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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS


TEMAS CONTEMPORÂNEOS

SAÚDE: (SUS) E SEUS AVANÇOS

Natália Auler

Lajeado, junho de 2023


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

Atualmente a saúde vem se tornando um assunto muito discutido,


principalmente por ser um problema de longa data, em que chefes de Estados e
países vêm enfrentando dificuldades. Ele mexe com a estabilidade de qualquer
governo, já que o mesmo é responsável por garantir e preservar condições normais
de saúde adequadas para os cidadãos a fim de se atingir bons resultados e índices
econômicos e sociais. Podemos destacar que diversos países não possuem este
sistemas gratuitos em que atendem qualquer indivíduo, independente de sua classe
ou gênero.

O SUS, Sistema Único de Saúde, foi uma grande conquista para a sociedade
brasileira, formado com o intuito de promover a justiça social e combater a
desigualdade nos atendimentos à saúde dos habitantes. Ele também busca
estender os direitos sociais e garantir a cidadania.

Neste contexto podemos destacar que ele é considerado a maior plataforma


de saúde pública do mundo, ele atende aproximadamente 200 milhões de cidadãos,
por diversas razões no que diz respeito à saúde, ou seja, corresponde a 80% da
população brasileira em diversos segmentos e serviços.(DUARTE, EBLE, GARCIA,
2018).

Diante disso, este estudo busca conhecer quais foram as melhorias que o
Serviço Único de Saúde sofreu, conforme definição do problema, delimitação do
estudo, objetivos e justificativa, descritos na sequência.

1.1 Tema

O progresso do plano (SUS) oferecidos pelo governo

1.2 Definição do problema


Diante do exposto, este estudo buscou responder ao seguinte problema de
pesquisa: Quais foram os avanços que o plano de saúde passou?

1.3 Objetivos

Os objetivos deste estudo são descritos a seguir.

1.4.1 Objetivo geral

Conhecer quais foram as melhorias que o Serviço Único de Saúde sofreu.

1.4.2 Objetivos específicos

a) Identificar quais foram as melhorias do serviço; b) Identificar as


diferentes formas que o serviço auxiliou os cidadãos; c) Identificar o quanto o
serviço ainda pode melhorar.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta seção refere-se à fundamentação teórica sobre avanços do Sistema


Único de Saúde e a influência aos cidadãos.

2.1 História e como surgiu o SUS

No Brasil, antes dos anos de 1988, o sistema público de saúde acolhia


somente quem contribuía para a Previdência Social. Os outros cidadãos precisavam
contar com a generosidade e filantropia. Porém no ano de 1988, a Constituição
Brasileira aprova o direito de acesso universal, garantindo os direitos à saúde para
toda a população, por meio do Sistema Único de Saúde(BRASIL, 2011).

A saúde pública evoluiu com um tempo, de acordo com Giovanella et al


(2012) ao longo do que diz a constituição, todos os cidadãos têm o direito ao acesso
a atendimento médicos e hospitalar e atenção à saúde, ofertando de forma gratuita
pelos estados, municípios e Federação, criou-se assim um sistema unificado que
alcança-se a todos. Com isso, no dia 19 de setembro de 1990, foi validada a Lei
8.080, que estabeleceu e regulamentou o SUS e a Lei Orgânica, que foi instituída
para criação das diretrizes do SUS.

A partir dos anos 1990 e 1992 o SUS passou por momentos difíceis, quando
o presidente Fernando Collor de Melo implementou uma política neoliberal, onde
houveram reduções em diversos segmentos, um deste foi o sistema de saúde, o
que ocasionou um estado de decadência no sistema.(POLIGNANO, 2001).

Após o impeachment de Fernando Collor, Itamar Franco assume em 1993,


em que assume um país com crises em diversos segmentos, com isso, houve o
cancelamento de repasses financeiros a saúde, o que levou a grande crise na
saúde, levando diversos cidadãos às ruas em manifestações em busca de melhores
condições para o SUS(CARVALHO, 2013).

Já nos anos de 1995, com Fernando Henrique Cardoso assumindo


presidência, o setor da saúde ainda continuava em declive, apenas em 1998
houveram mudanças onde diz respeito a financiamentos referentes a saúde, sendo
utilizado um modelo de repasses onde os valores eram embasados na população
de cada município, chamado de Piso Assistencial Básico (PAB). Ele era dividido em
dois grupos, um considerado fixo, ofertado a todos os municípios, com base no
número de habitantes, e o outro, variável, em que se enquadra pelo número de
programas de saúde em que o município participa.(PIOLA, 2017).

