientes hospitalares. Segundo a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), ela já foi a causa de infecções no sangue de
pacientes de UTI em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e Santa
Catarina. Imune a diversos antibióticos, ela causa doenças como pneumonia e
infecções generalizadas.

Entraves
 “Cultura do antibiótico”: Muitos indivíduos se automedicam devido ao
desconhecimento da gravidade do uso excessivo de antibióticos. Quando tomados
os antibióticos de forma repetida e inadequada, contribui-se para o aumento das
bactérias resistentes a eles.
 Venda indevida: No Brasil, por exemplo, mesmo com o vigor da resolução
RDC 44/2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda há
vendas irregulares das substâncias devido à insuficiente fiscalização desses
estabelecimentos.
 Banalização da prescrição pelos médicos: No Reino Unido, por exemplo, de acordo
com o Ministério da Saúde, cerca de um quinto dos antibióticos naquele país são
usados desnecessariamente, para doenças que seriam curadas sozinhas.
 Omissão das nações: Segundo relatório de 2015 da OMS, 75% dos países não
tinham um plano para evitar que vírus e bactérias resistam a medicamentos.
Entre os 133 países consultados – entre eles o Brasil –, apenas 34 tinham projetos
para conter a resistência.

Citações
 “Existe o perigo de que um homem ignorante possa facilmente se aplicar uma
dose insuficiente de antibiótico, e, ao expor os micróbios a uma quantidade não
letal do medicamento, os torne resistentes. ” Alexander Fleming, em 1945, no seu
discurso ao receber o Prêmio Nobel pela descoberta da penicilina.

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Tema 9: A obsolescência programada e os seus impactos na

contemporaneidade

Dados relevantes

 Lixo eletrônico: De acordo com o Global E-waste Monitor 2017, relatório

elaborado pela Universidade das Nações Unidas (UNU), em parceria com a
União Internacional das Telecomunicações (UIT) e a Associação Internacional de
Resíduos Sólidos (ISWA), em 2021, o lixo eletrônico global deve atingir 50 milhões
de toneladas.

Avanços/Ações

 Movimento Sem Obsolescência Programada (SOP): O movimento SOP, criado

pelo espanhol Benito Muro, tem três objetivos: “Difundir o que é a obsolescência
programada e como isso nos afeta; tentar colocar no mercado mais produtos com
duração mais longa, a fim de forçar a competição; e tentar unir todos os movimentos
sociais para tentar mudar o modelo econômico atual”.
 O movimento Fixer, que pode ser considerado como uma expressão da
contracultura em desenvolvimento, é reconhecido por seus participantes mais
entusiastas como uma forma de ativismo. Ele teve início na Holanda e foi criado
pela jornalista Martine Postma através da criação da fundação “Repair Café
Foundation”. Criado com a intenção de promover a ação, a jornalista decidiu
auxiliar as pessoas a consertarem seus próprios objetos, de uma maneira prática,
evitando gastos desnecessários durante o conserto. Essa ação promove o
prolongamento da vida útil dos produtos e ensina os participantes a repará-los no
caso de uma nova necessidade.

Legislação

 A Bélgica aprovou uma resolução no senado para lutar contra a obsolescência

programada.
 Na França, um artigo de lei que critica a produção de itens com uma data de
validade já planejada, seja por um defeito, seja por uma peça frágil, seja por outro
problema parecido, foi aprovado. Quem infringir essa lei pode pegar mais de 10
anos de prisão e pagar multa de até 37,5 mil euros.

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 Brasil: A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o
avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais,
sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a
prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para
propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo
que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação
ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou
reutilizado).

Fatos

 Durante o século XX, deu-se início a Terceira Revolução Industrial, que tinha por
objetivo estabelecer a era eletrônica produzindo em massa.
 Os lixos eletrônicos possuem substâncias altamente poluentes, como mercúrio,
cádmio e chumbo, que podem causar diversos impactos para o meio ambiente
e para a saúde humana. O mercúrio, por exemplo, metal pesado que deteriora o
sistema nervoso, causa perturbações motoras e sensitivas, tremores e demência,
está presente em televisores de tubo, monitores, pilhas e baterias, lâmpadas e no
computador.

