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Os desafios da saúde pública no Brasil

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “Os desafios da saúde pública no Brasil”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
 
Texto I
O conceito clássico de Saúde Pública define o termo como a arte e a ciência de prevenir doenças,
prolongar a vida, possibilitar a saúde e a eficiência física e mental através do esforço organizado da
comunidade. Isto envolve uma série de medidas adequadas para o desenvolvimento de uma estrutura
social capaz de proporcionar a todos os indivíduos de uma sociedade a condição de saúde necessária.
Esta definição é utilizada também pela Organização Mundial de Saúde, o principal órgão internacional que
visa a manutenção do bem-estar físico, psíquico e social.
A ação do Estado é central na promoção da Saúde Pública. É ele que a organiza de acordo com suas
questões sociais e políticas fazendo aplicar os serviços médicos na organização do sistema de saúde. A
Saúde Pública visa combater os fatores condicionantes da propagação de doenças, ou seja, tenta manter
um controle das incidências nas populações por meio de ações de vigilância e de investigações
governamentais.
(Disponível em: http://www.infoescola.com/saude/saude-publica).
 
Texto II
A melhoria da saúde pública é um desses grandes desafios que o Brasil precisa vencer, principalmente
quando avaliamos o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, não podemos negar que a recente
polêmica em torno da vinda de médicos estrangeiros para o país reacendeu a discussão.
Historicamente, a Constituição Federal de 1988 instituiu o SUS, que tem sua origem no movimento
conhecido como Revolução Sanitária, nascido nos meios acadêmicos na década de 1970. A implantação
do Sistema foi de grande valia no setor da saúde do brasileiro, porém, hoje, sabe-se que esse Sistema
não funciona essencialmente conforme seus princípios: saúde como direito de todos, pregando pela
Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira.
Para garantir saúde pública de qualidade a toda população, o Brasil ainda precisa percorrer um longo
caminho. A falta de médicos em regiões afastadas em contraponto à intensa concentração nas grandes
cidades, a ausência de estrutura nos hospitais da rede pública, além da dificuldade em conseguir
atendimento no SUS são apenas alguns dos inúmeros problemas que atingem os brasileiros que tentam
utilizar a saúde pública diariamente. 
(Disponível em: http://www.leiaja.com/coluna/2014/06/10/os-desafios-da-saude-publica-no-brasil).

Texto III
Gestão e financiamento são alguns dos principais problemas do SUS, segundo especialistas; proposta de
iniciativa popular em tramitação na Câmara destina pelo menos 10% das receitas correntes brutas para a
saúde, o que teria representado R$ 41 bilhões a mais em 2014.
Saúde é uma das principais preocupações do brasileiro e também um dos maiores desafios dos
governantes que assumiram em 1º de janeiro. Em um levantamento do Ministério da Saúde para atestar a
qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS), a média nacional ficou em 5,5, em uma escala de 0 a 10. O
sistema de saúde pública que tem a pretensão de atender a todos os brasileiros, sem distinção, apresenta
falhas em seus principais programas. Um exemplo é o Saúde da Família, que tem o objetivo de atuar na
prevenção de doenças, alterando um modelo de saúde centrado nos hospitais.
Em 20 anos, no entanto, nenhum estado alcançou cobertura completa. Apenas dois ultrapassaram os 90%
de cobertura: Piauí e Paraíba. Na outra ponta, sete estados têm atendimento abaixo da metade:
Amazonas, Rio de Janeiro, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, com 20%.
A consequência dessa e de outras falhas são hospitais lotados. Dados do Tribunal de Contas da União
(TCU) indicam que 64% dos hospitais estão sempre com superlotação. Apenas 6% nunca estão cheios.
Outro problema nacional é a mão de obra. Não só faltam médicos no interior, mas também estrutura para
o atendimento e oportunidades para a capacitação dos profissionais. A formação dos médicos também é
questionada. “Os centros de formação formam profissionais para o mercado de saúde. O SUS é uma
política pública de Estado, não é mercado. A saúde no SUS é vista como direito social, enquanto que no
mercado é vista como mercadoria”, observa o consultor legislativo Geraldo Lucchese.
(Disponível em: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/480185-SAUDE-PUBLICA-NO-
BRASIL-AINDA-SOFRE-COM-RECURSOS-INSUFICIENTES.html).

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