No ano de 2000, é instituída a Emenda Constitucional 29/2000 ( EC-29), que


estabeleceu alguns recursos mínimos, sendo estipulado quanto cada esfera deveria
investir na saúde. Porém esta Emenda foi implementada pela Presidenta Dilma
Rousseff em 2012 e define o que é apontado como gasto em saúde, e outros
avanços, esta emenda auxiliou a criação do Fundo de Saúde e a atuação da
sociedade com o projeto de Controle Social (CARVALHO 2013).

A partir de 2006 no governo de Luis Inácio Lula da Silva, foi elaborado e


apresentada a primeira Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), na portaria nº
648/2006, cuja intenção era determinar prioridades e aprimorar os gastos do setor, a
mesma foi revisada em 2011, e passou por reformulação em 2017, através da
portaria nº2.436/2017. Entretanto, esta PNAB gerou diversas críticas, consideradas
como uma flexibilização dos princípios democráticos do Sistema Único de
Saúde.(ALMEIDA et. al., 2018).

Podemos perceber que o SUS passou por grandes mudanças na história da


saúde, mesmo com seus obstáculos, é de suma importância para os brasileiros, a
mesma aguarda uma saúde mais especializada e um atendimento mais humanizado
e preparado.

2.2 Benefícios e avanços aos cidadãos

O SUS possui pouco mais de três décadas de existência, o mesmo vem


inovando e se reestruturando para tornar o sistema público de saúde que temos
hoje, com resultados cada dia melhores e mostrando a população, o quão grandioso
é, e como vem auxiliando a população.

Conforme pesquisa realizada pelo IBGE de 2019, apontam que 71,5% dos
brasileiros, que equivalem a 150 milhões de brasileiros, não possuem nenhum plano
de saúde, auxílio odontológico ou algum serviço de saúde. A pesquisa aponta que
de 4 brasileiros, 3 precisam buscar ajuda no Sistema Único de Saúde.

Outro dado registra que 8,5 milhões de cidadãos passaram cerca de 24 horas
ou em hospitais do SUS, pensando em porcentagem isso representa 64,9% das
internações em hospitais no Brasil. As regiões Norte e Nordeste tiveram os maiores
índices de internações, respectivamente com 77,8% e 76,2%. Já o Sudeste
apresentou uma taxa inferior, com menos de 60%.

A pesquisa citou como principais motivos pela procura de atendimentos ao


SUS, as doenças e outros tratamentos com 48,2% e exames e cuidados de rotina
com 25,1%.

Abaixo segue planilha com avanços de alguns dos serviços ofertados à


população:
Diante dos acontecimentos, o sistema buscou melhorias e facilidades para
atendimento ao paciente, foi implantado o Telessaúde, que possibilita o atendimento
de forma remota em diversas áreas de atuação da saúde. Com isso foi possível a
evolução e maior rapidez no acesso a informações, análises de exames e no próprio
atendimento, só sendo possível através das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs).

No período da pandemia, a telessaúde foi a alternativa mais segura de


atendimentos. Porém ela não foi uma inovação desse período, já em 1990, a OMS
destaca a importância dos atendimentos de forma remota, sobretudo, torna mais
viável quando um dos fatores é a distância.

A telessaúde teve no dia 27 de dezembro de 2022, promulgada a lei no Brasil


nº 14.510, que valida a sua prática, este foi um grande avanço para saúde, além de
quebrar algumas barreiras impostas antigamente pelos conselhos de medicina.
Os últimos anos acabaram sendo intensos para diversas áreas, uma das
mais afetadas foi a saúde, com a pandemia da Covid-19, podemos destacar a
rápida ação da saúde em diagnósticos e vacinas, conseguindo assim reduzir o
número de mortes e das internações causadas pelo vírus. Com isso o SUS sofreu
uma alta procura, mostrando o quão importante é para a saúde do país.

2.3 Melhorias que o sistema poderia proporcionar

Observa-se que o Sistema Único de Saúde passou por diversos avanços,


porém podemos destacar também alguns pontos que poderiam sofrer mudanças e
melhorias para auxiliar ainda mais a vida do cidadão.

Podemos destacar o monitoramento e recebimento dos recursos e verbas


recebidos pelos governos, tornando-se fraco quando um dos fatores é a
administração deficiente e a grande desigualdade no oferecimento de serviços. Uma
maneira de corrigir esta lacuna é de extrema importância que os gestores das
instituições públicas sejam bem escolhidos, e que haja maior inspeção entre os
poderes federal, estadual e municipal.