Entraves

 Consumismo decorrente de uma falta de consciência sobre as reais necessidades

de consumo e dos efeitos dessa prática ambiental de muitos indivíduos.
 A obsolescência perceptiva também é conhecida como obsolescência psicológica
ou de desejabilidade. Ela ocorre quando um produto, que funciona perfeitamente,
passa a ser considerado obsoleto devido ao surgimento de outro, com estilo
diferente ou com alguma alteração em sua linha de montagem. Essa estratégia é
referida como sendo a desvalorização prematura de um produto ou serviço sob o
ponto de vista emocional e é amplamente utilizada por empresas com o objetivo
principal de aumentar as vendas.
 Muitas nações ainda não adotam medidas que visem minimizar a prática.

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Outros repertórios
Documentários
 Comprar, Tirar, Comprar – A Conspiração da Lâmpada ou Comprar, Jogar Fora,
Comprar: A História Secreta da Obsolescência Programada, apresenta aos
espectadores seu tema principal: a indústria determina duração curta para alguns
produtos com o objetivo de estimular o consumo das versões mais atuais.
 A História das Coisas (The Story Of Stuff) é um documentário produzido por
Annie Leonard em que são abordados termos como a obsolescência programada
e obsolescência perceptiva, além dos 5 estágios da economia, cada vez mais
evidentes em nossa sociedade.
 A história dos eletrônicos. Também produzido por Annie Leonard. Nele, são
apresentados conceitos simples para que se entenda o quão perigosa é a nossa
relação com os produtos eletrônicos (compostos por elementos tóxicos) e como a
indústria geralmente não se importa com essas questões.

Músicas
 Música “3ª do Plural”, Engenheiros do Hawaii
“Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida
Antes mesmo da largada”

Citações
 No ano de 1950, o designer industrial Brooks Stevens disse que um produto que
não se desgastava era uma tragédia para os negócios.

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Tema 10: Os impactos da fuga de capital humano para a sociedade brasileira

Dados relevantes

 Segundo dados do SELA (Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe),

a quantidade de pessoas graduadas em ensino superior que deixaram um país
latino-americano para algum dos países da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentou em 155% entre 1990 e 2007.
Aproximadamente cinco milhões de médicos, engenheiros, arquitetos e outros
profissionais latino-americanos deixaram o continente em 2007, e 80% deles
rumaram aos Estados Unidos.
 Segundo o Ministério das Relações Exteriores, há 3 milhões de imigrantes
brasileiros no exterior. Dados da Receita Federal indicam que a crise econômica
tem causado uma debandada do país. Em 2011, em plena fase de crescimento
econômico, o número de pessoas que declararam saída definitiva era de 8.170.
Em 2014, ano em que começa a crise econômica, 12.451 deixam o país. Já em
2017 e 2018, esse número chega à casa dos 22 mil. Ou seja, em sete anos, o
número de emigrantes brasileiros quase triplicou.
 Um estudo realizado pela empresa JBJ Partners mostrou que, em quatro anos,
de 2014 a 2018, o total de pessoas com curso superior ou pós-graduação que
migraram do Brasil para os Estados Unidos pulou de 83% a 93%.
 Diversos especialistas em ciência e tecnologia têm alertado publicamente que
esse quadro de perda de talentos tende a se tornar mais crítico em virtude tanto
do corte de 30% das universidades federais quanto do de 42% no Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
 A União Europeia pretende destinar 3% do PIB para pesquisa e desenvolvimento
até 2020. Nos EUA, até 2017, já se aplicava em torno de 2,7% do PIB e a China
vem aumentando substancialmente os investimentos em inovação e pesquisa da
ciência e da tecnologia. No Brasil, está um pouco acima de 1% somando Governo
e iniciativa privada segundo a Academia Brasileira de Ciências.

