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Atualização em

120 horas Enfermagem em Saúde do


Homem
Samara Calixto Gomes
Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem em Saúde
Com certificado do Homem" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É
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120 horas Atualização em
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Enfermagem em
Saúde do Homem
Com certificado
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Samara Calixto Gomes
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
(PNAISH) ............................................................................................................................. 6
2.1 PRINCÍPIOS ............................................................................................................... 7
2.2 DIRETRIZES .............................................................................................................. 9
2.3 OBJETIVOS ................................................................................................................ 9
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DO HOMEM ........................................................... 11
3.1 VIOLÊNCIA ............................................................................................................. 12
3.2 ALCOOLISMO E TABAGISMO ............................................................................. 13
3.3 PESSOA COM DEFICIÊNCIA ................................................................................ 14
3.4 ADOLESCÊNCIA E VELHICE ............................................................................... 14
3.5 DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS ......................................... 15
3.6 INDICADORES DE MORTALIDADE ................................................................... 15
3.7 INDICADORES DE MORBIDADE......................................................................... 16
3.7.1 Andropausa ............................................................................................................ 16
3.7.2 Balanopostite ......................................................................................................... 17
3.7.3 Câncer de próstata .................................................................................................. 17
3.7.4 Ejaculação Precoce ................................................................................................ 17
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DE SAÚDE DO HOMEM ........ 18
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 23
Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

01
INTRODUÇÃO

Todos nós já ouvimos falar que:

“Homem não chora... Homem não sente dor... Homem é forte!”.

Desde criança, os homens são condicionados a serem MACHOS, tanto pela


sociedade como pelos próprios pais. Essa cultura é um dos principais motivos que fazem
com que os homens fujam dos médicos como o diabo da cruz. Outro motivo é o medo!
Medo de descobrir alguma doença adormecida no corpo considerado tão “forte”.

Já os homens justificam a posição de provedor, como motivo para a não procura


pelos serviços de saúde. Alegam que o horário do funcionamento dos serviços coincide
com a carga horária do trabalho.

Não podemos negar que na preocupação masculina a atividade laboral tem um


lugar destacado, sobretudo em pessoas de baixa condição social, o que reforça o papel
historicamente atribuído ao homem de ser responsável pelo sustento da família. Ainda que
isso possa se constituir, em muitos casos, uma barreira importante, há de se destacar que
grande parte das mulheres, de todas as categorias socioeconômicas, faz hoje parte da força
produtiva, inseridas no mercado de trabalho, e nem por isso deixam de procurar os serviços
de saúde.

Outro ponto igualmente assinalado é a dificuldade de acesso aos serviços


assistenciais, alegando-se que, para marcação de consultas, há de se enfrentar filas
intermináveis que, muitas vezes, causam a “perda” de um dia inteiro de trabalho, sem que
necessariamente tenham suas demandas resolvidas em uma única consulta.

Entretanto, pesquisas do Ministério da Saúde mostram que, do total de pessoas


entre 20 e 59 anos que morrem no país, 68% são do sexo masculino. E mais, de acordo
com o IBGE, os homens vivem, em média, 07 anos a menos do que as mulheres.

Na tentativa de reverter esse quadro, o Ministério da Saúde lançou a Política


Nacional de Saúde do Homem que, entre outras medidas, pretende levar 2,5 milhões de

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Unidade 1 – Introdução

brasileiros aos consultórios médicos e aos laboratórios, com o objetivo é inserir o homem
na atenção básica.

Assim, ao formular essa Política, o Ministério da Saúde visa estimular o


autocuidado e, sobretudo, o reconhecimento de que a saúde é um direito social básico e de
cidadania de todos os homens brasileiros.

No mês de novembro, é realizada a campanha Novembro Azul que tem o objetivo


de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de
próstata. Teve início na Austrália, em 1990, quando um grupo de amigos teve a ideia de
deixar o bigode crescer durante todo o mês, como forma de apoio à conscientização da
saúde masculina e arrecadação de fundos para doação às instituições de caridade. O mês de
novembro foi o escolhido justamente por comemorar no dia 17 o Dia Mundial de Combate
ao Câncer de Próstata.

A campanha foi um sucesso, alguns anos depois o país todo estava participando. A
ideia então era que os homens deixassem o bigode crescer durante todo o mês de
novembro (as mulheres davam seu apoio usando a cor azul ou bigodes falsos) para
espalhar a conscientização da importância do cuidado a saúde masculina, com foco
principal no câncer de próstata e depressão. Além disso, diversos eventos de arrecadação
de fundos foram criados.