Em 2018 uma pesquisa feita pelo Conselho Nacional de Medicina e Instituto


Datafolha apontou que um dos principais motivos pela insatisfação dos pacientes foi
o longo período de espera dos atendimentos, em que 30% dos pesquisados afirmou
ter aguardado mais de um ano para conseguir atendimento. Outro problema
apontado foi a baixa divulgação de informações e triagem enfraquecida, causando o
agravamento e atraso no diagnóstico

Conjunto com a gestão ineficiente, falta de informação aos pacientes auxiliam


na superlotação dos hospitais, outro ponto a se destacar é o alto movimento dos
pacientes se dirigindo aos pronto-socorros ao invés de irem aos postos de saúde,
tornando assim as emergências lotadas dificultando a triagem e seleção de casos
urgentes.

Outro ponto importante a se destacar é a falta de profissionais capacitados


para os atendimentos, e baixa disponibilidade de mão de obra. Com a escassez de
profissionais, salários desproporcionais e surgimento de novas doenças acarretam a
ineficacia de atendimentos.

Semelhante ao fator anterior, a falta de equipamentos tanto para UTIs,


quanto para leitos normais é outro fator agravante, acarretando assim a perda de
leitos que poderiam estar sendo utilizados por pacientes, mas que, por falta de
instrumentos necessários, ficam desocupados. Neste estudo, promovido pela
Confederação Nacional dos Municípios (CNM), apontou que o Brasil perdeu entre
os anos de 2008 a 2018 mais de 40 mil leitos por falta de equipamentos.

3 Conclusão

Com estes contextos basta as regiões se adequarem às deficiências


apresentadas pelo SUS como falta de leitos, hospitais especializados,
equipamentos em escassez, pouco oferta de profissionais e buscarem favorecer
em primeiro lugar onde ocorrem os maiores índices de necessidades e
epidemiologias, buscarem disseminar mais informações e investigar as causas e de
onde podem estar vindo os reais problemas ou seja, a raiz do problema e das
doenças.

Conscientizar a população de buscar atendimentos necessários, e buscar as


instituições corretas para o atendimento também são de suma importância para que
os serviços não fiquem superlotados e com suporte ineficientes. A busca de
informações e a utilização correta dos auxílios da tecnologia, já seriam de grande
relevância e poderiam causar diversas mudanças positivas para o Sistema Único de
Saúde.
4 Referências

ALMEIDA, E. R. et al. Política Nacional de Atenção Básica no Brasil: uma


análise do processo de revisão (2015–2017). Revista Panamericana de Salud
Pública, [s.l.], v. 42, 2018. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/rpsp/2018.v42/e180/. Acesso em 02 junho de 2023.

AMBRÓSIO, Ricardo Abrahim Bello; TEIXEIRA, Elton. Gestão Pública: Um


Enfoque na Administração do Sistema Único de Saúde – SUS. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 05. Ano 02, Vol. 01. pp 229-242,
Julho de 2017. ISSN:2448-0959. Disponível em:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/sistema-unico-de-saude-s
us. Acesso em 17 abril de 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. SUS, a Saúde do Brasil. Ano 2011 Disponível


em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_saude_brasil_3ed.pdf. Acesso
em: 17 de abril de 2023.

CARVALHO, G. A saúde pública no Brasil. Estud. av., São Paulo , v. 27, n. 78, p.
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abril de 2023.

DUARTE, E.; EBLE, L. J.; GARCIA, L. P. 30 anos do Sistema Único de Saúde.


2018. Editorial. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 27, n. 1, 2018. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/ress/2018.v27n1/e00100018/pt/. Acesso em 25 abr
2023.

GIOVANELLA, Lígia; ESCOREL, Sarah, LOBATO, Lenaura de Vasconcelos Costa;


NORONHA, José Carvalho de; CARVALHO, Antônio Ivo de. (org.). Políticas e
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MORSCH, A., José. Como está a saúde pública no Brasil e o que fazer para
melhorar , 2022. Disponível em
https://saudedigitalbrasil.com.br/noticias/especialistas-explicam-os-avancos-
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de 2023

POLIGNANO, Marcus Vinícius. Histórias das Políticas de Saúde no Brasil:


Uma Pequena Revisão. Cadernos do Internato Rural - Faculdade de
Medicina/UFMG, 2001. Acesso em 01 de junho de 2023.

PIOLA. S. F.; BENEVIDES, R. P. S.; VIEIRA, F. S. Consolidação do gasto com


ações e serviços públicos de saúde: trajetória e percalços no período de
2003-2017. Rio de Janeiro: Ipea, 2018. (Texto para Discussão, n.
2439).Acesso em 3 de junho de 2023.

Especialistas explicam os avanços e desafios para implementação da


telessaúde no SUS. Saúde Digital Brasil, 2023. Disponível em:
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/saude-publica-no-brasil Acesso em
01 junho de 2023.

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