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Avanços/Ações

 A Marcha pela Ciência (ou March for Science) é um movimento internacional em

prol da valorização da ciência pelas entidades políticas. A 1ª Marcha pela Ciência
tomou lugar em 610 cidades pelo mundo no dia 22 de abril de 2017, segundo o
site oficial do evento. Foi inicialmente mobilizada nos Estados Unidos devido à
posse do presidente americano Donald Trump, que trouxe cortes orçamentários
para Ciência e Tecnologia (C&T) do país, além do ceticismo frente às pesquisas
científicas, como a mudança climática.
 No Brasil: Entre as preocupações manifestadas na Marcha brasileira, uma das
principais é o corte de 44% no orçamento de 2017 que o Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), antigos Ministérios da Ciência,
Tecnologia e Inovação que se fundiu com o Ministério das Comunicações este ano,
ações que exemplificam a desvalorização da ciência no país. Em números, esse
corte significa que dos R$ 5,8 bilhões investidos antes para o desenvolvimento
científico e tecnológico do Brasil, restam apenas R$ 3,2 bilhões em que R$ 700
milhões são para Comunicações e somente R$ 2,5 bilhões para C&T.

Legislação

 Lei de Incentivo à Pesquisa: Uma das formas mais eficazes de incentivar as

pesquisas é a partir da redução fiscal das empresas que investirem em projetos
desenvolvidos por instituições públicas. O sentido dessa medida é aproximar o
setor produtivo e industrial da pesquisa acadêmica aplicada, de acordo com o
que está determinado pela Lei nº 11.487, de incentivo à ciência e tecnologia,
sancionada em 2007.

Fatos

 O termo brain drain, ou “fuga de capital humano”, ou “fuga de cérebros”, faz

referência aos profissionais especializados em áreas do mercado de trabalho
dotados de um alto conhecimento em seu campo profissional que migram
de países pobres ou com poucas oportunidades laborais para centros mais
desenvolvidos que carecem de suas habilidades.
 O termo foi criado pela Royal Society of London for the improvement of natural
knowledge (Real Sociedade de Londres para o melhoramento do conhecimento
natural), fundada em 1660, destinada à promoção do conhecimento científico.

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 Em meio às comemorações do centenário da Academia Brasileira de Ciências

(ABC), em 2019, uma das pesquisadoras de maior projeção internacional do país,
a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, anunciou que vai deixar seu laboratório
na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para trabalhar na Universidade de
Vanderbilt, em Nashville, nos EUA. O motivo? A histórica falta de investimento em
pesquisa no Brasil, agravada pela atual crise financeira do governo.

Impactos

 Se, por um lado, a emigração de cientistas para diversos países traz consequências
financeiras benéficas para eles, já que aqueles profissionais ajudam o receptor a
desenvolver novas tecnologias de ponta, por outro lado, o país perdedor fica
carente de um grande potencial de inovações que seriam desenvolvidas por
seus cientistas nacionais, o que é extremamente nefasto e economicamente
prejudicial ao país perdedor.
 O país perde capacidade de produção e amplia a exportação de um produto
estratégico, de altíssimo valor agregado, que multiplica bilhões de vezes seu valor e que
deveria ser mantido em território nacional a todo custo. Somos hoje um importante
exportador de cérebros. Por outro lado, nos consolidamos como importador de
inovação e conhecimento, versão moderna do processo de stop-and-go do início do
século 20 que enfraquece a base industrial, que se torna dependente de produtos
tecnológicos desenvolvidos no exterior.

Entraves
 Baixo investimento em inovação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico: O
corte drástico no orçamento da ciência, tecnologia e inovação, a partir de 2016,
contribuiu para essa evasão, segundo o presidente do CNPq. Em 2017, o governo
anunciou corte de 44% no orçamento federal destinado à Ciência, Tecnologia e
Inovação. Em 2019, 42%, sendo o mais afetado o CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
 Falta mais investimento do setor privado: No Brasil, poucas empresas têm
parcerias com as universidades para produzir pesquisas. Podemos citar como
exceção, entre outras, a Petrobras, que ganhou prêmios internacionais na
exploração de petróleo em águas profundas, através de cooperação com várias
universidades brasileiras, e a Embraer, que, em cooperação com o departamento
de Engenharia Mecânica da UFSC, transformou-se na maior empresa de
compressores do mundo. Todavia, de modo geral, há uma alta burocracia para se
conseguir equipamentos e insumos para pesquisa.
Pat/VM

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