Atualmente, a campanha já é mundial. No Brasil, a campanha foi trazida pelo


Instituto Lado a Lado pela Vida em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia. A
campanha ainda está crescendo por aqui, mas a cada ano, mais e mais instituições e
personalidades estão aderindo e tornando-a cada vez maior. Por essa razão, hoje a
Campanha Novembro Azul faz parte do calendário nacional de prevenções.

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

02
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
(PNAISH)

Em 2010, Municípios brasileiros e o Distrito Federal iniciaram o processo de adesão à


Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Desde 2007,
enquanto ocorria a 13ª Conferência Nacional de Saúde reivindicava-se a medida, mas
apenas em 2009, com a publicação da Portaria 1.944/2009, o projeto começou a render
adesões. A política beneficia homens na faixa etária de 20 a 59 anos.

A PNSH traduz um longo anseio da sociedade ao reconhecer que os agravos do


sexo masculino constituem verdadeiros problemas de saúde pública.

Um dos principais objetivos desta Política é promover ações de saúde que


contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos
seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos. O outro é o respeito aos
diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de
gestão.

Este conjunto possibilita o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices


de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população.

Para isso, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem está alinhada
com a Política Nacional de Atenção Básica, que é porta de entrada do Sistema Único de
Saúde, com as estratégias de humanização, e em consonância com os princípios do SUS,
fortalecendo ações e serviços em redes e cuidados da saúde.

Espera-se que os homens passem a encarar consultas e exames preventivos como


algo natural e corriqueiro. Isso diminuiria, e muito, futuros problemas de saúde, pois, na
prática, o homem só vai ao médico depois de uma certa idade, quando as doenças não
podem mais ser evitadas. Ao contrário das mulheres, que desde a adolescência são levadas

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Unidade 2 – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH)

pela mãe ao ginecologista, os meninos, depois que passam da fase de ir ao pediatra, só vão
ao médico quando estão doentes.

A implementação da política deverá ocorrer de forma integrada às demais políticas


existentes, numa lógica hierarquizada de atenção à saúde, priorizando a atenção primária
como porta de entrada de um sistema de saúde universal, integral e equânime.

Essa política tem como princípios a humanização e a qualidade, que implicam na


promoção, reconhecimento e respeito à ética e aos direitos do homem, obedecendo às suas
peculiaridades sócio culturais.

A grande parte dos homens que frequentam os serviços de saúde, adentram por
meio da atenção especializada. Essa atitude tem como consequência o agravo da
morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o Sistema Único de Saúde
(SUS).

É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo, assim, a


promoção da saúde e a prevenção aos agravos evitáveis.

Vários estudos comparativos, entre homens e mulheres, têm comprovado o fato de


que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e
crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres.

Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com


regularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à atenção
primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, e,
sobretudo, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família, na luta pela
conservação da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas.

Tratamentos crônicos ou de longa duração têm, em geral, menor adesão, visto que
os esquemas terapêuticos exigem um grande empenho do paciente que, em algumas
circunstâncias, necessita modificar seus hábitos de vida para cumprir seu tratamento. Tal
afirmação também é válida para ações de promoção e prevenção à saúde, que requerem, na
maioria das vezes, mudanças comportamentais.

Mobilizar a população masculina brasileira pela luta e garantia de seu direito social
à saúde é um dos desafios dessa Política. Ela pretende tornar os homens protagonistas de
suas demandas, consolidando seus direitos de cidadania.

2.1 PRINCÍPIOS
A presente Política enfatiza a necessidade de mudanças de paradigmas no que concerne à
percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua
família. Considera essencial que, além dos aspectos educacionais, entre outras ações, os
serviços públicos de saúde sejam organizados de modo a acolher e fazer com que o homem
sinta-se integrado.

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

I. Universalidade e equidade nas ações e serviços de saúde voltados para a população


masculina, abrangendo a disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais
educativos;

II. Humanização e qualificação da atenção à saúde do homem, com vistas à garantia,


promoção e proteção dos direitos do homem, em conformidade com os preceitos
éticos e suas peculiaridades socioculturais;

III. Corresponsabilidade quanto à saúde e à qualidade de vida da população masculina,


implicando articulação com as diversas áreas do governo e com a sociedade; e

IV. Orientação à população masculina, aos familiares e à comunidade sobre a


promoção, a prevenção, a proteção, o tratamento e a recuperação dos agravos e das
enfermidades do homem.

