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INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define que saúde é o estado de


completo bem estar físico, mental e social, e não a simples ausência de doença ou
enfermidade. Em paralelo, a atual Constituição Federal Brasileira estabelecida em
1988, reconhece a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. Frente à essa realidade, surgiu o Sistema Único
de Saúde (SUS), um projeto que garante acesso integral, universal e igualitário à
população brasileira, para atender a mais de 211,7 milhões de brasileiros. O SUS é
um dos maiores sistemas públicos de saúde, oferece acesso gratuito a toda a
população do país. No mais, abrange desde o atendimento ambulatorial até o
transplante de órgãos, incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros, bancos
de sangue, além de fundações e institutos de pesquisa, como a Fundação Oswaldo
Cruz e o Instituto Vital Brazil. O setor privado participa de forma complementar, por
meio de contratos e convênios de prestação de serviço.
Financiado com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o sistema segue cinco princípios
básicos: universalidade, integralidade, equidade, descentralização e participação
social.
O planejamento de aplicação do SUS é modelo para diversos países, mas
infelizmente, só sua teoria. Encontra-se a falta de estrutura para receber os
pacientes, medicamentos e leitos insuficientes, aparelhos quebrados, dentre
inúmeros outros problemas. Somente em Minas Gerais, segundo a pesquisa Perfil
dos Estados e Municípios Brasileiros 2014, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), 71% dos municípios não possuem vagas de internação
pelo SUS. A única alternativa é encontrar atendimento para os pacientes em outras
cidades.
Com essa triste realidade, os mais atingidos são as pessoas que vão em
busca de auxílio médico. Os gestores políticos são os “principais” culpados, pois
com essa denominação de pais em fase de desenvolvimento, acabam priorizando o
setor de produção e delegam menos verbas para questões sociais, inclusive para a
área da saúde.
É plausivel em tese, com a argumentação de que a falta de recursos é o
principal obstáculo para transformar a teoria institucional em política pública na
prática. Mas que um fator fundamental para o funcionamento do SUS conforme ele
foi idealizado é a gestão. De nada adianta o sistema absorver mais dinheiro do
Tesouro se a distribuição dos recursos não ocorrer de maneira eficiente e
transparente entre União, estados e municípios.
É primordial que o SUS seja digno de elogios não só na teoria, mas também
na prática.

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