E, para que seja possível cumprir esses princípios, oito elementos foram listados a
fim de serem considerados. Conheça-os a seguir.

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Unidade 2 – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH)

2.2 DIRETRIZES
Como formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas pelo setor saúde, as
seguintes diretrizes devem reger a elaboração dos planos, programas, projetos e atividades.

I. Integralidade, que abrange:

a. Assistência à saúde do usuário em todos os níveis da atenção, na perspectiva de


uma linha de cuidado que estabeleça uma dinâmica de referência e de
contrarreferência entre a atenção básica e as de média e alta complexidade,
assegurando a continuidade no processo de atenção;

b. Compreensão sobre os agravos e a complexidade dos modos de vida e da situação


social do indivíduo, a fim de promover intervenções sistêmicas que envolvam,
inclusive, as determinações sociais sobre a saúde e a doença;

I. Organização dos serviços públicos de saúde de modo a acolher e fazer com que o
homem sinta-se integrado;

II. Implementação hierarquizada da política, priorizando a atenção básica;

III. Priorização da atenção básica, com foco na estratégia de Saúde da Família;

IV. Reorganização das ações de saúde, por meio de uma proposta inclusiva, na qual os
homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por
sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que necessitem
de cuidados; e

V. Integração da execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do


Homem às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde.

2.3 OBJETIVOS
A PNAISH traz como objetivo principal:

Facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculina às ações e aos


serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, mediante a atuação nos aspectos
socioculturais, sob a perspectiva de gênero, contribuindo de modo efetivo para a redução
da morbidade, da mortalidade e a melhoria das condições de saúde.

São objetivos específicos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do


Homem:

I. Promover a mudança de paradigmas no que concerne à percepção da população


masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família;
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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

II. Captar precocemente a população masculina nas atividades de prevenção primária


relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos recorrentes;

III. Organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo o território brasileiro, a


atenção integral à saúde do homem;

IV. Fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo o


acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco
das doenças e dos agravos à saúde;

V. Capacitar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à


saúde do homem;

VI. Implantar e implementar a atenção à saúde sexual e reprodutiva dos homens,


incluindo as ações de planejamento e assistência às disfunções sexuais e
reprodutivas, com enfoque na infertilidade;

VII. Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento reprodutivo masculino;

VIII. Estimular a participação e a inclusão do homem nas ações de planejamento de sua


vida sexual e reprodutiva, enfocando as ações educativas, inclusive no que toca à
paternidade;

IX. Garantir a oferta da contracepção cirúrgica voluntária masculina nos termos da


legislação específica;

X. Promover a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da


infecção pelo HIV;

XI. Garantir o acesso aos serviços especializados de atenção secundária e terciária;

XII. Promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas, negras,
quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens
com deficiência, em situação de risco, e em situação carcerária, entre outros;

XIII. Estimular a articulação das ações governamentais com as da sociedade civil


organizada, a fim de possibilitar o protagonismo social na enunciação das reais
condições de saúde da população masculina, inclusive no tocante à ampla
divulgação das medidas preventivas;

XIV. Ampliar o acesso às informações sobre as medidas preventivas contra os agravos e


as enfermidades que atingem a população masculina;

XV. Incluir o enfoque de gênero, orientação sexual, identidade de gênero e condição


étnico-racial nas ações socioeducativas;

XVI. Estimular, na população masculina, o cuidado com sua própria saúde, visando à
realização de exames preventivos regulares e à adoção de hábitos saudáveis; e

XVII. Aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira a possibilitar um melhor


monitoramento que permita tomadas de decisão.

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Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem

03
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DO
HOMEM

Estudos que sugerem ser necessárias as reflexões da especificidade da saúde da população


masculina indicam linhas temáticas que estruturam o debate sobre a saúde do homem.

A reflexão crítica em relação à univocidade da masculinidade, no entanto,


desdobrou-se no avanço das discussões, que passaram a incorporar as relações de gênero
como determinantes do processo de saúde-doença e a resgatar os homens como sujeitos de
direito à saúde.

O diagnóstico objetiva o conhecimento da realidade permitindo a tomada gerencial


de decisões racionais, bem como antever o resultado das decisões e contribuir para as
prováveis modificações futuras.

Ele se concentra nos determinantes socioculturais, biológicos e comportamentais,


examinando as necessidades de ações de promoção, prevenção, tratamento e recuperação.

O diagnóstico também inclui a análise dos grupos da população masculina cujas


características e peculiaridades demandam ações específicas de saúde. E, identifica as
principais causas de morbimortalidade.

Entre os determinantes, estão:

• Violência

• Alcoolismo e Tabagismo

• Pessoa com deficiência

• Adolescência e velhice

• Direitos sexuais e direitos reprodutivos

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

• Indicadores de mortalidade

• Indicadores de morbidade

3.1 VIOLÊNCIA
A violência é um fenômeno difuso, complexo, multicausal, com raízes em fatores sociais,
culturais, políticos, econômicos e psicobiológicos, que envolve práticas em diferentes
níveis.

O homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima.
Homens adolescentes e jovens são os que mais sofrem lesões e traumas devido a agressões,
e as agressões sofridas são mais graves e demandam maior tempo de internação, em
relação às sofridas pelas mulheres.

A agressividade está biologicamente associada ao sexo masculino e, em grande


parte, vinculada ao uso abusivo de álcool, de drogas ilícitas e ao acesso as armas de fogo.
Sob o ponto de vista sociocultural, a violência é uma forma social de poder que fragiliza a
própria pessoa que a pratica.

A integralidade na atenção à saúde do homem implica na visão sistêmica sobre o


processo da violência, requerendo a desessencialização de seu papel de agressor, por meio
da consideração crítica dos fatores que vulnerabilizam o homem à autoria da violência, a
fim de intervir preventivamente sobre as suas causas, e não apenas em sua reparação.

Segundo o CONASS (2007), “saúde e violência tem uma relação pouco explorada
até hoje. Não só pelas vítimas que a violência produz, mas também pelas suas causas. Seu
crescimento avassalador tem tido características de uma epidemia, e como tal pode e deve
ser enfrentado”.

Violência é um comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidação


moral a outra pessoa ou ser vivo. Tal comportamento pode invadir a autonomia,
integridade física ou psicológica e até mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força,
além do necessário ou esperado.

Assim, a violência no sentido amplo deve ser compreendida como determinante dos
indicadores de morbimortalidade por causas externas em todas as suas dimensões, tais
como:

• Acidentes por transporte;

• Agressões;

• Lesões autoprovocadas voluntariamente e/ou suicídios.

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Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem

Como consequência da maior vulnerabilidade dos homens à autoria da violência,


grande parte da população carcerária no Brasil é formada por homens.

Embora não existam informações sistematizadas sobre a morbimortalidade nos


ambientes prisionais, a atenção para doenças e agravos nesse contexto deve primar pelo
fomento a estudos que venham a evidenciar as condições de saúde da população privada de
liberdade, seja nos presídios, seja nas instituições de cumprimento de medidas
socioeducativas para menores infratores em situação de semiliberdade ou de internação.

Vale lembrar que o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, instituído


pela Portaria Interministerial nº 1777, de 9 de setembro de 2003, prevê o cumprimento do
direito à saúde para as pessoas privadas de liberdade, garantindo ações de saúde em todos
os níveis de complexidade.

3.2 ALCOOLISMO E TABAGISMO


De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 2 bilhões de pessoas
consomem bebidas alcoólicas no mundo. (BRASIL, 2008)

O uso abusivo do álcool é responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de


todos os anos perdidos de vida útil. Na América Latina, cerca de 16% dos anos de vida útil
perdidos estão relacionados ao uso abusivo dessa substância.

Este índice é quatro vezes maior do que a média mundial e torna o problema da
prevenção e do tratamento dos transtornos associados ao consumo de álcool, um grande
problema de saúde pública.

Homens e mulheres bebem com frequências diferentes. Os homens iniciam


precocemente o consumo de álcool, tendem a beber mais e a ter mais prejuízos em relação
à saúde do que as mulheres.

Avaliar os determinantes sociais de vulnerabilidade do homem para os problemas


com o álcool torna-se, assim, imperioso para a construção de ações efetivas de prevenção e
promoção da saúde mental deste segmento. Na medida em que o uso do álcool, como
apontam diversos estudos, está sendo iniciado cada vez mais precocemente por homens e
mulheres, as ações de promoção e prevenção para jovens e adolescentes também merecem
mais investimento e monitoramento.

Em relação ao tabagismo, os homens usam cigarros também com maior frequência


que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade às doenças cardiovasculares,
cânceres, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças bucais e outras.

Homens e mulheres devem ser conscientizados sobre os malefícios dessas práticas


por meio da promoção da saúde, de ações preventivas e de hábitos saudáveis.

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

O uso de álcool e do tabaco está diretamente relacionado aos indicadores de


morbimortalidade a serem apresentados como requerentes de ações enérgicas na atenção
integral à saúde.

3.3 PESSOA COM DEFICIÊNCIA


A pessoa com deficiência é muitas vezes infantilizada e inferiorizada, encontrando-se em
situação de vulnerabilidade social que a expõe a riscos à saúde. A crença na
invulnerabilidade masculina é dissonante em relação à deficiência física e/ou cognitiva, o
que o leva a ser mais vulnerável à violência e exclusão.

De acordo com o CENSO/2000, 25 milhões de brasileiros declararam-se como


pessoas com deficiência, com graus diferentes de dificuldade ou de incapacidade de
enxergar, ouvir, locomover-se e/ou com deficiência intelectual.

Do total das pessoas com deficiência, aproximadamente, 11 milhões são homens,


dos quais 1,5 milhões têm deficiência intelectual e 900 mil são deficientes físicos (falta de
membro ou parte dele).

O maior número absoluto de pessoas com deficiência encontra-se na população de


40 a 49 anos de idade. Existem, no Brasil, quase 4,5 milhões de pessoas de 40 a 49 anos
com pelo menos uma deficiência ou incapacidade, sendo 2,1 milhões de homens.
Predomina o grupo de pessoas com pelo menos alguma dificuldade para enxergar.

No caso da deficiência intelectual, auditiva e física o maior contingente é de


homens. O resultado é compatível com o tipo de atividade desenvolvida por eles e com o
risco de acidentes por diversas causas.

3.4 ADOLESCÊNCIA E VELHICE


Na adolescência, há uma predisposição aos agravos à saúde pela NÃO adoção de práticas
preventivas. Desses agravos, podemos citar, principalmente: a gravidez indesejável e
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), além de uma maior exposição a situações de
risco, como uso de drogas, situações de violência.

Os adolescentes e adultos jovens são o principal grupo de risco para mortalidade


por homicídio na população brasileira.

Na velhice, os homens são levados a se confrontar com a própria vulnerabilidade,


sobretudo porque nessa etapa do ciclo de vida muitos homens são levados a procurar ajuda
médica diante de quadros irreversíveis de adoecimento, por não terem lançado mão de
ações de prevenção ou de tratamento precoce para as enfermidades.

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3.5 DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS


É necessário conscientizar os homens do dever e do direito à participação no planejamento
reprodutivo.

A paternidade não deve ser vista apenas do ponto de vista da obrigação legal, mas,
sobretudo, como um direito do homem a participar de todo o processo, desde a decisão de
ter ou não filhos, como e quando tê-los, bem como do acompanhamento da gravidez, do
parto, do pós-parto e da educação da criança.

Na adolescência, a paternidade não deve ser vista apenas como algo a ser evitado.
Devem ser conscientizados da responsabilidade de assumir seus deveres de estudante, das
suas necessidades e projetos de vida.

A eles devem ser disponibilizadas informações e métodos contraceptivos. Na


eventualidade de uma gravidez, o importante é assegurar condições para que a paternidade
seja vivenciada de modo responsável.

Em relação à terceira idade, as pessoas devem ser consideradas como sujeitos de


direitos sexuais, reconhecendo que o exercício da sexualidade não é necessariamente
interrompido com o avanço da idade. A sexualidade é uma importante dimensão da vida
subjetiva, afetiva e relacional das pessoas.

3.6 INDICADORES DE MORTALIDADE


Ao ano de 2005, as causas de mortalidade na população masculina dos 15-59 anos,
observou-se observou que em 78% dos casos os óbitos incidem em 5 (cinco) grupos
principais de entidades mórbidas. São eles:

A maior porcentagem de óbitos deve-se à:

• Causas Externas (CID 10 - Cap. XX);

• Doenças do Aparelho Circulatório (CID 10 – Cap. IX);

• Tumores (CID 10 – Cap. II);

• Doenças do Aparelho Digestivo (CID 10 – Cap. XI); e

• Doenças do Aparelho Respiratório (CID 10 – Cap. X).

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

Há de se chamar atenção que, as causas externas de mortalidade, embora


apresentem uma alta incidência nas faixas etárias mais jovens, dos 15 aos 40 anos, são
quantitativamente superadas pelas doenças do aparelho circulatório a partir dos 45 anos e
pelos tumores a partir dos 50 anos.

Os tumores que incidem com maior frequência na população masculina são


oriundos dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário.

O câncer da próstata é uma neoplasia que geralmente apresenta evolução muito


lenta, de modo que a mortalidade poderá ser evitada quando o processo é diagnosticado e
tratado com precocidade.

Maiores informações sobre o Câncer de Próstata estão dispostas na unidade de


Estudo: CUIDADOS DA ENFERMAGEM NO CÂNCER DE PRÓSTATA.

Uma estimativa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o


aparecimento de novos casos de cânceres no ano de 2008 aponta o câncer de próstata como
sendo o mais frequente, só superado pelo câncer de pele não-melanoma.

Ao se falar de neoplasias malignas do aparelho urinário, não se pode deixar de


mencionar o câncer de pênis. Trata-se de um tumor raro, relacionado com as baixas
condições socioeconômicas e a má higiene íntima. No Brasil, este câncer representa cerca
de 2% de todas as neoplasias que atingem o homem.

Além das causas externas e dos tumores, há muitas outras causas de mortalidade
que podem ser assinaladas. Dentre as doenças do aparelho digestivo, por exemplo,
podem-se destacar as doenças do fígado que, em 2005, foram responsáveis por 70% das
causas de morte de homens de 25-59 anos. Destas, 46% deve-se a doença alcoólica, 36% a
fibrose e cirrose, e 18% a outras doenças do fígado.

3.7 INDICADORES DE MORBIDADE


Algumas doenças são características da condição masculina ou possuem uma incidência
maior em homens. Portanto, enumeramos os principais problemas que podem colocar em
risco a saúde do homem.

3.7.1 Andropausa
A Andropausa não é uma doença, mas sim uma fase onde surgem alterações na vida do
homem, na faixa etária dos 50 aos 70 anos de idade. Devem-se ao fato de uma redução na
produção dos hormônios masculinos, provocando alterações sexuais e físicas, como
diminuição do desejo sexual e flacidez muscular.

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Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem

Para atravessar melhor esta fase, o homem deve ter uma boa alimentação, praticar
esportes, ter um repouso adequado e, em alguns casos, um apoio psicoterápico.

3.7.2 Balanopostite
Balanopostite é uma inflamação conjunta da glande e prepúcio, desencadeada por diversos
fatores. Os tipos mais comuns são consequências de fenômenos irritativos como hábitos
higiênicos inadequados dos genitais, principalmente quando o paciente for portador de
fimose.

3.7.3 Câncer de próstata


O câncer de próstata atinge grande parcela do sexo masculino acima dos 50 anos.

A consulta com o urologista, a partir dos 40 anos, é de extrema importância e deve


ser feito o acompanhamento contínuo, anualmente. As taxas de PSA total devem ser
inferiores a 2,5ng/dl. Valores superiores devem ser analisados pelo seu médico.

Alguns fatores podem contribuir para a prevenção do câncer de próstata e de outros


tipos de câncer, como não fumar; manter uma dieta saudável, rica em frutas, legumes e
cereais; evitar o consumo de carne vermelha e de alimentos gordurosos; e não ingerir
bebidas alcoólicas.

3.7.4 Ejaculação Precoce


A ejaculação precoce é caracterizada pela incapacidade do homem em manter ereção por
tempo suficiente para satisfazer-se a si e à companheira. Pode ser primária ou secundária e
também por período longo ou temporário.

Esse problema afeta, principalmente, homens na adolescência e na melhor idade.


No adolescente, ela é influenciada pela inexperiência, grande ansiedade e hiperexcitação.
Já no homem acima dos 60 anos, a ejaculação precoce vem associada, muitas vezes, à
disfunção erétil.

O tratamento baseia-se em ansiolíticos, ou psicoterapia, exercícios de controle e


relaxamento.

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

04
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA
PROMOÇÃO DE SAÚDE DO HOMEM

A Consulta de Enfermagem é um processo interativo entre enfermeiro e o cliente, sendo


uma atividade independente que proporciona melhoria da qualidade de vida, por meio de
uma abordagem contextualizada e participativa. Essa interação busca promover à saúde,
prevenir doenças e limitar danos.

Na Consulta de Enfermagem o profissional deve desenvolver suas habilidades de


comunicação, saber ouvir e dialogar, além de demonstrar interesse pelo ser humano, seu
estilo de vida e sua relação com a família e a comunidade.

Uma das práticas desenvolvidas pelos enfermeiros durante o cuidado com o homem
são as visitas domiciliares, sendo fundamentais por aproximarem o profissional com a
realidade de vida do sujeito do cuidado.

A visita permite ao visitador o reconhecimento do espaço físico, das necessidades


reais apresentadas e possíveis soluções que a comunidade pode oferecer.

Durante a visita, o enfermeiro poderá avaliar a situação de moradia e estilo de vida


do cliente e ter a oportunidade de convidá-lo a participar de forma mais ativa das
atividades realizadas pela Estratégia de Saúde da Família.

O enfermeiro, como membro da Estratégia Saúde da Família (ESF), tem a função


de conhecer e executar as propostas de promoção da saúde masculina emanadas pela
PNAISH, possuindo o papel de executar ações que atendam os problemas de saúde dos
homens, contribuindo para promover o seu bem-estar físico e mental.

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Avaliação

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


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ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. Ao ano de 2010, municípios brasileiros e o Distrito Federal iniciaram o processo de


adesão a que programa?

a. Política Municipal de Saúde do Homem;

b. Política Nacional de Saúde do Homem;

c. Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem.

d. Política Brasileira de Adesão a Saúde do Homem.

2. A violência deve ser compreendida como determinante dos indicadores de


morbimortalidade. São exemplos de causas externas, EXCETO:

a. Tumores.

b. Acidentes por transporte.

c. Agressões.

d. Lesões autoprovocadas voluntariamente e/ou suicídios.

3. A PNAISH beneficia homens na faixa etária de,

a. 20 a 59 anos.

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

b. 19 a 59 anos.

c. 20 a 50 anos.

d. 19 a 60 anos.

4. Em relação à PNAISH, responda,

Espera-se que os homens passem a encarar consultas e exames preventivos como algo
natural e corriqueiro:

I. Ao contrário das mulheres, que desde a adolescência são levadas pela mãe ao
ginecologista, os meninos, depois que passam da fase de ir ao pediatra, só vão ao
médico quando estão doentes.

II. Com a implantação do programa, será possível o aumento da expectativa de vida e


a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis entre
os homens.

III. A PNAISH está alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica, que é porta
de entrada do Sistema Único de Saúde, com as estratégias de humanização, e em
consonância com os princípios do SUS, fortalecendo ações e serviços em redes e
cuidados da saúde.

IV. Espera-se diminuir drasticamente futuros problemas de saúde, uma vez que, o
homem só vai ao médico depois de uma certa idade, quando as doenças não podem
mais ser evitadas.

Estão corretas:

a. Apenas I, II e III.

b. Apenas II, III e IV.

c. Todas as alternativas acima.

d. Nenhuma das alternativas acima.

5. A Consulta de Enfermagem é um processo interativo entre enfermeiro e o homem,


sendo uma atividade independente que proporciona melhoria da qualidade de vida, por
meio de uma abordagem contextualizada e participativa. Nesse momento, o enfermeiro
deve:

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Avaliação

a. Informar-se inicialmente da renda familiar e averiguar a faixa etária que tem que
ser entre 19 e 59 anos.

b. Desenvolver suas habilidades de comunicação, saber ouvir e dialogar, além de


demonstrar interesse pelo ser humano, seu estilo de vida e sua relação com a
família e a comunidade.

c. Obrigar o homem a frequentar à unidade de saúde, no mínimo, duas vezes mais que
a sua esposa.

d. Todas as opções acima.

6. Algumas doenças são características da condição masculina ou possuem uma


incidência maior em homens. Portanto, enumeramos os principais problemas que
podem colocar em risco a saúde do homem. Fazem parte dos indicadores de
morbidade:

a. Violência.

b. Alcoolismo.

c. Câncer de próstata.

d. Tabagismo.

7. Direitos sexuais e direitos reprodutivos também fazem parte da estratégia de atuação


do PNAISH. Assinale a incorreta:

a. A paternidade não deve ser vista apenas do ponto de vista da obrigação legal, mas,
sobretudo, como um direito do homem a participar de todo o processo, desde a
decisão de ter ou não filhos, como e quando tê-los, bem como do acompanhamento
da gravidez, do parto, do pós-parto e da educação da criança.

b. É necessário conscientizar os homens do dever e do direito à participação no


planejamento reprodutivo.

c. Na adolescência, a paternidade deve ser algo a ser evitado.

d. Os idosos devem ser considerados como sujeitos de direitos sexuais, reconhecendo


que o exercício da sexualidade não é necessariamente interrompido com o avanço
da idade. A sexualidade é uma importante dimensão da vida subjetiva, afetiva e
relacional das pessoas.

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Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem

8. São objetivos da PNAISH, EXCETO.

a. Capacitar e qualificar os profissionais apenas de municípios do interior, integrantes


da rede básica para o correto atendimento à saúde do homem;

b. Promover a mudança de paradigmas no que concerne à percepção da população


masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família;

c. Captar precocemente a população masculina nas atividades de prevenção primária


relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos recorrentes;

d. Fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo o


acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco
das doenças e dos agravos à saúde;

9. O diagnóstico da situação de saúde do homem inclui a análise dos grupos da população


masculina cujas características e peculiaridades demandam ações específicas de saúde.
Fazem parte dos determinantes de morbimortalidade:

a. Violência.

b. Alcoolismo e Tabagismo.

c. Direitos sexuais e direitos reprodutivos.

d. Todas as alternativas acima.

10. São Princípios da PNAISH:

a. Universalidade e equidade nas ações e serviços de saúde voltados para a população


masculina;

b. Humanização e qualificação da atenção à saúde do homem, com vistas à garantia,


promoção e proteção dos direitos do homem, em conformidade com os preceitos
éticos e suas peculiaridades socioculturais;

c. Orientação à população masculina, aos familiares e à comunidade sobre a


promoção, a prevenção, a proteção, o tratamento e a recuperação dos agravos e das
enfermidades do homem;

d. Todas as alternativas acima estão corretas.

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Referência

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de


Formulação de Políticas de Saúde - Políticas de Saúde. Metodologia de Formulação,
Brasília, 1998.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de políticas de saúde. Departamento de ações


programáticas estratégicas. Política nacional de atenção integral a saúde do homem
[recurso eletrônico] / Elza Berger Salema Coelho... [et al] — Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina, 2018. Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/novembro/07/livroPol--ticas-
2018.pdf

BUTLER J. Problemas de Gênero - Feminismo e subversão da identidade. Rio de


Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE - CONASS. Violência: uma


epidemia silenciosa, nº 16. Brasília, 2008.

FIGUEIREDO W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de


atenção primária. Ciências Saúde Coletiva 2005.

GOMES R, NASCIMENTO EF, ARAÚJO FC. Por que os homens buscam menos os
serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa
escolaridade e homens com ensino superior. Cad. Saúde Pública, vol.23, nº 3, Rio de
Janeiro, Março 2007.

GOMES R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão.


Ciência Saúde Coletiva 2003.

GOMES, R; NASCIMENTO, E. F. do. A produção do conhecimento da saúde pública


sobre a relação homem-saúde: uma revisão bibliográfica. Cadernos de Saúde Pública,
Rio de Janeiro, 22 (5): 901-911, Maio, 2006.

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Populacional para os anos intercensitários. Estimativas preliminares dos totais
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Jovens, trajetória, masculinidades e direitos. São Paulo: Edusp, 2005.

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morbimortalidade masculina. Ciência Saúde Coletiva, 2005.

LYRA J, MEDRADO B, LOPES F. Homens também cuidam. UNFPA e Instituto Papai,


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MEDRADO B, LYRA-DA-FONSECA JLC, LEÃO LS, LIMA DC, SANTOS B. Homens


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PEREIRA MG. Epidemiologia: Teoria e Prática, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,


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SILVA, A.N.; DIAS, M.P.; SILVA, D.A.; DIAS, L.P. Promoção da saúde do homem
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SOUZA, E. R. de. Masculinidade e violência no Brasil: contribuições para a reflexão no


campo da saúde. Ciência e Saúde Coletiva, 10 (1): 59-70, 2005.

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